NORTHROP F-5
NORTHROP T-38 TALON (A PARTIR
DE 1961)
NORTHROP F-5A/B FREEDOM
FIGHTER (A PARTIR DE 1962)
NORTHROP F-5E/F TIGER II (A
PARTIR DE 1973)
NORTHROP F-5C/D (VERSÃO RETROFITADA)
NORTHROP F-5S/T (VERSÃO RETROFITADA)
NORTHROP F-5EM (VERSÃO RETROFITADA)
NORTHROP RF-5 TIGEREYE (RECONHECIMENTO)
NORTHROP N-156 (PROTÓTIPO)
INTRODUÇÃO
Logo acima, o clássico Northrop F-5E/F Tiger II, que é a segunda geração da família Northrop F-5, considerada uma das melhores famílias de caças leves de superioridade aérea ocidentais do período da Guerra Fria, uma aeronave ágil e respeitada em sua época, um avião militar de primeiro mundo, o mais eficiente membro de uma das mais bem sucedidas famílias de caças e caças-bombardeiros militares leves da história da indústria aeronáutica mundial, com mais de 20 anos de produção seriada e ininterrupta. Essa família é considerada de terceira geração, desenvolvida para ser uma plataforma versátil, multiuso e de baixo custo operacional para proteção de espaços aéreos e de territórios, com alta tecnologia embarcada, considerando os padrões da época. Logo abaixo, o Northrop F-5A/B Freedom Fighter, que faz parte da primeira geração da família Northrop F-5, produzido na década de 1960, também um respeitado clássico da avião militar ocidental.
O clássico Northrop F-5A/B Freedom Fighter, é uma aeronave bimotor de altíssima performance para emprego exclusivamente militar, fabricada principalmente nos Estados Unidos, durante a década de 1960, pela então Northrop Corporation, conhecida atualmente como Northrop Grumman, criada e desenvolvida a partir do modelo original de bimotor a jato para treinamento militar avançado Northrop T-38 Talon, da própria Northrop Corporation, com os primeiros modelos da família Northrop F-5, o Northrop F-5A/B Freedom Fighter e Northrop T-38 Talon, criados, desenvolvidos e fabricados em série e em larga escala principalmente para atender pedidos da Força Aérea dos Estados Unidos, da Marinha dos Estados Unidos e da NASA – National Aeronautics and Space Administration, durante a década de 1960, e, posteriormente, para exportação para mais de 25 países amigos dos Estados Unidos, com entrada em serviço em 1962 e 1961, respectivamente, totalizando mais de 3.740 unidades fabricadas até 1987, tornando-se uma das mais bem sucedidas famílias ou séries de caças e caças-bombardeiros da história da indústria aeronáutica mundial.
Nas décadas
de 1960, 1970 e 1980, os seus principais concorrentes no mercado militar
internacional de aeronaves de superioridade aérea foram o Aeritalia G-91, o Mikoyan-Gurevich
MIG-21, o Dassault F1, o Saab 35 Draken, o Lockheed F-104 Starfighter, o Dassault
Mirage III, o Saab 37 Viggen, o Mikoyan-Gurevich MIG-23, o Convair F-102 Delta Dagger, o Sukhoi Su-9, o English Electric Lightning, o Mikoyan-Gurevich
MIG-19, o Convair F-106 Delta Dart e
o Sukhoi Su-15, parte deles caças
e/ou caças-bombardeiros de terceira geração e parte caças e/ou
caças-bombardeiros de segunda geração.
Nas décadas
de 1960, 1970 e 1980, o caça-bombardeiro Northrop F-5 também foi fabricado sob
licença pela Canadair Ltd, na época
uma empresa privada localizada no Canadá, com 40 unidades fabricadas; pela CASA – Construcciones Aeronáuticas S.A.,
da Espanha, posteriormente Airbus Group;
pela FFA – Flug-und Fahrzeugwerke,
da Suíça; pela Hanjin, da Coreia do
Sul; e pela AIDC – Aerospace Industrial
Development, de Taiwan.
A NORTHROP GRUMMAN
A gigante americana Northrop Grumman é uma das mais tradicionais companhias de altíssima tecnologia militar do planeta. Ela é o resultado da fusão, em 1994, de duas então gigantes americanas da indústria de defesa, a Northrop Corporation e a Grumman Aerospace, a primeira focada na fabricação de aeronaves militares e a segunda focada em tecnologias aeroespacial, aeronáutica e naval, para o mercado civil e para o mercado militar.
Atualmente e nas décadas mais recentes a empresa
resultante da fusão dessas duas empresas, a Northrop Grumman, tem focado seus
esforços no mercado de defesa, principalmente criando, desenvolvendo e
fabricando aeronaves militares, incluindo drones de altíssima tecnologia;
mísseis de ataque e sistemas de defesa anti-mísseis; satélites, mecanismos,
estruturas e sistemas espaciais; e hardwares e softwares para TI – Tecnologia
da Informação; entre outros produtos.
No passado, há décadas atrás, a Grumman Aerospace já
foi proprietária da conceituada fabricante de aeronaves civis Gulfstream Aerospace, por exemplo.
Outro icônico e admirado produto da Grumman Aerospace foi o módulo lunar Apollo, aquela mesma nave tripulada que
fez vários pousos controlados sobre a superfície da Lua nas décadas de 1960 e
1970.
Já a Northrop Corporation, foi a fabricante da
aeronave mais cara do mundo, o Northrop
B-2 Spirit, um sofisticadíssimo bombardeiro com tecnologia de furtividade,
conhecida também como tecnologia stealth.
CONCEITO E CONTEXTO
De modo geral, a chamada Guerra Fria foi um período de tensão geopolítica entre os Estados Unidos, do lado ocidental do planeta, e a União Soviética, do lado oriental, e seus respectivos aliados, o Bloco Ocidental e o Bloco Oriental, após a Segunda Guerra Mundial. Na verdade, para ser mais preciso, nem todos os países localizados no lado ocidental do planeta estavam alinhados politicamente com os Estados Unidos, e vice-versa, nem todos os países localizados no lado oriental estavam alinhados com a União Soviética.
Considera-se, geralmente, a Guerra Fria o período que abrange
a Doutrina Truman, de 1947, após a Segunda Guerra Mundial, até a dissolução da
União Soviética, em 1991, e a sua consequente fragmentação em países alinhados
politicamente ou não com a Rússia, dependendo de cada caso. O termo
"fria" é usado porque não houve combates em larga escala diretamente
entre as duas superpotências, Estados Unidos e União Soviética, mas cada uma
delas apoiou grandes conflitos regionais conhecidos como guerras por
procuração.
Basicamente, em linhas gerais e de forma resumida, a
Guerra Fria foi um clima constante de tensão militar em torno da luta
ideológica democrática-capitalista, de um lado, liderada pelos Estados Unidos, versus
a ideologia comunista-socialista, liderada pela União Soviética, de outro lado,
em um contexto geopolítico marcado pela influência global das duas potências
mundiais, após sua aliança temporária e vitória contra a Alemanha, Japão e Itália,
em 1945, com estes três países se tornando politicamente e ideologicamente
alinhados com os Estados Unidos.
A doutrina da destruição mutuamente assegurada (se um
país atacasse primeiro com armas nucleares teria uma resposta militar
equivalente de outro lado) desencorajou um ataque nuclear preventivo de ambos
os lados, dos Estados Unidos e da União Soviética. Além do desenvolvimento do
arsenal nuclear e da mobilização militar convencional, a luta pelo domínio foi
expressa por meios indiretos, como guerra psicológica, campanhas de propaganda,
espionagem, sabotagens e execuções (a grande maioria praticada pelos soviéticos), embargos
econômicos, rivalidade em eventos esportivos e competições tecnológicas, como a
Corrida Espacial, por exemplo.
Como consequência disso, grande parte dos países politicamente e ideologicamente alinhados com os Estados Unidos se tornou membro da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte (um grupo militar coeso de defesa mútua) e grande parte dos países alinhados com a União Soviética se tornou membro do Pacto de Varsóvia (também um grupo militar coeso), este encerrado em 1991, com a fragmentação da União Soviética.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
De modo geral, o clássico Northrop F-5 (pronuncia-se Nortróp ou Nôrfrop) é uma aeronave militar bimotor de altíssima performance, com construção convencional em alumínio, aço e titânio, com asas de desenho trapézio-retangular ou semidelta e trem de pouso triciclo retrátil, criada e desenvolvida a partir da década de 1950 e fabricada em série e em larga escala nas décadas de 1960, 1970 e 1980 pela então gigante americana do setor de defesa Northrop Corporation, conhecida atualmente como Northrop Grumman, após vencer uma importante concorrência da US Air Force, a Força Aérea dos Estados Unidos, para um avião militar bimotor a jato leve de treinamento avançado, o Northrop T-38 Talon, que, inclusive, foi utilizado como base para a criação e o desenvolvimento do Northrop F-5A/B Freedom Fighter, ou seja, a fabricante americana utilizou o avião de treinamento Northrop T-38 Talon como ponto de partida ou referência para criação e desenvolvimento do Northrop F-5A/B Freedom Fighter.
Trata-se de
um caça leve ar-ar / dia, ar-ar / noite, ar-terra / dia e ar-terra / noite, que
serviu de complemento para o caça-bombardeiro bimotor de altíssima performance McDonnell Douglas F-4 Phantom II, da Marinha
dos Estados Unidos, dos Fuzileiros
Navais dos Estados Unidos e da Força Aérea dos Estados Unidos, na mesma
época, embora, inicialmente e curiosamente, essas forças armadas dos Estados
Unidos não tenham demonstrado interesse pela aeronave, o que, na prática,
condicionou a fabricante Northrop Corporation a assumir integralmente os seus
custos de desenvolvimento, tornando então o Northrop F-5 um projeto de avião
militar de prateleira, ou seja, um avião militar padronizado, concebido e
desenvolvido pelo seu fabricante principalmente para exportação para nações
amigas.
Com o passar
dos anos, as Forças Armadas dos Estados
Unidos perceberam que se tratava de um bom produto, menor e menos
sofisticado que o McDonnell Douglas F-4 Phantom II, portanto com a vantagem de
um peso menor; mais barato para comprar e manter, inclusive com menor consumo
de combustível; mais fácil de pilotar e treinar pilotos e mecânicos, inclusive
com manutenção mais simples, portanto mais rápida, menos complicada e mais
barata; e muito ágil nos cenários de combate.
Assim, as
Forças Armadas dos Estados Unidos tornaram-se as principais operadoras de ambos
os modelos, o McDonnell Douglas F-4 Phantom II para execução de tarefas mais
complexas e complicadas, mais exigentes de poder de fogo e com tecnologia
embarcada superior, e o Northrop F-5 para execução de tarefas rotineiras, mais
simples ou menos complexas (Guerra do
Vietnã, por exemplo), com necessidade de menor poder de fogo e de menor
alcance, tendo o Northrop F-5 mostrado eficiência também na execução de
operações importantes executadas por outras forças armadas, como, por exemplo,
na Guerra de Ogaden (pela Etiópia,
em 1977 e 1978), na Guerra Irã-Iraque
(uma situação irônica, pois, na década de 1980, os aviões americanos caíram nas
mãos do regime teocrático do Irã), a Operação
Linda N-Chi (pelo Quênia, em 2011 e 2012), o conflito no Saara Espanhol (pela Espanha, entre
1974 e 1976) e a Guerra do Golfo (pela
Arábia Saudita, em 1990 e 1991).
Com o passar
dos anos, o Northrop F-5 passou a ter uma importância própria, assumindo muitas
vezes um papel de protagonista, passando inclusive a desempenhar funções importantes
de caça e caça-bombardeiro multifunção supersônico para missões ar-ar /
ar-terra / dia-noite, não sendo mais considerado apenas um complemento ao caça
de superioridade aérea McDonnell Douglas F-4 Phantom II na frota ou esquadra da
US Air Force ou Força Aérea dos
Estados Unidos, da US Navy ou Marinha
dos Estados Unidos e do Marine Corps
ou Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, além de ter sido exportado (com
autorização do Governo Americano, é
claro) para mais de 25 nações em várias partes do mundo, incluindo Canadá, Áustria, Brasil, Arábia Saudita, Etiópia, Grécia, Irã (na época ainda
controlado pelo xá Pahlavi, simpático aos americanos), Quênia, Malásia, México, Marrocos, Holanda, Noruega, Filipinas, Singapura,
Espanha, Suíça, Taiwan, Vietnã, Coreia do Sul, Indonésia, Jordânia, Sudão e
Venezuela (na época uma nação amiga
dos Estados Unidos).
Trata-se de
uma família de aviões militares que possui asas do tipo semidelta ou
trapézio-retangular, com estrutura alar de múltiplas longarinas, e superfícies
aerodinâmicas de controle de voo convencionais, com auxílio hidráulico para
permitir agilidade durante as manobras em voo, incluindo um estabilizador
horizontal com uma peça de cada lado, chamado de stabilator, que une as funções de estabilizador horizontal e
profundor em uma única peça de cada lado. Para completar o conjunto, a aeronave
possui pressurização de cockpit, culote anti-g inflável, assento ejetável (na
época ainda sem paraquedas) e cockpit blindado (opcional solicitado pela força
armada operadora), dentre outros itens de performance, segurança e desempenho.
A aeronave
foi carinhosamente apelidada aqui no Brasil de Bicudo, mas poderia muito bem receber o apelido carinhoso de
Abelha, uma alusão ao pequeno inseto de formato gracioso, encantador e aparentemente
frágil, mas que todo brutamontes ou marmanjo com um pingo de juízo não ousa
desrespeitar...
De fato, é um
avião relativamente pequeno, bem compacto, se comparado com outros caças e
caças-bombardeiros mais sofisticados da época, mas com uma estrutura robusta, incluindo
um tanque de combustível central, dentro da fuselagem, completado por três
tanques externos alijáveis, totalizando quatro tanques de combustível. Porém, o
avião sempre teve um calcanhar de Aquiles, o baixo raio de ação de 300 quilômetros
na configuração de caça-bombardeiro, incluindo 300 quilômetros de ida, alguns
minutos de combate e 300 quilômetros de volta, totalizando apenas 600
quilômetros de alcance de combate.
Só para se
ter uma ideia, apenas para efeito de comparação, o moderníssimo caça-bombardeiro
multifunção Saab Gripen NG, operado
pela FAB – Força Aérea Brasileira,
possui um raio de ação de 1.000 quilômetros, com armamentos, muito superior ao
raio de ação de apenas 300 quilômetros do Northrop F-5E Tiger II da mesma força
armada brasileira.
Voltando ao
clássico modelo inicial de produção seriada Northrop F-5A Freedom Fighter, da
década de 1960, ele esteve disponível, inicialmente, com capacidade limitada para
transportar carga bélica e combustível, simultaneamente, e para realizar de
forma eficiente combates do tipo ar-ar, pois na época ainda não possuía radar
de orientação de tiro. Alguns anos depois, a família Northrop F-5 passou por um
amplo programa de modernização e melhoramentos, resultando na versão amplamente
melhorada Northrop F-5E/F Tiger II, da década de 1970, já com radar de orientação
de tiro, o Emerson Electric AN/APQ-159,
mas ainda com limitação de raio de ação.
Apesar disso,
apesar desse ponto fraco, entre as principais características do Northrop F-5
estavam a compacidade, a leveza, a agilidade, a velocidade, a praticidade e a
rapidez na execução das missões, com eficiência, sem abrir mão do custo de
manutenção e consumo de combustível abaixo dos clássicos aviões caça e
caça-bombardeiro mais sofisticados da mesma época, projetado e desenvolvido
para atender as necessidades de nações amigas dos Estados Unidos nas décadas de
1960 e 1970, incluindo vários países signatários da OTAN – Organização do
Tratado do Atlântico Norte, uma importante aliança intergovernamental de
defesa.
Até onde se
sabe, os aviões da família Northop F-5 possuem gancho de pouso (opcional), mas raramente
foram utilizados a partir de porta-aviões, quase sempre decolavam a partir de bases
aéreas, aeroclubes, aeródromos e aeroportos civis e/ou pistas de pouso
improvisadas (segmentos de rodovias, por exemplo), sempre em terra firme.
Há um ditado
que diz que armas existem para não serem usadas. Ok, verdade, é isso mesmo, mas
ao longo de mais de 60 anos há poucos relatos de utilização inadequada desse
modelo de aeronave, o que significa que uma porcentagem muito baixa das mais de
3.740 unidades fabricadas caiu em mãos erradas, como nos casos da Líbia e do Irã, por exemplo, embora não
se saiba ao certo qual o estado de conservação dessas unidades e se estão
plenamente operacionais, já que o suporte técnico, incluindo fornecimento de
peças de reposição, da Northrop Corporation / Northrop Grumman foi
interrompido, a mando do Governo dos Estados Unidos.
GERAÇÕES DE CAÇAS
Dentro do meio aeronáutico mundial, entre forças armadas, fabricantes, publicações especializadas e agências de inteligência, há uma convenção criada décadas atrás para facilitar a compreensão dos avanços tecnológicos sucessivos sobre a criação, desenvolvimento e fabricação de aviões de caça a jato e caça-bombardeiros a jato pelos principais fabricantes do planeta.
Assim, passou-se a utilizar o termo
"geração" também para designar cada avanço sucessivo de tecnologia
empregada nesses aviões, portanto não tendo relação direta com o termo
"geração" utilizado para designar as fases internas de cada família
de aviões. Por exemplo: Os aviões da família Northrop F-5 são de 3ª geração,
mas dentro da família Northrop F-5 há uma outra separação criada para
diferenciar cada uma das duas gerações dessa família. O modelo brasileiro Northrop
F-5E Tiger II, por exemplo, faz parte da 2ª geração da família Northrop F-5.
GERAÇÕES DE CAÇAS E CAÇAS-BOMBARDEIROS | ||
GERAÇÃO | DÉCADAS | EXEMPLOS |
1ª | 1940 e 1950 | Messerschmitt Me 262 e Gloster Meteor (os primeiros caças a jato da história) |
2ª | 1950 e 1960 | Dassult Mirage III, Saab 35 Draken e North American F-100 Super Sabre e Convair F-102 Delta Dagger (novas ligas de alumínio, asas enflechadas ou em delta e já apresentando a velocidade supersônica) |
3ª | Saab 37 Viggen, McDonnell F-4 Phantom II, Northrop F-5E Tiger II, MIG 23 e MIG 25 (modernizações em relação à geração anterior, incluindo aumento da manobrabilidade no ar e ataque ao solo) | |
Saab Gripen, Mirage 2000, MIG 29, MIG 31, Sukhoi Su-27, Grumman F-14 Tomcat, McDonnell F-15 Eagle, Panavia Tornado, General F-16 Falcon e General F/A-18 Hornet (inúmeras melhorias, incluindo a introdução gradativa de materiais compostos, mísseis ar-ar de longo alcance e aviônicos digitais) | ||
2000 e 2010 | Chengdu J-20, Lockheed F-22 Raptor, Lockheed F-35 Lightining e Sukhoi Su-57 (os mais avançados da atualidade, com capacidade de furtividade e ampla integração de sensores, sistemas e aviônicos | |
6ª | 2020 | Em desenvolvimento |
Observe atentamente no quadro acima o resumo da
sequência de avanços tecnológicos introduzidos nos modelos de caças a jato e
caças-bombardeiros a jato na história da indústria aeronáutica mundial. Todos
os modelos da família Northrop F-5, como o Northrop F-5E Tiger II, por exemplo,
foram encaixados no contexto da 3ª geração de caças a jato, mas, após o
programa de modernização e atualização do Northrop F-5E Tiger II da FAB – Força
Aérea Brasileira, renomeado para Northrop F-5EM Tiger II, ele passou a ser
considerado quase completamente novo em relação ao modelo Northrop F-5A Freedom
Fighter, da década de 1960.
Embora tenha
sido amplamente modernizado, com as primeiras entregas da versão modernizada
Northrop F-5EM Tiger II para a FAB – Força Aérea Brasileira em 2005, é
praticamente um consenso no meio aeronáutico que se trata de um avião que não
atende mais plenamente as necessidades de defesa do Brasil, o que torna
necessária a sua total substituição pelo moderníssimo Saab Gripen NG o mais
rápido possível, um avião de 4ª geração, mas com vários equipamentos e sistemas
de 5ª geração.
CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Historicamente, os Estados Unidos mantêm uma longa tradição de criar, desenvolver e fabricar seus próprios equipamentos militares, mantendo também uma posição firme de fornecimento de materiais bélicos somente para nações amigas e interrompendo a assistência técnica e o fornecimento de peças de reposição em caso de problemas de relacionamento...
Atualmente,
os Estados Unidos exportam produtos militares para mais de 100 países no mundo.
Mas há outros países que também possuem autonomia total ou quase total na
criação, desenvolvimento e fabricação em série de equipamentos militares em
geral, dentre eles a França, o Reino Unido, a Itália, a Alemanha, Israel, a Rússia,
a Suécia e a China. De todos esses países citados, a Rússia foi a nação que
teve a maior perda de participação (market share) no mercado mundial de
armamentos nos últimos anos, por uma razão óbvia...
O jato militar Northrop F-5 foi criado na década de 1950, a partir da percepção dos projetistas, executivos e investidores da então Northrop Corporation sobre o mercado mundial de caças e caças-bombardeiros militares da então nova terceira geração, então vindoura, em substituição à segunda geração usada intensivamente naquele momento.
Então, após a Guerra da Coreia, na qual os Estados Unidos
estiveram envolvidos diretamente, a Northrop Corporation entendeu que havia
necessidade de preencher uma lacuna aberta entre os aviões treinadores a jato
mais avançados e os sofisticados caças bimotores de altíssimo desempenho em
desenvolvimento, como o respeitado McDonnell Douglas F-4 Phantom II, por
exemplo.
Há quem diga que não seria possível fabricar, na década de 1960, um avião tão compacto, leve e eficiente como o Northrop F-5A/B Freedom Fighter se a tecnologia de motores turbojato da época não estivesse bem desenvolvida, pois foi graças ao motor General Electric J85, muito compacto, potente e relativamente leve, apenas 230 kg (cada motor), que os projetistas da Northrop Corporation vislumbraram a possibilidade de desenhá-lo com essas características.
Um detalhe curioso: Para
quem não sabe, o motor militar General Electric J85 é bem semelhante ao motor civil
General Electric CJ610, usado para
impulsionar o clássico jatinho executivo Learjet
25, um sucesso de vendas da Learjet Corporation, na década de 1970. Na verdade, o motor civil CJ610 foi criado a partir do motor militar J85, com a diferença de não possui pós-combustor.
Num primeiro
momento, as Forças Armadas dos Estados Unidos não manifestaram interesse nos
aviões da família Northrop F-5, com os custos das fases de criação (desenho
inicial) e desenvolvimento (testes variados e ensaios) de seu protótipo
Northrop N-156 sendo cobertos pela própria Northrop Corporation, sem apoio
governamental, a partir de 1956, dando origem a dois modelos de aviões, um
treinador bimotor a jato de alto desempenho, o Northrop T-38 Talon, a partir de
1961, e um caça a jato bimotor de ataque leve, o Northrop F-5A Freedom Fighter,
a partir de 1962.
A partir de
então, a administração democrata de John
Kennedy mudou de ideia, passou a ver a família Northrop F-5 com outros
olhos, com mais interesse que antes, como um complemento ao McDonnell Douglas
F-4 Phantom II em sua própria frota ou esquadra de aviões militares, não apenas
como um dos produtos militares exportáveis do então MAP – Military Assistance
Program ou Programa de Assistência
Militar, um programa governamental americano que possibilitava às nações
amigas dos Estados Unidos, incluindo o Brasil, terem acesso a produtos
militares de primeiro mundo.
Naquela
época, já havia a possibilidade de que o Northrop F-5 pudesse ser exportado
para nações amigas, pois o Governo Americano permitia que a Northrop
Corporation focasse o seu produto também para exportação, dando origem a um
produto de prateleira, ou seja, um avião com projeto padrão (não customizado ou
pouco customizado), portanto com preços competitivos, já que estamos falando em
um produto para ser produzido em grande quantidade, principalmente para atender
operadores militares que não precisassem de um avião tão sofisticado, poderoso e
caro quanto o McDonnell Douglas F-4 Phantom II, como o Brasil, por exemplo.
A linha de
raciocínio era semelhante a esta: “Não é possível evitar que nações neutras
(fora das organizações OTAN e Varsóvia) comprem armas, então é melhor que as
nações da OTAN (nossos aliados) e essas nações neutras comprem de nós do que
comprar de nossos inimigos, os soviéticos”. A partir de então, os Estados
Unidos se consolidaram como um grande exportador de armas, tanto para nações
signatárias da OTAN quanto para nações neutras, desde que não ultrapassassem uma
“linha vermelha” chamada Foreign
Assistance Act / Arms Export Control Act, de 1961, ou seja, não poderiam
ser usadas para violar direitos humanos.
A FAMÍLIA NORTHROP F-5
De modo geral, o Northrop F-5 é um caça bimotor multiemprego ou multifuncional de 3ª geração, ele foi criado e desenvolvido a partir de 1956 pela Northrop Corporation, baseado no protótipo Northrop N-156, principalmente tendo em vista o mercado internacional de aviões militares, mas com entrada em serviço inicialmente na Força Aérea dos Estados Unidos, o seu cliente de lançamento.
É uma
aeronave ágil, veloz e eficiente nos requisitos de proteção a espaços aéreos e
territórios. Ele foi criado e desenvolvido pela equipe de projetistas da Northrop
Corporation, liderada pelos projetistas Edgar Schmued, autríaco, alemão e
americano, e Welko Gasich, americano, inicialmente como um caça de combate
ar-terra, sendo que, posteriormente, alguns anos depois, seu projeto foi modificado
para desempenhar missões de ataque ar-ar, ataque ar-solo e reconhecimento,
tornando-se então um caça multimissão, sem perda de eficiência, o que resultou
em redução de custos operacionais para os seus operadores militares.
Trata-se de
um modelo de avião que transpira praticidade pelos poros, com dezenas de painéis
(pequenas janelas) de manutenção espalhados pela fuselagem e asas, para
facilitar o acesso de mecânicos aos sistemas e mecanismos do avião. E como se
tudo isso fosse pouco, ele permite o amplo acesso dos mecânicos aos dois
motores turbojato General Electric J85,
bem compactos e de alto desempenho, graças a uma seção posterior da fuselagem
que pode ser retirada do avião, ou seja, toda a parte traseira da fuselagem pode ser
destacada para a manutenção dos motores.
Além da
capacidade de combate ar-ar, típica de modelos de caças de superioridade, as versões
modernizadas e atualizadas do Northrop F-5 também são capazes de fazer ataques
ao solo, contra veículos militares terrestres, incluindo tanques de guerra, e
instalações militares fixas ou móveis, por exemplo, e ataques contra embarcações
militares, embora esta última não seja sua principal especialidade. A aeronave
possui também dois canhões internos para ataque ar-ar Ford GM39A2 de 20 milímetros, com 280 projéteis / cada, com a
possibilidade de combiná-los com mísseis.
Na época em
que foi lançado, na década de 1960, esse avião militar já era um dos mais
avançados caças ou caças-bombardeiros bimotores do mundo, capazes de rivalizar
em pé de igualdade com os temidos caças soviéticos menores, também de ataque
leve, como, por exemplo, o Mikoyan-Gurevich MIG-21, o seu principal concorrente da época. O também temido Northrop
F-5 combinava agilidade com capacidades de pouso e decolagem em pistas de pouso
pavimentadas de comprimento limitado, incluindo o auxílio de um paraquedas de
arrasto.
Ele possui
uma configuração de aerofólios (asas e empenagem traseira) convencional, com
asas do tipo trapézio-retangular ou semidelta, e estabilizador horizontal em uma
peça única de cada lado, do tipo stabilator,
atuado hidraulicamente, fixado nas duas laterais traseiras da fuselagem, com
asas com flaps convencionais combinados com ailerons convencionais, ambos ocupando
praticamente todo o bordo de fuga, controlado de forma convencional, com
auxílio hidráulico.
A versão
Northrop F-5E Tiger II, por exemplo, é capaz de transportar até 2.100 kg de armas
e munições, incluindo 560 projéteis de canhão (munição interna), dois mísseis
AIM-9 Sidewinder (acoplados nas pontas das asas), dois pods LAU-68 para até 14
foguetes pequenos (dois hard points nas asas) e 2 bombas Mk-82 (dois hard
points nas asas), combinados com um tanque alijável para até 1.000 litros de
querosene, fixado na fuselagem, neste caso somente para missões específicas.
Caso haja necessidade de um alcance maior, a capacidade de transportar armas
diminui. E vice-versa, ou seja, se houver necessidade de mais armamentos, o alcance diminui.
Até onde se
sabe, a família Northrop F-5 não teve as versões Northrop F-5C/D saídas direto
de fábrica, o que significa que a 1ª geração dessa família foi composta pelos
modelos Northrop F-5A Freedom Fighter, monoposto, Northrop F-5B Freedom Fighter,
biposto, para treinamento, e Northrop T-38 Talon, também biposto, para
treinamento, e a 2ª geração foi composta pelos modelos Northrop F-5E Tiger II,
monoposto, e Northrop F-5F Tiger II, biposto, para treinamento, sendo que a FAB
– Força Aérea Brasileira comprou 68 unidades de ambas as gerações, a partir da
década de 1970.
Anos depois
do início da fabricação em série surgiram vários programas de retrofits e upgrades, oferecidos pelo próprio fabricante ou por empresas
independentes, ou seja, programas de modernização e atualização dos aviões já em operação, tanto da 1ª geração quanto da 2ª geração, incluindo os
modelos Northrop F-5C/D Freedom Fighter
(originalmente Northrop F-5A/B Freedom Fighter, mas renomeados após serem
submetidos aos retrofits e upgrades), os modelos Northrop F-5S/T Freedom
Fighter (também a partir do Northrop F-5A/B), os modelos Northrop F-5N/F Tiger
II da Marinha dos Estados Unidos (a partir dos modelos Northrop F-5E/F Tiger
II); e o modelo Northrop F-5M Tiger II,
conhecido também como Northrop F-5EM Tiger II, da FAB – Força Aérea Brasileira,
que é um retrofit / upgrade do
Northrop F-5E/F Tiger II, amplamente melhorado e modernizado.
F-5A/B
FREEDOM FIGHTER
O clássico Northop F-5A/B Freedom Fighter é um típico caça multifunção bimotor de terceira geração, da década de 1960, com construção convencional em alumínio, aço e titânio, com propulsão turbojato militar da marca americana General Electric, modelo General Electric J85-GE13, com até 2.700 libras de empuxo em cada motor, sem pós-combustor, ou 4.000 libras de empuxo em cada motor, com pós-combustor acionado, trem de pouso triciclo retrátil, sistema de controle de voo redundante, inicialmente concebido como um caça-bombardeiro leve de superioridade, principalmente para combates ar-terra, incluindo apoio aéreo imediato e ataque tático.
Com o passar
dos anos, ele recebeu melhorias e modernizações diversas, incluindo a
instalação de um radar de tiro para melhorar o desempenho na função ar-ar, principalmente
para lançamento de mísseis. Na época do início da produção em série, na década
de 1960, ele estava entre os melhores caças leves e caças-bombardeiros leves do
mercado mundial, com tecnologias de propulsão, mecanismos, sistemas e estrutura
metálica já testadas na época, combinando eficiência e simplicidade de
operação.
A estética
não é uma característica relevante no meio militar, ela não é decisiva na
escolha dos equipamentos militares em geral, mas não há dúvida de que os
designers da Northrop Corporation foram felizes na criação do avião.
A fabricação
em série do Northrop F-5A Freedom Fighter foi iniciada em 1962, inicialmente
para atender a Força Aérea dos Estados Unidos, a Força Aérea do Vietnã, a Força
Aérea das Filipinas, a Força Aérea da Etiópia, a Força Aérea da Grécia
(Helênica), a Força Aérea Imperial do Irã, a Força Aérea do Quênia, a Força
Aérea Real do Marrocos, a Força Aérea Real da Holanda, a Força Aérea Real da
Noruega, a Força Aérea da Coreia do Sul, a Força Aérea da Espanha (Ejército del
Aire) e a Força Aérea de Taiwan (oficialmente Força Aérea da República da
China), tanto unidades fabricadas nos Estados Unidos quanto unidades fabricadas
sob licença no Canadá, na Espanha e em outros países.
Já nos
primeiros modelos, o Northrop F-5A/B Freedom Fighter apresentava um design esguio,
inovador, esbelto, ousado e refinado, com aspecto futurista, testado em túnel
de vento, inclusive, focado em eficiência aerodinâmica e altíssima performance.
Durante a década de 1960, ele apresentava um custo operacional competitivo,
graças, pelo menos em parte, ao eficiente motor turbojato General Electric J85,
com pós-combustor, mas não vetorado, com potência / empuxo máxima de 4.000
libras em cada motor, dando-lhe uma velocidade máxima supersônica de 1.500
km/h, no seu teto de serviço de 15.000 metros.
Desde o
início da fabricação seriada, o seu projeto estava focado em praticidade e
funcionalidade. Por exemplo, cerca de 80% dos seus painéis externos de
manutenção e operação podem ser acessados pelo pessoal de manutenção e de
reabastecimento sem necessidade do uso de escadas, suportes ou andaimes, o que
facilita e agiliza a operação da aeronave, reduzindo o tempo que se gasta com o
avião no solo para a realização segura dos procedimentos de preparação para as
missões e/ou entre uma missão e outra.
Em um
contexto estrito de aviação militar avançada, os modelos Northrop F-5A/B
Freedom Fighter foram criados para serem aeronaves relativamente fáceis e
simples de serem mantidas, de serem operadas, com rotinas rápidas e simples de
rearmamento, reaparelhamento, reprogramação e reabastecimento de combustível em
solo, após a execução de cada etapa de missão, para retornar imediatamente ao
combate.
NORTHROP
F-5E/F TIGER II
O também clássico Northrop F-5E/F Tiger II é um típico caça multifunção bimotor de terceira geração, mas fabricado em série a partir da década de 1970, com construção convencional em alumínio, aço e titânio, com propulsão turbojato militar da marca americana General Electric, modelo General Electric J85-GE21, com até 3.500 libras de empuxo em cada motor, sem pós-combustor, ou 5.000 libras de empuxo em cada motor, com pós-combustor acionado, trem de pouso triciclo retrátil e sistema de controle de voo redundante, concebido principalmente para desempenhar combates ar-terra e ar-ar, incluindo apoio aéreo imediato e ataque tático.
Ele foi
criado e desenvolvido pela então Northrop Corporation para atender à
concorrência IFAC – International
Fighter Aircraft Competition, lançada pelo Governo dos Estados Unidos,
novamente para escolha de um modelo de avião militar leve do tipo caça e
caça-bombardeiro, principalmente para substituir o Northrop F-5A/B Freedom
Fighter e, posteriormente, para exportação para nações amigas dos Estados
Unidos. Ele foi o ganhador dessa concorrência, consolidando a posição da
família Northrop F-5 como uma das mais bem sucedidas famílias de caças e caças-bombardeiros leves da
história da indústria aeronáutica mundial.
A partir de
1972 e nos anos seguintes, novas tecnologias aeronáuticas e aeroespaciais que
ainda não estavam plenamente operacionais em 1962 foram incorporadas à linha de
produção seriada dos aviões da família Northrop F-5, dando origem assim à 2ª
geração dessa família, composta pelos modelos Northrop F-5E Tiger II, monoposto,
e Northrop F-5F Tiger II, biposto, para treinamento, incluindo maior capacidade
de combustível; motores mais potentes; asas maiores, portanto com menor carga
alar (pois a geração anterior apresentava desempenho em curvas limitado),
tornando-o um avião altamente manobrável em voo; mecanismo de reabastecimento
do tipo REVO, disponível como opcional; conjunto de aviônicos melhorado, com
desempenho em missões noturnas melhorado, embora ainda analógico; e um radar de
tiro disponível como item de fábrica, principalmente para orientação de míssil.
Assim como
seu antecessor Northrop F-5A/B Freedom Fighter, os modelos de 2ª geração da
família Northrop F-5 apresentavam um design focado em eficiência aerodinâmica e
altíssima performance, mas desta vez com a acréscimo de inúmeras tecnologias
avançadas, para os padrões da época, é claro, incluindo o PAR – Precision Aproach Radar, para tornar mais precisos os pousos em
aeródromos com visibilidade reduzida; radar de tiro Emerson Electric
AN/APQ-153, para melhorar as missões de ataque com mísseis; melhorias implementadas
no canhão Ford GM39A2 de 20 milímetros; sistema de navegação inercial
(opcional); introdução do TACAN
(instrumento de navegação) e do ECM (contramedidas
eletrônicas); dentre outros itens.
Assim como
seu antecessor, ele apresentava um custo operacional competitivo, graças, pelo
menos em parte, ao eficiente motor turbojato General Electric J85, com
pós-combustor, mas não vetorado, desta vez com potência / empuxo máxima de 5.000
libras em cada motor, dando-lhe uma velocidade máxima supersônica de 1.700
km/h, no seu teto de serviço de 15.000 metros.
A fabricação
em série do Northrop F-5E/F Tiger II foi iniciada em 1972, principalmente para
atender a Força Aérea dos Estados Unidos, o Corpo de Fuzileiros Navais dos
Estados Unidos, a Marinha dos Estados Unidos, a Força Aérea Brasileira, a Força
Aérea da Etiópia, a Força Aérea Imperial do Irã, a Força Aérea do Quênia, a
Força Aérea Real da Malásia, a Força Aérea do México, a Força Aérea Real do
Marrocos, a Força Aérea de Singapura e a Força Aérea da Suíça, a maioria
unidades fabricadas nos Estados Unidos.
A fabricação
seriada da 2ª geração da família Northrop F-5 foi encerrada em 1987. Então, a partir
da década de 2000, uma variedade de inovações tecnológicas foram incorporadas à
2ª geração dos aviões da família Northrop F-5, principalmente por meio de retrofits e upgrades, tanto por parte da própria Northrop Grumman quanto por
parte de empresas independentes. Aqui no Brasil, por exemplo, essas
modernizações e atualizações do produto original de fábrica foram conduzidas
pela Embraer – Empresa Brasileira de
Aeronáutica e pela AEL Sistemas
S.A., esta uma subsidiária da holding israelense Elbit Systems Ltd.
MERCADO
Logo acima, um mapa-mundi simplificado com os operadores militares atuais dos aviões da família Northrop F-5, em azul, e ex-operadores militares em vermelho. Só uma correção, os Estados Unidos ainda utilizam aviões da família Northrop F-5, principalmente o Northrop T-38 Talon, para treinamento avançado de pilotos militares. Logo abaixo, para quem não cansa de apreciar o que é bonito, mais uma imagem do Northrop F-5EM Tiger II da FAB - Força Aérea Brasileira.
Todas as grandes e tecnologicamente avançadas forças armadas do mundo sabem que não basta apenas ter o melhor equipamento militar, o mais avançado de todos. Há uma variedade de fatores que pode resultar no sucesso ou no fracasso de uma missão, ou, até mesmo, de uma guerra, incluindo um bom planejamento estratégico, geralmente antecipado, o que inclui boas informações sobre o campo de batalha, consciência sobre a real capacidade do inimigo de reagir a um eventual ataque; além, é claro, de uma tripulação disciplinada e bem treinada; dentre outros fatores. Mas não há dúvida de que um equipamento tecnologicamente superior pode ser decisivo, pode fazer a diferença entre ter ou não ter sucesso em uma missão.
O projeto Northrop
F-5 foi um grande sucesso de vendas, com os modelos de produção seriada
fabricados a partir de 1962 pela Northrop Corporation, que também foi
responsável pela criação e desenvolvimento dessa família de aviões militares.
No total, foram cinco modelos principais e mais de 10 versões e/ou sub-versões derivadas,
obtidas a partir de upgrades e retrofits dos modelos de linha de
produção seriada, incluindo versões monopostas e bipostas, neste caso para
treinamento de novos pilotos.
Até 1986
foram fabricadas mais de 3.740 unidades da família Northrop F-5, incluindo os
modelos Norhtrop T-38 Talon, apenas para treinamento, com mais de 1.180
unidades fabricadas; Northrop F-5A/B Freedom Fighter, da 1ª geração, com mais
de 1.200 unidades fabricadas; e Northrop F-5E/F Tiger II, da 2ª geração, com
mais de 1.390 unidades fabricadas; resultando numa das mais bem sucedidas
famílias de caças leves a jato de alto desempenho da história da indústria aeronáutica.
Atualmente, a
Força Aérea Brasileira (46 unidades), a Força Aérea do Bahrein (12 unidades), a
Força Aérea do Chile (13 unidades), a Força Aérea do Quênia (23 unidades), a
Força Aérea da Coreia do Sul (156 unidades), a Força Aérea Real do Marrocos (26
unidades), a Força Aérea da Espanha (19 unidades) e a Força Aérea Real da
Tailândia (33 unidades) estão entre as principais operadoras do avião. Aqui no
Brasil, por exemplo, já está programada e em execução a substituição gradativa
dos aviões da família Northrop F-5 pelos avançadíssimos jatos militares de quarta
geração Saab Gripen NG, com 36 unidades já encomendadas (já formalizadas), com
10 unidades já recebidas e em operação, e mais 32 unidades de um novo lote em
negociação.
O Saab Gripen NG é muito superior ao Northrop F-5E/F Tiger II em praticamente todos os sentidos, são aviões de épocas diferentes, o primeiro é de quarta geração e o segundo é de terceira geração, mas a filosofia empregada no processo de seleção, negociação, formalização de compra, treinamento e operação de um caça e/ou caça-bombardeiro ágil, eficiente, altamente manobrável, com rotinas de reabastecimento e rearmamento relativamente simples e de baixo custo operacional foi mantida no caso da concorrência Projeto FX2, da FAB – Força Aérea Brasileira, com a escolha pelo Saab Gripen NG, mas com o acréscimo de alguns requisitos, como, por exemplo, a transferência de tecnologia e a possibilidade de fabricação do avião no Brasil.
GALERIA DE IMAGENS
NORTHROP F-5EM DA FAB
AVIÔNICOS EFIS DO F-5EM DA FAB
CANHÃO FORD GM39A2
REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
- Revista SkyDive Air & Sport
- US Air Force (em inglês): https://www.nationalmuseum.af.mil/Visit/Museum-Exhibits/Fact-Sheets/Display/Article/196074/northrop-yf-5a-freedom-fighter/
- Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Northrop_T-38_Talon
- Site Airway / UOL: https://www.airway.com.br/caca-f-5-da-fab-caiu-em-natal-durante-os-exercicios-cruzex-2024/
- Força Aérea Brasileira: https://www2.fab.mil.br/afa/index.php/aeronaves/337-f-5em-northrop-f-5em-fab-4883
- Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Northrop_F-5
- Revista Avião Revue: https://www.aviaorevue.com/
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/F-5_Tiger_II
- Aero Magazine / UOL: https://aeromagazine.uol.com.br/artigo/fab-finaliza-grande-exercicio-no-sul-do-brasil.html
- Tecnologia e Defesa: https://tecnodefesa.com.br/programa-f-5br-e-concluido-apos-12-anos-e-50-aeronaves-modernizadas/
- Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Jet_fighter_generations
- Hoje no Mundo Militar /
YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=TWwi2fjOstg
- DW – Deutsche Welle: https://www.dw.com/pt-br/guerra-da-ucr%C3%A2nia-muda-com%C3%A9rcio-mundial-de-armas/a-68487575
- Northrop Grumman (divulgação): Imagem
- Força Aérea Brasileira
(divulgação): Imagens
- Wikimedia: Imagens
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