DECOLAGEM (AVIAÇÃO)


TAKE-OFF (EM INGLÊS)
DECOLAGEM (PORTUGUÊS BRASILEIRO)
DESCOLAGEM (PORTUGUÊS DE PORTUGAL)
DESPEGUE (EM ESPANHOL)
DÉCOLLAGE (EM FRANCÊS)

INTRODUÇÃO
Logo acima, o Cessna 172 Skyhawk, um típico exemplo de aeronave de asa fixa muito econômica, simples e fácil de pilotar, com capacidade para decolar e pousar em pistas com apenas 1.000 metros de comprimento. Logo abaixo, o moderno Cirrus SR20, um dos modelos de aviões monomotores a pistão mais vendidos do mundo, também econômico e fácil de pilotar.
A decolagem é a fase inicial do voo de uma aeronave de asa fixa, um avião, ou de asa rotativa, um helicóptero. No caso de um avião, a decolagem é a fase inicial da viagem em que o veículo adquire a velocidade mínima necessária, com seu peso sobre a pista de pouso e decolagem, para obter a sustentação aerodinâmica necessária para alçar voo. Para helicópteros e balões, a corrida não é necessária.

A decolagem é a fase em que geralmente se utiliza a maior potência (motores a pistão ou turboélice) ou empuxo (motores turbofan) possível e disponível dos motores. De modo geral, a decolagem é um dos momentos mais críticos de uma viagem de avião ou helicóptero. Nesse momento são necessários cuidados redobrados e concentração total da tripulação na operação, principalmente para evitar acidentes ou incidentes.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Logo acima, o helicóptero Bell 206 Long Ranger, um típico exemplo de aeronave de asa rotativa eficiente, prática e funcional, com capacidade para decolar e pousar em helipontos e heliportos de grandes metrópoles, aeródromos de cidades do interior ou áreas rurais. Logo abaixo, o moderno Helibras AS350 Esquilo, um dos modelos de helicópteros monomotores a turbina mais vendidos do Brasil, largamente utilizado por empresas e governos.
A decolagem é a operação em que avião ou helicóptero levanta voo. Quase sempre, ela é realizada com potência máxima disponível pelos motores, pois nessa fase a aeronave precisa vencer várias formas diferentes de resistência natural ao seu movimento. No caso dos aviões, durante a decolagem é necessário que os motores desenvolvam potência ou empuxo suficiente para vencer quatro variáveis, grandezas ou propriedades:
  • Inércia, que é a propriedade natural que os corpos em geral possuem de se manter parados ou em movimento enquanto uma força contrária não intervém em seu estado;
  • Atrito dos pneus com a pista, geralmente maior nas pistas de pouso gramadas ou de leito natural e menor nas pistas pavimentadas;
  • Força da gravidade, que é o fenômeno natural que atrai para o centro do planeta Terra todos os corpos que não encontram um obstáculo ou oposição;
  • Resistência do ar (arrasto aerodinâmico);

A decolagem é o momento em que a potência ou o empuxo dos motores é mais exigido. Com a cabine de passageiros lotada, dias quentes e tanques cheios os motores são levados ao limite máximo de 100% permitido nos ou nas manetes de potência, certificado pelas autoridades aeronáuticas.

Um detalhe importante, no caso dos aviões, quando há vento no momento da decolagem, ela é realizada sempre contra o vento. Isso explica porque em praticamente todos os aeródromos, inclusive nos mais simples, há uma biruta em local visível, para que os pilotos possam facilmente identificar os ventos predominantes. Assim, quando o avião atinge a velocidade aerodinâmica (velocidade solo + velocidade do ar) necessária para completar a decolagem, o piloto puxa o manche ou sidestick para aumentar o chamado ângulo de ataque das asas em relação ao horizonte.

Os termos usados dentro do meio aeronáutico para definir o momento limite exato em que a aeronave de asa fixa, o avião, tem condições de completar a decolagem ou, caso contrário, há necessidade de abortar imediatamente a decolagem, são V1 e VR. Esta é uma linguagem padronizada para simplificar e tornar mais seguras as operações de decolagem, evitando eventuais equívocos decorrentes do uso da linguagem comum.

Se a tripulação perceber algum problema técnico que impeça a decolagem antes mesmo da V1 e da VR então, naturalmente, a decisão pela abortagem ou abortamento pode e deve ser tomada antes. Quanto antes, melhor... Nos aviões bimotores com certificação FAR PART 25, mais rígida e exigente, a orientação dos fabricantes é prosseguir com a decolagem após atingir a V1, mesmo quando há falha em um dos motores, pois neste caso há potência suficiente no motor remanescente para completar a decolagem.

As condições naturais mais adequadas para as decolagens dos aviões no aeródromo de origem são tempo fresco, vento brando, pista pavimentada e baixa altitude do aeródromo. Em relação aos helicópteros, de modo geral, ele decolam e pousam no sentido vertical. Porém, para evitar confusões, incidentes e acidentes dentro de áreas aeroportuárias a movimentação de um helicóptero deve obedecer a padrões estabelecidos pelas autoridades aeronáuticas, que, na maioria dos aeroportos, consiste basicamente em taxiar, a poucos metros do solo, sobre as taxiways, no mesmo sentido de um avião, ingressar em uma pista de pouso autorizada e, enfim, decolar normalmente.

Após completado normalmente o procedimento de decolagem é iniciado o procedimento de subida, neste caso com o recolhimento do trem de pouso, caso ele seja retrátil, o recolhimento dos flaps e o acionamento do piloto automático.

TIPOS DE DECOLAGEM
  • CTOL: Decolagem e aterrissagem convencionais. A maioria dos aviões fabricados atualmente decolam e pousam de forma convencional;
  • STOL: Decolagem e aterrissagem curtas;
  • STOVL: Decolagem curta e aterrissagem vertical. Atualmente, pouquíssimos modelos de aviões decolam e pousam dessa forma, incluindo o clássico jato militar BAe Harrier.
  • V/STOL: Decolagem e aterrissagem vertical ou em espaço reduzido. Neste caso, também pouquíssimos modelos de aviões decolam e pousam assim, incluindo o jato militar de altíssimo desempenho e tecnologia muito avançada Lockheed Martin F-35;
  • VTOL: Decolagem e aterrissagem verticais;

VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
  • Livro Aerodinâmica e Teoria de Voo / Jorge M. Roma
  • Livro Aerodinâmica para Aviadores / EAPAC
  • Wikimedia: Imagens

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