INFLAÇÃO (ECONOMIA)

ECONOMIA
MACROECONOMIA
MICROECONOMIA
TEORIA MICROECONÔMICA
PRODUÇÃO, CUSTO E EFICIÊNCIA
FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES
ESPECIALIZAÇÃO
OFERTA E DEMANDA
TRADE OFF
INFLAÇÃO
TAXA DE CÂMBIO
ECONOMIA PÚBLICA


INTRODUÇÃO

Economia é a ciência que envolve o estudo sistemático dos fenômenos variados relacionados à produção, armazenamento, distribuição e comercialização de bens e prestação de serviços, ela é considerada uma ciência social que estuda a atividade econômica em dois contextos diferentes, o ramo de macroeconomia e o ramo de microeconomia.

Segundo o Dicionário Michaelis, a Economia é a ciência que estuda a forma pela qual os seres humanos decidem empregar seus recursos produtivos não infinitos na produção e comercialização de bens e prestação de serviços para os diferentes grupos que formam a sociedade.

O termo economia (com inicial minúscula) pode ser usado também para se tratar questões relacionadas ao conjunto de atividades financeiras, comerciais e industriais de um país ou de todo o planeta.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

A Economia, em português brasileiro, conhecida também como Ciência Econômica (com acento circunflexo), também em português brasileiro, ou, ainda, Ciência Económica (com acento agudo), em português europeu, é a ciência que consiste na análise da produção, armazenamento, distribuição e consumo de bens e serviços. Portanto, a Economia é o estudo das escolhas dos indivíduos e do que possibilita essa escolha, incluindo a análise sobre o poder aquisitivo dos consumidores. Essa ciência social estuda a atividade econômica em geral, através da aplicação da teoria econômica, tendo, na gestão pública e/ou privada, a sua aplicabilidade prática.

O nome em português Economia e o termo em português economia, que tem como equivalentes em inglês Economics e economics, respectivamente, e como equivalentes em francês Économie ou économie, respectivamente, tem origem no termo grego οικονομία, que, romanizado, escreve-se oikosnomos, que, por sua vez, significa “regras da casa”.

A Economia é, geralmente, dividida em dois grandes ramos: a microeconomia, que estuda os comportamentos individuais da população ou dos consumidores, e a macroeconomia, que estuda o resultado agregado dos vários comportamentos individuais. Atualmente, a Economia aplica o seu corpo de conhecimento para análise e gestão dos mais variados tipos de organizações humanas (entidades públicas, empresas privadas, organizações não governamentais e/ou filantrópicas, cooperativas, etc.) e domínios (internacional, finanças, desenvolvimento dos países, ambiente, mercado de trabalho, cultura, agricultura, etc.).

Outras formas de divisão da disciplina são: a distinção entre economia positiva ("o que é", que tenta explicar o comportamento ou fenômeno econômico observado) e economia normativa ("o que deveria ser", frequentemente relacionado com políticas públicas); e a distinção entre economia ortodoxa, aquela que lida com o nexo "racionalidade-individualismo-equilíbrio", e a economia heterodoxa, que pode ser definida por um nexo "instituições-história-estrutura social".


MICROECONOMIA

A microeconomia estuda as interações que ocorrem nos mercados em função da informação existente e da regulação estatal. Distinguem-se os mercados de bens e serviços dos mercados de fatores de produção, capital e trabalho, por terem diferentes agentes e formas de funcionamento.

O foco de interesse da microeconomia é, sobretudo, o estudo das escolhas dos agentes econômicos, isto é, da forma como eles procedem dado um conjunto de diferentes opções, comparando os benefícios e inconvenientes para a prossecução dos seus objetivos ou para a satisfação dos seus interesses, o chamado postulado utilitarista.

A teoria compara os agregados da quantidade global demandada pelos compradores e da quantidade fornecida pelos vendedores, o que determina o preço. Ela constrói modelos que descrevem como o mercado pode conseguir o equilíbrio entre o preço e a quantidade ou como pode reagir a alterações do mercado ao longo do tempo, que é o que se denomina de mecanismo da oferta e da procura.

As estruturas de mercado, como a concorrência perfeita, os oligopólios e os monopólios, são analisados para tirar conclusões sobre o seu comportamento e a sua eficiência econômica. A análise de um mercado é feita a partir de hipóteses simplificadoras, como, por exemplo, a racionalidade dos agentes e o equilíbrio parcial. Parte-se do pressuposto de que um mercado não é afetado pelo que se passa em outros mercados.

Uma análise em equilíbrio geral é um estudo mais abrangente, que permite avaliar as consequências sobre os outros mercados, para compreender as interações e os mecanismos que podem levar a uma situação de equilíbrio.


TEORIA MICROECONÔMICA

A teoria microeconômica padrão assume que os agentes econômicos, as famílias ou as empresas, são racionais, ou seja, supõe-se terem habilidades cognitivas e informações suficientes para, inicialmente, construir critérios de escolha entre diferentes opções possíveis no mercado e, finalmente, maximizar a sua satisfação dadas as restrições a que estão sujeitos, principalmente restrições orçamentárias.

Presume-se que os agentes econômicos são capazes de identificar as restrições sobre essas escolhas, tanto restrições internas, como, por exemplo, suas capacidades tecnológicas e/ou capacidade instalada, no caso das empresas, por exemplo; como as externas, como as resultantes da conjuntura econômica, por exemplo. É o chamado paradigma do homo economicus, que não implica, a priori, que os critérios de escolha dos indivíduos sejam puramente egoístas, podem perfeitamente ser racionais e/ou altruístas.

Esta teoria deve sua existência à síntese feita pela economia matemática neoclássica das décadas de 1940 e 1950, entre os teóricos da chamada corrente marginalista do século XIX e da teoria do equilíbrio geral, como os economistas francês León Walras e italiano Vilfredo Pareto. Além disso, os economistas britânico John Hicks e americano Paul Samuelson são considerados os pais da microeconomia tradicional atual, que podemos dividir em quatro áreas:

  • A teoria do consumidor, que estuda o comportamento das famílias e/ou dos consumidores individuais, ao fazerem opções de consumo sujeitas a restrições orçamentárias;
  • A teoria da firma, que estuda o comportamento de empresas em geral que pretendem maximizar seus lucros, geralmente sujeitos a restrições tecnológicas e/ou de capacidade instalada;
  • A teoria das trocas dos mercados, que podem ou não ser concorrenciais;
  • A teoria do ótimo econômico, que recorre ao conceito de Vilfredo Pareto para avaliar a eficiência econômica das interações coletivas entre os agentes, através do comércio.


PRODUÇÃO, CUSTO E EFICIÊNCIA

Em microeconomia, produção é um processo que usa insumos para criar produtos, geralmente destinados ao comércio ou ao consumo. A produção é um fluxo e/ou o resultado de um fluxo, logo é mensurável através de unidade de tempo. É comum distinguir entre a produção de bens de consumo (alimentos, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza, roupas e calçados, etc.) e bens de investimento e/ou bens de capital (máquinas e equipamentos, instalações industriais, etc.), bens públicos (defesa nacional, segurança pública, proteção civil, etc.) e bens privados (computadores, etc.).

As entradas para o processo de produção incluem fatores de produção básicos ou insumos como o trabalho (mão de obra braçal e/ou intelectual), bens de capital (bens duradouros usados na produção, como uma fábrica e seus equipamentos, por exemplo) e terras (incluindo recursos naturais). Outros fatores incluem bens intermediários usados na produção dos bens finais, como, por exemplo, o aço no fabrico de um carro novo.

custo de oportunidade, relacionado com o custo econômico, é o valor da melhor alternativa disponível quando se tem que fazer uma escolha entre duas opções mutuamente exclusivas. É descrito como sendo a expressão da relação básica entre escassez e escolha. O custo de oportunidade é um fator que garante a utilização eficiente dos recursos escassos, pois o custo é ponderado face ao valor gerado, no momento de se decidir aumentar ou reduzir uma atividade.

A eficiência econômica descreve o quanto um sistema utiliza bem os recursos disponíveis, dada a tecnologia disponível. A eficiência aumenta se conseguirmos obter um maior resultado sem aumentar os recursos ou insumos usados, ou seja, se conseguirmos reduzir o desperdício. Dizemos que temos uma eficiência de Pareto quando estamos num ponto onde nenhuma alteração na forma como usamos os recursos ou insumos disponíveis consegue melhorar o resultado para alguém sem piorar a situação de outro.


FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES

A fronteira de possibilidades de produção é uma ferramenta analítica que representa a escassez, custo e eficiência. No caso mais simples, estudamos uma economia que produz apenas dois bens. A fronteira de possibilidades é uma tabela ou gráfico que mostra as várias combinações de quantidades dos dois produtos que é possível ter, dado a tecnologia e os fatores de produção disponíveis.

Cada ponto na curva mostra uma produção potencial total máxima para a economia, que é a produção máxima possível para um bem, dada uma quantidade de produção para o outro bem. É um ponto de eficiência produtiva por maximizar a produção para um total dado de insumos. Um ponto dentro da curva é possível, mas representa ineficiência produtiva, o que significa uso de insumos com desperdício, no sentido de que é possível aumentar a produção de um ou ambos os bens no sentido nordeste em direção a um ponto na curva.

O gráfico na ilustração acima exemplifica uma curva com todos os pontos economicamente eficientes. O ponto A no gráfico, por exemplo, indica-nos que a produção de FA de comida e CA de computadores é eficiente. O mesmo se passa com FB de comida e CB de computadores, o ponto B. Os pontos abaixo dessa linha são ineficientes, pois é possível aumentar a produção de um dos bens sem ser forçado a reduzir a produção do outro.

A escassez é representada na figura pela impossibilidade de se poder produzir para além da fronteira de possibilidades. São os pontos acima da linha, impossíveis de atingir com os recursos e tecnologia disponíveis. É também representada pelo declive da curva, que representa o quanto da produção de um bem diminui quando a produção do outro aumenta, numa relação inversa. Isso ocorre porque uma maior produção de um bem requer a transferência de insumos da produção do outro bem, forçando a sua diminuição. É um exemplo de custo de oportunidade e significa que escolher mais de um bem implica ter menos do outro.


ESPECIALIZAÇÃO

A especialização pode ser considerada a concentração de tempo e esforço de um determinado agente produtivo (uma pessoa, no caso de mão de obra, ou uma máquina ou equipamento, no caso de uma fábrica, por exemplo) na produção de um bem e/ou na prestação de um serviço, geralmente resultando em mais eficiência. Dessa forma, ela é considerado um aspecto chave para a eficiência econômica, devido a diferentes agentes terem diferentes vantagens comparativas, talentos ou capacidades.

Teoricamente, mesmo que um país detenha vantagem absoluta em todos os setores produtivos (o que, na verdade, sejamos sinceros, seria uma utopia), ele teria mais vantagem em se especializar nas áreas onde tenha as maiores vantagens comparativas, efetuando depois as trocas comerciais com outros países, que, por sua vez, também possuem vantagens específicas. Assim, teoricamente, todos saem ganhando, pois conseguem dessa forma obter uma maior quantidade dos produtos onde não se especializou comparado com a opção de produzir tudo por si mesmo e para si mesmo.

Um exemplo típico disso são os grandes países produtores de petróleo do Oriente Médio, que produzem em grande quantidade / volume o que fazem de melhor, o petróleo, é óbvio, mas são ineficientes na produção de alimentos, por exemplo, pois suas terras são inadequadas para esse fim. Por isso exportam petróleo e importam alimentos.

A teoria defende que dessa forma se consegue obter um maior total de produtos e utilidade, comparando com a situação em que cada país decide pela produção própria de todos os produtos, o que, na prática, é impossível. A teoria da vantagem comparativa é responsável pela crença generalizada dos economistas nos benefícios do comércio totalmente livre, embora o planeta em que vivemos ainda não tenha chegado nesse ponto ideal. E talvez nunca chegue.

O conceito de especialização também pode ser aplicado a indivíduos (mão de obra), propriedades rurais (agricultura, pecuária e outras atividades), manufatura em geral e mineração, fornecedores de serviços em geral, mídia (cultura e arte) e comércio em geral. Em qualquer um desses sistemas produtivos podemos ter uma divisão do trabalho, onde cada trabalhador é responsável por uma tarefa distinta e especializada fazendo parte do esforço produtivo total.

De forma mais geral, a teoria de especialização diz que fatores de produção, como os custos de produção e os preços dos insumos, determinam a alocação dos fatores de produção tendo em conta a vantagem comparativa. Assim, de modo geral, salvo exceções, são escolhidos os insumos mais baratos, de forma a se obter o mais baixo custo de oportunidade para cada tipo de produto. Isso não significa necessariamente abrir mão da qualidade, é só uma teoria, portanto ela não é aplicada de forma rígida, em seu sentido literal.

Com esse processo, a produção agregada aumenta como efeito colateral. Essa especialização da produção cria oportunidades para ganhos com o comércio em que os detentores dos recursos mais baratos e/ou mais abundantes se beneficiam do comércio vendendo um tipo de produto de preço mais competitivo contra outros bens de maior valor, de outros fornecedores.


OFERTA E DEMANDA

O modelo de oferta e demanda descreve como os preços variam de acordo com o equilíbrio entre a disponibilidade e a procura. A teoria de oferta e demanda explica os preços e as quantidades dos bens transacionados numa economia de mercado e as respetivas variações. Na teoria microeconômica em particular, refere-se à determinação do preço e quantidade num mercado de concorrência perfeita, que tem um papel fundamental na construção de modelos para outras estruturas de mercado, como monopólio e oligopólio.

Para o mercado de um bem específico, um determinado produto, a demanda mostra a quantidade que os possíveis compradores estariam dispostos a pagar para comprar por cada preço unitário do bem. A demanda é frequentemente representada usando uma tabela ou um gráfico relacionando o preço com a quantidade demandada (desejada). A teoria da demanda descreve os consumidores individuais como entidades racionais, que escolhem a quantidade melhor possível de cada bem, em função dos rendimentos, preços e preferências.

Uma expressão para isso é a maximização da utilidade restringida, sendo que a renda é uma eventual restrição da demanda, ou seja, a renda limitada de uma pessoa pode impedi-la de comprar um bem, mesmo que ela tenha vontade de comprar. Na prática, nenhuma pessoa consegue ou pode comprar tudo o que quer, existe um limite para o que se consegue ou pode comprar, mesmo considerando os indivíduos de maior poder aquisitivo, que são minoria.

Um potencial consumidor é aquele que tem condições econômicas de comprar um determinado produto ou contratar um serviço. Um eventual consumidor é aquele que, talvez, compre determinado produto, mas isso não está muito claro, pois não se sabe ao certo qual seu poder aquisitivo, se ele precisa comprar e se ele quer comprar. Para esse contexto, utilidade restringida refere-se às hipotéticas preferências relativas dos consumidores individuais. A utilidade e a renda são então usadas para modelar os efeitos de mudanças de preço nas quantidades demandadas.

A lei da demanda diz que, regra geral, o preço e a quantidade demandada num determinado mercado estão inversamente relacionados. Em outras palavras, quanto mais alto for o preço de um produto, menos pessoas estarão dispostas e/ou poderão comprá-lo, enquanto todos os demais fatores permanecem inalterados. Quando o preço de um bem sobe, o poder de compra geral diminui (efeito renda) e os consumidores mudam para bens mais baratos (efeito substituição).

Assume-se que os produtores maximizam o lucro quando estabelecem os maiores preços possíveis pelos seus produtos, o que significa que tentam produzir a quantidade que lhes irá dar o maior lucro possível. A oferta é tipicamente representada como uma relação diretamente proporcional entre preço e quantidade, enquanto todos os demais fatores permanecem inalterados. Em outras palavras, quanto maior for o preço pelo qual uma mercadoria pode ser vendida, mais produtores estarão dispostos a fornecê-la.

O preço alto incentiva a produção, geralmente os produtores aumentam sua capacidade produtiva para atender a demanda. Em oposição, para um preço abaixo do equilíbrio, há um desinteresse dos produtores, o que, consequentemente, provoca, no longo prazo, a diminuição da oferta, com os produtores desistindo de produzir ou reduzindo a produção. Note que o ponto de equilíbrio ou estabilidade entre oferta e demanda é difícil de ser alcançado e mantido, exigindo dos produtores atenção redobrada para identificar as preferências do mercado consumidor e o seu comportamento no curto, médio e longo prazos.

Do lado da oferta, alguns fatores de produção são relativamente fixos no curto prazo, o que pode afetar os custos em caso de alteração do nível de produção. Por exemplo, equipamentos ou maquinaria pesada, espaço de fábrica adequado e pessoal qualificado. Um fator de produção variável pode ser alterado facilmente, para se adequar ao nível de produção escolhido.

Exemplos incluem: o consumo de energia elétrica, a maioria das matérias primas, horas extraordinárias e trabalhadores temporários. No longo prazo, todos os fatores de produção podem ser ajustados pela gestão. Mas estas diferenças podem resultar numa diferente elasticidade (rapidez de resposta) da curva da oferta no curto prazo, que podem implicar diferenças face aos resultados de longo prazo previstos pelo modelo.

A oferta e demanda são usadas para explicar o comportamento dos mercados de concorrência perfeita, mas sua utilidade como modelo de referência é extensível a qualquer outro tipo de mercado. A oferta e demanda também pode ser generalizada para explicar a economia como um todo. Por exemplo, a quantidade total produzida e o nível geral de preços, relacionado com a inflação, estudados pela macroeconomia.

A oferta e demanda também pode ser usada para modelar a distribuição de renda pelos fatores de produção, como o capital e trabalho, através de mercados de fatores. Num mercado de trabalho competitivo, por exemplo, a quantidade de trabalho empregada e o preço do trabalho (o salário) são modelados pela demanda por trabalho (pelas firmas) e pela oferta de trabalho (pelos potenciais trabalhadores).

Uma falha de mercado é uma situação na qual o mercado não consegue a alocação ótima dos recursos econômicos e dos bens e serviços. Isso pode acontecer, por exemplo, no caso de um monopólio, de um cartel ou de uma situação em que coexistam desemprego e falta de mão de obra.

A falha de mercado, no sentido de alocação econômica, é um conceito diferente da anomalia de mercado, que tem um caráter mais financeiro, não da falta de eficiência do mercado. A anomalia de mercado diz respeito ao rendimento financeiro e a uma anomalia nos preços devida a fenômenos comportamentais. Estes dois fenômenos podem ser a causa ou a consequência um do outro, ou resultar de uma causa comum.


MACROECONOMIA

A macroeconomia, também conhecida como macroeconomics, em inglês, examina a economia como um todo, principalmente para explicar fenômenos econômicos globais, amplos agregados e suas interações. Tais agregados incluem as medições do PIB - Produto Interno Bruto, do PNB - Produto Nacional Bruto; a taxa de desemprego e a inflação / deflação dos preços no varejo. Além disso, ela também estuda os efeitos da política monetária e da política fiscal dos governos sobre os mercados.

Desde pelo menos os anos 1960, a macroeconomia tem sido caracterizada pela integração cada vez maior com a modelagem de base micro de setores, inclusive a racionalidade dos agentes econômicos, o uso eficiente da informação no mercado e a competição imperfeita. Isso tem abordado uma antiga preocupação sobre as inconsistências no desenvolvimento da disciplina.

A análise macroeconômica também considera fatores que afetem o nível de crescimento da renda nacional no longo prazo. Tais fatores incluem a acumulação de capital, mudança tecnológica e crescimento da força de trabalho.


CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

A economia do desenvolvimento estuda fatores que explicam o crescimento econômico, incluindo o aumento na produção per capita de um país ao longo de um extenso período de tempo. Os mesmos fatores são usados para explicar diferenças no nível de produção per capita entre países.

Outros fatores muito estudados incluem a taxa de investimento, o crescimento populacional e as mudanças e/ou inovações tecnológicas, que estão representados em formas empíricas e teóricas (como no modelo de crescimento neoclássico) e na contabilidade do crescimento.

O campo distinto da economia do desenvolvimento examina aspectos econômicos do processo de desenvolvimento em países de baixa renda focando em mudanças estruturais, pobreza e crescimento econômico. Abordagens em economia do desenvolvimento frequentemente incorporam fatores políticos e sociais.


SISTEMAS ECONÔMICOS

Sistemas econômicos é o ramo da Economia que estuda os métodos e instituições pelas quais as sociedades determinam a propriedade, direção e alocação dos recursos econômicos e as suas respectivas trajetórias de desenvolvimento econômico. Um sistema econômico de uma sociedade é a unidade de análise dos sistemas contemporâneos em diferentes partes do espectro organizacional, principalmente os sistemas socialistas e os sistemas capitalistas, nos quais ocorre a maior parte da produção, respectivamente em empresas estatais e privadas.

Entre esses dois extremos citados logo acima estão as economias mistas, como no caso da China, por exemplo. Um elemento comum das economias mistas é a interação de influências políticas e econômicas, amplamente descritas como economia política. Sistemas econômicos comparados é a área que estuda a performance e o comportamento relativos de diferentes economias ou sistemas.


CONTAS NACIONAIS

A contabilidade nacional é um método para listar a atividade econômica agregada de uma nação. As contas nacionais são sistemas contábeis de partidas dobradas que fornecem informações detalhadas sobre a atividade econômica de um país. Essas incluem o PNB - Produto Nacional Bruto e o PIB – Produto Interno Bruto, que fornecem estimativas sobre a economia de um país, incluindo o valor monetário da produção e da renda por ano.

O PNB – Produto Nacional Bruto, por exemplo, permite que se acompanhe a performance de uma economia e seus componentes ao longo de ciclos econômicos ou períodos históricos. Dados de preços podem permitir a distinção entre valores reais e nominais, isto é, corrigir totais monetários para refletir as variações nos preços ao longo do tempo. As contas nacionais também incluem aferições do estoque de capital, riqueza de uma nação e fluxos internacionais de capital.


A INFLAÇÃO

INFLAÇÃO DE DEMANDA


É considerada por especialistas o tipo mais comum de inflação. A inflação de demanda acontece quando um país já possui todos os seus recursos produtivos ou capacidade instalada (conhecida também como capacidade industrial) em atividade, não havendo mais margens disponíveis para aumentar a oferta sem necessidade de novos investimentos em bens de capital, instalações produtivas e mão de obra.

A inflação de demanda é causada pelo excesso de demanda em relação à capacidade do país produzir bens e serviços. Teoricamente, para combater esse tipo de inflação o governo deve e/ou pode aplicar políticas econômicas que provoquem redução da demanda por bens e serviços, como aumento da chamada taxa básica de juros, por exemplo... Porém, esse é um paradigma polêmico, pois há quem defenda o aumento da produção de bens e serviços por meio de políticas públicas de qualificação profissional e incentivos variados aos meios de produção para que produzam mais...

No Brasil, essas medidas consideradas ortodoxas, que provocam redução de demanda (incluindo o impopular aumento de juros), tiveram relativo sucesso nas décadas de 1990 e 2000 e surtiram o efeito esperado para aquelas décadas. Porém, há necessidade de dar um passo adiante nas políticas governamentais atuais para controle da inflação e desenvolvimento econômico.

As medidas ortodoxas para controlar a inflação, oficialmente chamadas de Plano Real, adotadas no Brasil desde a década 1990, deram resultado e ainda dão resultado, porém há sinais de que a população e os setores produtivos já estão cansados disso, portanto entende-se que está na hora de uma reforma política, uma reforma administrativa e uma reforma tributária...

INFLAÇÃO DE CUSTOS
A inflação de custos também é um tipo comum de inflação. Acontece quando há aumento dos custos de produção e a demanda permanece inalterada. Os exemplos mais comuns de inflação de custos, ocorridos no passado, estão relacionados aos aumentos dos preços de importantes commodities, como petróleo, aço, feijão, tomate e energia elétrica, entre outros.

Teoricamente, quando há redução na oferta de matérias primas necessárias na produção de um país então, consequentemente, os seus preços aumentam. Teoricamente, quando o nível de demanda permanece o mesmo, os produtores se deparam com menores probabilidades de lucros e, consequentemente, aumentam os seus preços para compensar isso.

Outro exemplo comum de inflação de custos está relacionado aos salários. É um tema bem delicado: Supondo que haja um repentino e acentuado aumento nos níveis de salários, decorrente de uma eventual ação inflexível de sindicatos, haverá aumento dos custos de produção e, consequentemente, haverá pressões inflacionárias relacionadas a aumento do custo de mão de obra.

A adoção de políticas públicas de defesa do valor real do salário mínimo, como acontece no Brasil e nos Estados Unidos, por exemplo, é salutar, entretanto os reajustes devem continuar moderados, sem exageros, caso contrário poderá haver pressões inflacionárias sobre o preço final de produtos e serviços, se não houver harmonia entre a oferta e a demanda. 

ECONOMIA PÚBLICA

A economia pública, conhecida também como economia aplicada ao poder público, é uma economia política que junta a Economia, a legislação e a Ciência Política para explicar como as instituições governamentais e o sistema económico (capitalista, socialista ou misto) interagem. Estuda questões como o impacto dos governos em fatores como monopólios e oligopólios e o comportamento dos agentes econômicos para obtenção de rendimento.

A economia pública ocupa-se do setor produtor de bens públicos e é frequentemente considerado um ramo da Economia cujo objeto é o fornecimento de bens coletivos gratuitos cujos custos são financiados através de impostos, geralmente saúde, educação e segurança pública, pelo menos na maioria dos países.

De forma mais geral, integra também a produção de bens de mercado por empresas estatais e/ou de capital misto e estuda também as políticas que um Estado (com inicial maiúscula, significando toda o poder público de um país) deve e/ou pode conduzir para promover o desenvolvimento econômico e o bem-estar da população, além de intervir sobre os problemas de desigualdade social e promover a redistribuição da riqueza.

As finanças públicas é o ramo da economia que lida com os gastos e receitas das entidades do setor público, geralmente o governo. Ela aborda questões como incidência fiscal (quem realmente paga um imposto), análise custo-benefício de programas do governo, efeitos na eficiência econômica e distribuição de renda de diferentes tipos de gastos e políticas fiscais.

A análise econômica do direito é a disciplina que procura explicar os fenômenos jurídicos através de métodos e conceitos da Ciência Econômica. Usa de conceito econômicos para explicar os efeitos de normas legais a fim de determinar ou prever se serão economicamente eficientes.


OUTROS CONCEITOS

TRADE OFF
A expressão Trade Off é usada para situações em que existe algum conflito de escolha, um dilema, em que qualquer uma das duas ou mais alternativas é difícil e a escolha de uma alternativa automaticamente exclui a outra alternativa, não sendo possível escolher duas alternativas simultaneamente.

Levando isso para o lado da macroeconomia, a teoria é que o dilema surge quando os governos escolhem a estabilidade de preços como o seu principal objetivo. Segundo a teoria, o problema surge quando o nível de emprego aumenta e a necessidade de aumento do nível de produção faz com que o país se aproxime do pleno emprego, ou seja, da plena utilização de sua capacidade produtiva, assim poderia, segundo a teoria, ocorrer pressões inflacionárias. É um paradigma aceito por uma parte dos economistas.

Entretanto, há opiniões diferentes desse paradigma, segundo as quais as pressões inflacionárias são passageiras, temporárias, quando o país tem uma economia razoavelmente dinâmica e aberta, quando há um bom nível de competição dentro do país, com várias empresas prestando o mesmo tipo de serviço ou oferecendo ao consumidor o mesmo tipo de produto. Segundo essas opiniões, a verdadeira e mais problemática causa da inflação é o excesso de gastos dos governos, quando há déficit público das contas dos governos, quando os governos não conseguem se controlar e gastam demais.

É óbvio que é normal quando um governo emite cédulas e moedas apenas para repor as cédulas ou moedas envelhecidas. O problema é quando um governo emite cédulas e moedas para cobrir seus gastos em excesso, seus déficits, como na Argentina, por exemplo, em seus governos anteriores.

Existem exceções, é claro, como em alguns casos isolados como, por exemplo, na década de 2010, aqui no Brasil, nas altas dos preços de alguns alimentos e commodities como, por exemplo, o feijão, o tomate e, em quase todo o planeta, o petróleo, e, também na década de 2010 e nos anos mais recentes, no Brasil, o inevitável aumento do preço final da energia elétrica, causado pelos meses seguidos com baixo volume de chuvas. Qualquer aumento significativo no preço do petróleo, por exemplo, tem impacto na inflação, é inevitável, mas fora isso, a verdadeira causa da inflação é o excesso de gastos dos governos.

É claro que os governos mundiais, incluindo o brasileiro, não devem abrir mão de suas prioridades, como saúde pública, educação pública, segurança pública e saneamento básico, mas para manter controle sobre a inflação deve haver empenho de suas equipes econômicas no sentido de manter controle sobre seus gastos.

O MODELO KEYNESIANO
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Segundo o Modelo Keynesiano, toda a demanda (necessidade combinada com a capacidade de comprar produto ou contratar serviço) pode ser atendida mesmo quando há capacidade produtiva ociosa na economia, porque a produção deve ser realizada justamente para atender a demanda, nada mais que isso. Porém, uma das faces polêmicas da teoria keynesiana é a que as empresas não precisam operar em máxima capacidade produtiva, então é possível que haja "equilíbrio" com desemprego.

TAXA DE JUROS
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Pelo lado do emprestador ou credor, a taxa de juros é uma compensação formal e estímulo, pago pelo tomador de empréstimo, para estimular o credor a emprestá-lo, em vez de mantê-lo na sua forma líquida mais imediata. Já a taxa de juros estabelecida pelo Governo Federal durante a negociação de títulos públicos é chamada de taxa básica de juros, ou taxa Selic.

Em outras palavras, se o possuidor de riquezas acumuladas não emprestar seu dinheiro a terceiros ele continuará com o dinheiro para uso imediato, mas abrirá mão da taxa de juros. Por outro lado, se ele decidir emprestar o seu dinheiro por um certo tempo então será recompensado pela taxa de juros, que será acrescentada ao montante inicialmente emprestado por ele.

DESEMPREGO ESTRUTURAL
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Esse tipo de desemprego é consequência de mudanças naturais na estrutura da economia e do mercado de trabalho, principalmente mudanças relacionadas à modernização e aumento da competitividade, geralmente consequência da introdução de novas tecnologias no processo produtivo, resultando na substituição do trabalhador por máquinas e/ou simplificação do trabalho.

TAXA DE CÂMBIO
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A taxa de câmbio é uma variável importante da economia, imprescindível para produtores que querem exportar seus produtos ou para importadores. Essa variável está relacionada ao comércio internacional, quando um país tem acordos comerciais com outros países, exporta muito e importa muito. Geralmente, o sistema eletrônico utilizado para transações internacionais é o Swift.

A taxa de câmbio está relacionada ao preço pago para trocar a moeda nacional pela moeda estrangeira, relacionando o valor das duas moedas. A taxa de câmbio é o indicador usado para relacionar os valores das moedas estrangeiras com o valor da moeda nacional, viabilizando a troca das moedas, em um contexto de mercado de câmbio, no qual nos países de tradição democrática e economia aberta o preço delas é determinado livremente pela lei de oferta e procura.

SUPERÁVIT COMERCIAL
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O superávit comercial acontece quando o país produz e exporta mais produtos e serviços do que importa produtos e serviços. O superávit comercial é o inverso de déficit comercial, e quando há déficit comercial o país em questão tem ou terá problemas de câmbio e de inflação...

POLÍTICA MONETÁRIA
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A política monetária é o controle que as autoridades monetárias exercem sobre a quantidade de moeda em circulação, de crédito e das taxas de juros em vigor, para controlar a liquidez do sistema econômico nacional.

VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Unigran - Universidade da Grande Dourados
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia
  • Dicionário Michaelis: Consulte também a versão executiva do Michaelis
  • Wikimedia: Imagens

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