JORNADA NAS ESTRELAS – A IRA DE KHAN (FILME)

JORNADA NAS ESTRELAS – A IRA DE KHAN (NO BRASIL)
STAR TREK II - THE WRATH OF KHAN (NOS ESTADOS UNIDOS)
STAR TREK II – A IRA DE KHAN (EM PORTUGAL)
STAR TREK II – LA IRA DE KHAN (AMÉRICA LATINA E ESPANHA)
STAR TREK 2 – LA COLÈRE DE KHAN (NA FRANÇA)

INTRODUÇÃO

Jornada nas Estrelas – A Ira de Khan é um clássico filme do gênero ficção científica e drama, um longa metragem escrito, produzido e filmado em definição padrão nos Estados Unidos, no início da década de 1980, concluído em 1982 e com lançamento em cinemas americanos, europeus e brasileiros no mesmo ano, dirigido pelo americano Nicholas Meyer e tendo como atores principais ou protagonistas o canadense William Shatner (almirante Kirk) e o americano Leonard Nimoy (oficial Spock), além da icônica participação do ator coadjuvante mexicano Ricardo Montalbán, interpretando o vilão Khan, um dos personagens de cinema mais marcantes da década de 1980.

O filme contou com a atuação de vários atores e atrizes de primeira linha, desempenhando papéis coadjuvantes, dentre eles e elas DeForest Kelley (médico McCoy, homem de confiança e confidente do almirante Kirk), Walter Koenig (oficial Chekov, da nave Reliant), James Doohan (engenheiro Scott), George Takei (piloto Sulu), Nichelle Nichols (oficial de comunicações Uhura), Kirstie Alley (aprendiz Saavik), Paul Winfield (capitão Clark, da nave Reliant), Bibi Besch (cientista Marcus, ex-namorada de Kirk) e Merritt Butrick (David, filho de Kirk e Marcus), dentre outros.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Jornada nas Estrelas – A Ira de Khan, cujo título original, em inglês, é Star Trek II – The Wrath of Khan, é um clássico filme americano de ficção científica da década de 1980, dirigido por Nicholas Meyer, cujo roteiro foi escrito e reescrito pelo menos cinco vezes por Gene Roddenberry, Jack Sowards e Harve Bennett, dentre outros, até chegar à versão final escrita por Nicholas Meyer.

O filme é estrelado pelos já conhecidos atores principais William Shatner, o icônico interprete do almirante James Kirk, e o também icônico ator Leonard Nimoy, já falecido, interpretando o inesquecível alienígena Spock, mas conta com uma participação muito especial, o ator coadjuvante Ricardo Montalbán, interpretando o vilão Khan, um dos maiores vilões da história do cinema.

O filme conta uma história em que, num futuro distante, cientistas apoiados pela Federação dos Planetas Unidos buscam novas formas artificiais de se proteger de catástrofes naturais e artificiais que, eventualmente e/ou inevitavelmente, ocorram em planetas já povoados, criando, literalmente, novos planetas de vida exuberante, com água, terra e vegetais, inclusive, a partir de planetas, planetoides ou luas praticamente sem vida, para serem povoados caso seja necessário abandonar os planetas já habitados.

Trata-se de um dos mais emblemáticos e impressionantes filmes da década de 1980, um dos mais elogiados pela crítica mundial e muito bem aceito pelo público, com um orçamento de US$ 11 milhões, em valores da época, e uma arrecadação de bilheteria expressiva de US$ 46 milhões, em valores da época, nos primeiros anos de exibição no cinema, além de ter sido levado massivamente para as telas de TV aberta e TV paga, disponibilizado em mídias físicas, como VHS, DVD e Blu-ray, anos depois, e disponibilizado, nos anos mais recentes, pelas plataformas de streaming.

O roteiro inicial de Gene Roddenberry (o criador da série original de TV Jornada nas Estrelas, da década de 1960) passou por inúmeras mudanças, até chegar à versão final escrita pelo próprio diretor Nicholas Meyer, com filmagens iniciadas em 1981 e a edição final concluída em 1982, com lançamento também em 1982, resultando em uma das maiores bilheterias do cinema da década de 1980.

Parte dos efeitos especiais do filme foi terceirizada para a emblemática Lucas Film, a mesma empresa criadora e produtora dos filmes da franquia Star Wars ou Guerra nas Estrelas, o que explica, pelo menos em parte, a alta qualidade e a sofisticação dos efeitos especiais, considerando os padrões da época, é claro, considerados entre os melhores da década de 1980, e que até hoje impressionam pelo realismo das cenas espaciais.

O filme foi recebido na época com avaliações positivas da crítica internacional. O site agregador de resenhas Rotten Tomatoes relatou que 88% das 51 resenhas do filme foram positivas, enquanto o site agregador Metacritic relatou um aproveitamento de 70% das 11 críticas encontradas na grande mídia. Embora Jornada nas Estrelas – A Ira de Khan, o segundo filme da franquia Star Trek, tenha tido um orçamento bem menor que o orçamento gigantesco de US$ 40 milhões do filme anterior Jornada nas Estrelas – O Filme, a performance geral do segundo foi bem melhor que a performance do primeiro nos principais aspectos, tanto de público quanto de crítica.

Uma enquete simples entre usuários do buscador Google, aqui no Brasil, apontou uma aprovação próxima de 90% dos espectadores do filme.

ROTEIRO

No ano 2285, a Reliant, uma das naves militares da Federação de Planetas Unidos, comandada pelo russo Pavel Chekov, colabora com a cientista americana Carol Marcus na procura por um planeta anão ou planetoide desabitado para servir de experimento para o Projeto Genesis, de criação artificial de biodiversidade, atmosfera e minerais essenciais à vida, como água, por exemplo, a partir de planetas desérticos.

Equivocadamente, Pavel Chekov e seu companheiro de missão Clark Terrel, ambos até então no controle da nave Reliant, desembarcam via teletransporte em um planeta que acreditam ser Ceti Alpha VI, quando na verdade é Ceti Alpha V, um planeta exílio ou planeta prisão no qual estão o psicopata Khan e seus cúmplices, que capturam Chekov e Terrel a fim de usá-los no seu plano de vingança.

O editor deste blog optou por não fazer revelações ou dar muitos detalhes sobre o roteiro. O texto do post traz apenas um breve resumo, muito sucinto, sobre os 30 minutos iniciais do filme, o suficiente para o leitor tomar a decisão de assisti-lo ou não.

OPINIÃO DO BLOG

Há quem diga que os melhores filmes são aqueles que tratam de maneira responsável os assuntos sérios, outros afirmam que os melhores filmes são aqueles cujos roteiros se inspiram em bons livros e outros dizem que os melhores filmes são aqueles baseados em fatos reais. Além disso, há aqueles que dizem que uma boa comédia é aquela que ridiculariza os vícios, ilusões, fraquezas morais e falhas de caráter da humanidade e, portanto, contribuem, de uma forma ou de outra, para a reflexão da própria humanidade sobre seu comportamento. São, portanto, filmes construtivos, embora sejam apenas comédias, sem grandes pretensões intelectuais.

No caso específico do filme Jornada nas Estrelas – A Ira de Khan, trata-se de ficção científica de alta qualidade, com roteiro sofisticado, escrito por pelo menos quatro craques do cinema, Gene Roddenberry, Jack Sowards, Harve Bennett e Nicholas Meyer, que aborda com responsabilidade e seriedade o tema da vida na Terra e, supostamente, em outros planetas, e uma eventual necessidade de evacuação de planetas já habitados, a Terra, por exemplo, em decorrência de superpopulação e/ou desastres naturais ou artificiais, o aquecimento global, por exemplo, por sua vez um fenômeno climático que já é uma realidade aqui no planeta em que vivemos. Portanto, há verossimilhança no filme, o que é um pré-requisito para ser classificado como um filme com roteiro acima da média, acima dos filmes comuns, portanto digno de ser visto pelos olhos mais exigentes e atentos a detalhes.

Na verdade, o filme não faz uma crítica social direta, explícita e contundente sobre o aquecimento global e a energia nuclear, por exemplo, mas aborda seus riscos de forma implícita e subentendida, sem o ativismo político e social mais comum, mais explícito e popular.

Os atores e atrizes são de primeira linha, o roteiro é ótimo, a trilha sonora é boa, os efeitos especiais são muito bons e a direção é muito boa. O filme peca por algumas imprecisões e equívocos de verossimilhança no roteiro, principalmente nos detalhes de aspecto científico, mas, no geral, apresenta um tema válido, a necessidade de sobrevivência da humanidade fora do planeta Terra, caso algo dê errado aqui.

Há quem considere Jornada nas Estrelas – A Ira de Khan uma obra prima, inclusive o melhor filme da bem sucedida franquia Star Trek. O filme é recomendado pelo blog e é considerado indispensável para quem quer entender de cinema.

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Origem: Estados Unidos;
Duração: 112 minutos (DVD);
Gênero: Ficção científica, drama e suspense;
Vídeo: SD e HD em cores (DVD e Blu-ray);
Áudio: Estéreo e Dolby (DVD e Blu-ray);
Mídias disponíveis: TV’s aberta e paga, DVD, Blu-ray e streaming;
Formato: Cinema (2.40:1 Widescreen em DVD);
Roteiro: Jack Sowards;
Direção: Nicholas Meyer;
Produção: Paramount Pictures (Robert Sallin);
Distribuição: Paramount Pictures (cinema, TV’s aberta e paga, mídias físicas e streaming);
Elenco: William Shatner, Leonard Nimoy, Ricardo Montalbán, DeForest Kelley, Walter Koenig, James Doohan, George Takei, Nichelle Nichols, Kirstie Alley, Paul Winfield, Bibi Besch e Merritt Butrick, dentre outros.
Trilha sonora: James Horner;
Fotografia: Gayne Rescher;
Arte: Joseph Jennings;
Figurino: Robert Fletcher;
Edição: William Dornisch;
Idioma principal: Inglês, com dublagem para português;
Orçamento: US$ 11 milhões (valores da época);
Receita bruta (na época): US$ 46 milhões (valores da época);
Receita bruta total: US$ 97 milhões (até o momento);
Opinião do blog: Ótimo;