BLADE RUNNER – O CAÇADOR DE ANDRÓIDES (FILME)

BLADE RUNNER – O CAÇADOR DE ANDRÓIDES (NO BRASIL)
BLADE RUNNER – PERIGO IMINENTE (EM PORTUGAL)
BLADE RUNNER – EL CAZADOR IMPLACABLE (NA VENEZUELA)
BLADE RUNNER (NOS ESTADOS UNIDOS)
DER BLADE RUNNER (NA ALEMANHA)
BLADE RUNNER (AMÉRICA LATINA E ESPANHA)


INTRODUÇÃO

Blade Runner – O Caçador de Andróides é um clássico filme do gênero ficção científica e drama, um longa metragem escrito, produzido e filmado em definição padrão nos Estados Unidos, no fim da década de 1970 e início da década de 1980, concluído em 1982 e com lançamento em cinemas americanos, europeus e brasileiros no mesmo ano, dirigido pelo britânico Ridley Scott e tendo como ator principal ou protagonista o americano Harrison Ford, como o policial Rick Deckard, além da icônica participação do ator coadjuvante holandês Rutger Hauer, já falecido, interpretando o vilão bioandróide ou replicante Roy Batty, um dos personagens coadjuvantes e/ou antagonistas de cinema mais marcantes da década de 1980.


O filme contou com a atuação de vários atores e atrizes de primeira linha, desempenhando papéis coadjuvantes e/ou antagonistas, dentre eles e elas o mexicano e americano Edward James Olmos, como o policial Gaff, encarregado de acompanhar os “trabalhos” de Deckard e relatá-los ao delegado; a belíssima americana Sean Young, como a atraente, sensível e refinada bioandróide ou replicante Rachael, a inofensiva amante de Deckard; o americano Michael Walsh, como o “pragmático” delegado de polícia Bryant, o principal responsável pelo “trabalho” de “aposentar” os bioandróides ou replicantes que “saem de controle”; a bela americana Daryl Hannah, como a perigosa bioandróide Pris, uma prostituta; o americano William Sanderson, como o ingênuo bioengenheiro Sebastian, um dos envolvidos no trabalho de criação e produção dos bioandróides, mas neste caso um “prestador de serviços terceirizados”; o americano Joseph Turkel, como o magnata inescrupuloso Eldon Tyrell, o proprietário da “fábrica” de bioandróides ou replicantes; o americano Brion James, como Leon, um bioandróide perigoso; e a americana Joanna Cassidy, como a belíssima, porém também perigosa, Zhora, também uma bioandróide; dentre outros.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Blade Runner – O Caçador de Andróides, cujo título original, em inglês, é Blade Runner (pronuncia-se Blêd Rãnâr), é um clássico filme americano de ficção científica da década de 1980, dirigido pelo britânico Ridley Scott, cujo roteiro foi escrito e reescrito pelo menos três vezes por Hampton Fancher, Robert Jaffe e David Peoples, até chegar à versão final aprovada por Ridley Scott, pelo escritor Philip Dick e pela própria Warner Brothers, o estúdio de cinema responsável pela distribuição do filme.


Esse roteiro foi baseado no livro de ficção científica Do Androids Dream of Electric Sheep?, do escritor americano Philip Dick, lançado em 1968 pela editora Doubleday, e, assim como o filme, aborda inúmeros temas ou questões filosóficos, sociológicos, psicológicos, políticos, religiosos, sociais e comportamentais ou sentimentais.


O filme é estrelado pelo já conhecido ator principal Harrison Ford, o icônico interprete do policial Rick Deckard, mas conta com uma participação muito especial, o ator coadjuvante Rutger Hauer, já falecido, interpretando o vilão Roy Batty, um dos mais marcantes vilões da história do cinema mundial, um típico “macho alfa” do cinema, porém, neste caso específico, o “líder” de um bando de rebeldes perigosos, um sujeito bioandróide ou replicante, criado artificialmente, por meio de engenharia genética, porém de comportamento equivalente ao de um humano psicopata, embora, neste caso específico, sofisticado, ousado e inteligente.


O filme conta uma história em que, no futuro, cientistas e grandes corporações privadas, apoiados pelos principais governos mundiais, buscam novas formas de garantir a sobrevivência da espécie humana, principalmente em caso de catástrofes naturais e artificiais que, eventualmente e/ou inevitavelmente, ocorram no planeta Terra, criando, literalmente, seres bioandróides ou replicantes para executar “missões exploratórias” em outros planetas de vida exuberante, com água, terra e vegetais, inclusive, já tendo em vista a provável ou possível necessidade da humanidade abandonar o planeta Terra, já em processo de decadência, poluída, devastada pela exploração predatória de seus recursos naturais e já quase sem condições de abrigar vida vegetal e animal.


Trata-se de um dos mais emblemáticos e impressionantes filmes da década de 1980, um dos mais elogiados pela crítica mundial e bem aceito pelo público, considerado um cult do cinema, inclusive, com um orçamento de US$ 15 milhões, em valores da época, e uma boa arrecadação de US$ 41 milhões, em valores atuais, incluindo a arrecadação nos primeiros anos de exibição no cinema e em licenciamentos posteriores para TV aberta, TV paga, mídias físicas e streaming.


O filme foi levado massivamente para as telas de TV aberta e TV paga, disponibilizado em mídias físicas, como VHS, DVD e Blu-ray, anos depois, e disponibilizado, nos anos mais recentes, pelas plataformas de streaming.


De modo geral, de forma resumida, a produção e o roteiro do filme Blade Runner – O Caçador de Andróides se inspirou, pelo menos em parte, em outros clássicos e/ou cults do cinema mundial, como, por exemplo, o alemão Metrópolis, de 1927; o americano Frankenstein, de 1931; e o americano 2001 – Uma Odisseia no Espaço; nos quais aborda-se a “mania” do ser humano em imitar a Deus, criando seres orgânicos a sua própria imagem e semelhança ou máquinas equivalentes, mas depois se arrependendo de tê-los criado, e, ironicamente, em alguns casos, sendo até vítima de suas criaturas e máquinas.


No mesmo ano, nos anos seguintes e nas décadas seguintes, outros filmes de alta qualidade voltaram a abordar o mesmo tema, a “obsessão” do ser humano em criar outros seres orgânicos ou máquinas equivalentes ou semelhantes a ele mesmo, como se fosse Deus ou algo parecido, dentre eles Tron – Uma Odisséia Eletrônica, de 1982; Jornada nas Estrelas – A Ira de Khan, também de 1982; O Exterminador do Futuro, de 1984; Matrix, de 1999; Eu Robô, de 2004; Ex-Maquina – Instinto Artificial, de 2015; e I Am Your Mother, de 2020; dentre outros.


Parte dos efeitos especiais do filme Blade Runner – O Caçador de Andróides foi terceirizada, principalmente para a Sony Imageworks, o que resultou na alta qualidade e na sofisticação de algumas cenas, considerando os padrões da época, é claro, considerados entre os melhores efeitos especiais da década de 1980 e que até hoje impressionam pelo realismo.


O filme foi recebido, na época e nas décadas seguintes, com avaliações positivas da crítica internacional. O site agregador de resenhas Rotten Tomatoes relatou que 89% das 104 críticas do filme, encontradas na grande mídia, foram positivas. Mais recentemente, uma enquete simples entre usuários do buscador Google, aqui no Brasil, apontou uma aprovação próxima de 86% dos espectadores do filme.


ROTEIRO

No futuro, o planeta Terra está prestes a sofrer uma catástrofe ambiental, causada principalmente pela exploração predatória dos seus recursos naturais pelo próprio ser humano, o que impossibilitaria ou dificultaria muito a existência de vida humana como a conhecemos hoje. Dentre as soluções encontradas para esse problema está a exploração espacial, principalmente para encontrar outros planetas capazes de abrigar vida humana, com condições naturais equivalentes ao planeta Terra, com ar respirável, água, terra agricultável e minerais.


Mas há um problema: Inicialmente, o ambiente fora do planeta Terra é inóspito, o trabalho exploratório de encontrar outros planetas capazes de abrigar a humanidade é difícil e arriscado, é perigoso. Além disso é necessário criar as condições prévias, infraestrutura, principalmente, para receber os primeiros seres humanos nos planetas a serem colonizados, um trabalho árduo, difícil, muito perigoso, que demanda seres inteligentes e de grande força e resistência física, capazes de suportar a pressão psicológica e o alto risco de morte por acidentes e insalubridade ambiental durante as missões exploratórias e durante os trabalhos prévios de implantação de infraestrutura.


Em razão disso, grandes corporações multinacionais, como a Tyrell Corporation, por exemplo, recebem autorização dos governos mundiais para produzir, literalmente, em larga escala, seres orgânicos escravos quase idênticos aos seres humanos, mas com algumas características muito específicas, como, por exemplo, corpos mais fortes e resistentes que os corpos humanos, justamente para suportar as duras condições de vida em outros planetas, em ambiente insalubre e arriscado.


O problema começa quando os cientistas, investidores e executivos dessas corporações chegam à conclusão que, para desempenhar de forma adequada esse trabalho, é necessário criar seres praticamente sem emoções, sem sentimentos, sem medo, principalmente, pois o risco de morte por acidentes e insalubridade é constante durante essas missões exploratórias e de implantação de infraestrutura.


Exatamente aqui entra uma questão moral e ética, criar seres escravos equivalentes aos seres humanos, porém sem emoções, sem sentimentos, e, portanto, sem medo, é como se fosse criar humanos psicopatas, é uma tragédia anunciada, um desastre anunciado, quando a gente já imagina claramente o que vai acontecer lá na frente... Para quem não sabe, uma dose moderada de medo é comum e até normal em seres humanos, somente psicopatas não têm medo de nada...


Não deu outra...


No ano 2019, a empresa de “fabricação” de bioandróides ou replicantes Tyrell Corporation, uma das principais fabricantes de bioandróides do mundo, informa ao serviço de segurança pública que “perdeu o contato” com um grupo de escravos “fabricados” por ela e que, provavelmente, esse grupo tenha voltado ao planeta Terra para tentar “reverter ou desativar” um dispositivo orgânico de segurança que limita a “vida útil” de si mesmos, em quatro anos, implantado pela própria fabricante no momento da “fabricação”, uma “camada extra” de segurança, como uma forma antecipada de reduzir o risco de rebeliões futuras desses seres...


Não está claro se algum dos trechos do roteiro do filme Blade Runner – O Caçador de Andróides teve alguma inspiração, em maior ou menor medida, na Bíblia, mas, coincidentemente ou não, há pelo menos um aspecto semelhante. Em Genesis, no capítulo 6, há um versículo que diz assim: Então disse o Senhor: Por causa da perversidade (maldade) do homem (ser humano), Eu não farei contenda (discórdia) contra ele para sempre, em vez disso limitarei sua vida em 120 anos.


O editor deste blog optou por não fazer revelações ou dar muitos detalhes sobre o roteiro. O texto do post traz apenas um breve resumo, muito sucinto, sobre os 30 minutos iniciais do filme, o suficiente para o leitor tomar a decisão de assisti-lo ou não.


OPINIÃO DO BLOG

Há quem diga que os melhores filmes são aqueles que tratam de maneira responsável os assuntos sérios, outros afirmam que os melhores filmes são aqueles cujos roteiros se inspiram em bons livros e outros dizem que os melhores filmes são aqueles baseados em fatos reais. Além disso, há aqueles que dizem que uma boa comédia é aquela que ridiculariza os vícios, ilusões, fraquezas morais e falhas de caráter da humanidade e, portanto, contribuem, de uma forma ou de outra, para a reflexão da própria humanidade sobre seu comportamento. São, portanto, filmes construtivos, embora sejam apenas comédias, sem grandes pretensões intelectuais.


No caso específico do filme Blade Runner – O Caçador de Andróides, trata-se de ficção científica de altíssima qualidade, com roteiro sofisticado, escrito por pelo menos dois craques do cinema, Hampton Fancher e David Peoples, que aborda com responsabilidade e seriedade o tema da vida na Terra e uma eventual necessidade de evacuação, em decorrência de superpopulação e/ou desastres naturais ou artificiais, o aquecimento global, por exemplo, por sua vez um fenômeno climático que já é uma realidade aqui no planeta em que vivemos. Portanto, há verossimilhança no filme, o que é um pré-requisito para ser classificado como um filme com roteiro acima da média, acima dos filmes comuns, portanto digno de ser visto pelos olhos mais exigentes e atentos a detalhes.


Na verdade, o filme não faz uma crítica social direta, explícita e contundente sobre o aquecimento global e a energia nuclear, por exemplo, mas aborda seus riscos de forma implícita e subentendida, sem o ativismo político e social mais comum, mais explícito e popular.


Os atores e atrizes são de primeira linha; o roteiro é ótimo; a trilha sonora, do icônico músico grego Vangelis, já falecido, é ótima, recomenda pelo blog, inclusive; os efeitos especiais são muito bons, considerando os padrões da época, é claro; e a direção é muito boa. O filme tem verossimilhança no roteiro, principalmente nos detalhes de aspecto científico, e, no geral, apresenta um tema válido, a necessidade de sobrevivência da humanidade fora do planeta Terra, caso algo dê errado aqui.


O filme teve algumas versões. As primeiras versões tinham aproximadamente 112 minutos, com uma voz de monólogo de Harrison Ford ao fundo, em algumas cenas. Posteriormente, o filme foi restaurado e remasterizado para ser comercializado por meio de DVD e Blu-ray, com adição de algumas cenas, totalizando aproximadamente 117 minutos. Esta última versão, chamada Versão Final do Diretor, é, sem dúvida, a melhor.


Não há dúvida, Blade Runner – O Caçador de Andróides, de 1982, é uma obra prima, ele é recomendado pelo blog e é considerado indispensável para quem quer entender de cinema. O filme teve uma continuação ou sequência, Blade Runner – 2049, de 2017, dirigido pelo canadense Denis Villeneuve, com Ryan Gosling e Harrison Ford nos papéis principais, também um ótimo filme, também recomendado pelo blog.


FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

  • Origem: Estados Unidos;
  • Duração: 117 minutos (DVD);
  • Gênero: Ficção científica, drama e suspense;
  • Vídeo: SD e HD em cores (DVD e Blu-ray);
  • Áudio: Estéreo e Dolby (DVD e Blu-ray);
  • Mídias disponíveis: TV’s aberta e paga, DVD, Blu-ray e streaming;
  • Formato: Cinema (16X9 - Widescreen em DVD);
  • Roteiro: Hampton Fancher e David Peoples;
  • Direção: Ridley Scott;
  • Produção: Michael Deeley (Ladd Company e Shawn Brothers) ;
  • Distribuição: Warner Brothers (cinema, TV’s aberta e paga, mídias físicas e streaming);
  • Elenco: Harrison Ford, Rutger Hauer, Edward James Olmos, Sean Young, Michael Walsh, Daryl Hannah, William Sanderson, Joseph Turkel, Brion James e Joanna Cassidy, dentre outros.
  • Trilha sonora: Vangelis (New American Orchestra);
  • Fotografia: Jordan Cronenweth;
  • Efeitos especiais: Douglas Trumbull;
  • Restauração: Charles de Lauzirika;
  • Idioma principal: Inglês, com dublagem para português;
  • Orçamento: US$ 15 milhões (valores da época);
  • Receita bruta total: US$ 41 milhões (até o momento);
  • Opinião do blog: Ótimo; 


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LOS ANGELES (2019)


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REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Blade_Runner
  • Warner (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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