AIRBUS A321

AIRBUS A320 (LONGO / 1ª GERAÇÃO)

AIRBUS A319 (CURTO / 1ª GERAÇÃO)

AIRBUS ACJ (EXECUTIVO)

AIRBUS A321 (LONGO / 1ª GERAÇÃO)

AIRBUS A318 (CURTO / 1ª GERAÇÃO)

AIRBUS A320NEO (NOVA GERAÇÃO)

AIRBUS A321NEO (NOVA GERAÇÃO)

AIRBUS A319NEO (NOVA GERAÇÃO)

INTRODUÇÃO

Logo acima, o primeiro modelo de jato doméstico e internacional da família Airbus A320 da Airbus Industrie, o modelo original Airbus A320, nas cores da JetBlue, uma das maiores companhias aéreas domésticas dos Estados Unidos. Logo abaixo, imagem do mesmo modelo de aeronave nas cores da companhia aérea brasileira Azul Linhas Aéreas. Aliás, as duas operadoras têm o mesmo fundador, David Neeleman, de dupla nacionalidade, americana e brasileira.

O nome Airbus A320 é usado pela empresa europeia Airbus S.A.S. para a sua moderna e muito bem sucedida família de aeronaves comerciais bimotoras de grande porte e de alta performance, com motorização turbofan e asas baixas, atualmente formada por um modelo original, o Airbus A320, e mais três versões domésticas e internacionais, o Airbus A318, o Airbus A319 e o Airbus A321, com capacidade para transportar entre 110 e 230 passageiros em viagens interestaduais e internacionais, dependo do modelo e da configuração de assentos adotada, criada e desenvolvida na Europa Ocidental a partir da década de 1980, com os quatro primeiros modelos da série, o Airbus A320, o Airbus A321, o Airbus A319 e o Airbus A318 fabricados em larga escala na França, a partir da década de 1980 e, posteriormente, na Alemanha, a partir da década de 1990, na China, a partir do final da década de 2000, e nos Estados Unidos, a partir da década de 2010, com as primeiras entregas do Airbus A320 realizadas ainda na década de 1980 para as companhias aéreas lançadoras do modelo, incluindo a Air France e a Air Inter.

Atualmente, há quatro fábricas responsáveis pela montagem final dos aviões, sendo duas na Europa Ocidental, uma na América do Norte e uma na Ásia. Além disso, há fornecedores de peças, partes e componentes na Espanha, na Inglaterra, na Coreia do Sul, na Alemanha, no Japão, nos Estados Unidos, na França e na China.

Já o nome Airbus A320neo é usado pelo fabricante europeu para denominar a segunda fase do mesmo projeto Airbus A320 de jatos domésticos e internacionais com a mesma capacidade de transporte, mas com várias melhorias, dentre elas a troca dos motores para redução do consumo de combustível e redução de emissões de CO2 (gás carbônico), os winglets melhorados e o aumento de alcance.

Os seus principais concorrentes são as novas versões 737 MAX da tradicional família Boeing 737, fabricadas pela americana Boeing Company e os jatos domésticos e internacionais COMAC C919 e Irkut MC-21, fabricados pela estatal chinesa COMAC – China Commercial Aircraft e pela estatal russa United Aircraft Corporation, respectivamente, que podem ser consideradas grandes e importantes empresa do setor aeronáutico mundial e sérias competidoras nesse segmento.

É possível afirmar que na época do lançamento da família Airbus A320, na década de 1980, havia também mais alguns competidores sérios nessa faixa de capacidade, os jatos domésticos da família McDonnell Douglas MD-80 e, posteriormente, da família McDonnell Douglas MD-90, ambas fabricadas pela então gigante americana McDonnell Douglas que, aliás, foi comprada na década de 1990 pela Boeing Company.

A AIRBUS GROUP

A gigante empresa multinacional Airbus Group, conhecida anteriormente como EADS, é um das maiores fabricante de aviões comerciais de grande porte para transporte doméstico, internacional e intercontinental de passageiros no mundo, com mais de 720 unidades entregues em 2017. É uma das mais tradicionais e conhecidas fabricantes de aeronaves comerciais do planeta. Ela foi fundada na década de 1970, inicialmente como Aerospatiale, posteriormente, a partir do ano 2000, como EADS, e, a partir de 2014, como Airbus Group, que, atualmente, está sediada na Holanda.

Considerando a receita bruta de mais de € 66 bilhões e mais de € 2,8 bilhões de lucro líquido em 2017, ela foi segunda maior fabricante aeronáutica e uma das maiores fabricantes aeroespaciais e espaciais do mundo. Ela fabrica aviões comerciais civis para transporte de passageiros, aviões militares, helicópteros militares, satélites e foguetes.

A gigante fabricante europeia Airbus S.A.S. está atualmente sediada em Blaignac, na França. Comparando unidades fabricadas e entregues, ela é uma das maiores fabricantes de jatos comerciais de grande porte para transporte doméstico, internacional e intercontinental de passageiros no mundo, disputando ano após ano a liderança do mercado mundial com a gigante norte americana Boeing, também uma das maiores do mundo por décadas seguidas.

Com mais de 50 anos de vida, a Airbus S.A.S. é uma subsidiária da Airbus Group. Ela é uma das mais tradicionais e mais conhecidas fabricantes de aeronaves comerciais do planeta. Ela foi fundada no início da década de 1970, inicialmente como Airbus Industrie na França pelas empresas aeroespaciais Aerospatiale e Sud Aviation, ambas da França e pela Deutsche Airbus, da Alemanha. Posteriormente, anos depois, ainda na década de 1970, outras empresas passaram a fazer parte do consórcio Airbus Industrie, incluindo a fabricante espanhola de aeronaves CASA – Construcciones Aeronauticas e a fabricante inglesa de aeronaves British Aerospace.

Atualmente, ela é uma das mais respeitadas fabricantes de aviões comerciais para transporte de passageiros no mundo. Ela é propriedade da corporação europeia Airbus Group, sediada na Holanda, que controla também uma das maiores fabricantes de helicópteros do mundo, a Airbus Helicopters. A Airbus Group, a holding do grupo, controla também a Airbus Defense and Space, que fabrica o lançador de satélites Ariane, um dos maiores e mais potentes do mundo. Ela é uma corporação europeia de capital aberto que controla também a Astrium, uma fabricantes de satélites.

A Airbus Military é outra subsidiária da Airbus Defense e Space, que fabrica vários produtos para uso militar, entre eles o quadrimotor turboélice de grande porte Airbus A400M, para transporte logístico militar de soldados, cargas militares e reabastecimento em voo. A Airbus Group possui uma importante participação societária na ATR, a fabricante do turboélice bimotor regional ATR-72, usado intensivamente no Brasil pela Azul Linhas Aéreas e pela Passaredo Linhas Aéreas.

O CASA C295, um bimotor turboélice para uso militar de logística, usado pela FAB – Força Aérea Brasileira, é mais um exemplo de produto fabricado em larga escala pela Airbus Military. A Airbus Group possui também uma participação societária importante na Dassault Aviation, que fabrica na França os jatos executivos Dassault Falcon e o caça militar Dassault Rafale.

A Aerospatiale / Matra da França, a Daimler / DASA da Alemanha e a CASA da Espanha formaram no início da década de 2000 o consórcio aeroespacial EADS, que, posteriormente, em 2014, após uma variedade de fusões e aquisições, se tornou a Airbus Group, a corporação proprietária da Airbus Industrie ou Airbus S.A.S. Atualmente, a Airbus Group, a holding do grupo, é propriedade do Governo da França, do Governo da Alemanha e do Governo da Espanha, entre muitos outros acionistas privados.

A Airbus Group, conhecida anteriormente como EADS, concorre diretamente com a Boeing Company no mercado aeroespacial, de transporte aéreo comercial e de defesa. A terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do planeta é a brasileira Embraer S.A., que fabrica jatos regionais de médio porte.

Além da família de jatos comerciais Airbus A320 a Airbus S.A.S. fabrica também a família de jatos comerciais Airbus A220, com fuselagens fabricadas em material composto.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, o jato comercial Airbus A320 operado pela companhia aérea americana American Airlines, uma das maiores companhias aéreas dos Estados Unidos e do mundo, a maior operadora dos aviões da família Airbus A320 no mundo, com mais de 390 unidades em sua frota. Logo abaixo, o mesmo modelo de aeronave operado pela companhia aérea brasileira LATAM Airlines, conhecida anteriormente como TAM Linhas Aéreas, uma das maiores companhias aéreas do Brasil e a maior operadora dessa família de aviões aqui, com mais de 100 unidades.

O Airbus A320, o Airbus A321, o Airbus A319 e o Airbus A318 são modernas aeronaves bimotoras de grande porte e alta performance, com pressurização e com asas baixas enflechadas, com motorização turbofan com alta taxa de bypass e com construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com capacidade para transportar entre 110 passageiros e 230 passageiros, dependendo do modelo e da configuração de assentos adotada, em viagens domésticas e internacionais, criadas e desenvolvidas na Europa Ocidental a partir da década de 1980 e fabricadas em larga escala na França, a partir da década de 1980, e na Alemanha, na China e nos Estados Unidos nas décadas seguintes.

Essa família é formada por um modelo de aeronave totalmente original, o Airbus A320, mais três versões iniciais da primeira fase do projeto Airbus A320, o Airbus A321, o maior da família; o Airbus A319, um dos dois modelos intermediários da família, menor que o Airbus A320; e o Airbus A318, o caçula da família, o menor, e que poderá ser descontinuado nos próximos anos.

A família Airbus A320 foi criada e desenvolvida pelas equipes de designers, engenheiros e técnicos de várias fabricantes aeronáuticas europeias, entre elas a então British Aerospace e a então Aerospatiale, entretanto aplicando nessa então nova família de aeronaves uma grande variedade de conhecimentos e experiências adquirida anteriormente na fabricação de outros modelos de aeronaves.

Desde as décadas de 1980, 1990 e 2000, os jatos para transporte comercial de passageiros Airbus A320, Airbus A321, Airbus A319 e Airbus A318 possuem tecnologia de ponta. Eles são os quatro primeiros frutos do projeto Airbus A320, um grande sucesso de vendas da Airbus Industrie, uma das mais bem sucedidas famílias de aeronaves comerciais para viagens domésticas e internacionais da história da indústria aeronáutica mundial, com mais de 9.800 unidades fabricadas e mais de 6.000 unidades encomendadas.

O Airbus A320, por exemplo, o primeiro membro da família Airbus A320, foi o primeiro fruto do projeto Airbus A320, o primeiro modelo de aeronave de grande porte comercialmente viável da história da indústria aeronáutica mundial a incorporar com sucesso a então inovadora tecnologia fly-by-wire. Foi a partir dele que essa tecnologia foi empregada de forma mais abrangente, já que a tecnologia fly-by-wire empregada no jato comercial supersônico Aerospatiale Concorde não chegou a ser fabricada em larga escala.

O projeto Airbus A320, conhecido também como programa Airbus A320, consiste, basicamente e de modo geral, numa estrutura robusta de fuselagem com perfil circular e asas enflechadas e reforçadas para transporte intensivo de passageiros, projetada para o uso diário de cerca de 10 horas, com limite de vida útil de até 80.000 horas ou 80.000 ciclos, o equivalente a cerca de 30 anos de utilização intensiva. Uma comparação imparcial, desapaixonada, sem nacionalismos, entre a família europeia de jatos comerciais Airbus A320 e a família americana de jatos comerciais Boeing 737 certamente daria a vitória aos aviões europeus, com uma pequena margem de vantagem, é verdade, mas não há dúvida de que os aviões europeus estão um passo a frente dos aviões americanos, principalmente no aspecto de conforto aos passageiros e tecnologia.

Por exemplo, o Airbus A320 tem uma fuselagem cerca de 20 centímetros mais larga que a fuselagem do Boeing 737-800, um dos seus principais concorrente, portanto com a possibilidade de fixação de fileiras de assentos com 3 centímetros a mais de largura em cada assento. Pode até parecer pouco, mas os passageiros gordinhos agradecem. Por outro lado, a partir da década de 2010 as cabines de passageiros dos aviões das famílias Airbus A320 e Boeing 737 NG passaram por uma reformulação e reforma, com a substituição dos assentos convencionais de metal por assentos em fibra de carbono, cerca de 30% mais leves e mais resistentes, com encostos mais finos, possibilitando a fixação de cerca de 160 assentos em classe única, com cerca de 80 centímetros entre fileiras, nos casos do Airbus A320 e do Boeing 737-800, o que na prática se traduz em um nível bastante razoável de conforto para os passageiros.

Na década de 1980, já havia disposição da Airbus Industrie de fabricar os modelos da família Airbus A320 com uma boa variedade e quantidade de partes e componentes em material composto, utilizados na montagem das aeronaves, como partes e componentes integrantes das aeronaves. Porém, as partes principais que formam as respectivas estruturas das aeronaves (fuselagem e asas) sempre foram construídas em alumínio e ligas metálicas.

A grande comunalidade entre os modelos da família Airbus A320 é de cerca de 90% de similaridade de peças, partes e componentes. Atualmente, o conceito de comunalidade é de fundamental importância para o sucesso de aeronaves comerciais no mercado de aviação comercial, incluindo os mercados de transporte aéreo intercontinental, internacional, doméstico e regional. Entre as características comuns a todos os modelos da família Airbus A320 estão as quatro portas laterais de bom tamanho, que podem ser usadas para embarque e desembarque de passageiros e acesso do serviço de limpeza / catering (pronuncia-se kêiterin). Há também saídas de emergência junto às asas, que são obrigatórias em todos os projetos dessa categoria.

Nas décadas 1980 e 1990, um dos objetivos da Airbus Industrie era manter sob controle os seus custos de desenvolvimento de aeronaves comerciais de grande porte, já que o Airbus A320, o Airbus A321 e o Airbus A319 são semelhantes. Posteriormente, já na década de 2000, a empresa completou seu portfólio de produtos com mais um modelo, o Airbus A318, o caçula da família, com fuselagem encurtada. Todos os quatro modelos possuem um alto grau de semelhança. Assim o modelo original Airbus A320, que, na verdade, é um modelo intermediário; o Airbus A321, o maior de todos, lançado em seguida, alguns anos depois; o modelo Airbus A319, menor que o Airbus A320; e o encurtado Airbus A318, apelidado carinhosamente como Airbus Baby-Bus; formaram a primeira fase da família Airbus A320, composta por quatro modelos de jatos comerciais para frotas de companhias aéreas domésticas também focadas em manter custos sob controle, de modo que esses custos não ultrapassassem e não ultrapassem seus limites financeiros.

Para as companhias aéreas a oferta da Airbus Industrie era e é manter sob controle os custos e o tempo de treinamento das tripulações e dos técnicos especializados na manutenção dos aviões dentro dos limites que as companhias aéreas poderiam e podem suportar, já que os quatro modelos de aeronaves têm algum grau de semelhança, e também manter sob controle os custos de manutenção das aeronaves, sem reduzir a confiabilidade das aeronaves e, por consequência, sem reduzir a segurança de voo, já que grande parte das peças, partes e componentes dos quatro modelos de aeronaves é semelhante ou igual, dependendo de cada caso.

A criação dos três primeiros modelos da família Airbus A320 foi praticamente simultânea, mas somente o projeto do Airbus A320 foi desenvolvido e lançado num primeiro momento, com a fabricação em série iniciada em 1988, sendo acompanhada alguns anos depois pela fabricação em série Airbus A321, em 1994 e, mais adiante, pelo Airbus A319, em 1996. A Airbus Industrie relacionava esses três projetos, demonstrando às companhias aéreas interessadas na família Airbus A320 como poderiam compor suas frotas de aviões para rotas domésticas nas linhas aéreas de boa demanda, em que aviões maiores, como o Boeing 767 e o Airbus A300, por exemplo, não seriam economicamente viáveis.

O Airbus A320, o Airbus A321, o Airbus A319 e o Airbus A318, são quatro modelos de aeronaves para uso comercial, principalmente para companhias aéreas domésticas ou companhias aéreas de alcance nacional e companhias aéreas focadas também em voos internacionais dentro de um mesmo continente, com fuselagem semi-monocoque de construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com capacidade para transportar entre 110 e 230 passageiros em viagens interestaduais e, em algumas situações, até mesmo viagens internacionais. Não é impossível realizar viagens intercontinentais transoceânicas com o Airbus A320, por exemplo, pois ele possui certificação ETOPS 180 minutos, mas esse não é o foco do produto.

O Airbus A320, o Airbus A321 e o Airbus A319 estavam e estão disponíveis com duas opções de famílias de motores, a pedido de companhias aéreas, a primeira família composta por versões do projeto CFM-56, fabricadas pela CFM International, por sua vez uma joint venture entre a fabricante americana de motores General Electric e a fabricante aeroespacial francesa Safran, conhecida anteriormente como Snecma; e a segunda família composta por versões do projeto IAE V2500, fabricadas pela International Aero Engines, por sua vez uma joint venture entre as fabricantes Pratt & Whitney (Estados Unidos), Rolls Royce (Inglaterra), Japanese Aero Engines (Japão) e MTU Aero Engines (Alemanha). Esses motores são fixados nas asas, o que resulta em velocidades de cruzeiro de aproximadamente 820 km/h e alcances entre 5.600 quilômetros e 6.800 quilômetros, dependendo da versão e/ou sub-versão, dependendo do número de passageiros a bordo e do peso da carga transportada nos porões das aeronaves.

Aliás, a Rolls Royce vendeu sua participação societária na joint venture IAE – International Aero Engines em 2011, que a partir de então passou a ter quase metade do seu capital nas mãos da americana United Technologies / Raytheon Technologies, por sua vez a dona da Pratt & Whitney.

Esses dois modelos de motores, o CFM56 e o IAE V2500, são modernos, com alta taxa de bypass, e são equipados com FADEC – Full Authority Digital Engine Control, um sistema que controla o funcionamento dos motores, evitando que os parâmetros de segurança para o funcionamento deles seja ultrapassado, e que resulta também em economia de combustível e menor custo de manutenção.

Atualmente, os aviões da família Airbus A320 estão entre os mais modernos aviões para transporte aéreo comercial de passageiros. Desde o início, na década de 1980, eles já eram fabricados com as primeiras versões do sistema EFIS – Electronic Flight Instrument System, o sistema de voo por instrumentos, ainda com interfaces em telas de raios catódicos, conhecidos popularmente como tubos de imagem, e com o FMC - Flight Management Computer, o computador de gerenciamento de voo, que, por sua vez, atualmente integra o FMS - Flight Management System, o sistema de gerenciamento de voo, no contexto de glass cockpit ou cockpit de vidro, como também é conhecido no meio aeronáutico.

A fabricação em série do Airbus A320, o modelo original da família e o mais vendido de todos, foi iniciada em 1988 e as primeiras entregas foram realizadas para a companhia aérea Air France, a maior da França, a lançadora do modelo. A fabricação em série do seu irmão maior, o Airbus A321, foi iniciada em 1994 e a primeira entrega foi realizada para as companhias aéreas Lufthansa, da Alemanha, e Alitalia, da Itália, as maiores de seus países, as lançadoras do modelo. A cabine de passageiros do Airbus A320, por exemplo, tem aproximadamente 27 metros de comprimento, o suficiente para transportar cerca de 160 passageiros com um nível de conforto bastante razoável para os padrões atuais da aviação comercial, com cerca de 47 centímetros úteis de largura de assentos e cerca de 80 centímetros para cada fileira de assentos. Ele foi disponibilizado às companhias aéreas em várias sub-versões, incluindo o Airbus A320-200, com alcance melhorado, que aliás, foi muito mais vendido que seu antecessor.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Logo acima, o jato comercial Airbus A320 operado pela companhia aérea americana United Airlines, uma das maiores companhias aéreas dos Estados Unidos e uma das maiores operadoras dos aviões da família Airbus A320 no mundo, com mais de 167 unidades em sua frota. Logo abaixo, o mesmo modelo de aeronave operado pela companhia aérea portuguesa TAP Air Portugal, a maior companhia aérea de Portugal e uma das maiores operadoras de aviões comerciais da europa.

A moderna família de jatos comerciais biturbinas para transporte de passageiros Airbus A320 nasceu na década de 1980 a partir da percepção dos investidores, executivos e projetistas da Airbus Industrie sobre o aquecimento do mercado mundial de transporte aéreo, com um mercado grande o suficiente para mais um grande fabricante no segmento de transporte comercial doméstico e internacional de passageiros, dominado até então pelas fabricantes americanas Boeing Company e McDonnell Douglas.

Como era tecnicamente possível, porém economicamente inviável, aproveitar a plataforma da família de jatos comerciais widebodies Airbus A300 (composta pelo Airbus A300 e Airbus A310) para atender o mercado de aviação doméstica na faixa de 120 assentos até 180 assentos, já que caso sua fuselagem com dois corredores fosse encurtada ainda mais o modelo resultante de avião continuaria desproporcional para o perfil de operação doméstico, entre outros fatores, então a melhor solução apresentada era criar um novo projeto, um projeto a partir do zero, a partir de uma folha de papel em branco. Surgiu assim o projeto Airbus A320, com motores fixados nas asas e cauda convencional, com estabilizador horizontal fixado no cone de cauda.

O projeto do Airbus A320 foi o resultado de um trabalho em conjunto de várias indústrias aeronáuticas europeias, entre elas as fabricantes British Aerospace, MBB, Fokker, Dornier e Aerospatiale, todas elas envolvidas diretamente na criação e desenvolvimento do Jet-2 ou Joint European Transport 2 e, posteriormente, do Airbus Single Aisle, uma alusão à expressão corredor único. Note que desde o início, nas décadas de 1970 e 1980, já havia a previsão de desenvolvimento em conjunto de uma família de aeronaves, com comprimentos de fuselagens diferentes para abranger uma faixa de 120 assentos até 180 assentos, mas conservando quase todas as demais características, entre elas o baixo nível de ruído interno em voo de cruzeiro e o médio alcance para rotas domésticas e internacionais dentro de um mesmo continente.

Optou-se então por uma fuselagem com seis assentos por fileira, separados por um corredor, assim cerca de 70% do número total de passageiros a bordo da aeronave estaria ao lado de uma janela ou corredor, o que já seria uma vantagem competitiva, realçando no usuário uma sensação agradável de espaço interno, de conforto, tudo isso reforçado por um piso totalmente plano, com um corredor com um generoso pé direito (altura do piso até o teto) de cerca de 2,2 metros.

Segundo o fabricante, optou-se pela fixação dos motores nas asas para melhorar aspectos de centragem, peso e balanceamento. Embora, por outro lado, houvesse aspectos desfavoráveis a ser considerados nesse caso, como o risco maior de ingestão de peças, pedras e objetos na pista (FOD – Foreign Object Damage). Segundo o fabricante esse problema foi contornado com um trem de pouso mais alto.

O foco principal do projeto Airbus A320 é atender o passageiro de linhas aéreas domésticas e internacionais dentro de um mesmo continente, ligando grandes hubs de grandes metrópoles aos aeroportos de grandes e médias cidades. Entretanto, aqui no Brasil, por exemplo, ele tem conseguido atender de forma satisfatória até mesmo alguns aeroportos regionais, geralmente com infraestrutura menos sofisticada que a estrutura dos grandes aeroportos das grandes cidades. Por outro lado, é uma aeronave com fuselagem alta e trem de pouso com amortecedores de longo curso, e sua operação exige alguns equipamentos de apoio em solo, como a escada para passageiros, caminhão de comissaria e a esteira mecanizada para embarque de bagagens.

Entretanto, aeronaves comerciais com fuselagem alta têm pelo menos uma vantagem, o risco de atrito do cone cauda na pista durante a decolagem, no momento da rotação, é um pouco menor que em aeronaves com fuselagem mais baixa.

A família Airbus A320 esteve entre os mais inovadores e ousados projetos de aeronaves comerciais das décadas de 1980 e 1990. O modelo original Airbus A320 e seus irmãos Airbus A321, Airbus A319 e Airbus A318 foram lançados oficialmente pela então Airbus Industrie em 1984, em 1988, em 1993 e em 1998, respectivamente, com um dos mais pesados investimentos internacionais em tecnologia aeronáutica para a criação e desenvolvimento de produtos para atender o mercado civil mundial, um dos mais pesados investimentos privados da história da indústria aeronáutica europeia, avaliado em cerca de US$ 2,8 bilhões na época, o equivalente hoje a cerca de US$ 7 bilhões.

Esse importante projeto foi liderado pelo projetista Derek Brown, inicialmente com três modelos de aviões de grande porte, o Airbus SA1, posteriormente renomeado para Airbus A319, o Airbus SA2, renomeado para Airbus A320, e o SA3, renomeado para Airbus A321.

Na época, as companhias aéreas clientes e potenciais clientes da Airbus Industrie, inclusive as operadoras dos aviões Airbus A300 e Airbus A310, já manifestavam a necessidade de modelos de aeronaves menores, mais leves e mais econômicos, com motores a jato, com bom alcance doméstico e internacional dentro de um mesmo continente, com bom espaço para galley e toaletes.

A solução encontrada pela Airbus Industrie foi projetar uma família totalmente nova de aeronaves comerciais, com corredor único e motorização turbofan moderna, com um modelo original, o Airbus A320, e versões posteriores, que, na verdade, só foram lançadas nas décadas seguintes, somente quando o modelo original já havia conquistado o seu espaço no mercado, já havia conquistado a confiança das companhias aéreas e dos usuários.

AS FÁBRICAS DA FAMÍLIA AIRBUS A320 NO MUNDO
INÍCIO	LOCALIDADE	MODELOS
1988	Toulouse / Blagnac, na França	Airbus A320
1994	Hambugo, na Alemanha	Airbus A321, Airbus A319 e Airbus A318
2009	Tianjin, na China	Airbus A320, Airbus A321 e Airbus A319
2016	Mobile / Alabama, nos EUA	Airbus A320 e Airbus A321

A FAMÍLIA AIRBUS A320

A família Airbus A320 tem duas fases bem definidas, a primeira fase foi estabelecida no mercado nas décadas de 1980, 1990 e 2000 e é composta por quatro modelos iniciais, o Airbus A320, o Airbus A321, o Airbus A319 e Airbus A318, com várias sub-versões com alcance e/ou peso máximo de decolagem aumentados. Já a segunda fase, conhecida oficialmente como Airbus A320neo (pronuncia-se Érbâs A320 nío), foi lançada alguns anos atrás e a entrega do primeiro modelo foi realizada em 2016 para companhia aérea alemã Lufthansa, a cliente lançadora do modelo.

Na década de 2000, a Airbus S.A.S. desenvolveu e introduziu uma variedade de pequenas melhorias e modernizações na família Airbus A320, não significando necessariamente a criação de uma nova família de aviões, mas o aprimoramento dos produtos já existentes, o programa Airbus A320 Enhanced, incluindo redução de 2% no consumo de combustível, graças à fixação de winglets grandes; troca de assentos metálicos por assentos em fibra de carbono, mais leves; outros refinamentos aerodinâmicos, com consequente redução de 1% no consumo de combustível; pequenas melhorias nos motores CFM56 e IAE 2500, com redução de 1% no consumo, totalizando uma redução total de até 5% no consumo de combustível, com consequente aumento de alcance de até 5%.

Desde a década de 1990, os aviões da família Airbus A320 são fabricados com uma variedade de peças, partes e componentes menores em material composto, embora as partes principais dos aviões, como fuselagem e asas sejam fabricadas em metais. Entre os exemplos de partes em material composto está quase toda a cauda, fabricada pela empresa espanhola CASA - Construcciones Aeronáuticas.

1ª GERAÇÃO

AIRBUS A320

O Airbus A320, conhecido também como Airbus A320-100, é o modelo original da família Airbus A320. A sua fabricação em série foi iniciada em 1988, com dois tanques de combustível, um em cada asa, porém com apenas 20 unidades fabricadas. Pouco tempo depois, a pedido das operadoras, foi lançada a sub-versão Airbus A320-200, esta sim um grande sucesso de vendas, com um tanque de combustível adicional alojado na fuselagem, para aumentar o alcance, e mais algumas melhorias técnicas.

O Airbus A320-200 é um dos modelos intermediários da família, com cerca de 38 metros de comprimento e 36 metros de envergadura, e é semelhante aos seus irmãos Airbus A321 e Airbus A319 em quase tudo, exceto no comprimento de fuselagem e na potência dos motores, entre mais alguns detalhes. As potências dos motores CFM56 e IAE V2500 variam entre 22.000 libras e 27.000 libras. O seu peso máximo de decolagem é de aproximadamente 77.000 kg e seu alcance é de aproximadamente 5.700 quilômetros.

É o mais bem sucedido modelo da família Airbus A320, com uma das melhores relações custo benefício. Ele foi lançado oficialmente em 1984, certificado em 1988 pela FAA – Federal Aviation Administration, a agência reguladora de aviação dos Estados Unidos, e pela JAA – Joint Aviation Authorities, conhecida atualmente como EASA – European Aviation Safety Agency, a agência reguladora de aviação da União Europeia, com a fabricação em série iniciada logo em seguida, no mesmo ano.

A sua capacidade de transporte é de cerca de 160 passageiros em classe única, com cerca de 80 centímetros para cada fileira de assentos, mas a aeronave foi e é comercializada também com a possibilidade de uma configuração de alta densidade para até 180 passageiros, neste caso com alcance menor.

Assim como todos os seus irmãos da primeira fase do projeto Airbus A320, o seu cockpit está equipado com o moderno sistema de aviônicos do tipo EFIS – Electronic Flight Instrument System, na época de seu lançamento disponível ainda em tubos de raios catódicos, com a interface do EICAS - Engine Indicating and Crew Alerting System ou ECAM – Electronic Centralized Aircraft Monitor no centro do painel, com a interface do FMC – Flight Management Computer no console central e equipado com sistema inercial de navegação combinado com GPS – Global Positioning System, lembrando que esse sistema de navegação só se tornou operacional a partir da década de 1990, quando o primeiro modelo da família, o Airbus A320, já tinha sido lançado.

O Airbus A320 está homologado para operações de aproximação por instrumentos do tipo ILS Cat III, o mais restritivo, com zero de visibilidade, sob nevoeiro ou neblina espessos. Ele possui também o TCAS - Traffic Collision Avoidance System, um sistema de alerta contra o risco de colisão com outras aeronaves próximas, e radar meteorológico. Ele possui sistema anti-ice ou anti-gelo nas asas para operação em países frios e APU – Auxiliary Power Unit para climatizar a cabine de passageiros em aeroportos de países quentes, mesmo com a aeronave ainda no solo, com os motores desligados.

Entre os upgrades possíveis disponibilizados pela Airbus S.A.S. está o moderníssimo HUD - Head Up Display, uma maravilha tecnológica que possibilita ao piloto perceber o eixo da pista de pouso em aproximações, à noite ou de dia, com chuva leve ou neblina ou nevoeiro espessos.

Ele foi o primeiro modelo de avião comercial fabricado com o uso intensivo de superfícies aerodinâmicas de controle de voo comandadas ou controladas por meio de impulsos ou pulsos elétricos até os atuadores hidráulicos, a chamada tecnologia fly-by-wire. Esse sistema é composto por geradores de energia que alimentam os computadores da aeronave, que por sua vez percebem os movimentos dos pilotos nos side-sticks e pedais, interpretando esses movimentos e enviando sinais elétricos para os atuadores hidráulicos juntos às superfícies aerodinâmicas de controle de voo, entre elas os ailerons, os spoilers de asas e os profundores.

Entre as vantagens do sistema fly-by-wire está o menor peso do sistema e a maior confiabilidade e precisão das manobras, já que os computadores evitam que alguns limites de funcionamento da aeronave, como atitude (não confundir com altitude) excessivamente cabrada, o que poderia causar um perigoso estol, por exemplo, sejam ultrapassados. Traduzindo isso numa linguagem mais simples, os computadores “filtram” ou “refinam” as intenções da tripulação, evitando que eventuais comandos “rudes” ou “brutos” demais cheguem até os atuadores hidráulicos.

O jato bimotor para transporte doméstico de passageiros Airbus A320 é altamente tecnológico. Ele possui dois geradores primários de energia elétrica, um em cada motor, mais um gerador auxiliar, que é a APU – Auxiliary Power Unit, e mais um gerador de emergência para manter os sistemas vitais em funcionamento em caso de falha dos demais três geradores. Na remota possibilidade de falha de funcionamento dos dois geradores primários e da APU – Auxiliary Power Unit, por exemplo, a RAT – Ram Air Turbine sai, literalmente, de dentro da fuselagem e passa, aerodinamicamente, a gerar energia elétrica vital e absolutamente necessária para manter os sistemas essenciais em funcionamento. Ela é uma pequena turbina, com aspecto que lembra vagamente um ventilador de uso doméstico, na qual está acoplado um pequeno gerador de energia.

Mais de 4.770 unidades do Airbus A320 e suas sub-versões de maior alcance e ou maior peso máximo de decolagem foram fabricadas até o momento, a grande maioria está voando, transportando passageiros em rotas domésticas, internacionais dentro dos respectivos continentes e até em algumas rotas intercontinentais e regionais. Atualmente, a aeronave ainda é fabricada, agora com o nome Airbus A320ceo, embora já esteja sendo substituída pelo Airbus A320neo, de nova geração.

Os principais concorrentes do Airbus A320 foram e/ou são o Boeing 737-400, de segunda geração, e o Boeing 737-800 NG, de terceira geração. Os aviões das famílias McDonnell Douglas MD-80 e McDonnell Douglas MD-90 também já foram e/ou ainda são concorrentes do Airbus A320, dependendo de cada caso.

Entre as primeiras operadoras do Airbus A320 estiveram a British Caledonian / British Airways e a Air Inter / Air France.

AIRBUS A321

O Airbus A321, conhecido também como Airbus A321-100 e Airbus A320-500, é o maior modelo da família Airbus A320, com 7 metros a mais de comprimento de fuselagem em relação ao seu irmão menor Airbus A320, para acomodar um número maior de passageiros. A sua fabricação em série foi iniciada em 1994, tendo como operadoras de lançamento a Lufthansa, com 20 unidades encomendadas, e a Alitália, com 40 unidades encomendadas.

Durante a década de 1990, a Airbus Industrie gastou US$ 660 milhões no desenvolvimento, nas instalações, nas máquinas e equipamentos e nos preparativos para a fabricação seriada do Airbus A321, inicialmente na Alemanha. Atualmente, ele também é fabricado na China e nos Estados Unidos, inclusive em algumas sub-versões, como a Airbus A321-200, por exemplo, com a mesma capacidade de transportar passageiros do seu irmão Airbus A321-100, mas com alcance aumentado para 5.900 quilômetros, com a cabine lotada de passageiros, graças a dois tanques de combustíveis adicionais alojados na fuselagem.

O Airbus A321 é quase idêntico ao seu irmão menor Airbus A320, exceto pelo comprimento maior de fuselagem, pela maior potência dos motores, pelo tanque de combustível adicional, pelo trem de pouso reforçado e pelos flaps de fenda dupla, entre mais alguns detalhes técnicos. Ele é impulsionado pelos motores das famílias CFM-56 e IAE V2500, com empuxos variando entre 30.000 e 33.000 libras. Os seus principais concorrentes são os jatos comerciais americanos Boeing 737-900 NG e Boeing 737 MAX 9.

Mais de 1.790 unidades de Airbus A321 e suas sub-versões de maior alcance foram fabricadas até o momento, a grande maioria está voando, transportando passageiros em rotas nacionais e internacionais.

AIRBUS A319

O Airbus A319 foi lançado oficialmente em 1993 e certificado pelas agências reguladoras de aviação dos Estados Unidos e da Europa Ocidental em 1996, com a fabricação em série iniciada logo em seguida e entrando em serviço pela companhia aérea suíça SwissAir no mesmo ano. As principais diferenças em relação ao Airbus A320 é o comprimento menor da fuselagem, com 3,8 metros a menos, com a redução do número de saídas de emergência junto às asas e com motores menos potentes.

Mais uma vez foi dada preferência pelos motores das família CFM56 e IAE V2500, mas neste caso com potências / empuxos variando entre 22.000 e 27.000 libras.

Conhecido também como a Airbus A320M-7, ele tem alcance de aproximadamente 6.500 quilômetros, com reservas e cabine com 120 passageiros a bordo, podendo chegar a 6.700 quilômetros com winglets do tipo sharklets, mas esse bonito modelo de jato comercial deu origem também a algumas sub-versões, entre elas o Airbus A319ACJ, conhecido também como Airbus A319 Airbus Corporate Jet, uma sub-versão executiva do Airbus A319, com alcance de aproximadamente 10.000 quilômetros, com 35 passageiros a bordo e com reservas de combustível.

O pré-projeto do Airbus A319 foi um dos três pré-projetos da Airbus Industrie para atender o mercado de aviação comercial doméstica. Ela já tinha sido criado na década de 1980, mas foi suspenso, temporariamente, até que o modelo original da família, o Airbus A320, apresentasse um volume de vendas suficiente para levar adiante a produção seriada dos demais membros da família Airbus A320.

Como não havia mais capacidade produtiva suficiente na fábrica francesa da Airbus Industrie, em Toulouse, para iniciar a produção de mais um membro da família Airbus A320, então foi necessário realizar um grande investimento de cerca de US$ 300 milhões numa nova fábrica em Hamburgo, na Alemanha.

Na verdade, pouco antes de seu lançamento, havia poucas opções sérias no mercado de aviões com essa capacidade ou com capacidade um pouco menor, entre elas o Fokker F-100 (100 assentos); o Boeing 737-700 (120 assentos); o Boeing 717 (100 assentos), que nada mais é que o McDonnell Douglas MD-95, o irmão menor e mais novo e moderno da família McDonnell Douglas MD-90; e o British Aerospace 146-200, com capacidade para 110 passageiros.

O Airbus A319 foi bem vendido, mas não tanto quanto os seus dois irmãos maiores, o Airbus A320 e o Airbus A321. Mais de 1.480 unidades de Airbus A319 e suas sub-versões foram fabricadas, a grande maioria está voando, transportando passageiros em rotas domésticas e internacionais.

Entre as principais operadoras do Airbus A319 estão e/ou estiveram a SwissAir (posteriormente incorporada pela Swiss), a Air Canada, a Lufthansa, a Northwest (posteriormente fundida com a Delta Airlines), a United Airlines, a US Airways (posteriormente fundida com a American Airlines), a EasyJet (baixo custo) e a British Airways. A companhia aérea brasileira LATAM opera o Airbus A319. Já o avião executivo de grande porte Airbus ACJ, de propriedade da FAB - Força Aérea Brasileira, é usado pela Presidência da República do Brasil para transporte governamental.

A maior operadora do Airbus A320 no mundo é a companhia aérea europeia EasyJet, com 172 unidades.

AIRBUS A318

O Airbus A318 é o quarto e menor modelo da família Airbus A320, com fuselagem ainda mais encurtada em relação aos seus irmãos maiores Airbus A320 e Airbus A319, para acomodar um número menor de passageiros e com motores menos potentes. A sua fabricação em série foi iniciada em 2003, com a primeira entrega realizada no mesmo ano para a operadora Frontier Airlines, dos Estados Unidos.

Em relação ao Airbus A319, o Airbus A318 tem uma fuselagem encurtada em 2,4 metros, com capacidade reduzida de 124 passageiros no Airbus A319, em duas classes, para 107 passageiros no Airbus A318, também em duas classes, mas podendo chegar até 130 passageiros, numa configuração de alta densidade.

Dessa vez, a Airbus S.A.S. deu preferência aos motores das famílias CFM56 e PW6000, das fabricantes CFM International e Pratt & Whitney, respectivamente, com potências / empuxos variando entre 22.000 libras e 24.000 libras, com alcances variando entre 5.700 quilômetros e 5.900 quilômetros, com ou sem winglets do tipo sharklets.

Com mais de 80 unidades fabricadas até o momento, é provável que ele deixe de ser fabricado em breve.

2ª GERAÇÃO

AIRBUS A320NEO

Em 2010, a Airbus S.A.S. anunciou o lançamento da segunda fase ou 2ª geração da família Airbus A320, nomeada como Airbus A320neo, com três novos lançamentos, entre eles o irmão menor dessa segunda fase, o Airbus A319neo, lembrando que provavelmente não haverá um substituto atualizado, de nova geração, para o Airbus A318, o menor membro da família Airbus A320.

O Airbus A320neo é o uma das principais versões da família Airbus A320, por sua vez composta por mais de oito versões, incluindo modelos de aviões comerciais, executivos e militares. Ele faz parte da 2ª geração dessa família de aviões comerciais. A sua fabricação em série foi iniciada em 2015, com a primeira unidade fabricada para atender um pedido da companhia aérea alemã Lufthansa, uma das maiores do mundo.

O programa Airbus A320neo custou aos cofres da Airbus S.A.S. e de suas parceiras mais de US$ 1,3 bilhão, resultando em três versões de aviões, o Airbus A320neo, o Airbus A319neo e o Airbus A321neo, todos eles com alcance melhorado em até 800 quilômetros, graças aos refinamentos aerodinâmicos e à troca por motores mais econômicos.

O Airbus A320neo, por exemplo, é o modelo intermediário da 2ª geração, mantendo as mesmas dimensões do seu antecessor Airbus A320ceo, com cerca de 38 metros de comprimento e 36 metros de envergadura, e mantendo semelhança com seus irmãos de mesma geração, o Airbus A321neo e Airbus A319neo, em quase tudo, exceto no comprimento de fuselagem e na potência dos motores, entre mais alguns detalhes.

Entre as principais novidades dessa 2ª geração da família Airbus A320 estão os motores mais econômicos e a disponibilidade de winglets grandes como itens de série, direto da fábrica, resultando em economia de combustível que pode variar entre 15% e 20%, dependendo dos modelos de 1ª geração e 2ª geração utilizados na comparação. Além disso, o custo de manutenção dos novos motores das famílias CFM LEAP e Pratt & Whitney PW1000G foi reduzido em cerca de 20%, com redução do nível de ruído externo em voo de cruzeiro, descidas e aproximações.

No caso específico do Airbus A320neo, a potência dos motores CFM International LEAP 1-A e Pratt & Whitney PW1100G é de cerca de 27.000 libras. O seu peso máximo de decolagem é de aproximadamente 79.000 kg e seu alcance é de aproximadamente 6.500 quilômetros, mesmo com a cabine lotada de passageiros.

É um dos mais bem sucedidos modelo da 2ª geração da família Airbus A320, com uma das melhores relações custo benefício. Ele foi lançado oficialmente em 2010, certificado em 2015 pela FAA – Federal Aviation Administration e pela EASA – European Aviation Safety Agency, com a fabricação em série iniciada logo em seguida, no mesmo ano, com a primeira unidade de série entregue à Lufthansa, a operadora de lançamento do modelo.

A sua capacidade de transporte é de cerca de 170 passageiros em classe única, com assentos em fibra de carbono e com cerca de 80 centímetros para cada fileira de assentos, mas a aeronave foi e é comercializada também com a possibilidade de uma configuração de alta densidade para até 190 passageiros, neste caso com alcance menor.

Até o momento, foram mais de 1.710 unidades fabricadas dos modelos da 2ª geração da família Airbus A320, principalmente o Airbus A320neo, o modelo intermediário da nova geração. As primeiras entregas do Airbus A320neo foram realizadas em 2016 e duas companhias aéreas brasileiras já estão operando o modelo, a LATAM Airlines e a Azul Linhas Aéreas.

MERCADO

Logo acima, o cockpit completo do jato comercial Airbus A320, tecnologia de ponta com o EFIS - Electronic Flight Instrument System, composto pelo PFD - Primary Flight Display, pelo MFD - Multi Function Display, pelo ECAM – Electronic Centralized Aircraft Monitor e pelo FMS - Flight Management System. Logo abaixo, ilustração da empresa britânica de viagens charter Air Charter Services, com a cabine do mesmo modelo de aeronave com layout para 160 passageiros, conforto bem razoável para passageiros com até 1,8 metro de altura.

As aeronaves comerciais com motorização turbofan são economicamente e tecnicamente mais vantajosas no transporte de passageiros em viagens com mais de 750 quilômetros de distância, enquanto os turboélices apresentam mais vantagens em viagens com menos de 500 quilômetros de distância e operando em aeroportos menores e menos sofisticados que os aeroportos internacionais das grandes cidades, com pistas de pouso com menos de 1.850 metros de comprimento e com obstáculos próximos das cabeceiras e prolongamentos, com até 6 graus de inclinação na rampa de aproximação.

A principal vantagem do jato é a produtividade maior, em função justamente da velocidade de cruzeiro maior. Considerando apenas o aspecto tempo, apenas para efeito de comparação, desconsiderando outros aspectos técnicos, como, por exemplo, o comprimento da pista de pouso, o jato pode ser até duas vezes mais produtivo que um turboélice, viajando até duas vezes mais quilômetros que um turboélice em um mesmo dia. Por outro lado, em viagens de menos de 500 quilômetros de distância o turboélice pode ser até 15% mais econômico, consumindo menos combustível.

Os jatos comerciais da família Airbus A320 estão entre os maiores sucessos da indústria aeronáutica mundial, atualmente eles acumulam o impressionante número de mais de 9.800 aeronaves fabricadas, com mais de 94% delas ainda em condições de voo, com cerca de 500 unidades aposentadas por já terem suas vidas úteis esgotadas. Essa família de aviões comerciais compete em pé de igualdade, tanto em termos de volume de produção quanto em termos de qualidade de produto, com os aviões da família Boeing 737, mas com a probabilidade de se manterem em linha de produção por mais tempo que os aviões americanos, já que o projeto europeu é mais atual, o que provavelmente o tornará o jato comercial mais vendido e mais bem sucedido de toda a história da indústria aeronáutica mundial.

A fabricante Airbus S.A.S. acumula uma carteira de pedidos de mais de 6.000 unidades encomendas, principalmente as versões da 2ª geração ou segunda fase da família Airbus A320, conhecida como Airbus A320neo, com novos motores, mais econômicos. Tanto a 1ª geração como a 2ª geração são compostas por aeronaves modernas, todos os modelos já saíam de fábrica, desde as décadas de 1980 e 1990, dependendo de cada caso, com uma boa variedade de equipamentos de navegação e conforto, incluindo APU - Auxiliary Power Unit, uma unidade auxiliar geradora de energia para ser usada no solo, quando os dois motores turbofans estão desligados, aviônicos EFIS - Electronic Flight Instrument System, o TCAS - Traffic Colision Avoidance System, um equipamento de alerta para evitar acidentes de colisão com outras aeronaves no mesmo tráfego, o GPWS - Ground Proximity Warning System, que é um equipamento de alerta para evitar colisão contra o solo durante as aproximações, de dia ou à noite, em nevoeiro / neblina espessa ou chuva leve, entre vários outros.

Existe uma forte tendência no mercado mundial de aviação comercial de padronização das frotas de aeronaves, reduzindo o máximo possível o número de famílias de aeronaves que compõem as frotas das companhias aéreas, com o objetivo de manter custos sob controle, sem abrir mão da segurança de voo. Isso é consequência de uma decisão estratégica unânime de investidores e principais executivos das empresas, no sentido de eliminar complicações desnecessárias e aumentar a eficiência das empresas para chegar à lucratividade, e mantê-la.

O índice de despachabilidade é um indicador usado por fabricantes de aeronaves e empresas de transporte aéreo regular para avaliar a confiabilidade e produtividade de aeronaves, ou seja, nos dias atuais é natural que aeronaves bem projetadas, fabricadas dentro de padrões rígidos de controle de qualidade e que apresentam no dia a dia de trabalho índices de cerca de 98%, ou mais, consigam se firmar no competitivo mercado de transporte aéreo regular de passageiros, pois as companhias aéreas precisam de aviões confiáveis para transportar com segurança seus passageiros. Os aviões da família Airbus A320 foram projetados para manterem ao longo de suas vidas úteis altos índices de despachabilidade.

Mais de 9.240 unidades de aviões da família Airbus A320 estão voando em muitos países, incluindo os mais competitivos mercados, entre eles Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental, Brasil, China, Índia, Austrália e até Rússia, comprovando assim as características desses aviões. É uma das famílias de aviões comerciais mais bem sucedidas da indústria aeronáutica mundial.

PRINCIPAIS OPERADORAS

Logo acima, o jato comercial Airbus A320 da companhia aérea francesa Air France, a primeira operadora do modelo na década de 1980 e, atualmente, uma das maiores operadoras dos aviões da família Airbus A320, com mais de 100 unidades. Logo abaixo, o bonito jato comercial Airbus A320 nas cores da companhia aérea britânica EasyJet, também uma das maiores operadoras dos aviões da família Airbus A320, com mais de 330 unidades.

As principais empresas compradoras e / ou operadoras dos jatos comerciais da família Airbus A320 estiveram e estão concentradas em países de primeiro mundo e em países emergentes, principalmente Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental, China, Brasil, Índia, Austrália e Rússia. Em todo o mundo, são mais de 330 operadoras de jatos da família Airbus A320, atualmente.

Aqui na América do Sul, os jatos comerciais da família Airbus A320 são operados em vários países, principalmente no Brasil, na Colômbia, na Argentina e no Chile.

PRINCIPAIS OPERADORAS DA FAMÍLIA AIRBUS A320 NO MUNDO (2020)
QTD	DÉCADAS	OPERADORA	PAÍS	MODELOS
430	2010	American Airlines	EUA	A319, A320, A321 e neo
336	2000 e 2010	EasyJet	Inglaterra	A319, A320 e neo
345	2000 e 2010	China Eastern	China	A319, A320, A321 e neo
97	2010	AirAsia	Malásia	A320 e neo
290	2000 e 2010	China Southern	China	A319, A320, A321 e neo
205	2000 e 2010	JetBlue	EUA	A320, A321 e neo
219	2000 e 2010	Delta Airlines	EUA	A319, A320, A321 e neo
190	90, 2000 e 2010	Lufthansa	Alemanha	A319, A320, A321 e neo
246	2000 e 2010	Indigo	Índia	A320 e neo
176	2000 e 2010	United Airlines	EUA	A319 e A320
116	90, 2000 e 2010	Air France	França	A319, A320, A321 e neo
160	2000 e 2010	Air China	China	A319, A320, A321 e neo
125	90, 2000 e 2010	LATAM / TAM	Brasil	A319, A320, A321 e neo
136	2000 e 2010	Sichuan Airlines	China	A319, A320, A321 e neo
156	2010	Spirit Airlines	EUA	A319, A320, A321 e neo
118	2000 e 2010	Aeroflot	Rússia	A320, A321 e neo
67	2000 e 2010	Air Canada	Canadá	A319, A320, A321 e neo
142	90, 2000 e 2010	British Airways	Inglaterra	A319, A320, A321 e neo
95	2000 e 2010	LATAM / LAN	Chile	A319, A320, A321 e neo
125	2010	Vueling	Espanha	A319, A320, A321 e neo
119	2010	Wizz	Hungria	A320, A321 e neo
71	90, 2000 e 2010	Alitalia	Itália	A319, A320, A321 e neo

É possível que esse quadro com os números relacionados às frotas de aeronaves de várias companhias aéreas não esteja absolutamente preciso e/ou atualizado, já que todos os anos cada companhia aérea faz ajustes em suas respectivas frotas, visando otimizá-las e/ou ajustá-las às respectivas demandas. Além disso, a pandemia por Covid-19 atrapalhou o planejamento dessas empresas.

Com a vacinação em massa da população mundial em 2021 é bem provável que esse quadro precise ser novamente atualizado em 2022. Se você quiser ajudar a tornar esses números ainda mais precisos, por gentileza deixe um comentário no rodapé desta página.

Não é difícil perceber a presença marcante dos aviões da família Airbus A320 na China, o segundo maior mercado de aviação comercial do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. De olho nesse gigantesco mercado, a Airbus Group mantém uma fábrica na China para atender o mercado chinês e países vizinhos. Os números são impressionantes, a estimativa de vendas para o período de 2010 até 2020 era de cerca de 2.600 unidades de aviões de grande porte na faixa de 100 até 200 passageiros e a Airbus Group acreditava que poderia suprir cerca de metade desse mercado.

A fábrica da Airbus S.A.S. na China está localizada em Tianjin, um município próximo de Pequim, a cerca de 120 quilômetros da capital do país asiático. Ao todo, a empresa fabrica e vende aviões e presta serviços de treinamento para tripulações e mecânicos na China, uma exigência do Governo Chinês para a venda de aviões comerciais por lá. Uma curiosidade, as encomendas de aviões para o mercado chinês são agrupadas em um único pedido, todos os anos, tanto para as companhias aéreas privadas quanto para as operadoras estatais.

Segundo o fabricante, o padrão de qualidade dos aviões da família Airbus A320 fabricados na China é o mesmo que o padrão adotado nas demais fábricas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos.

TREINAMENTO

O chamado curso de qualificação, com estudos teóricos e treinamentos práticos para pilotos e co-pilotos dos aviões da família Airbus A320, é realizado na forma de programa, com uma fase inicial de estudos teóricos intensivos e treinamentos práticos estáticos intensivos nas próprias companhias aéreas que operam os modelos, seguidos de um pacote de estudos e treinamentos fornecido pela própria Airbus S.A.S., com cerca de 30 dias ou mais de estudos teóricos intensivos, treinamentos práticos em simuladores e treinamentos práticos em voo real na própria aeronave.

A parte dos estudos e treinamentos que cabe à Airbus S.A.S. é realizada em Toulouse (França), Londres (Inglaterra), Lisboa (Portugal), Miami (Estados Unidos) ou Campinas, no Brasil, com cerca de 10 dias de instrução teórica, ministrada por professores da própria fabricante; mais cerca de 10 dias em simuladores de voo, que conseguem recriar ou simular de forma impressionante, com riqueza de detalhes, várias fases do voo e situações de emergência; várias horas de briefing (pré-voo) e de debriefing (pós-voo) junto à própria aeronave; completados por cerca de 10 dias em que são realizados voos reais na aeronave, sem passageiros a bordo, é claro.

Aqui no Brasil, há simuladores de voo usados por companhias aéreas que operam os modelos da família Airbus A320, eles estão localizados em Campinas, no interior do Estado de São Paulo, dentro da UniAzul, a escola da Azul Linhas Aéreas. Assim, não há mais necessidade de enviar alunos brasileiros para o exterior para se familiarizar com os sistemas e o comportamento em voo dos modelos de aeronave.

Os estudos e treinamentos para pilotos e co-pilotos chineses são realizados por completo na China.

SEGURANÇA DE VOO

Estatisticamente, em números aproximados, a aviação comercial e a aviação executiva são os meios de transporte mais seguros que existem, com cerca de três acidentes graves com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas, considerando a média mundial. Porém, se forem levados em consideração apenas os números de países desenvolvidos, como Canadá, Estados Unidos, países da Europa Ocidental, o Japão, a Coreia do Sul e a Austrália, os números de acidentes para cada um milhão de viagens são ainda menores, na média cerca de um acidente grave com vítimas fatais.

Os aviões da família Airbus A320 são considerados muito seguros. Até o momento, eles se envolveram e/ou foram envolvidos em 18 ocorrências graves com vítimas fatais em algumas partes do mundo, o equivalente a menos de 1% do número total de aeronaves fabricadas.

FICHA TÉCNICA

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

AIRBUS A320

Capacidade (baixa densidade): 150 passageiros (85 centímetos);
Capacidade (média densidade): 170 passageiros (80 centímetros);
Capacidade (alta densidade): 186 passageiros (75 centímetros);
Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto e 6 comissárias;
Velocidade de cruzeiro: Aprox. 820 km/h;
Comprimento: Aprox. 38 metros;
Envergadura: Aprox. 36 metros;
Altura da aeronave: Aprox. 12 metros;
Altura da cabine de passageiros: Aprox. 2,2 metros;
Motorização (potência / empuxo): 2 X CFM56-5B (Até 27.000 libras / cada);
Motorização (potência / empuxo): 2 X V2500-A5 (Até 27.000 libras / cada);
Taxa bypass:
Trem de pouso:
APU - Auxiliary Power Unit:
Aviônicos:
TCAS:
GPWS:
Porão de carga: Até 7 contêineres LD3-45;
Teto de serviço: Até 12.500 metros;
Alcance (A320-200): Até 5.700 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
Alcance (Enhanced): Até 6.000 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
Peso máximo decolagem: Aprox. 78.000 kg;
Pista de pouso: Aprox. 2.100 metros (lotado / dias quentes);
Preço (em 2019): US$ 98 milhões (novo);

AIRBUS A321

Capacidade (baixa densidade): 185 passageiros (85 centímetos);
Capacidade (média densidade): 198 passageiros (80 centímetros);
Capacidade (alta densidade): 230 passageiros (75 centímetros);
Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto e 6 comissárias;
Velocidade de cruzeiro: Aprox. 820 km/h;
Comprimento: Aprox. 44 metros;
Envergadura: Aprox. 36 metros;
Altura da aeronave: Aprox. 12 metros;
Altura da cabine de passageiros: Aprox. 2,2 metros;
Motorização (potência / empuxo): 2 X CFM56-5B (Até 33.000 libras / cada);
Motorização (potência / empuxo): 2 X V2500-A5 (Até 33.000 libras / cada);
Taxa bypass:
Trem de pouso:
APU - Auxiliary Power Unit:
Aviônicos:
TCAS:
GPWS:
Porão de carga: Até 10 contêineres LD3-45;
Teto de serviço: Até 12.500 metros;
Alcance (A321-200): Até 5.900 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
Alcance (Enhanced):
Peso máximo decolagem: Aprox. 93.000 kg;
Pista de pouso: Aprox.
Preço (em 2019): US$ 120 milhões (novo);

AIRBUS A319

Capacidade (baixa densidade): 124 passageiros (85 centímetos);
Capacidade (média densidade): 134 passageiros (80 centímetros);
Capacidade (alta densidade): 160 passageiros (75 centímetros);
Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto e 5 ou 6 comissárias;
Velocidade de cruzeiro: Aprox. 820 km/h;
Comprimento: Aprox. 34 metros;
Envergadura: Aprox. 36 metros;
Altura da aeronave: Aprox. 12 metros;
Altura da cabine de passageiros: Aprox. 2,2 metros;
Motorização (potência / empuxo): 2 X CFM56-5B (Até 27.000 libras / cada);
Motorização (potência / empuxo): 2 X V2500-A5 (Até 27.000 libras / cada);
Taxa bypass:
Trem de pouso:
APU - Auxiliary Power Unit:
Aviônicos:
TCAS:
GPWS:
Porão de carga: Até 4 contêineres LD3-45;
Teto de serviço: Até 12.500 metros;
Alcance (Standard): Até 6.500 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
Alcance (Enhanced): Até 6.700 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
Peso máximo decolagem: Aprox. 75.000 kg;
Pista de pouso: Aprox. 1.850 metros (lotado / dias quentes);
Preço (em 2019): US$ 87 milhões (novo);

TRÊS VISTAS

GALERIA DE IMAGENS

Logo acima, imagem dos assentos de classe econômica do Airbus A320 operado pela companhia aérea alemã Lufthansa. A estrutura desses assentos é fabricada em fibra de carbono, um material moderno, leve e muito resistente. Logo abaixo, a configuração de assentos de classe economy plus (um meio termo entre econômica e executiva) do Airbus A320 da companhia aérea americana Jet Blue.

Logo acima, imagem de uma das opções de classe econômica do Airbus A320neo, disponibilizada como padrão ou Standard pelo fabricante. Também nesse caso, a estrutura desses assentos é fabricada em fibra de carbono. Logo abaixo, uma configuração personalizada de assentos de duas classes, executive e economy, do Airbus A320 da companhia aérea portuguesa TAP Air Portugal.

Logo acima, imagem dos assentos de classe econômica do Airbus A320 operado pela companhia aérea portuguesa TAP Air Portugal, com cerca de 78 centímetros entre fileiras de assentos. Logo abaixo, a configuração de assentos de classe econômica do Airbus A320 da companhia aérea brasileira LATAM Airlines, uma subsidiária do Grupo LATAM, do Chile.

Logo acima, imagem dos assentos de classe econômica do Airbus A320 operado pela companhia aérea americana United Airlines, uma das maiores companhias aéreas dos Estados Unidos. Logo abaixo, a configuração de assentos de classe comfort plus (um meio termo entre econômica e executiva) do Airbus A320 da companhia aérea americana Delta Airlines, também uma das maiores dos Estados Unidos.