ROBINSON R66 TURBINE

ROBINSON R66 TURBINE (A PARTIR DE 2010)
ROBINSON R66 POLICE (A PARTIR DE 2012)
ROBINSON R66 MARINE (A PARTIR DE 2014)
ROBINSON R66 NEWSCOPTER (A PARTIR DE 2017)
ROLLS-ROYCE RR300


INTRODUÇÃO

O Robinson R66 Turbine é um helicóptero monomotor a turbina de pequeno porte projetado para transporte executivo, de passeio e de turismo, para uso policial e para coberturas jornalísticas, criado e desenvolvido a partir da década de 2000 e fabricado em série e em larga escala nos Estados Unidos a partir da década de 2010 pela Robinson Helicopter Company, que é, atualmente, uma das maiores fabricantes de helicópteros do mundo.


O pequeno helicóptero americano é sustentado por uma moderna, compacta, leve e segura turbina Rolls-Royce RR300 e tem capacidade para transportar com razoável conforto um piloto e até quatro passageiros em missões típicas dentro de metrópoles, pousando e decolando de helipontos e heliportos, e também para viagens intermunicipais. Em algumas situações também é possível realizar viagens interestaduais com ou sem escalas para reabastecimento, dependendo da distância entre origem e destino.


Na década de 2010, os seus principais concorrentes no mercado mundial de helicópteros monomotores a turbina foram o canadense Bell 505 Jet Ranger X, o moderno sucessor do também canadense Bell 206 Jet Ranger; o europeu Airbus H120, conhecido anteriormente como Eurocopter EC120 Colibri; o monomotor a turbina americano Enstrom 480, com capacidade para até um piloto e quatro passageiros; e o monomotor a turbina também americano MD Helicopters MD 520 Notar, sem rotor de cauda.


Atualmente, o Airbus H120 não é mais fabricado.


A ROBINSON HELICOPTER

Atualmente, a Robinson Helicopter Company é uma das maiores e mais conhecidas fabricantes de helicópteros do mundo. Essa fabricante americana de helicópteros foi fundada em 1973 pelo projetista americano Frank Robinson, inicialmente com a produção seriada do pequeno e econômico Robinson R22, a partir de 1979, um helicóptero monomotor a pistão com capacidade para dois assentos, principalmente para uso no treinamento de novos pilotos, um sucesso de vendas.


Frank Robinson era um dos principais projetistas da americana e canadense Bell Helicopter e da americana Hughes Helicopters, nas décadas de 1950 e 1960, até quando decidiu fundar uma empresa própria para fabricar helicópteros a pistão, portanto mais acessíveis e econômicos, fundando a Robinson Helicopter, em 1973, e dando início a uma trajetória ascendente ininterrupta, com três produtos muito bem sucedidos, o Robinson R22, para treinamento, o Robinson R44, com quatro lugares, para uso executivo, de turismo, jornalístico e policial, e, é claro, o Robinson R66, de performance superior, graças ao uso de uma turbina.


É uma das maiores fabricantes de helicópteros do mundo, com mais de 12.000 aeronaves fabricadas até o momento, atualmente com mais de 1.300 empregados, com sede e fábrica própria nos Estados Unidos, no estado americano da Califórnia. A empresa americana é controlada pela Família Robinson e conta com um representante oficial no Brasil, a Audi Helicópteros, localizada no Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, que também presta serviços de manutenção e hangaragem.


Por razões óbvias, a Robinson Helicopter comunicou recentemente que está abandonando o mercado russo de helicópteros...


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

O moderno Robinson R66 Turbine é um helicóptero monomotor a turbina de pequeno porte projetado para transporte executivo e semi-utilitário, de passeio e de turismo, para uso policial e para coberturas jornalísticas, com construção convencional da estrutura com predominância de liga de alumínio e aço e partes menores em material composto, com trem de pouso fixo do tipo esqui, projetado e desenvolvido na década de 2000 e fabricado em série e em larga escala nos Estados Unidos, a partir da década de 2010, pela Robinson Helicopter, que utilizou como base para sua criação e desenvolvimento o modelo de helicóptero monomotor a pistão Robinson R44 Raven II, mas com pelo menos duas diferenças significativas, a adoção de um motor turboshaft em substituição ao motor a pistão, e o discreto alargamento da fuselagem, o que permitiu a fixação de um assento adicional, para mais um passageiro, totalizando cinco assentos, incluindo o assento do piloto.


Ele não é o sucessor natural do já conhecido e muito bem sucedido helicóptero monomotor a pistão Robinson R44 Raven II, mas veio para completar o já muito bem sucedido portfólio de produtos da Robinson Helicopter, formado também pelo pequeno helicóptero de treinamento Robinson R22, com capacidade para um instrutor e um aprendiz, com mais de 4.700 unidades fabricadas.


O primeiro modelo da família Robinson R66 foi o Robinson R66 Turbine, o modelo original da família, a partir do qual todos os demais modelos foram criados e desenvolvidos, lançado oficialmente em 2007 pelo próprio Frank Robinson, antes de sua aposentadoria, tendo inclusive se envolvido pessoalmente nas fases de criação e desenvolvimento, com a proposta de oferecer um helicóptero de um nível acima do até então principal produto da empresa, o Robinson R44 Raven II, inclusive com a implementação do motor turboshaft Rolls-Royce RR300, com potência de até 270 shp disponível na decolagem, em substituição ao motor a pistão Lycoming IO-540 do Raven II, com 245 hp disponível na decolagem, e inclusive com uma fuselagem com 20 centímetros a mais de largura.


O pequeno Robinson R66 Turbine conserva uma parte dos atributos que fizeram o Robinson R44 Raven II um grande sucesso de vendas, com mais de 6.300 unidades fabricadas, dentre elas a concepção simples e descomplicada de seu projeto, mas com alguns diferenciais positivos, como, por exemplo, o uso da turbina Rolls-Royce RR300, mais leve, mais compacta e mais potente, e a cabine de passageiros um pouco mais larga, que permitiu a adoção de um assento adicional para mais um passageiro. Essa adoção da turbina permitiu um aumento do payload, ou seja, a capacidade da aeronave transportar passageiros e bagagens, mesmo decolando em dias quentes e com os tanques cheios, e permitiu também, no projeto da aeronave, a criação de um pequeno bagageiro externo, com cerca de 100 litros de volume.


Dentre as suas principais características estão o conceito de modernidade e relativa simplicidade empregado de ponta a ponta, começando pela sua estrutura de fuselagem com construção convencional de liga de alumínio e aço cromo, com partes menores em material composto e com tanque de combustível de neoprene, disponível como item de série, além de dois tanques de combustível opcionais, passando pelos sistemas elétrico, eletrônico e hidráulico relativamente simples, concebidos para manter sob controle os seus custos operacionais, até chegar ao gracioso design externo, com linhas suaves e agradáveis, e o acabamento caprichado em seu interior, embora seja considerado um modelo de helicóptero de entrada, sem muitas pretensões de luxo.


Em linhas gerais, o Robinson R66 Turbine (pronuncia-se Róbensan R66 Târbáin) pode ser operado por um piloto e tem capacidade para transportar até quatro passageiros em voos VFR – Visual Flight Rules, com um nível de conforto bastante razoável, com opção de ar condicionado, inclusive. Ele tem um conjunto simplificado de rotores, sendo um rotor principal de duas pás e um rotor de cauda de duas pás. O fabricante afirma que a escolha pelo rotor de duas pás possibilita que o helicóptero tenha um custo de manutenção um pouco mais baixo que alguns de seus principais concorrentes, além de ocupar menos espaço em hangares alugados.


A velocidade de cruzeiro do Robinson R66 Turbine é de cerca de 230 km/h, dentro da média de seus principais concorrentes, como o Eurocopter EC120 Colibri, por exemplo. O nível de ruído do Robinson R66 foi um pouquinho reduzido em relação ao seu irmão a pistão Robinson R44, principalmente pela adoção do motor Rolls-Royce RR300, mas acima do nível de ruído do Eurocopter EC120, com rotor de cauda carenado, e do MD Helicopters MD 520 Notar, sem rotor de cauda.


Trata-se de um helicóptero compacto, portanto não é possível o transporte de uma maca com acidentado. Por outro lado, novas e melhores capacidades operacionais foram acrescentadas à família Robinson R66, durante a década de 2010, gradativamente, com o lançamento de versões da família, como, por exemplo, o Robinson R66 Police, em 2012; o Robinson R66 Marine, em 2014; e o Robinson R66 Newscopter, em 2017; com cada uma dessas versões projetada para desempenhar funções específicas, como, por exemplo, o Robinson R66 Police, projetado para executar de missões policiais.


Entre os pontos positivos do Robinson R66 Turbine é possível destacar o design externo gracioso e o fácil acesso do piloto e de todos os passageiros aos cinco assentos, dois dianteiros e três traseiros, por duas amplas portas laterais dianteiras articuladas, uma de cada lado, e mais duas portas traseiras também articuladas, uma de cada lado. Além disso, as estruturas dos assentos são abrigam pequenos bagageiros internos, ou, se você preferir, porta-objetos, para assim melhorar a capacidade de transportar bagagens.


Embora a marca de motores aeronáuticos Rolls-Royce seja britânica, os modernos motores Rolls-Royce RR300 são fabricados nos Estados Unidos, em sua subsidiária americana. Esse motor possui sistema anti-gelo padrão e controle de corte de combustível separado da manete. Essa marca de motores é tradicional no mercado aeronáutico, com boa reputação e baixíssimo índice de falhas em pleno voo. Na operação diária, o risco de falhas é baixíssimo, desde que, é claro, a aeronave seja submetida regularmente a oficinas de manutenção confiáveis, certificadas por autoridades aeronáuticas.


Em caso de falha do motor em pleno voo, o que é raríssimo, é possível proceder a operação de auto-rotação. Por isto a necessidade de treinamento completo do profissional responsável pela operação da aeronave. É aconselhável que o proprietário da aeronave não “economize” no treinamento do seu empregado.


FAMÍLIA ROBINSON R66

O pequeno e compacto Robinson R66 Turbine é um projeto diretamente derivado do também pequeno e compacto Robinson R44 Raven II, por sua vez fabricado em série e em larga escala a partir de 2002 e ainda em linha de produção seriada, mas o Robinson R66 não foi projetado para substituir o Robinson R44, um modelo de helicóptero monomotor a pistão, pois o preço de aquisição e o os custos operacionais do Robinson R66 são um pouco maiores, já que se trata de uma aeronave a turbina.


Em compensação, o Robinson R66 Turbine oferece ao seu proprietário e/ou usuários um voo um pouco mais suave, graças a um novo sistema de acionamento do rotor e sem as vibrações típicas do motor a pistão, além de uma resposta mais firme e decidida aos comandos do piloto, graças à disponibilidade de pelo menos 10% a mais de potência na decolagem, com 270 shp, por três minutos, e no voo de cruzeiro, com 220 shp contínuos.


Os primeiros esboços do Robinson R66 Turbine foram concebidos em 2001, como um modelo conceitual apenas, para testar a receptividade dos potenciais clientes, com o seu projeto sendo lançado, efetivamente, em 2007, seguidos da construção de protótipos para testes de voo e certificação, com o primeiro voo realizado no mesmo ano e as certificações das autoridades reguladoras americana, europeia, canadense, chinesa e brasileira alcançadas em 2010, 2014, 2013, 2014 e 2012, respectivamente, com as primeiras entregas ao clientes realizadas logo em seguida.


Desde o início, o Robinson R66 Turbine foi projetado para uso multifuncional, civil e militar, como aeronave de asas rotativas para usos variados, desde transporte de executivos até coberturas jornalísticas, treinamento militar inicial, turismo e operações policiais. Porém, as certificações das autoridades para uso em operações policiais e de jornalismo só foram alcançadas alguns anos depois do início da produção seriada do modelo original, por sua vez para uso executivo e de turismo.

 

Ele foi projetado para ter nível aceitável de ruído e vibração, com baixo consumo de combustível, manutenção relativamente simples e boa relação peso potência. Desde 2010, ele é considerado o modelo top de linha de produtos da Robinson Helicopter, mas, considerando o mercado aeronáutico mundial em geral, ele é considerado um dos principais modelos de helicópteros de nível de entrada, ou entry level, em inglês, geralmente mais baratos que os modelos premium, mais sofisticados, com alta tecnologia embarcada, com a certificação FAR 29 e na Categoria A, para voos off-shore, inclusive.


Entre os modelos concorrentes, o que mais se assemelha ao Robinson R66 Turbine, considerando preço, capacidade, nível de tecnologia, custo de manutenção e consumo de combustível, é o Enstrom 480, também sustentado por uma pequena turbina.


ROBINSON R66 TURBINE

O helicóptero monomotor a turbina Robinson R66 Turbine é um dos modelos pequenos de aeronaves de asas rotativas mais modernos que existe, com um projeto bem elaborado, bem pensado, com uma variedade de soluções práticas e relativamente simples para a operação diária em uma variedade de missões, tanto civis quanto militares, tanto executivas quanto policiais. Desde 2010, ele pode ser considerado uma das melhores opções de helicópteros de pequeno porte disponíveis no mercado, porém homologado apenas para voos visuais.


Ele foi o homologado com as exigentes certificações FAR 27 e EASA 27, americana e europeia, equivalentes à certificação RBAC 27, concedida somente para modelos de helicópteros de primeira linha, como, por exemplo, modelos produzidos pela Bell Helicopter, Agusta / Leonardo e Airbus Helicopters / Eurocopter. Por exemplo, o Bell 505 Jet Ranger X, um de seus principais concorrentes, também está homologado dentro dessas exigências das agências reguladoras.


Desde o início da fabricação seriada, em 2010, o Robinson R66 Turbine apresentou um conjunto de aviônicos considerado básico para voos VFR – Visual Flight Rules, os chamados voos visuais, incluindo o altímetro; o climb (medidor de velocidade vertical, subida e descida); o velocímetro; o medidor de RPM, torque e temperatura do motor; o transponder; e os rádio-comunicadores; e o NDB – Non Direction Beacon (navegador analógico); dentre mais alguns, todos esses como itens de série.


No entanto, a aeronave foi disponibilizada ao cliente também com uma boa variedade de aviônicos no cockpit, disponíveis como opcionais, dentro da filosofia glass cockpit, com duas telas multifuncionais em cristal líquido, que formam o EFIS – Electronic Flight Instrument System, modelo Garmin G500H ou Aspen EFD1000H, que são sistemas digitais de instrumentos de voo de última geração, cujas interfaces estão baseadas em tecnologias eletrônicas, em substituição aos clássicos conjuntos de aviônicos analógicos disponíveis nos helicópteros clássicos de décadas anteriores.


Dentre as opções de instrumentos e equipamentos de bordo estavam e estão disponíveis, desde o início da produção seriada, o piloto automático Genesys Helisas; o aparelho de ar condicionado, com saídas de ar na frente e atrás da cabine; o GPS – Global Positioning System, com moving map para navegação; o radar altímetro; a bateria de alta capacidade, com 25 ampères; e a EMU – Engine Monitoring Unit ou, traduzindo, Unidade de Monitoramento do Motor, que agrupa os sensores de RPM, temperatura do motor e torque, com luz de alerta no cockpit, para o piloto, caso os parâmetros de funcionamento normais sejam ultrapassados. Além disso, o proprietário da aeronave e/ou o seu mecânico de confiança podem ter acesso a um relatório, por meio de senha, dos registros de funcionamento do motor, para verificar se os parâmetros normais foram ou não excedidos pelo piloto.


No caso específico do pacote opcional de aviônicos Garmin G500H, estava e está disponível o Garmin GTN 635, com tela sensível ao toque, com sistema de navegação com moving map AeroComputers, piloto automático e radar altímetro.


De modo geral, o sistema digital possui várias vantagens em relação aos conjuntos clássicos de instrumentos analógicos e eletromecânicos, dentre elas a precisão da navegação por meio do chamado moving map, baseado no GPS – Global Positioning System, e a redução da carga de trabalho do do piloto, com consequente operação mais segura, já que ele terá mais tempo disponível para focar sua atenção sobre o que se passa do lado de fora da aeronave, lembrando que, na maioria das missões realizadas há passagens frequentes sobre torres de telecomunicações; torres de transmissão de eletricidade e/ou cabos de energia elétrica; pontes e viadutos; edifícios altos e instalações industriais e agroindustriais; montanhas e colinas; e grandes sistemas de irrigação de larga escala; aeronaves em voo, na mesma região; e até pássaros.


Segundo o fabricante, a autonomia da aeronave é de 630 quilômetros, com quatro passageiros a bordo e bagagem leve, sem reservas de combustível e sem o tanque de combustível auxiliar instalado. Porém, aqui no Brasil, o alcance prático, decolando em dias quentes, de acordo com as regras vigentes, é de cerca de 480 quilômetros, incluindo reservas de combustível para eventualidades durante a viagem, lembrando que nem sempre é possível decolar com a cabine lotada de passageiros, e bagagem e os tanques cheios em dias muito quentes.


ROBINSON R66 POLICE

O pequeno Robinson R66 Police é a versão para uso policial da família Robinson R66, com fabricação em série iniciada em 2012, baseada em seu irmão Robinson R66 Turbine, mas com uma variedade de itens de tecnologia específicos para o cumprimento de missões policiais em regiões metropolitanas ou até mesmo na zona rural e em rodovias, incluindo a câmera de imagem térmica FLIR Ultra 8000, com monitor colorido de 10 polegadas; e holofote ou farol de busca Spectrolab SX-7, com potência de 30 milhões de velas; dentre mais alguns.


Ela preserva praticamente todas as características básicas de estrutura, de motorização, de sistemas e de performance do modelo original Robinson R66 Turbine, incluindo o já bem conhecido cíclico em T dos helicópteros com a marca Robinson, mas está disponível, desde o início da fabricação seriada, em 2012, com quatro assentos, com os dois dianteiros para comando duplo, do piloto e do co-piloto, sistema Garmin G500H, com navegador Garmin GTN 635, um rádio Garmin GTR 225A, um monitor LCD de 10 polegadas da Boland e dois controladores de áudio de 6 canais.


Opcionalmente, ele está disponível com piloto automático Genesys Helisas, navegador Garmin GTN 650 ou Garmin GTN 750, radar altímetro FreeFlight RA-4500 e rádios Technisonic TDFM 9000, com até quatro bandas.


ROBINSON R66 MARINE

O pequeno Robinson R66 Marine é uma das versões para uso multifuncional da família Robinson R66, inclusive para missões de turismo, com fabricação em série iniciada em 2014, baseada em seu irmão Robinson R66 Turbine, mas com alguns itens de tecnologia específicos para o cumprimento de missões variadas sobre regiões com superfície aquática, incluindo serviços de patrulha civil e/ou militar sobre rios, mares, lagos, lagoas, golfos e represas, porém não homologado para missões offshore, ou seja, missões muito afastadas das costas marítimas, para plataformas de petróleo e navios, por exemplo.


Ela preserva praticamente todas as características básicas de estrutura, de motorização, de sistemas e de performance do modelo original Robinson R66 Turbine, mas está disponível, desde o início da fabricação seriada com flutuador fixado no trem de pouso convencional do tipo esqui, com acionamento rápido, inflado em apenas alguns segundos, para pouso de emergência ou pouso previsto em superfície aquática.


ROBINSON R66 NEWSCOPTER

O pequeno Robinson R66 Newscopter é a versão para uso jornalístico da família Robinson R66, com fabricação em série iniciada em 2017, baseada em seu irmão Robinson R66 Turbine, mas com uma variedade de itens de tecnologia específicos para coberturas jornalísticas em regiões metropolitanas ou até mesmo na zona rural e em rodovias, incluindo gimbal estabilizado por giro de 5 eixos, com câmera Ikegami HD e lentes Canon HD 22X1 ou 40X1, somados às três microcâmeras, dois monitores de 7 polegadas e dois controladores de áudio.


Ela preserva praticamente todas as características básicas de estrutura, de motorização, de sistemas e de performance do modelo original Robinson R66 Turbine, mas está disponível, desde o início da fabricação seriada com itens específicos para cumprimento de missões jornalísticas.


MERCADO

Desde sua criação na década de 1970, a Robinson Helicopter, criada pelo projetista Frank Robinson, já fabricou mais de 12.000 unidades de helicópteros de diversos modelos. O helicóptero a pistão Robinson R44 ainda é o carro chefe da marca, é o principal modelo de aeronave fabricado pela empresa, o mais vendido, com mais de 6.300 unidades fabricadas. No entanto, a família Robinson R66 também tem se destacado no portfólio da empresa, graças às suas características de voo mais suave e firme, com mais de 1.300.000 horas voadas registradas até o momento.


De modo geral, o custo operacional por quilômetro voado de um helicóptero monomotor a turbina é maior que o custo operacional por quilômetro voado de uma aeronave turboélice monomotora de asa fixa com capacidade semelhante. Entretanto, o helicóptero tem flexibilidade operacional e versatilidade absolutamente insuperáveis para operar em regiões metropolitanas ou entre cidades próximas, com tráfego de automóveis intenso.


Por exemplo, a região metropolitana de São Paulo e municípios vizinhos têm uma das maiores concentrações de helicópteros para uso executivo do mundo.


Na década de 2000, a Robinson Helicopter utilizou como base o modelo de helicóptero Robinson R44 para dar origem ao Robinson R66 Turbine, com algumas mudanças significativas que tornaram o Robinson R66 um modelo diferente de aeronave, com fuselagem um pouco mais espaçosa, portanto, com maior capacidade de transportar passageiros e bagagem.


Todos os quatro modelos da família Robinson R66 possuem suas respectivas fuselagens, caudas e trens de pouso praticamente idênticos. O projeto de fuselagem dos quatro modelos foi pensado na praticidade do acesso facilitado dos passageiros e do piloto, com quatro portas laterais, duas de cada lado. Para facilitar ainda mais o acesso dos passageiros, principalmente idosos e crianças, o trem de pouso não é alto e assim a fuselagem pode ser acessada sem necessidade de degrau, embora degraus estejam disponíveis como opcionais, para facilitar ainda mais o acesso dos passageiros.


Mesmo com essa facilidade de acesso ao interior da aeronave o risco do rotor principal raspar no solo nas operações de pouso e decolagem foi reduzido o máximo possível, pois ele está a cerca de três metros do solo.


A aeronave também foi homologada, em 2017, para uso utilitário, com equipamentos variados, incluindo um gancho de carga da Onboard Systems, para até 500 kg de carga externa, com aumento do peso máximo de decolagem de 1.200 kg para 1.300 kg. A partir de 2017, a aeronave passou a ser comercializada com a opção de bateria de íons de lítio, mais leve e potente que a bateria convencional.


A Robinson Helicopter Company é representada no Brasil pela Audi Helicópteros, empresa localizada no Aeroporto Campo de Marte em São Paulo, que também presta serviços de manutenção e hangaragem. Segundo a Audi Helicópteros, mais de 40% do número total de helicópteros registrados no Brasil são da marca Robinson. O Brasil é um dos maiores mercados compradores de helicópteros Robinson no mundo.


Para quem não costuma fazer uso muito frequente de helicóptero, apenas duas ou três vezes por mês, mais ou menos, é mais vantajoso alugar (fretar) um helicóptero ou fazer parte de grupos de compartilhamento de aeronaves, por uma razão econômica. Várias empresas idôneas no Brasil prestam esses tipos de serviços, dentre elas a Líder Aviação, a TAM Aviação Executiva, a Amaro Aviation e a Avantto, por exemplo. Algumas delas também prestam serviços de gerenciamento de aeronaves, assessoria aeronáutica, importação e exportação, manutenção, treinamento de tripulação, limpeza e hangaragem.


Para quem precisa viajar com frequência, pelo menos uma ou duas vezes por semana, talvez seja melhor comprar um helicóptero. Mesmo assim, é aconselhável fazer os cálculos antes de tomar a decisão de comprar um, com o auxílio técnico de uma empresa de assessoria aeronáutica.  


ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
FICHA TÉCNICA


ROBINSON R66 TURBINE

  • Capacidade: 1 piloto e 4 passageiros;
  • Comprimento: Aprox. 12 metros;
  • Largura da fuselagem: Aprox. 1,5 metro;
  • Altura da aeronave: Aprox. 3,5 metros;
  • Diâmetro dos rotores: 10 metros;
  • Motorização (potência): Rolls-Royce RR300 (270 shp);
  • Motorização: Compressor centrífugo de único estágio;
  • TBO do motor: 2.000 horas;
  • Consumo (QAV): Aprox.
  • TBO da fuselagem: 12 anos;
  • Homologação: VFR Noturno;
  • Código ICAO: R66;
  • Peso máximo decolagem: Aprox. 1.200 kg;
  • Alcance: Aprox. 480 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 230 km/h;
  • Teto de serviço: Aprox. 4.200 metros;
  • Preço (no Brasil): Aprox. US$ 1 milhão (semi-novo);
  • Preço (no Brasil): Aprox. US$ 1,3 milhão (novo);
  • Preço (no Brasil): Aprox. US$ 700 mil (usado / bom estado de conservação);
  • Preço (no exterior): Aprox. US$ 500 mil (usado / bom estado);

 

TRÊS VISTAS


OPERADORES GOVERNAMENTAIS

  • Departamento de Polícia de Fontana, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos;
  • Força Aérea da Nigéria, em uso multifuncional, com duas unidades em operação;
  • Autoridade Nacional da Indonésia (defesa civil), para uso utilitário e multifuncional;


ONDE COMPRAR


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipedia (em inglês): https://en.m.wikipedia.org/wiki/Robinson_R66
  • Revista Avião Revue:
  • Robinson (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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