FIAT TORO

FIAT TORO (BRASIL E ARGENTINA)
RAM 1000 (COLÔMBIA E ESTADOS UNIDOS)
PROJETO FIAT TIPO 226
PLATAFORMA FIAT SCCS WIDE LWB
PLATAFORMA FIAT 199


INTRODUÇÃO

A bonita e prática Fiat Toro é um utilitário de tamanho médio-compacto da categoria das pickups leves do tipo monobloco, com montagem sobre plataforma, para uso misto e diário no transporte de passageiros e de carga leve, criada no Brasil e na Itália, desenvolvida principalmente no Brasil e fabricada em larga escala no Brasil pela multinacional europeia Stellantis / FCA, principalmente sob a marca Fiat, a partir de 2015, na sua então novíssima fábrica no município de Goiana, no estado de Pernambuco, principalmente para atender o mercado brasileiro, que é um grande consumidor desse tipo de veículo, e para exportação para mercados diversos, principalmente mercados latino-americanos, embora haja possibilidade ou previsão de ser comercializada também nos Estados Unidos, mas neste caso específico sob a marca RAM.


Desde os primeiros anos de fabricação, a família Fiat Toro conseguiu se firmar rapidamente no mercado brasileiro de pickups leves, com mais de 500.000 unidades fabricadas no Brasil, até o momento, um sucesso imediato de vendas da marca italiana Fiat, inclusive concorrendo no mercado nacional com outros bons modelos de pickups de tamanho médio-compacto disponíveis no mercado nacional, dentre eles a pioneira Renault Duster Oroch, fabricada no estado do Paraná, a partir de 2015, e a mais recente Chevrolet Nova Montana, fabricada no estado de São Paulo, a partir de 2022, estas duas também montadas sobre plataforma, ambas com dimensões semelhantes.


A pickup Fiat Toro (ou o Fiat Toro, como diz o próprio fabricante) se tornou uma das mais bem sucedidas pickups de tamanho médio-compacto no mercado brasileiro, ocupando o segundo lugar entre as pickups mais vendidas no mercado nacional, considerando a média anual de vendas dos últimos oito anos, além de ser exportada para Argentina, Paraguai, Uruguai e Colômbia, neste último caso com o nome RAM 1000. O nome Fiat Toro é uma alusão à palavra toro, que, em italiano, significa touro.


Atualmente, ela é o objeto de desejo dos fazendeiros brasileiros e um sonho de consumo até de quem mora na cidade, profissionais autônomos, inclusive, uma das melhores opções do mercado de pickups leves, principalmente em razão de sua praticidade, segurança, conforto, beleza e economia. Ela tem dupla aptidão, bruta o suficiente para transportar entre 650 kg e 1.000 kg de carga, dependendo da versão, em sua caçamba de 820 ou 940 litros, dependendo da versão, segundo o fabricante, da cidade até a fazenda ou sítio da família, ou vice-versa, do campo para a cidade, além de ser refinada o suficiente para levar a família para passear no cinema, na pizzaria, na sorveteria, na praia e na lanchonete nos finais de semana, vendida aqui no Brasil somente em versões de cabine dupla, somente com quatro portas laterais.


A partir de 2015, a pickup média-compacta Fiat Toro passou a competir indiretamente com alguns modelos consagrados de pickups médias construídas sobre chassi, parte deles fabricada no Brasil e parte deles importada, dentre eles Nissan Frontier, Chevrolet S10, Ford Ranger, Toyota Hilux, Volkswagen Amarok e Mitsubishi L200, também bem projetados, bem fabricados e bem vendidos, mas, repetindo, nesses casos específicos com carroceria sobre chassi, ao contrário da Fiat Toro, da Chevrolet Montana, da Renault Duster Oroch, da Fiat Strada e da Ford Maverick, cujas carrocerias são monobloco.


Atualmente, todos os modelos citados no parágrafo acima estão em linha de produção e são comercializados no Brasil, que, inclusive, conta com mais um concorrente indireto, mais recente, a RAM Rampage, também monobloco, também fabricado no Brasil, também dentro da categoria médio-compacta, portanto um pouquinho menor que as pickups de tamanho médio sobre chassi.


O GRUPO STELLANTIS

Logo acima, o logotipo da nova holding Stellantis, formada a partir da fusão das holdings FCA Fiat Chrysler Automobiles, holandesa, e PSA Peugeot Citroen, francesa. Logo abaixo, o logotipo da Fiat, que se tornou uma das marcas da então FCA Fiat Chrysler Automobiles, a empresa também detentora das marcas Chrysler, Dodge, Jeep e RAM, até 2020.

O grupo empresarial Stellantis NV é uma gigante multinacional holandesa que atende interesses americanos, italianos e franceses, formado em 2021 pela fusão (ou consolidation, na linguagem americana) de duas grandes holdings multinacionais do setor automobilístico, a francesa PSA Peugeot Citroen e a também holandesa FCA Fiat Chrysler Automobiles, esta, por sua vez, uma gigante multinacional que atendia interesses americanos e italianos do ramo automobilístico ou automotivo, formada em 2014 pela fusão de duas grandes holdings multinacionais, a italiana Fiat SpA e a americana Chrysler Group, passando então a englobar as marcas Fiat, Chrysler, Jeep (utilitários esportivos), Alfa Romeo e Maserati (automóveis premium), Dodge e RAM (caminhões, pickups e comerciais leves), dentre outras.


Em 2019, os grupos automobilísticos PSA Peugeot Citroen, da França, e FCA Fiat Chrysler Automobiles, dos Estados Unidos e da Itália, anunciaram a intenção de promover uma nova fusão para juntar todas as suas marcas em um único grupo automotivo, para reforçar sua posição entre os dez maiores fabricantes de automóveis e comerciais leves do mundo, com economia de escala no compartilhamento de plataformas e chassis (bases estruturais, motores e câmbios) e compartilhamento de uma variedade de peças, partes e componentes, com aquisição de matérias primas (aços e alumínios, por exemplo) em conjunto, com consequente aumento de competitividade.


Antes disso, em 2016, a marca Ferrari foi separada do então Grupo FCA em uma entidade empresarial sediada na Europa, mas também é controlada pela Família Agnelli, por sua vez formada pelos filhos e netos de Giovanni Agnelli, o fundador da Fiat, a fabricante automotiva italiana. Já as marcas Case e New Holland (tratores e outros utilitários), foram reunidas em 2012 em outra holding, a britânica e holandesa CNH Industrial, e a marca Iveco (vans, caminhões e chassis para micro-ônibus e ônibus) é controlada pela também holandesa Iveco Group, ambas também controladas pela Família Agnelli.


As ações do atual Grupo Stellantis estão disponíveis nas bolsas dos Estados Unidos e na Europa. O então Grupo FCA foi o 8º maior fabricante de automóveis do mundo em 2018, com mais de 4.070.000 unidades fabricadas, enquanto o então Grupo PSA foi o 9º maior fabricante de automóveis, com mais de 3.460.000 unidades. Atualmente, a nova holding Stellantis é a 4ª maior fabricante de automóveis do mundo, com 400.000 funcionários; com instalações produtivas em 30 países; e com escritórios e representantes de vendas em mais de 130 países.


Uma das subsidiárias do Grupo Stellantis no Brasil é a FCA do Brasil, oficialmente FCA Automóveis Ltda, com suas fábricas principais localizadas no município de Betim, que faz parte da região metropolitana de Belo Horizonte, a capital do estado de Minas Gerais; e Goiana, município da região metropolitana de Recife, no estado de Pernambuco. Em 2019, por exemplo, esse grupo foi o maior fabricante de automóveis do Brasil, com mais de 496.000 unidades fabricadas, somando os números de vendas das marcas Fiat e Jeep, incluindo os números de vendas do Jeep Compass, do Jeep Renegade, da Fiat Strada e da Fiat Toro, esta uma pickup leve, de carroceria monobloco.


Outra subsidiária do grupo, a PSA do Brasil, foi a 11ª maior fabricante e vendedora de automóveis do país em 2019, com mais de 48.000 unidades fabricadas e comercializadas.


Por razões óbvias, a Stellantis NV anunciou recentemente que está abandonando o mercado russo de automóveis e utilitários...


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

A versátil Fiat Toro é um utilitário de tamanho médio-compacto da categoria das pickups leves, com design levemente futurista, para uso misto e diário no transporte de passageiros e de carga, disponível no mercado brasileiro desde 2015, com construção convencional de carroceria de aço galvanizado sobre chassi, disponível em vários mercados latino-americanos apenas com opções de carrocerias monobloco de cabine dupla, com quatro portas laterais, com opções de tração 4X4 e tração 4X2 dianteira, com opções de motorização a diesel e flex (gasolina e/ou etanol), atualmente com uma ótima ou boa variedade de itens de conforto, segurança e desempenho, dependendo da versão, com as versões mais caras e mais recentes com um nível de sofisticação e refinamento nunca antes alcançado para a categoria de veículos utilitários leves.


Atualmente, a família Fiat Toro é formada pelas versões Fiat Toro Endurance (básica), Fiat Toro Freedom (intermediária), Fiat Toro Volcano (intermediária), Fiat Toro Ranch (top de linha, com aspecto levemente country) e Fiat Toro Ultra (também top de linha, mas com design com um leve toque esportivo), todas elas com cabine dupla e quatro portas laterais, com opções de motorização turbodiesel, geralmente 4X4, e com opções de motorização turbo e flex, geralmente 4X2 dianteira.


Desde o início da sua fabricação no Brasil, em 2015, ela passou por pequenas ou sutis reestilizações e modernizações, com capacidade para transportar até cinco pessoas, incluindo o motorista. Por exemplo, a partir de 2021 ela ganhou o motor Fiat Firefly 270 1.3 Turboflex, com 1.300 cilindradas, com 185 cavalos de potência e 27 kgfm de torque, que, como o próprio nome diz possui turbocompressor e é flex, ou seja, pode ser abastecido com gasolina e/ou etanol, em qualquer proporção. Atualmente, ela é fabricada apenas no Brasil, no município nordestino de Goiana (não confundir com Goiânia, a capital do estado de Goiás) e exportada para países da América Latina, principalmente Argentina, Uruguai e Paraguai.


Ela está entre os mais desejados modelos de pickups leves à venda no mercado nacional, disputando o mercado de utilitários médios-compactos de uso misto, para trabalho e passeio, para uso urbano e rural, com suas congêneres americanas e europeias, principalmente a Renault Duster Oroch e a Chevrolet Nova Montana, suas rivais diretas, mostrando ao consumidor brasileiro as vantagens da compacidade (facilidade de dirigir em grandes e médias cidades, graças às suas dimensões moderadas), economia de combustível (graças ao menor peso da construção monobloco), conforto (graças ao bom entre-eixos de quase 3 metros) e segurança (graças à suspensão independente na dianteira e multilink na traseira, mais estável na rodovia), com a possibilidade de usar o veículo na cidade, para levar até quatro crianças e adolescentes para a escola ou fazer a compra do mês no supermercado, com espaço suficiente na caçamba para o dia a dia de uso no campo, com capacidade para até 1.000 kg nas versões motorizadas a diesel, embora na prática o recomendado seja até 500 kg na rodovia, por uma razão de segurança.


De modo geral, de forma resumida, a única geração da pickup leve Fiat Toro, fabricada no Brasil, composta apenas por modelos ou versões de cabine dupla e quatro portas laterais, possui uma confortável combinação de suspensão independente McPherson na dianteira, com braços triangulares inferiores, molas helicoidais e amortecedores pressurizados, semelhante às suspensões dianteiras de automóveis de passeio, e suspensão traseira multilink, com rodas independentes, proporcionando um rodar agradável e suave, absorvendo bem as irregularidade das vias, mas sem comprometer a estabilidade, com PBT – Peso Bruto Total muito abaixo de 3.500 kg, o que significa que todos eles podem ser dirigidos no Brasil por motoristas com carteira de habilitação A/B.


O importante incremento da oferta de produtos utilitários da então FCA do Brasil, conhecida atualmente como Stellantis do Brasil, ocorreu a partir de 2015 com o início da fabricação da 1ª geração (a geração atual) da Fiat Toro, seguida da fabricação da 2ª geração da pickup leve Fiat Strada, a partir de 2020, ambas com versões de cabines duplas e quatro portas laterais, mas sendo a Strada um pouco menor, ambas por preços competitivos e ambas com um bom nível de itens de segurança, conforto e desempenho, inclusive com opções de câmbio automático, com freios ABS e airbags, inclusive. Assim, essa “dupla dinâmica” se tornou acessível para as famílias brasileiras de classe média, até de quem mora na cidade, conseguindo mais de 40% de participação do mercado nacional de pickups nos anos mais recentes. É mole?


Apenas para simples efeito de comparação de dimensões e capacidades, a Fiat Toro e suas congêneres Renault Duster Oroch, Chevrolet Nova Montana, Volkswagen Saveiro, RAM Rampage e Fiat Strada estão situadas na categoria das pickups leves, portanto num degrau abaixo das pickups de tamanho médio Nissan Frontier, Volkswagen Amarok, Mitsubishi L200, Toyota Hilux, Chevrolet S10 e Ford Ranger, que, por sua vez, estão abaixo da categoria das caminhonetes full-size ou pickups grandes, como Ford F-250, Nissan Titan, Ford F-150, RAM 2500, Toyota Tundra, Chevrolet Silverado, RAM 3500 e GMC Sierra, lembrando que uma pickup grande não significa necessariamente um caminhão. Parte dos modelos de caminhonetes citada neste parágrafo está disponível para venda no Brasil por meio dos respectivos importadores oficiais e parte somente por meio de importadores independentes.


CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

A partir de 2015, a pickup de tamanho médio-compacto Fiat Toro foi um dos primeiros modelos de automóveis fabricados em série na então novíssima fábrica da então FCA do Brasil, atualmente Stellantis do Brasil, no município pernambucano de Goiana, na região metropolitana de Recife, por sua vez a capital do estado, um investimento total de mais de R$ 18 bilhões, com capacidade para produzir até 280 mil veículos, totalizando mais de 14.000 empregos diretos na região, atualmente, e somando mais de 1.500.000 unidades de automóveis fabricadas até o momento, o Jeep Compass, a RAM Rampage, o Jeep Renegade, o Jeep Commander e, é claro, a Fiat Toro.


Mas para entender o surgimento e as razões do sucesso da Fiat Toro é preciso voltar no tempo: A partir da década de 1990, as pickups médias de cabine dupla, cabine simples e cabine estendida, montadas sobre chassis, de diversas marcas e modelos, de fabricantes diferentes, disponíveis no mercado brasileiro, a maioria importada, ajudaram a difundir no Brasil o conceito de veículo utilitário de tamanho médio e de uso misto, para a zona rural e para a zona urbana, com itens de conforto, segurança e desempenho antes disponíveis mais comumente em automóveis de luxo, como ar condicionado e aquecedor; direção hidráulica; cintos de segurança de três pontos; vidros elétricos e trava central elétrica das portas; injeção eletrônica; freios ABS; e piloto automático; dentre outros.


Com o passar dos anos, ainda na década de 1990, chegaram ao Brasil, trazidas da Argentina, as confortáveis versões de cabine dupla da Ford Ranger e da Toyota Hilux, com vários níveis de equipamentos e acabamento, uma melhor que a outra, e assim elas deixaram de ser apenas pickups e passaram a ser consideradas símbolos de status. Por outro lado, a General Motors decidiu fabricar no Brasil, desde a década de 1990, a Chevrolet S10, uma decisão acertada, já que o modelo ocupa, até hoje, um lugar de destaque no portfólio da empresa e no seu balanço anual, responsável por boa parte da receita bruta da empresa aqui no Brasil, como um dos principais produtos, um dos mais bem sucedidos aqui no Brasil desde então.


Entre as marcas orientais, chegaram ao Brasil, também inicialmente importadas e também na década de 1990, as pickups médias Mitsubishi L200, Toyota Hilux e Nissan Frontier, dispostas a disputar o mercado nacional de utilitários de uso misto. Anos depois (antes tarde do que nunca) chegaram ao Brasil as pickups médias Volkswagen Amarok, a partir de 2010, importada da Argentina, e, a mais recente delas, Fiat Titano, a partir de 2023, trazida do Uruguai.


Entre as principais características desses modelos de automóveis (ou utilitários, se você preferir) está a posição de dirigir alta, a preferida pela grande maioria dos motoristas brasileiros, australianos e americanos, com visão panorâmica do ambiente ao seu redor, e o vão livre do solo, de cerca de 30 centímetros, o que facilita o trânsito sobre estradas rurais. Uma parte desses modelos foi e é fabricada com motores gasolina e/ou flex (gasolina e/ou etanol), verdade seja dita menos econômica que as opções de motorização diesel.


A pickup leve Fiat Toro e a também pickup leve Renault Duster Oroch surgiram a partir da percepção dos investidores, executivos e projetistas da então FCA do Brasil e da Renault do Brasil, respectivamente, de que o aumento gradativo e lento do volume ou tamanho das carrocerias sobre chassis das pickups médias à venda no mercado brasileiro havia provocado uma lacuna de tamanho a ser preenchida entre as categorias de pickups médias, como Ford Ranger, por exemplo, e pickups leves, como Volkswagen Saveiro, por exemplo.


É essa, então, uma das principais razões para o sucesso de mercado de ambos os modelos, Fiat Toro e Renault Duster Oroch, pois a Fiat e a Renault aproveitaram uma oportunidade, um nicho de mercado, e um timing, que haviam surgido a partir da exigência de mais conforto dos ricos clientes rurais das pickups médias construídas sobre chassis, colocando à disposição do consumidor um meio termo, digamos, entre as pickups médias, mais caras, e as pickups compactas, mais baratas.


A outra razão é óbvia, a credibilidade das marcas Fiat e Renault.


A FAMÍLIA FIAT TORO

A pickup leve Fiat Toro foi criada a partir do projeto de carro conceito Fiat FCC4 e, segundo o fabricante, ela se encaixa no novo conceito de SUP – Sport Utility Pickup, ou seja, um veículo de dimensões moderadas, com aspecto que lembra vagamente o aspecto de um SUV – Sport Utility Vehicle ou crossover, mas de construção monobloco, portanto com ótimo aproveitamento de espaço interno, com apenas 1.700 kg de peso vazio, portanto bem mais leve que uma típica pickup de tamanho médio construída sobre chassi, a maioria delas com peso vazio variando entre 2.000 kg e 2.300 kg.


A 1ª e atual geração da família Fiat Toro é, essencialmente, um projeto brasileiro e italiano, com autorização, com sinal verde, é claro, da então matriz holandesa FCA Fiat Chrysler, atualmente Stellantis NV, mas desenvolvido (testado) principalmente no Brasil e fabricado apenas no Brasil, o que explica, pelo menos em parte, a robustez desses modelos, porque os projetistas e executivos da Fiat do Brasil estão cansados de saber que a maioria das rodovias pavimentadas e estradas rurais brasileiras, principalmente as públicas, são mal conservadas, infelizmente.


Desde 2015, os modelos Fiat Toro, principalmente as versões intermediárias e top de linha, mais completas, portanto mais caras, como Fiat Toro Volcano e Fiat Toro Ranch, por exemplo, possuem um bom e/ou ótimo nível de itens de segurança, conforto e desempenho, dependendo do modelo e do ano de fabricação, incluindo direção elétrica, ar condicionado, vidros elétricos e trava central elétrica, motor turbodiesel ou flex (gasolina e/ou etanol), freios com ABS ou antitravamento, EBD ou controle eletrônico de distribuição de frenagem, ASR ou controle de tração e ESP ou controle eletrônico de estabilidade, airbag duplo frontal (de série), bancos com revestimento em couro (dependendo da versão e/ou disponível como opcional), rodas de liga leve e faróis de neblina, uma decisão acertada do fabricante, já que entre seus compradores estavam e estão proprietários rurais e urbanos de médio e alto poder aquisitivo, incluindo proprietário rurais, empresários e profissionais liberais, dispostos a pagar mais por um veículo mais completo para passear com a família a bordo.


Trata-se de um automóvel com design ousado, mas sem exageros, com linhas levemente vincadas e harmônicas, tudo bem proporcional e equilibrado, portanto sóbrio. Nada em excesso, pois entre seus compradores estão pais de família de alto e/ou médio poder aquisitivo, que exigem sobriedade e moderação, principalmente em razão do valor de revenda. Ele é considerado uma boa opção de compra no mercado de carros novos e usados, uma das melhores opções (talvez a melhor) entre as pickups leves. É uma família de pickups leves com um toque moderado de sofisticação e desempenho, com uma boa e/ou ótima variedade de itens de desempenho, segurança e conforto, com um nível de sofisticação e refinamento inédito na categoria das pickups leves, com acabamento caprichado e bom nível de ruído interno, além de possuir a credibilidade da marca Fiat, com mais de 500 concessionárias no Brasil.


Aqui no Brasil, a Fiat Toro é tratada como um veículo utilitário de tamanho médio-compacto, ou seja, ocupando uma lacuna estreita entre as pickups médias com carroceria sobre chassi e as pickups compactas, todas monobloco. Aqui no Brasil, a Fiat Toro está disponível em pelo menos seis versões principais, começando pela mais barata Fiat Toro Endurance, o modelo de entrada, com econômico motor Fiat Firefly 270 1.3 Turboflex, com 1.300 cilindradas, com 185 cavalos de potência e 27 kgfm de torque, que, como o próprio nome diz, é flex e turbo (conceito downsizing), com câmbio automático AISIN de 6 velocidades ou marchas, com preços a partir de R$ 150 mil (sem opcionais); Fiat Toro Freedom, um modelo intermediário, também com motor Fiat Firefly 270 1.3 Turboflex e com câmbio automático AISIN de 6 velocidades, com preços a partir de R$ 160 mil (sem opcionais), portanto com um bom custo benefício; Fiat Toro Volcano, também um modelo intermediário, mas neste caso específico com custo benefício melhor, neste caso com duas opções de motores, o motor Fiat Firefly 270 1.3 Turboflex, com 185 cavalos de potência e 27 kgfm de torque, combinado com câmbio automático AISIN de 6 velocidades, ou o Fiat Multijet II 2.0 16V Turbodiesel, com 170 cavalos e 36 kgfm, combinado com câmbio automático ZF de 9 velocidades, com preços a partir de R$ 180 mil (sem opcionais) e a partir de R$ 200 mil (sem opcionais), respectivamente; a versão top de linha Fiat Toro Ranch, um sonho de consumo, bem completinha, com motor Fiat Multijet II 2.0 16V Turbodiesel, com 170 cavalos e 36 kgfm, com câmbio automático ZF de 9 velocidades; e a versão semiesportiva Fiat Toro Ultra, também com motor turbodiesel.


De modo geral, as versões turbodiesel possuem tração 4X4 e as versões flex possuem tração 4X2 dianteira. A família Fiat Toro já esteve disponível também com motorização Fiat 1.8 16V E-torq Evo Flex, com 135 cavalos de potência e 19 kgfm de torque, e motorização Fiat 2.4 16V Multiair Flex, com 174 cavalos e 24 kgfm.


Por se tratar de modelos de automóveis fabricados em larga escala no Brasil, há facilidade na hora de encontrar peças de reposição no mercado para esses motores, além, é claro, do grande número de concessionárias, mais de 500 unidades espalhadas pelo Brasil. O arranjo da suspensão da Fiat Toro de 1ª geração, a geração atual, é independente McPherson na frente, com braços triangulares inferiores, molas helicoidais e amortecedores pressurizados, e multilink na traseira, com braços de ligação transversais e longitudinais, com molas helicoidais e amortecedores pressurizados, resultando em um rodar suave e macio, com estabilidade bem razoável na rodovia.


Desde 2015, a Fiat Toro fabricada no Brasil está disponível com uma boa ou ótima variedade de itens de desempenho, conforto e segurança, dependendo da versão e do ano de fabricação, principalmente as versões intermediárias e top de linha, incluindo ar-condicionado de duas zonas; direção elétrica, com volante multifuncional com regulagem de altura e profundidade e sistema de absorção de energia em impactos frontais; central multimídia ConnectMe (a partir de 2021) com tela de 10 polegadas sensível ao toque e navegador GPS integrado, com 6 alto falantes e conectividade Android Auto e Apple CarPlay (opcional ou de série, dependendo da versão); câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro (desde 2015) e dianteiro (desde 2021); vidros com acionamento elétrico e trava central elétrica; vidros verdes climatizados, com antiembaçamento atrás; teto solar (disponível apenas em algumas versões); faróis de neblina e lanternas traseiras, DRL e luzes de direção em LED (intermediárias e top de linha); iluminação de caçamba; quadro de instrumentos com tela digital colorida (dependendo do ano de fabricação); retrovisores com setas direcionais; tomada USB para carregamento de dispositivos móveis dos ocupantes dos assentos dianteiros e traseiro; barras longitudinais no teto; rodas de aço de 16 polegadas ou rodas de liga-leve de 17 ou 18 polegadas, dependendo da versão e do ano de fabricação; ASR ou controle de tração; abertura elétrica do bocal de abastecimento de combustível; alertas de limite de velocidade e manutenção programada; apoios de cabeça dianteiros e traseiros com regulagem de altura; bancos em couro (dependendo da versão e/ou disponível como opcional) e banco do motorista com regulagem elétrica de altura (top de linha); porta-objetos e porta-copos na frente e atrás; chave canivete com telecomando para abertura e fechamento das portas; cintos de segurança dianteiros e traseiros laterais retráteis de 3 pontos; airbags frontais, laterais e de cortina (dependendo da versão e do ano de fabricação); ponto de fixação Isofix para cadeirinhas infantis; computador de bordo e piloto automático; conta-giros; cabo de aceleração drive-by-wire; ESP ou controle de estabilidade; estepe full-size; sistema de controle de subida ou assistente de partida em rampa (top de linha e intermediárias, de série ou opcional), alerta de saída de faixa (top de linha e intermediárias, de série ou opcional) e alerta de colisão frontal (top de linha e intermediárias, de série ou opcional); e hodômetro digital (total e parcial); dentre outros itens;


As versões intermediárias e top de linha estão disponíveis com assistente de partida em rampa e de descida em ladeiras.


MERCADO

Sobram razões para ter uma Fiat Toro na garagem, nova ou usada, ressaltando que se trata uma pickup com peso moderado, o que faz com que tanto as versões com motorização flex quanto as versões com motorização turbodiesel sejam válidas e competitivas, embora as versões com motorização turbodiesel tenham a ampla vantagem da tração 4X4, mais adequada para quem costuma trafegar em estradas rurais.


As cores mais valorizadas no mercado brasileiro de automóveis usados são prata, preto, cinza e azul. Pense nisso na hora de comprar sua pickup nova.


Assim como na compra de qualquer tipo de veículo, o eventual comprador da Fiat Toro deve ser seletivo e deve tomar alguns cuidados na hora da compra. Se optar por um exemplar disponível em loja de revenda de veículos há a vantagem da segurança durante a compra e da garantia mínima de três meses.


Se optar por um exemplar de particular, avise sua família e amigos com antecedência de pelo menos um dia e peça que pelo menos um deles te acompanhe pessoalmente nos encontros para negociação de compra... Marque os encontros para negociação para apenas de dia, em locais públicos ou privados bem iluminados, de preferência com câmeras de circuito fechado de TV, como, por exemplo, shoppings centers, lanchonetes e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis e estacionamentos pagos... Essas mesmas precauções valem também para quem está vendendo o veículo...


Desde 2015, a pickup leve Fiat Toro enfrenta uma dura competição com vários modelos conceituados de pickups de marcas americanas, japonesas e europeias, conseguindo se sair muito bem, conseguindo alcançar a segunda posição entre as pickups mais vendidas do mercado brasileiro nos anos mais recentes, atrás apenas da Fiat Strada, o modelo de automóvel mais vendido do Brasil em 2022, por exemplo.


PICKUPS GRANDES, MÉDIAS E LEVES MAIS VENDIDAS NO BRASIL EM 2022

POSIÇÃO

MODELO

UNIDADES

Fiat Strada

112.456

Fiat Toro

49.567

Toyota Hilux

48.606

Chevrolet S10

27.128

Volkswagen Saveiro

23.422

Mitsubishi L200

15.831

Ford Ranger

14.302

Renault Duster Oroch

12.022

Nissan Frontier

8.669

10ª

Volkswagen Amarok

6.012

11ª

RAM 3500 / RAM 2500

5.056

12ª

Ford Maverick

1.382

 

 

 

 

 

 


No andar de cima, na cobertura duplex de alto padrão, no topo da pirâmide ou na suíte presidencial do hotel cinco estrelas, se você preferir, estão RAM 2500, Ford F-150, RAM 3500 e Chevrolet Silverado, objetos de desejo ou sonho de consumo de dez em cada dez fazendeiros brasileiros.


FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS


TORO FREEDOM TURBO 270 FLEX 4X2

  • Capacidade: 1 motorista e 4 passageiros;
  • Caçamba: Até 750 kg em 940 litros;
  • Comprimento: Aprox. 5 metros;
  • Largura: Aprox. 1,9 metro;
  • Altura: Aprox. 1,8 metro;
  • Entre-eixos: Aprox. 3 metros;
  • Motorização: Fiat Firefly 270 1.3 Turboflex, 1.300 cilindradas, 4 cilindros em linha, transversal; 
  • Potência e torque: 180 cavalos e 27 kgfm;
  • Alimentação: Direta, Vitesco, por bomba injetora eletrônica;
  • Taxa de compressão: 10,5:1;
  • Ignição: Vitesco, eletrônica digital;
  • Comando de válvulas: Variável, com corrente;
  • Câmbio: Automático AISIN de seis velocidades ou marchas;
  • Aceleração 0 a 100 km/h: Aprox. 10 segundos (vazio);
  • Consumo médio (cidade): Aprox. 10 quilômetros / litro (vazio);
  • Consumo médio (rodovia): Aprox. 12 quilômetros / litro (vazio);
  • Direção: Elétrica;
  • Tração: 4X2 dianteira;
  • Freios dianteiros: Discos ventilados, com ABS (antitravamento) e ESC (controle de estabilidade);
  • Freios traseiros: Tambores, com sapata autocentrante e regulagem automática de jogo;
  • Rodas e pneus: 225/60 R17, com rodas 17 polegadas;
  • Suspensão dianteira: Independente McPherson, com braços triangulares, molas helicoidais e amortecedores;
  • Suspensão traseira: Multilink independente, com molas helicoidais e amortecedores;
  • Vão livre do solo: Aprox. 18 centímetros;
  • Tanque: 55 litros;
  • Peso vazio: Aprox. 1.980 kg;


ONDE COMPRAR


GALERIA DE IMAGENS


VERSÃO VOLCANO


MOTOR TURBOFLEX


VERSÃO RANCH


POSIÇÃO DE DIRIGIR

VERSÃO ENDURANCE


ESPAÇO INTERNO


CAÇAMBA


Atenção: As informações, conceitos e valores (preços) emitidos neste artigo ou página são apenas de caráter informativo e podem não estar absolutamente precisos e rigorosos, pois esse não é o objetivo do blog. Para informações, conceitos e valores mais precisos e rigorosos entre em contato com o fabricante e/ou com seu representante de vendas.


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Fiat_Toro
  • Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fiat_Toro
  • Auto Esporte / Globo.com:
  • Stellantis / FIAT (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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