BOMBARDIER CRJ100

CANADAIR CRJ100
CANADAIR CRJ200
BOMBARDIER CRJ100
BOMBARDIER CRJ200
CHALLENGER 800 (EXECUTIVO)
BOMBARDIER CRJ700
BOMBARDIER CRJ900
BOMBARDIER CRJ1000

INTRODUÇÃO

Logo acima, um dos primeiros modelos de jatos regionais bimotores da família Bombardier CRJ, conhecido anteriormente como Canadair CRJ200, nas cores da companhia aérea Japan Airlines, uma das maiores do Japão. Logo abaixo, imagem publicitária dos seus derivados melhorados e de maior capacidade de transporte, o Bombardier CRJ700, o Bombardier CRJ900 e Bombardier CRJ1000.

O nome Bombardier CRJ é usado pela empresa canadense Bombardier Incorporated para sua moderna família de aeronaves comerciais bimotoras de médio porte e alta performance, com motorização turbofan, formada por cinco modelos com capacidade para transportar entre 50 e 100 passageiros em viagens interestaduais e internacionais, com o primeiro modelo da série criado e desenvolvido a partir da década de 1980, com a fabricação em larga escala iniciada a partir da década de 1990, inicialmente pela fabricante canadense Canadair, uma subsidiária da companhia também canadense Bombardier, que utilizou como base para sua criação e desenvolvimento o jato executivo de médio porte Canadair Challenger CL-600, principalmente o seu projeto de fuselagem, cockpit e cone de cauda.

A Bombardier Incorporated é uma companhia multinacional de capital aberto que controla, a partir do Canadá, várias empresas que formam uma grande corporação que atua internacionalmente no ramo de fabricação de veículos para transportes aéreo e ferroviário, principalmente fabricantes de aviões comerciais, aviões executivos, avião utilitário para combate a incêndios florestais e locomotivas e vagões para transporte de passageiros. A sede do grupo Bombardier está localizada em Montreal, na província (estado) de Quebec, no Canadá, e possui diversas subsidiárias no Canadá, nos Estados Unidos, no México e na Europa.

Em 2016, com uma receita bruta de US$ 16 bilhões (incluindo os números de todas as suas subsidiárias, inclusive aquelas que não têm relação direta com aviação), o grupo industrial Bombardier esteve na terceira posição mundial no setor de indústria aeronáutica civil, logo acima de sua principal concorrente, a empresa brasileira Embraer, que encerrou 2016 com um faturamento de US$ 6,5 bilhões, ambas abaixo da europeia Airbus e da americana Boeing, as duas gigantes do setor aeroespacial. Atualmente, a Bombardier possui mais de 66.000 empregados em vários países, principalmente no Canadá, nos Estados Unidos e na Europa. Em 2015, a Bombardier Aerospace, a subsidiária do grupo Bombardier que fabrica aviões civis, incluindo comerciais e executivos, teve um faturamento de mais de US$ 11 bilhões.

Atualmente, a Bombardier Incorporated e sua irmã BRP - Bombardier Recreational Products, ambas empresas com razões sociais e composições acionárias diferentes, estão entre as maiores companhias fabricantes de veículos e motores do mundo, respectivamente, atuando principalmente no ramo aeroespacial, de transporte ferroviário de passageiros (metrôs subterrâneos, metrôs de superfície e trens de alta velocidade, inclusive) e de desportos motorizados do mundo, posição alcançada em mais de 70 anos de existência, atuando principalmente nas etapas de projeto, desenvolvimento, fabricação e venda de aeronaves para os segmentos de aviação comercial, aviação executiva e aviação utilitária, trens para transporte de passageiros e veículos para transporte sobre neve, água e terra.

Em unidades vendidas, a empresa canadense Bombardier Incorporated é, atualmente, a quarta maior fabricante de aeronaves comerciais do planeta e uma das maiores fabricantes de aeronaves executivas do mundo, e sua subsidiária mais conhecida e admirada, a americana Learjet é uma das mais tradicionais, confiáveis e respeitadas fabricantes de jatos executivos do mundo. Comparando receitas, a Bombardier é, atualmente, um dos maiores grupos fabricantes de aeronaves do planeta, somando os números de todas as unidades da companhia, incluindo as marcas e projetos Learjet, Canadair / CRJ, Global e Challenger, De Havilland / Q Series, entre outros.

A BRP - Bombardier Recreational Products, na qual a Família Bombardier também possui uma importante participação acionária, é outra grande companhia canadense de capital aberto, separada da companhia Bombardier Incorporated. Como o próprio nome diz, a BRP - Bombardier Recreational Products (pronuncia-se Bombardiê Ricriachonal Pródâcts) fabrica veículos para transporte terrestre e aquático e pequenos motores aeronáuticos a pistão, com ênfase no ramo de produtos para desportos motorizados, incluindo os badalados quadriciclos com a marca Can-Am, as também badaladas motos aquáticas / jet skis com a marca Sea-Doo e moto-esquis com a marca Ski-Doo, veículos para transportar pessoas e cargas sobre condições de neve, motores de popa para embarcações pequenas com a marca Evinrude e os tradicionais motores aeronáuticos a pistão com a marca Rotax.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Logo acima, o jato regional Canadair CRJ-100, o primeiro modelo de aeronave da Família CRJ da Bombardier, nas cores da companhia aérea Iberia, a maior da Espanha. Logo abaixo, o mesmo modelo de aeronave nas cores da companhia aérea Lufthansa, a maior da Alemanha.

Canadair CRJ100 e o Canadair CRJ200 são modernas aeronaves bimotoras de porte médio e alta performance, com motorização turbofan, com capacidade para transportar 50 passageiros (cada) em viagens interestaduais e internacionais, criadas e desenvolvidas no Canadá a partir das décadas de 1980 (CRJ100) e 1990 (CRJ200), respectivamente, e fabricadas em larga escala também no Canadá a partir da década de 1990 pela então Canadair e, posteriormente, pela Bombardier Aerospace, atualmente o quarto maior fabricante de aeronaves comerciais do planeta, que utilizaram como base para criação o sofisticado jato executivo para transporte intercontinental Canadair Challenger, porém com uma quantidade significativa de mudanças que tornam o Canadair CRJ100 e o Canadair CRJ200 modelos de aeronaves diferentes.

A Canadair era controlada pelo Governo Canadense e foi comprada pela Bombardier na década de 1980. O Canadair CRJ100 e seu irmão melhorado Canadair CRJ200, renomeados posteriormente para Bombardier CRJ100 e Bombardier CRJ200, foram criados para atender pedidos de companhias aéreas regionais por um tipo de transporte mais veloz que os modelos de aeronaves com motorização turboélice disponíveis até então.

O ponto de partida para a criação desses dois modelos de jatos regionais foi o jato executivo Canadair Challenger, que por sua vez era um projeto do empresário e inventor americano William Lear, o fundador da fabricante de jatos executivos Learjet. O brilhante projetista William Lear vendeu o projeto de jato executivo LearStar para a Canadair, a fabricante canadense de aeronaves, na época propriedade do Governo Canadense. que por sua vez submeteu o projeto a uma variedade de melhorias e aperfeiçoamentos até chegar ao projeto do primeiro jato executivo intercontinental de asa supercrítica da fabricante canadense.

O Canadair CRJ100 e o Canadair CRJ200 são os dois primeiros frutos do programa Canadair Regional Jet, lançado pela Canadair em 1987, quando já era propriedade da holding canadense Bombardier.

A estrutura do Canadair Challenger foi reforçada, sua elegante fuselagem foi alongada em quase seis metros para a fixação de um número muito maior de assentos, recebeu asas de envergadura maior, um motor bem mais potente, o clássico turbofan General Electric CF-34, usado até então com sucesso para impulsionar aeronaves militares, submetido a algumas modificações para torná-lo mais adequado para o transporte aéreo civil.

Na década de 1990, a Canadair já incluía no projeto e na fabricação dos dois irmãos Canadair CRJ100 e Canadair CRJ200 uma boa variedade e quantidade de partes e componentes em material composto, utilizados na montagem da aeronave, como partes e componentes integrantes da aeronave. Porém, as partes principais que formam a estrutura da aeronave (fuselagem, asas e empenagem) sempre foram construídas em alumínio e ligas metálicas.

A grande comunalidade entre o Canadair CRJ100 e o Canadair CRJ200 é de mais de 90% de similaridade de peças, partes e componentes. Atualmente, o conceito de comunalidade é de fundamental importância para o sucesso de aeronaves comerciais no mercado de aviação comercial, incluindo o mercado de transporte aéreo regional.

Na década de 1990, um dos objetivos da Canadair era manter sob controle os seus custos de desenvolvimento de aeronaves regionais, já que o CRJ100 e o CRJ200 são semelhantes. Posteriormente, nas décadas seguintes, foi a vez dos jatos regionais alongados, de maior capacidade, CRJ700, CRJ900 e CRJ1000, esses três também com um alto grau de semelhança entre si. Assim os dois predecessores da década de 1990 e, na sequência, os três derivados modernizados e melhorados, das décadas seguintes, formaram uma família de jatos regionais para compor as frotas de companhias aéreas regionais também focadas em manter custos sob controle, de modo que esses custos não ultrapassassem e não ultrapassem seus limites financeiros.

Para as companhias aéreas a oferta da Bombardier era e é manter sob controle os custos e o tempo de treinamento das tripulações e dos técnicos especializados na manutenção dos aviões, dentro dos limites que as companhias aéreas poderiam e podem suportar, já que os cinco modelos de aeronaves têm algum grau de semelhança, e também manter sob controle os custos de manutenção das aeronaves, sem necessariamente reduzir a confiabilidade das aeronaves e, por consequência, sem reduzir a segurança de voo, já que uma parte das peças, partes e componentes dos cinco modelos de aeronaves são semelhantes ou iguais, dependendo de cada caso.

Apenas alguns anos depois de ter iniciado a fabricação em série do Canadair CRJ200 e aproximadamente uma década depois do início da fabricação em larga escala dos irmãos Canadair CRJ100, a Bombardier deu início aos trabalhos de criação e desenvolvimento dos projetos dos seus irmãos maiores e mais modernos Bombardier CRJ700, Bombardier CRJ900 e Bombardier CRJ1000, respectivamente, relacionando esses três projetos mais recentes, demonstrando às companhias aéreas interessadas na Família CRJ como poderiam compor suas frotas de aviões regionais nas linhas aéreas de menor demanda, em que aviões maiores, como o Boeing 737 e o Airbus A320, por exemplo, não seriam economicamente viáveis.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, o jato regional bimotor Canadair CRJ100, nas cores da companhia aérea Air Canada, a maior do Canadá. Logo abaixo, o cockpit modernizado do mesmo modelo de aeronave, submetido a um upgrade para o conceito glass cockpit, com predominância de instrumentos digitais.
O Canadair CRJ100 e o Canadair CR200, conhecidos também como Canadair CL-600 2B, são dois modelos de aeronaves para uso comercial, principalmente para companhias aéreas regionais, com fuselagem semi-monocoque de construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com capacidade para transportar até 50 passageiros em viagens interestaduais e, em algumas situações, até mesmo viagens internacionais. Eles são impulsionados por dois motores turbofan General Electric CF-34 fixados no cone de cauda, o que resulta em velocidades de cruzeiro de aproximadamente 800 km / h e alcances entre 1.800 quilômetros e 3.700 quilômetros, dependendo da versão.

Eles ainda são considerados aviões modernos no meio aeronáutico, desde o início, na década de 1990, fabricados já com as primeiras versões do sistema EFIS – Electronic Flight Instrument System, o sistema de voo por instrumentos, com interfaces em tubos de raios catódicos, e com FMC - Flight Management Computer, o computador de gerenciamento de voo, que, mais tarde, por sua vez, passou a integrar o FMS - Flight Management System, o sistema de gerenciamento de voo, dentro de um contexto de glass cockpit ou cockpit de vidro, como também é conhecido no meio aeronáutico.

A fabricação em série do Canadair CRJ100 foi iniciada em 1993 e a fabricação em série do Canadair CRJ200 foi iniciada em 1996. A cabine de passageiros do Canadair CRJ200, por exemplo, tem aproximadamente 15 metros de comprimento, o suficiente para transportar até 50 passageiros com um nível de conforto razoável para os padrões atuais da aviação regional, com cerca de 44 centímetros úteis de largura de assentos e cerca de 75 centímetros por fileira de assentos. Ele foi disponibilizado às companhias aéreas em várias sub-versões, incluindo a Canadair CRJ200 ER (Extended Range) e Canadair CRJ200 LR (Long Range), sendo esta a sub-versão com o maior alcance disponível.

O Bombardier CRJ100 e Bombardier CRJ200 foram projetados com raio de viragem de 23 metros para efetuar a manobra de 180 graus, uma característica adequada para operar em aeroportos regionais, com pátios de dimensões limitadas.

MOTOR CF-34

O motor turbofan de alta taxa de bypass General Electric CF-34 é um projeto melhorado e contemporâneo de motorização a jato para impulsionar aviões civis, derivado de um antigo projeto militar de conceito semelhante, conhecido nos meios militares como General Electric TF34, este criado, desenvolvido e fabricado em larga escala a partir da década de 1970 para impulsionar grandes clássicos da aviação militar, entre eles os bem sucedidos jatos bimotores militares Lockheed S-3 Viking, da Marinha dos Estados Unidos, e o Fairchild A-10 Thunderbolt II, da Força Aérea dos Estados Unidos, ambos subsônicos.

Esse moderno motor a jato da General Electric, o GE CF-34, é um derivado modernizado do antigo GE TF34, que por sua vez já acumulava, na década de 1980, milhares de horas de voo em missões de treinamento, ataque real em operações navais e ataque anti-blindados. Quando ele foi lançado na década de 1980 ele já era um projeto amadurecido, de estrutura robusta e com alto índice de confiabilidade, isto é, com baixíssimo número de ocorrências de falhas em voo.

VERSÕES DA FAMÍLIA CRJ

CANADAIR CRJ100
BOMBARDIER CRJ100
É o modelo original da Família CRJ, a partir do qual todos os demais membros foram criados e desenvolvidos. Ele foi lançado oficialmente em 1987, certificado pela FAA – Federal Aviation Administration, a agência reguladora de aviação dos Estados Unidos, em 1992, com a fabricação em série iniciada logo em seguida.

O primeiro modelo Canadair CRJ100 tem alcance de aproximadamente 1.800 quilômetros, com reservas e cabine lotada de passageiros, mas esse bonito modelo de jato regional foi fabricado também com sub-versões, a Canadair CRJ100 ER (Extended Range) e a Canadair CRJ200 LR (Long Range), ambas com maior alcance, para atender pedidos de companhias aéreas regionais.

O Canadair CRJ100 tem o mérito de ser o primeiro jato regional para transporte de passageiros do mundo na faixa de 50 assentos. O seu principal concorrente, o brasileiro Embraer ERJ-145 Regional Jet veio depois, sua fabricação em série começou em 1996. Mais de 200 unidades de Canadair CRJ100 e suas sub-versões foram fabricadas, a maior parte ainda está voando, transportando passageiros em rotas regionais.

Os motores turbofan General Electric CF-34 que impulsionam o Canadair CRJ100 e suas sub-versões são da mesma família de motores que impulsionam a primeira geração dos jatos regionais E-Jet, fabricados no Brasil pela Embraer.

Esse motor GE CF-34 da General Electric foi originalmente desenvolvido para operações militares em aeronaves utilizadas pela United States Air Force e United States Navy, a Força Aérea dos Estados Unidos e a Marinha dos Estados Unidos, respectivamente, portanto foi amplamente testado pela aviação militar antes do emprego na aviação civil. São motores reconhecidos como entre os mais confiáveis e eficientes já produzidos para a aviação comercial.

CANADAIR CRJ200
BOMBARDIER CRJ200
O Canadair CRJ200 é o segundo membro da Família CRJ, é derivado do primeiro modelo fabricado em série. É uma versão melhorada do Canadair CRJ100, com alguns ajustes e melhorias nos motores, tanques de combustível de maior capacidade, com peso máximo de decolagem de aproximadamente 23.100 kg e alcance de aproximadamente 2.500 quilômetros na sub-versão Canadair CRJ200ER, e peso máximo de decolagem de aproximadamente 24.000 kg e alcance de aproximadamente 3.700 quilômetros, na sub-versão Canadair CRJ200LR.

O seu cockpit está equipado com o moderno sistema de aviônicos do tipo EFIS – Electronic Flight Instrument System da fabricante Rockwell Collins, modelo Collins ProLine 4, com a interface do EICAS - Engine Indicating and Crew Alerting System no centro do painel e a interface do FMC – Flight Management Computer no console central. O modelo está homologado para operações de aproximação por instrumentos do tipo ILS Cat II, com upgrade possível para ILS Cat III, a pedido das operadoras. Ele possui também TCAS - Traffic Colision Avoidance System e radar meteorológico Rockwell Collins. Ele possui sistema anti-ice ou anti-gelo nas asas para operação em países frios e APU – Auxiliary Power Unit da fabricante Garrett / Honeywell para climatizar a cabine de passageiros em aeroportos de países quentes.

Entre os upgrades possíveis disponibilizados pela Bombardier está o moderníssimo HUD - Head Up Display, que possibilita ao piloto perceber o eixo da pista de pouso em aproximações a noite ou de dia, com chuva leve ou neblina / nevoeiro espesso.

É uma das mais bem sucedidas versões da Família CRJ, com mais de 700 unidades fabricadas até 2006, quando foi retirada de linha de produção. O seu projeto de fuselagem foi usado como base pela Bombardier para dar origem ao jato executivo intercontinental Bombardier Challenger 800.

Outras sub-versões do Canadair CRJ200, para operações em regiões montanhosas ou altas e de clima quente, foram disponibilizadas.

BOMBARDIER CRJ700

O Bombardier CRJ700, conhecido também como Bombardier CL-600 2C, é o terceiro modelo da Família CRJ, com cinco metros a mais de comprimento de fuselagem para acomodar um número maior de passageiros, com dois metros a mais de envergadura e com motores mais potentes. Ele foi lançado oficialmente em 1997 e sua fabricação em série foi iniciada em 2001.

Varias sub-versões do Bombardier CRJ700 são fabricadas, com capacidade variando entre 66 passageiros e 78 passageiros, dependendo da configuração adotada, e alcance variando entre 2.200 quilômetros e 3.600 quilômetros, dependendo da versão, com reservas e cabine lotada de passageiros.

O seu principal concorrente, o jato regional brasileiro Embraer E-170 começou a ser fabricado somente dois anos depois. Mais de 300 unidades de Bombardier CRJ700 e suas sub-versões foram fabricadas, grande parte deles ainda está voando, transportando passageiros em rotas regionais.

Os motores turbofan General Electric CF-34 que impulsionam o Bombardier CRJ700 e suas sub-versões são da mesma família de motores que impulsionam a primeira geração dos jatos regionais E-Jet, fabricados no Brasil pela Embraer.

O Bombardier CRJ700 é o terceiro membro da Família CRJ, ele é derivado do primeiro modelo fabricado em série, é um derivado bem melhorado do Canadair CRJ100, com aumento de potência dos motores para 13.800 libras de empuxo / cada, tanques de combustível de maior capacidade, com peso máximo de decolagem aumentado e alcance aumentado.

BOMBARDIER CRJ900

O Bombardier CRJ900, conhecido também como Bombardier CL-600 2D, é o quarto modelo da Família CRJ, com fuselagem ainda mais comprida para acomodar um número maior de passageiros, com envergadura maior e com motores mais potentes. Ele foi lançado oficialmente em 2001 e sua fabricação em série foi iniciada em 2003.

Varias sub-versões do Bombardier CRJ900 são fabricadas, com capacidade variando entre 76 passageiros e 90 passageiros e alcance variando entre 2.000 quilômetros e 3.600 quilômetros, dependendo da versão, com reservas e cabine lotada de passageiros.

O seu principal concorrente, o brasileiro Embraer E-175 começou a ser fabricado também na mesma década de 2000. Mais de 300 unidades de Bombardier CRJ900 e suas sub-versões foram fabricadas, 

O Bombardier CRJ900 é o quarto membro da Família CRJ, ele é derivado do primeiro modelo fabricado em série, é um derivado melhorado do Canadair CRJ100, com aumento de potência dos motores para 14.500 libras de empuxo / cada, tanques de combustível de maior capacidade, com peso máximo de decolagem aumentado e alcance aumentado.

BOMBARDIER CRJ1000

O Bombardier CRJ1000, conhecido também como Bombardier CL-600 2E, é o quinto e mais recente modelo da Família CRJ, com fuselagem ainda mais comprida para acomodar um número maior de passageiros, com envergadura maior e com motores mais potentes. Ele foi lançado oficialmente em 2007 e sua fabricação em série foi iniciada em 2010.

Varias sub-versões do Bombardier CRJ1000 são fabricadas, com capacidade variando entre 90 passageiros e 100 passageiros e alcance de até 3.000 quilômetros na sub-versão Bombardier CRJ1000 ER, com reservas e cabine lotada de passageiros.

O seu principal concorrente, o brasileiro Embraer E-190 começou a ser fabricado também na mesma década de 2000. Mais de 50 unidades de Bombardier CRJ1000 e suas sub-versões foram fabricadas.

MERCADO

Logo acima, o cockpit completíssimo do Bombardier CRJ700, tecnologia de ponta com o HUD - Head Up Display, uma maravilha tecnológica que permite que o piloto da aeronave perceba o eixo da pista de pouso mesmo em condições de visibilidade reduzida, a noite ou de dia, com chuva leve ou neblina / nevoeiro espesso. Logo abaixo, ilustração da cabine do jato regional Canadair CRJ200 com layout para 50 passageiros, conforto razoável para passageiros com até 1,75 metro de altura.

As aeronaves comerciais com motorização turbofan são economicamente e tecnicamente mais vantajosas no transporte de passageiros em viagens com mais de 750 quilômetros de distância, enquanto os turboélices apresentam mais vantagens em viagens com menos de 500 quilômetros de distância e operando em aeroportos menores e menos sofisticados que os aeroportos internacionais das grandes cidades, com pistas de pouso com menos de 1.850 metros de comprimento e com obstáculos próximos das cabeceiras e prolongamentos, com até 6 graus de inclinação na rampa de aproximação.

A principal vantagem do jato é a produtividade maior, em função justamente da velocidade de cruzeiro maior. Considerando apenas o aspecto tempo, apenas para efeito de comparação, desconsiderando outros aspectos técnicos, como, por exemplo, o comprimento da pista de pouso, o jato pode ser até duas vezes mais produtivo que um turboélice, viajando até duas vezes mais quilômetros que um turboélice em um mesmo dia. Por outro lado, em viagens de menos de 500 quilômetros de distância o turboélice pode ser até 15% mais econômico, consumindo menos combustível.

Na década de 1990, a então fabricante Canadair e, posteriormente, a Bombardier, optaram por oferecer duas opções totalmente diferentes de equipamentos às companhias aéreas regionais, os turboélices de Havilland Dash 8 (atualmente conhecidos como Bombardier Q Series) e os jatos Canadair CRJ100 e Bombardier CRJ200, este uma versão melhorada do Canadair CRJ100.

Quando o Canadair CRJ100 e Canadair CRJ200 foram lançados a fabricante brasileira Embraer e a fabricante alemã Dornier ainda estavam projetando os seus respectivos jatos para transporte regional de passageiros, o Embraer ERJ-145 e o Dornier 328, ambos bimotores de médio porte.

Na década de 1990, a fabricante holandesa Fokker faliu, a alemã Dornier e a americana Fairchild pararam de fabricar aeronaves. Já a British Aerospace parou de produzir o quadrimotor a jato BAe 146 Regional Jet em 2002. Assim, apenas a Bombardier (com turboélices e jatos), a Embraer (com o EMB-120 Brasilia e a Família ERJ) e a fabricante franco-italiana ATR (com seus turboélices regionais ATR-42 e ATR-72) disputavam o mercado ocidental de aeronaves para transporte regional.

Até hoje, mais de 900 unidades do Canadair CRJ 100 e Bombardier CRJ 200 foram fabricadas, um grande sucesso de vendas. São aeronaves modernas, o Canadair CRJ100, por exemplo, já saía de fábrica na década de 1990 com uma boa variedade de equipamentos de navegação e conforto, incluindo APU - Auxiliary Power Unit, uma unidade auxiliar geradora de energia, para ser usada no solo, quando os dois motores turbofans estão desligados, da então fabricante Garrett, atualmente Honeywell, aviônicos EFIS - Electronic Flight Instrument System da marca Collins, o TCAS - Traffic Colision Avoidance System, um equipamento de alerta para evitar acidentes de colisão com outras aeronaves no mesmo tráfego, também da marca Collins, o GPWS - Ground Proximity Warning System, que é um equipamento de alerta para evitar colisão contra o solo durante as aproximações, de dia ou a noite, em nevoeiro / neblina espessa ou chuva leve, entre vários outros.


Existe uma forte tendência no mercado mundial de aviação comercial de padronização das frotas de aeronaves, reduzindo o máximo possível o número de famílias de aeronaves que compõem as frotas das companhias aéreas, com o objetivo de manter custos sob controle, sem abrir mão da segurança de voo. Isso é consequência de um decisão estratégica unânime de investidores e principais executivos das empresas, no sentido de eliminar complicações desnecessárias e aumentar a eficiência das empresas para chegar à lucratividade, e mantê-la.

O índice de despachabilidade é um indicador usado por fabricantes de aeronaves e empresas de transporte aéreo regular para avaliar a confiabilidade e produtividade de aeronaves, ou seja, nos dias atuais é natural que aeronaves bem projetadas, fabricadas dentro de padrões rígidos de controle de qualidade e que apresentam no dia a dia de trabalho índices de cerca de 98%, ou mais, consigam se firmar no competitivo mercado de transporte aéreo regular de passageiros, pois as companhias aéreas precisam de aviões confiáveis para transportar com segurança seus passageiros. Os aviões da Família CRJ foram projetados para manterem ao longo de suas vidas úteis altos índices de despachabilidade.

Mais de 2.000 unidades de todos os cinco modelos da Família CRJ estão voando em muitos países, incluindo os mais competitivos mercados, entre eles Estados Unidos e Europa, comprovando assim as características desses aviões. É uma das famílias de aviões regionais mais bem sucedidas da indústria aeronáutica mundial, operada por mais de 60 companhias aéreas em várias partes do mundo.


AVIAÇÃO REGIONAL
A partir da década de 2000, as principais fabricantes mundiais de jatos regionais, entre elas a Bombardier Aerospace, sofreram uma redução na procura de aviões comerciais com até 50 assentos. A partir de 2006, então, a Bombardier decidiu suspender temporariamente a produção do seu jato regional de 50 passageiros, o Bombardier CRJ200. Porém, as versões maiores da família Bombardier CRJ continuam sendo fabricadas.

Com o aumento do tráfego de passageiros na aviação regional as vendas dos aviões com capacidade mais baixa, principalmente com menos de 50 assentos, baixaram porque as companhias aéreas investiram mais em aviões de maior capacidade, com maior economia de escala.

Atualmente, a Bombardier está fabricando também a sua novíssima família de jatos regionais, a família C Series, que compete diretamente com a família E-Jet da Embraer.

PRINCIPAIS OPERADORAS

As principais empresas compradoras e operadoras da família de jatos regionais Bombardier CRJ estiveram e estão concentradas em países de primeiro mundo, principalmente Estados Unidos, Canadá, países da Europa Ocidental e Japão.

Aqui na América do Sul, poucas unidades de jatos regionais da família Bombardier CRJ chegaram a operar, ainda assim por apenas alguns anos, e, atualmente, apenas algumas unidades dessa família de jatos comerciais estão operando. Uma das possíveis explicações para isso é a forte presença da Embraer, da ATR e da Fokker na região, durante essas décadas, e / ou as características típicas dos aeroportos regionais daqui, com pistas de pouso de comprimento limitado, clima tropical quente e, em alguns países, municípios ou cidades com topografia ou relevo de altitude elevada, principalmente na Bolívia, no Chile, no Equador, no Peru e na Colômbia.

PRINCIPAIS OPERADORAS DA FAMÍLIA BOMBARDIER CRJ
QTD
DÉCADAS
OPERADORA
PAÍS
MODELOS
196
1990 - atual
SkyWest (Delta, United e American)
Estados Unidos
CRJ100 e CRJ200
66
1990 - atual
Air Wisconsin (American e United)
Estados Unidos
CRJ100 e CRJ200
55
1990 - atual
Endeavor (subsidiária da Delta)
Estados Unidos
CRJ200
123
2000 - atual
SkyWest (Delta, United e American)
Estados Unidos
CRJ700 e CRJ900
81
2000 - atual
Endeavor (subsidiária da Delta)
Estados Unidos
CRJ900
84
2000 - atual
Mesa (American e United)
Estados Unidos
CRJ700 e CRJ900
10
1990 - atual
Express Jet (American e United)
Estados Unidos
CRJ200
73
2000 - atual
Express Jet (American e United)
Estados Unidos
CRJ700 e CRJ900
54
2000 - atual
GoJet / Trans (United e Delta)
Estados Unidos
CRJ700 e CRJ900
35
1990 - atual
PSA (subsidiária da American)
Estados Unidos
CRJ200
85
2000 - atual
PSA (subsidiária da American)
Estados Unidos
CRJ700 e CRJ900

A companhia aérea regional americana SkyWest presta serviços de feeder line para as grandes companhias aéreas Delta Airlines, United Airlines e American Airlines. Já companhia aérea regional americana Air Wisconsin presta serviços de feeder line para a American e United. A companhia aérea regional americana Endeavor é uma subsidiária da Delta Airlines e a companhia aérea Mesa presta serviços para a American e United. A companhia Express Jet presta serviços para a American e United e a PSA é uma subsidiária da American.

Entre as poucas companhias aéreas da América do Sul que operaram os jatos da Família CRJ esteve a Pluna Líneas Aéreas do Uruguai, que não existe mais. Ela chegou a operar intensivamente, por alguns anos, até 13 unidades do modelo Bombardier CRJ900, em rotas regionais e internacionais. Atualmente, a companhia aérea regional, doméstica e internacional Amaszonas, do Paraguai, opera a partir de dois hubs principais, Assunção, a capital do Paraguai, e Santa Cruz, na Bolívia, voos para várias cidades do Paraguai, da Bolívia, da Argentina, do Chile e até do Brasil, para Campo Grande - M.S., São Paulo - S.P., Curitiba - P.R., Rio de Janeiro - R.J., Florianópolis - S.C e Porto Alegre - R.S.

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

BOMBARDIER CRJ100
  • Capacidade: 50 passageiros;
  • Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto e 1 ou 2 comissárias;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 800 km / h;
  • Comprimento: Aprox. 27 metros;
  • Envergadura: Aprox. 21 metros;
  • Altura da aeronave: Aprox. 6 metros;
  • Altura da cabine de passageiros: Aprox. 1,8 metro;
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X General Electric CF-34-3A1 (8.700 libras);
  • Taxa bypass: 6,2:1;
  • Trem de pouso: Dowty;
  • APU - Auxiliary Power Unit: Garrett / Honeywell;
  • Aviônicos: Collins ProLine 4;
  • TCAS: Collins;
  • GPWS: Sundstrand;
  • Bagageiro: Aprox. 9 m³ ou 9.000 litros;
  • Teto de serviço: Aprox. 12.500 metros;
  • Alcance (Standard): Aprox. 1.800 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Alcance (ER): Aprox. 2.400 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Alcance (LR): Aprox. 3.000 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas):
  • Peso máximo decolagem (Standard): Aprox. 21.500 kg;
  • Peso máximo decolagem (ER): Aprox. 23.100 kg;
  • Peso máximo decolagem (LR): Aprox. 24.040 kg;
  • Pista de pouso (Standard): Aprox. 1.999 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
  • Pista de pouso (ER): Aprox. 2.300 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
  • Pista de pouso (LR): Aprox. 2.500 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios):

BOMBARDIER CRJ200
  • Capacidade: 50 passageiros;
  • Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto e 1 ou 2 comissárias;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 800 km / h; 
  • Comprimento: Aprox. 27 metros;
  • Envergadura: Aprox. 21 metros;
  • Altura da aeronave: Aprox. 6 metros;
  • Altura da cabine de passageiros: Aprox. 1,8 metro;
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X General Electric CF-34-3B1 (8.700 libras);
  • Taxa bypass: 6,2:1;
  • Trem de pouso: Dowty;
  • APU - Auxiliary Power Unit: Garrett / Honeywell;
  • Aviônicos: Collins ProLine 4;
  • TCAS: Collins;
  • GPWS: Sundstrand;
  • Bagageiro: Aprox. 9 m³ ou 9.000 litros;
  • Alcance (Standard): Aprox. 1.850 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Alcance (ER): Aprox. 2.500 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Alcance: Aprox. 3.150 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Teto de serviço: Aprox. 12.500 metros;
  • Peso máximo decolagem (Standard): Aprox. 21.500 kg;
  • Peso máximo decolagem (ER): Aprox. 23.100 kg;
  • Peso máximo decolagem (LR): Aprox. 24.040 kg;
  • Pista de pouso (Standard): Aprox. 1.999 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
  • Pista de pouso (ER): Aprox. 2.300 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
  • Pista de pouso (LR): Aprox. 2.500 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios):

CHALLENGER 800 (EXECUTIVO)
  • Capacidade: 20 passageiros;
  • Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto e 1 comissária;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 800 km / h; 
  • Comprimento: Aprox. 27 metros;
  • Envergadura: Aprox. 21 metros;
  • Altura da aeronave: Aprox. 6 metros;
  • Altura da cabine de passageiros: Aprox. 1,8 metro;
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X General Electric CF-34-3B1 (8.700 libras);
  • Alcance: Aprox. 5.200 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Teto de serviço: Aprox. 12.500 metros;
  • Peso máximo decolagem: Aprox. 24.000 kg;
  • Pista de pouso: Aprox. 2.500 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);

TRÊS VISTAS (CRJ200)

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VEJA TAMBÉM


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Bombardier_CRJ700_series
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bombardier_CRJ200
  • Wikimedia: Imagens

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