O EXTERMINADOR DO FUTURO 2 (FILME)

O EXTERMINADOR DO FUTURO 2 – O JULGAMENTO FINAL (NO BRASIL)
EXTERMINADOR IMPLACÁVEL 2 – DIA DO JULGAMENTO (EM PORTUGAL)
TERMINATOR 2 – THE JUDGMENT DAY (EUA E INGLATERRA)
TERMINATOR 2 – EL JUICIO FINAL (AMÉRICA LATINA E ESPANHA)
TERMINATOR 2 – LE JUGEMENT DERNIER (NA FRANÇA)
TERMINATOR 2 – TAG DER ABRECHNUNG (NA ALEMANHA)
FRANQUIA TERMINATOR

INTRODUÇÃO

O Exterminador do Futuro 2 é um clássico filme do gênero ficção científica, suspense, terror, ação e drama, um longa metragem escrito, produzido e filmado em definição padrão nos Estados Unidos, em 1989 e 1990, concluído em 1991 e com lançamento em cinemas americanos, europeus e brasileiros no mesmo ano, dirigido pelo icônico canadense James Cameron e tendo como atores e atriz principais ou protagonistas o também icônico americano e austríaco Arnold Schwarzenegger, como o androide autônomo Terminator T-101, dotado de inteligência artificial; o americano Edward Furlong, como o indisciplinado e rebelde adolescente John Connor, que, no futuro, se tornará o líder guerrilheiro ou paramilitar da Resistência Humana contra as máquinas; e a também icônica americana Linda Hamilton, como a heroína incompreendida e estigmatizada Sarah Connor, mãe do futuro herói John Connor; além de outros talentosos atores e atrizes representando personagens coadjuvantes e antagonista.

O filme contou com a atuação de vários atores e atrizes de primeira linha, desempenhando papéis coadjuvantes e/ou antagonista, dentre eles e elas o ator americano Robert Patrick, interpretando o perigoso androide de metal líquido Terminator T-1000, também dotado de autonomia e inteligência artificial, enviado do futuro pelo também perigoso computador autônomo Skynet para matar John Connor ainda na adolescência; Joseph Morton, como o talentoso diretor de projetos especiais doutor Miles Dyson, o principal responsável por realizar os trabalhos de engenharia reversa de um chip de computador de inteligência artificial apreendido pelo Governo Americano e encaminhado para a iniciativa privada, no filme anterior O Exterminador do Futuro, de 1984; e o americano Earl Boen, como o cético psiquiatra doutor Silberman que atende no hospital psiquiátrico no qual está detida Sarah Connor.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

O Exterminador do Futuro 2, conhecido também como O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final, cujo título original, em inglês, é Terminator 2 – The Judgment Day (pronuncia-se Términêror Tchú - Djâdmen Dêi), é um clássico e icônico filme americano de ficção científica da década de 1990, dirigido pelo canadense James Cameron, cujo roteiro foi escrito e reescrito pelo menos três vezes pelo próprio James Cameron, mas com o auxílio de William Wisher, até chegar à versão final aprovada pelo próprio James Cameron, por Arnold Schwarzenegger, por Linda Hamilton e pela americana TriStar Pictures / Columbia Pictures, na época o estúdio de cinema responsável pela distribuição do filme.

Esse sofisticado, eletrizante e enigmático roteiro foi baseado em alguns filmes clássicos de ficção científica de anos anteriores e que também abordam temas polêmicos, como, por exemplo, 2001 – Uma Odisséia no Espaço, de 1968; Jornada nas Estrelas – A Ira de Khan, de 1982; Alien – O Oitavo Passageiro, de 1979; Tron – Uma Odisséia Eletrônica, de 1982; A Máquina do Tempo, de 1960; De Volta para o Futuro, de 1985; Nimitz - De Volta Ao Inferno, de 1980, e, é claro, O Exterminador do Futuro, de 1984, o primeiro filme da franquia Terminator; e assim como esses filmes citados anteriormente, aborda, em alguma medida, temas ou questões filosóficos, sociológicos, psicológicos, políticos, sociais, religiosos e comportamentais ou sentimentais, incluindo a suposta tecnologia de viagem no tempo, o risco real das bombas nucleares para a vida no planeta Terra, a inescrupulosidade de parte da elite empresarial mundial e as implicações da inteligência artificial, que, por sua vez, já é uma realidade, atualmente.

Além deles, os filmes clássicos de terror e suspense Tubarão, de 1975, e O Predador, de 1988, dois grandes sucessos do cinema americano, dirigidos pelos também icônicos Steven Spielberg e John McTiernan, respectivamente, serviram de inspiração ou referência, em alguma medida, para o diretor James Cameron conduzir as gravações.

O filme O Exterminador do Futuro 2, lançado em 1991, é considerado um marco na história do cinema e na história da ficção científica mundial, principalmente pelo fato de conseguir tratar, de forma simultânea, vários temas delicados e/ou polêmicos. Ele foi o mais caro filme de ficção científica produzido até então, na época com um orçamento de US$ 100 milhões (valores da época), e mais de 50% de seus custos estiveram relacionados com as várias cenas de ação, algumas delas realmente impressionantes, parte delas usando dublês, inclusive, e os seus efeitos visuais / efeitos especiais e de som, grande parte deles inédita até então. Ele conseguiu abordar simultaneamente vários temas sérios, delicados e polêmicos, dentre eles a IA – Inteligência Artificial (que já é uma realidade), o tratamento clínico controverso dado a pessoas com supostos sintomas de esquizofrenia, o valor da vida humana (que o personagem Terminator T-101, curiosamente, consegue aprender), a suposta tecnologia de viagem no tempo e, é claro, o perigo real da bomba atômica para a vida em geral no planeta Terra.

Mas, ao contrário de outros filmes de ficção científica, O Exterminador do Futuro 2 passa longe de ser um filme monótono e ininteligível (difícil de entender), pois, apesar de lidar com temas sofisticados, polêmicos e delicados, ele é didático, ou seja, possui uma linguagem relativamente simples (portanto não é difícil de entender), possui cenas de ação eletrizantes, realmente impressionantes, além de conseguir combinar isso com cenas de reflexão sobre o valor da vida humana.

O filme é estrelado pelo já veterano e conhecido ator principal Arnold Schwarzenegger, na época com 44 anos de idade, o icônico intérprete do robô androide Terminator T-101, baseado em um esqueleto antropomorfo / antropoide metálico, mas coberto por uma camada de tecido orgânico, com um tom e um aspecto de pele humana, o que o torna, no aspecto externo, bem semelhante a um ser humano, mas dotado de inteligência artificial, ou seja, ele é capaz de aprender com as experiências, vivências, limitações e ensinamentos morais humanos. Ele foi enviado do futuro pelo próprio John Connor para se proteger no passado, quando ainda adolescente.

De forma mais discreta e sutil, quase implícita, o filme aborda também o principal antagonista, o principal vilão, o computador autônomo Skynet, um perigoso dispositivo dotado de IA – Inteligência Artificial, desenvolvido por seres humanos, que ganha “autoconsciência” em 1997 e passa a agir por conta própria, de forma semelhante a um psicopata humano. Ele provoca, de forma proposital, um holocausto nuclear quando aciona mísseis com ogivas nucleares americanos contra a Rússia que, por sua vez, revida com mísseis equivalentes. A partir de então, a vida humana no planeta Terra é reduzida a algumas poucas centenas ou milhares de sobreviventes, que formam a chamada Resistência Humana contra as máquinas.

Além do Skynet, entra em cena outro robô autômato, um antagonista, o Terminator T-1000, muito bem interpretado pelo ator Robert Patrick, mais avançado que o seu equivalente Terminator T-101, por sua vez interpretado por Arnold Schwarzenegger. Ele foi enviado do futuro pelo Skynet, mas o seu objetivo é matar John Connor, num claro movimento de autopreservação do Skynet.

O ROTEIRO

O filme conta uma história em que, no futuro, mais precisamente em 2029, o computador autônomo Skynet, dotado de IA – Inteligência Artificial, envia para o passado, mais precisamente em 1991, um robô antropomorfo / antropoide de metal líquido, o Terminator T-1000, para matar John Connor quando ainda adolescente, aquele que se tornará o líder da Resistência Humana contra as máquinas.

Supondo que corre sério risco de vida, o próprio John Connor, já como líder da Resistência Humana contra as máquinas, envia, também do futuro, um robô equivalente, também dotado de relativa autonomia, o Terminator T-101, para proteger a si mesmo quando ainda adolescente.

Trata-se de um dos mais emblemáticos e impressionantes filmes da década de 1990, uma marco na história da ficção científica mundial, que recebeu imediatamente o devido reconhecimento, se tornando um dos mais elogiados pela crítica mundial e bem aceito pelo público, considerado um cult do cinema, inclusive, com um orçamento de US$ 100 milhões, em valores da época, e uma boa arrecadação de US$ 520 milhões, também em valores da época, o equivalente hoje a US$ 1,2 bilhão, em valores atuais, incluindo a arrecadação nos primeiros anos de exibição no cinema e em licenciamentos posteriores para TV aberta, TV paga, mídias físicas e streaming.

O filme foi levado massivamente para as telas de TV aberta e TV paga, disponibilizado em mídias físicas, como VHS, DVD e Blu-ray, anos depois, e disponibilizado, nos anos mais recentes, pelas plataformas de streaming.

Ele foi mais um dos filmes de grandes estúdios de cinema a abordar de forma séria a “mania” do ser humano em imitar a Deus, criando máquinas equivalentes aos seres humanos, mas depois se arrependendo de tê-las criado, e, ironicamente, em alguns casos, sendo até vítima de suas máquinas, mas com um diferencial importante, não é um filme monótono.

Nos anos seguintes e nas décadas seguintes, outros filmes e/ou séries de alta qualidade voltaram a abordar o mesmo tema, a “obsessão” do ser humano em criar outros seres orgânicos e/ou máquinas equivalentes ou semelhantes a ele mesmo, como se fosse Deus ou algo parecido, e até mesmo outros ecossistemas semelhantes ao do planeta Terra, dentre eles Matrix, de 1999; Taken, de 2002; Eu Robô, de 2004; Ex-Maquina – Instinto Artificial, de 2015; Chegada, de 2016; Revolt, de 2017; I Am Your Mother, de 2020; Sputnik, de 2020; Covenant, de 2017; Missão - Acerto de Contas, de 2023; e Duna, de 2021; dentre outros.

O filme possui um roteiro, uma produção e uma direção verossimilhante, ou seja, mesmo se tratando de uma história de ficção ele parece real quando assistimos. De modo geral, essa é uma das principais diferenças entre filmes ruins e filmes bons, a verossimilhança.

Além disso, a direção de arte esteve sob a responsabilidade de Joseph Lucky e a edição de imagens e sons sob a responsabilidade de Conrad Buff, Mark Goldblatt e Richard Harris, o que resultou na alta qualidade e na sofisticação do filme em geral, considerando os padrões da época, é claro, considerado entre os melhores filmes da década de 1990 e que até hoje impressiona pelo realismo das cenas em geral. Os efeitos especiais / efeitos visuais e de som estiveram a cargo das produtoras ILM – Industrial Light & Magic (a mesma produtora responsável pelos efeitos especiais da franquia Star Wars), PDI – Pacific Data Images, Stan Winston Digital e 4-Ward Production, totalizando mais de 50 pessoas diretamente envolvidas nas cenas de computação gráfica, cenários tecnológicos e sons especiais, incluindo animadores, designers e artistas, programadores e dublês, marceneiros, costureiras e serralheiros.

O filme foi recebido, na época, com avaliações positivas pela maior parte da crítica internacional, ou seja, grande parte dos críticos gostou do filme. Nas décadas seguintes o filme passou com a ser tratado como cult do cinema mundial pela crítica internacional. O site agregador de resenhas Rotten Tomatoes relatou que 93% das 82 críticas do filme, encontradas na grande mídia, foram positivas. Já o agregador Metacritic fez um levantamento de 22 críticas, com 75% de aprovação. Mais recentemente, uma enquete simples entre usuários do buscador Google, aqui no Brasil, apontou uma aprovação próxima de 95% dos espectadores do filme.

O editor deste blog optou por não fazer revelações ou dar muitos detalhes sobre o roteiro. O texto do post traz apenas um breve resumo, muito sucinto, sobre os 30 minutos iniciais do filme, o suficiente para o leitor tomar a decisão de assisti-lo ou não.

OPINIÃO DO BLOG

Há quem diga que os melhores filmes são aqueles que tratam de maneira responsável os assuntos sérios, outros afirmam que os melhores filmes são aqueles cujos roteiros se inspiram em bons livros e outros dizem que os melhores filmes são aqueles baseados em fatos reais. Além disso, há aqueles que dizem que uma boa comédia é aquela que ridiculariza os vícios, ilusões, fraquezas morais e falhas de caráter da humanidade e, portanto, contribuem, de uma forma ou de outra, para a reflexão da própria humanidade sobre seu comportamento. São, portanto, filmes construtivos, embora sejam apenas comédias, sem grandes pretensões intelectuais.

No caso específico do filme O Exterminador do Futuro 2, trata-se de ficção científica de alta qualidade, com roteiro sofisticado, escrito por craques do cinema, que aborda com responsabilidade e seriedade os temas da IA – Inteligência Artificial e das armas nucleares, portanto há verossimilhança no filme, o que é um pré-requisito para ser classificado como um filme com roteiro acima da média, acima dos filmes comuns, portanto digno de ser visto pelos olhos mais exigentes e atentos a detalhes.

Os atores e atrizes são de primeira linha; o roteiro é ótimo; a trilha sonora é adequada para esse tipo de filme; os efeitos especiais são muito bons, considerando os padrões da época, é claro; e a direção é muito boa. O filme tem verossimilhança no roteiro, principalmente nos detalhes de aspecto científico, e, no geral, apresenta pelo menos quatro temas válidos, dentre eles a importância da vida humana.

O filme O Exterminador do Futuro 2, 1991, é uma sequência de um filme anterior, O Exterminador do Futuro, de 1984, também dirigido por James Cameron. Ele é um caso raro, no cinema, de uma continuação melhor que o filme anterior, da mesma franquia de filmes. Esse filme anterior, O Exterminador do Futuro, de 1984, deu origem a uma franquia de cinema, chamada Terminator, com pelo menos seis filmes, no total. Todos esses filmes da sequência são bons, mas não alcançaram o mesmo nível de qualidade, sofisticação, seriedade e verossimilhança de O Exterminador do Futuro 2, não conseguiram alcançar o status de ícone cinematográfico do segundo filme da série de filmes, de 1991.

FRANQUIA TERMINATOR
LANÇAMENTO	TÍTULO NO BRASIL	OPINIÃO
1984	O Exterminador do Futuro	Bom
1991	O Exterminador do Futuro 2 – Julgamento	Ótimo
2003	O Exterminador do Futuro 3 - Rebelião	Bom
2009	O Exterminador do Futuro - Salvação
2015	O Exterminador do Futuro – Gênesis
2019	O Exterminador do Futuro - Destino

O filme foi vencedor de três Oscar’s, incluindo som e efeitos especiais, em 1992. Ele também alcançou outros prêmios, como, por exemplo, BAFTA Awards, Saturn Awards e MTV Movie Awards, dentre outros.

O filme O Exterminador do Futuro, de 1984, deu origem a uma série de TV, disponível também em plataformas de streaming, chamada Terminator: As Crônicas de Sarah Connor, em português.

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Origem: Estados Unidos;
Duração: 137 minutos (DVD);
Gênero: Ficção científica, drama, suspense, ação e terror;
Vídeo: SD e HD em cores (DVD e Blu-ray);
Áudio: Estéreo e Dolby (DVD e Blu-ray);
Mídias disponíveis: TV’s aberta e paga, DVD, Blu-ray e streaming;
Formato: Cinema (16X9 - Widescreen em DVD);
Roteiro: James Cameron e William Wisher;
Direção: James Cameron;
Produção: Pacific Western, Carolco / Mario Kassar e Lighstorm, dentre outros;
Distribuição: Columbia / TriStar / Sony (cinema, TV’s aberta e paga, mídias físicas e streaming);
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton, Robert Patrick, Edward Furlong, Joseph Morton, Earl Boen e Janette Goldstein, dentre outros.
Trilha sonora: Brad Fiedel, dentre outros;
Cinematografia: Adam Greenberg;
Efeitos especiais: ILM / Lucas Film, Pacific Data, Stan Winston e 4-Ward;
Remasterização para 3D: DMG Entertainment, StudioCanal e Cameron;
Idioma principal: Inglês, com dublagem para português;
Premiação: Oscar de efeitos especiais e sons, em 1992;
Orçamento: US$ 100 milhões (valores da época);
Receita bruta total: US$ 500 milhões (valores da época);
Opinião do blog: Ótimo;