AIRBUS A330

AIRBUS A330-200
AIRBUS A330-300
AIRBUS A330-200F (VERSÃO CARGUEIRA)
AIRBUS A330 MRTT (VERSÃO  MILITAR)
AIRBUS ACJ330 (VERSÃO EXECUTIVA)
EADS NORTHROP KC-45 (VERSÃO MILITAR)
AIRBUS A330-800 NEO
AIRBUS A330-900 NEO

INTRODUÇÃO
O Airbus A330 é uma muito bem sucedida aeronave comercial bimotor de grande porte e de fuselagem larga, com motorização turbofan e com capacidade para transportar entre 230 e 330 passageiros, dependendo da versão e da configuração de assentos adotada, em viagens internacionais e intercontinentais, criada e desenvolvida nas décadas de 1970, 1980 e 1990 e fabricada em larga escala na França pela Airbus Industrie a partir da década de 1990, que utilizou como base para sua criação e desenvolvimento o jato bimotor comercial de grande porte para transporte internacional de passageiros Airbus A300, também um sucesso de vendas.

A família de jatos comerciais Airbus A330 é uma das mais bem sucedidas da história da aviação comercial, consolidando a posição da gigante europeia Airbus Industrie e, posteriormente, de sua sucessora, a Airbus SAS, como uma das maiores e mais conceituadas fabricantes de aviões comerciais de grande porte e de longo alcance do mundo, com um número impressionante de mais de 1.520 unidades fabricadas até o momento, incluindo as vendas dos aviões da nova geração Airbus A330neo, com novos motores mais econômicos.

Os seus principais concorrentes no mercado aeronáutico mundial são o Boeing 767, o Boeing 777 e o Boeing 787, este com fuselagem fabricada em fibra de carbono.

Os aviões da família Airbus A330 são complementados, no portfólio da gigante europeia, pelos aviões da família Airbus A350, também intercontinentais, mas neste caso fabricados com grande porcentagem de peças em material composto.

A AIRBUS

A gigante fabricante europeia Airbus S.A.S. está atualmente sediada em Blaignac, na França. Comparando unidades fabricadas e entregues em 2015, por exemplo, ela foi a segunda maior fabricante de jatos comerciais de grande porte para transporte doméstico, internacional e intercontinental de passageiros no mundo, disputando ano após ano a liderança do mercado mundial com a gigante norte americana Boeing, a maior fabricante do mundo em 2015, que, por sua vez, fabricou e entregou 762 unidades.

Com mais de 48 anos de vida, a Airbus S.A.S. é uma das mais tradicionais e mais conhecidas fabricantes de aeronaves comerciais do planeta. Ela foi fundada no início da década de 1970, inicialmente como Airbus Industrie, na França, pelas empresas aeroespaciais Aerospatiale e Sud Aviation, ambas da França, e pela Deutsche Airbus, da Alemanha. Posteriormente, anos depois, ainda na década de 1970, outras empresas passaram a fazer parte do consórcio Airbus Industrie, incluindo a fabricante espanhola de aeronaves CASA – Construcciones Aeronauticas e a então fabricante inglesa de aeronaves British Aerospace, conhecida atualmente como BAE Systems.

A AIRBUS GROUP
Em 2015, a Airbus S.A.S. foi a segunda maior fabricante de jatos comerciais do planeta, com 635 unidades fabricadas e entregues aos seus operadores. Atualmente, ela é uma das mais respeitadas fabricantes de aviões comerciais para transporte de passageiros no mundo. A Airbus S.A.S. é propriedade da corporação europeia Airbus Group, sediada na Holanda, que controla também uma das maiores fabricantes de helicópteros do mundo, a Airbus Helicopters.

A Airbus Group é uma holding gigante, com mais de US$ 70 bilhões de faturamento anual em 2015, por exemplo. Ela controla também a Airbus Defense and Space, que fabrica o lançador de satélites Ariane, um dos maiores e mais potentes do mundo. A Airbus Group é uma corporação europeia de capital aberto que controla também a Astrium, uma fabricante de satélites.

A Airbus Military é outra subsidiária da Airbus Defense e Space, que fabrica vários produtos para uso militar, dentre eles o quadrimotor turboélice de grande porte Airbus A400M, para transporte logístico militar de soldados, cargas militares e reabastecimento em voo. A Airbus Group possui uma importante participação societária na ATR – Avions de Transport Régional, a fabricante do turboélice bimotor regional ATR-72, usado intensivamente no Brasil pela Azul Linhas Aéreas e pela Passaredo.

O Airbus C295, um bimotor turboélice para uso militar de logística, usado pela FAB – Força Aérea Brasileira, é mais um exemplo de produto fabricado em larga escala pela Airbus Military. A Airbus Group possui também uma participação societária minoritária na Dassault Aviation, que fabrica na França os jatos executivos Dassault Falcon e o caça militar Dassault Rafale.

A Aerospatiale / Matra da França, a Daimler / DASA da Alemanha e a CASA da Espanha formaram no início da década de 2000 o consórcio aeroespacial EADS – European Aeronautic Defense and Space, que, posteriormente, em 2014, após uma variedade de fusões e aquisições, se tornou a Airbus Group, a corporação proprietária da Airbus S.A.S.

A Airbus Group, conhecida anteriormente como EADS, concorre diretamente com a Boeing no mercado aeroespacial, de transporte aéreo comercial e de defesa. Somando os números de entregas de jatos comerciais fabricados pela Airbus S.A.S., em 2015, e de entregas dos aviões turboélices ATR no mesmo ano, a Airbus Group totalizou mais de 730 unidades entregues de aviões comerciais em quase todo o planeta, ressaltando que a Boeing não fabrica turboélices regionais.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

O eficiente Airbus A330 é uma típica aeronave comercial bimotor de grande porte com fuselagem com dois corredores, ou widebody, em inglês, com desenho convencional de fuselagem larga e asas enflechadas, com construção convencional em alumínio, aço e outras ligas, de alcance internacional e intercontinental e com motorização turbofan com alta taxa de bypass, com capacidades que variam de acordo com o modelo, o Airbus A330-200, de fuselagem um pouco mais curta, mas com alcance maior, e o Airbus A330-300, de fuselagem um pouco maior, mas com alcance menor. Ambos os modelos venderam muito bem e foram muito bem sucedidos tecnicamente, com uma pequena vantagem do Airbus A330-200, graças ao seu alcance maior.

O jato comercial bimotor de grande porte Airbus A330-200 é a mais bem sucedida versão da família Airbus A330, composta também pelo seu irmão maior Airbus A330-300, o modelo original da família Airbus A330, lançado alguns anos antes, este o mais vendido da família. A versão Airbus A330-200 é uma típica aeronave comercial bimotor de grande porte com fuselagem larga com dois corredores, ou widebody, em inglês, de alcance internacional e intercontinental e com motorização turbofan com alta taxa de bypass, com capacidade para transportar entre 230 e 300 passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada pela companhia aérea operadora, com construção convencional em alumínio, aço e titânio. Ele e seu irmão maior Airbus A330-300 estão entre as mais populares e confiáveis aeronaves de grande porte da aviação comercial, com uma produção em série de aproximadamente 28 anos, com mais de 1.520 unidades fabricadas desde a década de 1990. Os dois modelos de aviões fazem parte da 3ª mais bem sucedida família de aeronaves widebody da indústria aeronáutica mundial, atrás apenas do Boeing 777 e do Boeing 747 em número de aeronaves fabricadas. Em breve, ele se tornará a segunda aeronave comercial widebody mais vendida do mundo, graças às vendas do Airbus A330neo, atrás apenas do Boeing 777.

O Airbus A330-300, o modelo original da família Airbus A330, e o Airbus A330-200, a versão de longo alcance da família, têm o mérito de serem os primeiros jatos bimotores widebody do mundo com controles de voo predominantemente fly-by-wire, tecnologia trazida diretamente dos aviões comerciais de grande porte para viagens domésticas e internacionais Airbus A320, lançados alguns anos antes pela Airbus. Nesses aviões, o sistema fly-by-wire consiste no uso de computadores que interpretam as intenções da tripulação na cabine de comando, quando movimentam os sidesticks, transmitindo comandos por meio de cabos com pulsos ou impulsos elétricos até os atuadores hidráulicos juntos às superfícies aerodinâmicas de controle, por sua vez as responsáveis pelos movimentos de arfagem e inclinação lateral.

O projeto básico do jato comercial bimotor de grande porte para transporte internacional de passageiros Airbus A300, da década de 1970, foi usado como base pela Airbus Industrie para a criação e o desenvolvimento também da família de jatos quadrimotores de longo alcance Airbus A340, que, na verdade, são bem semelhantes à família Airbus A330, esta formada por jatos comerciais bimotores de longo alcance. De fato, eles são semelhantes em quase tudo, exceto no número de motores, que na família Airbus A340 são quatro, dois de cada lado da fuselagem. Eles também são um sucesso de vendas, embora menos que o grande e indiscutível sucesso da família Airbus A330, que, por sua vez, possuem consumo de combustível e custo operacional mais baixos que os custos e o consumo da família Airbus A340.

Os dois principais modelos de aeronaves widebody (pronuncia-se uaidbóri, uaidbódi ou uaidbade) da família Airbus A330 podem ser identificados pelos seus aspectos externos com o formato ou aparência convencional com asas baixas enflechadas com grandes motores turbofan fixados nelas, estabilizadores horizontal e vertical convencionais fixados nos respectivos cones de cauda e trem de pouso alto, com duas pernas atrás e uma na frente. Eles são semelhantes no aspecto externo aos jatos bimotores comerciais de grande porte Boeing 767, Boeing 777 e Boeing 787.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

As primeiras unidades da família Airbus A330, na prática protótipos de testes, ensaios, demonstração e certificação, receberam a denominação Airbus TA9 ou Airbus B9, com poucas unidades produzidas. O Airbus A330-300, já pronto para venda e operação, conseguiu a certificação de autoridades aeronáuticas, a FAA – Federal Aviation Administration, dos Estados Unidos, e a JAA – Joint Aviation Authorities, da Europa Ocidental, por exemplo, em 1993. O Airbus A330-300 foi o primeiro modelo, o modelo original da família Airbus A330, com capacidade para transportar entre 270 e 330 passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada por cada companhia aérea compradora ou operadora do modelo. O Airbus A330-300 começou a ser fabricado em série a partir de 1993 e o seu primeiro operador foi a companhia aérea Air Inter em 1994, seguida da Malaysia Airlines, da Malásia; da Thai Airways, da Tailândia; da Northwest, dos Estados Unidos; da empresa americana de leasing (arrendamento) ILFC; e da Cathay Pacific, de Hong Kong; dentre outras.

Participaram ativamente do projeto de criação e desenvolvimento e também da fabricação seriada do Airbus A330 várias empresas do consórcio europeu Airbus Industrie nas décadas de 1970, 1980 e 1990, principalmente aquelas localizadas no Reino Unido e na Alemanha, além, é claro, da própria instalação de montagem final da empresa na França. Participaram também como fornecedores terceirizados de peças, partes e componentes, várias empresas localizadas em várias partes do mundo, inclusive na Austrália, nos Estados Unidos, na Áustria, no Canadá, na Grécia, na Itália, na Índia, no Japão, na Coreia do Sul e em Portugal. Até hoje a maioria desses fornecedores ainda possui contratos de fornecimento com a Airbus S.A.S. para o Airbus A330 e para outras famílias de aeronaves comerciais fabricadas pela Airbus Group.

Na década de 1990, as vendas do Airbus A330 não estavam ruins, mas só deslancharam mesmo, pra valer, a partir do momento em que a Airbus Industrie conseguiu certificações ETOPS – Extended Twin Engine Operations cada vez mais exigentes, começando com a ETOPS 90 minutos, depois aumentado para ETOPS 120 minutos, ETOPS 180 minutos e, finalmente, ETOPS 240 minutos. Para alcançar essas certificações a Airbus argumentou junto às várias autoridades aeronáuticas da época (a EASA ainda não existia) que o Airbus A330 era, em essência, basicamente, um Airbus A340 com a redução dos seus quatro motores da família CFM International CFM-56 para dois motores, os americanos General Electric CF6, os também americanos Pratt & Whitney PW4000 e os ingleses Rolls Royce Trent 700, todos com empuxos / potências aumentados para melhorar o desempenho em pousos e decolagens, variando entre 67.000 libras, em cada motor, até 72.000 libras, na década de 1990. A lógica nessa argumentação era a de que como os sistemas hidráulico, pneumático, elétrico e eletrônico do Airbus A340 já tinham conseguido alcançar a confiança das autoridades um ano antes, com a homologação do Airbus A340, então só restava para a Airbus provar a confiabilidade das novas versões dos motores turbofans CF6, PW4000 e Trent 700 usados para impulsionar a família Airbus A330.

Essa melhora de desempenho também ajudou a deslanchar de vez as vendas do Airbus A330, que se tornou um grande best-seller da indústria aeronáutica, usado principalmente para viagens internacionais e intercontinentais, substituindo inclusive os trijatos intercontinentais McDonnell Douglas DC-10 e  Lockheed L-1011 Tristar, fabricados nos Estados Unidos nas décadas anteriores.

As asas de perfil supercrítico projetadas para o Airbus A330 proporcionam ao modelo uma performance bem razoável para operar em pistas de pouso com comprimento entre 2.000 metros e 3.000 metros, dependendo do peso de decolagem da aeronave, da temperatura ambiente e da altitude da pista de pouso. Essa é uma das principais características do Airbus A330 e uma das razões para o seu sucesso no mercado mundial de aviação comercial.

Nas décadas de 1990 e 2000, o Airbus A330 e um dos seus principais concorrentes, o Boeing 777, foram considerados referências em tecnologia e qualidade para o transporte aéreo internacional e intercontinental de passageiros, até a chegada, na década de 2010, do Airbus A350 e do Boeing 787, ainda mais modernos, com fuselagens fabricadas em material composto. O jato bimotor Airbus A330 e seu irmão quadrimotor Airbus A340 foram os dois primeiros modelos de aeronaves comerciais widebody no mundo a introduzir em larga escala, na década de 1990, a segunda geração, mais moderna, do sistema de controle de voo fly-by-wire, uma geração melhorada a partir da primeira geração usada no clássico jato quadrimotor supersônico Aérospatiale Concorde, que, na verdade, não chegou a ser fabricado em larga escala.

Na verdade, pra ser mais preciso, a história da tecnologia fly-by-wire é mais longa. Ela começou em 1958, quando foi utilizada a sinalização elétrica para transmissão de comandos no avião militar canadense Avro Canada CF-105 Arrow, que não chegou a ser fabricado em série; seguida em 1969 pelo jato quadrimotor supersônico Aérospatiale Concorde; e, depois, a partir da década de 1970, por uma versão civil do jato militar monomotor Vought F-8 Crusader para a agência espacial americana NASA. No entanto, a consolidação do sistema fly-by-wire para uso em aeronaves comerciais chegou em 1974 com a entrada em serviço do Airbus A300 para a Air France, com o sistema de controle de voo fly-by-wire de primeira geração, que na época não usava a intermediação digital de computadores para “filtragem” ou “refinamento” das ações e reações da tripulação na cabine de comando.

A segunda geração da tecnologia do controle voo fly-by-wire chegou ao Airbus A320 na década de 1980, com a entrada em serviço em 1988, já com auxílio de computadores para evitar que comandos bruscos ou brutos dos pilotos cheguem aos atuadores hidráulicos, o que, em tese, evita um eventual colapso da célula (fuselagem e asas) e das superfícies aerodinâmicas de controle, incluindo os ailerons e a empenagem, em uma eventual manobra arriscada.

A FAMÍLIA AIRBUS A330

O jato bimotor comercial Airbus A330 e o seu irmão quadrimotor Airbus A340 foram criados a partir da percepção dos investidores e executivos da fabricante europeia Airbus Industrie sobre o aumento do tráfego aéreo comercial internacional e intercontinental de passageiros em todo mundo nas décadas de 1980 e 1990, incluindo sobre o aumento de tráfego entre Estados Unidos e Europa, Estados Unidos e América do Sul, Estados Unidos e Oriente Médio, Estados Unidos e Ásia, Europa e América do Sul, Europa e Oriente Médio e Europa e Ásia. As duas famílias de aeronaves, Airbus A330 e Airbus A340, foram projetadas para substituir os jatos trimotores McDonnell Douglas DC-10 e Lockheed L-1011 Tristar nas rotas mais longas, principalmente sobre oceanos.

Na época já havia concorrência entre as fabricantes americanas e europeias de aviões bimotores de médio e grande portes para transporte doméstico e internacional de passageiros. Os principais modelos para transporte intercontinental de longa distância oferecidos às companhias aéreas pela fabricante americana Boeing eram o quadrimotor Boeing 747 e o bimotor Boeing 767, ambos capazes se sobrevoar o Oceano Atlântico e o Oceano Índico, mas o Boeing 767 ainda não possuía certificação para percorrer algumas rotas mais longas sobre o Oceano Pacífico, o que abria uma oportunidade de mercado para o quadrimotor Airbus A340. Como a estrutura do Airbus A340 é semelhante à estrutura do bimotor Airbus A330, com poucas diferenças, entre elas o número de motores, então surgia a viabilidade econômica de colocar no mercado os novos bimotores e quadrimotores da Airbus quase ao mesmo tempo, com um investimento de cerca de US$ 3,5 bilhões, em valores da época, o equivalente hoje a cerca de US$ 6 bilhões, um investimento menor do que seria o custo de desenvolvimento separado de um projeto de bimotor inteiramente novo.

A cabine de comando do Airbus A330 é semelhante à cabine do jato bimotor Airbus A320, com um conjunto de aviônicos do tipo EFIS – Electronic Flight Instrument System, composto por telas PFD – Primary Flight Display, as telas primárias; pelas telas MFD – Multi Function Display, as telas multifuncionais; pela interface do FMS – Flight Management System, o sistema de gerenciamento de voo; e pelo ECAM – Electronic Centralised Aircraft Monitor, que nos aviões fabricados pela Airbus cumpre as funções do EICAS – Engine Indicating and Crew Alerting System, presente em jatos comerciais de outros fabricantes.

Atualmente, o Airbus A330ceo, o novo nome da 1ª fase dos jatos comerciais da família Airbus A330, não está ultrapassado tecnologicamente, ainda é perfeitamente possível usá-lo para transportar passageiros e carga, mas a tendência atual, para as próximas décadas, é a substituição dele pela 2ª fase da mesma família de jatos, mais moderna, a Airbus A330neo, e por modelos ainda mais modernos, incluindo o Airbus A350 e o Boeing 787, ambos com certificação ETOPS para longas viagens transoceânicas.

Os motores General Electric CF6-80E1, Rolls Royce Trent 772 e Pratt & Whitney PW4168 são turbofans de alta derivação ou alto bypass, assim seu diâmetro é maior do que os diâmetros de turbojatos e turbofans com baixa taxa de bypass. Dessa forma, a sua fixação foi feita através de um “pilão” abaixo e à frente do bordo de ataque das asas. Por se tratar de uma aeronave com trem de pouso bem alto, não houve problema de distância da parte inferior do motor em relação ao solo, lembrando que um motor turbofan não pode ficar muito próximo ao solo, pois haveria risco de aspirar objetos estranhos ou detritos sobre a pista.

A introdução dessas então novas versões melhoradas das famílias General Electric CF6, Rolls Royce Trent e Pratt & Whitney PW4000, mais potentes e/ou eficientes que as versões anteriores fabricadas até então, resultou num bom nível de eficiência no consumo de combustível e baixo nível de ruído no interior da aeronave, em relação aos concorrentes diretos da época.

1ª FASE OU 1ª GERAÇÃO (CEO)

AIRBUS A330-300

O elegante Airbus A330-300 é um dos maiores aviões bimotores do mundo, com 64 metros de comprimento de fuselagem, do nariz até a cauda, com capacidade para percorrer até 11.000 quilômetros sem paradas para reabastecimento, inclusive sobre oceanos, desertos e florestas, na configuração típica de duas classes, a econômica e a executiva, para até 300 passageiros. A capacidade máxima de carga da aeronave é de até 32 contêineres LD3, mas neste caso a capacidade de transportar passageiros é limitada, por uma razão de segurança de voo.

A capacidade máxima da aeronave é de até 440 passageiros, mas com alcance e capacidade de carga limitados, por uma razão de segurança de voo.

Conhecido também, no meio aeronáutico, como Airbus A333, ele é impulsionado por alguns dos maiores e mais potentes motores turbofan do mundo, o General Electric CF6-80, o Pratt & Whitney PW4168 ou o Rolls-Royce Trent 700, com potências / empuxos que variam entre 64.000 libras até 71.000 libras, disponíveis na decolagem, dependendo do motor escolhido pela compradora ou operadora, com velocidade de cruzeiro de 870 km/h, com teto de serviço de 12.000 metros.

Ele é o modelo original da família Airbus A330, o modelo de avião a partir do qual todos os demais modelos da família foram criados e desenvolvidos. Ele foi o primeiro modelo de aeronave da família Airbus A330, o primeiro a entrar em linha produção seriada em 1993, com a companhia aérea Air Inter sendo a operadora de lançamento.

A cabine de comando do Airbus A330-300 é altamente tecnológica, mesmo considerando a época em que foram fabricadas as primeiras unidades, inclusive com um conjunto de aviônicos EFIS – Electronic Flight Instrument System, composto por telas PFD – Primary Flight Display, as telas primárias; pelas telas MFD – Multi Function Display, as telas multifuncionais; pela interface do FMS – Flight Management System, o sistema de gerenciamento de voo; e pelo ECAM – Engine Indicating and Crew Alerting System, este um sistema de monitoramento do funcionamento do sistema hidráulico, do sistema elétrico, do sistema pneumático e dos motores do avião.

Para efeito de Marketing, a fabricante Airbus S.A.S. decidiu dividir a família Airbus A330 em duas gerações. Considera-se que a 1ª geração é composta pelos modelos Airbus A330-300 e Airbus A330-300, dentre mais alguns modelos civis e militares baseados nesses dois primeiros. Já a 2ª geração é composta pelos modelos Airbus A330-800 e Airbus A330-900, conhecidos também como Airbus A330neo, introduzidos no mercado a partir de 2020 e 2018, respectivamente. Atualmente, ambas as gerações estão disponíveis para encomendas, mas a tendência para os próximos anos é que somente a 2ª geração permaneça em linha de produção no longo prazo.

O Airbus A330-300 é um modelo de aeronave altamente redundante, o que significa que ele possui sistemas hidráulico, elétrico, eletrônico e pneumático projetados de forma a reduzir o máximo possível o risco de incapacidade total de voo ou perda de controle de voo. Além disso, a aeronave possui uma RAT – Ram Air Turbine, que é uma espécie de gerador eólico de energia elétrica e pressão hidráulica, usada em casos extremos, quando há perda dos geradores principais de energia.

Embora seja um modelo de aeronave com estrutura (fuselagem e asas) predominantemente metálica, desde o início de sua produção seriada, em 1993, ele já possuía superfícies aerodinâmicas de controle de voo (lemes, profundores, ailerons e flaps) de material composto, necessário para reduzir o peso total da aeronave. Além disso, desde o início de sua fabricação, foi introduzido um sistema automatizado de controle da temperatura e pressão da cabine de passageiros.

Mais de 770 unidades do Airbus A330-300 foram fabricadas, sendo que a grande maioria, mais de 740 unidades, ainda está em serviço, voando normalmente. Ele é oferecido aos potenciais compradores por cerca de US$ 260 milhões, ao preço de tabela, lembrando que normalmente grandes compradores e/ou operadoras costumam obter descontos pela aquisição de muitas unidades.


AIRBUS A330-200

O Airbus A330-200 é um modelo de aeronave comercial bimotor de grande porte e fuselagem larga, com dois corredores, com capacidade para percorrer até 13.000 quilômetros sem paradas para reabastecimento, inclusive sobre oceanos, desertos e florestas, na configuração típica de duas classes, a econômica e a executiva, para até 250 passageiros. Ele foi o segundo modelo de aeronave da família Airbus A330, o segundo a entrar em linha produção seriada, em 1998, com a Korean Air sendo a operadora de lançamento.

A capacidade máxima da aeronave é de até 400 passageiros, mas com alcance e capacidade de carga limitados, por uma razão de segurança de voo.

Conhecido também, dentro do meio aeronáutico, como Airbus A332, ele é um modelo diretamente derivado do primeiro modelo de produção seriada, o Airbus A330-300, o que significa que a grande maioria de suas características estruturais e de sistemas tem semelhança ou é idêntica ao seu irmão original, mas com algumas diferenças, como a instalação de um tanque de combustível central, o estabilizador vertical maior e a asa reforçada.

Ele está em linha de produção seriada, também disponível com três opções de motores, General Electric CF6-80, o Pratt & Whitney PW4168 ou o Rolls-Royce Trent 700, com potências / empuxos que variam entre 64.000 libras até 71.000 libras, disponíveis na decolagem, dependendo do motor escolhido pela compradora ou operadora, com velocidade de cruzeiro de 870 km/h, com teto de serviço de 12.000 metros.

Mais de 660 unidades do Airbus A330-200 foram fabricadas, sendo que a grande maioria das unidades fabricadas, mais de 600 unidades, ainda está em serviço, voando normalmente. Até o ano de 2020, ele é oferecido aos potenciais compradores por US$ 240 milhões, ao preço de tabela, lembrando que normalmente grandes compradores e/ou operadoras costumam obter descontos pela aquisição de muitas unidades.


AIRBUS A330-200F

O Airbus A330-200F é a versão exclusivamente cargueira da família Airbus A330, com capacidades de carga que variam de acordo com o alcance pretendido, sendo as capacidades maiores, homologadas, de 65.000 kg para 7.400 quilômetros e de 70.000 kg para 5.800 quilômetros. Ele foi a segunda versão civil de aeronave da família, com produção seriada iniciada em 2010, com a Etihad Cargo, uma subsidiária da companhia aérea Etihad Airways, dos Emirados Árabes Unidos, sendo a operadora de lançamento.

Ele mantém a grande maioria das características estruturais e de sistemas do seu irmão de longo alcance, o Airbus A330-200, exceto pela ausência de assentos para passageiros, pela ausência de janelas na fuselagem, pela ausência de bagageiros de teto, pelo projeto com amplas portas de carga na fuselagem e pelo peso máximo de decolagem aumentado.

Ele tem uma capacidade de carga de até 70.000 kg, dependendo das condições na origem, incluindo temperatura e altitude do aeroporto de partida, comprimento da pista de pouso e obstáculos próximos às cabeceiras.


2ª FASE OU 2ª GERAÇÃO (NEO)


AIRBUS A330-800

O Airbus A330-800 é um modelo de aeronave comercial bimotor de grande porte e fuselagem larga, com dois corredores, com alcance intercontinental e capacidade para percorrer até 14.000 quilômetros sem paradas para reabastecimento, inclusive sobre oceanos, desertos e florestas, na configuração típica de duas classes, a econômica e a executiva, para até 250 passageiros. Ele é uma das versões da 2ª fase ou 2ª geração da família Airbus A330, com o início da produção seriada em 2020, com a Kwait Airways sendo a operadora de lançamento.

Ele é um modelo diretamente derivado da versão Airbus A330-200, o que significa que a grande maioria de suas características estruturais e de sistemas tem semelhança ou é idêntica ao seu irmão da 1ª fase, mas com algumas diferenças, sendo a principal delas a motorização 10% mais econômica, a Rolls-Royce Trent 7000, com diâmetro maior de 2,8 metros e taxa de bypass aumentada para 10:1, com redução de ruído externo, inclusive, e com potência / empuxo de 72.000 libras, disponíveis na decolagem, com velocidade de cruzeiro de 870 km/h, com teto de serviço de 12.000 metros.

Ele está sendo oferecido aos potenciais compradores por US$ 280 milhões, ao preço de tabela.


AIRBUS A330-900

O Airbus A330-900 é um modelo de aeronave comercial bimotor de grande porte e fuselagem larga, com dois corredores, com alcance intercontinental e capacidade para percorrer até 12.000 quilômetros sem paradas para reabastecimento, inclusive sobre oceanos, desertos e florestas, na configuração típica de duas classes, a econômica e a executiva, para até 280 passageiros. Ele é uma das versões da 2ª fase ou 2ª geração da família Airbus A330, com o início da produção seriada em 2018 com a TAP Air Portugal sendo a operadora de lançamento.

Ele é um modelo diretamente derivado do modelo Airbus A330-300, o que significa que a grande maioria de suas características estruturais e de sistemas tem semelhança ou é idêntica ao seu irmão da 1ª fase, mas com algumas diferenças, sendo a principal delas a motorização 10% mais econômica, a Rolls-Royce Trent 7000, com diâmetro maior de 2,8 metros e taxa de bypass aumentada para 10:1, com redução de ruído externo, inclusive, e com potência / empuxo de 72.000 libras, disponíveis na decolagem, com velocidade de cruzeiro de 870 km/h, com teto de serviço de 12.000 metros.

Ele está sendo oferecido aos potenciais compradores por US$ 320 milhões, ao preço de tabela.


INFRAESTRUTURA FABRIL

O desenvolvimento e a fabricação seriada dos aviões das famílias Airbus A330 e Airbus A340 exigiram investimentos de pelo menos US$ 500 milhões na construção, na reforma e na ampliação das unidades fabris dos integrantes do consórcio Airbus Industrie, conhecido posteriormente como Airbus S.A.S., principalmente na França, no Reino Unido, na Alemanha e na Espanha, enquanto os demais fornecedores de peças, partes e componentes ao redor do mundo também tiveram que fazer novos investimentos para atender os novos pedidos de aviões que chegavam, desde a década de 1980.

Por exemplo, novas construções, reformas e/ou ampliações das instalações industriais em Filton, na Inglaterra, pela então British Aerospace, neste caso com apoio financeiro do Governo da Inglaterra; em Broughton, no País de Gales, também parte do Reino Unido, também pela British Aerospace, neste caso também com apoio financeiro do Governo do Reino Unido; em Bremen, Einswarden, Varel e Hamburgo, todos esses na Alemanha, pela Messerschmitt, com apoio financeiro do Governo da Alemanha; e na região metropolitana de Toulouse, na França, pela então Aérospatiale, com apoio financeiro do Governo da França. Os valores incluíram a aquisição e instalação de novas linhas de montagem automatizadas, com robôs, inclusive, nessas quatro regiões principais.

Os fornecedores subcontratados estavam (e ainda estão) localizados nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália, no Japão, na Áustria, na China, na Grécia, na Itália, na Índia, na Coreia do Sul e em Portugal, dentre eles a General Electric e a Pratt & Whitney, fabricantes dos motores.


MERCADO

O jato comercial Airbus A330 é um dos mais bem sucedidos projetos de aviões comerciais da indústria aeronáutica, com mais de 1.520 unidades fabricadas. Ele é um dos responsáveis por consolidar a indústria aeronáutica europeia, principalmente as empresas do Reino Unido, da Inglaterra, da França, da Alemanha e da Espanha, mantendo-as no topo da lista dos maiores, mais respeitados e mais bem sucedidos fabricantes de aviões comerciais de grande porte.

Ele é um dos maiores best-sellers da indústria aeronáutica mundial, graças a ele as fabricantes participantes do consórcio Airbus Industrie, a British Aerospace, a Aérospatiale, a CASA e a DASA / Daimler Aerospace consolidaram-se como pontos de referência no competitivo mercado mundial de aviação comercial, no qual só conseguem sobreviver as empresas com alto grau de eficiência, custos muito bem controlados, disciplina e alto nível de especialização da tripulação e de mecânicos, alto nível de tecnologia em prol da segurança e do conforto dos passageiros e elevado capital na aquisição e/ou renovação de frota.

Se não fosse o Airbus A300, provavelmente a indústria aeronáutica europeia continuaria tendo um papel secundário no mercado de transporte aéreo. Essa mesma indústria aeronáutica já fazia parte da elite dos construtores, fabricando aeronaves de qualidade reconhecida, mas ela só consolidou sua posição graças ao impulso do Airbus A320, de um corredor, para viagens domésticas e internacionais, e do Airbus A330, de dois corredores, mais largo, para viagens internacionais e intercontinentais.

O Airbus A300 foi considerado pelo mercado aeronáutico, nas décadas de 1970, 1980 e 1990, um dos principais aviões de base para formação da frota das grandes companhias aéreas de aviação comercial, entre elas a American Airlines, a Air France, a Eastern Airlines, a Lufthansa, a Pan Am, a Alitalia, a China Eastern, a Iberia, a Korean, a Qatar Airways e a Thai. O Airbus A300 era cerca de 30% mais econômico que um Lockheed L-1011 Tristar e um Douglas DC-10, por exemplo, esses trimotores intercontinentais para transporte comercial de passageiros sobre oceanos, desertos e florestas. Nas décadas seguintes, o pioneiro bimotor Airbus A300 passou a ser substituído pelas grandes companhias aéreas por outros modelos de bimotores ainda mais econômicos e/ou de maior alcance, como o Airbus A330, por exemplo.

No total, mais de 1.520 unidades dos aviões da família Airbus A330 foram fabricadas até o momento, com centenas de encomendas para serem atendidas, principalmente das novas versões Airbus A330neo, ainda mais econômicas que o Airbus A330ceo. O fabricante afirma que os novos Airbus A330-800neo, um pouco mais curto, e o Airbus A330-900neo, um pouco mais longo, são pelo menos 10% mais econômicos que os modelos correspondentes Airbus A330-200 e Airbus A330-300, respectivamente. Até o momento foram mais de 770 unidades fabricadas do Airbus A330-300 e mais de 660 unidades do Airbus A330-200, este a versão com capacidade reduzida para 230 passageiros em duas classes, a econômica, com cerca de 85 centímetros entre fileiras de assentos, e a executiva, com cerca de 1,5 metro de espaçamento entre fileiras de assentos.

Mais de 1.440 unidades de aviões da família Airbus A330 estão voando normalmente, transportando passageiros e carga aérea por mais de 130 operadoras civis e, nas versões militares, cumprindo diversas missões. Uma diferença não tão grande de preço (para os padrões da indústria aeronáutica, é claro) de cerca de US$ 20 milhões entre o Airbus A330ceo e o Airbus A330neo está estimulando uma discreta e gradativa migração dos operadores para os novos modelos de aeronaves, ainda mais eficientes. Vale lembrar que grandes operadores, que compram em grandes quantidades, conseguem descontos sobre os preços de tabela.

PRINCIPAIS OPERADORAS DA FAMÍLIA AIRBUS A330
QUANTIDADE
OPERADORA
PAÍS
9
Aer Lingus
Irlanda

AerCap / ILFC (locadora)
Irlanda
22
Aeroflot
Rússia
6
Aerolineas Argentinas
Argentina
8
Air Algérie
Argélia
27
AirAsia
Malasia
14
Air Berlim
Alemanha
8
Air Canada
Canadá
50
Air China
China
15
Air Europa
Espanha
12
Air Transat
Canadá
14
Alitalia
Itália
15
Asiana Airlines
Coreia do Sul
16
Avianca e Avianca Cargo
Colômbia
7
Azul
Brasil
8
Brussels Airlines
Bélgica
43
Cathay Pacific
Hong Kong
6
Cebu Pacific
Finipinas
24
China Airlines
Taiwan
51
China Eastern
China
35
China Southern
China
35
Delta Airlines
Estados Unidos
18
Cathay Dragon
Hong Kong
11
Egypt Air
Egito
21
Emirates
Emirados Árabes Unidos
12
Eva Air
Taiwan
8
Finnair
Finlândia
22
Garuda
Indonésia
6
Gulf Air
Bahrein ou Barein
21
Hainan Airlines
China
22
Hawaiian Airlines
Estados Unidos
5
Hifly
Portugal
17
Hong Kong Airlines
Hong Kong
8
Iberia
Espanha
8
Jet Airways
India
17
KLM
Holanda
29
Korean Air
Coreia do Sul
19
Lufthansa
Alemanha
20
Malaysia Airlines
Malásia
10
Oman Air
Omã
8
Onur Air
Turquia
14
Philippine Airlines
Filipinas
29
Qantas Airways
Austrália
35
Qatar Airways
Catar
12
Saudia
Arábia Saudita
6
Scandinavian Airlines
Suécia
8
Sichuan Airlines
China
32
Singapore Airlines
Singapura
6
South African Airways
África do Sul
11
Sri Lankan Airlines
Sri Lanka
14
Swiss International
Suíça
14
TAP Portugal
Portugal
26
Thai Airways
Tailândia
5
Thomas Cook
Inglaterra
53
Turkish Airlines
Turquia
24
American Airlines
Estados Unidos
10
Vietnã Airlines
Vietnã
10
Virgin Atlantic
Inglaterra







É possível que esse quadro com os números relacionados às frotas de aeronaves de várias companhias aéreas não esteja absolutamente preciso e/ou atualizado, já que todos os anos cada companhia aérea faz ajustes em suas respectivas frotas, visando otimizá-las e/ou ajustá-las às respectivas demandas. Se você quiser ajudar a tornar esses números ainda mais precisos, por gentileza deixe um comentário no rodapé desta página.

A pandemia de Covid-19 atrapalhou o planejamento de frota de todas as companhias aéreas do planeta.

De modo geral, a frota mundial de aviões da família Airbus A330 acumulou mais de 60.000.000 de horas de voo, tornando-a uma das mais bem sucedidas tecnicamente no mundo, com ótimo índice de despachabilidade de cerca de 98%, em média, o que significa que para cada 100 viagens planejadas somente duas são canceladas ou adiadas preventivamente, por precaução, por razões técnicas.

NO BRASIL
Logo acima, o Airbus A330 da companhia aérea brasileira Azul Linhas Aéreas, utilizado pela empresa para ligações de longa distância entre o Brasil (Campinas), Estados Unidos e Europa Ocidental, incluindo Miami, Orlando e Lisboa. Logo abaixo, a classe executiva do jato intercontinental, elegante, confortável, sofisticada e refinada.

A versão de longo alcance Airbus A330-200 marcou presença no Brasil nas décadas de 1990 e 2000 nas cores da então companhia aérea TAM Linhas Aéreas, conhecida atualmente como LATAM Airlines. A empresa chegou a operar um total de 20 unidades de Airbus A330-200 em suas rotas para Estados Unidos e Europa Ocidental, substituindo-os na década de 2010 pelos jatos comerciais bimotores Boeing 767, trazidos do Grupo Lan Chile e incorporados pela nova empresa LATAM, durante o processo de fusão da TAM e da Lan Chile.

Eles estavam entre os mais modernos e seguros jatos comerciais de grande porte para transporte internacional e intercontinental de passageiros operados por companhias aéreas brasileiras, com configuração de três classes, sem nenhum acidente grave com vítimas fatais registrado. A companhia aérea TAM Linhas Aéreas oferecia três níveis de refeições no seu serviço de bordo premiado, um para cada classe, com sistema multimídia de entretenimento em todas as classes, com espaçamento de 80 centímetros entre fileiras de assentos na classe econômica e 1,2 metro na classe executiva.

Atualmente, o Airbus A330 é operado pela Azul Linhas Aéreas, com voos regulares para Estados Unidos e Europa Ocidental. As cidades de Fort Lauderdale / Miami e Orlando, no estado da Flórida; e Lisboa, a capital de Portugal; são atendidas a partir do Aeroporto de Viracopos, em Campinas.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
FICHA TÉCNICA

AIRBUS A330-200
  • Capacidade: Aprox. 300 passageiros (classe única / alta densidade);
  • Capacidade: Aprox. 230 passageiros (executiva e econômica / média densidade);
  • Tripulação: 1 piloto, 2 co-pilotos (revezamento) e 6 ou 8 comissárias;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 870 km / h;
  • Comprimento: Aprox. 59 metros;
  • Envergadura: Aprox. 60 metros;
  • Altura: Aprox. 18 metros;
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X GE CF6-80E1 (67.000 libras / cada);
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X Rolls Royce Trent 700 (69.900 libras / cada);
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X Pratt & Whitney PW4168 (
  • Porão de carga: Padrão para contêineres LD3;
  • Trem de pouso: Safran / Messier-Dowty;
  • APU: Honeywell 331-350C;
  • Teto de serviço: Aprox. 12.000 metros;
  • Alcance (média densidade): Aprox. 13.000 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Consumo médio (QAV):
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 240.000 kg;
  • Pista de pouso: Aprox. 3.000 metros (lotado / dias quentes / tanques quase cheios);
  • Preço (novo): Aprox. US$ 240 milhões (sem desconto);

AIRBUS A330-300
  • Capacidade: Aprox. 330 passageiros (classe única / alta densidade);
  • Capacidade: Aprox. 270 passageiros (executiva e econômica / média densidade);
  • Tripulação: 1 piloto, 2 co-pilotos (revezamento) e 8 ou 10 comissárias;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 870 km / h;
  • Comprimento: Aprox. 64 metros;
  • Envergadura: Aprox. 60 metros;
  • Altura: Aprox. 16 metros;
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X GE CF6-80E1 (67.000 libras / cada);
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X Rolls Royce Trent 700 (69.900 libras / cada);
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X Pratt & Whitney PW4168 (
  • Porão de carga: Padrão para contêineres LD3;
  • Trem de pouso: Safran / Messier-Dowty;
  • APU: Honeywell 331-350C;
  • Teto de serviço: Aprox. 12.000 metros;
  • Alcance (média densidade): Aprox. 11.000 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Consumo médio (QAV):
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 240.000 kg;
  • Pista de pouso: Aprox. 3.000 metros (lotado / dias quentes / tanques quase cheios);
  • Preço (novo): Aprox. US$ 260 milhões (sem desconto);

VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipedia (em francês): https://fr.m.wikipedia.org/wiki/Airbus_A330
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Airbus_A330
  • Wikipedia (em inglês): https://en.m.wikipedia.org/wiki/Airbus_A330
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Airbus_A330neo
  • Wikipedia (em inglês): https://en.m.wikipedia.org/wiki/Airbus_A330neo
  • Airbus (divulgação): Imagens
  • Azul (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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