RAYTHEON HAWKER 400

BEECHCRAFT HAWKER 400
RAYTHEON HAWKER 400
BEECHCRAFT BEECHJET 400
RAYTHEON BEECHJET 400
NEXTANT 400 XTI (RETROFITADO)
BEECHJET XPR (RETROFITADO)
MITSUBISHI DIAMOND (MU-300)

INTRODUÇÃO

Logo acima e logo abaixo, o ainda moderno jato executivo Beechcraft Beechjet, um modelo de aeronave confortável e confiável. Um dos maiores sucessos de vendas da aviação executiva, com boa relação custo-benefício e com boa reputação no mercado aeronáutico. Um avião elegante e refinado, uma das melhores opções entre jatos executivos de médio porte.


O moderno Raytheon Hawker 400, conhecido anteriormente como Beechcraft Beechjet, é uma aeronave bimotor executiva de médio porte, com motorização turbofan e capacidade para transportar confortavelmente sete ou oito passageiros em viagens interestaduais e internacionais, desenvolvida e fabricada nas décadas de 1980, 1990 e 2000 nos Estados Unidos pela Raytheon Aircraft e, posteriormente, pela Hawker Beechcraft, que utilizaram como base para o seu desenvolvimento o projeto do jato executivo japonês Mitsubishi MU-300 Diamond.

Os jatos executivos bimotores de médio porte Cessna Citation II e Cessna Citation V estão na mesma faixa de mercado dos jatos executivos Raytheon Hawker 400, Beechcraft Beechjet e Mitsubishi MU-300 Diamond. Os seus principais concorrentes são os modelos de jatos executivos bimotores de médio porte Learjet 35, Embraer Phenom 300 e Learjet 31.

Atualmente, de todos esses modelos citados acima, somente o jato executivo brasileiro Embraer Phenom 300 é fabricado e os principais concorrentes deste são os americanos Cessna Citation CJ4 e Cessna Citation CJ3, e o suíço Pilatus PC-24, esses três atualmente em linha de produção seriada.

A TEXTRON AVIATION
A Textron Aviation é uma das maiores fabricantes de aeronaves executivas do mundo, ela é a empresa sucessora das fabricantes Cessna Aircraft e Beechcraft Corporation, ambas fundidas em 2014, passando assim a serem tratadas como marcas da Textron Aviation, que por sua vez é uma subsidiária da holding americana Textron Company, proprietária também da fabricante de motores aeronáuticos Lycoming Engines.

Ela é proprietária também da tradicional marca Hawker de jatos executivos, mas a fabricação em série desses modelos está suspensa por tempo indeterminado.

Até 2014, a Cessna Aircraft era uma das maiores e mais tradicionais fabricantes de aeronaves executivas do mundo. Atualmente, o portfólio de produtos da Textron Aviation, sua sucessora natural, é amplo, vai desde pequenos e extremamente econômicos monomotores a pistão, como o Cessna 172 Skyhawk, por exemplo, até sofisticados jatos executivos bimotores de alta performance, de porte médio e alcance intercontinental, como o Cessna Citation Longitude.

Até a década de 1980 a Beech Aircraft era propriedade de Olive Beech, a viúva do empresário americano Walter Beech, o fundador da grande, tradicional e conceituada fabricante de aviões, quando foi comprada pela corporação americana de tecnologia militar aeronáutica e aeroespacial Raytheon Company. Embora já tivesse um nome tradicional e forte no mercado, a Raytheon Company decidiu manter a marca Beechcraft por uma razão de praticidade, já que esta marca sempre teve uma presença marcante no mercado aeronáutico mundial, com boa fama de produtos de qualidade.

Na década de 2000, quando a Raytheon Company decidiu vender a sua divisão de aeronaves civis de pequeno e médio portes para os fundos de investimentos GS e Onex Partners, esses então compradores também decidiram manter as marcas Beechcraft e Hawker, pelo mesmo motivo, criando assim a Hawker Beechcraft, a sucessora da Raytheon Aircraft.

Posteriormente, em 2014, as marcas Beechcraft e a Hawker foram compradas pela holding americana Textron Company, que optou por descontinuar por tempo indeterminado a fabricação dos jatos executivos com essas marcas, mantendo somente o avião turboélice Beechcraft King Air, um campeão de vendas, e os aviões a pistão Bechcraft Baron e Beechcraft Bonanza em seu portfólio, este formado também pelos jatos executivos Cessna Citation e pelos aviões monomotores a pistão Cessna de asas altas.

A fabricante de helicópteros Bell Helicopter e a fabricante de motores para aeronaves a pistão Lycoming Engines também são propriedades da Textron Company.

Atualmente, o modelo Raytheon Hawker 400, conhecido também como Beechcraft Hawker 400, e o Raytheon Beechjet 400, conhecido também como Beechcraft Beechjet 400, estão sendo atualizados para a versão Beechjet XPR. Essa modernização e atualização é realizada pela própria fabricante Textron Aviation, a pedido de proprietários interessados.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima e logo abaixo, o confortável, refinado e elegante Beechcraft Beechjet, considerado ainda moderno pelo mercado aeronáutico, com capacidade para transportar até sete ou oito passageiros em viagens interestaduais e, em vários casos, até internacionais dentro de um mesmo continente. A grande maioria das unidades fabricadas nas décadas de 1980 e 1990 está bem conservada e em condições de voo.
O Raytheon Hawker 400 (pronuncia-se Rêition Róker) e seu irmão quase gêmeo Beechcraft Beechjet, são dois projetos quase idênticos de confortável aeronave executiva bimotor de médio porte, com motorização turbofan e com construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com asas enflechadas de perfil supercrítico. Ela tem capacidade para transportar confortavelmente sete ou oito passageiros em viagens interestaduais e, em vários casos, até internacionais, desenvolvida e fabricada nas décadas de 1980, 1990 e 2000 nos Estados Unidos pela Raytheon Aircraft e, posteriormente, pela Hawker Beechcraft, na época entre as maiores e mais conceituadas fabricantes de jatos executivos do planeta.

Ele não está na sofisticada categoria de jatos executivos intercontinentais de médio porte, mas pode ser considerado uma opção bastante razoável e até refinada e um pouco luxuosa de avião para quem precisa viajar dentro de um mesmo continente, em rotas interestaduais e internacionais. Ele tem cabine de passageiros pressurizada; trem de pouso retrátil; toalete básico no fundo da cabine de passageiros; galley na parte da frente da fuselagem, ao lado da porta principal de saída, para refeições rápidas e bebidas; corredor central na cabine de passageiros para facilitar o acesso dos passageiros aos assentos, ao toalete e à galley; ar condicionado (só funciona quando os motores estão ligados); e luzes de leitura para os passageiros; entre vários outros itens de conforto.

Nas décadas de 1980, 1990 e 2000, os modelos de jatos executivos Beechcraft Beechjet e Raytheon Hawker 400 já saíam de fábrica completos para voos por instrumentos. Eles possuem bordos de ataque das asas e do estabilizador horizontal com sistema anti-ice de aquecimento para evitar formação de gelo em altitudes elevadas e em dias frios; e dois bagageiros de volume bastante razoável, um na frente e outro atrás.

O alcance do Beechcraft Beechjet, por exemplo, pode variar. Segundo o fabricante, com os tanques cheios de combustível, dois passageiros adultos e duas crianças a bordo ele pode viajar non-stop cerca de 2.800 quilômetros. Mas à medida que o planejamento prévio da viagem contempla mais passageiros a bordo é necessário reprogramar a missão, talvez acrescentando uma parada para reabastecimento antes da chegada ao destino, dependendo da distância total entre origem e destino.

Na prática, o alcance do avião com seis passageiros adultos e duas crianças a bordo é de cerca de 2.100 quilômetros, um pouco mais ou um pouco menos, dependendo da velocidade de cruzeiro escolhida pela tripulação; do tempo (no sentido de meteorologia) em rota, na origem e no destino; e do comprimento da pista de pouso pavimentada na origem. Nesta condição, não é possível decolar com os tanques cheios de combustível...

Isso significa que, na prática, caso a aeronave esteja lotada de passageiros, só é possível chegar até Manaus, decolando de Campinas, por exemplo, com uma parada intermediária para reabastecimento em Cuiabá, por exemplo.

Já o alcance do Raytheon Hawker 400 é cerca de 300 quilômetros a mais que seu irmão quase idêntico Beechcraft Beechjet. Aliás, esta é uma das poucas diferenças significativas entre os dois modelos, tanto que no mercado aeronáutico eles são tratados quase da mesma forma.

Mesmo assim, no Brasil o Raytheon Hawker 400 e o Beechcraft Beechjet foram muito bem aceitos no mercado brasileiro, com dezenas de unidades vendidas aqui, com a grande maioria dos clientes satisfeita. Ainda hoje esse modelo é procurado por executivos, empresários, fazendeiros e até artistas para satisfazer suas necessidades de mobilidade com conforto e segurança. Várias empresas de táxi aéreo no Brasil ainda operam esses modelos, inclusive.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Logo acima e logo abaixo, o Beechcraft Beechjet tem vocação para transportar passageiros entre pequenos e grandes aeroportos e aeródromos de municípios do interior e de grandes metrópoles. Mesmo não sendo um avião grande, ele não passa despercebido e causa uma boa impressão por onde passa.
As décadas de 1960 e 1970 foram marcadas pelo florescimento da tecnologia do motor a jato na indústria aeronáutica civil e militar. Os primeiros modelos de jatos executivos com motorização turbojato e turbofan nasceram nessas décadas, entre eles o primeiro modelo de jato executivo, o Lockheed Jetstar. Depois desse pioneiro vieram outros modelos de outros fabricantes disputar esse mercado, entre eles o de Havilland DH-125 / Hawker Siddeley HS-125, o Cessna Citation I e o Cessna Citation II, o Learjet 24 e o Learjet 25, o North American Sabreliner / Rockwell Sabreliner e o Dassault Falcon 20.

Já na década de 1980 estava claro para a indústria aeronáutica e para o próprio mercado aeronáutico que o motor a jato veio pra ficar. Surgiram então mais opções de jatos executivos de pequeno e médio portes, entre elas o Canadair Challenger CL-600.

MITSUBISHI DIAMOND

Logo acima e logo abaixo, observe atentamente que o aspecto externo do Mitsubishi Diamond é bem parecido com os seus irmãos mais novos e modernos Beechcraft Beechjet e Raytheon Hawker 400. As asas, a fuselagem e a empenagem são praticamente idênticas e os motores são da mesma família, embora no Beechjet e no Hawker 400 eles sejam mais potentes.
Na década de 1970, a Mitsubishi Heavy Industries, uma empresa do conglomerado japonês Mitsubishi, já fabricava o turboélice bimotor para uso executivo Mitsubishi MU-2 e decidiu completar seu portfólio de produtos destinados à aviação executiva com a criação, o desenvolvimento e a fabricação em larga escala de um modelo de jato executivo de médio porte completamente novo.

Basicamente, em linhas gerais, os projetistas pensaram em um modelo bimotor com fuselagem e asas construídas em alumínio aeronáutico, com asas baixas enflechadas de perfil supercrítico, trem de pouso retrátil, pressurização de cabine, cauda em T, e motores turbofan fixados no cone de cauda, nada muito diferente dos principais modelos de jatos executivos já em produção pelas então grandes e conceituadas fabricantes Cessna Aircraft e Learjet Corporation.

Entretanto, o projeto totalmente original Mitsubishi Diamond, conhecido também no meio aeronáutico como Mitsubishi MU-300 Diamond, chamou a atenção da comunidade aeronáutica internacional na década de 1980 por uma variedade de boas ideias e algumas soluções adotadas no projeto, como o piso totalmente plano na cabine de passageiros e sua sofisticada asa com uma espécie de flap amplo ocupando quase todo o bordo de fuga, com as manobras em voo sendo executadas pelo acionamento de spoilerons fixados sobre o extradorso, o que resultou em velocidades de aproximação e pouso antes impossíveis de serem alcançadas por aeronaves de asas enflechadas com flaps e ailerons convencionais.

A partir daí, os flaps passaram a ocupar grande parte, cerca de 80%, do bordo de fuga das asas, resultando em um conjunto com melhor performance para pousos e decolagens em pistas pavimentadas de médio tamanho, com números próximos aos alcançados pelos jatinhos executivos da família Cessna Citation da Série 500, da fabricante estadunidense Cessna Aircraft, de cerca de 198 km / h no último trecho de aproximação, um pouco mais ou um pouco menos, dependo das condições de peso, altitude e temperatura ambiente.

Na verdade, a fabricante japonesa Mitsubishi Heavy Industries já havia chamado atenção da comunidade aeronáutica anos antes com a criação, o desenvolvimento e a fabricação do turboélice bimotor para uso executivo Mitsubishi MU-2, com mais de 700 unidades vendidas, mas foi somente a partir do projeto do Mitsubishi Diamond que a competência dos engenheiros aeronáuticos japoneses do conglomerado foi finalmente reconhecida no meio aeronáutico mundial.

Por uma razão estratégica de mercado, o grupo japonês Mitsubishi optou por fabricar em série o jato executivo Mitsubishi Diamond nos Estados Unidos. Acreditava assim que empregando mão de obra americana e contratando fornecedores americanos conseguiria mais facilmente conquistar clientes civis e governamentais.

De fato, ela conseguiu vender cerca de 100 unidades do Mitsubishi Diamond em apenas seis anos de fabricação, o que pode ser considerado um bom número para os padrões do mercado aeronáutico mundial.

BEECHCRAFT BEECHJET 400
Logo acima, o moderno cockpit do Beechcraft Beechjet 400, com o conjunto de aviônicos do tipo EFIS - Electronic Flight Instrument System, que aumenta a precisão da navegação e, por consequência, a segurança da viagem, além de reduzir a carga de trabalho da tripulação. Logo abaixo, dentro da cabine de passageiros, uma galley compacta para refeições rápidas e bebidas.

A partir de 1985, quando o fabricante norte-americano Raytheon Aircraft se interessou pelo projeto do Mitsubishi Diamond a ponto de comprá-lo e rebatizá-lo de Beechcraft Beechjet, vários aprimoramentos e melhorias no projeto foram estudados e colocados em prática, com motores mais potentes e um novo conjunto de aviônicos do tipo EFIS – Electronic Flight Instrument System, com as telas primárias, a tela multifuncional e o computador de gerenciamento de voo.

O bem sucedido jato executivo Beechcraft Beechjet é um modelo derivado direto do Mitsubishi Diamond, mas o jato da Raytheon Aircraft é mais moderno. Ele possui uma cabine de passageiros mais refinada e elegante e um cockpit mais moderno, mais atual. O moderno EFIS – Electronic Flight Instrument System é um sistema digital de instrumentos de voo instalado em aeronaves, cuja interface está baseada em tecnologias eletrônicas, em substituição aos clássicos conjuntos de aviônicos analógicos disponíveis como padrão em modelos de aeronaves fabricados até algumas décadas atrás.

Ele tem uma ampla porta principal de acesso para passageiros e tripulação, com uma pequena escada auxiliar escamoteável ou dobrável; cabine de passageiros na configuração em club seat de quatro assentos, complementada por mais dois assentos atrás, um assento próximo da porta principal e um assento extra no toalete, totalizando oito assentos na configuração padrão. A Raytheon Aircraft melhorou a eficiência dos materiais empregados no isolamento acústico da cabine de passageiros em relação ao seu irmão mais velho.

A motorização turbofan Pratt & Whitney JT15D do Beechcraft Beechjet é da mesma família de motores que impulsiona o Mitsubishi Diamond e o Cessna Citation II, e, para competir com o então novo modelo de jato executivo da marca Learjet, o Learjet 31, as mesmas características de conforto do Mitsubishi Diamond foram mantidas no Beechcraft Beechjet, incluindo uma galley compacta para refeições rápidas e bebidas, próxima à porta de entrada da aeronave, e um pequeno toalete básico no fundo da cabine de passageiros, com pia para lavar as mãos e escovar os dentes.

A robustez estrutural do Beechcraft Beechjet é exemplar. Ele possui, inclusive, duas resistentes longarinas paralelas de asa fixadas na sua robusta fuselagem de seção oval. Além disso as asas possuem sensores AOA que medem o ângulo de ataque em voo, o que pode ser muito útil para alertar a tripulação sobre a iminência de um perigoso estol. Para aumentar ainda mais a segurança a Raytheon Aircraft instalou dispositivos vibradores do tipo stick shaker nos manches para melhorar a consciência situacional da tripulação em voo e evitar estol.

Esse modelo de jato possui freios a disco com anti-skid (antitravamento). Além disso, em voo há a opção de acionamento de freios aerodinâmicos, conhecidos também como speed brakes.

A Raytheon Aircraft conseguiu alcançar a expressiva marca de mais de 400 unidades de Beechcraft Beechjet em cerca de 15 anos de fabricação, quando ele foi substituído na linha de montagem de seu derivado melhorado e atualizado, Raytheon Hawker 400.

RAYTHEON HAWKER 400
Na década de 2000, a fabricante norte americana Raytheon Aircraft introduziu algumas melhorias no projeto do Beechcraft Beechjet, incluindo um pequeno aumento no peso máximo de decolagem e um aumento em 300 quilômetros no seu alcance, e renomeou o jatinho executivo para Raytheon Hawker 400, resultando em mais de 300 unidades vendidas.

NEXTANT 400 XTI

A Nextant Aerospace é uma empresa americana especializada em up-grades e retrofits de aeronaves executivas. Para melhorar o que já era bom, a empresa desenvolveu uma série de melhorias que está sendo oferecida aos atuais proprietários dos jatos executivos Mitsubishi Diamond, Beechcraft Beechjet e Raytheon Hawker 400, baseada em modernizações e atualizações desses produtos básicos oferecidos até a metade da década de 1980 pela Mitsubishi Heavy Industries, até a metade da década de 2000 pela Raytheon Aircraft e até alguns anos atrás pela Hawker Beechcraft.

Basicamente, em linhas gerais, trata-se da troca dos motores turbofan Pratt & Whitney JT15D que impulsionam pelos modelos de fábrica por motores mais modernos e econômicos, a linha de motores Williams FJ44. São praticamente os mesmos motores que impulsionam os jatos das famílias CitationJet, fabricada pela americana Cessna Aircraft, e que impulsionam o Beechcraft Premier I, da Raytheon Aircraft.

Também é realizado um up-grade de aviônicos para o Mitsubishi Diamond e para Beechcraft Beechjet, ou seja, os aviônicos originais de fábrica adotados para o Mitsubishi Diamond e para o Beechcraft Beechjet são trocados para a linha Collins Pro Line 21, do tipo EFIS – Electronic Flight Instrument System, com as telas PFD – Primary Flight Display e MFD – Multi Funcion Display.

Na verdade, como já foi dito acima, o Beechcraft Beechjet já possui de fábrica o sistema de aviônicos EFIS – Electronic Flight Instrument System, mas a Nextant Aerospace passou a oferecer uma melhoria para esse projeto, com a linha Collins Pro Line 21.

MERCADO
Logo acima, a confortável e refinada cabine de passageiros do Beechcraft Beechjet, configurada para até oito passageiros. O modelo possui um toalete no fundo da cabine. Logo abaixo, imagem do jato executivo em voo em mais um ângulo, em aproximação para pouso. Observe atentamente os amplos flaps baixados que ocupam quase todo o bordo de fuga das asas. Essa solução ajuda a reduzir a velocidade nas aproximações e nos pousos.
É consenso dentro do meio aeronáutico que, do ponto de vista econômico, os aviões turboélice são mais vantajosos que os aviões a jato em viagens de até 500 quilômetros. Além disso, de modo geral os turboélices pousam e decolam melhor em pistas de pouso sem pavimentação.

Nesse sentido, em viagens de mais de 750 quilômetros os aviões a jato são mais vantajosos, com o benefício da maior velocidade de cruzeiro que os jatos apresentam e os turboélices não conseguem alcançar. Cada tipo de aeronave tem um perfil de utilização específico. Por exemplo: O cliente que viaja para todo o Brasil, não quer e / ou não pode abrir mão de conforto e velocidade encontrará no jato executivo a melhor solução.

Pela robustez característica do projeto e pela capacidade de pousar e decolar em pistas de pouso pavimentadas de comprimento médio, os jatos executivos Mitsubishi Diamond, Beechcraft Beechjet e Raytheon Hawker 400 foram escolhidos por empresários e executivos brasileiros, americanos, europeus e de outros países como o meio de transporte para visitas às filiais de empresas, fornecedores e revendedores.

Segundo o RAB – Registro Aeronáutico Brasileiro, elaborado pela ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, em 2017 havia registradas no Brasil, 5 unidades de jatos executivos Mitsubishi Diamond, 46 unidades de jatos executivos Beechcraft Beechjet e 3 unidades de jatos executivos Raytheon Hawker 400, sendo operadas por pessoas jurídicas e pessoas físicas, a maioria delas executando missões domésticas e internacionais.

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
  • Capacidade: 7 ou 8 passageiros;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 820 km/h;
  • Motorização / Beechjet (potência): 2 X Pratt & Whitney JT15D (2.965 libras / cada);
  • Motorização / Hawker 400 (potência): 2 X Pratt & Whitney JT15D (2.965 libras / cada);
  • Motorização / Diamond (potência): 2 X Pratt & Whitney JT15D (
  • Consumo médio (QAV): Aprox. 700 litros / hora (lotado / 75% potência);
  • Consumo médio (QAV): Aprox. 0,1 litro / passageiro / km voado);
  • TBO (tempo entre revisões): 3.600 horas (Hawker 400);
  • TBO (tempo entre revisões): 3.500 horas (Beechjet);
  • Aviônicos (Beechjet): EFIS Collins ProLine 4;
  • Certificação: FAR 25 / IFR;
  • Climb (subida): Aprox. 600 metros / minuto;
  • Teto de serviço: Aprox. 13.500 metros;
  • Pista de pouso: Aprox. 1.650 metros (quatro passageiros / dias quentes / tanques cheios);
  • Peso máximo decolagem: Aprox. 7.400 kg (Hawker 400);
  • Peso máximo decolagem: Aprox. 7.300 kg (Beechjet);
  • Alcance (Beechjet): Aprox. 2.100 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Alcance (Hawker 400): Aprox. 2.400 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Preço no Brasil (Diamond): US$ 800 mil (com upgrade / retrofit de aviônicos e interior);
  • Preço no Brasil (Beechjet): US$ 1,8 milhão (usado / bom estado de conservação);
  • Preço no Brasil (Hawker 400): US$ 2,1 milhões (usado / bom estado de conservação);

ONDE COMPRAR
A importação de unidades usadas de Mitsubishi Diamond, Beechcraft Beechjet e Raytheon Hawker 400 também é possível para compradores brasileiros. Porém, somando todos os impostos e taxas, o preço final da aeronave já nacionalizada pode sofrer um acréscimo de cerca de 30% em relação ao preço inicial no exterior.

Não é aconselhável comprar sozinho (a), sem acompanhamento, uma aeronave se não entende do assunto. É aconselhável buscar assessoria profissional especializada e confiável no Brasil para a seleção, a negociação de compra, o cumprimento de todos os trâmites burocráticos relacionados à importação e nacionalização, hangaragem, manutenção e treinamento de tripulação.

Várias empresas idôneas no Brasil oferecem esse tipo de serviço de assessoria e manutenção, entre elas a Líder Aviação, a Japi Aeronaves e a Global Aircraft. Algumas delas oferecem também o serviço de gerenciamento de aeronaves.

O Raytheon Hawker 400 não tem limite de vida útil de estrutura ou célula estabelecido por várias autoridades certificadoras. Mesmo assim, no momento da avaliação das ofertas disponíveis no mercado de aeronaves usadas, quando duas ou mais estiverem em bom estado de conservação e com praticamente o mesmo preço, dê preferência para aquela estiver com menor número de horas voadas.

SEGURANÇA DE VOO
Estatisticamente, em números aproximados, a aviação comercial e a aviação executiva são os meios de transporte mais seguros que existem, com cerca de três acidentes graves com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas, considerando a média mundial. Entretanto, se forem levados em consideração apenas os números de países desenvolvidos, como Canadá, Estados Unidos, países da Europa Ocidental, o Japão, a Coreia do Sul e a Austrália, os números de acidentes para cada um milhão de viagens são ainda menores, na média cerca de um acidente grave com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas.

Os jatos executivos da família Mitsubishi Diamond / Beechcraft Beechjet / Raytheon Hawker 400 fabricados pela Mitisubishi e pela Raytheon Company / Hawker Beechcraft sempre foram bem construídos. Entretanto, pilotos e mecânicos de jatos executivos fabricados pela Mitisubishi e pela Raytheon Company / Hawker Beechcraft devem adotar e desenvolver hábitos saudáveis de operação e manutenção.

Foram registrados três acidentes graves com vítimas fatais nos quais os aviões da família Mitsubishi Diamond / Beechcraft Beechjet / Raytheon Hawker 400 se envolveram e / ou foram envolvidos, o equivalente a menos de 1% do número total de aeronaves fabricadas, um deles acidente CFIT durante aproximação; outro acidente causado por perda da consciência situacional sob mau tempo sobre região montanhosa, após a decolagem; e o terceiro causado por perda de controle da aeronave em aproximação.

Não é o ideal, é claro, porque o ideal é que não haja acidentes, mas é um número extremamente baixo. Portanto, esses aviões estão entre os modelos mais seguros que existem.

TRÊS VISTAS


VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Olive_Ann_Beech
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Beechcraft_Hawker_400XP
  • Textron Aviation (divulgação): Imagens
  • Nextant (divulgação): Imagem
  • Mitsubishi (divulgação): Imagem
  • Wikimedia: Imagens

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