BOEING V-22 OSPREY

BOEING V-22 OSPREY
BOEING MV-22B OSPREY (FUZILEIROS DOS EUA)
BOEING CV-22B OSPREY (USAF DOS EUA)
BOEING CMV-22B OSPREY (MARINHA DOS EUA)
BOEING EV-22 OSPREY (PROTÓTIPO)
BOEING HV-22 OSPREY(PROTÓTIPO)
BOEING SV-22 OSPREY (PROTÓTIPO)

INTRODUÇÃO
Logo acima e logo abaixo, imagens impressionantes da supermáquina híbrida das Forças Armadas dos Estados Unidos, capaz de decolar verticalmente, como se fosse um helicóptero, e voar em cruzeiro, como se fosse um avião turboélice convencional de asa fixa. Ele possibilitou um salto operacional para as operações de logística militar, de assalto, busca e salvamento, transporte aeromédico, missões humanitárias e, em algumas situações, até mesmo para  transporte governamental do país norte-americano.
O sofisticado Boeing V-22 Osprey é uma aeronave bimotor de médio porte e de alta performance para uso exclusivamente militar, com rotores basculantes, motorização turboélice e asas altas, criada na década de 1980 pela gigante aeroespacial e aeronáutica americana Boeing Company, desenvolvida em conjunto a partir da década de 1980 pela Boeing e pela fabricante de helicópteros americana Bell Helicopter e fabricada em larga escala pela Boeing e pela Bell Helicopter a partir da década de 2000 para atender uma encomenda inicial das Forças Armadas Americanas para desempenhar uma variedade de missões de combate e missões humanitárias.

Ele simplesmente não tem concorrentes no seu segmento, não há nada parecido no mundo em linha de produção seriada.

A BOEING E A BELL
Logo acima, o logotipo da Boeing Company, a gigante americana do ramo aeronáutico e aeroespacial, tradicional fabricante de aeronaves comerciais de grande porte, foguetes, satélites e helicópteros militares. Logo abaixo, o logotipo atual da Bell Helicopter, a parceira da Boeing nesse projeto de aeronave militar híbrida, uma grande e tradicional fabricante de helicópteros militares, executivos e semi-utilitários.
A gigante empresa centenária e multinacional Boeing Company é uma das maiores fabricantes de aviões comerciais de grande porte para transporte doméstico, internacional e intercontinental de passageiros no mundo. É uma das mais tradicionais e conhecidas fabricantes de aeronaves comerciais do planeta. Ela foi fundada nos Estados Unidos por Wilhelm Eduard Boing (sem o “e” mesmo) em 1916 e está atualmente sediada em Chicago, no estado de Illinois.

A Boeing enfrenta desde a década de 1990 uma dura concorrência no mercado aeroespacial, de transporte aéreo comercial e de defesa com a gigante europeia Airbus Group, conhecida anteriormente como EADS. A terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do planeta é a brasileira Embraer, que também é uma grande fabricante de aviões executivos.

Atualmente, a Bell Helicopter é uma das maiores e mais conhecidas fabricantes de helicópteros do mundo. A Bell é propriedade da corporação americana Textron Company, por sua vez proprietária também das marcas de aviões executivos Cessna e Beechcraft, e da fabricante de motores aeronáuticos Lycoming Engines.

A Bell Helicopter, conhecida antigamente como Bell Aircraft, foi criada por Lawrence Bell na década de 1930, inicialmente como uma empresa de fabricação de aeronaves de asas fixas e asas rotativas, civis e militares, incluindo a fabricação de aeronaves para o Governo dos Estados Unidos.

Lawrence Bell, conhecido também como Larry Bell, foi um dos pioneiros na fabricação de helicópteros da história mundial, criando a partir da década de 1940 o seu primeiro helicóptero quase totalmente original a partir de alguns conceitos mais básicos criados e desenvolvidos por um conhecido seu, o estudante universitário Arthur Middleton.

Nas décadas de 1930, 1940 e nas décadas seguintes, a fabricante Bell esteve envolvida na criação, desenvolvimento e fabricação de aviões e helicópteros, militares e civis, totalizando mais de 35.000 unidades, entre asas fixas e asas rotativas. Atualmente, somente a Bell Helicopter existe, como fabricante de helicópteros apenas.

A sede da Bell Helicopter está localizada em Fort Worth, no estado norte-americano do Texas, fabrica helicópteros em Amarillo, também no Texas, e em Mirabel, no Canadá.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Logo acima, mais de 400 unidades do convertiplano americano foram fabricadas e estão voando na Força Aérea dos Estados Unidos (US Air Force), na Marinha dos Estados Unidos (US Navy) e no Copo de Fuzileiros Navais Americanos (Marine Corps), desempenhando uma variedade de missões. Logo abaixo, um exemplar de exportação do tilt rotor americano, operado pelo Exército do Japão.  
O ousado convertiplano Boeing V-22 Osprey é uma aeronave militar bimotor multifunção, com motorização turboélice e asas altas, com construção mista em alumínio, ligas metálicas e materiais compostos, projetada na década de 1980 pela gigante americana Boeing Company, com base nos conceitos de aeronaves híbridas da Bell Helicopter, o protótipo Bell XV-3, das décadas de 1950 e 1960, e o protótipo Bell XV-15, da década de 1970.

Esse impressionante modelo de aeronave militar da Boeing foi desenvolvido em parceria com a Bell Helicopter nas décadas de 1980 e 1990, como parte de um dos mais desafiadores, longos e caros programas de desenvolvimento de alta tecnologia aeronáutica militar do planeta, e fabricado em larga escala pela Boeing e pela Bell Helicopter a partir da década de 2000 para atender pedidos das Forças Armadas Americanas, as clientes governamentais de lançamento desse modelo de aeronave e, posteriormente, para exportação para nações amigas dos Estados Unidos, entre elas a Inglaterra e o Japão.

Esse sofisticado modelo de convertiplano híbrido é algo único, conhecido também nos meios aeronáuticos e militares pela expressão em inglês tilt rotor. É um dos mais inovadores e avançados projetos militares das últimas décadas, o resultado de mais de 60 anos seguidos de pesquisas e desenvolvimento de uma solução logística híbrida em aeronáutica militar, que consegue combinar de forma adequada as vantagens incontestáveis de flexibilidade operacional do helicóptero com a velocidade de cruzeiro do avião turboélice.

Ele simplesmente não tem concorrentes diretos em seu segmento, é um modelo único de aeronave, com um design incomum e futurista e, é claro, chama atenção por onde passa. É um modelo de aeronave absolutamente insuperável no cumprimento das missões para as quais foi projetado, com uma flexibilidade operacional sem precedentes em toda a história da aviação militar mundial, com capacidade VTOL – Vertical Take-Off and Landing de decolar e pousar em embarcações militares e bases aéreas terrestres e desempenhar missões de logística militar nos mais diversos cenários de combate ou de assistência humanitária, transportando combatentes, veículos militares terrestres, suprimentos, fazendo evacuação aeromédica, desempenhando missões de busca e salvamento, atendendo a população civil em missões de perfil humanitário e, eventualmente, caso necessário, até para transporte governamental para áreas de difícil acesso por outros meios.

A sua capacidade máxima de transporte, por exemplo, está na faixa de 20 a 30 combatentes, dependendo do tipo de missão e do alcance programado, que pode variar de 1.000 quilômetros até 3.000 quilômetros, com reservas de combustível, algo impensável para qualquer modelo de helicóptero militar de tamanho semelhante, sem abrir mão da boa velocidade de cruzeiro de cerca de 500 km/h, sendo essa uma de suas principais vantagens. Em cenários de combate litorâneos, para missões de assalto anfíbio, por exemplo, o seu alcance com carga máxima de combatentes é de 1.000 quilômetros, pois neste caso há necessidade de transportar combatentes das embarcações, que estão a uma certa distância da costa, desembarcá-los em algum ponto em terra firme e voltar para a embarcação, percorrendo assim todo esse trajeto, ida e volta, sem reabastecer, é claro.

E como se tudo isso fosse pouco, ele pode ser guardado em conveses ou porões de embarcações militares de grande e médio portes ocupando o mínimo possível de espaço graças às sua asas e rotores articuláveis ou retráteis.

O Boeing V-22 Osprey é operado por uma tripulação de cabine composta por quatro pessoas, sendo o piloto, o co-piloto e dois engenheiros de voo. Ele é capaz de transportar até 9.000 kg de carga interna e até 6.000 kg de carga externa, fixada e sustentada por meio ganchos e cabos.

A aeronave está equipada com metralhadoras e canhões para autodefesa e ataque ar-ar e ar-terra.

O conceito tilt rotor não é novo, mas a sua produção em larga escala foi iniciada há cerca de 14 anos atrás, em 2007. De modo geral, uma aeronave com esse conceito voa quase duas vezes mais alto e duas vezes mais rápido que um helicóptero, transporta duas ou três vezes mais carga útil a uma distância três ou quatro vezes maior que o alcance médio de um helicóptero de tamanho semelhante.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Logo acima e logo abaixo, o interior da sofisticada aeronave militar Boeing V-22 Osprey, com quase tudo o que existe de melhor em aviônicos e outros sistemas militares. Ele não é um avião e não é um helicóptero, ele é um convertiplano. A transição entre o voo vertical ou pairado e o voo horizontal é realizada por um computador.
O aeronave militar Boeing V-22 Osprey foi lançada oficialmente pela Boeing Company em 1982 para atender um pedido das Forças Armadas Americanas, formulado por meio do JSOR – Joint Service Operational Requirement, traduzindo Requerimento Conjunto dos Serviços Operacionais, um programa de reequipamento e/ou renovação de suas respectivas esquadrilhas ou frotas de helicópteros militares de perfil off-shore. O pedido foi realizado pelas quatro Forças Armadas Americanas (Exército, Marinha, Aeronáutico e Fuzileiros), mas, por algum motivo, até o momento o Exército não possui unidades da aeronave.

O programa previa a substituição dos helicópteros Boeing CH-46 Sea Knight ou Boeing CH-46 Phrog (uma sutil alusão ao termo em inglês frog, com a tradução rã, o que lembra vagamente o perfil “anfíbio” das missões para as quais foram projetados) por outro modelo de aeronave com mais flexibilidade operacional, capaz inclusive de decolar de embarcações em alto mar ou não muito próximo à costa ou litoral e retornar com margem de combustível bem razoável.

Atualmente, os modelos de navios militares da Marinha dos Estados Unidos usados para esse tipo de missão são os que compõem a classe Wasp e a classe America (neste caso, sem assento agudo no “e”), entre eles o USS Boxer, que substituíram os navios da classe Tarawa, deslocando mais de 40.000 toneladas. Atualmente, os caças bombardeiros que dão cobertura estratégica para esses navios são os McDonnell Douglas AV-8 Harrier (a versão norte-americana do BAe Sea Harrier), que estão sendo substituídos pelos moderníssimos caças Lockheed Martin F-35B Lightning II, este com tecnologia semi-stealth.

Na década de 1980, já havia tecnologia de rotores basculantes em desenvolvimento nos Estados Unidos, então a Boeing Company e a Bell Helicopter, esta a proprietária da patente do conceito e do projeto tilt rotor, se juntaram para completar o amadurecimento da tecnologia, que precisava de mais investimentos para se tornar tecnicamente e comercialmente viável. Assim, uma parte da produção militar e a produção para a aviação regional ficaria majoritariamente com a Boeing e a outra parte da produção militar e a parte civil de perfil executivo e semi-utilitário ficaria majoritariamente com a Bell, o que de fato aconteceu anos depois com os lançamentos de alguns modelos civis e militares de aeronaves híbridas, entre eles a aeronave executiva de pequeno porte Bell BA609 / Agusta BA609, desta vez em parceria com a então fabricante italiana Agusta, conhecida atualmente como Leonardo, e a aeronave militar Bell V-280 Valor, atualmente na fase de desenvolvimento pela Bell Helicopter.

A criação, o desenvolvimento e as preparações para a fabricação em larga escala de aeronaves com a tecnologia híbrida tilt rotor consumiram uma gigantesca soma de recursos privados e governamentais, principalmente do Governo dos Estados Unidos, da Boeing Rotorcraft Systems e da Bell Helicopter. No total, desde a década de 1950, até hoje, foram consumidos mais de US$ 35 bilhões, em valores atualizados, para criar, desenvolver e dar os passos iniciais para a fabricação em larga escala do Boeing V-22 Osprey e de seus primos civil e militar Bell BA609 / Agusta BA609 e Bell V-280 Valor, respectivamente. Quando as primeiras unidades do Boeing V-22 Osprey estavam saindo da linha de montagem, o preço de cada um deles já ultrapassava US$ 50 milhões, o equivalente hoje a cerca de US$ 70 milhões. Mas há fontes que falam em até US$ 100 milhões por unidade da aeronave para as Forças Armadas dos Estados Unidos, incluindo os custos de desenvolvimento.

Está claro então que poucos países ricos no mundo têm condições de comprá-lo e operá-lo, entre eles a Inglaterra, o Japão, os Emirados Árabes Unidos e Israel, que já encomendaram dezenas de unidades do modelo. Já a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, a Austrália, o Catar e Cingapura manifestaram algum interesse pelo modelo de aeronave militar.

As primeiras unidades de propriedade do Exército do Japão já foram entregues.

O CONCEITO TILT ROTOR
Logo acima, o convertiplano Boeing V-22 Osprey é o único modelo de aeronave militar de médio porte do tipo tilt rotor atualmente em linha de produção seriada. Em breve, ele estará acompanhado do convertiplano militar Bell V-280 Valor. Logo abaixo, a aeronave também é capaz de lançar paraquedistas.
O conceito de aeronaves híbridas, que combina as funcionalidades das asas fixas dos aviões e das asas rotativas dos helicópteros, não é novo. Ele foi criado em várias partes do mundo, inclusive nos Estados Unidos, no Canadá e no Brasil.

Em 1946, a McDonnell (a empresa predecessora da McDonnell Douglas) criou o tilt rotor McDonnell XHJD-1 Whirlaway. Em 1955, a fabricante de helicópteros Bell criou o Bell XV-3, conhecido também como Bell 200. Em 1965, a fabricante canadense de aeronaves Canadair criou o Canadair CL-84 Dynavert. Em 1951, aqui no Brasil, a ideia de combinar as vantagens operacionais do avião com as vantagens operacionais do helicóptero nasceu nas pranchetas de desenho do CTA – Centro Técnico Aeroespacial, um instituto militar de pesquisa aeroespacial e aeronáutica subordinado ao Governo Brasileiro.

Pelo que se sabe, até o momento somente a Boeing, a Bell e a então Agusta, conhecida atualmente como Leonardo, conseguiram levar adiante seus projetos de convertiplanos e introduzí-los no mercado aeronáutico mundial.

Essas aeronaves têm basicamente dois modos de operação, o modo avião, com o motor posicionado na horizontal, e o modo helicóptero, com o motor posicionado na vertical. A aeronave é fly-by-wire, ou seja, praticamente todos os comandos realizados pelo piloto são enviados a um computador que, por sua vez, interpreta as intenções do piloto e repassa os comandos, por meio de impulsos ou pulsos elétricos,  aos motores, aos rotores e às superfícies aerodinâmicas de controle.

Se um dos motores falhar em voo, o que é raro, um sistema formado por várias peças transmite parte do torque do motor remanescente para o rotor do motor inoperante, possibilitando assim que a aeronave possa ser levada em segurança até uma parada de emergência mais próxima.

Aeronaves com a tecnologia tilt rotor possuem a característica de pouso e decolagem em locais desprovidos de infraestrutura aeroportuária, como se fosse um helicóptero, e a característica de velocidade de cruzeiro e alcance de um avião turboélice, bem mais altos que os apresentados por um helicóptero.

O mercado potencial para as aeronaves tilt rotor é bem amplo, vai desde o transporte executivo e turístico; até o transporte de logística militar; passando pelas missões civis off-shore para plataformas de petróleo; pelo transporte aeromédico; pelas missões humanitárias, tanto civis como militares; pelo uso policial; pelas missões de busca e salvamento, tanto civis como militares; e até para coberturas jornalísticas.

A FAMÍLIA OSPREY

Até o momento, a família Boeing Osprey é composta por três modelos de produção seriada e mais três modelos de pré-produção que poderão entrar em produção seriada caso seus clientes militares decidam pelas aquisições, incluindo a Marinha Real da Inglaterra e a Marinha dos Estados Unidos.


O desenvolvimento da aeronave foi caro e custou 31 vidas humanas nas fases de testes de voo de quatro protótipos, com perda total das células, e mais dois feridos.


De modo geral, o convertiplano é fabricado com blindagem nas partes mais sensíveis, como, por exemplo, o cockpit de comando e o compartimento de carga. Essa blindagem foi possível com o emprego de materiais compostos em partes de sua estrutura. Além disso, os tanques de combustível foram fabricados com a tecnologia de autovedação e com o preenchimento automático dos espaços vazios em seu interior com nitrogênio, para evitar explosão em caso de ataque com canhões, por exemplo.


A aeronave foi projetada com sistema de contramedidas eletrônicas e um interferidor de radares táticos avançados.


Atualmente, os três modelos principais são fabricados em série e de forma compartilhada pela Boeing Helicopters e pela Bell Helicopter nos Estados Unidos, com a Boeing sendo responsável pela fabricação da fuselagem, do cockpit e dos controles de voo, enquanto a Bell se responsabiliza pela fabricação das asas, a cauda e a rampa de embarque e desembarque. A montagem final das aeronaves é realizada pela Boeing, responsável também pela integração dos aviônicos e dos motores.


Por se tratar de um tipo de equipamento totalmente novo, que em nenhum lugar do mundo havia sido utilizado, foram necessárias inúmeras melhorias dentro do programa de desenvolvimento do Boeing V-22 Osprey e a aplicação de melhorias até mesmo depois do início de produção seriada. Por exemplo, o índice de despachabilidade, de cerca de 50% na década de 2000, foi melhorado para cerca de 85% durante a década de 2010, e o custo operacional por hora de voo foi reduzido para algo em torno de US$ 9,8 mil nos anos mais recentes, números que podem ser considerados toleráveis.


Cerca de 43% da estrutura do Boeing V-22 Osprey é fabricada em material composto. Essa opção pelo material composto é óbvia, redução de peso do conjunto, para maior carga útil possível; aumento da probabilidade de sobrevivência dos ocupantes e da própria aeronave, caso seja atingida por rajadas de canhão ou metralhadora; e aumento da vida útil da célula, o que pode resultar em redução do custo de manutenção ao longo dos anos de utilização da aeronave, em relação aos helicópteros de construção convencional metálica.


BOEING MV-22 OSPREY

Modelo de produção seriada especialmente projetado e desenvolvido para o USMC – United States Marine Corps, ou seja, o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, com 360 unidades encomendadas, distribuídas em 22 esquadrões. No entanto, esse modelo já está passando por upgrades e retrofits das unidades já fabricadas e entregues para melhorar o desempenho dos seus aviônicos e dos motores.


Assim como seus modelos irmãos da Marinha dos Estados Unidos e da Força Aérea dos Estados Unidos, o Boeing MV-22B Osprey do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos possui um conjunto de aviônicos do tipo EFIS – Electronic Flight Instrument System composto por quatro telas MFD – Multi Function Display, compatíveis com óculos de visão noturna e sistema FLIR de câmeras noturnas por infravermelho, além de instrumentos convencionais de navegação, como GPS – Global Positioning System, VOR – VHF Omnidirectional Range e ILS – Intrument Landing System.


A fuselagem do Boeing V-22 Osprey não é pressurizada.


BOEING CV-22B OSPREY

.

Modelo desenvolvido especialmente para a United States Air Force, ou seja, a Força Aérea dos Estados Unidos, com 50 unidades encomendadas. Ele possui algumas diferenças em relação ao seu irmão Boeing MV-22B Osprey do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, incluindo tanques de combustível maiores, para maior alcance, sonda de reabastecimento em voo, sistema de alerta radar e seguimento do terreno AN / APQ-186, neste caso para voo rasante, se necessário, e sistema antimíssil DIRCM, de contramedida infravermelha.


BOEING CMV-22B OSPREY

.

Modelo desenvolvido para a United States Navy, ou seja, a Marinha dos Estados Unidos, com 50 unidades encomendadas. Ele também possui algumas diferenças em relação ao seu irmão dos Fuzileiros Navais, incluindo tanques de combustível maiores e sistema de comunicação melhorado.


MERCADO
Imagens impressionantes, até mesmo para quem já está acostumado com equipamentos militares. As asas e os rotores do Boeing V-22 Osprey podem ser recolhidas para acomodá-lo em porões e conveses de embarcações militares de grande e médio portes do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos,  da Marinha dos Estados Unidos e de nações amigas.
Até o momento, mais de 400 unidades de Boeing V-22 Osprey foram fabricadas pela Boeing Company, a maioria formada pela versão Boeing MV-22B Osprey, para atender encomendas do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos. É possível que a linha de produção do Boeing V-22 Osprey ultrapasse a marca de 500 unidades fabricadas nos próximos anos para atender também às encomendas do Exército do Japão e de outras nações amigas dos Estados Unidos, que são consideradas potenciais compradoras.

A partir de 2009, o Boeing V-22 Osprey foi usado em missões reais no Iraque. Algum tempo depois ele foi usado em ações de inteligência e resgate no Afeganistão, no Sudão e na Líbia.

A aeronave também já foi utilizada em várias missões humanitárias. Em 2009, por exemplo, a Marinha dos Estados Unidos participou de uma missão em Honduras, na América Central, no transporte de alimentos e equipamentos hospitalares para uma pequena aldeia isolada no nordeste do país.

Em 2010, o Boeing V-22 Osprey foi usado no atendimento humanitário à população atingida por inundações no nordeste africano. Na ocasião, a aeronave teve um papel decisivo para a vida de um dos pacientes resgatados, que necessitava de atendimento médico disponível a quase 1.000 quilômetros de distância, em Mombasa, no Quênia. “O V-22 Osprey era o único ativo de nossa aviação capaz de percorrer aquela extensão com êxito”, afirmou o comandante do porta-aviões norte americano USS Kearsarge, que prestava auxílio no local à época.

Em 2013, ele foi utilizado pela Marinha dos Estados Unidos no atendimento humanitário às vítimas do furacão Haiyan, nas Filipinas, no fornecimento de alimentos e remédios para as pessoas atingidas.

Até o momento, a esquadrilha ou frota de Boeing V-22 Osprey acumulou mais de 500.000 horas de voo em treinamento e missões reais nos Estados Unidos e em várias partes do mundo.

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

BOEING MV-22B OSPREY
  • Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto e 2 engenheiros;
  • Comprimento: Aprox. 17 metros;
  • Envergadura: Aprox. 14 metros;
  • Largura com rotores girando: Aprox. 25 metros;
  • Altura: Aprox. 6 metros;
  • Peso máximo de decolagem (VTOL): Aprox. 21.000 kg;
  • Peso máximo de decolagem (STOL): Aprox. 27.000 kg;
  • Motorização (potência): 2 X Rolls Royce / Allison T406 (6.150 shp / cada);
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 500 km/h;
  • Raio de ação (missão anfíbia): Aprox. 1.000 quilômetros;
  • Raio de ação (busca e salvamento): Aprox. 1.000 quilômetros;
  • Alcance para translado: Aprox. 3.000 quilômetros;
  • Teto de serviço: Aprox. 7.000 metros;
  • Voo pairado: Aprox. 4.000 metros;
  • Preço: Aprox. US$ 70 milhões (novo);

O V-22 NO YOUTUBE


VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bell_Boeing_V-22_Osprey
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Bell_Boeing_V-22_Osprey
  • Boeing e Bell (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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