O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN (FILME)

O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN (NO BRASIL)
BROKEBACK MOUNTAIN (NOS ESTADOS UNIDOS)
O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN (EM PORTUGAL)


INTRODUÇÃO

O Segredo de Brokeback Mountain é um moderno filme do gênero romance e drama, um longa metragem escrito, produzido e filmado em alta definição nos Estados Unidos e no Canadá, nos primeiros anos da década de 2000, concluído em 2005 e com lançamento em cinemas americanos, europeus e brasileiros em 2005 e 2006, dirigido pelo taiwanês Ang Lee e tendo como atores principais ou protagonistas o australiano Heath Ledger (Ennis del Mar) e o americano Jake Gyllenhaal (Jack Twist), além das atuações talentosas de atores e atrizes coadjuvantes.


O filme contou com a atuação de vários atores e atrizes de primeira linha, desempenhando papéis coadjuvantes, dentre eles e elas Anne Hathaway (como Lurren, esposa de Jack Twist), Michelle Williams (como Alma, esposa de Ennis del Mar), Anna Faris (como Lashawn), Linda Cardellini (como Cassie), Randy Quaid (como Joe) e Kate Mara (como Alma Jr, filha de Ennis), dentre outros.


Contrariando as previsões mais conservadoras do mercado cinematográfico, já que se trata de um filme que abordava um tema polêmico, O Segredo de Brokeback Moutain é considerado um dos maiores sucessos da história do cinema mundial, tanto de crítica quanto de público. Ele custou “apenas” US$ 14 milhões (o que, na verdade, não é pouco, convenhamos, mas para os padrões de Hollywood é sim pouco) para ser escrito, produzido e filmado e faturou, até o momento, mais de US$ 480 milhões, ou seja, cerca de 34 vezes mais do custou aos cofres do estúdio Universal Pictures e das produtoras associadas, um dos filmes mais lucrativos do mundo.


O filme recebeu nada menos que oito indicações ao Oscar, um dos maiores números de indicações da história do cinema, conseguindo conquistar três prêmios Oscar, sendo um dos principais deles, o de melhor diretor, para Ang Lee, além de também ter conquistado outros prêmios, como, por exemplo, o Globo de Ouro, de melhor filme e de melhor direção.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

O Segredo de Brokeback Mountain, cujo título original, em inglês, é Brokeback Mountain, é um moderno filme americano de romance e drama da década de 2000, dirigido pelo icônico taiwanês Ang Lee, cujo roteiro foi baseado no conto Brokeback Mountain, da escritora e jornalista americana Annie Proulx, publicado originalmente na revista americana The New Yorker, em 1997, mas amplamente adaptado pelos roteiristas Larry McMurtry e Diana Ossana, ambos americanos.


O filme é estrelado pelos já conhecidos e talentosos atores principais Heath Ledger, já falecido, e Jake Gyllenhaal, ambos interpretando os inesquecíveis e belíssimos personagens de peões de fazenda bissexuais Ennis del Mar e Jack Twist, mas conta com algumas participações especiais, dentre elas Anne Hathaway (esposa de Twist), Michelle Williams (esposa de del Mar) e Kate Mara (filha de del Mar), atuando como talentosas atrizes coadjuvantes.


Observe atentamente aqui que, na verdade, se trata de uma história sobre dois homens de comportamento bissexual, ou seja, dois homens que se relacionam com homens e mulheres, mas, por algum motivo, eles foram rotulados pela imprensa, pela crítica e pelo público como homossexuais.


O filme conta uma história de dois pastores de ovelhas americanos que se conhecem em 1963 ao aceitarem um trabalho por temporada de pastorear um rebanho de ovelhas no estado norte-americano de Wyoming, e, durante o trabalho iniciam um relacionamento amoroso, que persiste mesmo após tomarem rumos diferentes na vida, ambos casando com mulheres, inclusive, e tendo filhos.


Trata-se de um dos mais emblemáticos filmes da década de 2000, um dos mais elogiados pela crítica mundial e muito bem aceito pelo público, com um orçamento de US$ 14 milhões, em valores da época, e uma arrecadação surpreendente de bilheteria, muito expressiva, de mais de US$ 480 milhões, até o momento, uma das maiores margens de lucro da história do cinema, além de ter sido levado massivamente para as telas de TV aberta e TV paga, disponibilizado em mídias físicas, como DVD e Blu-ray, anos depois, e disponibilizado, nos anos mais recentes, pelas plataformas de streaming.


As filmagens, nos Estados Unidos e no Canadá, foram totalmente realizadas em 2004, mas a edição de imagens teve um pequeno atraso, com lançamento em cinemas americanos, europeus e brasileiros em 2005 e 2006, resultando em uma das maiores bilheterias do cinema mundial das décadas mais recentes, ficando atrás apenas de superproduções, como Titanic, Star Wars, Harry Potter e 007.


O filme foi recebido na época com avaliações positivas da crítica internacional. O site agregador de resenhas Rotten Tomatoes relatou que 87% das 221 resenhas do filme foram positivas. Embora O Segredo de Brokeback Mountain tenha sido muito bem recebido pela crítica e pelo público em várias partes do mundo, o filme teve dificuldades de penetração em mercados mais conservadores, como, por exemplo, no Oriente Médio e na China, regiões em que sua exibição foi proibida pelos respectivos governos ou autorizada apenas após cortes das cenas mais ousadas de sexo.


Uma enquete simples entre usuários do buscador Google, aqui no Brasil, apontou uma aprovação próxima de 88% dos espectadores do filme.


ROTEIRO

Em 1963, os jovens rancheiros ou vaqueiros americanos de classe baixa, Ennis del Mar e Jack Twist, colaboram em uma empreitada de pastorear um rebanho de ovelhas em pastos nativos da região Oeste dos Estados Unidos, em meses frios. Ambos se apaixonam e mantêm um longo relacionamento amoroso à distância, com encontros esporádicos por cerca de 20 anos seguidos, mesmo após terem formado famílias convencionais, com suas respectivas esposas.


O editor deste blog optou por não fazer revelações ou dar muitos detalhes sobre o roteiro. O texto do post traz apenas um breve resumo, muito sucinto, sobre os 30 minutos iniciais do filme, o suficiente para o leitor tomar a decisão de assisti-lo ou não.


O CONTEXTO

Em tese, teoricamente, a homossexualidade é um comportamento baseado no desejo sexual ou atração sexual entre duas ou mais pessoas do mesmo sexo, que ainda não fizeram ou não pretendem fazer a transição para o sexo oposto. A origem biológica ou genética e psicológica exata, precisa, da homossexualidade ainda é desconhecida pela ciência, mas já é possível afirmar que o indivíduo homossexual (gay ou lésbica) não é doente e não é aleijado (deficiente físico), porque o doente e o aleijado estão numa condição indesejável para eles próprios, ou seja, eles não querem ser doentes e aleijados, enquanto o indivíduo homossexual passou, ao longo de sua infância, adolescência e juventude, por um processo voluntário ou espontâneo de adaptação a sua condição homossexual, ou seja, ele não tem orgulho nem vergonha dela (da homossexualidade), ele apenas convive com ela “naturalmente”. Para ele, do ponto de vista dele, ela é um "comportamento natural", é “normal”, ou seja, ele já nasceu assim, ele se adaptou a ela e a incorporou como parte de sua própria personalidade.


Os nossos antepassados, na antiguidade, não sabiam lidar com a homossexualidade. Em casos extremos, o indivíduo homossexual era apedrejado, mutilado, preso, açoitado, deserdado, exilado e até morto. Parte dessa intolerância, ignorância e preconceito teve origem nas religiões, inclusive nas religiões judaica e islâmica. Por outro lado, curiosamente, não há nenhuma passagem concreta nos quatro primeiros livros do Novo Testamento, Mateus, Marcos, Lucas e João, que são a base e a bússola do cristianismo, sobre a homossexualidade, ou seja, até onde se sabe Jesus Cristo não teria dito uma palavra sequer sobre a homossexualidade.


Já a bissexualidade é um meio termo entre a homossexualidade e a heterossexualidade, ou seja, o indivíduo bissexual tem interesse sexual por pessoas do sexo oposto e por pessoas do mesmo sexo. Cerca de 1/3 (um terço) da humanidade é bissexual, na verdade, mas a grande maioria da humanidade costuma fazer a opção voluntária e espontânea por relacionamentos convencionais, ou seja, relacionamentos entre um homem e uma mulher, principalmente para a formação de novas famílias.


O Rei Davi, do Velho Testamento, por exemplo, também um pastor de ovelhas, era bissexual. Responda sinceramente, não seja ingênuo, sem rodeios, o que você acha que significam estes versículos da Bíblia Sagrada, a seguir?


1º Samuel, Capítulo 18. Saul e Davi terminaram a sua conversa. Jônatas, filho de Saul, começou a sentir uma profunda amizade por Davi e veio a amá-lo como a si mesmo (um sinal claro de espelhamento, ou seja, de identificação, o contrário de projeção). Daquele dia em diante Saul (ou seria Jônatas?, lembrando que esses livros são muito antigos e pode ter havido um erro de tradução ou equívoco histórico durante as cópias dos manuscritos mais antigos para os manuscritos posteriores) levou Davi para a sua casa e não deixou que voltasse para a casa de seu pai (equivalente ao ato do noivo ou marido tirar a noiva ou esposa da casa de seu pai e levá-la para sua própria casa). Jônatas e Davi fizeram um juramento de amizade (só amizade?), pois Jônatas tinha grande amor por Davi. Ele tirou a capa que estava usando e a deu a Davi. Deu também a sua túnica militar, a espada, o arco e o cinto (algumas traduções mais antigas dizem que "Jônatas mostrou sua espada a Davi", ou seja, numa linguagem subliminar, mostrou seu pênis a Davi).


Mais adiante, em 2º Samuel, Capítulo 1, Davi lamenta a morte de seu amante, Jônatas. Ele diz assim: “Como era maravilhoso seu amor por mim, melhor até que o amor de uma mulher”. Uma parte dos estudiosos mais conservadores da Bíblia afirma que, nesses versículos, Davi considerava Jônatas como um irmão. Parece que não querem enxergar o óbvio. Mas a Psicologia explica isso, “as pessoas só enxergam o que querem ver”, elas ignoram o que não lhes interessa.


OPINIÃO DO BLOG

Há quem diga que os melhores filmes são aqueles que tratam de maneira responsável os assuntos sérios, outros afirmam que os melhores filmes são aqueles cujos roteiros se inspiram em bons livros e outros dizem que os melhores filmes são aqueles baseados em fatos reais. Além disso, há aqueles que dizem que uma boa comédia é aquela que ridiculariza os vícios, ilusões, fraquezas morais e falhas de caráter da humanidade e, portanto, contribuem, de uma forma ou de outra, para a reflexão da própria humanidade sobre seu comportamento. São, portanto, filmes construtivos, embora sejam apenas comédias, sem grandes pretensões intelectuais.


No caso específico do filme O Segredo de Brokeback Mountain, trata-se de romance e drama de altíssima qualidade (embora, de fato, com algumas cenas mais ousadas, não recomendas para menores de 16 anos), com roteiro sofisticado e refinado, abordando os aspectos sentimentais e psicológicos das relações entre pessoas do mesmo sexo, escrito por dois craques do cinema, Larry McMurtry e Diana Ossana, que abordam com responsabilidade, seriedade e sensibilidade o tema da homossexualidade e da bissexualidade em um país de forte tradição cristã, os Estados Unidos, com mais de 80% da população que se denominava evangélica e católica, na época. Portanto, há verossimilhança no filme, o que é um pré-requisito para ser classificado como um filme com roteiro acima da média, acima dos filmes comuns, portanto digno de ser visto pelos olhos mais exigentes e atentos a detalhes.


O filme é uma obra prima. Os atores e atrizes são de primeira linha, o roteiro é ótimo, a trilha sonora é ótima, a fotografia e a direção são muito boas. O filme apresenta um tema válido, a necessidade das religiões mais conservadoras atuais reavaliarem a interpretação dos textos bíblicos do Antigo Testamento e do Novo Testamento, levando em consideração o contexto da época, ou seja, a dificuldade dos anciãos e patriarcas, da época em que esses textos foram escritos, de entenderem a natureza da homossexualidade e da bissexualidade.


O filme O Segredo de Brokeback Mountain não foi o primeiro grande filme, de um típico grande estúdio de cinema americano, a abordar a questão da homossexualidade com coragem. Outro excelente filme, Filadélfia, dirigido por Jonatham Demme e estrelado por Tom Hanks, Denzel Washington e Antonio Banderas, abordou a questão da homossexualidade de forma competente. Ambos os filmes são recomendados pelo blog, são considerados essenciais para quem quer entender de cinema.


Infelizmente, o ator Heath Ledger se suicidou em 2008, no auge da carreira.


FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

  • Origem: Estados Unidos;
  • Duração: 135 minutos (DVD);
  • Gênero: Romance e drama;
  • Vídeo: SD e HD em cores (DVD e Blu-ray);
  • Áudio: Estéreo e Dolby (DVD e Blu-ray);
  • Mídias disponíveis: TV’s aberta e paga, DVD, Blu-ray e streaming;
  • Formato: Cinema (Widescreen em DVD);
  • Roteiro: Larry McMurtry e Diana Ossana;
  • Direção: Ang Lee (Taiwan);
  • Produção: Universal Pictures / Focus (Robert Sallin), River Road e outras;
  • Distribuição: Universal e Europa (cinema, TV’s aberta e paga, mídias físicas e streaming);
  • Elenco: Heath Ledger, Jake Gyllenhaal, Anne Hathaway, Michelle Williams, Anna Faris, Linda Cardellini, Randy Quaid e Kate Mara, dentre outros.
  • Trilha sonora: Gustavo Santaolalla;
  • Cinematografia: Rodrigo Prieto;
  • Arte:
  • Figurino:
  • Edição: Geraldine Peroni e Dylan Tichenor;
  • Idioma principal: Inglês, com dublagem para português;
  • Orçamento: US$ 14 milhões (valores da época);
  • Receita bruta total: US$ 480 milhões (até o momento);
  • Lucro: US$ 200 milhões (até o momento);
  • Opinião do blog: Ótimo;     


PRONÚNCIAS NESTE POST

  • Brokeback Mountain: “Brocbéc Máuntén”
  • Ang Lee: “Éng Lí”
  • Heath Ledger: “Ríf Lédger”
  • Jake Gyllenhaal: “Djêic Guilenról”
  • Ennis del Mar: “Énis dél Mar”
  • Jack Twist: “Djéc Tuíst”
  • Anne Hathaway: “Éni Rádauei”
  • Lurren: “Lórein”
  • Alma: “Élma”
  • Jonatham Demme: “Djónatan Dém”
  • Tom Hanks: “Tóm Réncs”
  • Denzel Washington: “Dénzel Uóchinton”
  • Wyoming: “Uáiômin”


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REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Segredo_de_Brokeback_Mountain
  • Universal Pictures (divulgação): Imagens
  • Europa Filmes (divulgação): Imagens

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