RENAULT LAGUNA

RENAULT LAGUNA (FASTBACK)
RENAULT LAGUNA NEVADA (PERUA)
RENAULT LAGUNA TOURER (PERUA)
RENAULT LAGUNA GRANDTOUR (PERUA)
RENAULT LAGUNA 2.0 16V RXE (NO BRASIL)
RENAULT LAGUNA V6 PRIVILÈGE (NO BRASIL)
RENAULT LAGUNA 2.0 16V RT (NO BRASIL)
RENAULT LAGUNA COUPÉ (3ª GERAÇÃO)


INTRODUÇÃO

Logo acima, as linhas externas de design elegante, fluido e atraente da primeira geração do Renault Laguna, um dos principais produtos da Renault na década de 1990, comercializado no Brasil inclusive. A beleza, o conforto, a segurança, a sofisticação e o acabamento refinado estavam entre suas principais características. Logo abaixo, as linhas harmônicas e agradáveis do painel, do volante e dos assentos do veículo, com acabamento caprichado, em tecidos finos ou couro, dependendo da versão.

O moderno Renault Laguna é um sofisticado automóvel fastback de luxo de tamanho médio, projetado, desenvolvido e fabricado em série e em larga escala na França, a partir da década de 1990, pela multinacional francesa Renault S.A., com capacidade para transportar confortavelmente cinco pessoas, incluindo o motorista, cujas versões de 1ª geração e de 2ª geração, com motores aspirados a gasolina, foram importadas para o Brasil nas décadas de 1990 e 2000.


Ele foi fabricado em três gerações, inclusive na África do Sul, no Paquistão e na Malásia, tornando-se um sucesso de vendas em várias mercados, com mais de 2.860.000 de unidades fabricadas, porém aqui no Brasil somente as duas primeiras gerações foram importadas.


Aqui no Brasil, os principais concorrentes da 1ª geração e da 2ª geração do Renault Laguna, nas décadas 1990 e 2000, foram os sedans médios de luxo Chrysler Stratus, Volvo 960 e Volvo 850, Mercedes C-180 e Mercedes C-230, Audi A6 e Audi A4, BMW 328 e BMW 325, Mitsubishi Galant, Volkswagen Passat, Alfa Romeo 164, Nissan Maxima, Chevrolet Omega, Subaru Legacy, Ford Taurus e Ford Mondeo, Peugeot 406, Citroen C5, Toyota Camry, Citroen Xantia, Kia Clarus e Honda Accord.


O fastback de alto luxo Citroen XM também estava disponível, na época, no mercado brasileiro.


ALIANÇA RENAULT NISSAN

A Renault S.A. é uma grande e tradicional fabricante francesa de automóveis, comerciais leves, pickups e vans. Em 2017, por exemplo, a Renault S.A. foi uma das maiores fabricantes de veículos do mundo, com mais de 3,7 milhões de unidades fabricadas, incluindo os números de produção e vendas de todas as suas subsidiárias com a mesma marca. Já a Aliança Renault Nissan Mitsubishi foi a terceira maior fabricante de automóveis do mundo, com mais de 10,6 milhões de veículos fabricados em 2017, considerando os números das fabricantes de automóveis Renault, Nissan e Mitsubishi, estas duas do Japão, ressaltando que a fabricante de automóveis Mitsubishi passou a fazer parte dessa aliança alguns anos atrás.


A multinacional francesa Renault S.A. foi fundada em 1899 pelo industrial francês Louis Renault. Ela foi uma das primeiras fabricantes de automóveis do mundo. A subsidiária brasileira da Renault S.A. é a Renault do Brasil, com cerca de 265.000 veículos fabricados em 2017, sendo que cerca de 1/3 (um terço) da produção é exportada para vários países, dentre eles a Argentina e a Colômbia.


Aqui no Brasil, a então Aliança Renault Nissan investiu cerca de US$ 1,8 bilhão em 2011, em valores da época, para construção e/ou ampliação e reformas de suas fábricas e demais instalações, incluindo a fábrica localizada em Resende, no interior do estado do Rio de Janeiro, e a fábrica localizada em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, resultando em uma capacidade total combinada das suas instalações no Brasil em até 580.000 veículos por ano.


Com o recuo recente da Ford do Brasil no mercado nacional, é provável que a Aliança Renault Nissan Mitsubishi assuma a 4ª posição entre os maiores fabricantes e vendedores de automóveis de passeio no Brasil.


Por razões óbvias, a aliança Renault Nissan Mitsubishi anunciou recentemente que está abandonando o mercado russo de automóveis, pickups e comerciais leves.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, a dianteira da segunda geração do automóvel médio de luxo Renault Laguna, mais uma vez com carroceria do tipo fastback, fabricado em série e em larga escala na França na década de 2000 e importado para o Brasil, por meio de importação oficial. Logo abaixo, o painel, o volante e os assentos dessa segunda geração, com acabamento caprichado e alta tecnologia embarcada, com espaço suficiente para até cinco adultos.

O moderno Renault Laguna é um automóvel fastback de luxo de tamanho médio, com carroceria de construção monobloco de aço galvanizado e quatro portas laterais, com motorização dianteira aspirada e tração dianteira, projetado, desenvolvido e fabricado na França, a partir da década de 1990, pela multinacional francesa Renault S.A. e comercializado em vários países, desenvolvidos e emergentes, com capacidade para transportar confortavelmente cinco pessoas, incluindo o motorista, cujas versões aspiradas a gasolina foram importadas para o Brasil por meio de importação oficial da própria fabricante Renault do Brasil e vendidas por concessionárias da marca Renault, principalmente em grandes e médias cidades brasileiras.


Ele também foi fabricado em série e em larga escala na África do Sul, no Paquistão e na Malásia, em fábricas da Nissan instaladas nesses países. A 1ª geração do veículo se tornou conhecida em várias partes do mundo, inclusive na Europa Ocidental, na Argentina e no Brasil, pelo design levemente ousado, atraente e elegante, com bom nível de conforto e segurança, com ênfase nos aspectos de tecnologia embarcada, custo / benefício competitivo e acabamento caprichado, embora não tenha sido uma unanimidade no aspecto de seleção de peças e componentes usados na montagem dos mecanismos e sistemas, com uma parte deles apresentando fragilidade e/ou não muito confiável, embora nenhum defeito grave ou crônico de motor e câmbio tenha sido encontrado até o momento, pelo menos nas versões vendidas aqui.


Na década de 1990, os aspectos de elegância, conforto, segurança e refinamento foram reafirmados no Brasil pelo modelo Renault Laguna, um fastback de tamanho médio, com entre-eixos de quase 2,7 metros, portanto com espaço suficiente para três adultos no banco traseiro. É um elegante modelo de automóvel de luxo, projetado e fabricado para competir com os melhores de sua categoria de automóveis médios de luxo, com bom gosto na escolha dos materiais utilizados no acabamento interno e baixo nível de ruído interno e vibrações, inclusive.


O Renault Laguna é um automóvel de dois volumes e meio, ou seja, ele não é um sedan e não é um hatch, pois a porta traseira que dá acesso ao seu porta-malas é bem inclinada e aerodinâmica, com dimensões equilibradas. A sua robusta carroceria monobloco em aço tem peso razoável, com proporções bem equilibradas entre o cofre do motor e o próprio motor, o habitáculo (a parte do automóvel em que se acomodam motorista e passageiros) e o porta malas, mas não formando três volumes bem definidos.


Ele está no segmento de automóveis de luxo de tamanho médio, que é aquele segmento em que, em relação aos carros compactos populares atuais de 1.000 cilindradas vendidos no Brasil, os fabricantes em geral oferecem mais espaço interno para as pernas do motorista e seu acompanhante e para os passageiros do banco de trás.


Esse modelo de automóvel ainda pode ser considerado moderno, com uma variedade de itens de segurança, conforto e desempenho, incluindo direção hidráulica, ar condicionado, vidros elétricos e trava central elétrica das portas, dentre outros, na época quase todos disponíveis como itens de série. Ele está na categoria dos automóveis médios de luxo, que é um segmento elegante e confortável, seguro, sofisticado e refinado, para atender consumidores de médio e alto poder aquisitivo, mais atentos a detalhes e que não abrem mão de tecnologia.


É um público de classes média e alta mais exigente, disposto a pagar mais por um veículo mais completo e de qualidade superior. No caso específico do Renault Laguna de 1ª geração e de 2ª geração, a fabricante Renault S.A. o oferecia, aqui no Brasil, praticamente completo em nível de equipamentos, com bom nível de conforto e segurança, mas com custo benefício mais interessante, mais atraente, que os modelos premium de marcas prestigiadas, como Audi, Volvo, Mercedes-Benz, Jaguar, BMW e Lexus, por exemplo, que, como todo mundo sabe, cobram uma pequena fortuna pelos seus carros.


Só pra se ter uma idéia, um Audi A4 novo, um Mercedes-Benz Classe C novo ou um BMW Série 3 novo era vendido no Brasil por preços a partir de R$ 60 mil, em valores da época, podendo chegar até R$ 100 mil nas versões top de linha, enquanto um Renault Laguna completinho saía por preços a partir de R$ 40 mil, podendo chegar até R$ 70 mil na versão top de linha, com motor 3.0 V6 de 165 cavalos.


Um detalhe importante: Todas as versões do Renault Laguna de 1ª geração e 2ª geração, fabricadas na França e importadas para o Brasil, têm motorização transversal. Automóveis com essa configuração transversal são mais seguros porque em caso de acidente grave com impacto frontal o risco do bloco do motor invadir o habitáculo do carro é menor. Além disso, desde a 1ª geração, os modelos Renault Laguna foram vendidos com carroceria de aço com barras de proteção laterais, nas portas, o que significa menor risco em caso de acidente grave com impacto lateral. A 2ª geração, por exemplo, ficou ainda melhor, com aços de alta resistência empregados na estrutura. Ela recebeu nota cinco estrelas no teste de avaliação do EuroNCap, o primeiro modelo de automóvel médio de luxo europeu a alcançar essa nota, na época.


A FAMÍLIA LAGUNA

A família Renault Laguna foi criada a partir da percepção dos executivos, projetistas e investidores da Renault S.A. sobre o mercado mundial de automóveis de luxo de tamanho médio. Essa família foi planejada para substituir a família Renault 21 na Europa Ocidental e em outros mercados. Desde o início eles sabiam que a "parada" seria dura, com concorrentes de prestígio e credibilidade.


Na década de 1990, os executivos da Renault S.A. acreditavam que havia espaço suficiente no mercado para mais um competidor nesse segmento, mas neste caso específico com a combinação equilibrada de conforto, tecnologia, segurança e preço competitivo, portanto sem cobrar a mais por isso. Estratégias semelhantes, de preços competitivos, foram adotadas pelas gigantes Ford, Chevrolet, Toyota, Honda, Nissan, Hyundai, Kia, Citroen, Peugeot, Chrysler, Mitsubishi, Volkswagen e Subaru, a maioria delas bem sucedida em seus objetivos.


No caso específico da família Renault Laguna, ela é formada por três gerações, sendo a primeira considerada amplamente pela crítica e pelo público a mais bonita, considerada por muitos uma aula de design, com linhas externas e internas harmônicas e de bom gosto, principalmente os modelos de carroceria fastback.


De modo geral, os modelos principais da família Renault Laguna, das três gerações, são fastbacks de luxo de tamanho médio, fabricados com quatro portas laterais para acesso do motorista e passageiros e uma ampla porta traseira para acesso ao porta-malas de boa capacidade. Essa família também foi fabricada em versões peruas ou stations-wagons, conhecidas pelos nomes Renault Laguna Nevada e Renault Laguna Grandtour, mas a última geração teve também um modelo de carroceria cupê, mais compacto, com aspirações esportivas e design mais jovial, digamos.


Todas as gerações do fastback Renault Laguna foram fabricadas com monoblocos idênticos ou semelhantes para cada geração, sempre com motorização dianteira e tração dianteira, com melhorias de estrutura, acabamento e motorização para cada nova geração introduzida. Todas as gerações do Renault Laguna foram e são conhecidas assim, por esse nome mesmo, na Europa Ocidental, no Sudeste Asiático, no Oriente Médio e na América do Sul, inclusive no Brasil. Em alguns mercados mundiais, na Inglaterra, por exemplo, ele foi comercializado com direção do lado direito.


RENAULT LAGUNA (1ª GERAÇÃO)

O moderno Renault Laguna de 1ª geração é um fastback de luxo de tamanho médio, com construção monobloco em aço, motorização dianteira e tração dianteira, com capacidade para transportar confortavelmente até cinco pessoas, incluindo o condutor, criado e desenvolvido na década de 1990 e fabricado em série e em larga escala na França a partir de 1994 pela multinacional francesa Renault S.A., mas também fabricado em série e em larga escala na África do Sul, na Malásia e no Paquistão, nestes casos em fábricas da multinacional japonesa Nissan nesses países.


O design do fastback Renault Laguna de 1ª geração esteve sob a responsabilidade do projetista francês Patrick Le Quément, resultando em um modelo totalmente original de automóvel, com motorização dianteira combinada com tração dianteira, com bom entre-eixos de quase 2,7 metros, com quatro portas laterais e uma porta traseira para acesso ao porta-malas de 450 litros de capacidade, lançado na Europa Ocidental, na Argentina e no Brasil para enfrentar a dura competição com modelos atraentes de sedans de alto luxo fabricados por grandes e prestigiadas marcas europeias e japonesas, dentre elas a BMW, a Mercedes-Benz, a Audi, a Alfa Romeo, a Volvo, a Lexus e a Jaguar, que passaram a entrar no Brasil, por exemplo, em grande quantidade a partir do início da década de 1990, após a abertura do mercado nacional para produtos estrangeiros.


Conhecido também como Renault Laguna I, o belo veículo é um típico fastback de luxo de tamanho médio, embora algumas publicações o considerem um hatchback, principalmente em razão da quinta porta traseira que dá acesso ao porta-malas. Ele tem espaço suficiente para até três adultos no assento traseiro e seu comprimento total é de 4,5 metros, com design suave e levemente ousado, projetado e desenvolvido na França para atender principalmente o típico consumidor de classe média Europeu, durante a década de 1990, mas fabricado em série também na África do Sul, no Paquistão e na Malásia, nestes casos para agradar empresários, executivos, profissionais liberais e famílias típicas das classes alta e média daquelas regiões do planeta.


Na época ele era considerado um dos mais modernos e confortáveis automóveis disponíveis no mercado brasileiro, importado da França, com boa relação custo benefício, com boa aerodinâmica e boa estabilidade; bom espaço interno, satisfatório para até cinco adultos; com pelo menos três versões disponíveis no Brasil, a Renault Laguna 2.0 16V RXE, a Renault Laguna 2.0 RT e a Renault Laguna 3.0 V6; bom isolamento térmico e acústico; pelo menos quatro opções de motorização transversal, combinadas com câmbio manual de cinco velocidades ou marchas ou automático de quatro velocidades; com bom conjunto de suspensão, independente McPherson na dianteira e independente com braços arrastados na traseira, com barra de torção; e bom nível de equipamentos, incluindo trava central elétrica, vidros elétricos, ar condicionado e direção hidráulica, dentre outros, quase tudo de série.


Entre as opções de motores disponíveis no Brasil, somente a gasolina, estiveram uma DOHC N7Q-704 Volvo aspirada, moderna e eficiente, fabricada na Suécia, com 1.948 cilindradas, com quatro cilindros em linha e com injeção eletrônica multiponto, com bloco em alumínio e cabeçote de alumínio, com 16 válvulas acionadas por correia dentada e duplo comando de válvulas no cabeçote, com 138 cavalos de potência e 18 kgfm de torque; uma DOHC F4R-780 F-Renault aspirada, também moderna e eficiente, fabricada na França, com 1.998 cilindradas, com quatro cilindros em linha e com injeção eletrônica multiponto, com bloco em ferro fundido e cabeçote de alumínio, com 16 válvulas acionadas por correia dentada e duplo comando de válvulas no cabeçote, com 137 cavalos de potência e 19 kgfm de torque; uma SOHC PRV-Z7X 3.0 V6 aspirada, também moderna, fabricada na França, com 2.963 cilindradas, com seis cilindros em V e com injeção eletrônica multiponto, com bloco em alumínio e cabeçote de alumínio, com 12 válvulas no total, com 165 cavalos de potência e 23 kgfm de torque; e uma DOHC PRV-L7X 3.0 V6 aspirada, também moderna, fabricada na França, com 2.946 cilindradas, com seis cilindros em V e com injeção eletrônica multiponto, com bloco em alumínio e cabeçote de alumínio, com 24 válvulas no total, com 187 cavalos de potência e 26 kgfm de torque.


Na década de 1990, a versão Renault Laguna 2.0 RXE, por exemplo, uma das mais completas da linha, comercializada no Brasil, já estava disponível com uma boa quantidade e variedade de itens de conforto, segurança e desempenho, a grande maioria, quase todos, como itens de série, dentre eles o ar condicionado e o ar quente; a direção hidráulica; o câmbio manual de cinco velocidades ou marchas ou automático de quatro velocidades; as rodas de aço com calotas e freios a discos nas quatro rodas, com ABS ou sistema antibloqueio; os cintos de segurança de três pontos para todos os ocupantes; o duplo airbag frontal; os vidros elétricos, a trava central elétrica e o alarme anti-roubo; o rádio AM e FM, com CD player; os encostos de cabeça nos assentos traseiros; os volante multifuncional com ajuste de altura e o banco do motorista com regulagem de altura; os assentos com revestimento em tecidos finos; o brake-light; o desembaçador do vidro traseiro; o computador de bordo; o piloto automático; os faróis principais com regulagem de altura do facho ou feixe de luz e os faróis de neblina; dentre vários outros.


Essa versão pesa 1.300 kg vazio, podendo chegar até 1.700 kg lotado, e apresenta desempenho satisfatório, com aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 12 segundos, mesmo lotado, com consumo de 8 quilômetros por litro de gasolina na cidade e 14 quilômetros por litro na rodovia, graças ao bom nível de penetração aerodinâmica, com CX de apenas 0,30.


A versão Renault Laguna 3.0 V6 é completíssima, inclusive com teto solar elétrico e rodas de liga leve. Obviamente, essa versão apresenta desempenho superior, precisando de apenas 10 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h, mesmo lotado, mas com consumo um pouco maior.


Apesar de ter apresentado alguns problemas de qualidade na escolha das peças e componentes usados na montagem do veículo, com parte delas apresentando fragilidade e baixa durabilidade, embora nada muito grave ou crônico, a 1ª geração do Renault Laguna vendeu muito bem, principalmente na Europa Ocidental, no Oriente Médio e no Sudeste Asiático. Aqui na América do Sul ele foi comercializado na Argentina e no Brasil, dentre outros países, embora com vendas modestas. No total, a 1ª geração do Renault Laguna vendeu mais de 1.350.000 unidades.


RENAULT LAGUNA (2ª GERAÇÃO)

O sofisticado Renault Laguna de 2ª geração é um modelo fastback de luxo de tamanho médio, com moderna e robusta construção monobloco em aço galvanizado, com motorização dianteira e tração dianteira, com capacidade para transportar confortavelmente até cinco pessoas, incluindo o condutor, criado e desenvolvido na década de 1990 e fabricado em série e em larga escala, a partir do ano 2000, pela multinacional francesa Renault S.A., e importado para o Brasil desde então.


Conhecido também com Renault Laguna II, ele foi, mais uma vez, desenhado por Patrick Le Quément, mas desta vez, verdade seja dita, esta 2ª geração não foi uma unanimidade em termos de estética, tanto por parte do público quanto da crítica. Por outro lado, ela trouxe uma renovação quase total na estrutura e uma renovação parcial nos sistemas hidráulico, elétrico, mecânico e eletrônico, com uma modernização em vários aspectos.


Assim, o Renault Laguna de 2ª geração foi montado na França com motorização e câmbio parcialmente renovados, incluindo opções de motores de quatro cilindros em linha, turbos e aspirados, e opções de motores V6 aspirados, embora somente duas opções de motores a gasolina e uma opção câmbio tenham sido disponibilizadas no Brasil, com pelo menos uma versão de acabamento disponível aqui, a Renault Laguna V6 3.0 Privilège, uma das melhores opções de automóveis médios de luxo da década de 2000, embora desta vez, aqui no Brasil, sem o preço competitivo da geração anterior.


A partir dessa geração, o Renault Laguna conseguiu melhorar o que já era bom, conseguiu unir o melhor dos dois mundos, o desempenho típico de um motor V6 de alto desempenho, portanto com potência e torque de sobra para um comportamento seguro nas rodovias, com ultrapassagens firmes e decididas, mesmo com o carro lotado de passageiros e bagagem, e o espaço interno, a sofisticação e o refinamento de um típico sedan europeu de luxo, quase tão chique quanto um sedan da Mercedes-Benz, da Volvo, da Audi, da BMW, da Lexus ou da Jaguar, por exemplo.


O veículo esteve disponível no Brasil com pelo menos duas opções de motores, apenas a gasolina, o moderno e potente motor PSA ES/L DOHC L7X-731 3.0 V6 aspirado, fabricado na França, um projeto totalmente novo, projetado e desenvolvido em conjunto pela Peugeot, pela Citroen e pela Renault, com 2.946 cilindradas, 24 válvulas no total, com duplo comando variável de válvulas no cabeçote, quase totalmente construído em alumínio, com 208 cavalos de potência e 28 kgfm de torque, combinado com câmbio automático de cinco velocidades e tração dianteira, resultando em um bom desempenho geral, precisando de apenas 11 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h, mesmo lotado; e o já conhecido motor DOHC PRV-L7X 3.0 V6 aspirado, trazido da geração anterior do Renault Laguna, fabricado na França, com 2.946 cilindradas, com seis cilindros em V e com injeção eletrônica multiponto, com bloco em alumínio e cabeçote de alumínio, com 24 válvulas no total, mas desta vez com 210 cavalos de potência e 28 kgfm de torque, combinado com o mesmo câmbio automático de cinco velocidades e tração dianteira, apresentando praticamente o mesmo desempenho, porém um pouco menos eficiente no consumo.


Com ambos os motores, o Renault Laguna V6 3.0 Privilège conseguiu manter os números de consumo sob controle, dentro de uma margem tolerável, digamos, em condução moderada, é claro, consumindo 1 litro de gasolina para percorrer 8 ou 9 quilômetros na cidade e 12 ou 13 quilômetros na rodovia, mais ou menos, graças à eficiência do conjunto motor e câmbio, com os números de consumo do motor PSA ES/L DOHC L7X-731 3.0 V6 aspirado, mais moderno, um pouco melhores.


Os consumidores da Renault S.A. foram surpreendidos na década de 2000 com uma verdadeira e profunda mudança estrutural na 2ª geração do Renault Laguna, em relação ao seu irmão Renault Laguna de 1ª geração, com estrutura monobloco em aço galvanizado, com algumas partes estruturais em aço de alta resistência, resultando em um veículo mais robusto, o primeiro modelo de automóvel médio europeu a alcançar a nota máxima nos testes de impactos frontais e laterais do EuroNCap, o programa voluntário de avaliação da segurança de automóveis comercializados no mercado europeu.


Além disso, com uma distância entre-eixos aumentada para 2,75 metros, com quatro portas laterais e um porta-malas de 450 litros, também comercializado no Brasil para enfrentar a dura competição com modelos atraentes de sedans de alto luxo fabricados por grandes e prestigiadas marcas europeias e japonesas, ele conseguiu reunir uma variedade de itens de conforto, segurança, sofisticação, refinamento e desempenho dignos de nota, começando pelo computador de bordo com alertas, avisos e lembretes falados em português, com uma voz sintética feminina; oito airbags, incluindo frontais, laterais e de cortina; controle de estabilidade ESP; controle de acesso por sensor de proximidade, com cartão de acesso e botão start / stop para acionamento do motor; bancos e volante multifuncional em couro; assento do motorista com controles elétricos de altura da base e inclinação do encosto; tomada de 12 volts para carregamento de dispositivos móveis dos passageiros do banco traseiro; ar condicionado de duas zonas de temperatura; faróis de xenon; navegador com GPS no painel; e teto solar elétrico; além de todos ou quase todos os itens já presentes nas versões top de linha da geração anterior.


Ele é um típico automóvel de luxo de tamanho médio, com acabamento refinado e toques de requinte e de sofisticação em seu interior, fabricado em série na França e comercializado em vários mercados, incluindo o Brasil, entre o ano 2000 e 2007, também para agradar empresários, executivos, profissionais liberais e famílias típicas das classes alta e média. Ainda hoje, ele pode ser considerado um modelo de automóvel moderno, uma das melhores opções de compra no mercado de automóveis importados usados, um dos mais confortáveis modelos de automóveis de luxo disponíveis no mercado nacional, com bom espaço interno, satisfatório para até cinco adultos; ótimo isolamento térmico e acústico; com bom conjunto de suspensão, independente McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, embora o vão livre do solo de 18 centímetros, típico de um automóvel importado, requeira alguns cuidados dos proprietários, com condução moderada na cidade; e bom nível de equipamentos, incluindo trava central elétrica, vidros elétricos e alarme, ar condicionado e direção hidráulica, tudo de série;


Essa 2ª geração da família Renault Laguna apresentou uma melhora geral na qualidade estrutural e de montagem em relação à 1ª geração, com seleção mais cuidadosa dos fornecedores de peças, partes e componentes. Porém, ao que parece, alguns problemas de qualidade passaram despercebidos, na fase de desenvolvimento, pela Renault S.A., como, por exemplo, a eventual falha de funcionamento do controle de acesso por meio de cartão codificado, principalmente nos exemplares dos primeiros anos de fabricação seriada.


Apesar disso, essa geração vendeu muito bem, com um total acumulado de mais de 1.150.000 unidades fabricadas, principalmente na Europa Ocidental, embora também tenha sido comercializada na América do Sul, incluindo Argentina e Brasil, dentre outros países, embora com vendas modestas.


RENAULT LAGUNA (3ª GERAÇÃO)

O confortável Renault Laguna de 3ª geração é um sofisticado automóvel fastback de luxo de tamanho médio, com carroceria de aço galvanizado e quatro portas laterais, com motorizações aspirada e turbo e tração dianteira, projetado, desenvolvido e fabricado em série e em larga escala a partir da década de 2000 na França pela multinacional francesa Renault S.A. e também fabricado em série na África do Sul, no Paquistão e na Malásia pela Nissan, com capacidade para transportar confortavelmente cinco pessoas, incluindo o motorista.


Conhecido também como Renault Laguna III, essa 3ª geração da família Renault Laguna foi baseada na plataforma Nissan D e não foi trazida para o Brasil por meio da importadora oficial, pois na época a Renault do Brasil já comercializava aqui a 2ª geração do sedan médio de luxo Renault Mégane, fabricada na Argentina. No total, foram mais de 360.000 unidades fabricadas até 2015, o que pode ser considerado um sucesso de vendas, mas não o suficiente para se manter em produção seriada ou ser levado para uma próxima geração.


Uma versão cupê do Renault Laguna de 3ª geração também foi fabricada, mas não chegou ao Brasil por meio do importador oficial.


MERCADO

O fastback de luxo Renault Laguna chegou ao Brasil em 1995 para satisfazer consumidores exigentes e de médio e alto poder aquisitivo. Ele veio para disputar a faixa premium com os modelos sedans de tamanhos médio e grande BMW Série 3, Audi A4 e Audi A6, Mercedes Classe C, Chevrolet Omega, Subaru Legacy, Honda Accord, Mitsubishi Galant, Volkswagen Passat, Alfa Romeo 164, Ford Taurus e Ford Mondeo, Kia Clarus, Toyota Camry e Infinity Q45 e o hatch de alto luxo francês Citroen XM, dentre outros.


Quando trouxe o Renault Laguna para o Brasil, importado da França, a Renault do Brasil deixou uma boa impressão nos consumidores brasileiros de alto e médio poder aquisitivo e até mesmo na imprensa com o seu nível de sofisticação e refinamento, com ênfase nos aspectos de conforto e desempenho, apesar de alguns problemas de qualidade e projeto, mas nada grave.


Graças a sua boa relação custo benefício, a 1ª geração e a 2ª geração do Renault Laguna foram bem vendidas em várias partes do mundo, com mais de 2.500.000 unidades fabricadas. No total, foram fabricadas mais de 2.860.000 unidades das três gerações do Renault Laguna, o que pode ser considerado um grande sucesso.


Porém, voltando um pouco no tempo, a partir de 1999 o real brasileiro sofreu uma forte desvalorização em relação ao dólar americano, fazendo com que a 2ª geração do Renault Laguna, fabricada na Europa, chegasse mais cara ao Brasil, o que provocou uma redução acentuada das vendas aqui a partir de então. Por isso, essa 2ª geração do Renault Laguna teve vendas modestas no Brasil.


É possível encontrar unidades bem conservadas de Renault Laguna no mercado de automóveis usados. O eventual comprador deve ser seletivo e deve tomar alguns cuidados na hora da compra. Se optar por um exemplar disponível em loja de revenda de veículos há a vantagem da segurança durante a compra e da garantia mínima de três meses.


Se optar por um exemplar de particular, avise sua família e amigos com antecedência de pelo menos um dia e peça que pelo menos um deles te acompanhe pessoalmente nos encontros para negociação de compra... Marque os encontros para negociação para apenas de dia, em locais públicos ou privados bem iluminados, de preferência com câmeras de circuito fechado de TV, como, por exemplo, shoppings centers, lanchonetes e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis e estacionamentos pagos... Essas mesmas precauções valem também para quem está vendendo o veículo...


ONDE COMPRAR


GALERIA DE IMAGENS


LAGUNA (1ª GERAÇÃO)


LAGUNA (3ª GERAÇÃO)


LAGUNA NEVADA (1ª GERAÇÃO)


LAGUNA GRANDTOUR (2ª GERAÇÃO)


LAGUNA CUPÊ (3ª GERAÇÃO)


LAGUNA CUPÊ (3ª GERAÇÃO)


CARTÃO DE ACESSO (2ª GERAÇÃO)


LAGUNA (2ª GERAÇÃO)


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipedia (em inglês): https://en.m.wikipedia.org/wiki/Renault_Laguna
  • Renault (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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