GENERAL MOTORS DO BRASIL

GENERAL MOTORS DO BRASIL
GENERAL MOTORS CORPORATION
GENERAL MOTORS COMPANY
CHEVROLET BRASIL

GMC

INTRODUÇÃO

A tradicional General Motors do Brasil é uma grande fabricante brasileira de automóveis, pickups leves e pickups médias, uma subsidiária da multinacional americana General Motors Company, por sua vez uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo. Ela foi a maior fabricante e importadora / vendedora de automóveis e pickups do Brasil em 2017, por exemplo, com cerca de 394.000 unidades vendidas, a grande maioria fabricada aqui no Brasil, o equivalente a cerca de 18% do mercado brasileiro de automóveis, pickups leves e pickups médias.

Em 2019, por exemplo, ela foi a segunda maior fabricante de veículos, com mais de 475.000 unidades, já que o então grupo americano e italiano FCA Fiat Chrysler, conhecido atualmente como Stellantis, conseguiu somar mais de 495.000 unidades com suas marcas Fiat e Jeep, entre outras.

Conhecida também como Chevrolet Brasil, ela foi fundada no Brasil em 1925, mas nos primeiros cinco anos de atividades por aqui só montava no Brasil veículos quase prontos importados dos Estados Unidos. Somente a partir de 1930 a General Motors do Brasil passou a fabricar, de fato, veículos no Brasil, com a inauguração da sua primeira linha de montagem de larga escala, a fábrica de São Caetano do Sul, na Região Metropolitana de São Paulo, a capital do estado de São Paulo.

Atualmente, a empresa possui cinco fábricas de grande porte no Brasil, nos municípios de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, esses três municípios localizados no estado de São Paulo, sendo dois deles, o primeiro e o terceiro, integrantes da Região Metropolitana de São Paulo; no município de Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, esta a capital do estado do Rio Grande do Sul; e no município de Joinville, no interior do estado de Santa Catarina. Ela emprega atualmente cerca de 20.000 pessoas no Brasil e é administrada pelo executivo Carlos Zarlenga, que trabalha na sede da empresa em São Caetano do Sul e acumula, inclusive, a liderança da GM Mercosul, a controladora das duas subsidiárias do grupo General Motors no Mercosul, a GM Brasil e a GM Argentina, além da liderança da GM América do Sul, a controladora de todas as subsidiárias na América do Sul, incluindo a GM Chile, a GM Uruguai, a GM Colômbia, a GM Paraguai, a GM Peru, a GM Equador e a GM Bolívia.

Por uma razão óbvia, a General Motors Company não possui subsidiária na Venezuela...

A empresa possui no Brasil dois centros de desenvolvimento de veículos, um deles localizado em São Caetano do Sul e outro localizado em Indaiatuba, este município no interior do estado de São Paulo. A unidade de Indaiatuba é um campo de provas, realiza testes e possui laboratórios e oficinas. Além dessas unidades, a empresa possui um centro logístico e de estoque no município de Sorocaba, no interior do estado de São Paulo.

Nos municípios de Mogi das Cruzes – S.P. e Joinville – S.C. ela fabrica motores, transmissões e outras peças, partes e componentes usados na fabricação / montagem de automóveis.

Os principais produtos da General Motors do Brasil no mercado brasileiro de automóveis e pickups ou picapes são o compacto Chevrolet Onix, um automóvel hatch; o compacto Chevrolet Onix Plus, um modelo sedan; o hatch compacto Chevrolet Joy; o sedan compacto Chevrolet Joy Plus; o utilitário esportivo compacto Chevrolet Tracker, fabricado no Brasil; o sedan de luxo de tamanho médio Chevrolet Cruze, importado da Argentina; o utilitário esportivo de luxo e de tamanho médio Chevrolet Equinox, importado do México; o automóvel esportivo de alto luxo Chevrolet Camaro, importado dos Estados Unidos; a minivan média Chevrolet Spin; o utilitário esportivo de luxo de tamanho médio Chevrolet Trailblazer; a pickup leve Chevrolet Montana; a pickup média Chevrolet S10, em versões de cabine simples e cabine dupla, uma das mais vendidas do segmento utilitário médio no Brasil, atualmente; e uma novidade interessante, o gracioso Chevrolet Bolt, um automóvel hatch totalmente elétrico, que está sendo introduzido no mercado brasileiro.

As principais concorrentes da General Motors do Brasil são a Ford do Brasil; a Stellantis, por meio das marcas Fiat, Jeep, Citroen, Peugeot e Dodge; o Grupo Volkswagen, por meio das marcas Volkswagen, Audi e Porsche; o grupo coreano Hyundai / Kia; a japonesa Toyota; o grupo Renault Nissan Mitsubishi, da França e do Japão; e a japonesa Honda.

A GENERAL MOTORS

Logo acima, o logotipo mais recente da General Motors, uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo, presente no Brasil desde 1925. Logo abaixo, o logotipo mais recente da sua principal marca de automóveis, a Chevrolet, uma das mais populares do Brasil.

A gigante centenária americana General Motors Company foi a quinta maior fabricante de automóveis, pickups e caminhões do planeta, com mais de 6.800.000 unidades fabricadas em 2017. Um ano depois, em 2018, ela foi a quarta maior fabricante, com mais de 7.100.000 unidades fabricadas. Ela foi fundada em 1908 pelo empresário americano William Durant e está sediada em Detroit, no estado de Michigan, nos Estados Unidos. Em 1911, o empresário William Durant e Louis Chevrolet firmaram uma parceira para a fabricação em série do primeiro modelo de automóvel com a marca Chevrolet, o Chevrolet 6, com três metros de comprimento e capacidade para transportar até cinco pessoas, com motor de seis cilindros em linha com 4,9 litros e velocidade de até 100 km/h.

Mas o sucesso mundial veio depois, em 1923, quando o alto executivo americano Alfred Sloan Junior assumiu o controle da organização, dando início a um amplo programa de profissionalização das suas gerências, o que contribuiu para torná-la a líder mundial na fabricação de automóveis naquela época.

Na segunda metade da década de 2000, as três grandes fabricantes americanas de automóveis, a Ford Motor Company, a General Motors Corporation e a Chrysler Corporation foram vítimas de uma forte recessão econômica americana, com consequências mundiais, conhecida nos meios acadêmicos e executivos como Crise dos Subprimes ou, ainda, crise do setor imobiliário americano. O banco americano Lehman Brothers faliu e outras empresas, como Fannie Mae e Freddie Mac, ambas atuantes no mercado imobiliário, foram socorridas pelo Governo dos Estados Unidos.

A partir de 2009, como consequência direta dessa recessão econômica, a General Motors Corporation passou por uma reestruturação apoiada pelo Governo dos Estados Unidos, na época se tornando o proprietário da empresa. Várias marcas foram descontinuadas, entre elas a Saturn, a Pontiac e a Hummer, além da venda da fabricante sueca de automóveis Saab Automobile. A partir de então, a General Motors Corporation se tornou a General Motors Company, um reflexo direto dessa reestruturação. Mais adiante, em 2013, quando o Governo dos Estados Unidos colocou à venda um grande volume de ações da gigante americana, a empresa passou a ter seu capital pulverizado no mercado de ações americano, na Bolsa de Valores de Nova York, onde até hoje suas ações são negociadas.

Em 2019, portanto antes da pandemia por Covid-19, a multinacional americana empregava, diretamente e por meio de subsidiárias ou empresas nas quais possuía participação acionária ou societária, mais de 164.000 pessoas em mais de 140 países, nos cinco continentes do planeta, com fábricas próprias ou nas quais possuía participação societária em 37 países e uma receita bruta, contabilizada na matriz americana, de mais de US$ 145 bilhões em 2017, por exemplo, com um patrimônio líquido positivo de mais de US$ 35 bilhões. Em 2019, por exemplo, ela teve um faturamento bruto de mais de US$ 137 bilhões, com um patrimônio de mais de US$ 45 bilhões e um lucro líquido de mais de US$ 6,7 bilhões.

Ela possui participação societária majoritária (77%) na fabricante de automóveis coreana GM Korea, conhecida anteriormente como Daewoo Motors; possui participação societária minoritária (20%) na fabricante de automóveis tunisiana IMM – Industries Mécaniques Maghrébines; possui participação societária minoritária (44%) na fabricante de automóveis chinesa SAIC-GM Wuling; possui participação societária (50%) na fabricante chinesa de caminhões FAW-GM; possui participação societária majoritária (93%) na fabricante de automóveis indiana GM India; e possui participação societária (50%) na fabricante sul-africana de caminhões Isuzu Trucks, em parceria com investidores japoneses; entre outras.

A General Motors Company possui fabricas de veículos nos Estados Unidos, no Canadá, no Brasil, na Argentina, no México, na China, na Tunísia, na Coreia do Sul e na Índia. A multinacional gigante americana foi submetida a mais uma reestruturação nos anos mais recentes, vendendo suas marcas europeias Opel e Vauxhall para o então grupo francês PSA, atualmente Stellantis, que, por sua vez, é o proprietário das marcas Peugeot e Citroen. Além disso, ela deixou de fabricar automóveis Holden na Austrália, passando a apenas importar veículos para aquele mercado.

Grande parte dos modelos de automóveis de alto luxo fabricados pela General Motors estão no mercado por meio das marcas Cadillac e Buick.

PERFIL DA EMPRESA

Logo acima, imagem de uma das fábricas de automóveis da General Motors no Brasil, atualmente a segunda maior fabricante e vendedora de automóveis por aqui. Logo abaixo, o logotipo anterior da General Motors Company, a holding ou matriz americana do grupo.

A fabricante brasileira de automóveis General Motors do Brasil é uma subsidiária da multinacional americana General Motors Corporation, uma das gigantes da indústria automobilística mundial. Ela foi fundada em 1925, na cidade de São Paulo, mas ainda com outra razão social, Companhia Geral de Motores, e, algum tempo depois, General Motors of Brazil. Mas foi somente a partir de 1930 que ela passou a fabricar, efetivamente, em linha de montagem, veículos no Brasil, na sua primeira fábrica em São Caetano do Sul.

Nessa fábrica, ela começou a fabricar ônibus e caminhões, inicialmente, e, a partir de 1969, com a inauguração de uma nova fábrica em São José dos Campos, passou a fabricar o primeiro modelo de automóvel brasileiro com a marca Chevrolet, o Opala, em duas versões, a sedan e a cupê, ambas baseadas no projeto do Opel Rekord, da fabricante alemã Opel, então uma subsidiária da General Motors Corporation, a matriz americana.

A General Motors do Brasil é uma empresa de capital fechado, totalmente controlada pela multinacional americana General Motors Company, e, atualmente, produz no Brasil uma linha de automóveis compactos populares, composta pelo Chevrolet Onix, em modelos hatch e sedan, e pelo Chevrolet Joy, também em modelos hatch e sedan, esses quatro disponíveis com quatro portas, fabricados em Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e em São Caetano do Sul, estado de São Paulo; A empresa fabrica também uma linha de pickups leves, a Chevrolet Montana, o utilitário esportivo compacto Chevrolet Tracker e uma linha de minivans de tamanho médio, a Chevrolet Spin, ambas na fábrica de São Caetano do Sul; uma linha de utilitários esportivos de luxo, a Chevrolet Trailblazer, e uma linha completa de pickups médias, a Chevrolet S10, tanto em cabine simples como em cabine dupla, ambas na fábrica de São José dos Campos.

A empresa brasileira é a maior fabricante de veículos do grupo americano General Motors na América Latina, a segunda maior nas Américas, atrás apenas da própria matriz americana, e a terceira maior operação sua no mundo.

Os demais modelos de veículos comercializados no Brasil com a marca Chevrolet, incluindo a gracioso automóvel elétrico compacto Chevrolet Bolt, o ousado esportivo de alto luxo Chevrolet Camaro, o sedan de luxo Chevrolet Cruze e o utilitário esportivo de tamanho médio Chevrolet Equinox, são importados.

A General Motors do Brasil foi uma das primeiras filiais da General Motors Corporation nas Américas, a segunda fábrica de automóveis a se instalar no Brasil, apenas alguns anos depois da Ford Motor Company. Atualmente, ela é uma das principais subsidiárias da General Motors Company, provavelmente a segunda mais importante no longo prazo, já que duas de suas importantes subsidiárias, a Opel e a Vauxhall, foram vendidas recentemente, a subsidiária australiana Holden parou de fabricar automóveis e a subsidiária General Motors Canada está encolhendo.

Com o recuo da Ford Motor Company no Brasil, o mais provável é que a General Motors Company abocanhe uma porcentagem razoável da participação de mercado nacional de automóveis de passeio deixada pela sua congênere e conterrânea americana, a partir de 2022, a partir do retorno à normalidade do mercado nacional, com a vacinação em massa da população brasileira contra a Covid-19 em 2021.

Só pra se ter uma ideia da importância da General Motors do Brasil dentro do grupo General Motors, durante a recessão econômica mundial na segunda metade da década de 2000, quando a matriz americana estava dando prejuízo, a General Motors do Brasil ajudou a matriz a se reerguer, enviando centenas de milhões de dólares de lucros para os Estados Unidos.

Atualmente, a mais importante subsidiária da General Motors Company é a GM China, com mais de 3.000.000 de unidades fabricadas em 2019.

FÁBRICA DE SÃO CAETANO DO SUL

Até a metade da década de 1910 a América do Sul, incluindo o Brasil, possuía uma frota de veículos basicamente importada da Europa. Esse cenário começou a mudar durante a Primeira Guerra Mundial, com a interrupção temporária da importação de automóveis daquele continente para o Brasil. A partir de 1925, com a inauguração da subsidiária da General Motors no Brasil, os veículos passaram a vir para o Brasil semi-desmontados, encaixotados, e eram montados nas antigas instalações, alugadas pela empresa, no Bairro do Ipiranga, na capital São Paulo.

A partir de 1930, a General Motors do Brasil tornou-se a segunda fabricante de veículos a ter instalações fabris em território nacional, com a inauguração da sua unidade em São Caetano do Sul, que, aliás, completou 90 anos de atividades de 2020. Desde sua inauguração, essa unidade já fabricou mais de 6.000.000 de veículos.

O Complexo Industrial da General Motors em São Caetano do Sul possui uma linha de montagem versátil e moderna, capaz de produzir até quatro modelos diferentes de automóveis, o utilitário esportivo Chevrolet Tracker, o hatch e sedan Chevrolet Joy, a minivan média Chevrolet Spin e a pickup leve Chevrolet Montana.

Essa fábrica recebeu e está recebendo investimentos maciços para aumentar sua capacidade de produção e sua eficiência, dentro do chamado Programa Manufatura 4.0, implantado também em outras unidades fabris da General Motors do Brasil, com investimento total programado de R$ 13 bilhões no Brasil, de 2014 até 2020, em seis unidades brasileiras do grupo americano.

No caso específico da fábrica de São Caetano do Sul, a capacidade máxima de produção foi aumentada de 250.000 unidades para 330.000 unidades por ano. Com investimento de R$ 1,2 bilhão realizado nos anos mais recentes, ela possui uma das mais avançadas linhas de montagem de automóveis no Brasil, com prensas inteligentes de última geração, novas injetoras plásticas, novo processo de funilaria, soldas a laser e novo transportador de automóveis em linha de montagem. O antigo prédio da década de 1930 foi demolido e um novo prédio foi construído no mesmo local, com um novo projeto de engenharia civil, mais moderno e mais ambientalmente sustentável, com a certificação ISO 50.001.

Por exemplo, esse complexo possui ventilação natural e telhado translúcido para permitir a iluminação natural dentro das instalações. Além disso, ele possui um dos maiores sistemas de aquecimento solar de água da região, com 560 m² instalados nos telhados dessa fábrica, para aquecimento de água dessas instalações, com água quente para até 300 chuveiros e torneiras. Essa fábrica também faz reuso de efluentes industriais, com economia de 120 milhões de litros de água por ano.

Atualmente, essa unidade emprega cerca de 5.500 pessoas.

FÁBRICA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Logo acima, a icônica pickup média de cabine dupla Chevrolet S10, um dos principais e mais rentáveis produtos da General Motors do Brasil, fabricada em São José dos Campos, interior do estado de São Paulo. Logo abaixo, uma imagem histórica, o então presidente da república Juscelino Kubitschek, um entusiasta da indústria automobilística e da engenharia civil, na inauguração da fábrica da General Motors em São José dos Campos,em 1959.

A inauguração do Complexo Industrial da General Motors no município paulista de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, em 1959, permitiu à General Motors do Brasil expandir suas operações em território brasileiro como nunca antes e iniciar um período de prosperidade nos negócios da empresa realizados por aqui. Embora atualmente seja uma das mais modernas, essa fábrica é uma das mais antigas da General Motors em operação no Brasil.

Ela foi inaugurada em 1959, com a ilustre presença do então presidente da república Juscelino Kubitschek. Desde então, esse conjunto industrial passou a ser modernizado, reformado, atualizado e ampliado periodicamente e, atualmente, ele fabrica a famosa e bem sucedida pickup média Chevrolet S10, nas versões de cabine simples e cabine dupla, e do utilitário esportivo de tamanho médio Chevrolet Trailblazer, o veículo mais sofisticado da empresa no Brasil.

A partir da década de 1960, ela passou a fabricar caminhões e motores para caminhões, incluindo o Chevrolet HD-6.503 e o Chevrolet 3.104, o primeiro de médio porte e o segundo considerado leve. A partir da década de 1970, ela passou a fabricar o sedan compacto Chevrolet Chevette, um grande sucesso de vendas da marca, com mais de 1.600.000 unidades fabricadas. A partir da década de 1980, ela passou a fabricar o hatch compacto Chevrolet Kadett, um das mais modernos da época. A partir da década de 1990, a fábrica passou a produzir a família Chevrolet Corsa, incluindo sedan compacto Chevrolet Classic, um grande sucesso de vendas da marca. A partir da década de 2000, essa fábrica foi responsável pela fabricação da belíssima minivan média Chevrolet Zafira.

Atualmente, esse conjunto industrial está configurado nos moldes do sistema Just In Time e, é claro, emprega os métodos de linha de montagem. Além disso, a fábrica está certificada no padrão ISO 9001, de qualidade, e ISO 14001, de gestão ambiental. Ela possui, inclusive, uma estação de tratamento de efluentes e filtros de ar para evitar poluição do meio ambiente.

Essa fábrica tem mais de 60 anos de existência e ao longo dessas décadas fabricou mais de 6.000.000 milhões de unidades de automóveis e utilitários, inclusive para exportação. Atualmente, ela produz cerca de 1.000.000 de motores e transmissões por ano. No total, foram mais de 20.000.000 de motores fabricados, incluindo a famosa e confiável Família II, utilizada em uma variedade de modelos da marca.

O complexo industrial tem 2.700.000 m² de área total e 500.000 m² de área construída, com sete fábricas internas e integradas.

Esse complexo gera cerca de 5.200 empregos, em regime de turnos.

FÁBRICA DE GRAVATAÍ

A inauguração da fábrica da General Motors no município gaúcho de Gravataí, no ano 2000, permitiu à subsidiária brasileira ampliar fortemente sua produção no Brasil. Como consequência natural dessa inauguração, houve na época um novo impulso de prosperidade para a região metropolitana de Porto Alegre, esta a capital do estado do Rio Grande do Sul, inclusive com os investimentos em instalações dos fornecedores da montadora multinacional em Gravataí e nos municípios vizinhos.

Essa fábrica tem capacidade máxima de produzir 230.000 unidades de automóveis por ano. Atualmente, ela abriga a linha de montagem dos automóveis compactos Chevrolet Onix, uma hatch, e Chevrolet Onix Plus, um sedan, ambos sucessos de vendas da montadora brasileira, entre os líderes de mercado em seus respectivos segmentos. Segundo o fabricante, esse complexo industrial já fabricou mais de 3.500.000 automóveis desde sua inauguração no ano 2000.

Esse conjunto industrial está configurado nos moldes do sistema Just In Time e, é claro, emprega os métodos de linha de montagem. Além disso, a fábrica está certificada no padrão ISO 9001, de qualidade, e ISO 14001, de gestão ambiental. Em 2018, essa fábrica recebeu a certificação americana Energy On Star, graças aos avanços tecnológicos implantados no sentido de reduzir o consumo energético em cerca de 10% a partir de 2013, com controle automatizado do uso da iluminação artificial, novas máquinas e equipamentos usados na pintura dos veículos, entre outras iniciativas sustentáveis.

Além disso, a fábrica de Gravataí possui uma área verde própria de preservação de 50 hectares anexa ao complexo e recicla 100% dos resíduos gerados a partir do processo produtivo, incluindo os seus efluentes.

Esse complexo industrial está localizado na Avenida General Motors, número 2000, a cerca de 30 quilômetros a leste de Porto Alegre, a capital do Estado do Rio Grande do Sul. Segundo a General Motors do Brasil, a região metropolitana de Porto Alegre e municípios vizinhos, incluindo Gravataí, foram beneficiados com a geração de mais de 5.000 empregos diretos e mais de 50.000 empregos indiretos.

HISTÓRIA DA MULTINACIONAL

Logo acima, o empresário americano William Durant ao lado de um dos primeiros modelos de automóveis fabricados pela General Motors Corporation, na época já um sucesso de vendas. Logo abaixo, a atual sede da companhia, em Detroit, nos Estados Unidos.

A história da gigante centenária norte-americana do ramo automobilístico ou automotivo General Motors Company teve início um pouco antes da parceria entre dois importantes nomes de nacionalidade americana e suíça, William Durant e Louis Chevrolet, respectivamente, durante o florescimento da indústria norte-americana de veículos motorizados a combustão interna em geral, na mesma época do início da era do automóvel inaugurada pela Daimler, da Alemanha, esta a fabricante dos automóveis Mercedes-Benz, e seguida logo depois pela Peugeot e pela Renault, ambas da França.

Em 1911, o piloto de corridas e montador de motores Louis Chevrolet e o ex-fabricante de carruagens (é isso mesmo que você está lendo, carruagens) William Durant se uniram em torno de uma pessoa jurídica, a Chevrolet Motor Company, para passar a fabricar em larga escala automóveis, no estado de Michigan, nos Estados Unidos. Aos 33 anos e 50 anos de idade, respectivamente, os dois decidiram unir conhecimentos, experiências e capital para fabricar em larga escala automóveis de qualidade com a marca Chevrolet.

Na verdade, antes e durante essa parceria os dois empresários já possuíam na época carreiras sólidas em seus respectivos ramos, com Louis Chevrolet e seu irmão Gaston Chevrolet envolvidos na montagem e manutenção de motores para tracionar automóveis de corrida, chegando, inclusive a vencer uma vez a famosa prova 500 Milhas de Indianápolis, e, por outro lado, William Durant, envolvido na fabricação em larga escala de carruagens movidas a tração animal, com mais de 50.000 unidades fabricadas por ano, e, alguns anos depois, como proprietário da tradicionalíssima fabricante de automóveis Buick Motor Company, a partir de 1904, e da General Motors Corporation, a partir de 1908.

Em 1917 a General Motors comprou a Chevrolet Motor e a partir de 1923 o alto executivo americano Alfred Sloan Junior assumiu o controle da organização, dando início a um amplo programa de profissionalização das suas gerências. Dessa forma, a partir de 1931, a General Motors Corporation passou a ser líder mundial na fabricação de veículos, mantendo essa posição por impressionantes 76 anos seguidos, até 2007.

Ao longo de sua existência, a matriz americana General Motors Corporation acumulou várias marcas em seu portfólio, entre elas Buick e a Cadillac, ambas de automóveis de alto luxo; a Chevrolet e a Pontiac, esta descontinuada na década de 2000; a GMC, que ainda existe e é usada para caminhões e caminhonetes, que, aliás, já esteve no Brasil entre 1997 e 2001; a sueca Saab, posteriormente vendida; a Opel, alemã, e a Vauxhall, inglesa, ambas vendidas alguns anos atrás para a então PSA Peugeot Citroen; a coreana Daewoo e a australiana Holden; as americanas Saturn e Hummer, ambas descontinuadas na década de 2000, mas esta com retorno programada para breve, com utilitários esportivos grandes e robustos; e a Oldsmobile, descontinuada em 2004;

Assim como outras fabricantes americanas de automóveis, a General Motors Corporation e suas subsidiárias participaram do esforço de guerra durante a Segunda Guerra Mundial, na década de 1940, fabricando veículos para as Forças Aliadas lideradas pelos Estados Unidos, Inglaterra e União Soviética.

Durante a década de 1970, as três grandes fabricantes americanas de automóveis, a General Motors Corporation, a Ford Motor Company e a Chrysler Corporation, sentiram fortemente o impacto da crise mundial do petróleo causado pelo aumento simultâneo dos preços de exportação pelos países formadores do cartel OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo. A partir de então, as fabricantes foram praticamente forçadas pela conjuntura a se adaptar a um novo cenário de preços altos do combustível, criando, desenvolvendo e fabricando automóveis menores e mais leves, principalmente com melhor aproveitamento de espaço interno, e com motores menores, mais eficientes, mais econômicos.

A empresa enfrentou mais uma dura recessão econômica mundial em 2008, dessa vez com a ajuda do Governo dos Estados Unidos, que injetou nela a gigantesca quantia de US$ 67 bilhões, inclusive com a compra de ações. Foi uma das maiores operações de socorro da história da indústria mundial e, segundo estudos da época, esse resgate preservou mais de 1.200.000 empregos diretos dentro dos Estados Unidos, tanto de empregados da própria General Motors e de suas controladas como de empregados diretos de seus fornecedores.

Um conglomerado é um grupo empresarial composto por empresas controladas por uma mesma holding, atuando em pelo menos um ou diversos segmentos ou ramos de atividades. Geralmente, o termo conglomerado é mais usado para definir uma holding que controla empresas que atuam em diversos setores ou segmentos diferentes da economia.

Sob este conceito, a matriz americana General Motors Corporation já foi um dos maiores conglomerados do mundo, atuando em diversos setores diferentes da economia, atuando na indústria e na prestação de serviços, fabricando veículos (automóveis, utilitários leves, médios e pesados), peças para veículos, satélites, mísseis e até prestando serviços de TV por assinatura via satélite, a DirecTV, conhecida atualmente aqui no Brasil como Sky. A maioria dessas empresas foi vendida a partir da década de 2000.

Atualmente, a General Motors está concentrada principalmente na criação, desenvolvimento e fabricação de veículos e peças para veículos, inclusive por meio de sua subsidiária ACDelco; uma fabricante de peças, a DMax, uma fabricante americana de motores a diesel; entre mais alguns serviços diretamente ligados ao ramo de transporte, como a subsidiária OnStar, por exemplo, que presta apoio logístico, assistência técnica, segurança eletrônica e rastreamento aos usuários de automóveis Chevrolet, quando necessário.

HISTÓRIA DA GM DO BRASIL

A General Motors do Brasil foi a segunda fabricante de automóveis a se instalar no Brasil. Ela foi fundada em 1925, quando a diretoria da multinacional americana decidiu reforçar a presença da marca Chevrolet no mercado sul americano, inaugurando simultaneamente, no mesmo ano, subsidiárias no Brasil e na Argentina para importação oficial de veículos pré-fabricados nos Estados Unidos.

Inicialmente, a subsidiária Companhia Geral de Motores que, mais tarde, se tornaria General Motors do Brasil, estava instalada em um imóvel alugado no Bairro do Ipiranga, na cidade de São Paulo, onde a montagem dos veículos era realizada para a entrega posterior ao cliente, num ritmo de 25 kits CKD montados por dia. Em 1927, a fábrica já havia alcançado a marca de 25.000 unidades, número que foi aumentado para 50.000 unidades no ano seguinte e, assim por diante, com números cada vez maiores. Entre os primeiros modelos de veículos vendidos aqui no Brasil estava um modelo de utilitário furgão para entregas urbanas.

O passo seguinte foi a criação e o desenvolvimento de um modelo de ônibus no Brasil, com carroceria brasileira, fabricado na primeira fábrica da General Motors no Brasil, em São Caetano do Sul, no interior do Estado de São Paulo. Em 1935, cerca de dez anos depois da inauguração da filial brasileira, a General Motors já tinha alcançado a marca de 150.000 veículos utilitários fabricados e/ou montados e vendidos aqui.

Durante a Segunda Guerra Mundial houve uma paralisação da produção de veículos civis da General Motors no Brasil e a concentração da produção em veículos militares, como forma da subsidiária brasileira contribuir com o chamado esforço de guerra.

Após a guerra as coisas foram voltando ao normal gradativamente, com a reativação das linhas de produção de veículos civis. Em 1950, o Governo Brasileiro solicitou às indústrias brasileiras que reduzissem, na medida do possível, o volume de importação de peças, partes e componentes usados na montagem / fabricação de produtos de consumo duráveis no mercado brasileiro, principalmente a categoria dos veículos. Na época, a administração do então presidente da república Getúlio Vargas criou a Comissão de Desenvolvimento Nacional para cuidar desse assunto. Assim, em 1953, várias indústrias de vários ramos da economia, principalmente a Ford do Brasil e a General Motors do Brasil, foram chamadas para conversar a respeito.

Com a limitação imposta pelo Governo Brasileiro para impedir a entrada de insumos estrangeiros que tivessem similares no Brasil, com a consequente criação de algo semelhante a uma reserva de mercado para produtos nacionais, a General Motors do Brasil iniciou a nacionalização de parte dos itens necessários para a fabricação de veículos no Brasil. Não foi fácil, pois na época o país ainda não tinha conhecimentos e experiências necessários para fabricar insumos de boa qualidade. Em 1953, a subsidiária brasileira comprou um terreno de quase 1.700.000 m² em São José dos Campos, onde foi construída a sua segunda fábrica no Brasil para iniciar a fabricação de caminhões e motores para caminhões da marca Chevrolet no Brasil.

Mais adiante, em 1969, foi iniciada a produção em série do inesquecível clássico Chevrolet Opala, em versões sedan e cupê, com mais de 1.000.000 de unidades fabricadas até o fim da sua produção seriada, em 1993.

E não parou mais, em 1973 foi lançado o sedan compacto Chevrolet Chevette, baseado no projeto do modelo europeu Opel Kadett (não confundir com o hatch compacto Chevrolet Kadett, vendido aqui no Brasil nas décadas de 1980 e 1990), seguido da inauguração do Campo de Provas de Indaiatuba, no interior do estado de São Paulo. Em 1979, foi iniciada a fabricação em série do primeiro automóvel Chevrolet movido a álcool.

Em 1982, foi iniciada a fabricação em série do Chevrolet Monza, um grande sucesso de vendas da General Motors do Brasil. Em 1987, a empresa comemorou a marca de 1.000.000 de unidades de Chevrolet Chevette fabricadas. Em 1988, foi inaugurado o centro tecnológico da General Motors em São Caetano do Sul. Em 1989, foi iniciada a fabricação em série do Chevrolet Kadett, um hatch compacto de projeto europeu. No mesmo ano, a fábrica comemorou a marca de 5.000.000 de unidades de motores fabricados no Brasil, de diversos modelos.

No início da década de 1990, o então presidente da república Fernando Collor de Mello anunciou o fim da polêmica reserva de mercado imposta por anos e anos à indústria nacional em vários segmentos da economia brasileira. Como consequência, com a possibilidade de importação de insumos em geral, principalmente insumos de alta tecnologia, como microprocessadores ou chips, por exemplo, várias modernizações e atualizações foram iniciadas em inúmeros projetos da indústria brasileira em geral, em vários segmentos de mercado, entre eles o segmento de informática e o segmento automobilístico ou automotivo.

Em 1990, foi iniciada a fabricação em linha de montagem do primeiro modelo da General Motors do Brasil com injeção eletrônica de série, o sedan de luxo Chevrolet Monza 500EF, em homenagem ao piloto de corridas Emerson Fittipaldi e sua vitória nas 500 Milhas de Indianápolis, nos Estados Unidos.

Em 1991, a empresa anunciou o fim da produção do Chevrolet Opala, com quase 1.000.000 de unidades fabricadas. Em 1993, a General Motors anunciou o início da produção seriada do sedan de luxo grande Chevrolet Omega, para substituir o Chevrolet Opala, e do sedan de luxo médio Chevrolet Vectra, já iniciando os preparativos para a substituição futura do Chevrolet Monza, o que, curiosamente, só ocorreu alguns anos depois.

Ainda em 1993, a fabricação seriada do Chevrolet Chevette chegou ao fim, com mais de 1.600.000 unidades fabricadas. No ano seguinte, em 1994, foi iniciada a fabricação do hatch compacto Chevrolet Corsa, o primeiro modelo de automóvel popular com injeção eletrônica de série. Assim, mais uma vez, a General Motors mostrou ao mercado brasileiro que não brinca em serviço, em vários momentos na vanguarda tecnológica nos segmentos em que atua.

Em 1995, a General Motors do Brasil conseguiu a certificação de qualidade ISO 9002 para as fábricas de São Caetano do Sul e São José dos Campos, a primeira na Região Metropolitana de São Paulo e a segunda no interior do estado. No mesmo ano, foi iniciada a fabricação em série da pickup média Chevrolet S10, um dos maiores best sellers do segmento utilitário no Brasil, uma campeã de vendas, ainda em linha de produção, mas já em sua 2ª geração, disponível em várias versões.

Em 1996, a General Motors comemorou a marca de 500.000 unidades de veículos exportados em duas décadas. No mesmo ano, a empresa anunciou o fim da produção seriada do sedan de luxo Chevrolet Monza. Em 1998, a empresa anunciou o fim das linhas Chevrolet Omega e Chevrolet Kadett no Brasil. Em 1999, foi inaugurada a fábrica da General Motors em Mogi das Cruzes, também na Região Metropolitana de São Paulo, para fabricação de peças, partes e componentes.

Em 2001, a empresa comemorou a marca de 1.000.000 de unidades de veículos exportados. No mesmo ano a General Motors anunciou o início da produção seriada da minivan média Chevrolet Zafira. Em 2003, foi iniciada a fabricação em série do hatch compacto Chevrolet Celta que, mais tarde, em 2006, seria usado como a base para o desenvolvimento do sedan compacto Chevrolet Prisma, também um sucesso de vendas da empresa no Brasil.

VEJA TAMBÉM