END-TO-END DELAY

ROUND-TRIP TIME
ROUND-TRIP DELAY
END-TO-END DELAY
PING


INTRODUÇÃO
Logo acima, o satélite geoestacionário Jupiter 3, da americana Echostar Corporation, operado no Brasil pela Hughes do Brasil, por meio da marca de internet banda larga via satélite HughesNet, com operação prática iniciada em 2023, inclusive para atender o Brasil e outros países da América do Sul. Atualmente, ele é o maior e mais sofisticado satélite geoestacionário em operação para atender clientes brasileiros, tanto particulares (principalmente usuários rurais), como empresas e governos. Logo abaixo, o antigo satélite geoestacionário Intelsat 6-F3, da gigante americana de telecomunicações Intelsat, atualmente uma das maiores operadoras de satélites do mundo.

Em um contexto de telecomunicações em geral, incluindo telecomunicações a cabo e satélite, o RTT – Round-Trip Time, conhecido também como RTT – Round-Trip Delay, é o tempo, geralmente medido em segundos (s) e/ou milissegundos (ms), que leva para um sinal, geralmente um ping (pequeno e leve pacote de dados), ser enviado para um dispositivo qualquer mais a quantidade de tempo que leva para o retorno de confirmação de recebimento de sinal.

Já em um contexto específico de telecomunicações por satélites, a expressão RTT - Round-Trip Time significa o tempo total necessário para um sinal eletromagnético, no formato de um ping, por exemplo, principalmente microondas, percorrer um trajeto compreendido entre um ponto de origem no solo, que pode ser uma antena bidirecional ou de duas vias conectada a um modem-satélite, até um satélite artificial no espaço, e, consequentemente, do mesmo satélite artificial até uma estação de telecomunicações por satélites no solo, e vice versa, no sentido contrário, com a confirmação de entrega dos dados ao destinatário.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

O RTT – Round-Trip Time (pronuncia-se Ráund-Trep Táime) é uma medida do tempo necessário para que uma mensagem inteira seja enviada a um destino e para que uma resposta seja enviada de volta ao remetente. O tempo para enviar a mensagem ao destinatário, na sua totalidade, é conhecido como latência da rede e, portanto, o RTT – Round-Trip Time é o dobro da latência na rede mais um atraso de processamento no destino.

As outras fontes de atraso em uma rede que compõem a latência da rede são atraso de processamento na transmissão, tempo de propagação, tempo de transmissão e tempo de fila. O tempo de propagação, por exemplo, depende da distância. O tempo de transmissão de uma mensagem é proporcional ao tamanho da mensagem dividido pela largura de banda. Assim, redes com maior largura de banda terão menor tempo de transmissão, mas o tempo de propagação permanecerá inalterado e, portanto, o RTT – Round-Trip Time cai com o aumento da largura de banda, mas o atraso representa cada vez mais o tempo de propagação. 

O RTT – Round-Trip Time é uma forma padronizada em nível mundial para medir a velocidade de Internet ou outro protocolo de comunicação qualquer. De forma geral, se utiliza os segundos ou milissegundos para medir o tempo de envio de um pequeno pacote de dados, geralmente chamado de ping, e o retorno com a confirmação de recebimento desse pacote.

Esse tempo de transmissão e resposta com a confirmação de entrega do minipacote de dados (ping) inclui tempos de propagação para os caminhos entre os dois pontos finais de comunicação. No contexto de redes de computadores, o sinal é normalmente um pacote de dados.

O RTT – Round-Trip Time é comumente usado de forma intercambiável com o tempo de ping, que pode ser determinado com o comando ping. No entanto, o tempo de ping pode diferir do RTT – Round-Trip Time experiente com outros protocolos, uma vez que a carga útil e a prioridade associadas às mensagens ICMP usadas pelo ping podem diferir daquelas de outro tráfego.

ETED – End-To-End Delay, conhecido também como OWD – One-Way Delay, é o tempo que um sinal leva para viajar apenas em uma direção e geralmente é calculado como a metade de um RTT – Round-Trip Time.


FIBRA E CABO

Logo acima, ilustração simplificada de redes backbone de telecomunicações por cabos submarinos, com fibras óticas embutidas. A fibra ótica é, atualmente, o meio mais veloz de transmissão de dados a longas distâncias, principalmente para uso em redes de Internet. Porém, para o acesso a redes de Internet em áreas pouco povoadas ou pouco habitadas, o satélite é a solução mais adequada, principalmente em razão da praticidade. Logo abaixo, um exemplo típico de sistema de telecomunicações via satélite, disponível no Brasil, inclusive.
Os backbones são estruturas físicas de telecomunicações, para transmissão de dados de altíssima performance. Eles são compostos por satélites de telecomunicações e cabos de fibra ótica enterrados ou submersos, neste caso embutidos em cabos submarinos, percorrendo centenas ou milhares de quilômetros, literalmente, entre várias centrais de telecomunicações de grandes empresas prestadoras de serviços de telefonia e Internet, instituições governamentais de pesquisa e ensino ou empresas estatais, governos e forças armadas, todos eles formando assim uma imensa rede de telecomunicações. Entre os principais serviços prestados por essa imensa rede de telecomunicações está justamente a Internet, a rede mundial de computadores, e a telefonia, isto é, a comunicação por voz.

Eles são a base física e tecnológica da Internet, sem eles provavelmente você não teria no conforto do seu lar acesso à Internet como tem hoje. Atualmente, a grande maioria das operadoras de TV a cabo também presta serviços de acesso à Internet e telefonia que, de uma forma ou de outra, também necessitam de backbones para se tornarem viáveis.

Em um contexto de telecomunicações por fibra ótica, cabo coaxial e cabo par de cobre, o Round-Trip Time significa o tempo total necessário para um sinal, um pacote de dados TCP/IP, por exemplo, percorrer o trajeto compreendido entre o ponto de origem, que pode ser um computador conectado a um modem, até o destino, geralmente o servidor de um provedor de Internet, e, imediatamente no sentido contrário, um sinal com a confirmação de que o pacote de dados enviado pelo cliente foi recebido com sucesso.


OUTROS DETALHES

De modo geral, ondas eletromagnéticas usadas em telecomunicações por satélite podem ser ondas de rádio e/ou microondas, estas com faixa de frequência acima de 300 Megahertz, incluindo a banda C, a banda Ku e a banda Ka, por exemplo. De modo geral, os satélites geoestacionários mais modernos usam ondas eletromagnéticas do tipo microondas para transmissão de dados, embora também seja possível utilizar ondas de rádio para essa transmissão.

Todos os tipos de ondas usadas em telecomunicações por satélite fazem parte do espectro eletromagnético, estão em faixas de frequência de radiação eletromagnética. As ondas de rádio e as microondas são meios usados para transmissão de voz, som e dados por longas distâncias. Os satélites artificiais usados em telecomunicações, conhecidos também como SATCOM´s, recebem, amplificam e redirecionam o sinal de microondas recebido das estações de telecomunicações de empresas de telecomunicações ou antenas-cliente no solo ou embarcadas em embarcações, plataformas petrolíferas, automóveis e aeronaves.

Portanto o Round-Trip Time pode variar, dependendo da distância (altitude) em que se encontra o satélite (de aproximadamente 800 km do Iridium, por exemplo, até 36.000 km de satélites geoestacionários da Intelsat, por exemplo, dentre outras operadoras), e dependendo também da agilidade (desempenho) do próprio aparelho no espaço em fazer a sua parte, de realizar o recebimento, processamento e envio.

Os sistemas de telecomunicações por satélite que utilizam satélites LEO - Low Earth Orbit, como Iridium e Globalstar, por exemplo, não sofrem o problema de delay, portanto esses sistemas são mais adequados para transmissão de voz, enquanto os sistemas baseados em satélites geoestacionários como, por exemplo, Intelsat, Star One HughesNet, são mais adequados para transmissão de quantidade ou volume maior de dados.


VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Round_Trip_Time
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/End-to-end_delay
  • Echostar / HughesNet (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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