SOCIOLOGIA

INTRODUÇÃO

Segundo o Dicionário Michaelis, a Sociologia é a ciência envolvida nos assuntos de interesse da sociedade, principalmente assuntos sociais e políticos, incluindo os estudos sobre a origem e desenvolvimento das sociedades humanas.

O ser humano, de modo geral e com exceções, já nasce com a capacidade de desenvolver sua inteligência ao longo dos seus anos de vida, de cultivar sua inteligência com o passar dos anos, incluindo a capacidade de aprender a falar, a escrever, a dirigir, a comprar e vender, já nasce com a tendência de aprender a se relacionar com outros seres humanos, etc.

A Sociologia é uma parte das ciências humanas que estuda o comportamento humano e a interatividade do ser humano com os demais integrantes da sociedade em que ele vive.

CULTURA, EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E ARTE

Sob certo ponto de vista, guardadas as proporções, há uma certa proximidade entre os conceitos de cultura, educação, ciência e arte (no sentido mais amplo da palavra, incluindo atividades humanas que contribuem diretamente para o desenvolvimento econômico e social). Nessa linha de pensamento, todas as ciências contribuem, em maior ou menor medida, diretamente ou indiretamente, para desenvolvimento humano (em um sentido bem amplo), elas são úteis.

O ser humano não é uma máquina de trabalhar, ele precisa de tempo livre disponível para diversão, esporte, reflexões no sentido religioso ou espiritual, sexo e amor, outros tipos de relacionamentos íntimos, incluindo as relações entre pais e filhos.

A Sociologia trata dessa questão do equilíbrio entre trabalho e lazer, e trata também de outras questões delicadas, como a infeliz concentração de renda em países pobres ou em desenvolvimento, como no Brasil, por exemplo.

A “production line”, conhecida aqui no Brasil como linha de produção ou linha de montagem, uma das mais interessantes e exemplares inovações tecnológicas aplicadas inicialmente na modernização da produção de automóveis, implementada no século passado por Henry Ford, é um exemplo de como a educação (na forma de treinamento) pode ocasionar aumento de produção e uma significativa melhora nos números relacionados à atividade econômica de um país.

CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA

Há artigos na Constituição Brasileira que reafirmam a posição do Estado Brasileiro como agente disciplinador (normativo e regulador) da atividade econômica, valorizando o trabalho humano, a livre iniciativa, a livre concorrência, a defesa do consumidor e a defesa do meio ambiente.

Um ponto bem interessante e de valor na Constituição de 1988, no Artigo 173, é o que trata de evitar que empresas estatais tenham privilégios fiscais não extensivos às empresas do setor privado, evitando assim uma distorção indesejável no mercado.

A Constituição Brasileira define a expressão ordem econômica como a consequência de um conjunto de leis criadas com objetivo de proteger as classes sociais (o capital e o trabalho) de abusos que acontecem nos países em que não há legislação avançada e moderna.

Assegurar a existência digna do cidadão, garantindo inclusive o direito de propriedade e condições favoráveis para o desenvolvimento da pequena empresa, é outro objetivo da Constituição Brasileira.

Infelizmente, de um modo geral, bem amplo, o Brasil ainda tem muitos desafios de modernizar as suas legislações. Por exemplo: A necessidade de criação de impostos sobre valor agregado (federal, municipais e estaduais), que incidam no destino, sobre produtos e serviços, mas sem perder de vista a necessidade dos estados (unidades da federação) menos desenvolvidos de atrair investimentos diretos na produção industrial e no comércio, com a consequente redução das desigualdades regionais. É uma equação social, digamos, a ser resolvida.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Revolução Industrial foi um momento importante na história da humanidade. Ela foi originada na Inglaterra no século XVIII aperfeiçoada nos séculos seguintes, que consistiu basicamente na passagem da energia humana para a motriz, ou seja, naquele momento os processos de produção manual ou artesanal de muitos itens de consumo foram substituídos pelos processos de produção em larga escala com o uso de máquinas, incluindo os teares mecânicos, a máquina a vapor, etc.

A Revolução Industrial é considerada por acadêmicos e cientistas um dos fatores para a consolidação do que conhecemos hoje como capitalismo, embora, infelizmente, já naquele tempo tiveram origem também os “efeitos colaterais” do capitalismo, naquele tempo sem a necessária atuação reguladora e normativa do Estado, incluindo baixos salários e condições desumanas de trabalho, o que infelizmente ainda hoje acontece em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, nos quais não existem legislações trabalhistas modernas.

De fato, o capitalismo tem o seu lado bom, se considerarmos o que acontece em países com legislações modernas. Nesses países quase sempre o trabalho é valorizado e o ser humano é tratado com dignidade. O Brasil está, então, no “meio do caminho” dentro desse contexto sócio-econômico, ou seja, o Estado Brasileiro tem leis bem razoáveis que protegem o trabalhador, mas ainda não é considerado pela ONU, por exemplo, um país totalmente desenvolvido nesse sentido, em comparação com Estados Unidos, Europa Ocidental, Canadá, Austrália e Japão.

Por exemplo, originalmente criados pelos então presidentes Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso, o Seguro DesempregoBolsa Escola (algum tempo depois melhorado e renomeado para Bolsa Família), respectivamente, são exemplos do que o Estado pode fazer para proteger a classe trabalhadora de renda mais baixa (a classe baixa, mesmo) contra abusos ou recessões econômicas que, infelizmente, acontecem em países subdesenvolvidos, em desenvolvimento e ainda acontecem até nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Seguro Desemprego existe.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

O grande e admirável avanço da tecnologia nas telecomunicações, na medicina, na agricultura, nos transportes, na indústria têxtil e calçadista, trouxe benefícios a um grande número de consumidores, mas infelizmente uma parte disso parece estar ainda limitado às classes sociais de renda mais elevada, as classes média e alta.

Não existe felicidade pela metade: Grandes e ricas cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, com imensas favelas, é um contraste indesejável e causa perplexidade, muitos turistas estrangeiros, por exemplo, levam um susto com isso...

Na prática, a miséria é uma infelicidade para todo o país.

A força produtiva é a capacidade que a sociedade tem de produzir bens e prestar serviços, incluindo o capital e o trabalho. Inclui a força de trabalho (mão de obra) e o capital da indústria e o capital do comércio. 

KARL MARX

O economista, filósofo, historiador e cientista político Karl Marx escreveu a partir de 1830 sobre os agudos contrastes sociais que ele provavelmente presenciou, porém o que ele escreveu não se encaixa mais totalmente sobre o capitalismo moderno presente em países com legislação trabalhista avançada, como Estados Unidos, por exemplo. Talvez se aplique aos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.

A democracia é, de fato, a melhor forma de organização da sociedade, encontrada e realizada até hoje. De certa forma e em certa medida, os seres humanos de classes sociais diferentes traçam o seu próprio destino mais hoje do que antes, e alguns dos fatores responsáveis por esse desenvolvimento sócio-econômico são a educação pública e privada e os meios de comunicação (TVs, jornais, revistas, Internet e rádio), que levam ao conhecimento de todas as classes sociais quase tudo o que acontece nos meios intelectuais, artísticos, políticos, religiosos, científicos e tecnológicos. Sem a educação e os meios de comunicação seria muito mais difícil escolher bem os governantes.

GLOBALIZAÇÃO

Segundo o autor Sérgio Ximenes, no Dicionário da Língua Portuguesa, a globalização é uma fase do capitalismo que se consolidou na década de 1990, com profundas implicações políticas e sociais, e que foi possibilitada pela facilidade de comunicação entre os países, pela abertura dos mercados nacionais e pelo avanço da tecnologia, levando à formação de grandes blocos econômicos e ao acirramento da competição entre as empresas. Segundo ele, globalização também é qualquer processo que atinja escala planetária.

Essa definição de Sérgio Ximenes é bem interessante, inteligente, bem simples e fácil de entender. Porém, na prática a abertura dos mercados para produtos industrializados e commodities e para o capital estrangeiro (investimento estrangeiro) não é completa, não é total, não é irrestrita.

Cada nação tem suas necessidades de buscar fora ou permitir a entrada de produtos industrializados e commodities, e cada democracia tem suas políticas de permitir até certo ponto ou abrir totalmente seus mercados para a exploração pelo capital estrangeiro, ou seja, cada caso é um caso.

A globalização tem o seu lado positivo, se considerarmos que ela está em um contexto de capitalismo. O Brasil, por exemplo, é um dos maiores exportadores de commodities agrícolas do mundo e é um importador de alta tecnologia, principalmente bens de capital utilizados na produção industrial para suprir o mercado interno. É diferente da maior parte dos países do Oriente Médio, por exemplo, que exporta um imenso volume de petróleo e gás e importa grande parte dos produtos que precisa para a sobrevivência de suas populações.

Na verdade, o Brasil é considerado um dos países emergentes mais fechados do mundo. Segundo o Banco Mundial, em 2010, por exemplo, a carga tributária média de importação no Brasil foi de cerca de 13%, enquanto as cargas tributárias médias em outros países também emergentes, como Chile, Rússia, África do Sul e China, por exemplo, foram de cerca de 5%, 6%, 7% e 8%, respectivamente. De lá pra cá não mudou muita coisa, o Brasil continua dificultando a entrada de produtos importados, principalmente produtos de varejo para comercialização por importadores oficiais.

A experiência mostra que países fechados demais sofrem com pressões inflacionárias. Por outro lado, a simples abertura a produtos estrangeiros, sem a necessária e adequada redução da carga tributária sobre a fabricação dos mesmos tipos de produtos em solo brasileiro pode provocar uma competição desigual, o que prejudicaria o fabricante nacional, que gera empregos no Brasil, para favorecer fabricantes estrangeiros. Portanto, uma abertura econômica em um contexto de globalização não deve ser feita de qualquer forma, deve ser ponderada, planejada antecipadamente.

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REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
  • Unigran - Universidade da Grande Dourados
  • Wikimedia: Imagens

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