PSICOLOGIA

INTRODUÇÃO
O símbolo ou emblema da Psicologia, adotado internacionalmente pelas universidades de quase todo o planeta

Segundo o Dicionário Michaelis, a Psicologia é a ciência que estuda os fenômenos e atividades mentais. Ela é a ciência do comportamento humano e sua relação e interação com o seu meio familiar e social.

Segundo o Dicionário Larousse, a Psicologia é a disciplina ou ciência que estuda e aborda os diversos aspectos das atividades mentais e dos comportamentos do ser humano nos meios em que ele vive, principalmente na família e na sociedade.

A ORIGEM
A Psicologia teve, há muito tempo atrás, até o final do século XIX, um período inicial dentro do contexto da Filosofia, ou seja, não era ainda considerada uma ciência independente da Filosofia e seus conceitos mais antigos, com origem na Grécia, são considerados ainda hoje filosóficos-especulativos.

Ao contrário, o que se considera hoje Psicologia Científica, teve origem com a criação do método experimental como procedimento possível, com o objetivo de entender o que se passa, exatamente, com mais precisão, na mente das pessoas, embora ainda hoje haja casos considerados enigmáticos por cientistas e acadêmicos, como a esquizofrenia, por exemplo.

O Estruturalismo é considerado uma das abordagens da Psicologia Científica. Ele foi criado na Alemanha, em 1879, pelo pesquisador Wilhelm Wundt.

O Funcionalismo é também considerado outra das abordagens científicas da Psicologia Científica, foi criado por William James e, aparentemente, dá ênfase exagerada ao lado orgânico do ser humano, sem dar a adequada importância para o que a grande maioria da humanidade acredita ser o seu “lado espiritual.

O Associacionismo foi criado por Edward L. Thorndike, considerado o primeiro formulador de uma teoria da aprendizagem, dentro do contexto da Psicologia Científica.

SUBJETIVIDADE

A subjetividade é um termo usado pela Psicologia e por outras ciências para reconhecer as características individuais e autônomas de cada ser humano, incluindo as características de natureza psicológica, espiritual e emocional. Ou seja, o ser humano é complexo, tem pontos de vista e opiniões particulares (um lado subjetivo), mas a grande maioria das pessoas também é sociável, é gregária.

A subjetividade é constituída na medida em que as pessoas se desenvolvem e passam por experiências de vida. Mas é possível dizer que também há tendências, boas e / ou más, intrínsecas no ser humano, tendências de comportamento profundas, que fazem parte da essência dele, que o torna diferente dos demais da mesma espécie.

SIGMUND FREUD

Sigmund Freud é considerado um dos mais importantes cientistas da história da humanidade. Ele era um médico, um psicólogo, viveu na Áustria e lá se especializou no tratamento de problemas do sistema nervoso. Criou a Psicanálise, avançada técnica de tratamento de desordens mentais e nervosas causadas por conflitos e tensões, tendo como consequência principalmente desordens neuróticas cujos principais sintomas são ansiedade excessiva e, em vários casos, depressão e insônia.

Freud é um dos mais admirados e inovadores psicólogos que a humanidade já teve, embora haja alguns trechos estranhos entre os muitos livros de grande importância deixados por ele como, por exemplo, a teoria em que afirma a existência, em certo momento da vida dos humanos, de um “amor” entre mãe e filho parecido com o amor entre marido e mulher.

A primeira teoria da estrutura do aparelho psíquico inclui a descrição do Consciente, do Inconsciente e do Pré-Consciente. A segunda teoria da estrutura do aparelho psíquico, parecida com a primeira teoria, inclui a descrição do ID, do Ego e do Superego.

Em resumo, Freud afirma nas duas teorias que o ser humano tem, em sua mente, uma primeira “camada” que chamamos de consciência, ou seja, quase todos os seres humanos têm capacidade de perceber a existência de fatos e fenômenos evidentes que se passam a sua volta.

A segunda “camada” que os psicólogos chamam de Superego, é composta de valores morais e regras morais internalizadas, ou seja, entendidas e compreendidas pela grande maioria das pessoas, ensinadas pelas famílias, pelas religiões, pelos governos e pela sociedade.

A terceira “camada” é composta basicamente pelos instintos... Curiosamente, há conflitos e tensões entre as três “camadas” e é justamente aí que surgem os problemas psicológicos e, por consequência, uma parte das doenças mentais...

SOCIALIZAÇÃO

Uma das definições apresentadas pelo Dicionário Michaelis para a palavra socialização é a de desenvolvimento do sentimento coletivo e do espírito de cooperação nos indivíduos associados.

Um dos fatores que resultam no processo que leva um ser humano ao estado que costumamos chamar de maturidade é a percepção ou reconhecimento de suas limitações, justamente como um ser humano, ou seja, não somos onipotentes. Há pessoas que chamam esse estado de humildade, afinal, de certa forma, nós, seres humanos, temos uma dependência mútua e quem não reconhece esse fato, essa realidade, mais cedo ou mais tarde será considerado arrogante, prepotente, déspota ou presunçoso pela sociedade.

Quem vive no isolamento é eremita, a grande maioria dos seres humanos não é assim, portanto os eremitas são apenas exceções.

A grande maioria das pessoas que vive em sociedade reconhece a necessidade de uma organização social que inclui a criação e aperfeiçoamento de legislações que deixem bem claros os papéis das pessoas na sociedade, com direitos e deveres bem justos e bem definidos, inteligíveis, fáceis de entender e, talvez, o mais importante, praticáveis, ou seja, possíveis de serem colocadas em prática.

A partir do momento que o indivíduo toma consciência do bem que ele pode fazer para a sociedade e, no caso de sociedades justas e democráticas, do reconhecimento do valor do indivíduo que assume adequadamente o seu papel social de um modo geral o trabalho é desempenhado com satisfação, com prazer, há um aumento de produtividade e, numa linguagem bem simples e acessível, as coisas passam a fluir com mais naturalidade, o indivíduo é mais feliz.

Se essa impressão for levada para os contextos das empresas e dos órgãos públicos, o resultado também será positivo.

QI (QUOCIENTE DE INTELIGÊNCIA)

No início do século XX, psicólogos iniciaram estudos científicos para criar e desenvolver métodos seguros e confiáveis para quantificar a inteligência humana, ou seja, o próprio ser humano (nesse caso, os cientistas) já estava inteiramente consciente da existência de sua inteligência, mas os cientistas estavam empenhados em avaliá-la ou determinar a sua medida, extensão ou grandeza.

Com o passar dos anos, e após a criação e desenvolvimento de testes padronizados de Q.I. (Quociente de Inteligência) para chegar a um índice padrão universalmente conhecido e aceito por oferecer razoável segurança nas avaliações, os cientistas finalmente reconheceram o que, na verdade, a maioria da humanidade (incluindo os próprios cientistas) já supunha ou já tinha certeza, a existência de vários tipos de inteligências em humanos, entre elas a inteligência emocional.

TIPOS DE INTELIGÊNCIA

Durante muito tempo afirmava-se que a inteligência era hereditária, ou seja, que pais e mães muito inteligentes teriam invariavelmente filhos e filhas também muito inteligentes. O problema grave disso é que não se levava em consideração que, na verdade, a humanidade quase toda é inteligente, os humanos preparam alimentos, usam produtos de higiene, usam roupas e calçados, ouvem música e acompanham os noticiários na TV, dirigem carros e pilotam motos, falam ao telefone, praticam esportes, namoram, criam os filhos, enfim, o fato é que quase toda a humanidade, com raras exceções, é inteligente.

Muitas mulheres, por exemplo, têm “dificuldade” de entender conceitos de física, química e biologia, mas sabem fazer um ótimo almoço e um ótimo café da manhã, e nenhum ser humano consegue viver bem sem uma boa alimentação. Então qual é a importância delas?

Com a Teoria de Inteligências Múltiplas, os psicólogos passaram a ter mais liberdade para valorizar e estimular o que cada pessoa tem de melhor, o potencial de aprendizagem de cada pessoa em áreas diferentes do conhecimento humano passou a ser valorizado como nunca antes tinhas sido, pois faltava uma peça importante entre as variadas teorias apresentadas até então.

Segundo Howard Gardner o ser humano tem oito ou nove tipos já definidos de inteligência: lingüística, corporal-cinestésica, interpessoal, naturalista, intrapessoal, musical, espacial e lógico-matemática. Um nono tipo de inteligência está sendo estudado: inteligência emocional.

No mercado de trabalho, a importância desses oito tipos (ou nove tipos) de inteligência é obvia: As empresas, os órgãos públicos e as organizações não governamentais precisam de pessoas que tenham habilidade para lidar criativamente com palavras (lingüística); capacidade para solucionar problemas envolvendo números, física e química  (lógico-matemática); capacidade de usar o próprio corpo de maneiras diferentes e hábeis (corporal-cinestésica); noção de espaço e direção (espacial); capacidade de organizar sons de maneira criativa (musical); habilidade de entender e compreender os outros, de conviver com outras pessoas, de atuar dentro de grupos, tomando decisões, planejando e executando planos, negociando, elaborando projetos, supervisionando e avaliando o trabalho de outras pessoas (interpessoal); autoconhecimento (intrapessoal); sensibilidade em relação ao meio ambiente, incluindo Biologia (naturalista);

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

O estudioso Daniel Goleman apresentou a teoria sobre a inteligência emocional. Ele afirma que nossos atos e nossas emoções também influenciam ou afetam a qualidade dos nossos relacionamentos interpessoais, ou seja, o controle das nossas emoções (também conhecido como autocontrole) é tão importante quanto a aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades.

Segundo ele, é importante conhecer as próprias emoções, lidar com os sentimentos, motivar-se, reconhecer emoções nas pessoas e lidar com relacionamentos.

Esse tipo de inteligência é necessário no mercado de trabalho: As empresas precisam de pessoas que tenham autocontrole, que consigam desempenhar suas funções com tranquilidade mesmo quando há pressão por resultados, o que não é raro em ambientes muito competitivos, onde há forte concorrência.

CRIATIVIDADE

A criatividade é a obtenção de novos arranjos de ideias, formando novas táticas ou estruturas que resolvem um problema de forma incomum. A criatividade é a capacidade do indivíduo criar soluções ousadas e inovadoras para resolver problemas, soluções que nunca antes tinham sido pensadas, imaginadas, criadas e desenvolvidas.

A criatividade pode fazer aparecer resultados de valor estético ou perceptual que tenham como característica principal uma distinção em relação aos conceitos já tradicionais.

As empresas precisam de colaboradores comprometidos, criativos e inovadores, pois suas ideias podem trazer redução de custos, otimização e simplificação de processos e sistemas, aumento de produtividade e introdução de novas tendências de estética e / ou estilo.

A criatividade faz parte do capital humano e o Dicionário Michaelis tem a seguinte definição para a expressão capital humano: É o capital constituído por educação, perícias, habilidades que um indivíduo possui, que lhe permitem auferir rendas pela prestação de serviços. Este capital de acha incorporado no indivíduo. 

TEORIAS SOBRE LIDERANÇA

A teoria sobre liderança apresenta três estilos e suas consequências em ambientes de trabalho em que há necessidade de interação e colaboração entre os trabalhadores para um resultado produtivo:
  • Liderança autoritária: Forte centralização das decisões e imposição de ordens sem abertura para questionamentos dos subordinados, gerando tensão desagradável no grupo e outras sensações desagradáveis que, na maioria dos casos, causam apatia, frustração, descontentamento em trabalhadores. Os trabalhadores mais experientes toleram isso até certo ponto, passam a desempenhar temporariamente suas tarefas de forma “mecânica” para “pagar as contas do mês”, e passam a buscar melhores oportunidades de trabalho em outras empresas, nas quais possam desenvolver melhor o seu talento e aproveitar melhor o seu conhecimento.
  • Liderança liberal: Na prática, nenhuma empresa privada agüenta por muito tempo um líder indisciplinado competindo em mercados onde há forte concorrência...
  • Liderança democrática: O líder conduz e orienta o grupo, apresenta soluções para problemas, mas também está aberto a sugestões do grupo para solucionar problemas. Os relacionamentos profissionais dentro da empresa fluem com naturalidade e, como conseqüência, há aumento de produtividade. O líder e os subordinados desenvolvem comunicações espontâneas, francas e cordiais. O líder é respeitado mesmo em sua ausência, quando precisa viajar a trabalho ou quando está de férias.

MOTIVAÇÃO

A palavra motivação tem origem na expressão em latim motion e, curiosamente, a palavra emoção tem origem também na mesma expressão em latim, o que dá a entender que motivação tem algo a ver com emoção. A motivação é o conjunto de fatores variáveis que dá origem e mantém os comportamentos humanos. Talvez isso explique porque é comum entre muitas pessoas a convicção ou crença de que é importante para os jovens escolherem profissões que lhes desperte entusiasmo, o que também influencia suas escolhas por um ou outro curso superior.

A teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow é uma das teorias da motivação mais lembradas e citadas, na qual Abraham Maslow afirma que as necessidades básicas, relacionadas por ele, são fatores causadores de motivação. Essa teoria de Maslow é bem aceita entre as pessoas que tomam conhecimento dela, porém não há consenso sobre o posicionamento hierárquico dessas necessidades:
  • Necessidades fisiológicas: São necessidades básicas para sustentação da própria vida de cada pessoa, como alimentos, água, sono, sexo e ar;
  • Necessidades de segurança: São necessidades de se manter longe do perigo físico. Estão incluídas também entre as necessidades de segurança a garantia de emprego e de moradia;
  • Necessidades sociais: Por serem seres sociais, as pessoas têm necessidade de serem aceitas pelo grupo com o qual se identificam;
  • Necessidades de estima: Necessidades de serem valorizadas, de serem respeitadas pelos outros, necessidades de consideração;
  • Necessidades de realização: Segundo Maslow, esta é a mais alta necessidade em sua teoria. Segundo ele, é o desejo de maximizar, otimizar o seu potencial, tornar-se aquilo que a pessoa tem aptidão para ser, de utilizar plenamente os seus talentos individuais;
A motivação pode ser definida como o processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta. A motivação pode resultar em bom desempenho na realização de uma tarefa, pode resultar em alta produtividade (também chamado no mercado de trabalho de eficácia e eficiência), e pode ser melhorada quando há uma feliz combinação de fatores associados que elevam a sua intensidade, aumentam a precisão da direção e dão sentido lógico à persistência nos esforços do indivíduo.

ESFORÇO E COMPETÊNCIA

De fato, quem não faz esforço para se qualificar acaba desatualizado e com dificuldades de se manter ou se reinserir no mercado de trabalho.

A seguir, sete competências ou características desejáveis:
  • Auto-conhecimento: Implica reflexões sobre si mesmo, introspecção e empenho para a definição de objetivos;
  • Competência interpessoal: Capacidade de interagir de forma construtiva com as pessoas;
  • Sensibilidade e intuição: Sensibilidade e intuição são recursos inatos que dispomos para perceber o que acontece à nossa volta;
  • Conectividade: É a capacidade de criar redes de relacionamentos;
  • Versatilidade / adaptabilidade: Capacidade de ajustamento às mudanças;
  • Capacidade de negociação: Capacidade de conciliar interesses, os interesses de quem representamos com os interesses das pessoas com as quais negociamos;
  • Disposição para aprender ou maturidade: Postura de humildade, através da qual reconhecemos nossas limitações a respeito de nossas habilidades e do nosso conhecimento; 

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