GRUMMAN F-14 TOMCAT

GRUMMAN F-14A TOMCAT

GRUMMAN F-14A SUPER TOMCAT

GRUMMAN F-14B TOMCAT

GRUMMAN F-14D TOMCAT

INTRODUÇÃO

Logo acima, o poderoso caça militar supersônico Grumman F-14 Tomcat, aeronave ágil e sofisticada, um avião militar de primeiro mundo, usado intensivamente nas décadas de 1970, 1980 e 1990 pela Marinha dos Estados Unidos. Logo abaixo, um caça americano de quarta geração, desenvolvido para ser uma plataforma voadora efetiva de proteção de espaços aéreos e de territórios, com algumas das melhores tecnologias militares da época.

O sofisticado Grumman F-14 Tomcat é uma aeronave bimotor de altíssima performance para emprego exclusivamente militar, com potente motorização turbofan e asas de geometria variável, criado, desenvolvido e fabricado nos Estados Unidos pela Grumman Aerospace, uma das maiores e mais respeitadas indústrias aeroespaciais e aeronáuticas do mundo nas décadas de 1960, 1970, 1980 e 1990. Ele foi o substituto de outro poderoso ícone da aviação militar americana, o clássico caça-bombardeiro americano McDonnell Douglas F-4 Phantom II, utilizado intensivamente na Guerra do Vietnã, inclusive.

Os seus principais concorrentes foram o McDonnell Douglas F-15 Eagle, o RAC Mikoyan Gurevich MIG-35, o Boeing F/A-18 Hornet, o Mikoyan Gurevich MIG-23, o Sukhoi Su-27 (Flanker), o Panavia Tornado, o Mikoyan Gurevich MIG-25, o Sukhoi Su-30, o Mikoyan Gurevich MIG-27, o Sukhoi Su-33, o RAC Mikoyan Gurevich MIG-29 (Fulcrum), o Sukhoi Su-35 e Mikoyan Gurevich MIG-31, todos esses também poderosos instrumentos de dissuasão. O Grumman F-14 Tomcat e a maioria de seus principais concorrentes não são mais fabricados, a maioria deles foi substituída nas respectivas linhas de montagens por modelos ainda mais sofisticados e poderosos. De todos esses modelos citados, somente o Sukhoi Su-35, o Mikoyan Gurevich MIG-29, o Sukhoi Su-30, o Mikoyan Gurevich MIG-35 e o Sukhoi Su-34 ainda são fabricados na Rússia.

O bem sucedido Grumman F-14 Tomcat foi substituído nas Forças Armadas Americanas a partir da década de 2000 pelo caça bimotor Boeing F/A-18 Super Hornet, que por sua vez já foi e/ou está sendo substituído pelos caças multimissão stealth Lockheed Martin F-22 Raptor e Lockheed Martin F-35 Lightning.

A NORTHROP GRUMMAN

A gigante americana Northrop Grumman é uma das mais tradicionais companhias de altíssima tecnologia militar do planeta. Ela é o resultado da fusão em 1994 de duas então gigantes americanas da indústria de defesa, a Northrop Corporation e a Grumman Aerospace, a primeira focada na fabricação de aeronaves militares e a segunda focada em tecnologias aeroespacial, aeronáutica e naval, para o mercado civil e para o mercado militar. Atualmente e nas décadas mais recentes, a empresa resultante da fusão dessas duas empresas, a Northrop Grumman, tem focado seus esforços no mercado de defesa, principalmente criando, desenvolvendo e fabricando aeronaves militares, incluindo drones de altíssima tecnologia; mísseis de ataque e sistemas de defesa anti-mísseis; satélites; hardwares e softwares para TI – Tecnologia da Informação; entre outros produtos.

No passado, há décadas atrás, a Grumman Aerospace já foi proprietária da conceituada fabricante de aeronaves civis Gulfstream Aerospace, por exemplo. Outro icônico e admirado produto da Grumman Aerospace foi o módulo lunar Apollo, aquela mesma nave tripulada que fez vários pousos controlados sobre a superfície da Lua nas décadas de 1960 e 1970. Já a Northrop Corporation, foi a fabricante da aeronave mais cara do mundo, o Northrop B-2 Spirit, um sofisticadíssimo bombardeiro com tecnologia de furtividade, conhecida também como tecnologia stealth.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, o jato militar bimotor supersônico Grumman F-14 Tomcat foi escolhido pelo Governo Americano para integrar a espinha dorsal de seu sistema naval de defesa e dissuasão baseado em sua sofisticada e poderosa esquadra de grandes porta-aviões nucleares. Logo abaixo, ele é considerado o portador de alguns dos mais significativos avanços tecnológicos militares da indústria aeronáutica americana na década de 1970, o substituto natural de outro emblemático e icônico instrumento de dissuasão, o McDonnell Douglas F-4 Phantom II.

O icônico jato bimotor Grumman F-14 Tomcat é um caça-bombardeiro de altíssima performance para defesa aérea em geral, com policiamento do espaço aéreo e reconhecimento com interceptação aérea, caso necessária, ataques do tipo ar-terra e/ou ar-mar, e um poderoso instrumento de dissuasão. Ele está equipado com um sofisticado radar Hughes APG-71. A Grumman Aerospace criou e desenvolveu o Grumman F-14 Tomcat nas décadas de 1960 e 1970 para ser uma aeronave de superioridade aérea e iniciou a fabricação desse caça naval na década de 1970. Ele é um projeto quase totalmente original de avião militar biposto em tandem e supersônico com construção convencional em alumínio, aço e titânio, com sofisticado sistema computadorizado de controle de enflechamento das asas, aliás esta uma de suas características mais marcantes.

Por décadas seguidas, ele foi considerado um símbolo do poderio militar americano, quando baseado nos porta-aviões nucleares das classes USS Enterprise e USS Nimitz, por exemplo, esses entre os mais respeitados do mundo. Ele foi amplamente testado e amadurecido na década de 1970 e foi usado intensivamente e com sucesso nas décadas seguintes em uma variedade de missões militares nas quais os Estados Unidos, o Canadá, a Austrália e parte da Europa Ocidental estiveram envolvidos, incluindo missões oficiais no Iraque, no Kuwait e na Arábia Saudita (Guerra do Golfo, de 1990 até 1992), na Bósnia, na Iugoslávia e na Croácia (Guerra da Bósnia, de 1992 até 1995), em Kosovo, na Sérvia e na Iugoslávia (Guerra do Kosovo, de 1990) e após os ataques contra o Word Trade Center e o Pentágono em 11 de setembro de 2001, numa guerra contra Iraque e Afeganistão, em conjunto com outros modelos variados de caças de nações amigas integrantes da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte.

O termo dissuasão é usado para designar uma tradicional e consagrada estratégia governamental, usada principalmente em tempos de paz ou de tensões baixas e moderadas, que consiste em manter as potenciais nações agressoras (aquelas em que o comportamento hostil é uma certeza ou um risco baixo, médio ou alto) mais ou menos conscientes, seja por meios diplomáticos ou por ação militar direta de advertência, sobre a capacidade de reação do país cuja soberania seja, eventualmente, agredida.

Em relação às chamadas nações amigas não há necessidade de dissuasão, pelo contrário, são comuns os exercícios de treinamento militar em conjunto, em tempos de paz, e as ações militares coordenadas, quando há guerras ou tensões militares mais acentuadas.

O temido Grumman F-14 Tomcat é um projeto quase totalmente original, ele não foi derivado de nenhum outro modelo de aeronave militar, mas parte do conceito de asa de geometria variável do caça militar General Dynamics F-111 está presente no avião militar da Grumman Aerospace. O robusto Grumman F-14 Tomcat é uma aeronave com alto poder de fogo e, portanto, pesada, com peso máximo de decolagem de quase 32.000 kg, com capacidade para aproximadamente 6.500 kg de armamentos nas primeiras versões, distribuídos em até 10 pontos de fixação de mísseis na raízes fixas das asas móveis e na fuselagem, com capacidade de desenvolver cerca de 2.500 km/h usando a pós-combustão de seus dois motores turbofan de altíssimo desempenho Pratt & Whitney TF-30, com quase 21.000 libras de empuxo cada, com pós-combustão. A sua estrutura metálica, com dupla deriva, inclusive, seus sistemas elétricos e eletrônicos e seus motores foram construídos com robustez e durabilidade suficiente para possibilitar a operação intensiva em porta-aviões e suportando, até certo limite, é claro, as condições adversas sobre mares e oceanos.

Na verdade, o então avançado Grumman F-14 Tomcat também esteve no cenário da vanguarda tecnológica ao incorporar várias partes menores e peças em material composto, uma novidade na época em que foi fabricado. Outra novidade para a época foi o uso intensivo do titânio em sua estrutura. Cerca de 24% da aeronave foi construída em titânio, cerca de 38% em ligas de alumínio e cerca de 14% de aço.

O raio de ação, isto é, a área protegida ou, ainda, o raio de combate do Grumman F-14 Tomcat é de cerca de 1.000 quilômetros, mas pode chegar até 2.000 quilômetros, contando a partir do seu ponto de origem, da sua base militar em terra ou no mar, dependendo da sua configuração e peso de armamentos transportados. Ele está equipado com mísseis guiados a laser e bombas de alto poder de destruição.

Um dos exemplos mais marcantes do alto nível de sofisticação do Grumman F-14 Tomcat na época em que estava em serviço na Marinha dos Estados Unidos era a sua capacidade de atacar mísseis de cruzeiro, mesmo eles estando em baixa altitude. Ele possui ainda a capacidade de soltar flares para servir como “iscas” contra mísseis buscadores de calor, lançados contra si.

Numa época em que ainda não existia GPS – Global Positioning System, a então moderníssima navegação do Grumman F-14 Tomcat era realizada com o auxílio do sistema de navegação inercial.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Logo acima e logo abaixo, o Grumman F-14 Tomcat, a supermáquina da Marinha dos Estados Unidos. Aeronave militar avançada, tecnologicamente superior a qualquer outro caça militar bimotor de quarta geração nas décadas de 1970 e 1980. Esse avião atendeu aos rígidos critérios de seleção das Forças Armadas Americanas, no entanto foi adotado somente pela Marinha dos Estados Unidos, enquanto a Força Aérea dos Estados Unidos decidiu pelo McDonnell Douglas F-15 Eagle.

O caça multifunção Grumman F-14 Tomcat é uma aeronave bimotor de quarta geração, ele foi criado e desenvolvido pela Grumman Aerospace na década de 1960, inicialmente para renovar a frota de aeronaves militares de altíssima performance das Forças Armadas do Estados Unidos e, posteriormente, para exportação para nações amigas. Porém, a Grumman Aerospace não teve sucesso ao oferecer o seu modelo de aeronave militar para outros países. Aliás, o único país interessado no caro modelo de aeronave, com condições financeiras de comprá-lo e mantê-lo foi o Irã, um grande exportador de petróleo, na época um aliado dos Estados Unidos, liderado pelo monarca Reza Pahlevi.

O avião militar da Grumman Aerospace foi o substituto natural do veterano McDonnell Douglas F-4 Phantom II, uma grande responsabilidade, já que esse modelo de caça também integrou a espinha dorsal de defesa das Forças Armadas Americanas. O bimotor a jato da Grumman Aerospace é mais veloz e tem maior capacidade de carga útil que o McDonnell Douglas F-4 Phantom II.

O nome Grumman F-14 Tomcat é uma homenagem do fabricante ao almirante americano Richard Conolly, um combatente na Primeira Guerra Mundial e na Segunda Guerra Mundial, cujo apelido era Tomcat. O jato militar bimotor americano foi desenvolvido e escolhido pela Marinha dos Estados Unidos dentro do programa de renovação de caças-bombardeiros VFX - Naval Fighter Experimental, da década de 1970, que visava substituir os jatos militares McDonnell Douglas F-4 Phantom II e General Dynamics F-111B, este também com asas de geometria variável.

O caça Grumman F-14 Tomcat não foi o primeiro avião militar criado com o conceito de geometria variável, mas foi um dos primeiros em que a tecnologia de enflechamento variável pôde ser amplamente testada e aprovada em operações reais de combate e de treinamento. Com a possibilidade de enflechamento moderado ou leve, em torno de 20°, ele pode reduzir sua velocidade de decolagem, aproximação e pouso, para decolar e pousar em porta aviões, estes geralmente em movimento e geralmente contra o vento, com apenas 150 metros de comprimento de pista, com o uso de catapultas de impulso nos lançamentos / decolagens e com uso de cabos de aço transversais extremamente resistentes nos pousos, nos quais o gancho da aeronave era utilizado para a parada segura.

O primeiro modelo Grumman F-14A Tomcat, o modelo original a partir do qual todas as versões foram fabricadas, possui o radar Hughes APG-71, que integra o sistema AWG-9, com funções de busca e rastreamento de alvos múltiplos, com capacidade para rastrear até 24 alvos simultaneamente e atacar até seis deles ao mesmo tempo. Também possui computadores de bordo para controle de tiro e o HUD - Head Up Display, uma novidade na época. O cockpit do Grumman F-14A Tomcat foi, em sua época, um dos mais modernos disponíveis em caças em operação no mundo. Durante a década de 1970, ele foi um dos aviões militares que mais integrou novas tecnologias usadas em operações militares reais, ao lado de outro avião também inovador, o McDonnell Douglas F-15 Eagle.

No contexto da chamada Guerra Fria, o Grumman F-14A Tomcat foi criado originalmente para ser uma aeronave de proteção às esquadras de embarcações de guerra americanas, mas com o passar do tempo ele teve a oportunidade de mostrar suas demais qualidades, com a execução competente de missões de combate contra alvos no mar e no solo, na prática tornando-se então um caça-bombardeiro eficaz nas décadas de 1980 e 1990, inclusive na Guerra do Golfo, na Guerra do Kosovo e na Guerra da Bósnia.

Mas a sua primeira importante missão realizada com sucesso foi bem antes, em 1981, contra dois caças Sukhoi Su-22 da Líbia, destruindo os dois aviões e retornando intacto para o ponto de origem.

O potente motor turbofan com pós-combustão Pratt & Whiney TF-30 que impulsiona o Grumman F-14 Tomcat foi criado originalmente pela fabricante americana Pratt & Whitney para impulsionar o caça americano General Dynamics F-111 Aardvark e, posteriormente, adaptado para uso no avião militar da Grumman Aerospace. Entretanto, uma opção de motorização para o Grumman F-14 Tomcat foi oferecida pela General Electric e foi aceita pela Marinha dos Estados Unidos, com uma parte da frota americana impulsionada pelo General Electric F110.

A combinação dessas motorizações utilizadas para impulsionar o Grumman F-14 Tomcat e uma variedade de novas tecnologias, incluindo a aerodinâmica refinada, com design esguio e com o uso de enflechamento variável, com a opção de até 68° de enflechamento, resulta na altíssima velocidade máxima de cerca de 2.500 km/h, com pós-combustão acionada. Mas vale lembrar que não é possível manter a pós-combustão em funcionamento durante toda a missão porque nessa condição o consumo de combustível é muito alto.

MERCADO

Nas décadas seguintes ao início da fabricação o caça multimissão Grumman F-14 Tomcat foi oferecido pela Grumman Aerospace para Arábia Saudita, Israel, Japão, Austrália, Canadá e Espanha. Porém, por algum motivo, provavelmente o seu preço elevado de aquisição e alto custo de manutenção e operação, desestimulou os seus potenciais compradores, com alguns deles dando preferência a outros modelos de aeronaves concorrentes, entre eles o americano McDonnell Douglas F-15 Eagle e o também americano Boeing F/A-18 Hornet, este o antecessor do Boeing F/A-18 Super Hornet.

No entanto, é consenso no meio aeronáutico de que os projetos do Grumman F-14 Tomcat, dos aviões espiões Lockheed U-2 Utility e Lockheed SR-71 Blackbird, dos aviões de característica stealth Lockheed F-117 Nighthawk e Northop B-2 Spirit, juntamente com as bases militares americanas instaladas em território americano e em países amigos, juntamente com os seus satélites espiões, com os seus projetos de grandes navios de guerra nucleares, seus tanques de guerra e mísseis de cruzeiro tornaram os Estados Unidos uma potência militar sem precedentes em todo planeta, por várias décadas.

Com a falência econômica e política do regime comunista na União Soviética na década de 1980 e sua lenta transição (Perestroika e Glasnost) para um regime político e de mercado mais ou menos livre, essa liderança política, econômica e militar americana no mundo ocidental e até em parte do mundo oriental ficou ainda mais evidente.

A discreta China só nas décadas mais recentes começou a se destacar no cenário político, econômico e militar, principalmente na Ásia e da África. Há quem diga (em tom irônico ou não) que a América Latina é o “quintal” dos Estados Unidos e da Europa Ocidental. O fato é que por aqui os russos e chineses têm mesmo pouca influência política e até mesmo alguma dificuldade na venda de seus produtos militares. Talvez algumas das explicações para isso sejam mais simples do que pareçam, entre elas as línguas chinesa e russa e suas culturas diferentes da cultura brasileira, por exemplo.

O caça-bombardeiro Grumman F-14 Tomcat não voa mais pela Marinha dos Estados Unidos, ele foi gradativamente desativado na década de 2000 e substituído com vantagens de custo de aquisição e custo operacional pelo Boeing F/A-18 Super Hornet. Grande parte das mais de 600 unidades fabricadas para servir à nação americana foram destruídas a pedido da própria Marinha dos Estados Unidos para evitar que suas peças fossem contrabandeadas para o Irã, que, ao que parece, ainda possui cerca de 20 unidades em operação.

ARMAMENTOS (F-14D)

Desde a década de 1970, quando foi lançado, o poder de fogo do Grumman F-14 Tomcat foi aumentado, década após década, na medida em que novas tecnologias de armamentos foram sendo desenvolvidas e colocadas no mercado militar e na medida em que a potência / empuxo dos motores foi sendo aumentada:

Canhão: Gatling M61A1 Vulcan, de 20 milímetros;
Hard points (pontos de acoplamento de armamentos): 10 pontos, para até 6.600 kg;
Foguetes: LAU-10;
Sistema de reconhecimento: TARPS;
Ar-terra: LANTIRN LTS AN/AAQ-14;
Mísseis: AIM-54 Phoenix, AIM-7 Sparrow e AIM-9 Sidewinder;
Bombas: JDAM, Paveway a laser, MK 80 e MK 20;
Radar: Hughes AN / APG-71;

CURIOSIDADE

Até então pouco conhecido da população em geral, com suas principais características mais conhecidas nos meios militares, acadêmicos e intelectuais, governamentais e na comunidade aeronáutica civil, o Grumman F-14 Tomcat foi intensivamente usado nas filmagens do filme americano de ação Top Gun - Ases Indomáveis, um grande sucesso do cinema, lançado em 1986, dirigido por Tony Scott e protagonizado pelo ator americano Tom Cruise e pela atriz americana Kelly McGillis, entre outros bons atores e atrizes coadjuvantes, como Val Kilmer, Anthony Edwards, Tom Skerritt, Michael Ironside e Meg Ryan.

No entanto, cabe aqui algumas ressalvas importantes: Um dos modelos de aeronaves usados nas filmagens não corresponde ao citado ou referido no roteiro do filme. Nas filmagens foram usados caças Northrop F-5 Tiger em vez de um tal de "MIG-28" (que, na realidade, não existe) citado no filme. Além disso, é pouco provável que a Marinha dos Estados Unidos aceitasse em seu quadro pilotos meio indisciplinados (embora talentosos), como no filme.

A produção do filme contou com o valioso apoio da Marinha dos Estados Unidos, sem a qual seria impossível conseguir filmagens de boa qualidade, com uma razoável verossimilhança, com muitas cenas dentro do ambiente militar real, com algumas delas realmente impressionantes, inclusive.

O filme foi exibido várias vezes em horário nobre na TV aberta pela TV Globo, nas décadas de 1980 e 1990. Ainda hoje, de vez em quando, é exibido também na TV paga brasileira.

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Tripulação: 1 piloto e 1 operador de radar;
Motorização F-14A (potência / empuxo): 2 X Pratt & Whitney TF-30 (20.900 libras / cada);
Motorização F-14D (potência / empuxo): 2 X General Electric F110 (23.400 libras / cada);
Comprimento: Aprox. 19 metros;
Envergadura: Entre 12 metros e 20 metros;
Altura: Aprox. 5 metros;
Peso máximo de decolagem F-14A: Aprox. 32.000 kg;
Peso máximo de decolagem F-14B: Aprox. 33.800 kg;
Peso vazio F-14A: Aprox. 18.000 kg;
Peso vazio F-14D:Aprox. 19.800 kg;
Limite estrutural: Até 7,5 g;
Teto de serviço: Aprox. 16.000 metros;
Velocidade máxima (em altitude elevada): Aprox. 2.500 km / h;
Velocidade de cruzeiro: Aprox. 1.000 km/h;
Alcance para translado (F-14D): Aprox. 3.000 quilômetros (com reservas)
Raio de ação (área protegida): Aprox. 1.000 quilômetros (com reservas)