TRON – UMA ODISSÉIA ELETRÔNICA (FILME)

TRON – UMA ODISSÉIA ELETRÔNICA (NO BRASIL)
TRON – THE ORIGINAL CLASSIC (EUA E INGLATERRA)
TRON – EL CLÁSICO ORIGINAL (AMÉRICA LATINA E ESPANHA)
TRON – LE CLASSIQUE ORIGINEL (NA FRANÇA)
TRON (EM PORTUGAL)


INTRODUÇÃO

Tron – Uma Odisséia Eletrônica é um clássico filme dos gêneros ficção científica, suspense, drama e ação, um longa metragem escrito, produzido e filmado em definição padrão nos Estados Unidos, em 1979, 1980 e 1981, mas com parte dos efeitos especiais e visuais produzida em Taiwan, e com lançamento em cinemas americanos, europeus e brasileiros em 1982, dirigido pelo americano Steven Lisberger e tendo como atores principais ou protagonistas os americanos Jeff Bridges, como o analista de sistemas Kevin Flynn, e Bruce Boxleitner, como o também analista de sistemas Alan Bradley; além de outros talentosos atores e atrizes representando personagens coadjuvantes.


Dentre os atores e atriz coadjuvantes de primeira linha estão a americana Cindy Morgan, interpretando a bela analista de sistemas ou programadora Lora Baines e a personagem virtual Yori; o ator americano Bernard Hughes, interpretando o veterano analista ou programador Walter Gibbs; e o ator americano Dan Shor, interpretando o personagem virtual RAM, que interage com outros personagens dentro do ambiente virtual.


O filme contou com a atuação de vários atores e atriz de primeira linha, desempenhando papéis coadjuvantes e/ou antagonistas, dentre eles e elas o ator e narrador inglês David Warner, interpretando o vilão Ed Dillinger, um alto executivo e analista de sistemas trapaceiro, inescrupuloso e desonesto, que plagiou (roubou) um programa de jogo eletrônico criado por Kevin Flynn, e interpretando (dando voz, na verdade) ao perigoso programa de gerenciamento MCP – Master Control Program, dotado de IA – Inteligência Artificial, que ganha “autoconsciência” a partir de um determinado momento e passa a agir de forma semelhante a um psicopata humano.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Tron - Uma Odisséia Eletrônica (inicialmente com acento agudo e, atualmente, sem acento agudo, depois do Acordo Ortográfico), cujo título original, em inglês, é simplesmente Tron (pronuncia-se Trón ou Trãn), é um clássico e icônico filme americano de ficção científica da década de 1980, dirigido pelo americano Steven Lisberger, cujo roteiro foi escrito e reescrito pelo menos três vezes pela escritora Bonnie MacBird e pelo próprio Steven Lisberger, até chegar à versão final aprovada pelo estúdio de cinema americano Walt Disney Pictures, na época o estúdio de cinema responsável pela distribuição do filme.


O nome Tron é usado para o icônico personagem virtual do ator americano Bruce Boxleitner, que desempenha o papel de um programa de computador justiceiro em um ambiente virtual, com forma física e personalidade semelhantes ao de um humano. Ele é uma alusão óbvia ao termo em inglês electronic, com a tradução eletrônico, para português.


Esse sofisticado e visionário roteiro aborda temas ou questões filosóficos, tecnológicos, sociológicos, psicológicos, governamentais / políticos, religiosos, sociais, comportamentais ou sentimentais, dentre eles a IA – Inteligência Artificial, que, na época, ainda não era uma realidade (pelo menos até onde se sabe) e a questão dos direitos autorais, pois aborda o drama vivido por um indivíduo talentoso, Kevin Flynn, que cai na pobreza e no ostracismo após ter sua principal criação (um jogo eletrônico de computador ou fliperama) roubado.


O roteiro do filme é tão sofisticado e complexo, portanto difícil de entender, que foi rejeitado por quase todos os grandes estúdios de cinema da época, incluindo o Columbia / Tristar (atualmente de propriedade da Sony Corporation), o MGM – Metro Goldwin Mayer (atualmente propriedade do grupo Amazon), o Paramount Pictures (atualmente propriedade da National Amusements), o Warner Brothers (atualmente de propriedade da Warner Discovery) e o 20th Century Fox (atualmente propriedade da Disney), só restando apenas um grande estúdio com coragem suficiente para bancá-lo, o Walt Disney Pictures, que gastou uma pequena fortuna, US$ 11 milhões (em valores da época), para concluí-lo, um risco alto...


Apesar disso, o filme Tron – Uma Odisséia Eletrônica, lançado em 1982, é considerado um divisor de águas na história da ficção científica mundial, um pioneiro, pois ele foi o primeiro filme de um grande estúdio de cinema, com um grande orçamento e com atores de primeira linha, a empregar de forma intensiva a então nova e avançada tecnologia de animação digital. Ele um dos primeiros grandes filmes de ficção científica, de grandes estúdios de cinema, a conseguir abordar de forma séria dois temas muito delicados, a IA – Inteligência Artificial e a questão dos direitos autorais sobre programas de computador.


Embora até hoje seja considerado pela crítica em geral, pelo público em geral, pela mídia em geral e pela própria indústria cinematográfica mundial um filme com roteiro sofisticado demais, complexo demais e até um pouco estranho, com alguns conceitos filosóficos, psicológicos, governamentais / políticos, religiosos, tecnológicos e sociais sofisticados e/ou sutis e, portanto, difíceis de perceber e/ou entender, não há dúvida de se trata de uma obra-prima, atualmente quase uma unanimidade entre críticos de cinema, um dos primeiros grandes filmes de ficção científica, de um grande estúdio e com um grande orçamento, a ser alçado à categoria de filme cult por críticos de cinema, pela indústria cinematográfica, pela mídia e por nerds e geeks, um público que adora ciência e tecnologia.


O roteiro ou enredo do filme é dividido em dois grandes ambientes, intercalados ou simultâneos, lado a lado: 1 – O primeiro ambiente se passa no mundo real, em plena década de 1980, uma época em que jogos eletrônicos de arcade (conhecidos também como fliperama) e jogos eletrônicos domésticos (como o icônico e inesquecível best-seller Atari 2600, por exemplo) eram muito populares nos Estados Unidos, no Canadá, na América Latina (incluindo o Brasil), na Europa Ocidental, no Japão, na Austrália e na Coreia do Sul; 2 – O segundo ambiente se passa no mundo virtual, dentro de um computador empresarial de grande porte, ou seja, um mainframe, em que personagens que representam programas, que, curiosamente, possuem aspecto físico e personalidade semelhantes aos dos seus criadores do mundo real, os analistas de sistemas ou programadores, interagem entre si e com os seus próprios criadores do mundo real.


O ROTEIRO

O filme conta uma história que se passa na década de 1980, em que empregados de uma grande empresa americana de softwares, a ENCOM, a maioria deles engenheiros, analistas e programadores, se unem para investigar informalmente um dos principais executivos da mesma empresa, o vice-presidente Ed Dillinger, por apropriação indébita, ou seja, roubo de programas de software, por meio de plágio, ou seja, apresentando os softwares roubados como se fossem seus.


Além disso, ele conta a história de uma aparente falha técnica do software autônomo MCP – Master Control Program, baseado na tecnologia de IA – Inteligência Artificial, um programa central de controle e gerenciamento das atividades de desenvolvimento das inúmeras tecnologias patenteadas da ENCOM, que ganha “autoconsciência” a partir de um determinado momento e passa a agir por conta própria, apresentando, inclusive, comportamento semelhante ao comportamento de psicopatas humanos...


Trata-se de um dos mais emblemáticos e impressionantes filmes da década de 1980, com efeitos visuais digitais em larga escala inéditos para a época, realmente impressionantes e encantadores, com roteiro considerado meio estranho na época, mas posteriormente recebendo o devido reconhecimento, se tornando um dos mais elogiados pela crítica mundial e bem aceito pelo público, considerado um cult do cinema, inclusive, com um orçamento de US$ 11 milhões, em valores da época, o equivalente hoje a US$ 35 milhões, corrigidos pela inflação, e uma boa arrecadação de US$ 165 milhões, em valores atuais, incluindo a arrecadação nos primeiros anos de exibição no cinema e em licenciamentos posteriores para TV aberta, TV paga, mídias físicas e streaming, um dos filmes responsáveis por salvar a Walt Disney Pictures da falência, na época.


O filme foi levado massivamente para as telas de TV aberta e TV paga, disponibilizado em mídias físicas, como VHS / Betamax, DVD e Blu-ray, anos depois, e disponibilizado, nos anos mais recentes, pelas plataformas de streaming. A receita bruta total da franquia Tron – Uma Odisséia Eletrônica, na época, pode ter chegado a mais de US$ 100 milhões, o equivalente hoje a US$ 330 milhões, considerando também os licenciamentos para fabricação de jogos, brinquedos, artigos esportivos, roupas e calçados com a temática do filme.


Na década de 1980, ele foi um dos grandes filmes de um grande estúdio de cinema a abordar de forma séria a “mania” do ser humano em imitar a Deus, criando máquinas equivalentes aos seres humanos, mas depois se arrependendo de tê-los criado, e, ironicamente, em alguns casos, sendo até vítima de suas máquinas.


Nos anos anteriores, nos anos seguintes e nas décadas seguintes, outros filmes e/ou séries de alta qualidade voltaram a abordar o mesmo tema, a “obsessão” do ser humano em criar outros seres orgânicos e/ou máquinas equivalentes ou semelhantes a ele mesmo, como se fosse Deus ou algo parecido, e até mesmo outros ecossistemas semelhantes ao do planeta Terra, dentre eles 2001 – Uma Odisséia no Espaço, de 1968, Jornada nas Estrelas, de 1979; Alien – O Oitavo Passageiro, também de 1979; Jornada nas Estrelas – A Ira de Khan, também de 1982; Blade Runner – O Caçador de Andróides, de 1982; O Exterminador do Futuro, de 1984; O Exterminador do Futuro 2, de 1992; Arquivo X, de 1993; Matrix, de 1999; Taken, de 2002; Eu Robô, de 2004; Ex-Maquina – Instinto Artificial, de 2015; Revolt, de 2017; I Am Your Mother, de 2020; e Duna, de 2021; dentre outros.


Não há dúvidas: O filme Tron – Uma Odisséia Eletrônica é uma obra prima: Ele foi o primeiro grande filme de Hollywood com efeitos especiais e visuais de altíssima qualidade, considerando os padrões da época, é claro, baseados na então inovadora tecnologia de computação gráfica, criados por profissionais da indústria do cinema. A produção do filme contou com a valiosa contribuição de Steve Lisberger, diretor e produtor da Lisberger Studios; John Norton, um designer americano; Alan Kay, na época um consultor da Xerox; Richard Taylor, da Triple I ou Information International, uma das empresas responsáveis pelas imagens em CGI ou computação gráfica; o francês Jean Girard, o principal responsável pelos ousados desenhos dos figurinos ou roupas usados pelos personagens; o inglês Peter Lloyd, responsável pelos desenhos dos cenários virtuais; os designers gráficos ou animadores americanos Bill Kroyer e Jerry Rees, responsáveis pelos esboços dos cenários digitais de fundo; Bruce Logan, o diretor de fotografia do filme (que também trabalhou para George Lucas, em Star Wars); o americano Sidney Mead, um designer gráfico; o americano Harrison Ellenshaw, um desenhista e supervisor de efeitos visuais; vários profissionais da MAGI – Mathematical Aplications, uma empresa cinematográfica também especializada em imagens de computação gráfica; vários profissionais da Robert Abel and Associates, também uma empresa da área de cinema; John Villet, também envolvido nos efeitos visuais; o americano Michael Fremer, um sonoplasta (gravador, editor e criador de sons); e a compositora e instrumentista americana Wendi Carlos, a principal responsável pela trilha sonora eletrônica do filme; o que resultou na riqueza de detalhes visuais e sonoros, na verossimilhança e na sofisticação das cenas ambientadas no mundo virtual, considerando os padrões da época, é claro, considerados entre os melhores efeitos especiais da década de 1980 e que até hoje impressionam pelo realismo.


Como diria Silvio Santos, isto é incrível: Só pra se ter uma ideia, foram mais de 600 profissionais diretamente envolvidos nos trabalhos de produção e pós-produção do filme, incluindo as fases de criação de roteiro; ensaios e gravações (filmagens) em estúdio com atores reais; criação de imagens gráficas digitais e sons; criação de imagens analógicas (sim, embora grande parte do filme seja digital, há 17 minutos de efeitos visuais convencionais de animação criados a mão, por 200 desenhistas de Taiwan); criação, gravação e edição de sons; e edição final de imagens e sons,


Só pra se ter uma ideia de como esse roteiro é de alto nível e de como ele foi realizado com muito cuidado e esmero, tomando todos os cuidados possíveis para não cair no ridículo e para não parecer algo precário, feito de forma improvisada, os principais profissionais envolvidos nas produção, na filmagem e na edição do filme, optaram pelos melhores equipamentos disponíveis na época, incluindo câmeras Super Panavision 70, Panavision 35 e Panavision 65; e técnicas inéditas de backlight (para realçar as imagens do ambiente virtual e dos personagens virtuais, com aparência semelhante à tecnologia de fachadas comerciais em neon, muito comuns na época); dentre outras tecnologias.


A impressionante produção do filme Tron – Uma Odisséia Eletrônica, realmente impecável e realista, incluindo cenários reais e virtuais, guarda-roupas (figurino), ambientes virtuais, naves virtuais (incluindo as realmente impressionantes motos de luz, chamadas de light cycles, incríveis, algo nunca feito antes na história do cinema) e até o dispositivo de inteligência artificial MCP – Master Control Program (com personalidade em parte inspirada nos personagens Imperador Palpatine e Darth Vader, de Star Wars), esteve a cargo de uma equipe formada por mais de 600 pessoas, incluindo produtores, roteiristas, atores e atrizes, operadores de câmeras, supervisores, editores, designers em geral, marceneiros, costureiras e serralheiros, dentre muitos outros.


MERCADO

O filme foi recebido, na época, com avaliações mistas por parte da crítica internacional, ou seja, parte dos críticos gostou e outra parte se mostrou meio perplexa. No entanto, nas décadas seguintes, passou com a ser tratado como cult do cinema mundial pela crítica internacional. O site agregador de resenhas Rotten Tomatoes relatou que 73% das 71 críticas do filme, encontradas na grande mídia, foram positivas. Já o site Metacritic calculou que cerca de 60% das críticas foram positivas, na época. Mais recentemente, uma enquete simples entre usuários do buscador Google, aqui no Brasil, apontou uma aprovação próxima de 80% dos espectadores do filme.


O filme foi indicado a dois Oscars, incluindo o de melhor filme.


Ele teve uma continuação, em 2010, chamado Tron – O Legado;


FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

  • Origem: Estados Unidos (com trabalho complementar em Taiwan);
  • Duração: 96 minutos (DVD – Edição Especial);
  • Gênero: Ficção científica, drama, suspense e ação;
  • Vídeo: SD e HD em cores (DVD e Blu-ray);
  • Áudio: Estéreo e Dolby (DVD e Blu-ray);
  • Mídias disponíveis: TV’s aberta e paga, DVD, Blu-ray e streaming;
  • Formato: Cinema (Widescreen em DVD);
  • Roteiro: Steven Lisberger e Bonnie MacBird;
  • Direção: Steven Lisberger;
  • Produção: Steven Lisberger e Donald Kushner, dentre outros;
  • Distribuição: Disney (cinema, TV’s aberta e paga, mídias físicas e streaming);
  • Elenco: Jeff Bridges, Bruce Boxleitner, David Warner, Cindy Morgan, Bernard Hughes e Dan Shor, dentre outros.
  • Trilha sonora: Wendi Carlos, dentre outros;
  • Fotografia: Bruce Logan;
  • Efeitos especiais e visuais: John Norton, Alan Kay, Richard Taylor, Peter Lloyd, Bill Kroyer, Jerry Rees, Sidney Mead, Harrison Ellenshaw e John Villet;
  • Sonoplastia: Michael Fremer;
  • Edição: Jeff Gourson;
  • Restauração:
  • Idioma principal: Inglês, com dublagem para português;
  • Premiação: Indicado ao Oscar de melhor filme, em 1982;
  • Orçamento: Aprox. US$ 11 milhões (valores da época);
  • Receita bruta total: aprox. US$ 165 milhões (até o momento);
  • Opinião do blog: Ótimo;


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REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tron
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Atari_2600
  • Disney (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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