FORD FIESTA

FORD FIESTA (HATCH, TODAS AS GERAÇÕES)
FORD FIESTA SEDAN (SEDAN / 4ª, 5ª E 6ª GERAÇÕES)
MAZDA 121 (VÁRIOS MERCADOS ASIÁTICOS)
FORD IKON OU ICON (VERSÃO SEDAN, EM VÁRIOS MERCADOS)
LANDWIND CV7 (NA CHINA, FABRICAÇÃO SOB LICENÇA)
CHANGAN CV7 (NA CHINA, FABRICAÇÃO PRÓPRIA)
PROJETO BOBCAT (1ª E 2ª GERAÇÕES EUROPEIAS)
PROJETO AMAZON (4ª GERAÇÃO, NO BRASIL)


INTRODUÇÃO

O Ford Fiesta é um econômico automóvel compacto, criado e desenvolvido pela Ford Motor Company dos Estados Unidos e suas subsidiárias e fabricado em série e em larga escala pelas suas subsidiárias, inicialmente pelas subsidiárias na Alemanha, na Espanha e na Inglaterra, a partir da década de 1970, e, posteriormente, anos depois, a partir das décadas de 1990 e 2000, pela subsidiária Ford do Brasil, dentre outras subsidiárias ou empresas parceiras, inclusive na China, na África do Sul, na Índia, no México e na Tailândia, dentre outros países, incluindo versões com carrocerias sedan, utilizando como base para sua fabricação grande parte dos conceitos estéticos, mecânicos, elétricos, eletrônicos e hidráulicos das respectivas gerações de automóveis da matriz Ford Motor Company e de suas subsidiárias europeias.


Ao longo de sua trajetória de quase 50 anos, começando em 1976, o pequeno e bem sucedido carrinho europeu Ford Fiesta, um best-seller da indústria automobilística ou automotiva europeia, um dos carros mais vendidos da marca Ford em toda a sua história, teve alguns formatos de carroceria, principalmente hatch e sedan, começando pelos formatos hatch com duas portas laterais, totalizando três portas se considerarmos a porta traseira de acesso ao porta-malas, passando por formatos hatch de cinco portas até chegar aos formatos de sedan de quatro portas laterais, comercializados na América Latina, na Europa Ocidental e na Europa Oriental, na África, na Austrália, na China, na Índia, no Sudeste Asiático e até no Japão, dentre outras regiões.


A partir da década de 1970 o Ford Fiesta era considerado uma das primeiras propostas concretas de projetos de carro mundial da marca Ford, impulsionado principalmente pela Crise Mundial do Petróleo, com fabricação simultânea na Alemanha, na Espanha e na Inglaterra, com exportação para outros países que também precisavam de um carro mais econômico em tempos de racionamento e/ou preços altos do petróleo.


A partir das décadas de 1990 e 2000 a fabricação em série e em larga escala e a comercialização do Ford Fiesta foi estendida para outros países, incluindo China, neste caso específico por meio de fabricação própria, pela subsidiária Changan Ford, e licenciamento de produção, pela Landwind, África do Sul e Índia, além, é claro, do Brasil, aqui principalmente como a principal opção da marca Ford no mercado nacional de automóveis populares, geralmente menores e mais econômicos que os demais modelos médios e grandes disponíveis no mercado.


Aqui no Brasil, a partir da década de 1990, o Ford Fiesta foi fabricado principalmente para atender o mercado interno e para exportação para países latino-americanos, incluindo a Argentina, o Uruguai e o Paraguai, principalmente nas suas versões com carroceria hatch de cinco portas, embora versões com carroceria sedan de quatro portas laterais também tenham sido fabricadas.


No Brasil, o Ford Fiesta de 4ª geração foi um sucesso de vendas, resultado de uma combinação equilibrada de características estéticas e mecânicas que já estavam sendo testadas na Europa Ocidental e na Europa Oriental, entretanto adaptadas para as duras condições das estradas, rodovias, ruas e avenidas brasileiras. Aliás, pode-se dizer que a verdadeira prova definitiva das qualidades mecânicas de durabilidade do Ford Fiesta foi realizada no Brasil, a partir da 4ª geração, embora a 3ª geração tenha sido comercializada aqui alguns anos antes, importada da Europa.


Aqui no Brasil, durante as décadas de 1990, 2000 e 2010, os principais concorrentes do Ford Fiesta foram os hatches compactos Fiat Palio e Fiat Mille (na prática, um Fiat Uno da 1ª geração), o hatch compacto Volkswagen Gol, o hatch compacto Chevrolet Onix e o sedan compacto Chevrolet Onix Plus; o hatch compacto Toyota Etios e o sedan compacto Toyota Etios Sedan; os sedans compactos Fiat Siena e Fiat Grand Siena; o sedan compacto Chevrolet Corsa Sedan, conhecido posteriormente como Chevrolet Classic; o hatch Volkswagen Polo e o sedan Volkswagen Virtus; o hatch compacto Chevrolet Celta e o sedan compacto Chevrolet Prisma; o hatch compacto Peugeot 206, um dos mais bonitos da sua época; o hatch compacto Renault Clio e o sedan compacto Renault Clio Sedan; o hatch compacto Citroen C3; o hatch compacto Fiat Argo e o sedan compacto Fiat Cronos; o bonitinho Peugeot 208 de 1ª geração e o moderninho Peugeot 208 de 2ª geração; o Hyundai HB20 e Hyundai HB20 Sedan, o hatch compacto Toyota Yaris e o sedan compacto Toyota Yaris Sedan; o monovolume Honda Fit; e o hatch compacto Nissan March; dentre mais alguns.


Estiveram também nesse segmento de automóveis compactos o hatch compacto Ford Ka e o sedan compacto Ford Ka Sedan, ambos também sucessos de vendas.


Desde 2023, o pequeno Ford Fiesta não é mais fabricado.


A FORD MOTOR COMPANY

A americana Ford Motor Company é uma grande e tradicional fabricante de automóveis. Ela foi a 6ª maior fabricante de veículos do planeta em 2017 e 2018, com mais de 6,2 milhões e mais de 4,7 milhões de unidades fabricadas, respectivamente. Já em 2024 ela foi a 8ª maior fabricante de automóveis do mundo, com mais de 4 milhões de unidades. Ela foi fundada em 1903 por Henry Ford e está sediada em Dearborn, na região metropolitana de Detroit, nos Estados Unidos.


A subsidiária da Ford Motor Company no Brasil é a Ford do Brasil, ela foi a quinta, quarta e sexta maior fabricante e vendedora / importadora de veículos do Brasil em 2019, 2017 e 2016, respectivamente, com mais de 218.000, mais de 206.000 e mais de 180.000 unidades. Já em 2024 ela foi a 12ª maior vendedora de automóveis do Brasil, todos importados, o resultado de uma reestruturação. Ela foi fundada no Brasil em 1919, mas nos primeiros anos só importava peças e partes de veículos e os montava no Brasil. A partir de 1921, a Ford passou a fabricar efetivamente, em linha de montagem, automóveis no Brasil.


Em 2021, a empresa anunciou o encerramento das atividades de fabricação de automóveis aqui. Atualmente, a Ford do Brasil atua no país apenas como uma importadora de veículos, depois de um amplo programa de reestruturação em que encerrou totalmente suas atividades produtivas no Brasil, resultado principalmente da alta carga tributária.


Atualmente, a Ford Motor Company conta com mais de 170.000 empregados e possui participações societárias / acionárias nas fabricantes de automóveis Changan Ford, na China; AutoAlliance, na Tailândia; na Ford Otosan, na Turquia; e na Jingling Motors, na China; dentre mais algumas subsidiárias, operando principalmente as marcas Ford, Lincoln e Motorcraft, senda esta última de autopeças.


Por razões óbvias, a matriz americana Ford Motor Company anunciou, em 2022, que estava abandonando o mercado russo de automóveis e utilitários...


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

O Ford Fiesta é um econômico automóvel compacto, com carrocerias do tipo hatch ou sedan, dependendo do modelo, da geração e do ano de fabricação, fabricado e comercializado no Brasil nas décadas de 1990, 2000 e 2010, embora a sua 3ª geração também tenha sido importada da Espanha para o Brasil por alguns anos da década de 1990, em razão principalmente da necessidade da marca Ford ter um representante no segmento de automóveis compactos populares, em ascensão na época.


Aqui no Brasil, nas décadas de 1990, 2000 e 2010, a 4ª, a 5ª e a 6ª gerações do Ford Fiesta foram fabricadas e comercializadas nos formatos hatch e sedan, com capacidade para transportar com razoável conforto até cinco pessoas, incluindo o motorista, criada e desenvolvida pela matriz Ford Motor Company e pelas subsidiárias europeias da marca Ford na Alemanha, na Espanha e na Inglaterra, mas com parte do seu desenvolvimento realizada aqui no Brasil também, principalmente pela necessidade de adaptar o veículo às duras condições das rodovias, ruas e avenidas brasileiras.


O pequeno Ford Fiesta também foi fabricado em série e em larga escala na China (4ª e 6ª gerações), por meio de parceria, tanto pela subsidiária Changan Ford / Mazda quanto pela empresa estatal Landwind / Changan; na África do Sul (4ª geração) pela subsidiária Ford FMCSA; na Índia (5ª e 6ª gerações) pela subsidiária Ford India; na Venezuela; no México (6ª geração) pela subsidiária Ford CSAP; na Tailândia (6ª geração) pela subsidiária AutoAlliance / Ford; no Vietnã (6ª geração) pela subsidiária Ford Vietnã; em Taiwan (6ª geração) pela subsidiária Ford Lio Ho; e na Rússia (6ª geração), pela Ford Sollers.


Entre 2017 e 2023, a 7ª geração do Ford Fiesta foi fabricada somente na Alemanha, mas não foi importada para o Brasil. Atualmente, a marca Ford cogita seriamente a possibilidade de fabricar a 8ª geração da família Ford Fiesta, mas desta vez totalmente elétrica, em parceria com a marca Volkswagen.


CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO


O pequeno best-seller europeu Ford Fiesta de 1ª geração, da década de 1970, foi a primeira proposta concreta e prática de automóvel mundial da matriz americana Ford Motor Company para o mercado europeu durante a crise mundial do petróleo da década de 1970, desempenhando de forma satisfatória a função de automóvel pequeno para uso familiar e/ou individual. Na época, ele estava posicionado abaixo do Ford Escort, em termos de espaço interno, motorização e padrão de acabamento.


Antes daquela época, as grandes fabricantes americanas General Motors, Ford e Chrysler estavam acostumadas a fabricar grandes e pesados automóveis porque havia poucos questionamentos dos consumidores americanos sobre os níveis de consumo de combustível. Havia então uma forte inclinação do mercado americano por automóveis espaçosos e confortáveis, colocando os quesitos de consumo de combustível em segundo plano.


Veio a crise do petróleo, na década de 1970, e então esses grandes fabricantes passaram a projetar e fabricar os chamados automóveis mundiais, ou seja, conceitos padronizados de projeto e fabricação que aproveitavam o máximo possível o que havia de melhor em peças, partes e componentes disponíveis nas matrizes e em cada uma de suas respectivas subsidiárias, em todos os continentes, combinando os melhores e mais bem sucedidos conhecimentos e experiências da tecnologia automotiva sobre a  fabricação de plataformas comuns eleitas pelas respectivas matrizes, com lançamentos quase simultâneos de modelos padronizados de automóveis em várias partes do planeta.


A General Motors, a Ford, a Chrysler, a Volkswagen e a Fiat, que já competiam entre si pela preferência dos consumidores americano e europeu (na verdade, para ser mais preciso, a Fiat nunca teve uma forte presença nos Estados Unidos e a Chrysler nunca teve uma forte presença no Velho Continente), passaram a enfrentar também as gigantes japonesas que, aliás, já estavam acostumadas a fabricar automóveis pequenos e econômicos e, portanto, não precisavam passar por nenhuma adaptação.


A General Motors, a Ford, a Chrysler, a Volkswagen e a Fiat entenderam que precisavam unir as forças de suas respectivas subsidiárias para criação de projetos padronizados e conjuntos dentro de seus grupos, para competir em seus respectivos mercados, com redução de custos com criação e desenvolvimento, com economia de escala e eficiência nos processos de manufatura, com intercâmbio de peças fabricadas em lugares onde seus custos de produção estavam mais competitivos em cada momento. Surgiram assim os primeiros representantes do conceito de automóvel mundial, o Chevrolet Cavalier (conhecido também como Opel Ascona e Chevrolet Monza), o Ford Escort, o Volkswagen Golf e o Fiat Uno, todos esses sucessos de vendas.


Mais adiante, anos depois, na década de 1990, do lado da Ford Motor Company, a gigante holding americana, já havia pelo menos dois nomes bem estabelecidos nos mercados europeu, africano e latino-americano, o Ford Escort e o Ford Fiesta, duas famílias de automóveis ocupando os segmentos dos médios e dos compactos, respectivamente, compostas por modelos hatches, fastbacks, sedans e peruas, criadas pelas áreas de projeto e estilo da matriz americana e das subsidiárias europeias, mas desenvolvidas para esses mercados diferentes.


O mercado brasileiro está, atualmente, entre os dez mais importantes no mundo para praticamente todas as grandes montadoras multinacionais. Entretanto, nas décadas de 1970, 1980, 1990 e 2000 este mesmo mercado já era grande. O sucesso de ambas as famílias de automóveis, Ford Escort, a partir da década de 1980, e Ford Fiesta, a partir da década de 1990, reforçou essa impressão em praticamente todas as grandes fabricantes de automóveis populares americanas, japonesas, europeias e sul-coreanas, embora somente na década de 1990 a maioria delas tenha decidido entrar definitivamente no mercado brasileiro, seja por meio de importações ou seja por meio de fabricação própria, em larga escala, em território nacional.


A FAMÍLIA FIESTA

De modo geral, os modelos Ford Fiesta, de todas as gerações, tiveram origem na Europa Ocidental, principalmente na Alemanha, na Inglaterra e na Espanha, para ocupar o segmento de mercado dos automóveis compactos naquele continente. Desde o início, o nome Ford Fiesta sempre esteve associado a características de economia de combustível, praticidade, funcionalidade, manutenção simples e barata e padrão de acabamento razoável, esta última característica tendo evoluído, mais tarde, a partir da década de 1990, já na 4ª geração, para um padrão um pouco mais caprichado nas versões mais caras, fabricada no Brasil, inclusive.


O nome Ford Fiesta não deve ser confundido com o nome Ford Festiva, conhecido também como Mazda 121 e Kia Pride, uma linha de automóveis compactos das marcas Ford, Kia e Mazda, fabricados pela Mazda Corporation, no Japão, e pela Kia Corporation, na Coreia do Sul, de 1986 até 2001, principalmente para atender o Sudeste Asiático, o Japão, o Oriente Médio, a China, a Coreia do Sul, Taiwan, Austrália e a Venezuela. Esses modelos também foram fabricados na China, no Irã e na Tunísia, principalmente para atender os mercados locais e para exportação para países vizinhos.


O nome Ford Fiesta é uma alusão à palavra fiesta, em espanhol, com a tradução festa. O objetivo, segundo o departamento de Marketing da Ford, era projetar na mente do consumidor algo leve e jovial, um veículo econômico, simples e fácil de dirigir, adequado para o trânsito intenso das grandes cidades.


A partir da década de 1990, alguns modelos do Ford Fiesta de 4ª geração, incluindo o Ford Fiesta Sedan, fabricado pela Ford do Brasil em sua fábrica de São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo, foram exportados para outros países da América Latina, principalmente para a Argentina, o Paraguai e o Uruguai.


Posteriormente, a partir da década de 2000, a produção da família Ford Fiesta foi transferida para o município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, na Bahia. Atualmente, a família Ford Fiesta não é fabricada nem comercializada no Brasil.


A partir da década de 2000, o modelo Ford Fiesta Sedan, conhecido também como Ford Fiesta Ikon, passou a ser fabricado no México, inclusive com a sua importação para o Brasil, para complementar a linha de produtos da marca Ford aqui.


FIESTA (1ª GERAÇÃO / MK1)


A 1ª geração da família Ford Fiesta, conhecida também como geração Ford Fiesta MKI, é composta por pelo menos dois modelos baseados na mesma plataforma Ford B, um hatch compacto de três portas e um furgão compacto de três portas, sendo duas portas laterais e a terceira porta de acesso ao compartimento de carga leve. Trata-se de modelos de carroceria monobloco, com motorização dianteira e tração dianteira, todos construídos em chapas de aço, com fabricação em série iniciada em 1976, fabricado somente na Alemanha Ocidental (lembrando que, na época, a Alemanha era dividida politicamente e administrativamente em dois lados, o lado ocidental, democrático, e o lado oriental, comunista), na Espanha e na Inglaterra.


O projeto do Ford Fiesta de 1ª geração era totalmente original, com nova e então moderna plataforma Ford B, o primeiro carro de larga escala da marca Ford que conseguiu combinar com sucesso técnico e comercial a motorização dianteira transversal com tração dianteira, portanto com bom aproveitamento de espaço interno, embora ainda com entre-eixos curtíssimo, com apenas 2,3 metros, a suspensão dianteira independente McPherson e o câmbio manual de quatro velocidades ou marchas. Sem exageros, era uma das melhores opções de automóveis compactos da época, com motorização econômica, baixo custo de manutenção e preço de aquisição competitivo, dentro da faixa de preços de seus principais concorrentes.


O seu projeto, predominantemente europeu e americano, liderado pelos projetistas americano Tom Tjaarda, alemão Uwe Bahnsen e irlandês Trevor Erskine, foi autorizado pela holding americana, na época controlada por Henry Ford II, neto do fundador da empresa, Henry Ford, e por Lee Iacocca, um dos principais executivos da empresa em 1972, principalmente para atender um mercado que já dava sinais de problemas com os preços do petróleo com tendência de alta, tracionado por quatro opções de propulsores pequenos e econômicos, afinados com os novos tempos de preços altos da gasolina, o Ford Valencia L4 1.0, com 957 cilindradas e 40 cavalos ou 45 cavalos; o Ford Valencia L4 1.1, com 1.117 cilindradas e 53 cavalos; o Ford Kent 1.3, com 1.298 cilindradas e o Ford Kent 1.6, com 1.597 cilindradas, combinados com câmbio manual de quatro velocidades ou marchas.


Com as motorizações menores, o simpático e gracioso carrinho da Ford conseguia alcançar a impressionante marca de até 18 quilômetros com 1 litro de gasolina da rodovia, a 90 km/h constantes, graças principalmente ao seu peso de apenas 700 kg (vazio) e ao seu coeficiente de penetração aerodinâmica CX de apenas 0,42, e a marca de até 12 quilômetros na cidade, no perfil típico urbano, quando sem congestionamentos e apenas com motorista.


Era o menor e mais econômico carro fabricado pela marca Ford até então, exportado para os Estados Unidos, inclusive. Ele foi o resultado prático de um investimento gigantesco da marca Ford, um investimento avaliado em mais de US$ 1 bilhão (dólares), em valores da época, o equivalente hoje a cerca de US$ 8 bilhões (dólares), gastos principalmente no projeto; desenvolvimento; construção, reforma e/ou ampliação de fábricas, principalmente na Europa; investimento em Marketing e treinamento de concessionárias.


O carrinho da Ford transpirava simplicidade por todos os poros, com motorização transversal para melhor aproveitamento de espaço da modesta estrutura monobloco, com carburador convencional, transmissão manual Ford BC de quatro velocidades ou marchas e tração dianteira, para economia de combustível e também melhor aproveitamento de espaço, suspensão dianteira McPherson convencional e suspensão traseira de eixo rígido.


Foi um sucesso de vendas das três principais subsidiárias da marca Ford na Europa, a britânica, a espanhola e a alemã, vendido em grande quantidade. Esses modelos de automóveis Ford Fiesta de 1ª geração nunca estiveram no Brasil, pois aqui já estava em produção seriada o Ford Corcel, um modelo de automóvel considerado de tamanho médio, para os padrões da época, um sucesso de vendas aqui. Além disso, o Governo Brasileiro proibia a importação de automóveis.


Na época, os principais concorrentes do Ford Fiesta na Europa Ocidental e em alguns outros mercados eram o Volkswagen Polo (sim, é isso mesmo que você está lendo, o Polo já existia na Europa), o Fiat 127 (o carrinho usado como base para dar origem ao Fiat 147 fabricado no Brasil), o Renault 5 e o Renault 4, o Vauxhall Chevette (Chevrolet Chevette, conhecido também como Opel Kadett), o Honda Civic e o Toyota Corolla, o Peugeot 104 e o BMC Mini, dentre outros. Sim, é isso mesmo que você está lendo, na época, o Civic e o Corolla eram carros compactos, bem pequenos mesmo.


No total, foram mais de 2.500.000 unidades de automóveis da 1ª geração da família Ford Fiesta fabricados na Europa, tanto para atender o mercado interno europeu quanto para exportação para outros países.


FIESTA (2ª GERAÇÃO / MK2)

A 2ª geração da família Ford Fiesta, conhecida também como geração Ford Fiesta MK2, é composta por pelo menos dois modelos baseados na mesma plataforma Ford B, um hatch compacto de três portas e um furgão compacto de três portas, sendo duas portas laterais e a terceira porta de acesso ao compartimento de carga eleve. Trata-se de modelos de carroceria monobloco, com motorização dianteira e tração dianteira, todos construídos em chapas de aço, com fabricação em série iniciada em 1983, fabricado somente na Alemanha Ocidental, na Espanha e na Inglaterra.


O projeto do Ford Fiesta de 2ª geração foi baseado na geração anterior da mesma família Ford Fiesta, mantendo a então moderna plataforma Ford B, inclusive com o mesmo entre-eixos de 2,3 metros, e mantendo a motorização dianteira transversal com tração dianteira, com bom aproveitamento de espaço interno, a suspensão dianteira independente McPherson e o câmbio manual de quatro velocidades ou marchas, de série, mas com um opcional de cinco velocidades. A filosofia de projeto ou proposta da geração anterior foi mantida na 2ª geração, com motorização econômica, baixo custo de manutenção e preço de aquisição competitivo, dentro da faixa de preços de seus principais concorrentes.


O seu projeto, predominantemente europeu e americano, era composto por uma combinação de propulsores pequenos e econômicos das linhas Ford Valência, Ford CVH e Ford LT com câmbio Ford BC, afinados com os novos tempos de preços altos da gasolina e do diesel, o Ford Valencia L4 1.0, com 957 cilindradas (gasolina); o Ford Valencia L4 1.1, com 1.117 cilindradas (gasolina); o Ford Valencia 1.3, com 1.298 cilindradas (gasolina); o Ford CVH 1.3, com 1.298 cilindradas (gasolina); o Ford CVH 1.4, com 1.392 cilindradas (gasolina); e o Ford CVH 1.6, com 1.597 cilindradas (gasolina), e o Ford LT 1.6, com 1.608 cilindradas (diesel), combinados com câmbio manual de quatro velocidades ou marchas ou manual de cinco velocidades ou marchas.


A simplicidade foi mantida na 2ª geração, com motorização transversal para melhor aproveitamento de espaço da estrutura monobloco, com carburador convencional, transmissões manuais Ford BC de quatro ou cinco velocidades ou marchas e tração dianteira, para economia de combustível e também melhor aproveitamento de espaço, suspensão dianteira McPherson convencional e suspensão traseira de eixo rígido.


Assim como a 1ª geração, também foi um sucesso de vendas das três principais subsidiárias da marca Ford na Europa, a britânica, a espanhola e a alemã, vendido em grande quantidade. Esses modelos de automóveis Ford Fiesta de 1ª geração nunca estiveram no Brasil, pois aqui já estava em produção seriada a 3ª geração do Ford Escort, um modelo de automóvel considerado de tamanho médio, para os padrões da época, um sucesso de vendas aqui. Além disso, o Governo Brasileiro proibia a importação de automóveis.


Na época, os principais concorrentes do Ford Fiesta na Europa Ocidental e em alguns outros mercados eram o Volkswagen Polo, o Austin Metro, o Fiat Uno (com algumas diferenças significativas em relação ao Fiat Uno fabricado e vendido no Brasil), o Nissan Micra, o Peugeot 205, o Toyota Starlet e o Vauxhall Nova (Opel Corsa) dentre outros.


No total, foram mais de 2.500.000 unidades de automóveis da 2ª geração da família Ford Fiesta fabricados na Europa, tanto para atender o mercado interno europeu quanto para exportação para outros países.


FIESTA (3ª GERAÇÃO / MK3)

A 3ª geração da família Ford Fiesta, conhecida também como geração Ford Fiesta MK3 ou Ford BE-13, é composta por pelo menos quatro modelos de automóveis e comerciais leves baseados na plataforma Ford B, sendo um hatch compacto de três portas e um hatch compacto de cinco portas, ambos com duas e quatro portas laterais, respectivamente, e a terceira e quinta porta de acesso ao porta-malas, respectivamente. Trata-se de modelos de carroceria monobloco, com motorização dianteira e tração dianteira, todos construídos em chapas de aço, com fabricação em série iniciada em 1989, fabricado somente na Alemanha, na Espanha e na Inglaterra.


Um modelo de furgão de três portas também foi fabricado e comercializado na Europa. Além disso, um modelo de pickup ou picape leve utilizando parte da estrutura do Ford Fiesta de 3ª geração também foi fabricado na Europa, mas nunca esteve oficialmente no Brasil, era a Ford Courier, que, posteriormente, anos depois, teve o mesmo nome utilizado no Brasil para um outro modelo de pickup usando como base parte da estrutura do Ford Fiesta de 4ª geração, fabricado e comercializado aqui no Brasil, inclusive, e exportado para o México, dentre outros países.


Voltando ao hatch compacto Ford Fiesta de 3ª geração, fabricado na Europa a partir de 1989, embora mantivesse o mesmo nome Ford B, a plataforma usada para a montagem do monobloco do Ford Fiesta de 3ª geração era quase totalmente nova, com várias melhorias e modernizações, incluindo um bem vindo aumento da distância entre-eixos para 2,45 metros, um monobloco mais robusto e uma nova suspensão traseira, semi-independente, com barras de torção ou eixo de torção. Além disso, o veículo ganhou airbag para motorista; direção hidráulica; imobilizador de motor, combinado com trava central elétrica e alarme; novo motor Ford Endura-E, com injeção eletrônica; e banco traseiro bipartido; dentre outros itens.


O projeto do Ford Fiesta de 3ª geração era quase totalmente novo em relação às duas gerações anteriores, ele era mais moderno, inclusive com design mais agradável e atraente, mais gracioso, com frente em cunha, combinada com linhas levemente angulares, semi-retas e com vincos fortes, mas mantendo o layout já consagrado, na época, de motorização dianteira transversal e tração dianteira, melhor que a motorização longitudinal de outros modelos, em alguns aspectos, principalmente nos aspectos de segurança e aproveitamento de espaço interno, com suspensão dianteira independente McPherson e o câmbio manual de quatro velocidades ou marchas, de série, mas com um câmbio opcional de cinco velocidades.


Embora com inúmeras modernizações e melhorias em relação às duas gerações anteriores, a filosofia de projeto ou proposta de carro de perfil predominantemente popular foi mantida na 3ª geração, com motorização econômica, baixo custo de manutenção e preço de aquisição competitivo, dentro da faixa de preços de seus principais concorrentes.


O seu projeto, predominantemente europeu e americano, era composto por uma combinação de propulsores pequenos e econômicos das linhas Ford HCS, Ford CVH, Ford Zetec e Ford LT, combinados com câmbios Ford BC / IB4 ou Ford BC / IB5, dependendo do modelo e do ano de fabricação, afinados com os novos tempos de exigência de economia de combustível por parte dos consumidores, o Ford HCS L4 1.0, com 999 cilindradas (gasolina); o Ford HCS L4 1.1, com 1.118 cilindradas (gasolina); o Ford HCS 1.3, com 1.297 cilindradas (gasolina); o Ford CVH 1.4, com 1.392 cilindradas (gasolina); o Ford CVH 1.6, com 1.596 cilindradas (gasolina), o então novo Ford Zetec 1.6, com 1.598 cilindradas (gasolina), o também novo Ford Zetec 1.8, com 1.796 cilindradas (gasolina),  e o Ford LT 1.8, com 1.753 cilindradas (diesel), combinados com câmbio manual de quatro velocidades ou marchas ou manual de cinco velocidades ou marchas, dependendo do modelo e do ano de fabricação, de série ou opcional.


Essa versão com motor diesel nunca esteve no Brasil.


A simplicidade foi mantida na 3ª geração, com motorização transversal compacta para melhor aproveitamento de espaço da pequena estrutura monobloco, com a introdução da injeção eletrônica a partir da década de 1990, com transmissões manuais Ford BC de quatro ou cinco velocidades ou marchas e tração dianteira, para economia de combustível e também melhor aproveitamento de espaço, suspensão dianteira McPherson convencional e suspensão traseira com eixo de torção, um pouco mais confortável em vias irregulares que a suspensão das duas gerações anteriores, embora não tão confortável quanto um típico arranjo multilink, por exemplo.


Assim como a 1ª geração e a 2ª geração, essa 3ª geração também foi um sucesso de vendas das três principais subsidiárias da marca Ford na Europa, vendida em grande quantidade, principalmente no continente europeu. Pelo menos dois modelos dessa 3ª geração da família Ford Fiesta foram comercializados no Brasil, os hatches de três e cinco portas, principalmente em razão da abertura do mercado nacional para a indústria automobilística ou automotiva estrangeira promovida pelo Governo Brasileiro no início da década de 1990.


Aqui no Brasil, o pequeno e gracioso Ford Fiesta de 3ª geração chegou em 1994, com o pequeno e eficiente motor Ford 1.3 L4 / Ford HCS 1.3, com 60 cavalos, com bloco de ferro fundido, com quatro cilindros em linha e 8 válvulas, com injeção eletrônica multiponto, com opções de 3 portas e 5 portas, com as versões mais caras equipadas com direção hidráulica, ar condicionado e ar quente, desembaçador e limpador do vidro traseiro, rádio AM/FM, ajuste de altura para dos cintos de segurança dianteiros e airbag para motorista, dentre outros itens.


Uma versão popular do Ford Fiesta, com o pequeno motor Ford Endura-E 1.0, com apenas 51 cavalos, também foi importada para o Brasil.


Na época, os principais concorrentes do Ford Fiesta de 3ª geração, aqui no Brasil, eram o Fiat Uno e o Fiat Palio, o Volkswagen Gol, o Citroen AX, o Peugeot 205, o Chevrolet Corsa e o Renault Twingo, dentre mais alguns.


No total, foram mais de 2.500.000 unidades de automóveis da 3ª geração da família Ford Fiesta fabricados na Europa, tanto para atender o mercado interno europeu quanto para exportação para outros países.


FIESTA (4ª GERAÇÃO / MK4)

Logo acima, o pequeno Ford Fiesta de quarta geração foi fabricado e comercializado no Brasil entre 1996 e 2006 e apresentava um bom conjunto de itens de segurança, conforto e desempenho, com destaque para as opções de motorização, entre elas a Ford Zetec, com injeção eletrônica, combinada com câmbio manual de cinco velocidades ou marchas, além de direção hidráulica, ar condicionado, airbag duplo e um bom nível de acabamento. Logo abaixo, o conjunto harmônico de assentos, painel e volante. Ainda hoje ele é uma opção de compra bem razoável entre modelos populares usados.

No começo da década de 1990, o Governo Brasileiro estabeleceu uma tributação diferenciada, bem mais vantajosa e branda, para modelos de automóveis com motorização menor e econômica, eram os chamados carros populares, com motores de até 1.000 cilindradas. Nessa época, as marcas Volkswagen e Fiat já fabricavam modelos de automóveis compactos no Brasil, os hatches Volkswagen Gol e Fiat Uno, portanto para essas duas marcas era mais fácil e rápido se enquadrar nesse regime diferenciado de tributação, apenas introduzindo motores menores em modelos de automóveis leves e que já eram fabricados em série e em larga escala, ambas ganhando a dianteira na disputa pelo consumidor de veículos populares.


Durante essa década de 1990, mais de 70% das vendas totais de automóveis no Brasil era dessa faixa popular, portanto as marcas Ford e Chevrolet corriam contra o tempo para tentar se enquadrar o mais rápido possível nessa tributação mais branda para veículos com motores menores e, portanto, mais econômicos.


De modo geral, iniciar a fabricação seriada de um modelo de automóvel para atender o mercado interno é uma tarefa que demanda planejamento cuidadoso; desenvolvimento (inúmeros testes do veículo a ser fabricado em série); construção, ampliação e/ou reforma de fábricas, com adaptação de linhas de produção, se for o caso; investimento em Marketing e treinamento de concessionárias. Portanto, até o início da fabricação seriada do Ford Fiesta e do Chevrolet Corsa, ambos modelos modernos e compactos, portanto leves, ambas as marcas, Ford e Chevrolet, iam “quebrando o galho” com os modelos Ford Escort Hobby (com motor 1.0, entre 1993 e 1996) e Chevrolet Chevette Junior (também com motor 1.0, em 1992 e 1993).


Em 1996 a Ford do Brasil deu início à fabricação seriada da 4ª geração do Ford Fiesta, composta por modelos ou versões hatch de entrada quase totalmente originais, de tamanho compacto, com três e cinco portas, sendo a terceira e quinta porta de acesso ao porta malas, e a fabricação em série das versões Ford Fiesta Sedan, que, como o próprio nome diz, são versões de carroceria sedan da mesma família Ford Fiesta, mas com quatro portas laterais, estes considerados por algumas publicações especializadas no Brasil, incluindo Quatro Rodas e Auto Esporte, entre as melhores opções de automóveis compactos populares com carroceria sedan da época, com uma das melhores relações custo benefício.


Esses modelos, tanto os hatches quanto os sedans, passaram a ser fabricados em série e em larga escala na fábrica da Ford do Brasil no município de São Bernardo do Campo, na Região Metropolitana de São Paulo, e vendidos em grande quantidade no mercado nacional a partir de 1996, aqui no Brasil, todos com opções movidas a gasolina, inicialmente, nos primeiros anos de fabricação, seguida de opções de motorização flex, nos anos seguintes. Para quem não mora no Brasil (este blog tem muitos leitores americanos, canadenses e europeus), o motor flex é aquele que funciona normalmente com gasolina e/ou etanol (álcool), em qualquer proporção.


Dependendo da fonte consultada, os modelos Ford Fiesta Sedan de 4ª geração, fabricados no Brasil nas décadas de 1990 e 2000, são considerados automóveis compactos de nível de entrada, ou seja, são automóveis populares. Por outro lado, se somente o entre-eixos for levado em consideração, o Ford Fiesta Sedan pode ser considerado um automóvel de tamanho médio, pois seu entre-eixos com quase 2,5 metros é bem razoável. Na prática, o que realmente importa é o entre-eixos, pois é nele que os ocupantes do veículo estarão acomodados.


Conhecido também como geração Ford Fiesta BE-91, trata-se de modelos de automóveis hatch e sedan que conservaram parte da estrutura, das motorizações, dos câmbios e dos sistemas elétrico e eletrônico do seu antecessor Ford Fiesta de 3ª geração. A plataforma Ford B foi mantida na 4ª geração, mas inúmeras mudanças e melhorias foram implementadas, incluindo novas opções de motores e câmbios, bem mais modernas e eficientes, novo acabamento interno e um número maior de itens de segurança, conforto e desempenho, incluindo airbag duplo frontal (opcional); ar condicionado (opcional) e ar quente; retrovisores externos dos dois lados; cintos de segurança de três pontos para todos os cinco ocupantes; limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro; vidros elétricos, trava central elétrica (opcional), imobilizador do motor (opcional) e alarme (opcional); e rodas de liga leve (opcional); dentre outros itens.


O Ford Fiesta e o Ford Fiesta Sedan começaram a ser produzidos em série no Brasil em 1996 como automóveis de nível básico de acabamento, ou seja, essa geração não chegou ao ponto de ser considerada premium, pois esse nicho de mercado (o nicho dos ricos, pra falar o português bem claro) já estava sendo atendido por modelos chiques, como Audi A3 e Mercedes-Benz Classe A, por exemplo. Mas apesar de não serem considerados automóveis premium, o Ford Fiesta e o Ford Fiesta Sedan de 4ª geração surpreenderam a imprensa e o mercado com um nível de acabamento mais caprichado que normalmente encontrado nos principais concorrentes.


Por se tratar de um projeto de automóvel mundial, a mesma plataforma Ford B foi usada como base para dar origem aos modelos Ford Fiesta e Ford Fiesta Sedan de 4ª geração fabricados em várias partes do mundo, inclusive na Alemanha, na Espanha, na Inglaterra, na África do Sul e na China, além, é claro, do Brasil. Os modelos Ford Fiesta e Ford Fiesta Sedan fabricados no Brasil foram exportados para países da América Latina, incluindo Argentina, Paraguai, Uruguai e México. O modelo de pickup leve Ford Courier, também fabricado no Brasil, também foi exportado.


Aqui no Brasil, foram dezenas de versões flex (gasolina e/ou etanol, em qualquer proporção) disponíveis da família Ford Fiesta, com dezenas de combinações de carrocerias, motores, câmbios e níveis de acabamento, incluindo Fiesta CLX, Fiesta GL, Fiesta GLX, Fiesta Class, Fiesta L e Fiesta Street, disponíveis com os motores Ford Endura / Kent 1.3L EFI, com 1.299 cilindradas e 60 cavalos; Ford Zetec-SE 1.4L EFI 16V, com bloco de alumínio, com 1.388 cilindradas e 90 cavalos; Ford Zetec 1.0L RoCam, com 998 cilindradas; e Ford Zetec 1.6L RoCam, com 1.596 cilindras; parte deles a gasolina e parte deles flex, com quatro cilindros em linha e injeção eletrônica multiponto de combustível.


A linha Ford Fiesta, tanto nas versões hatch como nas versões sedan, reafirmaram o compromisso da Ford de fabricar e comercializar no Brasil produtos competitivos e modernos. A simplicidade é uma virtude, a Ford soube aproveitar o gosto do consumidor brasileiro por produtos práticos e funcionais, que cumpram de forma satisfatória seu papel, sem complicações, com soluções inovadoras nos pontos que fazem sentido, nos pontos que interessam.


Outro detalhe importante: Todos os modelos Ford Fiesta de 4ª geração, que utilizam a plataforma Ford B, fabricados no Brasil nas décadas de 1990 e 2000 possuem motorização transversal. Automóveis com essa configuração são mais seguros porque em caso de acidente grave com impacto frontal o risco do bloco do motor invadir o habitáculo do carro é menor. Além disso, automóveis com motorização transversal possuem um habitáculo com melhor aproveitamento de espaço interno, para o condutor e passageiros.


Embora não fossem automóveis do nível premium, os modelos Ford Fiesta com carrocerias hatch e sedan estavam entre os mais modernos modelos de automóveis compactos nacionais, com qualidade de construção exemplar, com monoblocos mais robustos e íntegros e com menor nível de ruído interno, por exemplo. Por exemplo, a plataforma utilizada para a montagem dessa 4ª geração da família Ford Fiesta possuía um subchassi fixado junto da suspensão dianteira, para tornar a experiência dos ocupantes do veículo mais agradável, com mais suavidade e menor nível de ruído, incluindo sobre vias irregulares, comuns no Brasil.


Aqui no Brasil, os principais concorrentes do Ford Fiesta e do Ford Fiesta Sedan nas décadas de 1990 e 2000 foram o Chevrolet Celta, o Volkswagen Gol, o Chevrolet Prisma, o Fiat Mille (equivalente ao Fiat Uno de 1ª geração), o Chevrolet Corsa, Fiat Siena, Chevrolet Corsa Sedan (que, mais tarde, se tornou Chevrolet Corsa Classic), Renault Clio e Renault Clio Sedan, Peugeot 206, Fiat Palio e Renault Twingo, dentre mais alguns.


FIESTA (5ª GERAÇÃO / MK5)

Logo acima, o pequeno Ford Fiesta de quinta geração foi fabricado e comercializado no Brasil entre 2002 e 2014 e apresentava um bom conjunto de itens de segurança, conforto e desempenho, com destaque para as opções de motorização, entre elas a Ford Rocam, com injeção eletrônica, combinada com câmbio manual de cinco velocidades ou marchas, além de direção hidráulica, ar condicionado, airbag duplo e um nível de acabamento razoável. Logo abaixo, o conjunto harmônico de assentos, painel e volante. Ainda hoje ele é uma boa opção de compra, uma das melhores opções entre modelos populares usados.

A moderna 5ª geração da família Ford Fiesta, conhecida também como geração Ford BE-256 ou Ford BV-256, é composta por pelo menos quatro modelos baseados numa mesma plataforma, o hatch de três portas, sendo a terceira porta de acesso ao porta-malas, o hatch de cinco portas, sendo a quinta porta de acesso ao porta-malas, o sedan com quatro portas laterais e uma versão furgão de três portas, sendo a terceira porta de acesso ao compartimento de carga leve, mas este furgão disponível apenas em alguns mercados.


Aqui no Brasil, somente versões hatches de cinco portas e sedan de quatro portas laterais foram comercializadas, os hatches de produção nacional e o sedan de produção mexicana. Toda a produção nacional da família Ford Fiesta, aqui no Brasil, foi transferida para o estado da Bahia, na então nova fábrica da marca Ford no município de Camaçari, com um investimento gigantesco da multinacional americana.


A ainda moderna 5ª geração do Ford Fiesta é quase totalmente original, criada na Europa e desenvolvida na Europa, no Brasil, na Índia e no México, mas sempre com o aval da sede americana, com foco nos consumidores europeu, latino-americano (incluindo o brasileiro e o mexicano) e asiático (incluindo o indiano), e fabricada em larga escala na Espanha, na Alemanha, na Índia, no México e no Brasil, neste caso na então recém inaugurada fábrica da Ford do Brasil no município de Camaçari, na Bahia.


Aqui no Brasil, essa geração fez parte do projeto Ford Amazon, com um investimento gigantesco de quase US$ 2 bilhões (dólares), em valores da época, o equivalente hoje a cerca de US$ 4 bilhões (dólares), o que incluiu a construção de uma fábrica inteiramente nova no estado da Bahia, no município de Camaçari, tanto para produção do Ford Fiesta quanto para a produção do utilitário esportivo compacto Ford EcoSport, com o qual, aliás, compartilhava a mesma plataforma compacta Ford B3.


O projeto do pequeno Ford Fiesta de 5ª geração estava focado no atendimento às necessidades de consumidores de médio e baixo poder aquisitivo, principalmente para uso urbano e rodoviário intensivo, somente para transporte de pessoas. Aqui no Brasil, ele esteve disponível em várias versões, sendo as principais Fiesta Sedan 1.6 MPI 8V Flex, Fiesta Sigma 1.6 16V Flex, Fiesta Rocam 1.0 8V Flex, Fiesta Class 1.6 MPI 8V Flex, Fiesta Sedan Class 1.6 MPI 8V Flex, Fiesta Class 1.0 MPI 8V Flex, Fiesta First 1.6 MPI 8V Flex, Fiesta Rocam 1.6 8V Flex e a curiosa versão Fiesta Personnalité 1.0 MPI 8V Flex, com pequeno motor Rocam 1.0 8V, mas com um compressor mecânico, algo inédito entre os fabricantes brasileiros, com 95 cavalos, produzido em série por alguns anos.  


Com a fabricação em série iniciada em 2002 na Espanha, na Alemanha, no México, no Brasil e na Índia, trata-se de modelos de carroceria monobloco, baseada na então novíssima plataforma Ford B3, desenvolvida em conjunto pela Ford e pela Mazda, com motorização dianteira transversal e tração dianteira, todos construídos em chapas de aço, também com um confortável arranjo de suspensão dianteira McPherson, com subchassi fixado diretamente no monobloco, complementado por uma robusta suspensão traseira com eixo de torção, já não tão confortável, mas robusta o suficiente para “aguentar” as rodovias brasileiras.


Trata-se de uma geração quase totalmente nova em relação à geração anterior, inclusive com a então nova plataforma Ford B3, com entre-eixos um pouquinho melhorado, com quase 2,5 metros, e novas opções de motores e câmbios, mais compactos, mais leves, mais modernos e mais econômicos, inclusive com opções de motores a diesel, embora a versão com motor a diesel nunca tenha sido comercializada no Brasil.


Aqui no Brasil, foram pelo menos duas opções de motores flex (gasolina e/ou etanol, em qualquer proporção) disponíveis para a 5ª geração,  ambas com a tecnologia RoCam ou Rocam (também conhecida como tecnologia Duratec e Sigma), uma tecnologia desenvolvida pela Ford, pela Mazda e pela Yamaha, uma com 1.600 cilindradas, de cerca de 100 cavalos, e outra com 1.000 cilindradas, de cerca de 70 cavalos, ambas SOHC de 8 válvulas, ambas com quatro cilindros em linha, bloco de ferro fundido e cabeçote de alumínio, comando de válvulas no cabeçote, acionado por corrente, ambos combinados com câmbio manual de cinco velocidades ou marchas, como item de série, ou câmbio automático de quatro velocidades, disponível como opcional.


Aqui no Brasil, nas décadas de 2000 e 2010, os principais concorrentes do ainda moderno Ford Fiesta de 5ª geração foram o Volkswagen Polo, o Chevrolet Corsa, o Novo Fiat Uno, o Chevrolet Corsa Classic (conhecido posteriormente como Chevrolet Classic), o Fiat Mille (conhecido anteriormente como Fiat Uno), o Chevrolet Onix, o Fiat Palio e o Fiat Punto, o Chevrolet Prisma, o Renault Clio, o Renault Clio Sedan e o Renault Logan, o Citroen C3, o Hyundai HB20 e o Hyundai HB20 Sedan, o Toyota Etios e o Toyota Etios Sedan, o Fiat Siena e o Fiat Grand Siena, o Peugeot 206 e o Chevrolet Onix Sedan, dentre outros.


Mesmo após o lançamento no Brasil da 6ª geração da família Ford Fiesta, em 2012, essa 5ª geração do Ford Fiesta continuou sendo vendida no Brasil por mais alguns, até 2014, disponível nas concessionárias da marca Ford, lado a lado com a 6ª geração.


Essa 5ª geração da família Ford Fiesta também foi fabricada na Alemanha, na Espanha, na Venezuela, no México e na Índia, tanto para atender esses mercados internos quanto para exportação.


FIESTA (6ª GERAÇÃO / MK6)

Logo acima, o pequeno e bonito Ford Fiesta de sexta geração foi fabricado e comercializado no Brasil entre 2012 e 2019 e apresentava um bom conjunto de itens de segurança, conforto e desempenho, com boas opções de motorização, entre elas a Duratec e Sigma, com injeção eletrônica, combinada com câmbio manual de cinco velocidades ou marchas, além de direção hidráulica, ar condicionado, freios ABS e airbag duplo e um bom nível de acabamento nas versões intermediárias e top de linha. Recomenda-se cuidado durante a compra das versões com câmbio automático de dupla embreagem. Logo abaixo, o conjunto harmônico de assentos, painel e volante, muito bonito e levemente ousado. Ainda hoje ele é uma opção razoável de compra.

Os modelos Ford Fiesta de 5ª geração foram bem vendidos no Brasil nas décadas de 2000 e 2010, o suficiente para que a Ford do Brasil desse continuidade ao projeto, levando-o para a 6ª geração, em 2012, embora tenha feito a opção de importar do México a versão sedan da 6ª geração da família Ford Fiesta, por uma razão de economia de escala. Aqui no Brasil, a fabricação em série da família Ford Fiesta voltou para a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo nessa 6ª geração.


O carrinho da Ford passou a se chamar Ford New Fiesta, com novo design da carroceria, bem mais ousado e bem mais bonito, dentro do chamado conceito Kinetic, patenteado pela Ford, o fruto da inspiração dos projetistas Stefam Lamm e Martin Smith, ambos europeus, uma das mais belas opções de automóveis compactos populares da época. O projeto da família Ford Fiesta de 6ª geração foi criado na Alemanha e na Inglaterra, por uma equipe de designers da própria marca Ford, mas com o desenvolvimento estendido para outras unidades da multinacional americana, incluindo a Ford do Brasil, pois havia necessidade de adaptar o carro para as rudes vias brasileiras.


Assim, a partir de 2010, no exterior, e a partir de 2012, no Brasil, a marca Ford passou a fabricar e comercializar uma boa opção entre automóveis compactos disponíveis no mercado mundial, a família Ford Fiesta de 6ª geração, com a adoção de um elegante design de linhas harmônicas e levemente ousadas, levemente vincadas, para dar um leve toque de esportividade, com um envolvente conjunto de para-choques, dianteiro e traseiro, com faróis e lanternas bonitos e um bonito conjunto de assentos dianteiros e traseiro, com linhas harmônicas, perfeitamente combinados com o painel e o volante, também com linhas elegantes. Na prática, uma “aula de bom gosto” para os demais fabricantes de automóveis brasileiros da atualidade.


Conhecida também como geração Ford B299 / Ford B409, os designers e engenheiros das principais subsidiárias da Ford Motor Company no continente europeu, a Ford Alemanha, a Ford Inglaterra e a Ford Espanha, acertaram em cheio no desenho do Ford New Fiesta, tanto as versões hatch quanto as versões sedan, tudo bem proporcional e equilibrado, com o cofre compacto do motor em formato de cunha, com espaço suficiente para incluir ali os pequenos e modernos motores Duratec, Ecoboost e Sigma, dentro do conceito downsizing, com três ou quatro cilindros, dependendo de cada caso.


O comprimento da carroceria aumentou um pouquinho em relação à geração anterior, de 3,9 metros (hatch) e 4,2 metros (sedan) para 4 metros (hatch) e 4,4 metros (sedan), respectivamente, mas mantendo a distância entre-eixos da geração anterior, em 2,5 metros, o que não é pouco, na verdade, em se tratando de um hatch e um sedan compactos. “Poderia ter aumentado o entre-eixos?” Sim, poderia. Mas lembre-se do peso, com suas consequências diretas sobre o consumo de combustível e performance no dia a dia de uso. Além disso, se o entre-eixos aumentasse mais ainda a família Ford Fiesta passaria a concorrer com outras famílias da própria Ford, “canibalizando” o portfólio da própria marca, principalmente a família Ford Focus.


E já que estamos falando sobre consumo de combustível, a fabricante Ford Motor Company também entrou de vez na “onda” do “downsizing”, com melhorias nos números de desempenho e consumo de combustível. “Mas o que é esse tal de downsizing?” Eu explico: É uma nova filosofia de motorização adotada pela grande maioria das grandes fabricantes de automóveis nos anos mais recentes, baseada na diminuição da cilindrada (tamanho) dos motores, combinada com a implementação de sistemas de turboalimentação mais eficientes, de modo a aumentar o rendimento em geral dos motores, com mais potência e torque, combinados com menor consumo de combustível e emissão de poluentes.


Pelo menos três opções de motores flex e uma opção de motor a gasolina foram colocadas à disposição do consumidor brasileiro, incluindo a Ford Ecoboost 1.0 L3 (turbo), o pequenino do grupo, a gasolina, com três cilindros em linha e apenas 1.000 cilindradas; os motores intermediários Ford Sigma 1.5 L4 Flex, aspirado, com quatro cilindros em linha, 16 válvulas, correia dentada, duplo comando de válvulas e 1.500 cilindradas, 107 cavalos de potência e 14 kgfm de torque, e Ford Sigma 1.6 L4 Flex, aspirado, com quatro cilindros em linha, 16 válvulas, correia dentada, duplo comando de válvulas e 1.600 cilindradas, 125 cavalos e 15 kgfm; e o motor top de linha Ford Ecoboost 1.6 L4 (turbo), com quatro cilindros em linha, 16 válvulas e 1.600 cilindradas;


Essas opções de motores estiveram combinadas com pelo menos duas opções de transmissão ou câmbio, sendo uma automática, a Ford Powershift DPS6, de dupla embreagem, a seco, com 6 velocidades ou marchas; e a Ford IB5 manual, com cinco velocidades. Na hora da compra, o consumidor deve estar atento ao estado de conservação da transmissão de dupla embreagem, se possível solicitando da revenda de veículos um laudo ou vistoria antes da compra, comprovando o seu estado de conservação. Se o laudo ou vistoria não estiver disponível, logo após a compra o comprador deve levar o veículo ao seu mecânico de confiança ou a uma concessionária da marca Ford para solicitar uma revisão completa desse câmbio automático, uma precaução.


A Ford do Brasil estendeu a garantia do câmbio automático de dupla embregem Ford Powershift DPS6 das versões da 6ª geração da família Ford Fiesta para até 10 anos ou 240.000 quilômetros, o que vencer primeiro, o que reflete a seriedade da empresa e o respeito pelos seus clientes. Isso significa que uma parte das unidades comercializadas no Brasil na década de 2010 ainda está coberta pela garantia. Após 2016, esse câmbio automático passou por modificações para torná-lo mais robusto, menos frágil. Mesmo assim, recomenda-se atenção durante a compra.


Esse câmbio não aguenta “desaforos”: Dirija normalmente, com moderação, dentro do perfil familiar de uso diário, sem exageros... Recomenda-se uma revisão geral desse câmbio automático a cada 50.000 quilômetros, com higienização completa e troca dos atuadores elétricos (garfo A e garfo B) e/ou elemento de fricção; troca (se necessária) do módulo de transmissão, que pode ser afetado pela bateria já fraca; troca do retentor interno (que isola a parte interna da transmissão, contra vazamentos) e das arruelas internas e, talvez, em casos extremos, troca dos sensores de rotação (principalmente as arruelas) e a troca de todo o kit de embreagem...


Foram pelo menos 10 versões da família Ford Fiesta de 6ª geração disponíveis no Brasil, entre 2012 e 2018, a Ford Fiesta SEL Ti-Vct 1.6 Flex (top de linha), a Ford Fiesta Titanium 1.6 16V Flex (top de linha), a Ford Fiesta SEL 1.6 16V Flex (top de linha), a Ford Fiesta Titanium Ti-Vct Flex (top de linha), a Ford Fiesta Sedan SEL 1.6 16V Flex (top de linha), a Ford Fiesta Sedan SE 1.6 16V Flex (intermediária), a Ford Fiesta SE 1.6 16V Flex (intermediária), a Ford Fiesta SE 1.5 16V Flex (intermediária), a Ford Fiesta S 1.5 16V Flex (básica ou de entrada) e a Ford Fiesta SEL 1.0 Ecoboost Gasolina (intermediária), sendo as versões Ford Fiesta SEL 1.6 16V Flex e Ford Fiesta SE 1.6 16V Flex as mais vendidas.


A versão Ford Fiesta SEL 1.6 16V Flex, por exemplo, apresenta um conjunto equilibrado. Ela não chega a ser premium, mas apresenta uma boa variedade de itens de conforto, segurança e desempenho, com 2,5 metros de entre-eixos, com espaço satisfatório para dois adultos e uma criança no assento traseiro, airbags frontais; porta-malas de 280 litros; bancos dianteiros com regulagem de altura; conexão USB para carregamento de celulares; volante multifuncional, com regulagem de altura; computador de bordo; ar condicionado e ar quente; direção hidráulica; vidros elétricos, trava central elétrica e alarme; rodas de liga leve; freios dianteiros a discos e freios traseiros a tambores, com ABS; limpador e lavador do vidro traseiro, com desembaçador; sensores de estacionamento; e faróis halógenos. Ele consegue acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 12 segundos. Em condução moderada, o veículo consegue percorrer até 10 quilômetros na cidade e 13 quilômetros na rodovia.


Essa geração da família Ford Fiesta foi projetada desde o início com suspensão independente McPherson na dianteira, com braços triangulares, molas helicoidais e amortecedores e eixo de torção na traseira, ambas combinadas com freios a discos ventilados na dianteira e tambores na traseira.


A família Ford Fiesta de 6ª geração está entre os automóveis compactos mais seguros do mundo. Graças, pelo menos em parte, à nova plataforma Ford B3 ele alcançou a nota cinco estrelas no teste de colisões frontal e lateral do Euro NCAP, um programa de avaliação de automóveis fabricados e comercializados na Europa, apoiado pelos governos que formam a União Europeia.


Os principais concorrentes da 6ª geração do Ford Fiesta, durante a década de 2010, foram o hatch Volkswagen Polo e seu irmão Volkswagen Virtus, que é o modelo com carroceria sedan da família Volkswagen Polo; os então novíssimos Fiat Argo e Fiat Cronos; o bonitinho Peugeot 208; o Hyundai HB20 e Hyundai HB20 Sedan; o Toyota Yaris e Toyota Yaris Sedan; o Chevrolet Onix e Chevrolet Onix Plus; o Citroen C3; e o Honda Fit; dentre mais alguns.


Essa 6ª geração da família Ford Fiesta também foi fabricada na Alemanha, na Espanha, na Venezuela, no México, na China, na Índia, na Tailândia, no Vietnã, na Venezuela e na Rússia, tanto para atender esses mercados internos quanto para exportação.


MERCADO

Todas as sete gerações da família Ford Fiesta foram bem sucedidas em várias partes do mundo, principalmente na Europa, na Ásia e na América Latina, incluindo o Brasil, com mais de 22.000.000 de unidades fabricadas, somando todas as gerações fabricadas. A 1ª geração, a 2ª geração e a 7ª geração da família Ford Fiesta não foram comercializadas no Brasil.


A família Ford Fiesta está entre as 10 famílias mais vendidas de toda a história da indústria automobilística ou automotiva mundial:


FAMÍLIAS MAIS VENDIDAS DA HISTÓRIA DA INDÚSTRIA AUTOMOTIVA

POSIÇÃO

FAMÍLIA

QUANTIDADE

Toyota Corolla, desde 1966

+ de 50 milhões

Ford F-150, desde 1947

+ de 40 milhões

Volkswagen Golf, desde 1974

+ de 36 milhões

Volkswagen Passat, desde 1973

+ de 31 milhões

Honda Civic, desde 1972

+ de 27 milhões

Volkswagen Fusca, de 1938 até 2019

+ de 23 milhões

Ford Fiesta, de 1976 até 2019

+ de 22 milhões

Toyota Hilux, desde 1968

+ de 19 milhões

Lada Riva / Lada Laika, desde 1970

+ de 19 milhões

10ª

Ford Escort, de 1968 até 2003

+ de 18 milhões

11ª

Volkswagen Polo, desde 1975

+ de 18 milhões

12ª

Honda Accord, desde 1976

+ de 17 milhões

13ª

BMW Série 3, desde 1975

+ de 16 milhões

14ª

Chevrolet Impala, de 1957 até 2020

+ de 16 milhões

15ª

Ford Focus, desde 1998

+ de 16 milhões

16ª

Renault Clio, desde 1990

+ de 15 milhões

17ª

Chrysler Minivan, desde 1983

+ de 15 milhões

18ª

Ford T, de 1908 até 1927

+ de 15 milhões

19ª

Opel Corsa / Chevrolet Corsa, desde 1982

+ de 14 milhões

20ª

Oldsmobile Cutlass, de 1960 até 1999

+ de 11 milhões

21ª

Opel Astra / Chevrolet Astra, desde 1991

+ de 11 milhões

22ª

Mazda Familia / Mazda 323, de 1963 até 2003

+ de 11 milhões

23ª

Mercedes-Benz Classe C, desde 1993

+ de 11 milhões

24ª

Toyota Camry, desde 1979

+ de 11 milhões

25ª

Ford Mustang, desde 1964

+ de 10 milhões


Observação: Os números citados no quadro acima podem não estar absolutamente precisos, eles variam de acordo com a fonte consultada, por algumas razões. Por exemplo, algumas publicações levam em consideração as unidades de automóveis fabricadas sob licença ou de produção terceirizada, mesmo que com outros nomes e comercializadas sob outras marcas.


A partir da década de 2020, a década atual, a Ford do Brasil passou a ser apenas uma importadora de veículos, encerrando toda a sua produção de automóveis no Brasil. Segundo a própria empresa, ela estava com prejuízos diários com as linhas de produção em território nacional, portanto foi necessário encerrá-las. A partir de então somente automóveis do tipo utilitários esportivos, picapes, comerciais leves, vans e esportivos de alto luxo são comercializados no Brasil, importados principalmente do México, da Argentina, da China, do Uruguai e dos Estados Unidos.


Nas décadas de 1990, 2000 e 2010, a família Ford Fiesta foi uma das principais responsáveis por manter a Ford do Brasil numa posição confortável entre as 5 maiores fabricantes de automóveis do país. Atualmente, a empresa americana realiza estudos de mercado e negociações de parceira com a gigante alemã Volkswagen A.G. no sentido de trazer de volta o nome Fiesta, mas desta vez como um veículo compacto totalmente elétrico, compartilhando a mesma plataforma.


ONDE COMPRAR


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ford_Fiesta
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Fiesta
  • Ford (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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