BELL 206 LONG RANGER

BELL 206L LONG RANGER (DESDE 1975)
BELL 206L-1 LONG RANGER II (DESDE 1978)
BELL 206L-3 LONG RANGER III (DESDE 1982)
BELL 206L TEXAS RANGER (MILITAR / DESDE 1981)
BELL 206L-4 LONG RANGER IV
BELL 206LT TWIN RANGER (BIMOTOR / DESDE 1994)
BELL 206 GEMINI ST (RETROFITADO / DESDE 1991)

INTRODUÇÃO
Logo acima, um best seller da indústria aeronáutica americana e canadense Bell Helicopter, fabricado em larga escala inicialmente nos Estados Unidos e, posteriormente, no Canadá. Logo abaixo, um dos modelos de helicópteros mais vendidos do mundo e um dos modelos de helicópteros a turbina mais vendidos e operados no Brasil. Uma máquina prática, eficiente e confortável.
O Bell 206 Long Ranger é um helicóptero monomotor a turbina de pequeno porte projetado para transporte executivo e semi-utilitário, de passeio e de turismo, para uso policial, para coberturas jornalísticas e para transporte aeromédico, projetado, desenvolvido e fabricado em larga escala inicialmente nos Estados Unidos, a partir da década de 1970, pela Bell Helicopter, que utilizou como base para sua criação o helicóptero monomotor de pequeno porte Bell 206 Jet Ranger, entretanto com um número considerável de mudanças que tornou o Long Ranger um modelo diferente de helicóptero, com fuselagem maior e com motor mais potente, portanto com maior capacidade de transportar passageiros. Posteriormente, na década de 1980, a produção em larga escala do Long Ranger foi transferida pela Bell para o Canadá.

Ele é sustentado por uma turbina Allison 250 / Rolls Royce e tem capacidade para transportar um piloto e até seis passageiros em missões típicas dentro de metrópoles, pousando e decolando de helipontos e heliportos, e também para viagens intermunicipais. Em algumas situações, é possível também realizar viagens interestaduais, com ou sem escalas para reabastecimento, dependendo da distância entre origem e destino.

Durante as décadas de 1980, 1990 e 2000, os principais concorrentes do Bell 206 Long Ranger foram o helicóptero monomotor a turbina francês Eurocopter AS350 Écureuil / Aerospatiale AS350 Écureuil, mais conhecido no Brasil como Helibras AS-350 Esquilo, fabricado aqui no Brasil, inclusive; e o helicóptero monomotor italiano Agusta AW119 Koala, fabricado pela Agusta, conhecida atualmente como Leonardo.

Posteriormente, na década de 1990, a Bell Helicopter projetou e introduziu no mercado um modelo de helicóptero que muitos imaginavam ser o substituto natural do Bell 206 Long Ranger, o helicóptero monomotor Bell 407, com rotor principal de quatro pás, o irmão mais potente e um pouco mais moderno do Long Ranger. Porém, curiosamente, a aceitação do Long Ranger no mercado aeronáutico se manteve até 2017 e, atualmente, somente o Bell 407 é fabricado para atender a faixa de monomotores a turbina de sete assentos, enquanto a faixa logo abaixo, de cinco assentos, é atendida pelo novíssimo Bell 505 Jet Ranger X.

A BELL HELICOPTER
Logo acima, o logotipo atual da Bell Helicopter, lançado recentemente, uma alusão à libélula, um ágil inseto voador de aspecto que lembra vagamente o formato um helicóptero. Logo abaixo, o logotipo anterior da empresa.

Atualmente, a Bell Helicopter, conhecida antigamente como Bell Aircraft Corporation, é uma das maiores fabricantes de helicópteros do mundo. Essa fabricante americana de helicópteros foi criada por Lawrence Bell na década de 1930, inicialmente como uma empresa de fabricação de aeronaves de asas fixas e asas rotativas, civis e militares, incluindo a fabricação de aeronaves para o Governo dos Estados Unidos.

Lawrence Bell, conhecido também como Larry Bell, foi um dos pioneiros na fabricação de helicópteros da história mundial, criando a partir da década de 1940 o seu primeiro helicóptero quase totalmente original a partir de alguns conceitos mais básicos criados e desenvolvidos por um conhecido seu, o estudante universitário Arthur Middleton.

Nas décadas de 1930, 1940 e nas décadas seguintes, a fabricante Bell esteve envolvida na criação, desenvolvimento e fabricação de aviões e helicópteros, militares e civis, totalizando mais de 35.000 unidades, entre asas fixas e asas rotativas. Atualmente, somente a Bell Helicopter existe, como fabricante de helicópteros apenas.

Atualmente, a Bell Helicopter é propriedade da corporação americana Textron Company, proprietária também das marcas de aviões executivos Cessna e Beechcraft, ambas reunidas na fabricante Textron Aviation, e da fabricante de motores aeronáuticos Lycoming Engines.

A sede da Bell Helicopter está localizada em Fort Worth, no estado norte-americano do Texas, fabrica helicópteros em Amarillo, também no Texas, e Mirabel, no Canadá. O representante oficial e principal vendedor da Bell Helicopter no Brasil é a TAM Aviação Executiva, que também presta serviços de manutenção e treinamento.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

O Bell 206 Long Ranger é um helicóptero monomotor a turbina de pequeno porte projetado para transporte executivo e semi-utilitário, de passeio e de turismo, para uso policial, para coberturas jornalísticas e para transporte aeromédico, com construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com trem de pouso fixo de esquis e rotor de cauda convencional, projetado, desenvolvido e fabricado em larga escala inicialmente nos Estados Unidos, a partir da década de 1970, pela Bell Helicopter, utilizando como base o pequeno helicóptero monomotor Bell 206 Jet Ranger, aproveitando a maior parte de seu conceito de fuselagem e sistemas, mas com mais espaço interno e motores mais potentes.

Ele é um projeto da década de 1970, um derivado com fuselagem alongada do Bell 206 Jet Ranger, criado e desenvolvido a partir da percepção dos investidores e executivos da Bell Helicopter de que havia demanda no mercado por um modelo de helicóptero um pouco maior e mais potente que o Jet Ranger, com maior capacidade de transportar passageiros. A Bell Helicopter focou a fabricação e a oferta do Long Ranger para o mercado civil, como aeronave semi-utilitária de asas rotativas para usos variados, desde transporte de executivos até coberturas jornalísticas, passeio e turismo, combate a incêndios florestais e operações policiais, transporte aeromédico e resgate de pessoas em situação de calamidade e / ou emergência. Entretanto, dezenas de unidades para uso militar também foram fabricadas, neste caso com o nome Bell 206 Texas Ranger.

Ele é um modelo de helicóptero com ênfase nos aspectos de eficiência, praticidade, robustez e um nível de conforto bastante razoável para para até seis passageiros, sustentado por um motor turboshaft americano Allison 250 / Rolls Royce e tem capacidade para realizar missões típicas dentro de metrópoles e também para viagens intermunicipais. Em algumas situações, é possível também realizar viagens interestaduais, com ou sem escalas para reabastecimento, dependendo da distância entre origem e destino.

Em linhas gerais, o Bell 206 Long Ranger pode ser operado por um piloto e tem capacidade para transportar até seis passageiros, totalizando sete assentos. São cinco assentos em club seat na parte de trás da cabine e um assento ao lado do piloto. O Long Ranger tem rotor principal composto por duas pás e o rotor de cauda também com duas pás. A fuselagem e a cauda do Long Ranger são fabricadas em alumínio e ligas metálicas. A velocidade de cruzeiro é de cerca de 210 km/h e o alcance é de cerca de 480 quilômetros, em dias quentes, com a cabine lotada de passageiros e reservas de combustível.

O nível de ruído do Bell 206 Long Ranger é menor que o nível de ruído de seu irmão menor e mais velho, o Bell 206 Jet Ranger, porém o Long Ranger tem mais ruído que seu principal e moderníssimo concorrente europeu Eurocopter EC-130 / Airbus H-130, com rotor de cauda carenado Fenestron. É comum o uso do Long Ranger no transporte de maca com enfermo ou acidentado, com espaço suficiente para um paramédico e um acompanhante do paciente ou, opcionalmente, dois paramédicos, com o acompanhante no assento dianteiro, ao lado do piloto. É comum também o uso da aeronave para operações policiais, fiscalização ambiental e de combate a incêndios florestais.

Entre os pontos positivos do Bell 206 Long Ranger é possível destacar o fácil acesso dos passageiros aos cinco assentos traseiros em club seat por duas amplas portas laterais corrediças, uma de cada lado, e o fácil acesso do piloto e de mais um passageiro aos dois assentos da frente, também por duas portas, uma de cada lado, totalizando quatro portas.

Outro ponto positivo do Bell 206 Long Ranger é a integridade da estrutura (fuselagem e cauda) de alumínio e ligas metálicas, composta inclusive por uma coluna estrutural que atravessa a fuselagem do teto ao piso, reforçando a sensação de viajar em uma máquina confiável. Além disso, a marca Allison / Rolls Royce é tradicional no mercado aeronáutico, com boa reputação e baixíssimo índice de falhas em pleno voo. Na operação diária, o risco de falhas é baixíssimo, desde que, é claro, a aeronave seja submetida regularmente a oficinas de manutenção confiáveis, certificadas por autoridades aeronáuticas.

Em caso de falha do motor em pleno voo, o que é raríssimo, é possível proceder a operação de auto-rotação. Por isso a necessidade de treinamento completo do profissional responsável pela operação da aeronave. É aconselhável que o proprietário da aeronave não “economize” no treinamento do seu empregado.

Em caso de falha do motor em pleno voo, o que é raríssimo, é possível proceder a operação de auto-rotação. Por isto a necessidade de treinamento completo do profissional responsável pela operação da aeronave. É aconselhável que o proprietário da aeronave não “economize” no treinamento do seu empregado.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

O Bell 206 Long Ranger é um projeto da década de 1970, diretamente derivado do projeto de seu irmão menor e mais velho Bell 206 Jet Ranger, por sua vez um modelo totalmente original de helicóptero civil da década de 1960, criado e desenvolvido a partir de um protótipo de helicóptero para uso militar, o Bell YOH-4A, por sua vez criado e desenvolvido a pedido do Governo dos Estados Unidos, dentro de um contexto de concorrência para aeronave semi-utilitária e de observação. Porém a Bell Helicopter não venceu a concorrência e a fabricação do Bell 206 Jet Ranger esteve, a partir de então, totalmente direcionada, pelos menos nos primeiros anos de fabricação, para o mercado civil, como aeronave de asas rotativas para usos variados, desde transporte de executivos até coberturas jornalísticas, turismo e operações policiais.

Conhecido também como Bell 206L Long Ranger, o irmão maior e mais novo do Bell 206 Jet Ranger foi certificado pela FAA - Federal Aviation Administration em 1975 e, desde então, a sua produção em série foi intimamente relacionada com o seu irmão menor e mais velho, inclusive com a transferência de ambas as linhas de produção, dos Estados Unidos para o Canadá, em 1986. Com o passar dos anos, ambas as aeronaves receberam várias melhorias nos seus sistemas mecânico, elétrico, eletrônico e hidráulico. No caso específico do Long Ranger, um total de cinco versões chegaram à linha de produção seriada, inclusive uma versão monomotor militar, o Bell 206 Texas Ranger, e uma versão bimotor civil, o Bell 206 Twin Ranger.

Pelo fato de uma parte de suas peças, partes e componentes ter sido compartilhada com seu irmão menor e mais velho Bell 206 Jet Ranger e pelo fato de ter apresentado uma boa relação custo benefício, inclusive apresentando um nível superior de conforto que o seu irmão, mas tudo isso preservando as características de relativa simplicidade, praticidade e eficiência do Bell 206 Jet Ranger, o Long Ranger conseguiu se manter no mercado mundial de aviação executiva, semi-utilitária e militar mesmo depois da chegada de vários concorrentes mais modernos, como o europeu Eurocopter EC130, por sua vez com construção mista em alumínio, ligas metálicas e material composto.

O confortável e eficiente Bell 206 Long Ranger foi um dos modelos executivos, semi-utilitários e militares de helicópteros de pequeno porte mais vendidos do mundo nas décadas de 1970, 1980, 1990 e 2000, com mais de 1.700 unidades fabricadas até 2017, totalizando mais de 7.300 unidades, incluindo as vendas das versões civis e militares do seu irmão menor e mais velho Bell 206 Jet Ranger, com fuselagem curta, para transportar até quatro passageiros.
  • Bell 206L Long Ranger – Com fabricação em série iniciada em 1975, ele é o modelo original da família Bell 206 Long Ranger, a partir do qual todos os demais modelos foram fabricados. Basicamente, de forma resumida, o seu projeto foi baseado no pequeno helicóptero monomotor Bell 206 Jet Ranger, mas com uma fuselagem cerca de 75 centímetros alongada, mais comprida, e com motor mais potente, uma turbina ou turboshaft Allison 250-C20B, com 420 shp de potência disponível na decolagem. A capacidade de transportar passageiros foi aumentada em mais dois assentos.
  • Bell 206L-1 Long Ranger II – Com fabricação em série iniciada em 1978, ele é uma versão melhorada da família Bell 206 Long Ranger, com motor mais potente Allison 250-C28B, com 500 shp de potência disponível na decolagem.
  • Bell 206L-3 Long Ranger III – Com fabricação em série iniciada em 1982, ele é uma versão melhorada da família Bell 206 Long Ranger, com motor mais potente Allison 250-C30P, com 650 shp de potência disponível na decolagem. Essa versão foi tão bem aceita pelo mercado que muitas unidades de versões anteriores do Long Ranger foram retrofitadas para se tornarem mais parecidas, inclusive com aumento de potência.
  • Bell 206L-4 Long Ranger IV – É uma versão melhorada, com motor Allison 250-C30P e transmissão melhorada.
  • Bell 206L Twin Ranger – É uma versão bimotor da família Bell 206 Long Ranger, com dois motores Allison 250-C20R, com 450 shp disponível em cada motor, nas decolagens, porém suas vendas foram tímidas, pois apenas alguns anos depois do início de sua produção seriada foi lançado o modelo Bell 427, com um nível de conforto, sofisticação e refinamento superiores.
  • Bell 206L Gemini ST – Versão retrofitada do Bell 206 Long Ranger, com dois motores. É um projeto de retrofit desenvolvido pelas empresas Tridair e Soloy que dá ao Bell 206 Long Ranger uma característica semelhante ao modelo de série Bell 206L Twin Ranger, com duas turbinas Allison 250 geminadas (lado a lado), resultando em potência de sobra para decolagens em dias quentes e cabine lotada de passageiros.
  • Bell 206 Texas Ranger – Versão militar, como motor Allison 250-C20B com 500 shp de potência disponível na decolagem.

MERCADO

O Bell 206 Long Ranger foi considerado por muitos anos um símbolo de status, principalmente nas décadas de 1980 e 1990, quando não havia no mercado aeronáutico mundial as variadas opções de modelos de helicópteros de diversos fabricantes, diversas origens e diversas capacidades e usos, como existe hoje. Porém, a boa fama da máquina nunca esteve e não está limitada a apenas símbolo de posição social, pelo contrário, o Bell 206 Long Ranger é considerado um ícone da aviação executiva, de turismo e semi-utilitária, sendo usado ainda hoje para trabalhos de combate a incêndios florestais, uso policial combatendo criminalidade nas grandes metrópoles, resgate de pessoas em situações de calamidade pública e/ou emergência, transporte aeromédico de pacientes / acidentados e transporte de medicamentos e médicos para atendimento em regiões de difícil acesso.

Vários modelos civis e militares do Bell 206 Long Ranger foram oferecidos para o mercado civil e para governos de diversos países. No Brasil, o Long Ranger começou a voar na década de 1980, várias unidades ainda estão disponíveis hoje no mercado brasileiro de aeronaves usadas, em bom estado de conservação e a preços razoáveis. A importação de unidades usadas desse modelo de aeronave também é possível para compradores brasileiros, porém, somando todos os impostos e taxas, o preço final da aeronave já nacionalizada pode sofrer um acréscimo de cerca de 30% em relação ao preço inicial no exterior.

Mais de 1.700 unidades do Bell 206 Long Ranger foram fabricadas desde a década de 1970, incluindo as versões militares e civis. É um dos modelos de helicópteros mais vendidos no mundo.

De modo geral, o custo operacional por quilômetro voado de um helicóptero monomotor a turbina com capacidade para até seis passageiros é maior que o custo operacional por quilômetro voado de uma aeronave de asa fixa turboélice também com capacidade semelhante de transportar passageiros. Porém, o helicóptero tem flexibilidade operacional e versatilidade absolutamente insuperáveis para operar em regiões metropolitanas ou entre cidades próximas, com tráfego de automóveis intenso.

Por exemplo, a região metropolitana de São Paulo e outras cidades vizinhas têm uma das maiores concentrações de helicópteros para uso executivo, aeromédico, policial e de turismo do mundo.

Segundo o RAB - Registro Aeronáutico Brasileiro, havia em 2017 mais de 67 unidades de Bell 206 Long Ranger registrados no Brasil, sendo operados por pessoas físicas e pessoas jurídicas.

SEGURANÇA DE VOO

Estatisticamente, em números aproximados, a aviação comercial e a aviação executiva são os meios de transporte mais seguros que existem, com cerca de três acidentes graves com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas, considerando a média mundial. Porém, se forem levados em consideração apenas os números de países desenvolvidos, como Canadá, Estados Unidos, países da Europa Ocidental, o Japão, a Coreia do Sul e a Austrália, os números de acidentes para cada um milhão de viagens são ainda menores, na média cerca de um acidente grave com vítimas fatais.

Até o momento, o pequeno helicóptero monomotor a turbina Bell 206 Jet Ranger e seu irmão maior Bell 206 Long Ranger se envolveram e/ou foram envolvidos em 741 ocorrências graves com vítimas fatais em várias partes do mundo, o equivalente a cerca de 10% do número total de aeronaves fabricadas.

Como o número de helicópteros Bell 206 Jet Ranger e Bell 206 Long Ranger registrados no mercado brasileiro é menor que o número de aeronaves de matrícula americana, foi realizada uma pesquisa por amostragem das principais causas de acidentes graves com vítimas fatais por meio de um levantamento sobre os helicópteros de matrícula americana, aliás o principal mercado mundial de aviação geral.

Como a aviação geral brasileira também tem bom nível de segurança, quase o mesmo nível que a aviação geral americana, essa análise por amostragem do mercado americano permitirá que o leitor / internauta brasileiro tenha pelo menos uma noção básica sobre o comportamento do Bell 206 Jet Ranger e do Bell 206 Long Ranger, de modo geral:

ACIDENTES GRAVES COM VÍTIMAS FATAIS
ACIDENTES
CAUSAS PREDOMINANTES
18
Colisão com cabos de transmissão e/ou distribuição de eletricidade
22
CFIT – Desorientação espacial sob mau tempo
18
Inabilidade e/ou inexperiência do piloto
7
Colisão de tráfego
8
Falha de funcionamento do motor
10
Mau tempo em cruzeiro, com perda de controle
4
Acidente durante inspeção / manutenção de linhas de transmissão de eletricidade
4
Acidente durante operação de combate a incêndio
5
Problema de saúde do piloto
3
Falha do motor (manutenção inadequada)
3
Piloto embriagado ou alcoolizado
3
Imprudência, negligência ou temeridade do piloto
2
Acidente durante voo de teste de manutenção (auto-rotação mal sucedida)
2
Falha mecânica
3
Acidente durante filmagem próxima ao solo (falha humana)
2
Cansaço, fadiga ou sonolência do piloto
3
Acidente durante treinamento militar
2
Acidente durante missão militar
1
Acidente durante voo civil de demonstração de manobras
2
Volume de combustível insuficiente para o voo
1
Pessoa não habilitada no comando da aeronave
1
Ingestão de neve pelo motor, com consequente apagamento
1
Colisão com torre de telecomunicações
1
Ferimento fatal causado pelo rotor de cauda (descuido)
1
Falha estrutural da cauda
1
Mau tempo na decolagem, com perda de controle
1
Perda de eficácia do rotor de cauda
1
Falha estrutural das pás do rotor principal
1
Excesso de peso
1
Colisão com obstáculo no pouso
1
CFIT – Desorientação espacial à noite
1
Distração do piloto (uso de telefone celular durante o voo)
.

O levantamento estatístico tomou uma amostragem de 158 acidentes graves com vítimas fatais ocorridos em território americano, com aeronaves de matrícula americana, incluindo aeronaves de matrícula militar. Não foram levados em consideração neste cálculo os casos de suicídio e os casos com investigações inconclusivas, entre mais algumas exceções.

Não foi possível coletar amostras de acidentes graves com vítimas fatais ocorridos nas décadas de 1960, 1970 e 1980. Portanto, essa análise toma como referência ou base somente ocorrências posteriores, das décadas de 1990, 2000 e 2010.

Observou-se durante esta pesquisa vários casos em que os operadores das aeronaves colidiram com fios de transmissão e distribuição de energia elétrica, o que sinaliza uma necessidade de atenção redobrada em missões executadas a baixa altura do solo. A maioria dessas aeronaves não tinha corta-cabos fixado na fuselagem, um opcional recomendável para helicópteros em geral, embora não seja possível garantir a sua eficácia absoluta nestes casos.

TRÊS VISTAS


FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

LONG RANGER IV
  • Capacidade: 1 piloto e 6 passageiros;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 230 km / h;
  • Comprimento (sem rotor): Aprox. 10,4 metros;
  • Comprimento total (com rotor): Aprox. 13 metros;
  • Largura da fuselagem: Aprox. 1,9 metro;
  • Diâmetro do rotor principal: Aprox. 11,3 metros;
  • Altura: Aprox. 3,1 metros;
  • Motorização / Long Ranger IV (potência) : Allison 250-C30P (650 hp);
  • Transmissão: Bell Noda-Matic (antivibração);
  • Homologação: IFR single-pilot, com piloto automático Collins;
  • Opcionais: Piloto automático SFENA e flutuadores de emergência;
  • Sistema elétrico: 28 volts DC;
  • Alcance: Aprox. 480 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Peso máximo decolagem: Aprox. 2.000 kg;
  • Teto de serviço: Aprox. 4.000 metros;
  • Preço (no exterior): Aprox. US$ 1 milhão (usado / bom estado de conservação);
  • Preço (no Brasil): Aprox. 

ONDE COMPRAR
GALERIA DE IMAGENS

Logo acima, cabine de passageiros com conforto bastante razoável para cinco passageiros nos bancos traseiros e mais um passageiro na parte da frente, ao lado do piloto. Logo abaixo, comandos duplos na parte da frente da fuselagem, porém o passageiro do assento dianteiro não deve sequer tocá-los...



Logo acima e logo abaixo: Uma oficina certificada pode fixar um trem de pouso mais baixo ou mais alto no Long Ranger, dependendo das necessidades do cliente ou do operador. A vantagem do trem de pouso mais baixo é o acesso facilitado dos passageiros, principalmente idosos e crianças. A vantagem do trem de pouso mais alto é a segurança em geral maior nas operações de pouso e decolagem.


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
  • Revista Aero Magazine:
  • Revista Flap Internacional:
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Bell_206
  • Revista Avião Revue:
  • Bell (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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