BEECHCRAFT BONANZA

BONANZAS LONGOS

BEECHCRAFT BONANZA G36 (ASPIRADO)
BEECHCRAFT BONANZA B36 TC (TURBO)
BEECHCRAFT BONANZA A36 (ASPIRADO)
BEECHCRAFT BONANZA A36 TC (TURBO)
BEECHCRAFT BONANZA 36 (ASPIRADO)

BONANZAS CURTOS

BONANZA G33 (A PARTIR DE 1972)
BONANZA F33C (A PARTIR DE 1970)
BONANZA F33A (A PARTIR DE 1970)
BONANZA E33C DEBONAIR (1968)
BONANZA E33A DEBONAIR (1968)
BONANZA E33 DEBONAIR (1968)
BONANZA C33A DEBONAIR (1966)
BONANZA C33 DEBONAIR (1965)
BEECHCRAFT BONANZA V35 (1966 ATÉ 1982)
BEECHCRAFT BONANZA S35 (1964 E 1965)
BEECHCRAFT BONANZA P35 (1962 E 1963)
BONANZA B33 DEBONAIR (1961)
BEECHCRAFT BONANZA N35 (1961)
BONANZA A33 DEBONAIR (1961)
BEECHCRAFT BONANZA M35 (1960)
BEECHCRAFT BONANZA K35 (1959)
BONANZA 33 DEBONAIR (A PARTIR DE 1959)
BEECHCRAFT BONANZA J35 (1958)
BEECHCRAFT BONANZA H35 (1957)
BEECHCRAFT BONANZA G35 (1956)
BEECHCRAFT BONANZA F35 (1955)
BEECHCRAFT BONANZA E35 (1954)
BEECHCRAFT BONANZA D35 (1953)
BEECHCRAFT BONANZA C35 (1951 E 1952)
BEECHCRAFT BONANZA B35 (1950)
BEECHCRAFT BONANZA A35 (1949)
BEECHCRAFT BONANZA 35 (1947 E 1948)

INTRODUÇÃO

Logo acima, o mais recente membro da família Beechcraft Bonanza, o Bonanza G36, das décadas de 2000, 2010 e 2020, o modelo atual de produção seriada, um dos modelos de fuselagem alongada da família, com capacidade para um piloto e até cinco passageiros. Logo abaixo, o seu irmão Bonanza A36, das décadas de 1970, 1980 e 1990. Ambos os modelos são robustos e econômicos, com manutenção simples e relativamente barata. Eles estão entre os modelos de monomotores a pistão mais vendidos no mundo.

Beechcraft Bonanza é uma econômica aeronave monomotor executiva a pistão de pequeno porte, com capacidade para transportar com razoável conforto um piloto e três, quatro ou cinco passageiros, dependendo da versão, do ano de fabricação e da configuração de assentos adotada, em viagens intermunicipais e interestaduais (rotas domésticas), projetada, desenvolvida e fabricada em larga escala nos Estados Unidos a partir da década de 1940 pela então Beech Aircraft, posteriormente Beechcraft Corporation e, atualmente, Textron Aviation, por sua vez de propriedade da holding americana Textron Incorporated.

Trata-se da aeronave monomotor de quatro, cinco e seis lugares que está em produção contínua há mais tempo do que qualquer outra aeronave na história da indústria aeronáutica mundial, um dos monomotores a pistão mais vendidos do mundo, com mais 18.000 unidades fabricadas até o momento, com mais de 50 versões e sub-versões projetas e fabricadas em série, incluindo modelos com cauda em V e modelos com cauda convencional, incluindo modelos para treinamento militar e modelos civis retrofitados por empresas independentes.


Nas décadas de 1950, 1960, 1970, 1980, 1990, 2000 e 2010 os principais concorrentes do Beechcraft Bonanza no mercado mundial de aviões monomotores a pistão foram o Piper PA-46 Malibu, Socata TB-200 Tobago, Cessna 206 Stationair, Maule MT-7, Piper PA-28 Pathfinder / Embraer EMB-710 Carioca, Mooney M20, Maule MX-7, Cessna 182 Skylane, Socata TB-20 Trinidad, Piper PA-28 Arrow / Embraer EMB-711 Corisco, Socata TB-21 Trinidad, Cessna 210 Centurion, Piper PA-32 Cherokee Six / Embraer EMB-720 Minuano, Cirrus SR22, Piper PA-32 Saratoga / Embraer EMB-721 Sertanejo, Cirrus SR20, Piper PA-28 Archer / Embraer EMB-712 Tupi e Cessna 207 Skywagon, dentre mais alguns. 


O modelo atual de produção da família Beechcraft Bonanza é o Beechcraft Bonanza G36, com fabricação em série iniciada em 2006, com painel dentro do conceito EFIS - Electronic Flight Instrument System, modelo Garmin G1000, velocidade de cruzeiro de cerca de 320 km/h e capacidade para um piloto e cinco passageiros.

A TEXTRON AVIATION

A Textron Aviation é uma das maiores fabricantes de aeronaves executivas do mundo, ela é a empresa sucessora das fabricantes Cessna Aircraft e Beechcraft Corporation, ambas fundidas em 2014, passando assim a serem tratadas como marcas da Textron Aviation, que por sua vez é uma subsidiária da holding americana Textron Incorporated, proprietária também da fabricante de motores aeronáuticos Lycoming Engines.

Ela é proprietária também da tradicional marca Hawker de jatos executivos, mas a fabricação em série desses modelos está suspensa por tempo indeterminado.

Até 2014, a Beechcraft Corporation e a Cessna Aircraft, duas empresas separadas, estavam entre as maiores e mais tradicionais fabricantes de aeronaves executivas do mundo. Atualmente, o portfólio de produtos da Textron Aviation, a sucessora natural de ambas, é amplo, vai desde pequenos e extremamente econômicos monomotores a pistão, como o Cessna 172 Skyhawk, por exemplo, até sofisticados jatos executivos bimotores de alta performance, de porte médio e alcance intercontinental, como o Cessna Citation Longitude.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Logo acima, mais uma bonita imagem do Beechcraft Bonanza G36, o irmão mais novo e mais moderno da família Beechcraft Bonanza, com motor Continental IO-550-B aspirado, com 300 cavalos de potência, o suficiente para uma velocidade de cruzeiro de cerca de 320 km/h. Logo abaixo, o seu irmão mais velho Beechcraft Bonanza A36, completo para voos por instrumentos. São aviões semelhantes no design e na estrutura, entretanto o Bonanza G36 é o mais moderno da família, com painel dentro do conceito glass cockpit.

De modo geral, o Beechcraft Bonanza é um bem sucedido avião monomotor a pistão, clássico ou moderno, dependendo da versão e do ano de fabricação, com construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com fuselagem semimonocoque sem pressurização, com robustas asas baixas e retas e trem de pouso triciclo retrátil. As versões mais antigas possuem cauda em V ou cauda convencional e capacidade de quatro ou cinco assentos, incluindo o assento do piloto, e as versões mais modernas possuem cauda convencional e fuselagem alongada, com capacidade para até seis assentos, incluindo o assento do piloto.

A primeira versão do Bechcraft Bonanza, baseada no Bonanza 35 original, fabricada a partir de 1949 pela então Beech Aircraft, posteriormente Beechcraft Corporation, e, atualmente, Textron Aviation, foi a Bonanza A35, com capacidade para transportar um piloto e mais três passageiros e suas bagagens. Eventualmente, nas versões posteriores, um quarto e um quinto passageiros em um quinto e um sexto assentos opcionais, logo atrás dos demais assentos, podem ser transportados, mas o espaço para esses quarto e quinto passageiros é limitado e a capacidade da aeronave transportar bagagens nesse caso seria reduzida, como consequência da adoção do quinto e sexto assentos.

Posteriormente, nos anos seguintes, a Beech Aircraft deu continuidade ao desenvolvimento do Beech Bonanza com novas versões melhoradas. Em cada nova versão pelo menos uma melhoria em termos de performance, segurança, conforto e estética era introduzida. As versões Bonanza A35, Bonanza B35, Bonanza C35, Bonanza D35, Bonanza E35, Bonanza F35, Bonanza G35, Bonanza H35, Bonanza J35, Bonanza K35, Bonanza M35, Bonanza N35, Bonanza P35, Bonanza S35 e Bonanza V35 são tracionadas por um motor Continental E-185 (versões A e B), um motor Lycoming GO-435 (versões C, D, E e F), um motor Continental E-225 (versão G), um motor Continental O-470 (versão H), um motor Continental IO-470 (versões J, K, M, N e P),  ou um Continental IO-520 (versões S e V), todos aspirados.

No total, mais de 10.000 unidades do Bonanza 35, em suas variadas versões citadas no parágrafo loco acima, foram fabricadas, de 1949 até 1982.

A produção em série das versões curtas do Bonanza 35 e do Bonanza 33, este com cauda convencional com estabilizador horizontal e deriva vertical, foi iniciada na década de 1940 e deixou de ser produzida na década de 1980, foram um grande sucesso de vendas. Entretanto, hoje em dia as versões alongadas, chamadas Bonanza 36 (Bonanza A36 e Bonanza G36, por exemplo), são as mais vantajosas do ponto de vista econômico e técnico, com capacidade aumentada para um piloto e cinco passageiros, e também são sucessos de vendas, graças a feliz combinação de fatores como robustez estrutural, motorização confiável Continental IO-520 de 280 hp (até o ano de 1983) ou Continental IO-550 de 300 hp (a partir de 1984), acabamento refinado e ótima flexibilidade para pousar e decolar em pistas curtas e não pavimentadas.

Versões turbo do Bonanza 36 e do Bonanza 35 também foram fabricadas, com os nomes Bonanza A36 TC, Bonanza  B36 TC, Bonanza V35 TC, Bonanza V35A TC e Bonanza V35B TC, totalizando mais de 400 unidades fabricadas.

As versões do Bonanza 36 são derivadas alongadas do modelo Bonanza 33, elas têm fuselagem com cerca de meio metro a mais de comprimento, o que possibilitou melhorar bem o acesso dos passageiros aos quatro assentos traseiros, com duas portas articuláveis simultâneas para acesso dos passageiros da parte de trás da fuselagem, e mais uma porta na parte da frente da fuselagem, para acesso do piloto e mais um passageiro, totalizando seis pessoas. Finalmente então, a partir da década de 1970, a Beech Aircraft passou a oferecer um concorrente de peso no mercado de aeronaves leves monomotoras a pistão, com seu forte competidor à altura do Piper Cherokee Six e do Piper Saratoga, estes os monomotores a pistão da Piper Aircraft, ambos com capacidade para até cinco passageiros.

Os modelos alongados Bonanza A-36, a versão anterior, e Bonanza G36, a versão mais moderna, são bem semelhantes no design da estrutura e na mecânica, mas atualmente somente o Bonanza G36 está em produção pela Textron Aviation, que disponibiliza no modelo uma variedade de itens de segurança e conforto, incluindo ar condicionado e o moderno sistema de navegação EFIS - Electronic Flight Instrument System, composto pela tela PFD - Primary Flight Display, a tela primária, e pela tela MFD - Multi Function Display, a tela multifuncional.

Até a década de 1980, o modelo Beechcraft Bonanza A36 era considerado pelo mercado aeronáutico mundial a melhor opção de avião monomotor a pistão de seis lugares disponível no mercado aeronáutico mundial, quando foi superado pelo então novato Piper PA-46 Malibu, um confortável e veloz monomotor de seis assentos, com motor com turbocompressor, cabine pressurizada e corredor central na cabine de passageiros, também fabricado nos Estados Unidos.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Logo acima, o pequeno, elegante, leve, robusto, econômico e dócil Beech Bonanza da Série 35, conhecida também como Série Bonanza 35, incluindo o modelo Bonanza V35, com sua charmosa empenagem em V. Logo abaixo, mais uma imagem desse pequeno clássico da aviação executiva leve a pistão. Era uma das melhores (talvez a melhor) opções de aviões monomotores a pistão de quatro ou cinco lugares das décadas de 1950, 1960 e 1970. É comum ver os aviões da família Beechcraft Bonanza em aeroportos e aeródromos de metrópoles e do interior.
O pequeno, charmoso e econômico Bonanza 35 nasceu em 1944, nas pranchetas de design (na época não existia computadores gráficos para essa função) da equipe liderada pelo projetista Ralph Harmon, tendo como principal entusiasta do projeto o próprio Walter Beech, na época o proprietário da fabricante Beech Aircraft. O nome em inglês Bonanza é uma alusão ao termo em inglês bonanza, que pode ser traduzido com o significado de prosperidade.

Em 1945, Walter Beech e sua esposa Olive Ann já haviam fabricado mais de 8.000 aeronaves, por meio das fabricantes americanas Beech Aircraft e Travel Air, principalmente durante a Segunda Guerra Mundial, quando um novo passo ousado era necessário para consolidar a posição da empresa no pós-guerra, como uma fabricante de vanguarda, com produtos modernos e inovadores, com o pequeno Beech Bonanza 35 se tornando a peça principal desse plano de expansão e consolidação da marca.

A alta qualidade do projeto do Bonanza 35 estava refletida em pelo menos dois aspectos fundamentais: A combinação da estrutura da fuselagem do tipo semimonocoque com gaiola de reforço para proteger, até certo ponto, é claro, os ocupantes da aeronave em caso de acidente, complementada por uma quilha na barriga da aeronave. E a combinação de duas longarinas para cada asa, totalizando quatro longarinas, motivando o respeito dos seus operadores, incluindo empresas de taxi-aéreo. Esse conjunto formava uma das estruturas mais robustas da indústria aeronáutica executiva leve da época. 

Acredita-se que nenhum outro modelo de aeronave monomotor a pistão de uso executivo da época foi submetido a um programa de desenvolvimento tão completo quanto o programa do pequeno Beech Bonanza 35, que chegava ao extremo de possuir refinamentos aerodinâmicos impensáveis para a maioria dos aviões desse tipo, incluindo rebites do tipo flush, bem rentes à fuselagem, para reduzir o máximo possível o arrasto aerodinâmico, o que tem consequências diretas no consumo e no alcance do avião.

A família Beechcraft Bonanza é composta por três modelos básicos, a partir dos quais todas as demais versões e sub-versões foram fabricadas:

  • Bonanza 35: O modelo original da década de 1940, a partir do qual todas as versões e os dois modelos básicos derivados seguintes, o Bonanza 33 e o Bonanza 36, foram criados. Esse modelo original é tracionado pelo motor Continental E-165, com seis cilindros boxer, 7,7 litros de cilindrada e 165 hp de potência disponível na decolagem, com velocidade de cruzeiro de 280 km/h, uma boa velocidade, considerando os padrões da época, é claro. Esse modelo original da linha Beechcraft Bonanza é o único dos três que possui cauda em V;
  • Bonanza 33: Conhecido também como Debonair, esse foi o modelo seguinte da linha Beechcraft Bonanza, com fabricação em série iniciada em 1959 e encerrada em 1994, comercializado inicialmente com o nome Beech 35-33 Debonair, com cauda convencional com estabilizador horizontal e deriva vertical. Foi uma resposta da Beech Aircraft à solicitação do mercado aeronáutico civil, que não estava acostumado e adaptado com às limitações operacionais da cauda em V, principalmente em relação ao controle de atitude (nariz pra cima, nariz pra baixo) um pouco menos estável que os aviões com cauda convencional;
  • Bonanza 36: É o derivado alongado do Bonanza 35, com 8,4 metros de comprimento de fuselagem, inicialmente com motor Continental IO-520 aspirado, com 285 hp disponível na decolagem, é o melhor dos três em praticamente todos os sentidos, exceto no consumo de combustível, um pouquinho maior. Mesmo assim, ainda é uma das melhores opções de compra de monomotores a pistão de seis assentos no mercado aeronáutico mundial;
O derivado alongado e melhorado do Bonanza 35, chamado Bonanza 36, continua a ser produzido em Wichita no Kansas, nos Estados Unidos, mas agora sob a nova denominação Bonanza G36, como avião executivo, de turismo e passeio.

Na verdade, ao longo dos anos a forma geral da aeronave pouco evoluiu, mesmo que a graciosa empenagem em V (borboleta) tenha sido substituída com êxito pela empenagem convencional. Além disso, aumentou-se a potência, para atingir os 285 hp ou 300 hp, e a capacidade passou para seis lugares, incluindo o piloto.

O sistema elétrico de 24 volts foi implantado nos modelos Beechcraft Bonanza a partir da década de 1980, viabilizando a instalação de quantidade maior de aviônicos de navegação, em relação aos modelos e versões anteriores.

A FAMÍLIA BONANZA

No final da Segunda Guerra Mundial, com a volta à normalidade do mercado de aviação civil, surgiram duas opções de aeronaves executivas leves totalmente metálicas no mercado de aviões novos, o monomotor Beech Bonanza 35 e o também monomotor Cessna 195, que representavam abordagens muito diferentes para o segmento premium do mercado de aviação executiva do pós-guerra, geralmente com muitas unidades de aviões com motores radiais a pistão disponíveis no mercado de usados.

De um lado, o Cessna 195, um então novo modelo de avião com trem de pouso triciclo e cinco assentos, com seu grande motor radial de sete cilindros, asa alta e janelas laterais rebatíveis, na prática uma continuação da tecnologia de antes da guerra. Do outro lado, o então moderno e novo Bonanza 35, um avião superior, com quatro assentos razoavelmente confortáveis na cabine, com motorização compacta e simples, um motor de seis cilindros horizontalmente opostos, mais fácil de gerenciar, trem de pouso triciclo retrátil e configuração de asa baixa.

Projetado por uma equipe liderada por Ralph Harmon, o pequeno modelo Bonanza 35 surgiu como uma das opções mais avançadas do segmento de aviação executiva da época, era um projeto de avião pequeno e relativamente veloz, para os padrões da época, é claro, com asa baixa e todo em alumínio, numa época em que a maioria das aeronaves leves ainda era feita de madeira e tecido.

O avião foi inicialmente oferecido à classe alta americana, formada principalmente por empresários, executivos, profissionais liberais e fazendeiros, ao preço de cerca de US$ 8 mil, em valores da época, o equivalente hoje a cerca de US$ 100 mil, com as primeiras entregas começando em 1947, totalizando mais de 1.500 unidades fabricadas.

De modo geral, a família Beechcraft Bonanza compreende três modelos básicos, a partir dos quais todas as demais versões e sub-versões foram fabricadas, o Bonanza 35, o Bonanza 33 e o Bonanza 36. A lista abaixo está em sequência, em ordem cronológica. A maioria dos modelos possui motores aspirados, mas versões com motores turbo também foram fabricadas:


BONANZAS CURTOS


BONANZA 35

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A partir de 1947, ele foi o modelo original de produção seriada da família Beechcraft Bonanza, com bequilha (roda dianteira) livre, ou seja, o controle de direção era realizado por frenagem das rodas traseiras, tracionado pelo motor Continental E-185 aspirado ou Continental E-185-1 aspirado, com 165 hp de potência ou 185 hp de potência, totalizando mais de 1.500 unidades fabricadas.


BONANZA A35

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A partir de 1949, projetado a partir do modelo original Bonanza 35, mas com maior peso máximo de decolagem, longarinas reforçadas e roda do nariz direcionável, totalizando mais de 700 unidades fabricadas.


BONANZA B35

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A partir de 1950, projetado a partir do modelo Bonanza A35, mas com motor Continental E-185-8 aspirado, totalizando 480 unidades fabricadas.


BONANZA C35

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A partir de 1950, projetado a partir do Bonanza B35, mas com motor Continental E-185-11 aspirado, com 185 hp de potência, ou Lycoming GO-435-D1 aspirado, com hélice metálica, empenagem maior e maior peso máximo de decolagem, totalizando 719 unidades fabricadas.


BONANZA D35

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A partir de 1953, projetado a partir do Bonanza C35, mas com peso máximo de decolagem aumentado, motor Lycoming GO-435-D1 aspirado e outras pequenas alterações, totalizando 298 unidades fabricadas.


BONANZA E35

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A partir de 1954, tracionado pelo motor Continental E-185-11 aspirado, de 185 hp de potência, ou Continental E-225-8 aspirado, de 225 hp de potência, totalizando 301 unidades fabricadas.


BONANZA F35

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A partir de 1955, tracionado pelo motor Continental E-185-11 aspirado, de 185 hp de potência, ou Continental E-225-8 aspirado, de 225 hp de potência, com três janelas laterais (antes eram duas janelas de cada lado), bordos de ataque das asas reforçados e tampas da longarina de cauda, totalizando 392 unidades fabricadas.


BONANZA G35

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A partir de 1956, tracionado pelo motor Continental E-225-8 aspirado, com 225 hp de potência e para-brisa melhorado, mais resistente, totalizando 476 unidades fabricadas.


BONANZA H35

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A partir de 1957, tracionado pelo motor Continental O-470-G aspirado, de 240 hp de potência, com estrutura modificada, totalizando 464 unidades fabricadas.


BONANZA J35

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A partir de 1958, tracionado pelo motor Continental IO-470-C aspirado, com injeção de combustível, com 250 hp de potência disponível na decolagem, totalizando 396 unidades fabricadas.


BONANZA K35

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A partir de 1959, com maior capacidade de combustível, quinto assento opcional e maior peso de decolagem, 436 unidades construídas.


BONANZA 33 DEBONAIR

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A partir de 1959, ele foi um dos três modelos básicos da linha Beechcraft Bonanza, também baseado no Bonanza 35, mas com cauda convencional (estabilizador horizontal e deriva vertical), e acabamento interior básico, tracionado por um motor Continental IO-470-J aspirado de 225 hp, totalizando 233 unidades fabricadas.


BONANZA M35

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A partir de 1960, com fuselagem e asas um pouco maiores em relação aos modelos anteriores, sistemas e mecanismos semelhantes ao Bonanza K35, totalizando 400 unidades fabricadas.


BONANZA A33 DEBONAIR

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A partir de 1961, com acabamento interno aprimorado e tracionado pelo motor Continental IO-470J aspirado ou Continental IO-470K aspirado, totalizando 154 unidades fabricadas.


BONANZA B33 DEBONAIR

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A partir de 1961, com acabamento interno aprimorado, novo painel de instrumentos, bordo de ataque das asas melhorado e modificações no tanque de combustível, tracionado pelo motor Continental IO-470K aspirado, totalizando 426 unidades fabricadas.


BONANZA N35

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A partir de 1961, tracionado pelo motor Continental IO-470-N aspirado, com 260 hp de potência, com maior capacidade de combustível, maior peso máximo de decolagem e janelas laterais traseiras maiores, totalizando 280 unidades fabricadas.


BONANZA O35

A partir de 1961, um protótipo (versão experimental) equipado com aerofólio de fluxo laminar. Não entrou em linha de produção seriada, com apenas uma unidade fabricada.


BONANZA P35

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A partir de 1962, com novo painel de instrumentos, totalizando 467 unidades fabricadas.


BONANZA S35

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A partir de 1964, tracionado pelo motor Continental IO-520-B aspirado, com maior peso máximo de decolagem, cabine de passageiros mais longa em relação aos modelos anteriores, portanto um pouco mais confortável na configuração de quatro assentos, ou uma opção razoável com quinto ou sexto assentos, disponíveis como opcionais, além de novas janelas laterais traseiras, totalizando 667 unidades fabricadas.


BONANZA C33 DEBONAIR

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A partir de 1965, com maior peso bruto de decolagem e vidros traseiros amplicados, totalizando mais de 304 unidades fabricadas.


BONANZA C33A DEBONAIR

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A partir de 1966, tracionado pelo motor Continental IO-520-B aspirado, com 285 hp de potência, totalizando 179 unidades fabricadas.


BONANZA V35

A partir de 1966, com para-brisa de peça única, tracionado pelo motor Continental IO-520-B aspirado, na versão Bonanza V35, ou pelo motor Continental TSIO-520-D turboalimentado, neste caso comercializado como uma sub-versão, a Bonanza V35-TC, com 285 hp de potência, totalizando 873 unidades fabricadas de ambos os modelos.


BONANZA D33

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Versão projetada a partir do modelo Bonanza S35, utilizada apenas como um protótipo militar de apoio aproximado, com cauda convencional e seis pontos rígidos ou hard points sob as asas, para acoplamento de armas.


BONANZA E33

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A partir de 1968, tracionado por um motor Continental IO-470K aspirado, com 225 hp de potência, totalizando 116 unidades fabricadas.


BONANZA E33A

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A partir de 1968, com um motor Continental IO-520-B aspirado, com 285 hp de potência, totalizando 85 unidades fabricadas.


BONANZA E33B

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Não chegou a ser fabricado em série. Limitou-se a um protótipo baseado no Bonanza E33, mas com fuselagem reforçada e certificado para acrobacias em shows aéreos.


BONANZA E33C

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A partir de 1968, projetado a partir do Bonanza E33B, mas com motor Continental IO-520-B aspirado, de 285 hp de potência, totalizando 25 unidades fabricadas.


BONANZA V35A

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A partir de 1968, tracionado pelo motor Continental IO-520-B aspirado, comercializado como Bonanza V35A, ou tracionado pelo motor Continental TSIO-520-D turboalimentado, neste caso comercializado como uma sub-versão, a Bonanza V35A-TC, além de possuir um para-brisa melhorado, totalizando 470 unidades fabricadas de ambos os modelos.


BONANZA F33

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A partir de 1970, projetado a partir do Bonanza E33, mas com janelas laterais traseiras modificadas, mais harmônicas e bonitas, além de mais algumas pequenas melhorias, totalizando 20 unidades fabricadas.


BONANZA F33A

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A partir de 1970, projetado a partir do Bonanza F33, mantendo as graciosas janelas traseiras, mas com motor Continental IO-520-B aspirado, de 285 hp de potência, além de fuselagem um pouco mais comprida, para melhorar o espaço para as pernas dos passageiros dos assentos traseiros, totalizando mais de 1.500 unidades fabricadas.


BONANZA F33C

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A partir de 1970, projetado a partir do Bonanza F33A, mas com fuselagem e asas reforçados para obter a certificação de para acrobacias, totalizando 154 construídos sob encomenda.


BONANZA V35B

A partir de 1970, o Bonanza V35B foi fabricado inicialmente com pequenas melhorias em relação ao Bonanza V35A, mas teve uma grande reformulação interna em 1972, além de um sistema elétrico de 24 volts implantado em 1978, dentre outras pequenas melhorias em relação aos modelos anteriores.


A partir de 1974, ele saía completo de fábrica para voos por instrumentos, os chamados voos IFR, com o que havia de melhor para a aviação civil de pequeno porte, incluindo VOR Collins VIR-351e VHF / rádios Bendix King KY 97A, piloto automático Century III, ADF Collins 650A, transponder TDR 950, velocímetro, altímetro, horizonte artificial, climb, medidor de RPM do motor, medidor de fluxo de combustível, indicadores de temperatura do cilindro e do óleo, amperímetro e pressão do óleo, indicador de posição dos flapes, aquecedor de pitot, aquecimento de cabine.


E, para completar, ele já saía de fábrica com assentos em couro e detalhes decorativos em madeira. Ele é tracionado pelo motor Continental IO-520B aspirado, mas está disponível também com motor Continental IO-580BB, com 285 hp de potência, combinado com hélice McCauley bipá, além de um Continental TSIO-520-D com turbocompressor, como sub-versão Bonanza V35B-TC, este disponível como opcional, na época, totalizando 1.335 unidades fabricadas de ambos os modelos.


BONANZA G33

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A partir 1972, projetado a partir do Bonanza F33, mas com motor Continental IO-470-N aspirado, com 260 hp de potência e acabamento aprimorado da cabine, totalizando 50 unidades fabricadas.


BONANZAS LONGOS

BONANZA 36

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A partir de 1968, certificado como aeronave utilitária, um dos três modelos básicos da família Beechcraft Bonanza, mas neste caso específico tracionado por um motor Continental IO-520-B aspirado, com 285 hp de potência disponível na decolagem. Um projeto amplamente revisado em relação aos seus irmãos menores, mas com cauda convencional semelhante ao Bonanza 33; fuselagem 25 centímetros mais comprida em relação aos seus irmãos menores; com quatro janelas laterais de cada lado da fuselagem; e portas duplas do lado direito, para acesso dos passageiros aos quatro assentos traseiros em club seat, totalizando seis assentos, incluindo o assento do piloto; totalizando 184 unidades fabricadas.


BONANZA A36

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A partir de 1970, uma versão melhorada do Bonanza 36, inicialmente com motor Continental IO-520-B aspirado, com 285 hp de potência disponível na decolagem, com acabamento da cabine de passageiros e do cockpit melhorados, novo sistema de combustível, peso máximo de decolagem aumentado. As unidades fabricadas a partir de 1984 receberam um motor Continental IO-550-BB aspirado, com 300 hp de potência disponível na decolagem, combinado com hélice tripá McCauley, e painel de instrumentos e controles redesenhados, totalizando 2.128 unidades fabricadas de 1970 até 2006.


A partir de 1984, o cockpit ou cabine de comando do avião recebeu melhorias, incluindo o acréscimo de um manche do lado direito, totalizando dois manches com barra basculante individual para cada um deles, reposicionamento das manetes na sequência potência-passo-mistura, ailerons Frise, com velocidade de cruzeiro de 320 km/h, em potência moderada de 75%, que é a potência mais adequada, por ser mais econômica e com menor nível de ruído interno durante o voo.


BONANZA A36AT

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Modelo projetado para treinamento de pilotos, com hélice de diâmetro reduzido, defletores de escapamento e RPM reduzidos para reduzir ruído para escolas de voo.


BONANZA A36TC

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A partir de 1979, projetado a partir do Bonanza 36, mas com hélice de três pás e motor Continental TSIO-520-UB turboalimentado, com 300 hp de potência disponível na decolagem, totalizando 280 unidades fabricadas.


BONANZA T36TC

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A partir de 1979, um protótipo projetado a partir do modelo Bonanza A36, mas com cauda em T e motor Continental TSIO-520 aspirado, com 325 hp de potência. Ele não chegou a ser fabricado em série, apenas uma unidade foi fabricada para desenvolvimento.


BONANZA B36TC

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A partir de 1982, projetado a partir do Bonanza A36TC, mas com asa de maior envergadura, maior alcance, teto de serviço melhorado para 6.000 metros ou 7.500 metros de altitude, painel de instrumentos e controles redesenhados, peso máximo de decolagem aumentado, tracionado pelo motor Continental TSIO-520-UB com turbocompressor, válvula wastegate e injeção de combustível, com 300 hp disponível na decolagem, com hélice McCauley de três pás, totalizando 116 unidades fabricadas.


O avião possui dois manches com uma haste para cada manche, além de painel completo para voos por instrumentos, os chamados voos IFR, incluindo stormscope WX-1000, NavCom King, VHF King, VOR King / ILS e ADF King, transponder modo C, diretor de voo, piloto automático de três eixos, GPS KLN90B homologado RNAV-GNSS, horizonte artificial e HSI, indicadores de temperatura dos cilindros, temperatura do turbo, temperatura do óleo e indicador de pressão do óleo.


Entre os itens de conforto e segurança estão o ar condicionado e o oxigênio para uso a partir de 5.000 metros de altitude, ou até menos.


BONANZA G36

Fabricado em série a partir de 2006, é o modelo atual de produção seriada, tracionado pelo motor Continental IO-550-B aspirado, com 300 hp de potência disponível na decolagem, com hélice de três pás Hartzell, atualização do cockpit para o conceito EFIS – Electronic Flight Instrument System, modelo Garmin G1000, com duas telas digitais de 10 polegadas, e, alguns anos depois, complementadas pelo piloto automático GFC 700, visão sintética, imagens meteorológicas XM Weather, aproximação WAAS, assentos em couro e iluminação LED na cabine de passageiros, além de outros itens de desempenho, segurança e conforto.


O sistema elétrico de 28 volts é duplo, composto por dois alternadores, com dois barramentos elétricos, inclusive para acionamento do trem de pouso. Além disso o avião conta com sistema TKS para prevenção de gelo, disponível como opcional; saídas de ar condicionado para todos os passageiros; e baixo nível de ruído interno, graças à eficiente vedação das portas.


Assim como o seu antecessor Bonanza A36, quando o avião está lotado de passageiros adultos e bagagem não é possível decolar com os tanques cheios, por esse motivo o alcance prático do avião é limitado a cerca de 1.300 quilômetros, um pouco mais ou um pouco menos, utilizando uma faixa de potência moderada de 75%, com reservas de combustível.


MODELOS MILITARES

BONANZA YQU-22A

.

Designação militar da US Air Force ou Força Aérea dos Estados Unidos para um modelo de drone (aeronave não tripulada) para voos de inteligência, projetado a partir do Bechcraft Bonanza, totalizando 6 unidades fabricadas.


BONANZA YAU-22A

.

Designação militar da Força Aérea dos Estados Unidos para um protótipo, projetado a partir do Beechcraft Bonanza A36 e do Beechcraft Baron B55, mas que não chegou a ser fabricado em série.


BONANZA QU-22B

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Designação militar da Força Aérea dos Estados Unidos para um modelo de drone de produção seriada para operação em missões tripuladas e não tripuladas, com motor turboalimentado, hélice de três pás e tanques de pontas de asas, totalizando 27 unidades fabricadas.


MERCADO
Logo acima, imagem da cabine de passageiros do Bonanza G36, o modelo atual de produção seriada da linha Beechcraft Bonanza, com capacidade total de seis pessoas. Logo abaixo, imagem da cabine de passageiros do Bonanza A36, com as mesmas dimensões, também com duas amplas portas laterais de acesso aos quatro assentos traseiros em club seat, ou seja, frente a frente. Com um olhar atento, percebe-se o caprichado acabamento em couro das duas versões irmãs do Beechcraft Bonanza.
Se você viaja pouco, apenas uma ou duas vezes por mês, para lugares em que não há serviço disponível de linhas aéreas então pode ser mais vantajoso contratar um serviço de táxi-aéreo, ou seja, fretar um avião. Se você precisa viajar muito, uma ou duas vezes por semana, pode ser mais vantajoso comprar um avião só seu ou fazer parte de um grupo de propriedade compartilhada.

Há casos em que possuir ou fretar um avião monomotor pode ser mais vantajoso que o uso de um bimotor, principalmente para quem precisa viajar com frequência ou regularidade durante o dia e não costuma sobrevoar desertos, florestas e oceanos. O avião monomotor é mais econômico que o avião bimotor, consome menos combustível, seu custo de manutenção é mais baixo e é mais fácil de pilotar.

Para quem deseja comprar, vale ressaltar que o Beechcraft Bonanza é uma das mais conhecidas aeronaves civis da história da aviação e é uma aeronave de fácil revenda, é um avião bem aceito no mercado de aeronaves usadas. E mais, é possível operá-la tranquilamente com apenas um piloto, exceto no caso das empresas de táxi-aéreo, que são obrigadas a manter dois pilotos (piloto e copiloto) na cabine de comando.

Os aviões Bonanza 36 possuem duas longarinas em cada asa, por isso recebeu a certificação de avião utilitário emitido por várias autoridades aeronáuticas. Mesmo assim, aconselha-se o seu uso moderado. Por exemplo: Nas versões com motorização aspirada, com um piloto e mais quatro passageiros adultos e uma criança é possível decolar em pistas com 1.000 metros de comprimento, ao nível do mar, mesmo em dias quentes. Nas versões turbo é possível decolar com cinco passageiros adultos nas mesmas condições.

Geralmente, em dias quentes e com seis pessoas adultas a bordo, incluindo bagagem, não é possível decolar com tanques cheios. Por isso, o alcance prático do avião é limitado a cerca de 1.300 quilômetros ou 1.200 quilômetros, incluindo reservas, dependendo da versão e do ano de fabricação.

Com mais de 18.000 exemplares construídos desde a década de 1940, considerando todas as versões da família Beechcraft Bonanza, ele é um dos monomotores com trem de pouso retrátil de produção mais elevada e contínua em toda a história da aviação, com mais de 70 anos em produção seriada. A robustez dessa aeronave continua a ser lendária, assim como a facilidade de pilotagem e o bom acabamento.

NO BRASIL
O Beechcraft Bonanza é o principal concorrente direto do Piper Saratoga, também um dos modelos executivos pequenos mais vendidos do mundo. Os modelos Bonanza 35, Bonanza 33 e Bonanza 36 venderam bem no Brasil nas décadas de 1970, 1980 e 1990 devido à expansão do mercado aeronáutico brasileiro nessas décadas. O volume de vendas só não foi maior porque havia reserva de mercado no Brasil, favorável aos modelos de aeronaves fabricados aqui.

Apesar de não possuir uma cabine tão larga como o concorrente Piper Saratoga (que chegou a ser fabricado no Brasil pela Embraer e pela Neiva, sua subsidiária, com o nome Embraer Sertanejo), o Beechcraft Bonanza A36, por exemplo, pode transportar com razoável conforto os passageiros em voos de curta e média distâncias.

Pela robustez e resistência características do projeto e pela capacidade de pousar e decolar em pistas de pouso sem pavimentação, foi escolhido por muitos agropecuaristas e agricultores brasileiros como o meio de transporte para visitas às suas fazendas e também por muitos empresários e executivos para visitas às filiais de empresas, fornecedores e revendedores.

A fabricante de aeronaves Textron Aviation é representada no Brasil pela TAM Aviação Executiva, que também possui hangares de manutenção no município de Jundiaí, interior do estado de São Paulo, em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, em Brasília, a capital do Brasil, e no município de Goiânia, a capital do estado de Goiás.

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

BONANZA 36
  • Capacidade: 1 piloto e 5 passageiros;
  • Velocidade de cruzeiro (A-36): Aprox. 320 km / h;
  • Velocidade de cruzeiro (G-36): Aprox. 320 km / h;
  • Velocidade de cruzeiro (B-36TC): Aprox. 350 km / h;
  • Comprimento: Aprox. 8,5 metros;
  • Envergadura: Aprox. 11 metros;
  • Altura: Aprox. 2,6 metros;
  • Motorização (potência): Continental IO 550 aspirado (300 hp);
  • Motorização (potência): Continental IO 520 aspirado (285 hp);
  • Motorização (potência): Continental TSIO-520-UB turbo (300 hp);
  • Hélice (A-36): McCauley (três pás);
  • Hélice (B-36TC): McCauley (três pás):
  • Hélice (G-36): Hartzell (três pás);
  • Combustível: AVGAS 100;
  • Aviônicos (G36): Garmin e Honeywell, incluindo TAWS;
  • Aviônicos (B36TC): King e BF Goodrich;
  • Consumo médio (AVGAS): Aprox. 65 litros / hora (lotado / 75% potência);
  • Consumo médio (AVGAS): Aprox. 0,05 litro / passageiro / km voado;
  • Alcance (A-36): Aprox. 1.200 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Alcance (G-36): Aprox. 1.300 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas):
  • Alcance (B-36TC): Aprox. 1.200 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas):
  • Teto de serviço (A-36 e G-36): 5.000 metros;
  • Teto de serviço (B-36TC): 7.500 metros;
  • Peso máximo de decolagem (A-36): Aprox. 1.656 kg;
  • Peso máximo de decolagem (B-36TC): Aprox. 1.746 kg;
  • Pista de pouso: Aprox. 1.000 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
  • Preço (A-36): Aprox. US$ 280 mil (usado / bom estado de conservação);
  • Preço (G-36): Aprox. US$ 750 mil (semi-novo);

BONANZA 35
  • Capacidade: 1 piloto e 3, 4 ou 5 passageiros;
  • Velocidade de Cruzeiro: Aprox. 310 km/h;
  • Comprimento: Aprox. 8 metros;
  • Envergadura: Aprox. 10 metros;
  • Altura: Aprox. 2,3 metros;
  • Motorização / V-35B (potência): Continental IO-580-BB aspirado (285 hp);
  • Hélice: McCauley (duas pás);
  • Combustível: AVGAS 100;
  • Teto de serviço: 5.000 metros;
  • Consumo médio (AVGAS): Aprox. 60 litros / hora (lotado / 75% potência);
  • Consumo médio (AVGAS): Aprox. 0,04 litro / passageiro / km voado;
  • Alcance: Aprox. 1.200 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Peso máximo decolagem: Aprox. 1.545 kg;
  • Pista de pouso: Aprox. 1.000 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
  • Preço (V-35): Aprox. US$ 180 mil (usado / bom estado de conservação);
  • Preço

ONDE COMPRAR


SEGURANÇA DE VOO

Estatisticamente, em números aproximados, a aviação comercial e a aviação executiva são os meios de transporte mais seguros que existem, com cerca de três acidentes graves com vítimas fatais para cada um milhão de decolagens realizadas, considerando a média mundial. Porém, se forem levados em consideração apenas os números de países desenvolvidos, como Canadá, Estados Unidos, países da Europa Ocidental, o Japão, a Coreia do Sul, a Austrália e a Nova Zelândia, os números de acidentes para cada um milhão de decolagens são ainda menores, na média cerca de um acidente grave com vítimas fatais.


A família Beechcraft Bonanza é considerada segura, ela está certificada nos regulamentos FAR Part 23 / RBAC 23, que é considerada uma certificação intermediária. Porém, os pilotos dos modelos com cauda em V dessa família, devem buscar um melhor conhecimento e uma melhor compreensão sobre as limitações operacionais deles, principalmente em relação ao controle de atitude (não confundir com altitude) e ao centro de gravidade, principalmente quando lotados de passageiros e bagagem.


A pilotagem deve ser cuidadosa, consciente dos limites operacionais do avião, principalmente em relação aos comandos de atitude (arfagem e tangagem, ou seja, nariz pra cima e nariz pra baixo), sem abusar dos limites do envelope de voo, que são os padrões ou parâmetros operacionais estabelecidos pelo fabricante do avião, com homologação ou aprovação das autoridades aeronáuticas. O piloto deve operar o avião sempre com moderação nos comandos e atento ao Stormscope, para evitar formações meteorológicas pesadas.


Até o momento, os aviões monomotores a pistão da família Beechcraft Bonanza se envolveram e/ou foram envolvidos em 1.817 acidentes graves com vítimas fatais em várias partes do mundo, desde o início de sua fabricação seriada em 1947, o equivalente a cerca de 10% do número total de aeronaves fabricadas. É uma porcentagem alta, é verdade, mas é importante ressaltar aqui que essa família está em fabricação seriada e ininterrupta há cerca de 76 anos, muito tempo, o que tem uma influência sobre essa porcentagem, pois as tecnologias de segurança e performance da época não eram tão avançadas quanto atualmente.


ACIDENTES GRAVES COM VÍTIMAS FATAIS (BONANZA 36)

ACIDENTES

CAUSAS PREDOMINANTES

19

CFIT – Aproximação mal sucedida sob mau tempo (nuvens espessas, neblina e/ou chuva)

12

Perda de controle sob mau tempo, em cruzeiro (chuva e/ou ventos fortes)

9

Seletora de combustível na posição incorreta (falha humana)

4

CFIT – Aproximação mal sucedida sob mau tempo (terreno montanhoso)

9

CFIT – Aproximação mal sucedida (inexperiência e/ou imperícia do piloto)

8

Formação de gelo nas asas em voo de cruzeiro (perda de controle)

5

Falha de funcionamento do motor

4

Piloto embriagado e/ou drogado

4

Procedimento inadequado de decolagem e/ou subida (falha humana)

5

Combustível insuficiente para o voo (falha humana)

5

Problema de saúde do piloto

5

Manutenção inadequada do motor do avião

2

Inexperiência e/ou imperícia do piloto em voo de cruzeiro

5

Desorientação espacial na arremetida e/ou subida, sob mau tempo (nuvens espessas, neblina e/ou chuva)

1

Pouso inadvertido com trem de pouso recolhido (falha humana)

1

Uso ou abuso de medicamentos que prejudicam o desempenho e/ou capacidade de julgamento do piloto

1

Formação de gelo nas asas durante aproximação (perda de controle)

2

Acidente em voo de treinamento (inexperiência do aluno e/ou falha do instrutor)

1

Acionamento inadvertido e/ou equivocado da bomba elétrica de combustível durante decolagem, arremetida, aproximação, cruzeiro e/ou subida

2

Insistência do piloto habilitado VFR quando em condições IFR (temeridade, inexperiência, negligência e/ou imprudência)

1

Excesso de peso e/ou desbalanceamento do avião (falha humana)

2

Tentativa não autorizada de pouso noturno em aeroporto com luzes de balizamento de pista inoperantes (em manutenção ou desligadas) ou em aeródromo sem balizamento noturno

1

CFIT – Colisão contra o solo em voo de cruzeiro, sob mau tempo (terreno montanhoso)

1

Colisão em voo contra outra aeronave durante voo em formação, para fotografia

1

CFIT – Desorientação espacial em decolagem ao anoitecer (penumbra)

1

Colisão de tráfego durante aproximação (falha humana)

1

Perda de controle durante acrobacia em show aéreo

1

Sonolência e/ou cansaço do piloto (indisciplina, imprudência, temeridade, abuso e/ou negligência do piloto e/ou do proprietário do avião)

1

Tampa do tanque de combustível mal fechada e/ou vedada, com vazamento (pane seca)

3

Distração, confusão, tensão e/ou nervosismo em voo causada pela abertura acidental das portas, tampas e/ou capô do motor

1

Pouso mal executado (falha humana)

1

Perda de controle em voo de cruzeiro, sob mau tempo e sobre terreno montanhoso

1

Incêndio no motor causado por instalação mal executada de turbo

1

Indisciplina, negligência, comportamento temerário, desorganização e/ou imprudência do piloto

1

CFIT – Desorientação espacial sob mau tempo e em voo de cruzeiro sobre terreno montanhoso

2

Perda de controle após a decolagem, sob mau tempo (chuva e/ou ventos fortes)

1

Pouso mal sucedido sob mau tempo (chuva e/ou ventos fortes)

1

Perda de controle na aproximação causada pela esteira de vórtice de avião de grande porte

1

Desatenção, inexperiência e/ou negligência do piloto na decolagem

1

Pista curta demais para o avião no peso máximo de decolagem

1

Colisão contra o terreno montanhoso em voo de cruzeiro

 

 


A análise no quadro logo acima levou em consideração os acidentes graves com vítimas fatais ocorridos nas décadas de 1990, 2000, 2010 e década atual com os modelos Bonanza 36, Bonanza A36, Bonanza A36TC, Bonanza G36 e Bonanza B36TC, dentre mais alguns.

 

ACIDENTES GRAVES COM VÍTIMAS FATAIS (BONANZA 33)

ACIDENTES

CAUSAS PREDOMINANTES

4

CFIT – Aproximação mal sucedida sob mau tempo (nuvens espessas, neblina e/ou chuva)

3

Perda de controle sob mau tempo, em cruzeiro (chuva e/ou vento forte)

5

Seletora de combustível na posição incorreta (falha humana)

2

Água nos tanques

1

CFIT – Aproximação mal sucedida (inexperiência do piloto)

4

Formação de gelo nas asas em voo de cruzeiro (perda de controle)

2

Falha de funcionamento do motor

1

Piloto embriagado e/ou drogado

3

Procedimento inadequado de decolagem e/ou subida (falha humana)

2

Combustível insuficiente para o voo (falha humana)

3

Problema de saúde do piloto

3

Manutenção inadequada do motor do avião

1

Inexperiência do piloto em voo de cruzeiro

4

Desorientação espacial na arremetida e/ou subida, sob mau tempo (nuvens espessas, neblina e/ou chuva)

1

Acidente durante treinamento militar

1

Uso ou abuso de medicamentos que prejudicam o desempenho do piloto

1

Formação de gelo nas asas durante aproximação (perda de controle)

2

Acidente em voo de treinamento (inexperiência do aluno e/ou falha do instrutor)

1

Acidente durante voo de teste após manutenção do motor, com mecânico a bordo

5

Insistência do piloto habilitado VFR quando em condições IFR (temeridade, inexperiência, negligência e/ou imprudência)

2

Excesso de peso e/ou desbalanceamento do avião (falha humana)

1

Falha de funcionamento da bomba principal de combustível

3

CFIT – Colisão contra o solo em voo de cruzeiro, sob mau tempo (terreno montanhoso)

1

Perda de controle (stol) durante voo de fotografia aérea (inexperiência)

1

CFIT – Desorientação espacial em voo noturno (inexperiência)

1

Colisão de tráfego em voo de cruzeiro

2

Perda de controle durante acrobacia amadora

1

Sonolência e/ou cansaço do piloto (indisciplina, imprudência, temeridade, abuso e/ou negligência do piloto e/ou do proprietário do avião)

1

Colisão de tráfego na aproximação

1

Perda de controle na aproximação (falha humana)

2

Pouso mal executado (falha humana)

1

Perda de controle em voo de cruzeiro, sob mau tempo e sobre terreno montanhoso

1

Indisciplina, negligência, comportamento temerário, desorganização e/ou imprudência do piloto

1

Perda de controle causada pela esteira de vórtice de avião militar

1

Falha de funcionamento da hélice

 

 

 

A análise no quadro logo acima levou em consideração os acidentes graves com vítimas fatais ocorridos nas décadas de 1990, 2000, 2010 e década atual com os modelos Bonanza 33, Bonanza A33, Bonanza B33, Bonanza C33, Bonanza E33, Bonanza F33 e Bonanza G33, dentre mais alguns.


ACIDENTES GRAVES COM VÍTIMAS FATAIS (BONANZA 35)

ACIDENTES

CAUSAS PREDOMINANTES

12

CFIT – Aproximação mal sucedida sob mau tempo (neblina, chuva e/ou nuvens espessas)

14

Perda de controle sob mau tempo, em cruzeiro (chuva, granizo e/ou ventos fortes)

24

Seletora de combustível na posição incorreta (falha humana)

1

CFIT – Aproximação mal sucedida (terreno montanhoso)

7

CFIT – Aproximação mal sucedida (inexperiência e/ou imperícia do piloto)

9

Formação de gelo nas asas em voo de cruzeiro e/ou na subida, com perda de controle

6

Falha de funcionamento do motor

2

Piloto embriagado e/ou drogado

13

Procedimento inadequado de decolagem e/ou subida (falha humana)

4

Combustível insuficiente para o voo (falha humana)

7

Problema de saúde do piloto

11

Manutenção inadequada do motor do avião

3

Inexperiência do piloto em voo de cruzeiro

3

Desorientação espacial na arremetida e/ou subida, sob mau tempo (neblina, nuvens espessas e/ou chuva)

2

Pouso inadvertido com trem de pouso recolhido (falha humana)

2

Uso ou abuso de medicamentos que prejudicam o desempenho e/ou capacidade de julgamento do piloto

6

Acidente em voo de treinamento (inexperiência do aluno e/ou falha do instrutor)

5

Falha de funcionamento do horizonte artificial em voo IFR e/ou noturno, com desorientação espacial

11

Insistência do piloto em voar VFR quando em condições IFR (temeridade, inexperiência, negligência e/ou imprudência)

7

Excesso de peso e/ou desbalanceamento do avião (falha humana)

1

Tentativa não autorizada de pouso noturno em aeroporto com luzes de balizamento de pista inoperantes (em manutenção ou desligadas) ou em aeródromo sem balizamento noturno

7

CFIT – Colisão contra o solo em voo de cruzeiro, sob mau tempo e sobre terreno montanhoso

1

Colisão de tráfego na aproximação

6

Perda de controle durante arremetida (inexperiência e/ou imperícia do piloto)

1

CFIT – Desorientação espacial em decolagem e subida noturna

7

Colisão de tráfego

1

Perda de controle durante sobrevoo programado de cerimônia de celebração cívica em avenida (falha humana)

1

Sonolência e/ou cansaço do piloto (indisciplina, imprudência, temeridade, abuso e/ou negligência do piloto e/ou do proprietário do avião)

1

Tampa do tanque de combustível mal fechada e/ou vedada, com vazamento (pane seca)

2

Distração, confusão, tensão e/ou nervosismo em voo causada pela abertura acidental das portas, tampas e/ou capô do motor

2

Pouso mal executado (falha humana)

3

Perda de controle em voo de cruzeiro, sob mau tempo e sobre terreno montanhoso

10

Aproximação mal sucedida (inexperiência e/ou imperícia do piloto)

5

Indisciplina, negligência, comportamento temerário, desorganização, exibicionismo e/ou imprudência do piloto

5

Desorientação espacial em voo de cruzeiro (neblina, chuva e/ou nuvens espessas)

1

Perda de controle após a decolagem, sob mau tempo (chuva e/ou ventos fortes)

1

Pouso mal sucedido sob mau tempo (chuva e/ou ventos fortes)

5

Perda de controle e/ou desorientação espacial na aproximação (ventos fortes, chuva e/ou nuvens espessas)

1

Desatenção, inexperiência e/ou negligência do piloto na decolagem e/ou subida

4

Falha de funcionamento da hélice

5

Colisão contra o terreno montanhoso em voo de cruzeiro (inexperiência, comportamento temerário, exibicionismo, descuido e/ou perda de controle por ventos fortes)

1

Desorientação espacial em voo de cruzeiro, causada por fumaça de incêndio florestal

2

Impurezas no tanque de combustível, nos filtros de combustível e/ou nas linhas de alimentação de combustível, com perda de potência

1

Colisão contra linhas de transmissão de energia, em voo de cruzeiro (falha humana)

1

Perda de controle sobre terreno montanhoso, em voo de cruzeiro (falha humana)

2

Perda de controle durante manobras acrobáticas

1

Traumatismo craniano em passageiro (queda), durante o embarque, com avião parado e motor desligado

1

Traumatismo craniano no piloto, durante tentativa mal sucedida de partida manual do motor, girando as hélices manualmente

2

Perda de consciência por falta de oxigênio, em voo de cruzeiro (hipóxia)

1

Água nos tanques de combustível

1

Vento cruzado durante decolagem, com perda de controle

1

Uso de combustível de automóvel (comportamento temerário, negligência e/ou indisciplina do piloto e/ou proprietário do avião)

2

Falha de funcionamento e/ou rompimento dos controles de voo (cabos, roldanas e guias)

1

Acidente durante voo de teste de manutenção, com mecânico a bordo

1

Falha do sistema elétrico do avião

2

Colisão em voo de formação

1

Colisão com pássaros durante subida

1

Tentativa mal sucedida de decolagem a partir de aeródromo com altitude elevada, no peso máximo de decolagem (imprudência do piloto)

1

Assimetria causada pelo abastecimento incorreto de combustível

2

Perda de controle durante manobras acrobáticas

 

 


A análise no quadro logo acima levou em consideração os acidentes graves com vítimas fatais ocorridos nas décadas de 1990, 2000, 2010 e década atual com os modelos Bonanza 35, Bonanza A35, Bonanza B35, Bonanza C35 e Bonanza V35, dentre mais alguns.


Para tornar o resultado deste trabalho o mais preciso possível, esta pesquisa ou estatística por amostragem levou em consideração as ocorrências em território americano, com aeronaves de matrícula americana, e em território brasileiro, com aeronaves de matrícula brasileira. Não foram levados em consideração neste cálculo os casos com investigações inconclusivas, os casos de suicídio, os casos de investigações ainda não concluídas e os casos de acidentes ocorridos durante as fases de desenvolvimentos desses modelos de aeronaves, dentre mais algumas exceções.


Não foi possível reunir e analisar todos os dados de acidentes fatais nos quais a família Beechcraft Bonanza se envolveu e/ou foi envolvida nas décadas de 1950, 1960, 1970 e 1980, ou seja, desde o início da fabricação seriada, em 1947. Por isso, este blog traz apenas uma análise dos dados relacionados aos acidentes fatais ocorridos nas décadas de 1990, 2000 e 2010, além, é claro, da década atual de 2020. Além disso, a análise foi limitada às unidades de matrícula americana e brasileira.


Observou-se durante esta pesquisa dezenas de casos em que os pilotos “insistiram” na viagem sob mau tempo em rota, com chuva forte, ventos fortes e formação de gelo, inclusive, mesmo tendo, aparentemente, consciência das limitações operacionais de altitude de aviões não pressurizados, da ausência do sistema de degelo das asas e das limitações operacionais de potência em aviões a pistão...


Além disso, verificou-se também a aparente inexperiência de parte dos pilotos dos aviões da família Beechcraft Bonanza em relação ao uso da seletora de combustível, que é uma espécie de válvula utilizada para alternar a utilização dos dois tanques alares de combustível, provocando, na maioria dos casos graves, pane seca ou desligamento do motor por falta de combustível...


Vários modelos concorrentes do Beechcraft Bonanza possuem seletora com a opção de utilizar ambos os tanques alares de combustível, simultaneamente, o que reduz o risco de desbalanceamento, desequilíbrio e pane seca durante o voo...


Observou-se durante esta pesquisa dezenas de casos de quebras, em pleno voo de cruzeiro, na subida e na decolagem, do conjunto eixo de manivelas / virabrequim / biela dos motores Continental utilizados para tracionar a família Beechcraft Bonanza, portanto recomenda-se atenção redobrada dos mecânicos no momento da manutenção desses motores... Parece que essas quebras teriam relação com a manutenção inadequada dos motores; abuso, por parte do piloto, da potência do motor no seu limite máximo por tempo demais; fragilidade dessas peças do motor; e falha de projeto dos motores, mas não é possível afirmar com precisão qual desses fatores citados neste parágrafo pesou mais (ou se pesou) sobre essas quebras...



GALERIA DE IMAGENS
Logo acima, pra quem não cansa de apreciar o que é bonito, o moderno e atual Bonanza G36 visto de mais um ângulo. A boa aerodinâmica e a obediência aos comandos estão entre as principais características elogiadas por pilotos desse modelo de aeronave. Logo abaixo, o clássico Bonanza A36, que conserva praticamente as mesmas caraterísticas de aerodinâmica e qualidade de voo do seu irmão mais novo e moderno. Ele ainda é um boa opção de compra no mercado de aviões executivos a pistão com seis lugares.


Logo acima, o cockpit digital do atual Bonanza G-36, a versão mais moderna da família Beechcraft Bonanza, que possui aviônicos Garmin G1000, com uma tela primária e uma tela multifuncional. De modo geral, os aviônicos digitais resultam em um voo mais preciso e, portanto, mais seguro que os aviônicos analógicos. Logo abaixo, cockpit de um clássico Bonanza A-36, a versão anterior, possui aviônicos analógicos, mas completo e homologado para voos por instrumentos.



Logo acima, um dos primeiros modelos de aviões monomotores a pistão da família Beechcraft Bonanza, o pequeno Beech Bonanza K35, com a clássica cauda em V, fabricado na década de 1960, com mais de 400 unidades fabricadas. Logo abaixo, o clássico Beech Bonanza 35, o modelo original de fabrica, da década de 1940, com mais de 1.500 unidades fabricadas. Foi a partir dele que todos os demais modelos  da família Beechcraft Bonanza foram projetados e desenvolvidos.



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REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Beechcraft_Bonanza
  • Revista SkyDive Air & Sports
  • Beechcraft (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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