EMBRAER E-JET
E-JETS LONGOS
Entre os destaques do novo modelo de aeronave estão a nova família de motores Pratt & Whitney PW1000G, mais econômica e mais potente, com mais tração estática, inclusive, trem de pouso mais alto, novas asas, novos aviônicos Honeywell Primus Epic 2, e a tecnologia de controle de voo totalmente fly-by-wire.
A fuselagem do Embraer E190-E2 foi mantida em relação ao seu
predecessor Embraer E190, com algumas mudanças sutis, apenas, portanto com a
mesma capacidade de transportar 98 passageiros em classe única, com 80
centímetros de espaçamento entre fileiras de assentos, com um alcance de 5.200
quilômetros.
Na década de 2000, a Embraer possuía centros de serviços para aviões em Fort Lauderdale, em West Palm Beach, em Atlanta e em Dallas, esses nos Estados Unidos, em Waybridge, na Inglaterra, em Le Bourget, na França, e em Beijing, na China, além, é claro, dos centros de serviços no Brasil.
Estatisticamente, em números aproximados, a aviação comercial e a aviação executiva são os meios de transporte mais seguros que existem, com cerca de três acidentes graves com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas, considerando a média mundial. Porém, se forem levados em consideração apenas os números de países desenvolvidos, como Canadá, Estados Unidos, países da Europa Ocidental, o Japão, a Coreia do Sul e a Austrália, os números de acidentes para cada um milhão de viagens são ainda menores, na média cerca de um acidente grave com vítimas fatais.
EMBRAER E190
EMBRAER E190-E2
LINEAGE 1000 (EXECUTIVO)
EMBRAER E195
EMBRAER E195-E2
E-JETS CURTOS
EMBRAER E175
EMBRAER E175-E2
EMBRAER E170
INTRODUÇÃO
Logo acima, um dos primeiros modelos de jatos
regionais bimotores da família Embraer E-Jet da Embraer, o modelo original Embraer
E190, nas cores da JetBlue, uma das maiores companhias aéreas
domésticas dos Estados Unidos. Logo abaixo, imagem do mesmo modelo
de aeronave nas cores da companhia aérea brasileira Azul Linhas Aéreas. Aliás,
as duas operadoras têm o mesmo fundador, David Neeleman, de dupla
nacionalidade, americana e brasileira.
O nome Embraer E-Jet é usado pela empresa brasileira
Embraer S.A. para sua moderna família de aeronaves comerciais bimotoras de
médio porte e alta performance, com motorização turbofan e asas baixas, atualmente
formada por dois modelos originais e mais duas versões regionais, com
capacidade para transportar entre 70 e 140 passageiros em viagens
interestaduais e internacionais, dependo da geração, do modelo e da configuração de
assentos adotada, criada e desenvolvida no Brasil a partir dos últimos anos da
década de 1990, com os quatro primeiros modelos da série, o Embraer E170, o
Embraer E175, o Embraer E190 e o Embraer E195 fabricados em larga escala também
no Brasil a partir da década de 2000, com as primeiras entregas realizadas para
as companhias aéreas LOT, da Polônia; JetBlue, dos Estados Unidos; Alitalia, da
Itália; US Airways, dos Estados Unidos, que, posteriormente, foi fundida com a American Airlines; e Régional (Air France), da França.
Já o nome Embraer E-Jet E2 é usado pelo fabricante
brasileiro para denominar a segunda fase ou segunda geração do mesmo Projeto E-Jet de jatos
regionais com capacidade equivalente de transporte, com várias melhorias, entre
elas novos motores, mais eficientes, inclusive com redução do consumo de combustível e aumento de alcance; novo trem de pouso e novos
aviônicos.
Os seus principais concorrentes são os novíssimos e
moderníssimos jatos regionais da família Airbus A220, conhecidos anteriormente como Bombardier CSeries, fabricados atualmente pela gigante europeia Airbus e fabricados anteriormente pela canadense Bombardier Aerospace;
o moderno avião turboélice regional ATR-72, fabricado pela joint venture ATR,
composta pela Airbus e pela italiana Alenia / Leonardo; o também moderno turboélice
regional de Havilland Dash 8 / Bombardier Q-400, fabricado atualmente pela Longview Aviation / Viking Air e fabricado anteriormente pela canadense Bombardier; os modernos jatos
bimotores russos da família Sukhoi SuperJet 100, fabricados pela UAC / Sukhoi;
os modernos jatos regionais Bombardier CRJ / Canadair CRJ, fabricados anteriormente pela Bombardier e fabricados atualmente pela nipo-canadense MHI RJ Aviaton / Mitsubishi; o clássico modernizado COMAC ARJ-21 Regional Jet, da fabricante estatal chinesa COMAC; e os novos e modernos jatos regionais Mitsubishi MRJ, fabricados pela japonesa
Mitsubishi Aircraft.
É possível afirmar que, na época do lançamento da
família Embraer E-Jet, havia também mais três competidores sérios nessa faixa
de capacidade, o jato regional quadrimotor British Aerospace 146 / Avro 146 e
os jatos regionais bimotores Fokker F-100 e Fokker F-70, embora esses três
tenham sido descontinuados um pouco antes e um pouco depois do lançamento da
família Embraer E-Jet, dependendo de cada caso.
A EMBRAER S.A.
A Embraer S.A. é uma grande fabricante brasileira de aviões comerciais, executivos, militares e utilitários. Atualmente, ela é uma empresa de capital misto, com predominância de capital privado, com acionistas estrangeiros, inclusive. A sua sede está localizada em São José dos Campos, interior do estado de São Paulo. Ela foi privatizada na década de 1990 e entregou mais de 100 aeronaves em 2017, com uma carteira de encomendas de cerca de 400 unidades para os quatro anos seguintes.
Considerando receitas e número de aeronaves fabricadas, a empresa brasileira Embraer S.A. é a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do planeta e a quinta maior fabricante de jatos executivos. Ela foi fundada como uma estatal no início da década de 1970 e, desde a sua fundação, fabricou mais de 8.000 unidades, incluindo aviões comerciais para a aviação regional; aviões executivos em geral, entre eles jatos bimotores, turboélices bimotores, bimotores e monomotores a pistão; aviões utilitários para aviação agrícola; e aviões militares para treinamento e combate; sendo que a maioria deles ainda está em condições de voo.
Em unidades vendidas, a empresa brasileira Embraer S.A. é uma das maiores fabricantes de aeronaves comerciais, aeronaves executivas, aeronaves utilitárias para uso agrícola e aeronaves militares. Comparando receitas, a Embraer foi o quarto maior grupo fabricante de aeronaves civis do planeta em 2014, somando os números de todas as unidades da empresa, no Brasil e no exterior, com receita bruta de aproximadamente US$ 5,6 bilhões. Com o recuo gradativo da canadense Bombardier Incorporated no mercado de aviação comercial, nos anos mais recentes, a Embraer S.A. assumiu a terceira posição entre as maiores fabricantes de aviões civis do mundo, atrás apenas da Airbus e da Boeing.
Em 2006, quando os quatro primeiros modelos de aviões
comerciais para transporte de passageiros da família Embraer E-Jet já estavam
sendo fabricados, a empresa brasileira atendia 67 companhias aéreas regionais
ao redor do mundo, em 41 países e já era a líder mundial na fabricação de
aviões regionais, ultrapassando a canadense Bombardier.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Logo acima, o jato regional Embraer E175, operado pela companhia aérea Trip Linhas Aéreas, uma das maiores e melhores companhias aéreas regionais do Brasil na década de 2000, posteriormente incorporada pela Azul Linhas Aéreas. Logo abaixo, linda imagem ao por do sol do mesmo modelo de aeronave, de propriedade da Republic Airlines, mas usando as cores da American Eagle, uma marca da American Airlines, uma das maiores companhias aéreas dos Estados Unidos.
O Embraer E190, o Embraer E175, o Embraer E195 e o Embraer E170 são modernas aeronaves bimotoras de porte médio e alta performance, com asas baixas enflechadas, com motorização turbofan e com construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com capacidade para transportar entre 70 passageiros e 120 passageiros, dependendo do modelo e da configuração de assentos adotada, em viagens interestaduais e internacionais, criadas e desenvolvidas no Brasil a partir dos últimos anos da década de 1990 e dos primeiros anos da década de 2000, e fabricadas em larga escala também no Brasil a partir da década de 2000.
Essa família é formada por dois modelos de aeronaves totalmente originais, o Embraer E170 e o Embraer E190, mais duas versões iniciais, ambas da primeira fase ou primeira geração do Projeto E-Jet, o Embraer E175, conhecido também como Embraer E-170-200, e o Embraer E195, conhecido também como Embraer E-190-200, ambas criadas a partir dos dois modelos originais, formando uma família de quatro modelos iniciais. A família Embraer E-Jet foi criada e desenvolvida pela equipe de designers, engenheiros e técnicos da Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica, entretanto aplicando nessa então nova família de aeronaves uma grande variedade de conhecimentos e experiências adquirida anteriormente na fabricação de outros modelos de aeronaves, entre eles o clássico turboélice Embraer EMB-110 Bandeirante, o ainda moderno Embraer EMB-120 Brasilia, o jato militar Embraer AMX e o icônico Embraer ERJ-145 Regional Jet, este com o início da produção seriada em 1996.
Os jatos para transporte regional de passageiros Embraer E170, Embraer E175, Embraer E190 e Embraer E195, conhecidos anteriormente, antes do início da produção seriada, como Embraer ERJ-170, Embraer ERJ-175, Embraer ERJ-190 e Embraer ERJ-195, respectivamente, são os quatro primeiros frutos do Projeto E-Jet, um grande sucesso de vendas da Embraer, uma das mais bem sucedidas famílias de aeronaves comerciais para viagens regionais da história da indústria aeronáutica mundial. Embora já houvesse alguma coisa de tecnologia fly-by-wire nos aviões da família Embraer ERJ, foi a partir dos jatos regionais da família Embraer E-Jet que essa tecnologia foi empregada de forma mais abrangente. É uma tecnologia dominada pela Embraer a partir da década de 1980, com o desenvolvimento e a fabricação em conjunto do jato militar de ataque leve Embraer AMX, mais uma vez provando que, principalmente do ponto de vista técnico, esse projeto militar foi vantajoso para o Brasil, com transferência de tecnologia da Itália para o Brasil.
O Projeto E-Jet, conhecido também como Programa E-Jet, consiste, basicamente e de modo geral, numa estrutura de fuselagem e asas convencional reforçada para transporte intensivo de passageiros, projetada para o uso diário de cerca de 10 horas, com limite de vida útil de até 80.000 horas ou 80.000 ciclos, o equivalente a cerca de 30 anos de utilização intensiva. A sua elegante fuselagem foi projetada a partir do conceito double bubble, traduzindo bolha dupla, com seção de fuselagem de perfil oval, o que significa mais espaço interno para passageiros e bagagens de mão na cabine de passageiros e mais espaço no porão de cargas, em relação a outros modelos de aeronaves comerciais com seção de fuselagem totalmente circular.
Na década de 1990, já havia disposição da Embraer de fabricar os modelos da família Embraer E-Jet com uma boa variedade e quantidade de partes e componentes em material composto, utilizados na montagem das aeronaves, como partes e componentes integrantes das aeronaves. Porém, as partes principais que formam as respectivas estruturas das aeronaves (fuselagem e asas) sempre foram construídas em alumínio e ligas metálicas.
A grande comunalidade entre os modelos da família Embraer E-Jet é de cerca de 80% e de 90% de similaridade de peças, partes e componentes, dependendo de cada caso. O Embraer E170 e o Embraer E175 são mais parecidos entre si e o Embraer E190 e o Embraer E195 são mais parecidos entre si. Atualmente, o conceito de comunalidade é de fundamental importância para o sucesso de aeronaves comerciais no mercado de aviação comercial, incluindo o mercado de transporte aéreo regional. Entre as características comuns a todos os modelos da família estão as quatro portas laterais de bom tamanho, que podem ser usadas para embarque e desembarque de passageiros e acesso do serviço de limpeza / catering (pronuncia-se kêiterin). Há também saídas de emergência junto às asas, que são obrigatórias nos modelos maiores.
Nos últimos anos da década de 1990 e nos primeiros anos da década de 2000, um dos objetivos da Embraer era manter sob controle os seus custos de desenvolvimento de aeronaves regionais, já que o Embraer E170, o Embraer E175 e o Embraer E190 são semelhantes. Posteriormente, pouco tempo depois, a empresa completou seu portfólio de produtos com mais um modelo, o Embraer E195, o irmão maior da família, com fuselagem alongada. Todos os quatro modelos possuem um alto grau de semelhança. Assim o modelo original Embraer E170, o menor, e o modelo intermediário Embraer E175, ambos homologados em 2004, o modelo também intermediário e também original Embraer E190, homologado em 2005, e o modelo Embraer E195, o maior da família, homologado em 2006, formaram a primeira fase ou primeira geração da família Embraer E-Jet, composta por jatos regionais para frotas de companhias aéreas regionais também focadas em manter custos sob controle, de modo que esses custos não ultrapassassem e não ultrapassem seus limites financeiros.
Para as companhias aéreas a oferta da Embraer era e é manter sob controle os custos e o tempo de treinamento das tripulações e dos técnicos especializados na manutenção dos aviões dentro dos limites que as companhias aéreas poderiam e podem suportar, já que os quatro modelos de aeronaves têm algum grau de semelhança, e também manter sob controle os custos de manutenção das aeronaves, sem reduzir a confiabilidade das aeronaves e, por consequência, sem reduzir a segurança de voo, já que uma parte das peças, partes e componentes dos quatro modelos de aeronaves é semelhante ou igual, dependendo de cada caso.
A criação e o desenvolvimento da primeira fase dos modelos da família Embraer E-Jet foi quase simultânea, com apenas alguns meses de diferença entre eles. A Embraer relacionava esses quatro projetos, demonstrando às companhias aéreas interessadas na família Embraer E-Jet como poderiam compor suas frotas de aviões regionais nas linhas aéreas de menor demanda, em que aviões maiores, como o Boeing 737 e o Airbus A320, por exemplo, não seriam economicamente viáveis.
O Embraer E170, o Embraer E175, o Embraer E190 e o Embraer E195, são quatro modelos de aeronaves para uso comercial, principalmente para companhias aéreas regionais, com fuselagem semi-monocoque de construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com capacidade para transportar entre 70 e 120 passageiros em viagens interestaduais e, em algumas situações, até mesmo viagens internacionais. Não é impossível realizar viagens intercontinentais transoceânicas com o Embraer E190, por exemplo, pois ele possui certificação ETOPS 120 minutos, mas esse não é o foco do produto.
Os aviões da família Embraer E-Jet são impulsionados por dois motores turbofan General Electric CF-34 fixados nas asas, o que resulta em velocidades de cruzeiro de aproximadamente 800 km/h e alcances entre 2.700 quilômetros e 4.200 quilômetros, dependendo da versão e/ou sub-versão.
Atualmente, eles estão entre os mais modernos aviões para transporte aéreo regional de passageiros disponíveis no mercado aeronáutico mundial, desde o início, nos primeiros anos da década de 2000, fabricados já com as modernas versões do sistema EFIS – Electronic Flight Instrument System, o sistema de voo por instrumentos, com interfaces em telas de cristal líquido, e com FMC - Flight Management Computer, o computador de gerenciamento de voo, que, por sua vez, integra o FMS - Flight Management System, o sistema de gerenciamento de voo, dentro de um contexto de glass cockpit ou cockpit de vidro, como também é conhecido no meio aeronáutico.
A fabricação em série do Embraer E170 e do Embraer E175 foi iniciada em 2004 e as primeiras entregas foram realizadas para as companhias aéreas US Airways (American Airlines); Alitália, da Itália; Régional (Air France), da França; e LOT Polish, da Polônia; estas três na Europa. Já a fabricação em série do seu irmão mais vendido, o Embraer E190, foi iniciada em 2005 e a primeira entrega foi realizada para a companhia aérea americana JetBlue, uma das maiores dos Estados Unidos. A cabine de passageiros do Embraer E190, por exemplo, tem aproximadamente 26 metros de comprimento, o suficiente para transportar até 98 passageiros com um nível de conforto razoável para os padrões atuais da aviação regional, com cerca de 45 centímetros úteis de largura de assentos e cerca de 80 centímetros para cada fileira de assentos. Ele foi disponibilizado às companhias aéreas em várias sub-versões, incluindo o Embraer E-190 LR (Long Range), sendo esta uma das sub-versões com alcance melhorado.
CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
A família de jatos regionais biturbinas para
transporte de passageiros Embraer E-Jet nasceu nos últimos anos da década de
1990 a partir da percepção dos investidores, executivos, entre eles Maurício
Botelho, engenheiros, entre eles Luis Carlos Affonso, e técnicos da Embraer
sobre o aquecimento do mercado mundial de transporte aéreo e a necessidade de
aeronaves regionais com maior capacidade de transporte do que a capacidade
apresentada até então pela maioria das famílias de aeronaves das principais
fabricantes.
Na segunda metade da década de 1990 e na primeira
metade da década de 2000, é provável que a falência da fabricante holandesa
Fokker Aircraft, a falência da fabricante americana e alemã Fairchild-Dornier,
e a compra e incorporação da fabricante americana McDonnell Douglas pela também
americana Boeing Company, com a consequente descontinuação de vários produtos
daquela, tenha reforçado dentro da Embraer a percepção e a impressão de que
havia um espaço vago, em termos de oferta e demanda, que precisava ser
preenchido com agilidade. Além disso, a Rússia / União Soviética ainda estava
se recuperando de uma grave crise econômica iniciada com a falência do seu regime
comunista, a China estava dando os primeiros passos na fabricação de aviões
comerciais e o Japão ainda não tinha decidido voltar a produzir aviões
comerciais, o que formava um cenário favorável para a empresa brasileira
investir pesadamente na criação e desenvolvimento de mais uma família de jatos
regionais, além da família Embraer ERJ, que, aliás, já era um grande sucesso
comercial, com fabricação em série iniciada em 1996.
Como não era tecnicamente possível aproveitar a
plataforma da família Embraer ERJ (composta pelo Embraer ERJ-145, Embraer
ERJ-135 e Embraer ERJ-140) para atender o mercado de aviação regional na faixa
de 70 assentos até 120 assentos, já que caso sua fuselagem de três assentos por
fileira fosse alongada ainda mais haveria o risco de aumento de ocorrências de
atrito de sua cauda nas pistas de pouso, entre outros impedimentos técnicos, então
a melhor solução apresentada era criar um novo projeto, um projeto a partir do
zero, a partir de uma folha de papel em branco. Surgiu assim o projeto Embraer
E-Jet, com motores fixados nas asas, ao contrário da família Embraer ERJ, com
motores fixados no cone de cauda.
Optou-se então por uma fuselagem com quatro assentos
por fileira, separados por um corredor, assim cada passageiro estaria ao lado
de uma janela ou corredor, o que já seria uma vantagem competitiva, realçando
no usuário uma sensação agradável de espaço interno, de conforto, tudo isso
reforçado por um piso totalmente plano, com um corredor com pé direito de dois
metros.
Segundo o fabricante, optou-se pela fixação dos
motores nas asas para melhorar aspectos de centragem, peso e balanceamento.
Embora, por outro lado, houvesse aspectos desfavoráveis a ser considerados nesse
caso, como o risco maior de ingestão de peças, pedras e objetos na pista, os chamados FOD – Foreign Object Damage.
Segundo o fabricante esse problema foi contornado com um trem de pouso mais
alto.
O foco
principal do Projeto E-Jet é atender o passageiro de linhas aéreas
regionais, ligando grandes hubs de grandes metrópoles aos aeroportos regionais,
geralmente com infraestrutura menos sofisticada que os aeroportos
internacionais das grandes metrópoles. Porém, é uma aeronave com fuselagem alta
e trem de pouso com amortecedores de longo curso, e sua operação exige alguns
equipamentos de apoio em solo, como a escada para passageiros, caminhão de
comissaria e a esteira mecanizada para embarque de bagagens.
Entretanto,
aeronaves comerciais com fuselagem alta têm pelo menos uma vantagem, o risco de atrito do
cone de cauda na pista durante a decolagem, no momento da rotação, é um
pouco menor que em aeronaves com fuselagem mais baixa.
O Projeto E-Jet foi lançado oficialmente pela então Embraer
– Empresa Brasileira de Aeronáutica em 1999, com um dos mais pesados
investimentos nacionais em tecnologia aeronáutica para a criação e
desenvolvimento de produtos para atender o mercado civil mundial, um dos mais
pesados investimentos privados da história da indústria aeronáutica brasileira,
avaliado em cerca de US$ 850 milhões na época, o equivalente hoje a cerca de
US$ 1,5 bilhão, custo dividido com as suas parceiras de risco no projeto, as
próprias fabricantes de peças, partes e componentes, entre elas a Sonaca, da
Bélgica, a Gamesa, da Espanha, a Latécoère, da França, a Enaer, do Chile, a
Kawasaki, do Japão, a C&D, a Parker, a Honeywell e a Hamilton Sundstrand, essas quatro dos Estados Unidos, a Liebherr, da Alemanha, e, é claro, a General Electric, a fornecedora de motores, dos Estados Unidos.
Desse total de US$ 850 milhões, em valores da época,
cerca de 1/3 (um terço) foi investido pela Embraer, por meio de emissão de
ações no mercado de
capitais e dinheiro de caixa, mais 2/3 (dois terços) dos parceiros de
risco. Hoje em dia, até gigantes da indústria aeronáutica, como Boeing e
Airbus, por exemplo, seguem mais ou menos a mesma receita de sucesso.
As companhias aéreas clientes e potenciais clientes da
Embraer, cerca de 40 empresas, inclusive as operadoras dos aviões Embraer
ERJ-145 Regional Jet e Embraer EMB-120 Brasilia, já manifestavam na época a
necessidade de modelos de aeronaves maiores, com motores a jato ou turboélice,
com bom alcance doméstico e internacional dentro de um mesmo continente. As
companhias aéreas europeias, por exemplo, manifestavam sua necessidade de um
modelo com bom espaço para galley e toaletes. Do outro lado do Oceano Atlântico,
havia a questão da limitação do número de assentos em aeronaves regionais, imposta
pela chamada scope clause, conseguida
ou, na prática, imposta pelos sindicatos de aeronautas dos Estados Unidos, em
acordo ou convenção coletiva de trabalho. A solução encontrada pela Embraer foi
tentar agradar a ambos os lados, projetando quatro modelos de aeronaves
idênticos em quase tudo, exceto nos comprimentos de fuselagens e nas potências
dos motores, alguns mais curtos e outros mais longos, o Embraer E-170, o menor,
considerado um dos dois modelos originais da família Embraer E-Jet; o Embraer
E-175, o intermediário, um dos mais vendidos da família Embraer E-Jet; o
Embraer E-190, também considerado um modelo original, com capacidade para cerca de
100 passageiros, o mais vendido da família Embraer E-Jet; e o Embraer E-195, o
maior da família.
PRINCIPAIS FORNECEDORES /
PARCEIROS DO PROGRAMA E-JET
|
||
FORNECEDOR
|
PAÍS
|
COMPONENTES
|
Kawasaki
|
Japão
|
Bordos
de ataque, spoilers e flaps
|
Sonaca
|
Bélgica
|
Partes
das asas
|
Latécoère
|
França
|
Parte
central da fuselagem
|
Gamesa
|
Espanha
|
Cone
de cauda e empenagem
|
Hamilton
Sundstrand / UTC
|
Estados
Unidos
|
APU
– Auxiliary Power Unit
|
General
Electric
|
Estados
Unidos
|
Motores
turbofan (1ª geração)
|
Pratt
& Whitney
|
Estados
Unidos
|
Motores
turbofan (2ª geração)
|
Liebherr
|
Alemanha
|
Trem
de pouso
|
C&D
|
Estados
Unidos
|
Interior
|
Honeywell
|
Estados
Unidos
|
EFIS
Primus Epic (aviônicos)
|
Parker
Hannifin
|
Estados
Unidos
|
Sistema
de combustível
|
Alta Precision
|
|
Trem de pouso (2ª geração)
|
Moog Inc
|
|
Controle de voo (2ª geração)
|
VERSÕES DA FAMÍLIA E-JET
A família Embraer E-Jet tem duas fases ou gerações bem definidas,
a primeira fase foi estabelecida no mercado na década de 2000 e é composta por
quatro modelos iniciais, o Embraer E170, o Embraer E175, o Embraer E190 e
Embraer E195, com mais algumas sub-versões com alcance aumentado, algumas
delas nomeadas com a sigla LR ou Long Range (pronuncia-se Lón Réind). Já a
segunda fase, conhecida oficialmente como Embraer E-Jet E2, foi lançada alguns
anos atrás e a entrega do primeiro modelo foi realizada em 2018, com o modelo
Embraer E190-E2 entregue para a companhia aérea Wideroe, da Noruega.
Para a fabricação seriada da primeira geração da família Embraer E-Jet, a Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica realizou um grande investimento na ampliação de sua fábrica de aviões no município de São José dos Campos, no estado de São Paulo.
De modo geral, os aviões da primeira geração da família Embraer E-Jet possuem um sistema hidráulico redundante, composto por três sub-sistemas, com cada sub-sistema com duas bombas hidráulicas, totalizando seis bombas, responsáveis pelo acionamento do trem de pouso, dos freios, do controle direcional de roda de nariz (steering) e dos reversores de empuxo. Os atuadores hidráulicos também são responsáveis pelas movimentações dos profundores, do leme e dos spoilers, embora os comandos recebidos sejam fly-by-wire.
Já o sistema elétrico é composto por dois geradores principais, um em cada motor, um gerador auxiliar de APU - Auxiliary Power Unit, um mini-gerador de emergência do tipo RAT - Ram Air Turbine, de 15 KVA, totalizando quatro geradores, duas baterias de 23 volts e uma entrada de fonte externa do tipo GPU - Ground Power Unit, de 115 volts. O sistema elétrico é responsável pelas movimentações dos flaps, dos slats e do estabilizador horizontal.
O sistema pneumático dos aviões da família Embraer E-Jet possui três sub-sistemas, incluindo a APU - Auxiliary Power Unit. Ele é utilizado para o funcionamento do sistema de pressurização e ar condicionado da cabine, para o funcionamento do sistema de anti-ice (aquecimento) do bordo de ataque das asas e para a pressurização do tanque de água.
As aeronaves possuem dois tanques de combustível, um em cada asa.
1ª GERAÇÃO
EMBRAER E170
O Embraer E170 é um dos dois modelos originais da família Embraer
E-Jet. Conhecido também como Embraer EMB-170-100, a sua fabricação em série foi iniciada em 2004. Ele é o menor membro da
família, o mais curto, e é semelhante aos seus irmãos em quase tudo, exceto no
comprimento de fuselagem, no tamanho das asas e na potência dos motores, entre
mais alguns detalhes. O seu peso máximo de decolagem é de aproximadamente 36.000 kg e seu alcance é
de aproximadamente 3.300 quilômetros.
A sua capacidade de transporte é de 72 passageiros em
classe única, com cerca de 80 centímetros para cada fileira de assentos, mas a
aeronave foi e é comercializada também com a possibilidade de uma configuração de
alta densidade para até 78 passageiros.
Assim como todos os seus irmãos maiores da primeira
fase do Projeto E-Jet, o seu cockpit está equipado com o moderno sistema de
aviônicos do tipo EFIS – Electronic Flight Instrument System da fabricante americana
Honeywell, modelo Primus Epic, com a interface do EICAS - Engine Indicating and
Crew Alerting System no centro do painel, com a interface do FMC – Flight
Management Computer no console central e equipado com sistema inercial de
navegação combinado com GPS – Global Positioning System. O modelo está
homologado para operações de aproximação por instrumentos do tipo ILS Cat II,
com upgrade possível para ILS Cat III, a pedido das operadoras. Ele possui
também TCAS - Traffic Collision Avoidance System e radar meteorológico.
A aeronave possui sistema anti-ice ou anti-gelo nas asas para operação em países frios e
APU – Auxiliary Power Unit da fabricante americana Hamilton Sundstrand para climatizar a cabine de passageiros em
aeroportos de países quentes.
Entre os upgrades possíveis disponibilizados pela
Embraer está o moderníssimo HUD - Head Up Display, uma maravilha tecnológica que
possibilita ao piloto perceber o eixo da pista de pouso em aproximações à noite
ou de dia, com chuva leve ou neblina / nevoeiro espesso.
Assim como os outros modelos da primeira fase da família Embraer E-Jet, o Embraer E170 possui um sistema de controle de voo do tipo fly-by-wire, exceto os ailerons, que são acionados por cabos e roldanas, mas com atuadores hidráulicos, a chamada assistência hidráulica, já que se trata de um avião de porte médio.
Mais de 190 unidades de Embraer E170 e suas sub-versões
de maior alcance foram fabricadas até o momento, quase todas elas ainda estão voando,
transportando passageiros em rotas regionais. Atualmente, a aeronave não é mais
fabricada, ela foi retirada do catálogo da empresa.
EMBRAER E175
O Embraer E175 é um dos modelos intermediários da
família Embraer E-Jet, com 1,8 metro a mais de comprimento de fuselagem em
relação ao seu irmão menor Embraer E-170, para acomodar um número maior de
passageiros. Conhecido também como Embraer EMB-170-200, a sua fabricação em série foi iniciada também em 2005, tendo a companhia aérea canadense Air Canada como a operadora de lançamento do avião.
Algumas sub-versões do Embraer E175 também são fabricadas,
o Embraer E-175 LR, por exemplo, com a mesma capacidade de transportar 78, 82
ou 86 passageiros do seu irmão Embraer E175 Standard, dependendo da
configuração adotada, mas com alcance aumentado, variando entre 3.700 quilômetros e 3.900 quilômetros, com
reservas e cabine lotada de passageiros.
Mais de 590 unidades de Embraer E175 e suas sub-versões
de maior alcance foram fabricadas até o momento, quase todas elas ainda estão
voando, transportando passageiros em rotas regionais. A aeronave ainda consta no catálogo do fabricante, nova, no modelo Embraer E170 Standard, lembrando que, geralmente, grandes operadores, que compram em grandes quantidades, conseguem descontos a partir do preço de tabela.
Atualmente, as principais operadoras do Embraer E175 são a Republic Airways (American, Delta e United), a SkyWest (também para a American, para a Delta e para a United), a Compass Airlines (Delta) e Envoy Air (American), todas essas dos Estados unidos.
O seu principal concorrente, o jato regional canadense Bombardier CRJ700 Regional Jet, começou a ser fabricado em série em 2001.
EMBRAER E190
Conhecido também como Embraer EMB-190-100, é o mais bem sucedido modelo da família Embraer E-Jet,
com uma das melhores relações custo benefício. Ele foi lançado oficialmente em
1999, certificado em 2005 pela FAA – Federal Aviation Administration, a agência
reguladora de aviação dos Estados Unidos, pelo CTA – Centro Tecnológico
Aeroespacial, na época a autoridade certificadora brasileira, e pela EASA –
European Aviation Safety Agency, a agência reguladora de aviação da União
Europeia, com a fabricação em série iniciada no Brasil logo em seguida, no
mesmo ano. As principais diferenças em relação ao Embraer E170 são os
comprimentos maiores da fuselagem, das asas e do estabilizador horizontal, este
fixado na cauda da aeronave. O trem de pouso também é maior, os motores são
mais potentes e as asas possuem winglets para reduzir o arrasto e, por consequência,
aumentar o alcance.
É um modelo de aeronave que já nasceu moderno e
afinado com os novos tempos, desde o início homologado para atender os
requisitos de voo RVSM, FANS e CNS / ATM. Ele já nasceu adaptado para atender
os requisitos de voo Stage III e Stage IV, de controle de emissão de ruído
externo nas operações de aproximação, pouso e decolagem.
Ele foi um dos dois primeiros modelos de aviões
comerciais fabricados pela Embraer com o uso amplo de superfícies
aerodinâmicas de controle de voo comandadas ou controladas por meio de impulsos
ou pulsos elétricos até os atuadores hidráulicos, a chamada tecnologia fly-by-wire. Esse sistema é composto por
geradores de energia que alimentam os computadores da aeronave, que por sua vez
percebem os movimentos dos pilotos nos manches e pedais, interpretando esses
movimentos e enviando sinais elétricos para os atuadores hidráulicos juntos às
superfícies aerodinâmicas de controle de voo, entre elas os flaps, os slats, os profundores e o leme.
Entre as vantagens do sistema fly-by-wire está o menor peso do sistema e a maior confiabilidade e
precisão das manobras, já que os computadores evitam que alguns limites de
funcionamento da aeronave, como atitude (não confundir com altitude) excessivamente
cabrada, o que poderia causar um perigoso estol, por exemplo, sejam ultrapassados.
Traduzindo isso numa linguagem mais simples, os computadores “filtram” ou
“refinam” as intenções da tripulação, evitando que eventuais comandos “rudes”
ou “brutos” demais cheguem até os atuadores hidráulicos.
O modelo Embraer E-190, conhecido também como Embraer
E190 Standard, tem alcance de aproximadamente 3.300 quilômetros, com reservas e cabine lotada de
passageiros, mas esse bonito modelo de jato regional deu origem também a
algumas sub-versões, entre elas o Embraer E190 LR, conhecido também como
Embraer E190 Long Range, com alcance de aproximadamente 4.200 quilômetros, também
com a cabine lotada de passageiros e com reservas.
Cerca de 10 anos após o lançamento do jato regional
Embraer ERJ-145 Regional Jet, com capacidade para transportar 50 passageiros, a
Embraer passou a fabricar em série o Embraer E190, com capacidade para
transportar 98 passageiros, praticamente o dobro da capacidade. Este modelo de
jato regional tem o mérito de ter conseguido manter a Embraer numa confortável
posição de um dos principais fornecedores de equipamentos civis para transporte
regional de passageiros por mais 10 anos, ao lado de outros grandes e
importantes fabricantes, como a canadense Bombardier, que também possui
equipamentos com capacidade semelhante.
Na verdade, pouco antes de seu lançamento, havia
poucas opções sérias no mercado de aviões com essa capacidade regional, entre
elas unidades seminovas do Fokker F-100, disponíveis no mercado de aeronaves
usadas, e unidades novas do Boeing 717, que nada mais é que o McDonnell Douglas MD-95,
o irmão menor e mais novo e moderno da família McDonnell Douglas MD-90. O principal concorrente
do Embraer E190, o canadense Bombardier CRJ900 Regional Jet, veio na mesma
época, a sua fabricação em série começou em 2003.
Mais de 550 unidades de Embraer E190 e suas sub-versões
foram fabricadas, quase todas ainda estão voando, transportando passageiros em
rotas regionais.
Os motores turbofan General Electric CF-34, que
impulsionam o Embraer E190 e suas sub-versões, geram 18.500 libras de potência / empuxo cada. Eles são da mesma família de
motores que impulsionam os jatos regionais da família Bombardier CRJ / Canadair
CRJ, fabricados até 2020, no Canadá, pela Bombardier, e fabricados atualmente pela Mitsubishi. Esses motores possuem FADEC – Full
Authority Engine Control, um sistema que controla o funcionamento dos motores
para evitar que, durante a operação da aeronave, os parâmetros de funcionamento
dos motores não sejam excedidos pelos pilotos, o que resulta em mais segurança,
menor consumo de combustível e redução de custos de manutenção.
Esse motor General Electric CF-34 da General Electric foi
originalmente desenvolvido para operações militares em aeronaves utilizadas
pela United States Air Force e United States Navy, a Força Aérea dos Estados
Unidos e a Marinha dos Estados Unidos, respectivamente, portanto foi amplamente
testado pela aviação militar antes do emprego na aviação civil. São motores
reconhecidos como entre os mais confiáveis e eficientes já produzidos para a
aviação comercial.
O jato regional Embraer E190 e suas sub-versões estão entre os mais bem sucedidos da família Embraer E-Jet, com mais de 550 unidades
fabricadas até o momento e, surpreendentemente, ainda há operadoras
interessadas neles, mesmo após o lançamento do substituto natural, o Embraer
E190-E2, este mais econômico, com novos motores e novos aviônicos. Uma das
possíveis explicações para esse interesse é o custo de aquisição mais baixo do
predecessor Embraer E-190, cerca de US$ 10 milhões mais barato.
O projeto de fuselagem do Embraer E190 foi usado como
base pela Embraer para dar origem ao jato executivo intercontinental Embraer
Lineage 1000, esse sim um avião intercontinental por natureza, cuja principal
função é o transporte de pessoas em viagens longas, inclusive transoceânicas.
Os principais operadores do Embraer E190 são a Aerolíneas Argentinas, Aeromexico Connect, a Airlink Ltd, da África do Sul, a BA CityFlyer, do Reino Unido, a Conviasa, da Venezuela, a Finnair, da Finlândia, a GX Airlines, da China, a Helvetic Airways, da Suíça, a HOP! / Air France, da França, a J-Air, do Japão, a JetBlue, dos Estados Unidos, a Kenya Airways, do Quênia, a KLM Cityhopper, da Holanda, e a Tianjin Airlines, da China.
O Embraer E195, conhecido também como Embraer EMB-190-200, é o quarto modelo da família Embraer
E-Jet, com fuselagem ainda mais comprida para acomodar um número maior de
passageiros, com envergadura maior e com motores mais potentes. Ele foi lançado
oficialmente em 1999
e sua fabricação em série foi iniciada em 2006, com a primeira entrega
realizada no mesmo ano para a operadora europeia Flybe, da Inglaterra.
Algumas sub-versões do Embraer E195 são fabricadas, entre
elas o Embraer E195 LR, conhecido também como Embraer E195 Long Range, com
capacidade variando entre 108 passageiros e 118 passageiros e alcance variando entre 3.300 quilômetros e 4.000 quilômetros, com reservas e cabine lotada de passageiros, com motores com empuxo / potência de 18.500 libras de empuxo / cada, com peso máximo de decolagem aumentado.
O Embraer E195 é o quarto membro da família Embraer
E-Jet, ele é um derivado do Embraer E190, este um dos dois primeiros modelos
fabricados em série.
Mais de 170 unidades de Embraer E195 e suas sub-versões
foram fabricadas. Atualmente, entre os principais operadores estão a Azul Linhas Aéreas, do Brasil, a Air Dolomiti, da Itália, a Air Europa Express, da Espanha, a Austrian Airlines, da Áustria, e a Lot Polish Airlines, da Polônia.
2ª GERAÇÃO
A
segunda geração da família Embraer E-Jet, conhecida como geração Embraer E-Jet
E2, foi criada a partir da percepção dos investidores, executivos e projetistas
da Embraer S.A. sobre o avanço significativo do desenvolvimento do projeto
concorrente Bombardier CSeries, com a vantagem competitiva dos motores mais
eficientes e da fuselagem mais leve e resistente, fabricada em material
composto.
Assim,
a empresa brasileira entendeu que era necessário agir rápido para oferecer ao
mercado um produto brasileiro com desempenho melhorado, mais próximo aos
números de desempenho do concorrente canadense, o que de fato se concretizou
com a conclusão da fase de desenvolvimento da segunda geração da família
Embraer E-Jet.
Posteriormente, o projeto Bombardier CSeries foi comprado pela gigante europeia Airbus Group, que renomeou o avião para Airbus A220.
EMBRAER E175-E2
Em 2011, a Embraer S.A., a nova holding do grupo, que
sucedeu a Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica, anunciou o lançamento da
segunda fase ou segunda geração da família Embraer E-Jet, nomeada como Embraer
E-Jet E2, com três novos lançamentos, entre eles o irmão menor dessa segunda fase, o
Embraer E175-E2, conhecido também como Embraer EMB-190-500.
Entre as novidades estão motores mais econômicos, trem de pouso
maior, asas redesenhadas, com o uso ainda mais amplo da tecnologia fly-by-wire, inclusive para comandar os ailerons, novo estabilizador
horizontal, e novos aviônicos Honeywell Primus Epic 2, com quatro amplas telas
primárias e multifuncionais. Esse conjunto de melhorias resultou, segundo o
fabricante, numa redução de cerca de 15% no consumo de combustível, em relação
ao seu predecessor da primeira geração da família, o Embraer E175.
Além disso, essas melhorias foram estendidas aos demais
integrantes da segunda geração da família Embraer E-Jet, o Embraer E190-E2 e o
Embraer E195-E2, ambos maiores e de maior capacidade. O tamanho da fuselagem do Embraer E175-E2 foi mantido em relação ao modelo predecessor Embraer E175, de primeira geração, portanto com a mesma capacidade de transportar 82 passageiros em classe única, com alcance de 3.700 quilômetros, com reservas, mesmo com a cabine lotada de passageiros.
EMBRAER E190-E2
Conhecido também como Embraer EMB-190-300, ele é um dos modelos intermediários da família Embraer E-Jet, com projeto baseado no predecessor Embraer E190, de primeira geração, mas com algumas mudanças e melhorias.
Seguindo uma linha semelhante de desenvolvimento de
melhorias para um novo modelo baseado em um predecessor da primeira fase ou
primeira geração da família Embraer E-Jet, a Embraer já conseguiu a
certificação e já entregou em 2018 a primeira unidade de Embraer E190-E2 para
a companhia aérea Wideroe, da Noruega.
Entre os destaques do novo modelo de aeronave estão a nova família de motores Pratt & Whitney PW1000G, mais econômica e mais potente, com mais tração estática, inclusive, trem de pouso mais alto, novas asas, novos aviônicos Honeywell Primus Epic 2, e a tecnologia de controle de voo totalmente fly-by-wire.
As principais operadoras do Embraer E190-E2 são as companhias aéreas Envoy Air (American Airlines) e SkyWest Airlines (American, Delta e United), ambas dos Estados Unidos.
EMBRAER E195-E2
Conhecido também como Embraer EMB-190-400, é o maior modelo da
família Embraer E-Jet, com capacidade para transportar até 124 passageiros, com
espaçamento de 80 centímetros entre fileiras de assentos, em viagens de
até 4.800 quilômetros de distância, com reservas.
De todos os modelos da segunda geração da família Embraer E-Jet
ele foi o avião submetido ao maior número de mudanças e melhorias em relação
aos antecessores de primeira geração, inclusive com aumento de quase três
metros no comprimento de sua fuselagem, em relação ao predecessor Embraer E195, com a sua capacidade máxima chegando
até 146 passageiros, em alta densidade, porém com espaçamento reduzindo entre
fileiras.
A principal operadora do Embraer E195-E2 é a companhia aérea chinesa Tianjin Airlines.
MOTOR GE CF-34
O motor turbofan de alta taxa de bypass General Electric CF-34 é um projeto melhorado e contemporâneo de motorização a jato para impulsionar aviões civis, derivado de um antigo projeto militar de conceito semelhante, conhecido nos meios militares como General Electric TF34, este criado, desenvolvido e fabricado em larga escala a partir da década de 1970 para impulsionar grandes clássicos da aviação militar, entre eles os bem sucedidos jatos bimotores militares Lockheed S-3 Viking, da Marinha dos Estados Unidos, e o Fairchild A-10 Thunderbolt II, da Força Aérea dos Estados Unidos, ambos subsônicos.
Esse moderno motor a jato da General Electric, o General Electric CF-34, é um derivado modernizado do antigo General Electric TF34, que, por sua vez, já acumulava, na década de 1980, milhares de horas de voo em missões de treinamento, ataque real em operações navais e ataque anti-blindados. Quando ele foi lançado na década de 1980 ele já era um projeto amadurecido, de estrutura robusta e com alto índice de confiabilidade, isto é, com baixíssimo número de ocorrências de falhas em voo.
Embora essa família de motores General Electric CF-34 também impulsione os jatos da família Bombardier CRJ / Canadair CRJ, na verdade há várias diferenças entre os modelos de motores usados para impulsionar os aviões da família Embraer E-Jet e seus principais concorrentes, entre elas o diâmetro maior dos fans (ventiladores) usados para gerar empuxo, o que significa menor consumo de combustível e mais potência / empuxo em relação aos aviões canadenses, embora não seja uma grande diferença.
MERCADO
Logo acima, o cockpit completo do jato regional
Embraer E-190, tecnologia de ponta com o EFIS - Electronic Flight Instrument System, composto pelo PFD - Primary Flight Display, pelo MFD - Multi Function Display e pelo FMS - Flight Management System. Logo abaixo, ilustração da cabine do mesmo
modelo de aeronave com layout para 98 passageiros, conforto razoável para
passageiros com até 1,8 metro de altura.
As aeronaves comerciais com motorização turbofan são
economicamente e tecnicamente mais vantajosas no transporte de passageiros em
viagens com mais de 750 quilômetros de distância, enquanto os turboélices
apresentam mais vantagens em viagens com menos de 500 quilômetros de distância
e operando em aeroportos menores e menos sofisticados que os aeroportos
internacionais das grandes cidades, com pistas de pouso com menos de 1.850
metros de comprimento e com obstáculos próximos das cabeceiras e
prolongamentos, com até 6 graus de inclinação na rampa de aproximação.
A principal vantagem do jato é a produtividade maior,
em função justamente da velocidade de cruzeiro maior. Considerando apenas o
aspecto tempo, apenas para efeito de comparação, desconsiderando outros
aspectos técnicos, como, por exemplo, o comprimento da pista de pouso, o jato
pode ser até duas vezes mais produtivo que um turboélice, viajando até duas
vezes mais quilômetros que um turboélice em um mesmo dia. Por outro lado, em
viagens de menos de 500 quilômetros de distância o turboélice pode ser até 15%
mais econômico, consumindo menos combustível.
Na década de 1990, a fabricante holandesa Fokker Aircraft
faliu e a americana e alemã Fairchild-Dornier parou de fabricar aeronaves. Já a
British Aerospace parou de produzir o quadrimotor a jato BAe 146 Regional Jet /
Avro 146 em 2002. Assim, a partir da década de 2000, apenas a Bombardier, com
turboélices e jatos; a Embraer, com a família Embraer ERJ e a família Embraer
E-Jet; a Boeing Company, com o Boeing 717; e a fabricante franco-italiana ATR, com
seu turboélice regional ATR-72 disputavam o mercado ocidental de aeronaves para
transporte regional na faixa de 70 passageiros até 120 passageiros.
Em 2001, os atentados terroristas cometidos em 11 de
setembro nos Estados Unidos afetaram de forma significativa a linha de produção
de praticamente todos os modelos de jatos regionais da Embraer. A empresa
reagiu rapidamente, cortou cerca de 10% do seu quadro de empregados por cerca
de três anos e, com a recuperação das companhias aéreas americanas e europeias,
voltou à normalidade gradativamente, ano após ano.
Até hoje, mais de 1.600 unidades de aeronaves da
família Embraer E-Jet foram fabricadas, um grande sucesso de vendas. São
aeronaves modernas, todos os modelos já saíam de fábrica, desde a década de 2000,
com uma boa variedade de equipamentos de navegação e conforto, incluindo APU -
Auxiliary Power Unit, uma unidade auxiliar geradora de energia para ser usada
no solo, quando os dois motores turbofans estão desligados, da então fabricante Hamilton Sundstrand, aviônicos EFIS -
Electronic Flight Instrument System da marca Honeywell, o TCAS - Traffic
Colision Avoidance System, um equipamento de alerta para evitar acidentes de
colisão com outras aeronaves no mesmo tráfego, o GPWS - Ground Proximity
Warning System, que é um equipamento de alerta para evitar colisão contra o
solo durante as aproximações, de dia ou a noite, em nevoeiro / neblina espessa
ou chuva leve, entre vários outros.
Existe uma forte tendência no mercado mundial de
aviação comercial de padronização das frotas de aeronaves, reduzindo o máximo
possível o número de famílias de aeronaves que compõem as frotas das companhias
aéreas, com o objetivo de manter custos sob controle, sem abrir mão da
segurança de voo. Isso é consequência de uma decisão estratégica unânime de
investidores e principais executivos das empresas, no sentido de eliminar
complicações desnecessárias e aumentar a eficiência das empresas para chegar à
lucratividade, e mantê-la.
O índice de despachabilidade é um indicador usado por
fabricantes de aeronaves e empresas de transporte aéreo regular para avaliar a
confiabilidade e produtividade de aeronaves, ou seja, nos dias atuais é natural
que aeronaves bem projetadas, fabricadas dentro de padrões rígidos de controle
de qualidade e que apresentam no dia a dia de trabalho índices de cerca de 98%,
ou mais, consigam se firmar no competitivo mercado de transporte aéreo regular
de passageiros, pois as companhias aéreas precisam de aviões confiáveis para
transportar com segurança seus passageiros. Os aviões da família Embraer E-Jet
foram projetados para manterem ao longo de suas vidas úteis altos índices de
despachabilidade.
Em 2019, antes da pandemia por Covid-19, quase todas as unidades de aviões da
família Embraer E-Jet estão voando em muitos países, incluindo os mais
competitivos mercados, entre eles Estados Unidos, Canadá, Brasil e Europa, comprovando assim as
características desses aviões. É uma das famílias de aviões regionais mais bem
sucedidas da indústria aeronáutica mundial. A tendência é de retorno à normalidade em 2022, com a vacinação em massa da população mundial.
Até o momento, foram mais de 25.000.000 de horas de voo acumuladas pela frota mundial de jatos da família Embraer E-Jet, com mais de 18.000.000 de horas de voo acumuladas, mantendo uma média de 98% de despachabilidade, o que significa que a cada 100 viagens programadas pela companhia aérea apenas duas são canceladas preventivamente, por precaução, por problemas técnicos no avião, mas na grande maioria dos casos a aeronave volta a voar normalmente no dia seguinte, após um trabalho de manutenção corretiva da equipe de manutenção.
AVIAÇÃO REGIONAL
A partir da segunda metade da década de 2000, as
principais fabricantes mundiais de jatos regionais, entre elas a Embraer e a Bombardier
Aerospace, sofreram uma redução na procura de aviões comerciais com até 50
assentos. A partir de então, a família de jatos regionais Embraer ERJ, composta
de pelo Embraer ERJ-145, pelo Embraer ERJ-140 e pelo Embraer ERJ-135, deixou de
ser uma das protagonistas do mercado mundial de aviação regional, cedendo seu
lugar de destaque para os aviões da família Embraer E-Jet, com maior capacidade,
entre 70 assentos e 120 assentos.
Com o aumento do tráfego de passageiros na aviação
regional as vendas dos aviões com capacidade mais baixa, principalmente com
menos de 50 assentos, baixaram porque as companhias aéreas investiram mais em
aviões de maior capacidade, com maior economia de escala.
PRINCIPAIS OPERADORAS
As principais empresas compradoras e/ou operadoras
da família de jatos regionais Embraer E-Jet estiveram e estão
concentradas em países de primeiro mundo e em países emergentes, principalmente
Estados Unidos, Europa Ocidental e Brasil.
Aqui na América do Sul, os jatos regionais da família Embraer
E-Jet são operados em vários países, principalmente no Brasil. A maior operadora dos aviões dessa família aqui na América do Sul é a Azul Linhas Aéreas.
PRINCIPAIS OPERADORAS DA
FAMÍLIA EMBRAER E-JET
|
||||
QTD
|
DÉCADA
|
OPERADORA
|
PAÍS
|
MODELOS
|
60
|
2000
|
JetBlue
|
Estados Unidos
|
E-190
|
45
|
2000
|
US Airways / Mid
|
Estados Unidos
|
E-170 e E-190
|
192
|
2010
|
Republic /
American
|
Estados
Unidos
|
E-170 e
E-175
|
59
|
2010
|
Azul
|
Brasil
|
E-195
|
109
|
2010
|
SkyWest
|
Estados
Unidos
|
E-175
|
61
|
2010
|
Aeromexico
|
México
|
E-170 e E-190
|
60
|
2010
|
JetBlue
|
Estados
Unidos
|
E-190
|
56
|
2010
|
Compass
|
Estados
Unidos
|
E-175
|
55
|
2010
|
Mesa
|
Estados
Unidos
|
E-175
|
40
|
2010
|
Tianjin
|
China
|
E-190
|
32
|
2010
|
KLM
|
Holanda
|
E-190
|
Observação: Os números apresentados no quadro acima são anteriores à pandemia.
A companhia aérea regional americana SkyWest presta
serviços de feeder line para as
grandes companhias aéreas Delta Airlines, United Airlines e American Airlines. A
companhia aérea Mesa presta serviços de feeder
line para a American e United e a companhia aérea Republic Airlines presta
serviços para a American Airlines. A companhia aérea regional MidAtlantic foi uma subsidiária da US Airways até 2006, quando foi comprada pela Republic Airlines.
Na década de 2000, a Embraer possuía centros de serviços para aviões em Fort Lauderdale, em West Palm Beach, em Atlanta e em Dallas, esses nos Estados Unidos, em Waybridge, na Inglaterra, em Le Bourget, na França, e em Beijing, na China, além, é claro, dos centros de serviços no Brasil.
Em 2010, a Embraer possuía uma carteira de clientes de
56 companhias aéreas regionais, em todos os continentes do planeta, a maioria
delas na América do Norte, incluindo Estados Unidos e México, na Europa
Ocidental, na América do Sul, incluindo o Brasil, e na Ásia, incluindo a China,
a maioria operando aviões das famílias Embraer E-Jets e Embraer ERJ.
Atualmente não é muito diferente, ela continua
satisfazendo as necessidades de 65 companhias aéreas em 45 países, em todos os
continentes do planeta, com vários centros de serviços em várias partes do mundo, entre eles o de Nashville, o de Mesa, e o de Melbourne / Titusville (não confundir com a cidade de Melbourne, na Austrália), essas nos Estados Unidos.
SEGURANÇA DE VOO
Estatisticamente, em números aproximados, a aviação comercial e a aviação executiva são os meios de transporte mais seguros que existem, com cerca de três acidentes graves com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas, considerando a média mundial. Porém, se forem levados em consideração apenas os números de países desenvolvidos, como Canadá, Estados Unidos, países da Europa Ocidental, o Japão, a Coreia do Sul e a Austrália, os números de acidentes para cada um milhão de viagens são ainda menores, na média cerca de um acidente grave com vítimas fatais.
Os aviões da família Embraer E-Jet são considerados muito seguros. Até o momento, eles se envolveram e/ou foram envolvidos em 4 ocorrências graves com vítimas fatais em algumas partes do mundo, o equivalente a menos de 1% do número total de aeronaves fabricadas.
FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
EMBRAER E-190
- Capacidade: 98 passageiros;
- Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto e 3 ou 4 comissárias;
- Velocidade de cruzeiro: Aprox. 800 km / h;
- Comprimento: Aprox. 36 metros;
- Envergadura: Aprox. 28 metros;
- Altura da aeronave: Aprox. 11 metros;
- Altura da cabine de passageiros: Aprox. 2 metros;
- Motorização (potência / empuxo): 2 X General Electric CF34-10E (18.500 libras / cada);
- Taxa bypass: 6,2:1;
- Trem de pouso:
- APU - Auxiliary Power Unit: Hamilton Sundstrand;
- Aviônicos: Honeywell Primus Epic;
- TCAS:
- GPWS:
- Bagageiro:
- Teto de serviço: Aprox. 12.400 metros;
- Alcance (Standard): Aprox. 3.000 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
- Alcance (LR): Aprox. 3.700 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas):
- Peso máximo decolagem (Standard): Aprox. 42.000 kg;
- Peso máximo decolagem (LR): Aprox.
- Pista de pouso (Standard): Aprox. 1.999 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
- Pista de pouso (LR): Aprox. 2.500 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
- Preço: US$ 48 milhões (novo);
EMBRAER E-170
- Capacidade: 72 passageiros;
- Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto e 2 ou 3 comissárias;
- Velocidade de cruzeiro: Aprox. 800 km / h;
- Comprimento: Aprox. 30 metros;
- Envergadura: Aprox. 26 metros;
- Altura da aeronave: Aprox. 10 metros;
- Altura da cabine de passageiros: Aprox. 2 metros;
- Motorização (potência / empuxo): 2 X General Electric CF-34-8E (14.200 libras / cada);
- Taxa bypass: 6,2:1;
- Trem de pouso:
- APU - Auxiliary Power Unit: Hamilton Sundstrand;
- Aviônicos: Honeywell Primus Epic;
- TCAS:
- GPWS:
- Bagageiro:
- Teto de serviço: Aprox.
- Alcance (Standard): Aprox. 3.300 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
- Alcance (LR): Aprox. 3.700 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
- Alcance (AR): Aprox. 4.200 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
- Peso máximo decolagem (Standard): Aprox. 34.000 kg;
- Peso máximo decolagem (LR): Aprox. 36.000 kg;
- Pista de pouso (Standard): Aprox. 1.999 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
- Pista de pouso (LR): Aprox. 2.500 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
- Preço: US$ 38 milhões (novo)
VEJA TAMBÉM
- Aileron (Indústria Aeronáutica)
- Amazônia
- ATR-42
- ATR-72
- Abdução (Ufologia)
- Turbofan (Indústria Aeronáutica)
- Trimotor (Indústria Aeronáutica)
- Saab JAS 39 Gripen NG
- AVGAS (Gasolina de Aviação)
- Extraterrestre (Ufologia)
- Quadrimotor (Indústria Aeronáutica)
- Beechcraft (Indústria Aeronáutica)
- Programa FX2 (Força Aérea Brasileira)
- Bimotor (Indústria Aeronáutica)
- Boeing 747
- Agricultura e Pecuária
- Pesos e Medidas
- Ônibus Espacial
- UFO/ OVNI (Ufologia)
- Bombardier Q Series
- Monomotor (Indústria Aeronáutica)
- Douglas DC-9
- Cessna 208B Grand Caravan
- Cessna Citation
- Longarina (Engenharia Aeronáutica)
- Apicultura (Mel e Própolis)
- Iridium (Telefonia por Satélite)
- Neiva (Indústria Aeronáutica)
- Caso ET de Varginha
- Cirrus Aircraft (Indústria Aeronáutica)
- Satélites (Telecomunicações)
- Indústria Automobilística
- Decolagem (Aviação)
- Embraer ERJ-145 Regional Jet
- Fokker F27
- Etops (Aviação)
- Disco Voador
- Comércio Exterior (Administração)
- Embraer ERJ-135 Regional Jet
- Embraer EMB-110 Bandeirante
- Agronegócios / Agribusiness (Economia)
- Embraer KC-390 (Força Aérea Brasileira)
- Sukhoi SuperJet 100
- Bombardier (Indústrias de Veículos)
- Embraer
- Fokker F-50
- Injeção Eletrônica (Mecânica)
- Transportes no Brasil (Logística)
- Globalstar (Telefonia por Satélite)
- Energia Solar Fotovoltaica
- Fokker F-100
- Embraer ERJ-140 Regional Jet
- Operação Prato (Ufologia)
- Energia Elétrica
- Paul Mauriat (Música)
- Área 51 (Ufologia)
- Stormscope (Meteorologia)
- Aeroporto Campo de Marte
- Material Composto
- Concorde
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- Piper Aircraft (Indústria Aeronáutica)
- James Bond (Cinema)
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- Embraer AMX (Força Aérea Brasileira)
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- Boeing 717
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- Casa C-295 (Força Aérea Brasileira)
- Airbus A319
- Computador (Informática)
- Elbit Hermes 900 (Força Aérea Brasileira)
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- Bateria (Química e Física)
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- Aeronaves (Indústria Aeronáutica)
- Let L-410 Turbolet
- ETOPS - Extended Operations
- ETOPS - Extended Twin Engine Operations
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- Fairchild F-27
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- Boeing 707
- Douglas DC-8
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- Fokker MK-28
- Fokker 100
- Embraer EMB-111 Bandeirulha (Força Aérea Brasileira)
- Embraer C-95 Bandeirante (Força Aérea Brasileira)
- CRDI - Common Rail Direct Injection
- Honda HA-420 HondaJet
- Boeing 777
REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
- Aerospace Technology (em inglês): https://www.aerospace-technology.com/projects/embraer_190/
- Aero Magazine: http://aeromagazine.uol.com.br
- Flight Safety Foundation (em inglês): https://aviation-safety.net/database/types/Embraer-ERJ-170-190/database
- Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Embraer_E-Jet_operators
- Embraer: https://embraer.com/br/pt
- Flight Safety Foundation (em inglês): https://aviation-safety.net/wikibase/dblist.php?AcType=E190
- Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Embraer_E-Jet_family
- Revista Avião Revue: http://www.aviaorevue.com
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Embraer_E-Jets
- Revista Publiracing: https://www.revistapubliracing.com.br/single-post/2017/10/31/Embraer-e-American-Airlines-assinam-contrato-para-dez-jatos-E175
- Aviões & Cia / YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=9NJRLkL4ziE
- Embraer (divulgação): Imagens
- Wikimedia: Imagens
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