MCDONNELL DOUGLAS F-15 EAGLE

BOEING F-15EX EAGLE II (VERSÃO MAIS RECENTE)
BOEING F-15SE SILENT EAGLE (SEMI-STEALTH)
MCDONNELL DOUGLAS F-15 EAGLE
MCDONNELL DOUGLAS F-15A EAGLE (MONOPOSTO)
MCDONNELL DOUGLAS F-15B EAGLE (BIPOSTO / TREINAMENTO)
MCDONNELL DOUGLAS F-15C EAGLE (MONOPOSTO)
MCDONNELL DOUGLAS F-15D EAGLE (BIPOSTO / TREINAMENTO)
MITSUBISHI F-15J EAGLE (MONOPOSTO / JAPÃO)
MITSUBISHI F-15DJ EAGLE (BIPOSTO / JAPÃO)
MCDONNELL DOUGLAS F-15E STRIKE EAGLE


INTRODUÇÃO

Logo acima, o poderoso e respeitado caça militar supersônico McDonnell Douglas F-15 Eagle, aeronave ágil, sofisticada e eficiente, um avião militar de primeiro mundo, usado intensivamente desde a década de 1970 pela Força Aérea dos Estados Unidos. Logo abaixo, um caça americano de quarta geração, desenvolvido para ser uma plataforma voadora efetiva de proteção de espaços aéreos e de territórios, com algumas das melhores tecnologias militares da época.

O eficientíssimo McDonnell Douglas F-15 Eagle é uma aeronave bimotor de altíssima performance para emprego exclusivamente militar, com potente motorização turbofan e asas fixas em forma de delta, criada, desenvolvida e fabricada nos Estados Unidos, inicialmente, a partir da década de 1970, pela então McDonnell Douglas, e, posteriormente, a partir da década de 1990, pela Boeing Company, ambas entre as maiores e mais respeitadas indústrias aeroespaciais e aeronáuticas do mundo.


Ele é considerado pela maioria dos especialistas em armamentos, principalmente os especialistas de países de primeiro mundo, incluindo as publicações especializadas no assunto, o melhor caça a jato do mundo nas décadas de 1970, 1980 e 1990, tendo sido superado somente pelo caça semi-stealth de altíssimo desempenho Lockheed Martin F-22 Raptor, a partir da década de 2000, mas ainda assim com algumas ressalvas.


Ele foi o substituto, a partir da década de 1970, de outro poderoso ícone da aviação militar americana, o clássico caça-bombardeiro americano McDonnell Douglas F-4 Phantom II, por sua vez utilizado intensivamente na Guerra do Vietnã, inclusive.


Os seus principais concorrentes foram o americano Grumman F-14 Tomcat, o russo RAC Mikoyan Gurevich MIG-35, o Mikoyan Gurevich MIG-23, o russo Sukhoi Su-27 (Flanker), o europeu Panavia Tornado, o Mikoyan Gurevich MIG-25, o Sukhoi Su-30, o Mikoyan Gurevich MIG-27, o Sukhoi Su-33, o RAC Mikoyan Gurevich MIG-29 (Fulcrum), o Sukhoi Su-35 e o Mikoyan Gurevich MIG-31, todos esses também poderosos instrumentos de dissuasão.


O caça bimotor McDonnell Douglas F/A-18 Hornet também esteve na categoria dos aviões de combate supersônicos ar-ar, ar-terra e ar-mar, mas neste caso específico principalmente para uso embarcado em porta-aviões, também a partir da década de 1970, substituído, posteriormente, pelo seu sucessor Boeing F/A-18 E/F Super Hornet, também para porta-aviões, ainda fabricado em série.


Parte de seus principais concorrentes citados acima não é mais fabricada, parte deles foi substituída nas respectivas linhas de montagens por modelos ainda mais sofisticados e poderosos. De todos esses modelos concorrentes russos citados acima, por exemplo, somente o Sukhoi Su-35, o Mikoyan Gurevich MIG-29, o Sukhoi Su-27, o Sukhoi Su-30, o Mikoyan Gurevich MIG-35 e o Sukhoi Su-34 ainda são fabricados na Rússia.


Já o clássico caça bem sucedido Grumman F-14 Tomcat foi substituído na Marinha dos Estados Unidos, a partir da década de 2000, pelo caça bimotor Boeing F/A-18 E/F Super Hornet, que, por sua vez, está sendo substituído pelos caças multimissão semi-stealth Lockheed Martin F-35 Lightning.


A MCDONNELL DOUGLAS

A Douglas Aircraft foi uma das maiores e mais importantes fabricantes de aeronaves comerciais e militares do planeta. Ela foi fundada nos Estados Unidos pelo empresário americano Donald Douglas em 1921, foi posteriormente fundida, em 1967, com a também gigante fabricante aeroespacial americana McDonnell, dando origem na época à segunda maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo, a McDonnell Douglas, até que, finalmente, foi comprada pela Boeing Company na década de 1990, consolidando a posição desta gigante aeroespacial, atualmente uma das maiores fabricantes de aeronaves comerciais do mundo e uma das maiores empresas aeroespaciais do planeta.


Ela foi uma das gigantes da indústria aeronáutica e aeroespacial mundial, com a impressionante marca de mais de 45.000 veículos fabricados, somando os números de fabricação de aviões civis e militares, helicópteros civis e militares, foguetes e naves espaciais, ao longo de mais de 70 anos de produção seriada da Douglas Aircraft, da McDonnell e da McDonnell Douglas.


A BOEING COMPANY

A gigante empresa centenária e multinacional Boeing Company é uma das maiores fabricantes de aviões comerciais de grande porte para transporte doméstico, internacional e intercontinental de passageiros no mundo, com mais de 760 unidades entregues em 2017, por exemplo. Ela é uma das mais tradicionais e conhecidas fabricantes de aeronaves comerciais do planeta. Ela foi fundada nos Estados Unidos por Wilhelm Eduard Boing em 1916 e está atualmente sediada em Chicago, no estado de Illinois.


Considerando a receita bruta de mais de US$ 93 bilhões e mais de US$ 8 bilhões de lucro líquido, ela foi uma das maiores fabricantes aeronáuticas, aeroespaciais e espaciais do mundo, em 2017, por exemplo. Ela fabrica aviões comerciais civis para transporte de passageiros, aviões militares, helicópteros militares, convertiplanos militares, satélites e foguetes.


A Boeing Company enfrenta desde a década de 1990 uma dura concorrência no mercado aeroespacial, de transporte aéreo comercial e de defesa com a gigante europeia Airbus Group, conhecida anteriormente como EADS, um consórcio europeu aeronáutico e aeroespacial. Até a década de 2010, a terceira e a quarta maiores fabricantes de aeronaves comerciais do planeta foram a brasileira Embraer S.A. e a canadense Bombardier Incorporated, respectivamente, mas com o recente recuo da Bombardier, com a venda de suas fábricas e projetos de aviões comerciais, a Embraer consolidou sua terceira posição no setor.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, o jato militar bimotor supersônico McDonnell Douglas F-15 Eagle foi escolhido pelo Governo Americano para integrar a espinha dorsal de seu sistema aéreo de dissuasão baseado em sua sofisticada e poderosa rede de bases aéreas espalhas pelos cinco continentes. Logo abaixo, ele é considerado o portador de alguns dos mais significativos avanços tecnológicos militares da indústria aeronáutica americana nas décadas de 1970 e 1980, o substituto natural de outro emblemático e icônico instrumento de dissuasão, o clássico McDonnell Douglas F-4 Phantom II.

O icônico jato bimotor McDonnell Douglas F-15 Eagle (pronuncia-se MécDóneu Dôglas F-15 Ígo) é um clássico e moderno caça tático de altíssima performance para defesa aérea em geral, com policiamento do espaço aéreo e reconhecimento com interceptação aérea, caso necessária, principalmente para abordagens e/ou ataques do tipo ar-ar, mas com pelo menos uma versão capaz de realizar ataques ar-terra eficientes, e um poderoso instrumento de dissuasão aéreo.


Embora já esteja em linha de produção seriada por cerca 48 anos, ainda hoje ele é considerado uma das melhores opções de caças militares de quarta geração não embarcados em porta-aviões. Além disso, ele é considerado por especialistas em armamentos militares e publicações especializadas em armamentos o mais eficiente e eficaz caça militar supersônico das décadas de 1970, 1980 e 1990, o melhor avião de combate dessas décadas, um agilíssimo instrumento de dissuasão, com mais de 125 vitórias em combate aéreo contra caças militares inimigos, sem nenhuma derrota neste contexto específico, embora com apenas 5 perdas totais em combate, quando foi atacado por armas anti-aéreas, baseadas em terra.


Ou seja, ele nunca perdeu um combate aéreo contra caças inimigos, principalmente quando operado pelas forças aéreas dos Estados Unidos e de Israel e principalmente contra caças de fabricação soviética e/ou russa, que também são considerados entre os melhores do mundo. Por esse motivo, ele é considerado o melhor avião de superioridade das décadas de 1970, 1980 e 1990, um avião relativamente leve, muito resistente, muito veloz, muito manobrável e com boa capacidade de transportar armamentos e aviônicos.


Ele está equipado com um sofisticado radar Hughes APG-63, com alcance de mais de 160 quilômetros e um canhão General Electric M61 Vulcan, de 20 milímetros, com até 940 projéteis, além da possibilidade de transportar até oito mísseis. A McDonnell Douglas criou e desenvolveu o McDonnell Douglas F-15 Eagle nas décadas de 1960 e 1970 para ser uma aeronave de superioridade aérea e iniciou a fabricação desse caça na década de 1970.


Ele é um projeto quase totalmente original de avião militar monoposto, para combate aéreo, e biposto, para treinamento e/ou ataque ao solo, em tandem e supersônico, com construção convencional em alumínio, aço e titânio, um dos mais modernos de sua época, com sofisticado sistema de operação computadorizada, ou seja, na década de 1970 ele já possuía computadores de bordo que executavam algumas funções de navegação, controle de voo e combate.


Por décadas seguidas, ele foi considerado um símbolo do poderio militar americano, quando baseado em bases aéreas dos Estados Unidos espalhadas por todos os continentes, incluindo Europa, Ásia, Oriente Médio e Oceania, incluindo Japão, Coreia do Sul, Austrália e Arábia Saudita, tornando as Forças Armadas dos Estados Unidos as mais respeitadas do planeta.


Ele foi amplamente testado e amadurecido nas décadas de 1970 e 1980 e foi usado intensivamente e com sucesso na década de 1980 e nas décadas seguintes em uma variedade de missões militares nas quais os Estados Unidos, o Japão, a Coreia do Sul e Israel estiveram envolvidos, incluindo missões oficiais no Iraque, no Kuwait e na Arábia Saudita (Guerra do Golfo, de 1990 até 1992), na Bósnia, na Iugoslávia e na Croácia (Guerra da Bósnia, de 1992 até 1995), em Kosovo, na Sérvia e na Iugoslávia (Guerra do Kosovo, de 1990) e após os ataques contra o Word Trade Center e o Pentágono em 11 de setembro de 2001, numa guerra contra Iraque e Afeganistão, em conjunto com outros modelos variados de caças de nações amigas integrantes da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte.


O termo dissuasão é usado para designar uma tradicional e consagrada estratégia governamental, usada principalmente em tempos de paz ou de tensões baixas e moderadas, que consiste em manter as potenciais nações agressoras (aquelas em que o comportamento hostil é uma certeza ou um risco baixo, médio ou alto) mais ou menos conscientes, seja por meios diplomáticos ou por ação militar direta de advertência, sobre a capacidade de reação do país cuja soberania seja, eventualmente, agredida.


Em relação às chamadas nações amigas não há necessidade de dissuasão, pelo contrário, são comuns os exercícios de treinamento militar em conjunto, em tempos de paz, e as ações militares coordenadas, quando há guerras ou tensões militares mais acentuadas.


O temido McDonnell Douglas F-15 Eagle é um projeto quase totalmente original, ele não foi derivado de nenhum outro modelo de aeronave militar, mas o seu formado externo lembra um pouco o formato externo de um dos seus principais concorrentes da época, o também temido caça bimotor Grumman F-14 Tomcat, embora este avião militar tenha sido projetado principalmente para uso embarcado em porta-aviões, ao contrário do F-15 Eagle, em que o seu uso em porta-aviões não é comum.


O robusto McDonnell Douglas F-15 Eagle é uma aeronave com alto poder de fogo, mas com estrutura relativamente leve, considerando o peso dos aviões equivalentes da época, com peso vazio de cerca de 12.000 kg e peso máximo de decolagem de cerca de 25.000 kg, na versão McDonnell Douglas F-15A Eagle, por exemplo, e cerca de 30.000 kg de peso máximo na versão McDonnell Douglas F-15C Eagle, por exemplo, com capacidade para aproximadamente 7.000 kg de armamentos, nas primeiras versões, e 10.000 kg de armamentos, nas versões seguintes, distribuídos em até 8 ou 9 pontos de fixação de mísseis e/ou bombas nas asas fixas e na fuselagem, com capacidade de desenvolver cerca de 2.500 km/h usando a pós-combustão de seus dois motores turbofan de altíssimo desempenho Pratt & Whitney F100-PW-100, com cerca de 23.000 libras de empuxo cada, com pós-combustão, nas primeiras versões, e Pratt & Whitney F100-PW-220 e Pratt & Whitney F100-PW-229, com cerca de 23.000 libras e 29.000 libras de empuxo cada, respectivamente, com pós-combustão, nas versões posteriores.


A sua estrutura metálica é robusta, para até 9 g de limite estrutural em manobras de dogfight, ou seja, combate próximo contra outra aeronave; com dupla deriva em material composto, inclusive; com seus sistemas elétricos e eletrônicos avançados; e com motores construídos com robustez e durabilidade suficientes para possibilitar a operação intensiva a partir de bases aéreas muito quentes, localizadas em desertos, inclusive, e suportando, até certo limite, é claro, as condições adversas dos combates ar-ar.


As primeiras versões tiveram um problema de fragilidade de uma das longarinas, mas sem acidentes com fatalidades e o problema já foi resolvido por meio de retrofit da fábrica. Apesar disso, a estrutura do avião é lendária e, em pelo menos um caso, em 1990, ele já conseguiu pousar em segurança mesmo após ter sido atingido por um míssil e, em pelo menos um caso, em 1983, ele conseguiu pousar mesmo após ter perdido uma asa, após uma colisão com outra aeronave, em voo de treinamento, por incrível que pareça.


Na verdade, o então avançado McDonnell Douglas F-15 Eagle também esteve no cenário da vanguarda tecnológica ao incorporar várias peças, partes e componentes em material composto alveoliforme, titânio e boro, uma novidade na época em que foi fabricado, principalmente peças da empenagem, ou seja, do estabilizador horizontal e da deriva dupla; o freio aerodinâmico dorsal; e em alguns pontos da estrutura principal ou célula (fuselagem e asas) da aeronave.


O raio de ação, isto é, a área protegida ou, ainda, o raio de combate do McDonnell Douglas F-15 Eagle é de cerca de 2.000 quilômetros, mas pode chegar até 4.000 quilômetros de alcance, contando a partir do seu ponto de origem, da sua base militar em terra, dependendo da sua configuração, incluindo tanques externos adicionais, e do peso de armamentos transportados.


Nas décadas de 1980 e 1990, ele estava equipado com uma combinação de até quatro modelos de mísseis, incluindo o míssil ar-ar AIM-7 Sparrow, semi-ativo, de médio alcance, substituído posteriormente pelo ar-ar AIM-120 AMRAAM, autônomo, de médio alcance; ou ar-ar AIM-9 Sidewinder, de curto alcance; e um canhão General Electric M61 Vulcan, de canos múltiplos, com cadência de 6.000 tiros por minuto; complementados pelo HUD – Head Up Display, que permite ao piloto visualizar informações de controle de voo, navegação e combate em uma tela semitransparente, na altura dos olhos.


Naquela época, um dos exemplos mais marcantes do alto nível de sofisticação do McDonnell Douglas F-15 Eagle era a sua capacidade de atacar alvos aéreos, aeronaves ou mísseis, por exemplo, mesmo eles estando em baixa altitude ou altura, por meio de radares Hughes APG-63 / Hughes APG-70, do tipo look down / shoot down. Ele possui ainda a capacidade de soltar flares / chaffs para servir como “iscas” contra mísseis buscadores de calor ou mísseis com radares, lançados contra si.


Numa época em que ainda não existia GPS – Global Positioning System, a então moderníssima navegação do McDonnell Douglas F-15 Eagle era realizada com o auxílio do sistema de navegação inercial, modelo AN/ASN-109.


CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Logo acima, o McDonnell Douglas F-15 Eagle, a supermáquina da Força Aérea dos Estados Unidos. Esse avião atendeu aos rígidos critérios de seleção das Forças Armadas Americanas nas décadas de 1960 e 1970, no entanto foi adotado somente pela Força Aérea dos Estados Unidos na década de 1970, enquanto a Marinha dos Estados Unidos decidiu pelo Grumman F-14 Tomcat, na mesma época. Logo abaixo, o Boeing F-15E Strike Eagle, fabricado em série a partir da década de 1990, conhecido anteriormente como McDonnell Douglas F-15E Strike Eagle, fabricado em série a partir da década de 1980.

O caça multifunção McDonnell Douglas F-15 Eagle é uma aeronave bimotor de quarta geração, ele foi criado e desenvolvido pela então McDonnell Douglas nas décadas de 1960 e 1970, inicialmente para renovar a frota de aeronaves militares de altíssima performance das Forças Armadas do Estados Unidos e, posteriormente, para exportação para nações amigas.


Juntamente com o Grumman F-14 Tomcat, também de quarta geração, o também icônico caça McDonnell Douglas F-15 Eagle é considerado uma das aeronaves militares avançadas e tecnologicamente superior das décadas de 1970, 1980 e 1990, sendo superado somente pelo também icônico Lockheed Martin F-22 Raptor, embora com algumas ressalvas. Ele é considerado por muitos especialistas no assunto o melhor caça ar-ar da época, praticamente insuperável.


Naturalmente, o Governo dos Estados Unidos é e/ou era o maior operador da aeronave, com mais de 1.110 unidades compradas e/ou encomendadas, incluindo os modelos ou versões McDonnell Douglas F-15A Eagle, McDonnell Douglas F-15C Eagle e McDonnell Douglas F-15E Strike Eagle, os principais, além de alguma potencial encomenda da mais nova versão Boeing F-15EX Eagle II, lançada recentemente.


Na verdade, para ser mais preciso, uma parte dessas unidades comprada pela Força Aérea dos Estados Unidos já foi descomissionada (aposentada), principalmente as primeiras versões, portanto o número de aeronaves efetivamente operadas atualmente pelos Estados Unidos é menor.


Obviamente, ele foi oferecido apenas para nações amigas dos Estados Unidos, incluindo Israel, com mais de 100 unidades compradas e/ou encomendadas; Japão, com mais de 213 unidades compradas e/ou encomendadas; Arábia Saudita, com mais de 280 unidades compradas e/ou encomendadas; Coreia do Sul, com mais de 60 unidades compradas e/ou encomendadas; Catar, com mais de 36 unidades compradas e/ou encomendadas; e Singapura, com mais de 40 unidades compradas e/ou encomendadas.


Observe atentamente aqui que somente países ricos compraram o McDonnell Douglas F-15 Eagle, pois tratava-se de um modelo de avião caro, embora seu custo operacional estivesse dentro da média de seus principais concorrentes bimotores. Por exemplo, nas décadas de 1980 e 1990, ele custava US$ 28 milhões e US$ 38 milhões, respectivamente, em valores da época. Até hoje ele é considerado um avião caro, com preços entre US$ 100 milhões e US$ 130 milhões por unidade, incluindo peças de reposição, dependendo de cada caso. Apenas para comparar, o Saab Gripen NG operado pelo Brasil, custa cerca de US$ 85 milhões, mas seu custo operacional por hora de voo é menor, pois é um monomotor.


Na década de 1960, em plena Guerra Fria, as Forças Armadas Americanas se depararam com o surgimento do que eles consideravam uma grande e poderosa arma voadora, o caça soviético Mikoyan Gurevich MIG-25, o que apressou a substituição do caça americano McDonnell Douglas F-4 Phantom II pelo caça naval bimotor Grumman F-14 Tomcat, para a Marinha dos Estados Unidos, e o caça de superioridade aérea McDonnell Douglas F-15 Eagle, para a Força Aérea dos Estados Unidos, após duas concorrências separadas.


Na década de 1970, o avião militar da McDonnell Douglas foi o vencedor da concorrência FX, que não deve ser confundida com a concorrência Programa FX ou Projeto FX do Brasil, realizada na década de 1990, por sua vez substituída posteriormente pelo Programa FX-2, a partir da década de 2000, pela FAB – Força Aérea Brasileira, que, por sua vez, resultou na escolha do caça de superioridade Saab Gripen NG, na década de 2010, um dos mais sofisticados e eficientes caças empregados na América Latina.


O caça bimotor clássico McDonnell Douglas F-15 Eagle foi o substituto natural do veterano McDonnell Douglas F-4 Phantom II, uma grande responsabilidade, já que este modelo de caça integrou a espinha dorsal de defesa das Forças Armadas Americanas, tanto na Marinha quanto na Aeronáutica de lá.


O bimotor a jato McDonnell Douglas F-15 Eagle é superior ao seu antecessor em vários aspectos, ele é mais robusto, mais leve, mais veloz, mais ágil (mais manobrável, inclusive), mais sofisticado e tem maior alcance que o McDonnell Douglas F-4 Phantom II, dentre outras características inovadoras na época. Ele só não conseguiu preservar, na época, a mesma capacidade de ataque ao solo e capacidade de pousar e decolar de porta-aviões que seu antecessor, embora, posteriormente, uma versão específica para também realizar ataques ao solo tenha sido fabricada.


O primeiro modelo McDonnell Douglas F-15A Eagle, o modelo original a partir do qual todas as versões foram fabricadas, e algumas de suas versões posteriores, como, por exemplo, o McDonnell Duglas F-15C Eagle, possuem o radar Hughes APG-63 / Hughes APG-70, conhecido posteriormente como Raytheon APG-63 / Raytheon APG-70, com funções de busca e rastreamento de alvos múltiplos. Também possuem computadores de bordo para controle de tiro e o HUD - Head Up Display, uma novidade na época. O cockpit do McDonnell Douglas F-15 Eagle foi, em sua época, um dos mais modernos disponíveis em caças em operação no mundo. Durante a década de 1970, ele foi um dos aviões militares que mais integrou novas tecnologias usadas em operações militares reais, ao lado de outro avião também inovador, o Grumman F-14 Tomcat.


Desde a década de 1970, quando foi lançado, o poder de fogo do McDonnell Douglas F-15 Eagle foi aumentado, década após década, na medida em que novas tecnologias de armamentos foram sendo desenvolvidas e colocadas no mercado militar e na medida em que a potência / empuxo dos motores foi sendo aumentada:


No contexto da chamada Guerra Fria, o McDonnell Douglas F-15 Eagle foi criado originalmente para ser uma aeronave de proteção de espaços aéreos e territórios, operando a partir de bases aéreas em solo, mas com o passar do tempo ele teve a oportunidade de mostrar suas demais qualidades, com a execução competente de missões de combate contra alvos no solo, principalmente a partir da versão McDonnell Douglas F-15E Strike Eagle, a partir da década de 1990, inclusive na Guerra do Golfo, na Guerra do Kosovo e na Guerra da Bósnia.


A combinação das motorizações de altíssimo desempenho da família Pratt & Whitney F100 com uma variedade de novas tecnologias, incluindo a aerodinâmica refinada, com design esguio e com o uso de enflechamento de até 45º, juntamente com a entrada variável de ar dos motores, resulta na altíssima velocidade máxima de cerca de 2.500 km/h, com pós-combustão acionada. Mas vale lembrar que não é possível manter a pós-combustão em funcionamento durante toda a missão porque nessa condição o consumo de combustível é muito alto.


MERCADO

Logo acima, a cabine de comando ou cockpit do clássico McDonnell Douglas F-15A Eagle, o modelo original da família McDonnell Douglas F-15 Eagle, o primeiro modelo fabricado em série dessa família, com a maioria dos instrumentos analógica, embora com parte dos instrumentos já digitalizada, um grande avanço na época. Logo abaixo, o cockpit de uma das versões mais recentes dessa família, o Boeing F-15E Strike Eagle, com grande parte dos instrumentos digitalizada, dentro do conceito EFIS, com telas multifuncionais, inclusive.

A partir da década de 1970, a fabricante McDonnell Douglas e, a partir da década de 1990, a Boeing Company, ofereceram aos países considerados amigos dos Estados Unidos praticamente todas as versões do McDonnell Douglas F-15 Eagle, com pelos menos seis países mostrando interesse concreto pela aeronave, Israel, Arábia Saudita, Japão, Coreia do Sul, Catar e Singapura, além de mais alguns países que mostraram algum interesse mas não fecharam contrato.


Na verdade, para ser mais preciso, como se tratava e se trata de um produto com inúmeras tecnologias sensíveis embarcadas, tecnologias armamentistas no estado da arte, inclusive, portanto inovações tecnológicas que não podem cair nas mãos de nações consideradas uma ameaça à OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, somente o Governo dos Estados Unidos podia e pode dar a palavra final sobre a venda.


As unidades de McDonnell Douglas F-15 Eagle vendidas para as Forças Armadas do Japão foram fabricadas em território japonês pela Mitsubishi Heavy Industries, sob licença da McDonnell Douglas, principalmente as versões McDonnell Douglas F-15J Eagle e McDonnell Douglas F-15DJ Eagle, conhecidas também como Mitsubishi F-15J Eagle e Mitsubishi F-15DJ Eagle, monoposta e biposta, respectivamente


É consenso no meio aeronáutico de que os projetos do McDonnell Douglas F-15 Eagle e do Grumman F-14 Tomcat, dos aviões espiões Lockheed U-2 Utility e Lockheed SR-71 Blackbird, dos aviões de característica stealth Lockheed F-117 Nighthawk e Northop B-2 Spirit, juntamente com as bases militares americanas instaladas em território americano e em países amigos, juntamente com os seus satélites espiões, com os seus projetos de grandes navios de guerra nucleares, seus tanques de guerra e mísseis de cruzeiro tornaram os Estados Unidos uma potência militar sem precedentes em todo planeta, por várias décadas.


Com a falência econômica e política do regime comunista na União Soviética na década de 1980 e sua lenta transição (Perestroika e Glasnost) para um regime político e de mercado mais ou menos livre, na década de 1990, essa liderança política, econômica e militar americana no mundo ocidental e até em parte do mundo oriental ficou ainda mais evidente.


Atualmente, mais uma vez, 30 anos após o fim do regime comunista, a Rússia torna-se uma fonte de preocupações e problemas para as nações signatárias da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, dentre outras nações alinhadas politicamente aos Estados Unidos e Europa Ocidental, inclusive com aparentes episódios de controle governamental sobre a imprensa local...


A discreta China só nas décadas mais recentes começou a se destacar no cenário político, econômico e militar, principalmente na Ásia e da África. Há quem diga (em tom irônico ou não) que a América Latina é o “quintal” dos Estados Unidos e da Europa Ocidental. O fato é que por aqui os russos e chineses têm mesmo pouca influência política e até mesmo alguma dificuldade na venda de seus produtos militares.


FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS


DOUGLAS F-15C (MONOPOSTO)

  • Tripulação: 1 piloto;
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X Pratt & Whitney F100-PW-220 (14.000 libras / cada / sem pós-combustão);
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X Pratt & Whitney F100-PW-220 (23.000 libras / cada / com pós-combustão);
  • Comprimento: Aprox. 20 metros;
  • Envergadura: Entre 13 metros;
  • Altura: Aprox. 6 metros;
  • Peso máximo de decolagem (sem tanques externos): Aprox. 20.000 kg;
  • Peso máximo de decolagem (com tanques externos): Aprox. 30.000 kg;
  • Carga máxima de armas: Aprox. 10.000 kg;
  • Peso vazio: Aprox. 12.000 kg;
  • Canhão: General Electric Gatling M61 Vulcan, de 20 milímetros;
  • Hard points (pontos de acoplamento de armamentos): 8 ou 9 pontos;
  • Mísseis: AIM-7 Sparrow, AIM-120 AMRAAM e AIM-9 Sidewinder;
  • Radar: Hughes AN/APG-63 ou Hughes AN/APG-70;
  • Limite estrutural: Até 9 g;
  • Teto de serviço: Aprox. 18.000 metros;
  • Velocidade máxima (em altitude elevada): Aprox. 2.500 km/h;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 1.000 km/h;
  • Alcance para translado: Aprox. 4.000 quilômetros (com reservas);
  • Raio de ação (área protegida): Aprox. 2.000 quilômetros (com reservas);


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Grumman
  • Boeing (divulgação): Imagens
  • US Air Force (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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