ROMEU ZEMA (POLÍTICA)

ROMEU ZEMA (NOME POLÍTICO)
ROMEU ZEMA NETO (NOME ORIGINAL)
GOVERNO DE MINAS GERAIS
GRUPO ZEMA


INTRODUÇÃO

Romeu Zema é um eminente político e empresário brasileiro, governador do estado de Minas Gerais entre 2019 e 2022 e governador reeleito para o estado de Minas para o mandado de 2023 até 2026, pelo NOVO – Partido Novo, além de ter ocupado a presidência do conselho de administração do Grupo Zema, uma grande e tradicional empresa familiar brasileira de capital fechado que atua nos ramos de varejo de móveis e eletrodomésticos, concessionárias de veículos, serviços financeiros, vestuário masculino e feminino e autopeças.


Formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, aqui no Brasil, Romeu Zema, cujo nome completo é Romeu Zema Neto, parece ter vocação para as administrações pública e privada, inclusive superando dificuldades aqui no Brasil, tanto na vida empresarial quanto na vida pública. Por exemplo, mesmo não tendo experiência prévia na gestão pública e não tendo ocupado cargo público anteriormente, ele conseguiu, a partir de 2019, colocar em ordem as contas do Governo do Estado de Minas Gerais, graças a uma ampla reforma administrativa.


Além disso, quando ocupava funções executivas no Grupo Zema, nas décadas de 1990, 2000 e 2010, ele conseguiu atravessar recessões econômicas mundiais e domésticas e multiplicar o tamanho e a importância do grupo aqui no Brasil. Por exemplo, a rede de varejo de móveis e eletrodomésticos Lojas Zema é uma das maiores do Brasil, com mais de 450 lojas no Brasil.


Ele se tornou um dos principais integrantes do NOVO – Partido Novo, o único governador de estado desse pequeno partido de ideologia política de direta moderada, que defende princípios de democracia capitalista liberal, além de já ter sinalizado discretamente sua intenção de concorrer à Presidência da República em 2026, fazendo parte da lista já conhecida de novos aspirantes à Presidência, da qual também faz parte Ratinho Júnior, lista que tende a aumentar de tamanho na medida em que os veteranos Lula e Bolsonaro envelhecem e/ou recuam, dependendo de cada caso.


CARREIRA POLÍTICA

Romeu Zema nasceu em 1964 em Araxá, um município de porte médio, com cerca de 108.000 habitantes, localizado a cerca de 360 quilômetros a oeste de Belo Horizonte, por sua vez a capital do estado de Minas Gerais. Ele é descente de imigrantes italianos, é um dos filhos de um casal típico de classe alta de Minas Gerais, o senhor Ricardo Zema, empresário, e Maria Lucia Zema, dona de casa. Ele é neto de Domingos Zema, um imigrante italiano que fundou a primeira empresa do Grupo Zema em 1923, uma revenda peças, partes e componentes para automóveis.


Ele é formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, mas começou a trabalhar nas empresas da família ocupando cargos mais baixos, como balconista, estoquista e vendedor, por exemplo, segundo ele uma tradição na família, já que assim “exercita” virtudes de humildade, modéstia e maturidade, necessárias para lidar diariamente com pessoas de classes sociais diferentes.


Ao longo de sua carreira de empresário bem sucedido, político e administrador público, Romeu Zema mostrou ter aptidão para lidar com situações delicadas e de difícil solução nas administrações pública e privada, principalmente para lidar com déficits governamentais e recessões econômicas nacionais e globais. Parte da experiência e da resiliência adquiridas na gestão de empresas privadas, durante a administração dos negócios da Família Zema nas décadas de 1990, 2000 e 2010, foi utilizada para resolver os problemas financeiros do Governo do Estado de Minas Gerais.


Por exemplo, ele e seus sócios conseguiram manter a saúde financeira das empresas do Grupo Zema mesmo durante as recessões econômicas de 1994, no mundo, 1999, aqui no Brasil, 2008, no mundo, e 2014, aqui no Brasil. Mais adiante, quando já estava na administração pública, como governador, ele conseguiu colocar em ordem as contas do Governo do Estado de Minas Gerais durante o seu primeiro mandato, de 2019 até 2022, principalmente por meio de uma reforma administrativa.


Quando assumiu o primeiro mandato de governador, ele precisou “encarar” um déficit (despesas e dívidas superiores à arrecadação) crescente nas contas do estado, deixado pelo seu antecessor Fernando Pimentel, do PT – Partido dos Trabalhadores.


Curiosamente, Romeu Zema não era um político de carreira e nem servidor público até 2018, quando se candidatou ao Governo do Estado de Minas Gerais e venceu a disputa no segundo turno, pelo NOVO - Partido Novo, contrariando todas as previsões mais conservadoras da época, que davam como favoritos na disputa os candidatos Antônio Anastasia, do PSDB – Partido da Social Democracia Brasileira, e Fernando Pimentel, do PT – Partido dos Trabalhadores. Contrariando as previsões mais conservadoras, ele foi aumentando a porcentagem de intenções de voto gradativamente, até chegar à vitória no segundo turno, com 72% dos votos válidos.


Em 2018, Romeu Zema foi eleito governador do estado de Minas Gerais, o primeiro fora dos círculos políticos mais tradicionais em décadas de rivalidade entre PT, PSDB e PMDB no estado. Um detalhe curioso é que, apesar de apoiar publicamente a candidatura do então candidato à presidência Jair Bolsonaro em 2018, ele não foi à posse de Bolsonaro pois, supostamente, não havia voos comerciais disponíveis pouco antes do horário da posse em Brasília e disse que não queria embarcar em um dos seis aviões executivos do Governo do Estado, para, segundo ele, “dar o exemplo” de austeridade, evitando essa despesa de viagem.


Talvez Freud conseguisse explicar isso: Na verdade, segundo a Psicologia, ele não quis ir à posse, pois não tinha conseguido o apoio público da Família Bolsonaro durante a sua disputa eleitoral em 2018, pois ela decidiu se manter neutra durante a disputa. Anos depois, em 2022, mais um detalhe curioso, a Família Bolsonaro “desconversou” sobre um “eventual apoio” à Zema na disputa à Presidência em 2026.


E já que estamos falando em 2026, não é novidade nos círculos jornalísticos, empresariais e políticos que Romeu Zema (NOVO) e Ratinho Junior (PSD) estão de olho nas respectivas vagas de candidatos de seus partidos na disputa à presidência da República, mas a lista de aspirantes ao Palácio do Planalto tende a aumentar na medida em que os veteranos Lula e Bolsonaro começarem a demonstrar cansaço, o que não seria uma grande novidade, principalmente em razão da idade dos dois. Seriam pelo menos mais quatro candidatos ou pré-candidatos, Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSB), Simone Tebet (MDB) e Tarcísio de Freitas (Republicanos).


Mas Romeu Zema parece não estar nem um pouco preocupado com essa eventual disputa acirrada e difícil para todos os potenciais candidatos, pois a discrição é considerada “natural” para os ricos.


Rico não cai no “ostracismo”, rico leva uma vida discreta, só isso.


PRINCIPAIS REALIZAÇÕES

Segundo o próprio Romeu Zema, as suas prioridades como governador do estado de Minas Gerais, tanto no primeiro mandato quanto no segundo mandato, eram e são a saúde pública, a educação pública e a segurança pública, mas sem abrir mão do controle de gastos do governo. Na época, no seu primeiro mandato, o Governo do Estado tinha uma folha de pagamento que consumia cerca de R$ 3 bilhões por mês dos seus cofres, algo insustentável na época.


Vale lembrar que Minas Gerais é um dos estados mais ricos do Brasil, um estado altamente industrializado, com setor de comércio e serviços desenvolvido e com a agricultura e a pecuária também desenvolvidas. Naturalmente, isso tem reflexos positivos diretos e indiretos na capacidade de arrecadação do governo, mas mesmo assim o estado entrou num grave círculo vicioso de gastos administrativos em excesso, o que tirou sua capacidade de investimentos em saúde, educação e segurança pública, por exemplo, chegando ao ponto de realizar o parcelamento do pagamento de salários dos servidores na época.


Durante o seu primeiro mandato de governador do estado de Minas Gerais, entre 2019 e 2022, Romeu Zema conseguiu apoio da Assembleia Legislativa do estado para implementar uma ousada e necessária mudança na estrutura administrativa do Governo do Estado de Minas Gerais, com a eliminação de pelo menos 3.500 cargos comissionados (sim, é isso mesmo que você está lendo: 3.500 cargos comissionados), com uma economia prevista de pelo menos R$ 1 bilhão em quatro anos de governo.


A iniciativa foi bem sucedida, necessária para o reequilíbrio das contas do Governo do Estado de Minas Gerais, com a eliminação de subsecretarias, superintendências, diretorias e assessorias, resultando em uma redução do número de pastas (divisões administrativas internas, como secretarias, por exemplo), de 21 para 12, com a consequente redução das despesas anuais com comissionados, de R$ 815 milhões, em 2018, para R$ 580 milhões, em 2020, uma economia significativa de quase 30% nas despesas anuais com folha de pagamento dos comissionados e outros custos associados às pastas.


Atualmente, como um dos principais integrantes do NOVO – Partido Novo, na prática o mais importante, já que é o único governador de estado da sigla, Romeu Zema propõe aos correligionários uma oposição moderada e equilibrada em relação ao governo eleito do PT na presidência da República, o que pode ser interpretado como um discreto apoio do NOVO aos projetos do PT considerados bons para o Brasil, em nível federal, mas uma oposição aos projetos do PT que sejam considerados ruins, neste caso considerando a ideologia de direita moderada do NOVO, é claro.


GOVERNO DE MINAS (1º MANDATO)

O 1º mandato de Romeu Zema no Governo do Estado de Minas Gerais teve pelo menos dois grandes desafios, duas situações críticas a serem resolvidas, a primeira delas foi o déficit gigantesco de mais de R$ 11 bilhões nas contas do estado, algo parcialmente resolvido ainda no primeiro ano de governo, em 2019, com a aprovação da reforma administrativa na Assembleia Legislativa, e a segunda foi o acidente ocorrido na barragem da mineradora Vale S.A., no município de Brumadinho, considerado até hoje o maior acidente de trabalho ocorrido no Brasil, com grande impacto ambiental e humano, com mais de 270 pessoas falecidas, a grande maioria empregados da empresa, e inúmeras propriedades rurais, pequenas, médias e grandes, impactadas.


Quando assumiu o governo do estado mineiro, Romeu Zema se deparou com uma situação delicada e de difícil solução, um déficit crescente das contas do estado, na época já ultrapassando R$ 11 bilhões, com despesas superando receitas de forma desenfreada. A única solução foi reduzir despesas onde fosse possível, começando pela reestruturação administrativa do governo, eliminando mais de 3.500 postos de trabalho considerados desnecessários, e, na sequência, a reforma da previdência do funcionalismo estadual, com alterações necessárias, como, por exemplo, idades mínimas de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, além de outras mudanças.


Além disso, havia necessidade de reduzir de forma consistente o passivo contábil do estado, ou seja, reduzir as dívidas do Governo de Minas Gerais, principalmente para recuperar ou aumentar a capacidade de investimentos, com caixa próprio, em áreas prioritárias. Entre as soluções apontadas na época estavam as privatizações de estatais ou sociedades de capital misto, dentre elas a CODEMIG (empresa de investimentos), a COPASA (saneamento básico) e a CEMIG (energia elétrica).


Até o momento, nenhuma dessas três empresas citadas acima foi privatizada. Apesar dos inúmeros esforços de negociação do Governo de Minas para alcançar apoio na Assembleia Legislativa, até o momento o mercado aguarda uma definição sobre o assunto.


INFORMAÇÕES GERAIS

  • Nome político: Romeu Zema;
  • Partido atual: NOVO – Partido Novo;
  • Partidos anteriores: PL e PR (1999 até 2018);
  • Convicções políticas: Democracia capitalista liberal, com foco em gestão eficiente;
  • Nome completo: Romeu Zema Neto;
  • Apelido:
  • Estado civil: Divorciado;
  • Nascimento: Araxá – M.G. (1964);
  • Pai: Ricardo Zema (empresário);
  • Mãe: Maria Lúcia Zema (dona de casa);
  • Filhos: Catharina e Domenico;
  • Irmãos:
  • Hobbies:
  • Línguas: Português e Inglês;
  • Pets:
  • Cargo atual: 41.º governador de Minas Gerais (2023 até 2026);
  • Vice-governador: Mateus Simões (NOVO)
  • Cargo anterior: 40.º governador  de Minas Gerais  (2019 até 2022);
  • Vice-governador: Paulo Brant (NOVO);
  • Outras atividades: Empresário (integrante do conselho do Grupo Zema);
  • Patrimônio pessoal: Aprox. R$ 130 milhões (dependendo da fonte consultada);


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Romeu_Zema
  • Facebook (divulgação): Imagem
  • Wikimedia: Imagem

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