IGREJAS EVANGÉLICAS (RELIGIÃO)

IGREJAS EVANGÉLICAS
IGREJAS PROTESTANTES
EVANGELICALISMO OU EVANGELISMO
RELIGIÕES MONOTEÍSTAS
FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO
FANATISMO RELIGIOSO
CRISTIANISMO


INTRODUÇÃO

Logo acima, o símbolo da cruz, na qual acredita-se que Jesus Cristo foi injustamente crucificado, em um lugar chamado Calvário ou Gólgota, próximo à cidade de Jerusalém, por volta do ano 33 ou 36 da era comum ou d.C., ou seja, aos cerca de 33 ou 36 anos de idade. A cruz é o principal símbolo do cristianismo, que, por sua vez, é a maior religião do mundo, com mais de 2,4 bilhões de fiéis ou adeptos. Logo abaixo, o peixe, um dos principais símbolos das denominações protestantes e/ou evangélicas, um conjunto de religiões criadas a partir do catolicismo, a partir do século XVI d.C. e/ou XVII d.C.

O cristianismo evangélico, conhecido também como evangelicalismo ou evangelismo, é um segmento religioso conservador (baseado em manuscritos muito antigos) e regulado (baseado em preceitos aos quais os fiéis se sujeitam) criado a partir das religiões cristãs protestantes, ou seja, é um movimento cristão criado a partir do século XVII d.C. ou depois de Cristo, diretamente derivado das religiões protestantes, inicialmente na Europa Ocidental, e, posteriormente, nas Américas, incluindo os Estados Unidos e o Brasil, tornando-se, com o passar do tempo, vertentes organizadas do cristianismo, formadas principalmente pelos metodistas (a partir dos anglicanos), pelos batistas (a partir dos luteranos), pelos presbiterianos (a partir dos calvinistas e/ou puritanos) e pelos adventistas (a partir dos metodistas).


O movimento protestante e/ou evangélico tornou-se ainda mais significativo nos Estados Unidos durante o Grande Despertamento dos séculos XVIII e XIX, onde conseguiu muito mais membros do que na Europa Ocidental, tanto que até hoje os protestantes / evangélicos ainda formam o maior segmento religioso dos Estados Unidos, com cerca de 40% da população se autodenominando protestante / evangélica. O movimento continua a atrair adeptos em nível mundial no século XXI, especialmente nos países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, com cerca de 25% da população brasileira se dizendo com essa fé. É um movimento que reúne vários submovimentos, principalmente os movimentos pentecostais e neopentecostais.


Na prática, o termo protestante e o termo evangélico têm o mesmo significado, são sinônimos. Somente os historiadores, acadêmicos e teólogos mais detalhistas e metódicos costumam fazer a diferenciação entre um e outro, na qual os fiéis são denominados protestantes (metodistas, anglicanos, batistas, luteranos, presbiterianos, calvinistas, puritanos e adventistas) ou evangélicos (pentecostais em geral e neopentecostais em geral). Aqui no Brasil, os próprios fiéis se autodenominam protestantes e/ou evangélicos, sem rigor no uso dos dois termos.


Aqui no Brasil e nos Estados Unidos, além das correntes evangélicas e/ou protestantes citadas acima, são consideradas protestantes e/ou evangélicas as igrejas Congregação Cristã do Brasil (pentescostal), Assembleia de Deus (pentescostal), Evangelho Quadrangular (pentecostal), Universal do Reino de Deus (neopentescostal), Deus é Amor (neopentecostal), Igreja Mundial do Poder de Deus (neopentecostal), Igreja Cristã Maranata (pentecostal, embora uma posição não assumida publicamente), Igreja Internacional da Graça de Deus (neopentecostal), Igreja Renascer em Cristo (neopentecostal) e Sara Nossa Terra (neopentecostal), dentre mais algumas.


Não há consenso ainda entre teólogos, acadêmicos e historiadores sobre se a igreja Testemunhas de Jeová, com mais de 19 milhões de membros em vários países, e Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mórmons), com mais de 16 milhões de membros em vários países, são protestantes / evangélicas ou não. Segundo elas mesmas, não se consideram protestantes / evangélicas, embora conservem a maioria das crenças e preceitos dos cristãos protestantes e/ou evangélicos em geral.


CONCEITO E CONTEXTO

Para entender a origem das igrejas evangélicas em geral e os supostos fenômenos sobrenaturais relacionados com o cristianismo em geral é preciso voltar no tempo e fazer uma recapitulação resumida e simplificada sobre a origem do judaísmo, do cristianismo, do islamismo, do catolicismo, do protestantismo e do movimento evangélico em geral, incluindo suas vertentes pentecostais e neopentecostais.


O monoteísmo é uma doutrina conservadora que defende a existência de um único deus, em oposição ao politeísmo e não-teísmo, que, por sua vez, é a crença na existência de vários deuses ou a descrença em Deus ou deuses, respectivamente. Em um passado distante e/ou atualmente, essa figura Divina do monoteísmo possuía e/ou possui diversos nomes, incluindo Jeová, Elohim, Hashem, Javé e Adonai (para os hebreus), Aton ou Atén (no antigo Egito), Pai e Espírito Santo (nas religiões monoteístas hebraicas e cristãs em geral), Alá (nas religiões islâmicas ou muçulmanas) e Bahá (na Pérsia e no Império Otomano, não confundir com Baal), dentre outros nomes e conceitos.


Embora já se saiba que a crença em Deus não tenha sido, ao longo dos milênios, uma exclusividade das religiões monoteístas, acredita-se que o judaísmo é sim a principal origem da maioria das religiões e/ou denominações monoteístas em geral. Ele surgiu no Oriente Médio e/ou no nordeste do continente africano há cerca de 2.000 anos a.C. ou antes do nascimento de Jesus Cristo, tendo como principais fundadores os patriarcas Abraão, Isaac e Jacó, embora haja historiadores sérios que afirmem que a verdadeira origem do judaísmo tenha sido (subjuntivo, ou seja, probabilidade ou hipótese) muito anterior, cerca de 4.000 anos a.C., o que inclui os patriarcas e/ou anciãos Noé, Matusalém, Enoque e Adão.


A partir do judaísmo surgiram duas grandes religiões derivadas: O cristianismo, a partir do nascimento de Jesus Cristo, supostamente no ano 1 (um), ou seja, o início da era comum ou início do calendário mais usado no mundo; e o islamismo, a partir do século VII d.C ou depois de Jesus Cristo, a partir dos ensinamentos do profeta Maomé, a terceira maior religião do planeta, com 1,8 bilhão de fiéis, embora este número não possa ser comprovado com precisão, pois em alguns países do Oriente Médio (Irã, Iraque e Afeganistão, por exemplo) é uma religião imposta pelo Estado, portanto não é espontânea, ou seja, não é voluntária.


O CRISTIANISMO

Logo acima, uma típica ilustração eurocentrista de Jesus Cristo, embelezado por artistas ligados à Igreja Católica, com aparência europeia, bonita e atraente, embora pouco provável, já que sua etnia judaica era diferente da etnia puramente europeia. Logo abaixo, uma ilustração mais recente e, provavelmente, mais próxima da realidade da época, o Jesus Cristo com uma aparência comum, tipicamente judaica da época, sem atrativos físicos.

O cristianismo foi fundado por um notável pregador judeu simples, modesto e até então pouco conhecido na época, Jesus de Nazaré. Segundo a crença cristã e ufológica, ele nasceu em uma família simples, modesta e humilde (sem posses), mas de uma forma inusitada: Sua mãe, Maria de Nazaré e seu pai adotivo José de Nazaré, foram avisados por um anjo que Deus promoveria uma inseminação artificial, a partir da qual nasceria Jesus, metade humano e metade alienígena, o filho de Jeová ou Javé. Assim Maria, submissa, doou seu óvulo para ser inseminado artificialmente (sem contato sexual) por Deus, engravidou e carregou na barriga, por nove meses, o filho de Jeová ou Javé, que, ao nascer, passou a ser protegido, reverenciado e servido pelos anjos.


Sem posição social relevante (não era rico) e sem aparência física atraente (não era bonito), nascido em Belém, na região chamada hoje de Palestina, Jesus de Nazaré estendeu sua pregação principalmente sobre as regiões da Galileia, Samaria e Judeia, onde hoje estão localizados Israel e Cisjordânia, países do Oriente Médio. Ele era um indivíduo judeu de comportamento pacífico, pacato ou inofensivo, simpático, simples, delicado, bondoso, acessível, amável, sensível e piedoso, educado e muito carismático e assim deu origem à história do cristianismo, a maior religião do planeta, marcada por inúmeras conjunturas desfavoráveis ao seu surgimento, ao seu crescimento, a sua existência e até com riscos de extinção.


O fato de ter se tornado uma religião tão importante e tão significativa é considerado surpreendente por historiadores e acadêmicos, pois, a princípio, não havia condições políticas, econômicas, religiosas, tecnológicas (a prensa, por exemplo, ainda não existia) e sociais para isso. Por exemplo: Jesus de Nazaré realizou, com muitas dificuldades financeiras e logísticas (andava a pé, por exemplo), a sua pregação. Ele precisou enfrentar a religião dominante naquela região, o judaísmo antigo, “bateu de frente”, inclusive, com alguns líderes religiosos judeus da época, que, é claro, enciumados e invejosos, tentaram incriminá-lo e prejudicar sua reputação; além disso, ele incomodou o Império Romano, pois este, por meio de Pôncio Pilatos, o líder governamental daquela região, temia ou receava que a sua popularidade, o seu carisma e que a sua simpatia resultasse em algum tipo de influência política sobre a população judaica, o que, segundo sua “linha de raciocínio”, poderia prejudicar sua administração, inclusive incitando revoltas populares contra o seu governo.


Após a morte precoce de Jesus Cristo, por meio de execução, aos 33 ou 36 anos de idade, vítima de uma acusação fraudulenta, o cristianismo cresceu de forma orgânica (por meio da simples conversão de fiéis), ano após ano, sem apoio governamental, causando perplexidade no Império Romano, que, “vencido pelo cansaço”, após mais de 300 anos “lutando contra algo” que não conseguia entender direito sua “natureza”, não entendia como era “possível” aquilo, finalmente tornou o cristianismo a religião oficial do Estado, por meio do imperador Constantino, que, supostamente, também se converteu ao cristianismo, dando origem à Igreja Católica.


Atualmente, alguns segmentos do judaísmo moderno reconhecem a importância de Jesus Cristo, são os judeus messiânicos, e outros segmentos do judaísmo moderno o respeitam, mas não o consideram filho de Deus, mas um grande e sábio pregador do evangelho.


A REFORMA PROTESTANTE

Segundo historiadores, acadêmicos, cientistas políticos e teólogos, as religiões em geral, tanto monoteístas quanto politeístas e não-teístas, sempre foram vistas pelos governos, através de toda a história da humanidade, por milênios, como um mecanismo de controle da sociedade. Por exemplo, aqui no Brasil, atualmente, sem a existência das religiões em geral, acredita-se que o Estado teria que dobrar ou até triplicar o número de policiais, delegados, investigadores, promotores, assistentes sociais e juízes para dar conta das ocorrências de assassinatos, roubos e furtos, estupros, brigas, abandonos ou abusos de crianças e idosos, atos de vandalismo, sonegação de impostos e estelionatos, dentre outras ocorrências.


Nesse contexto, a partir do cristianismo primitivo, fundado pelo próprio Jesus Cristo, surgiram, anos após sua morte, no Oriente Médio, Europa e Ásia, duas religiões principais, apoiadas e/ou toleradas pelo Estado, a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, ambas cristãs, sendo a Igreja Católica mais para o lado do Oriente Médio e Europa Ocidental e a Igreja Ortodoxa mais para o lado da Europa Oriental e Ásia, incluindo Rússia.


Segundo historiadores, mais adiante, anos depois, surgiu a chamada Reforma Protestante ou reforma protestante, um movimento de dissidência dentro da Igreja Católica, com origem nos séculos XV d.C., alcançando o seu auge no século XVI d.C. com a dissidência do monge católico alemão e professor de teologia Martinho Lutero, seguido, anos mais tarde, pela adesão ao movimento de dissidência pelo teólogo francês João Calvino e pelo rei inglês Henrique VIII, dentre outros.


O objetivo principal da Reforma Protestante era se opor a um conjunto de crenças, preceitos e punições da Igreja Católica que, segundo o próprio movimento reformista, destoavam da mensagem original de Jesus Cristo, dentre elas a crença de que Maria de Nazaré e outros santos eram capazes de realizar a intermediação de relacionamento do fiel com Deus; a crença de que a salvação poderia ser alcançada pelas obras (caridade ao mais pobre, por exemplo) e não exclusivamente pela graça e/ou pela fé em Cristo, com acreditam os protestantes; e a crença de que a própria Igreja Católica era capaz de perdoar os pecados do fiel, “abrindo as portas do céu” para ele, inclusive por meio de “pagamento de indulgências” do fiel, no sentido literal, ou seja, o fiel “pagava”, literalmente, pelo perdão da Igreja Católica e para entrar no céu.


Além disso, a Bíblia Sagrada, na época, era uma objeto de luxo, muito caro, escrita e latim, grego ou hebraico / aramaico, apenas os mais ricos podiam comprá-la e as pregações da Igreja Católica eram realizadas em latim, o que dificultava ou impossibilitava o entendimento dos fiéis comuns sobre as mensagens de fé do sacerdote ou padre.


O PROTESTANTISMO

O cristianismo é um dos fenômenos sociais e religiosos mais curiosos da história da humanidade. Seguindo uma linha de raciocínio lógica, seria impossível ou muito difícil a sua propagação orgânica da forma como ela aconteceu, de forma análoga a um nadador que insiste em nadar contra a correnteza de um rio. Parecia que tudo conspirava para a sua extinção, mas, contrariando todas as previsões governamentais, políticas e intelectuais seculares da época, ele continuava a crescer de forma exponencial, até o ponto em que os governantes locais perceberam que era mais vantajoso “aliar-se” a ele do que “opor-se” a ele.


De modo geral, o movimento protestante, conhecido também como evangelicalismo ou evangelismo, é um dos segmentos do cristianismo. Ele enfatiza os rituais de oração, principalmente para solicitação de perdão dos pecados e solicitação de algum tipo de ajuda específica, uma cura ou livramento de perigo, por exemplo; os rituais de celebração da existência do único Salvador das Almas, que é o próprio Jesus Cristo, principalmente por meio do louvor; os rituais de estudo da chamada Palavra de Deus, que é a própria Bíblia Sagrada, considerada absolutamente infalível em seus preceitos, embora, na prática, saibamos que não é bem assim; e enfatiza a misericórdia / piedade do indivíduo que crê na mensagem de Cristo, exigindo-lhe que exerça a compaixão pelas demais almas, a alma do próximo, tanto de dentro quanto de fora da igreja, tanto na forma de caridade aos menos favorecidos financeiramente quanto na forma de propagação da mensagem de fé aos que ainda não a conhecem.


Outros preceitos, regras, crenças e/ou princípios protestantes e/ou evangélicos são:

  • A necessidade de conversão pessoal, conhecido também como “renascimento”, inclusive por meio do batismo pelas águas, ao nascer ou quando já adulto ou adolescente. Este é um ponto um pouco polêmico, pois a Igreja Presbiteriana, por exemplo, submete bebês ao batismo enquanto as demais igrejas evangélicas só batizam quando já adulto;
  • Um grande respeito e submissão pela autoridade bíblica, como se ela fosse absolutamente perfeita em seu conteúdo, não sujeita a erros de fidelidade (na verdade, são inúmeros enxertos, bem ou mal intencionados, de frases e palavras que não estavam nos manuscritos originais, até chegar às versões mais recentes e modernas), não sujeita a erros históricos de reprodução (na verdade, há suspeitas de inúmeros erros desse tipo, principalmente porque as versões mais modernas estão baseadas em manuscritos muito antigos, muitos que estiveram em condições precárias de conservação, até serem resgatados por historiadores, arqueólogos, universidades e museus), não sujeita a erros de grafia (de fato, são poucos erros de grafia nos manuscritos mais importantes e nas versões mais modernas), não sujeita a erros de tradução (são vários erros de tradução, embora, no geral, seja possível afirmar sim que o seu conteúdo é razoavelmente confiável, neste sentido específico) e não sujeita a erros de conceitos e contextos (na verdade, há alguns erros que destoam de constatações científicas e históricas já comprovadas, inclusive); e não sujeita a contradições (na verdade, são várias contradições);
  • Ênfase em ensinamentos que proclamam a morte redentora e a ressurreição de Jesus Cristo, ou seja, após sua morte na cruz, Jesus Cristo foi ressuscitado (voltou a viver) por obra dos anjos, usando alguma tecnologia que até hoje a humanidade desconhece, a pedido ou a mando do próprio Deus. Portanto, quando o fiel ora a Jesus Cristo, ele não está se comunicando com alguém já falecido (o que, aliás, é proibido pelos evangélicos), mas com alguém que está vivo, pois foi ressuscitado;
  • Expressar e compartilhar ativamente o evangelho, como uma confissão de fé aos demais, principalmente aos descrentes (aqueles que não acreditam ou duvidam) e/ou ignorantes (aquele que ainda não conhecem o evangelho);


Além disso, os protestantes / evangélicos da atualidade possuem um conjunto de proibições, principalmente de origem judaica, paulina e até católica, que são considerados a raiz do chamado comportamento conservador de direita e/ou de extrema direita, comuns a maioria ou grande maioria das denominações, dependendo de cada caso, dentre elas as seguintes:

  • Sexo heterossexual fora do casamento (totalmente proibido);
  • Sexo anal heterossexual, dentro e/ou fora do casamento (totalmente proibido);
  • Sexo homossexual (proibido em quase todas as grandes denominações e permitido em algumas denominações menores, com menos fiéis, e mais recentes, ainda pouco conhecidas);
  • Bigamia e/ou poligamia (totalmente proibidas, exceto os Mórmons, que toleram a bigamia);
  • Sexo grupal e/ou orgias (totalmente proibidos);
  • Relacionamentos extraconjugais (totalmente proibidos);
  • Uso de preservativos masculinos durante o sexo (permitido somente dentro do casamento, para fins anticoncepcionais ou por razões de saúde);
  • Uso de pílulas anticoncepcionais (permitido somente dentro do casamento, apenas para fins anticoncepcionais);
  • Promiscuidade (totalmente proibida);
  • Consumo de pornografia (totalmente proibido);
  • Prostituição (totalmente proibida, tanto da parte de quem paga quando da parte de quem recebe);
  • Incesto (totalmente proibido);
  • Pedofilia e outras parafilias (totalmente proibidas);
  • Masturbação (proibida e/ou desaconselhada na grande maioria das denominações);
  • Sexo oral (parte das denominações proíbe e outra parte trata como uma questão exclusiva e privada do casal, para ser decidida discretamente pelo casal, sem alarde, entre quatro paredes, desde que não haja pressões ou coações de nenhum dos lados da relação);
  • Consumo de drogas ilícitas (totalmente proibido);
  • Consumo de drogas lícitas, incluindo bebidas alcoólicas e cigarros (algumas denominações permitem apenas o consumo moderado de vinhos e cervejas, desde que somente em ambientes familiares);
  • Uso de roupas sensuais, tanto masculinas quanto femininas (totalmente proibido, embora o conceito de sensualidade seja relativo, variando de acordo com cada denominação);
  • Uso de maquiagem feminina (apenas maquiagem leve é permitida na maioria das denominações, enquanto algumas, como Deus é Amor, por exemplo, proíbem totalmente qualquer tipo de maquiagem);
  • Uso de maquiagem masculina (proibido na maioria dos casos);
  • Jogos de azar (a maioria das denominações proíbe);
  • Aparências masculina e feminina (a maioria das denominações proíbe usos e costumes considerados andróginos, ou seja, exige que os homens usem calças, shorts, camisetas / camisas e cuecas, combinados com cabelos curtos, e as mulheres devem usar roupas consideradas femininas, combinadas com cabelos longos ou médios);
  • Festas sensuais públicas e/ou privadas, como carnaval, por exemplo (totalmente proibidas);
  • Aborto (proibido na grande maioria das denominações e na grande maioria dos casos, exceto quando houver risco de vida para a mãe, durante a gestação, ou em caso de anencefalia do feto);
  • Separação conjugal (na maioria das denominações só é permitida em casos em que há uma justificativa);
  • Consumo de carnes (algumas denominações, principalmente a Adventista do Sétimo Dia, desaconselham e/ou proíbem);
  • Transfusão de sangue (algumas denominações proíbem, principalmente a Testemunhas de Jeová);
  • Consumo de entretenimento, incluindo TV’s abertas (novelas e séries) e TV’s pagas (novelas e séries), streaming de música secular (Internet) e cinema (algumas denominações proíbem totalmente ou desaconselham);
  • Presença e/ou participação em shows de música pop, rock, pagode, eletrônica e/ou sertaneja (parte das denominações proíbe e parte delas tolera, desde que o ambiente seja familiar);
  • Prática de esportes em geral, academias de ginástica e dança (permitida na grande maioria das denominações, desde que o ambiente seja familiar);
  • Consumo de jornalismo, documentários, debates e entrevistas (a grande maioria das denominações permite);
  • Adesão às sociedades secretas, como a maçonaria, por exemplo (a maioria das denominações proíbe e/ou desaconselha);
  • Mediunidade, que é a suposta comunicação com os mortos (totalmente proibida);
  • Gestos obscenos e palavrões (totalmente proibidos);


É necessário ressaltar aqui que grande parte desses preceitos principais ou proibições principais citados acima não é um total consenso entre as próprias denominações protestantes / evangélicas e a maioria deles não teve origem na própria pregação de Jesus Cristo, ou seja, tiveram origem e/ou foram importados do judaísmo antigo e/ou moderno, dos ensinamentos do apóstolo Paulo e, por incrível que pareça, foram importados da Igreja Católica, que elas tanto criticam.


Então, na prática os líderes religiosos e/ou anciãos protestantes não criaram nada novo, eles criaram uma espécie de religião híbrida, com elementos do cristianismo original (pregado pelo próprio Jesus Cristo), do judaísmo antigo e/ou moderno (baseados no Velho Testamento), do catolicismo (que também não deixa de ser uma forma de judaísmo melhorado) e dos ensinamentos paulinos (pra quem não sabe, Paulo também era judeu), ou seja, uma religião judaico-cristã com roupagem de religião cristã.


Isso significa o seguinte: As religiões protestantes / evangélicas são, na verdade, uma forma modernizada de judaísmo. Nada muito além disso. Mais ou menos assim: “Saímos do ponto A, caminhamos um pouco, demos uma volta de 180º e voltamos ao mesmo ponto de partida, o mesmo ponto A, e estamos acreditando que houve uma reforma em relação ao catolicismo e criamos algo melhor que o judaísmo”. Então, na prática, trata-se de um judaísmo antigo um pouco melhorado, mas com roupagem de cristianismo, nada muito diferente do que já existia no Velho Testamento. “Na falta de algo novo vamos melhorar o que já existe”.


Por exemplo: 1 - A aparente implicância dos protestantes / evangélicos contra a maçonaria teve origem na Igreja Católica, a maioria dos papas era contra a maçonaria, mais por uma razão política (temor ou receio de perder poder político e influência) do que necessariamente uma razão espiritual; 2 - Até onde se sabe, Jesus Cristo nem sequer tocou no assunto homossexualidade, não falou nada sobre isso, ou porque não acreditava que fosse um pecado, ou porque não queria se envolver em polêmicas estéreis, que não levavam a lugar nenhum, ou porque não julgava um assunto importante. 3 - Além disso, ele gostava de bebidas alcoólicas e não fazia questão de “esconder” esse gosto pessoal. 4 - Nunca proibiu transfusão de sangue, até porque essa tecnologia da medicina humana não existia na época. 5 - Ele teria absolvido uma mulher acusada de adultério (prática de sexo fora do casamento) e impedido que ela fosse apedrejada, segundo a tradição judaica. 6 - Na época não existiam mídias eletrônicas e as mídias manuscritas eram raríssimas, a prensa e a imprensa ainda não existia. 7 - De fato, ele proibiu a bigamia e/ou a poligamia, segundo os manuscritos antigos, mas, lembrando, são escritos muito antigos, portanto não é possível afirmar com absoluta certeza de que essa proibição teria realmente ocorrido ou foi um trecho enxertado no Novo Testamento. 8 - Assim como no caso da bigamia e/ou poligamia, ele teria proibido a separação de casais. Dentre os principais motivos para essa proibição, segundo historiadores, acadêmicos e teólogos, estaria a preocupação dele com o comportamento imaturo dos judeus da época, que se divorciavam de suas esposas por qualquer motivo fútil ou banal ou, pior, simplesmente trocavam as mulheres mais velhas pelas mais novas, abandonando as mais velhas à própria sorte.


Não é possível afirmar com absoluta certeza de que Jesus Cristo era celibatário, há historiadores e/ou acadêmicos que afirmam que pode ter havido (subjuntivo) um relacionamento (sexual, inclusive) dele com Maria Madalena, uma de suas seguidoras na época. Esse fato e/ou essa hipótese teria sido escondido (a) ou abafado (a) pelas igrejas cristãs em geral, principalmente a Igreja Católica, para evitar que se tornasse um escândalo contra o cristianismo, como se sexo fosse algo horroroso.


Um dos problemas da religião em geral, incluindo judaísmo, protestantismo / evangelismo, catolicismo e islamismo, é o que a psicologia chama de projeção, um mecanismo inato ou semi-inato do ser humano que o leva a se comportar de forma neurasténica, obsessiva, neurótica e, em casos extremos, até violenta: “Eu gostaria de fazer sexo de forma mais liberal, mas como estou proibido ou impossibilitado, por vários motivos (casamento ou noivado, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez não planejada, por exemplo), então eu critico, persigo, ridicularizo, calunio, discrimino, julgo, humilho, implico e ataco aqueles que praticam sexo assim”.


RELIGIÕES EVANGÉLICAS

Os protestantes-evangélicos, principalmente os pentecostais e neopentecostais, como, por exemplo, os assembleianos, são um pouco diferentes dos protestantes da linha clássica do cristianismo-protestante, por sua vez formada pelos metodistas, pelos anglicanos, pelos batistas, pelos luteranos, pelos presbiterianos, pelos calvinistas, pelos puritanos, pelos pietistas e pelos adventistas, por exemplo.


Aqui no Brasil, os evangélicos possuem, pelo menos aparentemente, uma postura mais conservadora e mais mística (crença em eventos sobrenaturais), incluindo manifestação eventual de línguas desconhecidas, em algumas denominações; posicionamento contra o ecumenismo amplo, inclusive com episódios de suposta expulsão de demônios, em algumas denominações; com maior ênfase no evangelismo (pregação da Palavra) da população em geral; libertação do novo crente por meio da oração (eles realmente acreditam que as entidades demoníacas e/ou malignas podem prejudicar o emprego, o casamento, a família, a vida financeira e a saúde do crente, por isso as campanhas de oração); e posturas tradicionais contra o liberalismo teológico, com algumas denominações contra a ordenação feminina na igreja e contra o casamento igualitário (na prática algo como um machismo disfarçado), enquanto que os protestantes tradicionais ou clássicos têm uma postura ecumênica, progressista e mais voltada para o trabalho social da igreja.


Aqui no Brasil a ampla maioria dos protestantes é evangélica:

  • Assembleia de Deus (fundada por Gunnar Vingren e Daniel Berg, já falecidos), com mais de 12 milhões de crentes no Brasil (algumas fontes falam em mais de 53 milhões de crentes em todo o mundo, incluindo o Brasil). Ela é caracterizada principalmente pela crença no sobrenatural, como, por exemplo, curas, transes (chamados de batismo com o Espírito Santo e línguas desconhecidas), expulsão de demônios, combinados com a evangelização dos não crentes ou céticos e o estudo racional da Bíblia, incluindo as escolas dominicais;
  • Congregação Cristã do Brasil (fundada por Louis Francescon, já falecido), com mais de 2,289 milhões de crentes (algumas fontes falam em mais de 4,5 milhões de crentes em todo o mundo, incluindo o Brasil). Ela é caracterizada por um postura conservadora, semelhante aos assembleianos, embora os seus cultos sejam menos “barulhentos”. Um detalhe curioso, as mulheres são obrigadas a usar véu durante os cultos e devem se manter em silêncio;
  • Igreja Universal do Reino de Deus (fundada por Edir Macedo), com mais de 1,873 milhão de crentes. Ela é caracterizada pela crença na prosperidade material e de saúde dos crentes, principalmente por meio da oração, ou seja, o crente pede a Deus que proteja seu patrimônio e mantenha a saúde de sua família;
  • Igreja Batista (fundada por William Bagby e Zacharias Taylor, já falecidos), com mais de 1,814 milhão de crentes. Caracterizada principalmente pela ênfase no batismo nas águas e pelo relacionamento pessoal do fiel com Deus, por meio da oração e do louvor;
  • Igreja do Evangelho Quadrangular (fundada por Harold Williams e Jesus Ramos, já falecidos), com mais de 1,8 milhão de crentes (algumas fontes falam em mais de 8 milhões de crentes em todo o mundo, incluindo o Brasil). Caracterizada principalmente pela ênfase na salvação do crente por meio da graça concedida por Deus, por meio de Jesus Cristo, no batismo nas águas e pelo Espírito Santo e nas curas milagrosas;
  • Igreja Internacional da Graça de Deus (fundada por RR Soares), com mais de 1,195 milhão de crentes. Ela é caracterizada pela crença na prosperidade material e de saúde dos crentes, principalmente por meio da oração, ou seja, o crente pede a Deus que proteja seu patrimônio e mantenha a saúde de sua família;
  • Igreja Adventista do Sétimo Dia (fundada por Albert Stauffer, já falecido), com mais de 1,174 milhão de crentes (algumas fontes falam em mais de 22 milhões de crentes em todo o mundo, incluindo o Brasil). Caracterizada principalmente pela ênfase no batismo nas águas, pelo relacionamento pessoal do fiel com Deus, por meio da oração e do louvor, pela prática de um estilo de vida frugal, inclusive com pouco ou nenhum consumo de carnes, e pela guarda do sábado, como um dia dedicado a Deus;
  • Sara Nossa Terra (fundada por Robson Rodovalho), com cerca de 1 milhão de crentes, a maioria deles no Brasil. Caracterizada principalmente pela crença no poder da oração e louvor a Deus. É uma igreja razoavelmente moderna, com aplicação moderada de usos e costumes, com ensinamentos baseados principalmente nos quatro primeiros livros do Novo Testamento, ou seja, é uma das igrejas judaico-cristãs mais cristãs entre as protestantes ou evangélicas;
  • Deus é Amor (fundada por David Miranda, já falecido), com mais de 845 mil crentes. Caracterizada principalmente por um número grande de usos e costumes ultraconservadores, a maioria deles exagerada, como, por exemplo, a proibição de que homens usem shorts em qualquer situação e de que mulheres usem calças compridas. Também é proibido praticar esportes, como o futebol, assistir TV, ouvir música secular e usar sungas e biquínis / maiôs na piscina ou na praia;
  • Igreja Presbiteriana (fundada por Ashbel Simonton, já falecido), com mais de 700 mil crentes. Caracterizada principalmente pela ênfase na tranquilidade e organização dos cultos e no estudo da Palavra de Deus, ou seja, da Bíblia Sagrada protestante, com 66 livros, incluindo o Velho Testamento e o Novo Testamento;
  • Igreja Renascer em Cristo (fundada pelo casal Hernandes), com cerca de 500 mil crentes, a maioria deles no Brasil. De forma semelhante à Sara Nossa Terra, ela é caracterizada pela crença no poder da oração e louvor a Deus. Também é uma igreja razoavelmente moderna, com aplicação moderada de usos e costumes. Por exemplo, os homens podem usar shorts em determinados contextos, como, por exemplo, prática de esportes, banho de piscina, academia de ginástica, prática de hobbies e nos fins de semana e as mulheres podem usar calças compridas em qualquer situação. Ela também é caracterizada pela crença na prosperidade material e de saúde dos crentes, principalmente por meio da oração, ou seja, o crente pede a Deus que proteja seu patrimônio e mantenha a saúde de sua família;
  • Mundial do Poder de Deus (fundada por Valdemiro Santiago), com mais de 315 mil crentes, principalmente no Brasil. É uma denominação conservadora. Ela é caracterizada pela crença na prosperidade material e de saúde dos crentes, principalmente por meio da oração, ou seja, o crente pede a Deus que proteja seu patrimônio e mantenha a saúde de sua família;
  • Igreja Luterana (fundada por Christian Broders, já falecido), com mais de 245 mil crentes;
  • Igreja Metodista (fundada por Foutain Pitts, já falecido), com mais de 259 mil crentes. Assim como a Igreja Presbiteriana, ela é caracterizada principalmente pela ênfase na tranquilidade e organização dos cultos e no estudo da Palavra de Deus, ou seja, da Bíblia Sagrada protestante, com 66 livros, incluindo o Velho Testamento e o Novo Testamento. Também é caracterizada principalmente pela ênfase no batismo nas águas e pelo relacionamento pessoal do fiel com Deus, por meio da oração e do louvor;
  • Igreja Cristã Maranata (fundada por Abílio Gueiros, já falecido), com mais de 356 mil crentes;
  • Igreja Videira (fundada por Aluízio Silva e Marcelo Almeida), com mais de 130 mil crentes (algumas fontes falam em mais de 200 mil crentes em vários países, incluindo Brasil). Ela também é uma igreja razoavelmente moderna, com aplicação moderada de usos e costumes. Ela é caracterizada pela crença no poder da oração e louvor a Deus e na intercessão de Jesus Cristo em favor da humanidade;


O chamado cristianismo evangélico reúne diferentes movimentos de teologia evangélica, geralmente de características conservadoras e de alinhamento político de direita e/ou de extrema direita, sendo as principais correntes as conservadoras (mais comuns), as fundamentalistas (menos comuns), as moderadas (mais comuns) e as liberais (menos comuns). Geralmente as igrejas evangélicas mais conservadoras estão inclinadas a usar o Velho Testamento como justificativa de seus preceitos (alguns deles exagerados) e as igrejas evangélicas mais moderadas, modernas e progressistas estão inclinadas a usar o Novo Testamento (principalmente os quatro primeiros livros, Mateus, Marcos, Lucas e João) como justificativa de seus preceitos.


A adesão à doutrina da Igreja é voluntária, ou seja, o visitante dos cultos é convidado a se converter e, já como novo convertido, recebe orientações diversas sobre comportamento no contexto evangélico, na sua família, no seu trabalho e na sociedade e caso não concorde com elas ou não as pratique então ele deve, por si mesmo, deixar a denominação ou, caso insista em permanecer na igreja, recebe advertências orais ou por escrito e, em casos extremos, é expulso da lista de membros da igreja.


VEJA TAMBÉM


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Protestantismo
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelicalismo
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_denomina%C3%A7%C3%B5es_protestantes_no_Brasil
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pentecostalismo
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo
  • Assembleia de Deus (divulgação): Imagem
  • Igreja Batista (divulgação): Imagem
  • Wikimedia: Imagens

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