BEECHCRAFT PREMIER

BEECHCRAFT 390 PREMIER I

BEECHCRAFT 390 PREMIER IA

BEECHCRAFT HAWKER 200

INTRODUÇÃO

Logo acima e logo abaixo, o Premier I, com nova tecnologia de construção em material composto, resultando em um conjunto bem mais leve e muito mais resistente que a tecnologia convencional em alumínio e ligas metálicas

O Beechcraft Hawker 200, anteriormente conhecido como Premier I e Premier IA, é uma moderna aeronave bimotor executiva de pequeno porte, com motorização turbofan, com fuselagem e asas fabricadas quase totalmente em material composto, com capacidade para transportar confortavelmente seis ou sete passageiros em viagens interestaduais e internacionais, fabricada nos Estados Unidos a partir da década de 1990 pela então Raytheon Aircraft e, posteriormente, pela Hawker Beechcraft Corporation.

A Beechcraft Corporation é, atualmente, uma grande e tradicional fabricante norte-americana de aeronaves monomotoras e bimotoras leves a pistão e aeronaves bimotoras turboélice de pequeno e médio portes. A sua principal fábrica está localizada em Wichita, no estado do Kansas, nos Estados Unidos.

Atualmente, a Beechcraft Corporation é propriedade da holding norte-americana Textron Company, a maior companhia proprietária de fabricantes de aeronaves executivas do mundo, proprietária também da Cessna Aircraft Company, a maior fabricante de aeronaves executivas do planeta, da tradicional fabricante americana de helicópteros Bell Helicopter e da tradicional fabricante americana de motores a pistão para aeronaves Lycoming Engines.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima o logo abaixo, duas opções semelhantes de design e de acabamento da cabine de passageiros do Premier I, ambas com capacidade para transportar confortavelmente seis ou sete passageiros

O Beechcraft Premier I é uma moderna e confortável aeronave executiva bimotor de pequeno porte, com motorização turbofan, com capacidade para transportar confortavelmente seis ou sete passageiros em viagens interestaduais e internacionais, com ou sem escalas para reabastecimentos, dependendo dos locais de origem e destino. Ele é o primeiro jato executivo do mundo fabricado em larga escala com material composto.

O projeto do Premier I é totalmente original, os engenheiros da Raytheon Aircraft projetaram uma fuselagem em que os passageiros com menos de 1,65 metro podem, em voo de cruzeiro, se movimentar dentro dela sem necessidade de se curvar. Essa é uma das vantagens do uso de material composto na construção de aeronaves, os designers e engenheiros têm mais liberdade para criar e projetar aeronaves mais espaçosas, confortáveis e seguras.

O fabricante optou pelo uso intensivo de fibra de carbono e resina, introduzido durante o processo de construção em avançadas máquinas autoclave (grandes fornos elétricos com temperatura e pressão controladas), para tornar o material composto mais leve e resistente. Em geral, os materiais compostos desgastam menos que o alumínio, são mais resistentes que o alumínio, não sofrem corrosão e são bem mais leves.

O Hawker 200, o Premier I e o Premier IA são aeronaves bem parecidas, quase idênticas. O Hawker 200 é a versão mais recente do projeto. Um dos pontos fortes do projeto do Premier I é a sua aerodinâmica refinada, com asas de perfil laminar e a aplicação do conceito de lei das áreas no desenho da sua fuselagem, com redução do arrasto aerodinâmico em relação a projetos mais antigos.

A cabine de comando está equipada com o moderno EFIS - Electronic Flight Instrument System, com as telas PFD (primária) e MFD (multifuncional), e a moderna motorização turbofan Williams FJ44 é leve e confiável. Já a cabine de passageiros possui piso com corredor rebaixado e plano da entrada até o toalete.

Até alguns anos atrás, a Beechcraft Corporation oferecia o Hawker 200 (novo) com configuração de seis ou sete assentos, com acabamento primoroso, incluindo uma galley compacta com pequeno refrigerador e forno de microondas para refeições rápidas e bebidas, toalete básico no fundo da cabine de passageiros e um compartimento pressurizado e aquecido dentro da cabine para transportar bagagens de mão.

Os bordos de ataque das asas possuem peças metálicas para escoamento de ar quente usado no degelo, quando em operações em ambientes com baixas temperaturas. Já o estabilizador horizontal possui o EMD - Electromagnetic Expulsive Deicing, uma espécie de emissor de pulsos que vibram o bordo de ataque e desprendem as finas camadas de gelo. As asas possuem spoilers para auxiliar a operação de frenagem e, em voo, para auxiliar nas curvas. O trem de pouso é convencional, com pernas retas, e os freios são de carbono, com anti-skid para evitar travamentos nas frenagens mais acentuadas.

Percebe-se então que o Premier é uma aeronave executiva bem moderna, bem projetada. Ele está encaixado na chamada categoria entry level, ou seja, é um jatinho, mas as dimensões de sua cabine, principalmente sua altura e largura, estão próximas das dimensões de modelos de jatos executivos intercontinentais de porte médio, maiores e mais sofisticados.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Há décadas os materiais compostos são usados com sucesso na aviação militar. Já na aviação civil, a utilização dos materiais compostos foi iniciada em várias peças, partes e componentes, como flaps, hélices, estruturas de cauda e em estabilizadores verticais e horizontais. No entanto, na década de 1990, a Raytheon Aircraft, a então proprietária das marcas Beechcraft e Hawker, decidiu ousar e inovar fortemente no mercado mundial de aviação geral, fabricando dois modelos de jatos executivos com fuselagens e asas quase totalmente em materiais compostos, atuando em categorias diferentes, um na categoria entry level, o Premier I, e outro na categoria super mid size, o Hawker Horizon, que depois teve seu nome trocado para Hawker 4000.

O mundo é movido pela ousadia e pela inovação. O uso de materiais compostos na construção de aviões e helicópteros traz vários benefícios, pois eles são cerca de 30% mais leves que o alumínio, são três vezes mais resistentes a choques mecânicos (um pouso de emergência ou pouso forçado, por exemplo) e são 70% mais rígidos. Além disso, todo o processo produtivo em material composto possui várias diferenças em relação aos processos convencionais em alumínio, pois as fuselagens dos aviões de material composto não precisam de reforços estruturais, como longarinas e rebites, por exemplo.

MERCADO

O projeto do Premier I foi criado e desenvolvido na década de 1990 pela fabricante Raytheon Aircraft, uma subsidiária da companhia americana de alta tecnologia aeroespacial Raytheon Company. Entretanto, já na década de 2000 a mesma divisão de aeronaves civis e militares proprietária das renomadas marcas Beechcraft e Hawker foi vendida para os fundos de investimentos Onex Partners e GS, que alguns anos atrás decidiram suspender temporariamente a fabricação dos jatos executivos Hawker 200, Hawker 400XP, Hawker 800 e do sofisticado Hawker 4000, este de alcance intercontinental.

A produção em série do Premier I foi iniciada na decada de 1990 e o fabricante vendeu mais de 300 unidades do Premier I, do Premier IA e do Hawker 200. No Brasil e em outros países da América Latina há unidades desses modelos voando.

O mercado aeronáutico mundial é um pouco conservador, mas as tecnologias de fabricação de aeronaves comerciais, executivas e militares em material composto vieram pra ficar.

FICHA TÉCNICA

Capacidade: 6 ou 7 passageiros;
Tripulação: 1 piloto e 1 co-piloto;
Velocidade de cruzeiro: Aprox. 820 km / h;
Comprimento: Aprox. 14 metros;
Envergadura: Aprox. 14 metros;
Altura: Aprox. 4,7 metros;
Motorização (potência): 2 X Williams FJ44 (2.300 libras / cada);
TBO (tempo entre revisões): 3.500 horas;
Sistema elétrico: 28 volts DC;
Aviônicos: EFIS Collins ProLine 21;
Altura da cabine: Aprox. 1,65 metro;
Flaps: Fowler;
Consumo médio (QAV): Aprox. 620 litros / hora (lotado / 75% potência);
Consumo médio (QAV): Aprox. 0,1 litro / passageiro / km voado;
Teto de serviço: Aprox. 12.000 metros;
Peso máximo decolagem: Aprox. 5.600 kg;
Alcance: Aprox. 2.100 quilômetros (lotado / com reservas);
Pista de pouso: Aprox. 1.500 metros (dias quentes / tanques cheios);
Preço (no Brasil): US$ 1,8 milhão (usado / bom estado de conservação);

ONDE COMPRAR

A importação de unidades usadas de Premier I é possível para compradores brasileiros. Porém, somando todos os impostos e taxas, o preço final da aeronave já nacionalizada pode sofrer um acréscimo de cerca de 30% em relação ao preço inicial no exterior.

Flight Market (classificados): http://www.flightmarket.com.br/pt/home

Controller (em inglês): http://www.controller.com

Aeromercado (classificados): http://www.aeromercado.com.br/defr.asp

Global Air (em inglês): https://www.globalair.com/aircraft-for-sale/

América Aviões (classificados): http://www.americaavioes.com.br/deft.asp

Aircraft 24 (no exterior): https://pt.aircraft24.com/search/

Não é aconselhável comprar sozinho (a), sem acompanhamento, uma aeronave se não entende do assunto. É aconselhável buscar assessoria profissional especializada e confiável no Brasil para a seleção, a negociação de compra, o cumprimento de todos os trâmites burocráticos relacionados à importação e nacionalização, hangaragem, manutenção e treinamento de tripulação.

Várias empresas idôneas no Brasil oferecem esse tipo de serviço de assessoria e manutenção, entre elas a TAM Aviação Executiva, a Líder Aviação, a Japi Aeronaves, a Quick Aviação, e a Global Aircraft. Algumas delas oferecem também o serviço de gerenciamento de aeronaves.

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