2001 – UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO (FILME)

2001 – UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO (NO BRASIL)
2001 – ODISSÉIA NO ESPAÇO (EM PORTUGAL)
2001 – A SPACE ODYSSEY (ESTADOS UNIDOS E INGLATERRA)
2001 – ODISEA DEL ESPACIO (AMÉRICA LATINA E ESPANHA)
2001 – L’ODYSSÉE DE L’ESPACE (NA FRANÇA)
2001 – ODYSSEE IM WELTRAUM (NA ALEMANHA)


INTRODUÇÃO

2001 – Uma Odisséia no Espaço é um clássico filme do gênero ficção científica, suspense e drama, um longa metragem escrito, produzido e filmado em definição padrão nos Estados Unidos e na Inglaterra, durante a década de 1960, concluído em 1968 e com lançamento em cinemas americanos, europeus e brasileiros no mesmo ano, dirigido pelo americano Stanley Kubrick e tendo como atores principais ou protagonistas os americanos William Sylvester, como o doutor Haywood Floyd, um cientista, analista de inteligência, acadêmico, astronauta e pesquisador; Keir Dullea, como o doutor David Bowman, um astronauta; e Gary Lockwood, como o doutor Frank Poole, também um astronauta; além de outros talentosos atores e atrizes representando personagens coadjuvantes.


O filme contou com a atuação de vários atores e atrizes de primeira linha, desempenhando papéis coadjuvantes e/ou antagonista, dentre eles e elas o ator e narrador canadense Douglas Rain, interpretando o perigoso computador HAL 9000, um equipamento de bordo autônomo de uma nave espacial, dotado de IA – Inteligência Artificial, que ganha “autoconsciência” e passa a agir de forma semelhante a um psicopata humano.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

2001 – Uma Odisséia no Espaço (inicialmente com acento agudo e, atualmente, sem acento agudo, depois do Acordo Ortográfico), cujo título original, em inglês, é 2001 – A Space Odyssey (pronuncia-se Tchú Dáuzén én Uón - A Spêiss Ódisse), é um clássico e icônico filme americano de ficção científica da década de 1960, dirigido pelo americano Stanley Kubrick, cujo roteiro foi escrito e reescrito pelo menos três vezes pelo escritor, autor, cientista, inventor, astrônomo e técnico em eletrônica britânico Arthur C. Clarke e pelo próprio Stanley Kubrick, até chegar à versão final aprovada pelo próprio Arthur C. Clarke e pela americana MGM – Metro Goldwin Mayer, na época o estúdio de cinema responsável pela distribuição do filme.


Esse sofisticado e enigmático roteiro foi baseado no conto de ficção científica The Sentinel, do próprio Arthur C. Clarke, lançado em 1951 pela revista 10 Story Fantasy, e, assim como o filme, aborda temas ou questões filosóficos, sociológicos, psicológicos, políticos, religiosos, sociais, comportamentais ou sentimentais e até ufológicos.


O filme 2001 – Uma Odisséia no Espaço, lançado em 1968, é considerado um divisor de águas na história da ficção científica mundial. Antes dele a maioria dos filmes de ficção científica não era levada a sério. Ele foi o primeiro grande filme de ficção científica, de um grande estúdio de cinema, a conseguir abordar de forma séria dois temas muito delicados, a IA – Inteligência Artificial e a suposta existência de vida inteligente fora do planeta Terra, esta conhecida também como vida extraterrestre.


Embora até hoje seja considerado pela crítica, pelo público, pela mídia e pela própria indústria cinematográfica mundial um filme meio monótono e até um pouco estranho, com longas tomadas ou trechos e “cenas quase intermináveis”, com alguns conceitos filosóficos, psicológicos, políticos, religiosos, científicos, sociais e até ufológicos sofisticados e/ou sutis e, portanto, difíceis de perceber e/ou entender, não há dúvida de se trata de uma obra-prima, uma unanimidade entre críticos de cinema, o primeiro grande filme de ficção científica, de um grande estúdio, a ser levado realmente a sério pelo público.


O roteiro ou enredo do filme é dividido em quatro grandes seções. A primeira seção se passa na pré-história, com os supostos ancestrais humanos descendentes de primatas interagindo com um estranho dispositivo alienígena que, aparentemente, os induz (positivamente ou negativamente, dependendo do ponto de vista de cada espectador) a usar armas para eliminar ou controlar seus rivais e para abater presas animais para o consumo de carne.


A segunda seção do filme se passa no futuro, no ano de 2001, com a presença do personagem Heywood Floyd, um conceituado e respeitado cientista e pesquisador do Conselho Nacional de Astronáutica dos Estados Unidos, o protagonista interpretado pelo ator americano William Sylvester, encarregado de investigar uma descoberta recente, a presença do mesmo dispositivo alienígena lá do começo do filme, mas desta vez fixado na superfície lunar.


A terceira seção também se passa no futuro, com a presença de dois personagens protagonistas, os astronautas David Bowman (Keir Dullea) e Frank Poole (Gary Lockwood), e um personagem antagonista, o vilão da história, o computador autônomo HAL 9000 (Douglas Rain), responsável pela maior parte da navegação e operação de uma nave terráquea rumo a Júpiter, em uma missão sigilosa de investigação de vida extraterrestre inteligente.


A quarta seção é a mais enigmática de todas, a mais difícil de entender, a mais difícil de explicar e que, inclusive, causou estranheza em grande parte na crítica de cinema, no público e na mídia, na época: A interação de um ser humano com uma entidade alienígena em Júpiter, representada pelo mesmo dispositivo alienígena presente nas duas primeiras seções, embora nesta quarta seção o suposto fenômeno de contato de quinto grau seja vivenciado pelo protagonista sobrevivente da missão, inclusive com a manifestação dos supostos fenômenos ufológicos de efeito reflexo e efeito ilusão, ambos de origem alienígena.


O ROTEIRO

O filme conta uma história em que, no futuro, cientistas e governos se unem para investigar estranhos fenômenos ufológicos no planeta Terra, na Lua e em Júpiter, inclusive com a execução de “missões exploratórias” para identificar e investigar vida inteligente em outros planetas, de onde partem estranhos sinais de rádio em direção à Terra, sem uma explicação aparente.


Além disso, ele conta a história, no futuro, do drama e suspense sério pelo qual passa a tripulação de uma nave civil de “exploração espacial” em direção à Júpiter, para investigar fenômenos ufológicos estranhos, para a pesquisa e exploração espacial de formas de vida desconhecidas, mas que, por uma aparente falha técnica, passam a ter problemas com o computador autônomo da nave, chamado HAL 9000, que ganha “autoconsciência” e passa a agir por conta própria, apresentando, inclusive, comportamento semelhante ao comportamento de psicopatas humanos ...


Trata-se de um dos mais emblemáticos e impressionantes filmes da década de 1960, na época considerado meio estranho, mas posteriormente recebendo o devido reconhecimento, se tornando um dos mais elogiados pela crítica mundial e bem aceito pelo público, considerado um cult do cinema, inclusive, com um orçamento de US$ 10 milhões, em valores da época, e uma boa arrecadação de US$ 200 milhões, em valores atuais, incluindo a arrecadação nos primeiros anos de exibição no cinema e em licenciamentos posteriores para TV aberta, TV paga, mídias físicas e streaming.


O filme foi levado massivamente para as telas de TV aberta e TV paga, disponibilizado em mídias físicas, como VHS, DVD e Blu-ray, anos depois, e disponibilizado, nos anos mais recentes, pelas plataformas de streaming.


Foi um dos primeiros filmes de um grande estúdio de cinema a abordar de forma séria a “mania” do ser humano em imitar a Deus, criando máquinas equivalentes aos seres humanos, mas depois se arrependendo de tê-los criado, e, ironicamente, em alguns casos, sendo até vítima de suas máquinas.


Nos anos seguintes e nas décadas seguintes, outros filmes e/ou séries de alta qualidade voltaram a abordar o mesmo tema, a “obsessão” do ser humano em criar outros seres orgânicos e/ou máquinas equivalentes ou semelhantes a ele mesmo, como se fosse Deus ou algo parecido, e até mesmo outros ecossistemas semelhantes ao do planeta Terra, dentre eles Jornada nas Estrelas, de 1979; Alien – O Oitavo Passageiro, também de 1979; Tron – Uma Odisséia Eletrônica, de 1982; Jornada nas Estrelas – A Ira de Khan, também de 1982; O Exterminador do Futuro, de 1984; Arquivo X, de 1993; Matrix, de 1999; Taken, de 2002; Eu Robô, de 2004; Ex-Maquina – Instinto Artificial, de 2015; Chegada, de 2016; Revolt, de 2017; I Am Your Mother, de 2020; Sputnik, de 2020; e Duna, de 2021; dentre outros.


O filme 2001 – Uma Odisséia no Espaço foi o primeiro grande filme de Hollywood com efeitos especiais de alta qualidade, criados por profissionais da indústria do cinema, mas que contaram a consultoria prévia de profissionais da NASA, o que resultou na riqueza de detalhes, na verossimilhança e na sofisticação de algumas cenas, considerando os padrões da época, é claro, considerados entre os melhores efeitos especiais da década de 1960 e que até hoje impressionam pelo realismo.


Só pra se ter uma ideia de como esse roteiro é de altíssimo nível e de como ele foi realizado com muito cuidado e esmero, tomando todos os cuidados possíveis para não cair no ridículo, inclusive, os autores Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke tiveram sessões de consultoria com ninguém menos que o astrônomo, biólogo e físico americano Carl Sagan, principalmente para abordar questões delicadas, como, por exemplo, a suposta vida inteligente extraterrestre, que sempre levantou muita polêmica.


E foi justamente para evitar polêmicas em excesso (o que poderia colocar em risco o sucesso financeiro e a credibilidade do filme), que ambos os autores decidiram substituir a figura relativamente comum de seres extraterrestres de formato humanoide e de cor cinza (presente na maioria dos relatos de pessoas que afirmam que tiveram contato ufológico de quinto grau) por um dispositivo artificial em formato retilíneo, de cor preta, uma espécie de monolito ou escultura em formato retangular.


Curiosamente e até ironicamente, o filme 2001 – Uma Odisséia no Espaço pavimentou o caminho para a chegada de outros filmes e séries com temas ufológicos, nas décadas seguintes, com figuras extraterrestres de formato humanoide, greys, inclusive, e possibilitou que esses filmes passassem a ser levados mais a sério.


A impressionante produção do filme 2001 – Uma Odisséia no Espaço, realmente impecável e realista, incluindo cenários, guarda-roupas (figurino), naves espaciais e o dispositivo alienígena artificial, esteve a cargo de uma equipe formada por mais de 50 pessoas, incluindo designers, marceneiros, costureiras e serralheiros, assessorados por profissionais da NASA e liderados por Fred Ordway, Harry Lange, Anthony Masters e Dick Frift, enquanto a fotografia esteve a cargo de Geoffrey Unsworth.


Além disso, a direção de efeitos especiais esteve sob a responsabilidade de Douglas Thumbull e a edição de imagens e sons sob a responsabilidade de Ray Lovejoy, o que resultou na alta qualidade e na sofisticação do filme em geral, considerando os padrões da época, é claro, considerado entre os melhores filmes da década de 1960 e que até hoje impressiona pelo realismo.


Só pra se ter uma ideia de como esse filme é respeitado no mundo inteiro, ele foi escolhido, em 1991, para ser preservado na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, além de ter sido vencedor do Oscar de efeitos especiais, em 1969.


CONCEITOS UFOLÓGICOS

Para entender a enigmática quarta e última seção do filme 2001 – Uma Odisséia no Espaço é preciso se familiarizar com alguns conceitos ufológicos, a princípio difíceis de entender, principalmente para quem ainda não está acostumado com a Ufologia, e que para uma parte do público pode até parecer esquisitice e/ou maluquice.


O primeiro deles é o efeito reflexo e o segundo é o efeito ilusão, ambos baseados ou ancorados em outro fenômeno psicológico e/ou ufológico, conhecido como hipnose, em que, num primeiro momento, o indivíduo (ser humano) abduzido por criaturas alienígenas sofre uma espécie de interferência, proposital ou não, na sua capacidade de julgamento da realidade imediata a sua volta, conhecido também como estado alterado de consciência.


De modo geral, o fenômeno da hipnose alienígena não é um fenômeno permanente, ou seja, só dura enquanto dura a abdução ou contato imediato de quinto grau, posteriormente com a mente voltando ao normal.


EFEITO REFLEXO

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As teorias ufológicas afirmam que, de modo geral, os indivíduos abduzidos por seres alienígenas e/ou que estejam experimentando um fenômeno temporário de quinto grau, no qual há a presença física de uma criatura alienígena no mesmo ambiente e a sua interação mental com os seres humanos, apresentam reações em comum, geralmente experimentando um estado de sonolência, paralisia motora e/ou hipnose.


Juntamente com o fenômeno de hipnose há o que se chama de efeito reflexo, ou seja, todas as mentes (tanto de humanos quanto de alienígenas) conectadas naquele momento, por meio de equipamentos tecnologicamente muito avançados, baseados na tecnologia de telepatia (transmissão de pensamento), passam a experimentar impressões, ideias, desejos, sentimentos, pensamentos, sensações e lembranças praticamente idênticos, enquanto durar a conexão.


Não é possível afirmar que todos os eventos ufológicos nos quais há hipnose e, consequentemente, efeito reflexo são realizados por seres alienígenas mal intencionados. Por exemplo, se essa teoria ufológica fosse levada para o lado da religião, seria possível afirmar que as interações que Deus realiza com seus fiéis utilizam anjos como instrumentos intermediários de comunicação, porque a presença física de Deus junto ao fiel não é possível.


Segundo as religiões abraâmicas (judaísmo, cristianismo e islamismo), Moisés, por exemplo, quando subiu no monte Sinai teve um contato direto com Deus, o que, na verdade, seria contraditório, pois a própria Bíblia afirma, nesta e em outras partes dela, que, na prática, é impossível um ser humano interagir diretamente com Deus. Um ser humano não suportaria a presença de Deus, ele morreria. Então, talvez tenha acontecido ali o fenômeno ufológico de efeito reflexo, com um anjo servindo de ponte de ligação entre Moisés e Deus.


EFEITO ILUSÃO

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Agora sim, estamos diante de algo mais complicado, provavelmente maligno, pelo menos na maior parte dos casos, realizado com más intenções: Segundo as teorias ufológicas, parte dos alienígenas possui a capacidade de criar ilusões nas mentes de seres humanos, temporárias ou mais duradouras, fazendo-os acreditar que estão ou estiveram diante de alguém pelo qual se possui um tipo de sentimento bom, um ente querido, familiar, parente ou amigo já falecido, por exemplo...


Também conseguem induzir o ser humano a acreditar que teve contato com um personagem de TV, livro, cinema ou quadrinhos (no caso específico de crianças e adolescentes); em outros casos fazendo-o acreditar, inclusive, em duendes, fadas, gnomos, elfos e outros seres folclóricos; e/ou fazendo-o acreditar que está presenciando ou presenciou algum evento anormal ou sobrenatural, como assombrações ou aparições, por exemplo, ou contato com personagens históricos ou figuras históricas já falecidos, como reis, imperadores, exploradores e conquistadores, feiticeiros, guerreiros e grandes navegadores, por exemplo (no caso específico dos adultos)...


Isso não significa necessariamente que as crenças da existência de espíritos / almas de seres humanos já falecidos, vagando a esmo pela superfície do planeta Terra, sejam todas falsas, mas apenas que a teoria ufológica acrescenta ou acrescentaria um grau a mais ou uma camada a mais de complexidade e complicação sobre as inúmeras crenças humanas sobre vida após a morte, tanto as crenças monoteístas quanto as crenças politeístas.


FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

  • Origem: Estados Unidos e Reino Unido;
  • Duração: 142 minutos (DVD);
  • Gênero: Ficção científica, drama e suspense;
  • Vídeo: SD e HD em cores (DVD e Blu-ray);
  • Áudio: Estéreo e Dolby (DVD e Blu-ray);
  • Mídias disponíveis: TV’s aberta e paga, DVD, Blu-ray e streaming;
  • Formato: Cinema (16X9 - Widescreen em DVD);
  • Roteiro: Arthur C. Clarke e Stanley Kubrick;
  • Direção: Stanley Kubrick;
  • Produção: Stanley Kubrick, dentre outros;
  • Distribuição: MGM e Warner (cinema, TV’s aberta e paga, mídias físicas e streaming);
  • Elenco: Keir Dullea, Gary Lockwood, William Sylvester e Douglas Rain, dentre outros.
  • Trilha sonora: Richard Straus e Johann Straus, dentre outros;
  • Fotografia: Geoffrey Unsworl;
  • Efeitos especiais: Douglas Trumbull;
  • Restauração:
  • Idioma principal: Inglês, com dublagem para português;
  • Premiação: Oscar de efeitos especiais, em 1969;
  • Orçamento: US$ 10 milhões (valores da época);
  • Receita bruta total: US$ 200 milhões (até o momento);
  • Opinião do blog: Ótimo;


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REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/2001:_A_Space_Odyssey
  • MGM e Warner (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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