BARCOS (ENGENHARIA NAVAL)

EMBARCAÇÕES
ENGENHARIA NAVAL
BARCOS
NAVIOS

INTRODUÇÃO
Uma embarcação é um veículo aquático para uso fluvial e/ou marítimo no transporte pessoas e/ou cargas a curtas, médias e/ou longas distâncias, dependendo do tipo de veículo e de suas características estruturais e/ou de propulsão, entre elas a possibilidade de construção em madeira, aço, material composto ou alumínio, com ou sem propulsão mecânica, dependendo da finalidade prevista em seu projeto e/ou  da tecnologia disponível.

Ela pode ser usada também para a atividade da pesca profissional ou desportiva, dependendo das características de seu projeto.

CONCEITO
O termo genérico embarcação é usado para designar e/ou ou definir um meio de transporte para uso fluvial e/ou marítimo, capaz de flutuar sobre a água ou se movimentar sob a sua superfície, dotado das características estruturais necessárias para transportar pessoas e/ou cargas a curtas, médias e/ou longas distâncias, dependendo do tipo de veículo, por meio de rios, mares, lagos, oceanos,  baías, golfos e canais, com velocidades que podem variar, dependendo do tipo embarcação e sua respectiva finalidade, definidos em seus respectivos projetos.

O navio é uma embarcação grande, resistente, de grande autonomia, projetada para longas viagens fluviais, marítimas e oceânicas. Ele pode ser projetado para uso militar ou civil, neste caso incluindo as atividades de pesca profissional ou atividades de turismo e de lazer. Geralmente, os cascos dos navios são construídos de aços resistentes, soldados com técnicas especiais. Um navio possui pelo menos um convés, que por sua vez é um pavimento descoberto da embarcação. Ele pode ser impulsionado por hélices acopladas a motores a diesel, a vapor ou, em alguns casos, a propulsão nuclear. Há também navios impulsionados pelos ventos, por meio de grandes velas.

O termo barco é usado para designar ou definir qualquer embarcação de pequeno ou médio porte, aberta ou parcialmente aberta, com base estrutural côncava. Enquadra-se na definição de barco os botes, as lanchas, os iates, os veleiros, as chalanas, os saveiros e as canoas, entre outros.

Um submarino é uma embarcação militar ou civil, capaz de submergir e se manter submerso por tempo variável, dependendo das características de seu projeto, que pode ter a finalidade de ser usado para atividades exclusivamente militares, incluindo defesa ou ataque, dissuasão, resgate de pessoas, espionagem e/ou  patrulhamento costeiro, marítimo e oceânico, ou pode ter a finalidade civil de pesquisa científica, turismo e passeio.

Se não for usado um padrão muito rígido de conceituação das embarcações, os hovercrafts, que são veículos anfíbios, que se movem sobre a água e sobre a terra, também podem ser considerados embarcações. Nessa mesma linha de conceituação menos rígida, os aerobarcos e os jets skis ou motos aquáticas também podem ser considerados embarcações.

HISTÓRIA
É praticamente impossível apontar com precisão a origem das embarcações usadas por seres humanos para pesca e transporte de pessoas e/ou cargas. Provavelmente, as embarcações são tão ou quase tão antigas quanto a própria humanidade. Pelo que sabe, as primeiras embarcações inventadas pelo ser humano foram construídas a partir de troncos de árvores cortados e/ou talhados de alguma forma muito rústica.

É bastante provável que as primeiras embarcações tenham surgido antes mesmo da roda e, portanto, do primeiro veículo terrestre.

A humanidade sempre teve necessidade de se locomover, seja para transporte de pessoas ou para transporte de cargas, seja para o lazer ou para a prática da pesca e o transporte do pescado até os locais de consumo ou comercialização. O ser humano percebeu que pedaços de madeira podiam flutuar, então de forma intuitiva ele passou a usar os troncos cortados e/ou talhados e, séculos mais tarde, aprendeu a juntar as partes ou peças de madeira e montou os primeiros tipos de embarcações mais antigos, entre eles a jangada. Na sequência, décadas ou séculos depois vieram as balsas.

A arqueologia é o estudo das antigas civilizações humanas, levando em consideração monumentos, construções históricas e objetos históricos obtidos por meio de escavações.  Não há consenso sobre a origem da humanidade: Uma parte dos pesquisadores acredita que o que se entende por ser humano teve origem entre 6.000 anos e 8.000 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, provavelmente a partir de uma criação divina; outra parte acredita na origem da humanidade em torno de 10.000 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, provavelmente a partir de uma criação de alienígenas inteligentes; e outra parte acredita em uma origem pré-histórica, ou seja, de milhões de anos, a partir de uma evolução natural, muito lenta, de primatas, isto é, animais não racionais de aspecto antropoide, entre eles os macacos, os gorilas e os chimpanzés.

Polêmicas à parte, quando o ser humano atingiu um estágio mínimo de conhecimento e experiência sobre as características / propriedades de várias espécies de madeira, considerando aqui a Pré-História / Idade da Pedra ou a Idade Antiga, procurou formas de transportar o excedente de sua produção agrícola e pecuária por terra e pela água, criando assim os veículos terrestres rústicos de madeira, com tração animal, e as embarcações aquáticas de madeira, a remo e/ou  a vela, dependendo da época.

Dessas civilizações destacam-se a Mesopotâmia, conhecida atualmente como Iraque, com os rios Tigre e Eufrates; a Índia e o Paquistão, conhecidos anteriormente como Vale do Indo, com o rio Ganges; a China, com os rios Amarelo e Azul; e o Egito, com o Nilo, onde imperavam os navios de madeira de boa qualidade. Aliás, o Egito é conhecido como um dos países que mais contribuíram com a base de conhecimentos necessária para a criação de embarcações antigas, entre elas o Khufu, uma embarcação de aproximadamente 40 metros de comprimento, encontrada bem próxima a grande pirâmide de Gizé, em 1954.

Há cerca de 4.000 anos a.C., na Mesopotâmia, e há cerca de 2.000 anos a.C., no Egito, o barco a vela já era utilizado no transporte de pessoas e cargas.

Há historiadores que afirmam que somente os Fenícios, por volta de 3.000 a.C., ousaram navegar completamente sobre o Mar Mediterrâneo. Em função da geografia local, com portos naturais e terreno acidentado e pouco fértil, eles já praticavam a pesca. Naturalmente então foram conquistando posições entre os maiores comerciantes marítimos da Idade Antiga. Por mar, exportavam cedro, azeite, vinhos e importavam ferro, estanho, ouro, prata, lã e marfim.

Até o momento, a embarcação mais antiga que se tem conhecimento é a chamada Canoa de Pesse, uma embarcação rústica descoberta por acaso na Holanda, durante a abertura de uma estrada em 1955. Esse objeto histórico está atualmente disponível para visitas no Museu Drents, na Holanda, e acredita-se que essa embarcação foi utilizada entre 7.000 anos e 8.000 anos antes do nascimento de Jesus Cristo.

Dizem as antigas tradições monoteístas de origens cristã, judaica e islâmica que uma embarcação chamada Arca de Noé ou Barca de Noé existiu na Antiguidade, provavelmente em torno de 6.000 anos antes do nascimento de Jesus Cristo. Ela teria sido construída por Noé e sua família, provavelmente com o auxílio de alguns servos de Noé, pois Deus teria se arrependido de ter dado origem aos seres humanos, pois todos haviam se corrompido e/ou se pervertido, isto é, teriam se tornado maus.

Na sequência, teria havido o dilúvio, um fenômeno meteorológico de gigantescas proporções, e todos os continentes habitados por humanos no planeta Terra teriam sido inundados. Na verdade, se todo rigor científico fosse usado para definir a Arca de Noé ela não teria sido, exatamente, um navio ou barca, porque não teria propulsão ou qualquer outra forma de impulso ou tração, como velas, por exemplo. Então ela teria sido uma embarcação sem uma definição exata, ou simplesmente uma arca, como essas tradições afirmam.

A Arca de Noé teria capacidade de abrigar uma grande variedade de espécies de animais, para que após o dilúvio somente os humanos e os animais a bordo dela voltassem a se procriar naturalmente. Porém, a Arca de Noé ou os seus restos nunca foram encontrados por pesquisadores, o que levanta questionamentos sobre suas características estruturais. Se as Escrituras Sagradas estão precisas, se suas traduções atuais baseadas nos antigos manuscritos estiverem corretas, ela teve cerca de 135 metros de comprimento e cerca 25 metros de largura, foi construída toda em madeira e impermeabilizada com piche.

Não é preciso ser um gênio então para chegar à conclusão de que não seria possível incluir toda a biodiversidade animal do planeta em uma embarcação desse tamanho.

LINHA DO TEMPO
  • 1492 : O navegador e explorador Cristóvão Colombo chega ao continente americano pela primeira vez, acontecimento que ficou mundialmente conhecido como o descobrimento da América. Na verdade, é claro que não é bem assim, já havia civilizações humanas nessa região há muito mais tempo.
  • 1542 : Deu-se início a algumas das passagens mais obscuras e tristes da história da humanidade, a época do comércio de escravos negros africanos trazidos ao Brasil com autorização do Império Português. Infelizmente, a escravidão já era uma prática comum na Antiguidade. Os hebreus, por exemplo, já tinham sido escravizados por cerca de 300 anos no Egito. No Brasil, a escravidão dos negros africanos e seus descendentes nascidos em território brasileiro só terminou oficialmente em 1888.
  • 1808 : O navio de Dom João VI, o rei de Portugal, traz a família real portuguesa ao Brasil.
  • 1831 : O navio Beagle parte da Inglaterra para uma viagem de cinco anos por várias partes do mundo, levando a bordo o pesquisador Charles Darwin. Essa viagem de caráter científico serviu de base para que esse cientista criasse a teoria da Seleção Natural.
  • 1837 : Pelo que se sabe, o primeiro navio do mundo totalmente metálico, de ferro, o Syrius, foi construído na Europa, com 180 toneladas de capacidade de carga.
  • 1843 : Pelo que se sabe, o primeiro navio do mundo com hélice metálica, o SS Great Britain, foi construído na Europa, com casco de 98 metros de comprimento.
  • 1869 : É inaugurado o Canal de Suez, após cerca de 10 anos de intenso trabalho de engenharia naval, fazendo a ligação entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho.
  • 1878 : O primeiro navio petroleiro do mundo, o Zoroastro, entra em operação.
  • 1890 : O primeiro navio quebra-gelo do mundo, o Murtaja, entra em operação na Finlândia.
  • 1908 : Um ano histórico. Chega ao Porto de Santos, no Brasil, o transatlântico Kasato Maru, primeiro navio trazendo imigrantes japoneses.
  • 1911 : Começa uma das mais importantes revoluções no modo de transportar passageiros e cargas por meio de embarcações. O engenheiro alemão Rudolf Diesel realiza a adaptação do motor diesel para a propulsão de navios. Depois disso, nunca mais o transporte fluvial e marítimo foi o mesmo, uma mudança radical, com aumento da capacidade de transportar passageiros e cargas, melhor aproveitamento do espaço disponível nas salas de máquinas, maior eficiência energética e maior autonomia.
  • 1912 : Uma das maiores tragédias da história do transporte marítimo. O RMS Titanic, até então o maior e mais requintado navio transatlântico do mundo se choca contra um iceberg, a noite, no Oceano Atlântico, durante sua viagem inaugural entre a Inglaterra e os Estados Unidos. O navio afundou apenas três horas após o acidente, matando mais de 1.500 pessoas, incluindo integrantes da tripulação e passageiros. Esse momento trágico foi imortalizado em duas importantes obras do cinema e da TV, ambas baseadas em fatos reais, o filme Titanic, estrelado pela belíssima atriz britânica Catherine Zeta-Jones, e a obra prima do diretor James Cameron, uma sofisticada superprodução, também com o nome Titanic, estrelada pelos protagonistas Leonardo Di Caprio e Kate Winslet, entre vários talentosos atores e atrizes coadjuvantes.
  • 1914 : Uma das maiores, mais ousadas, mais sofisticadas e mais impressionantes obras da engenharia naval, o Canal do Panamá, é inaugurado, ligando o Mar do Caribe e o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico. O Canal do Panamá é uma magnífica realização da humanidade, ele pode ser considerado uma das mais importantes e frutíferas iniciativas dos Estados Unidos na América Central. Todos saíram ganhando, inclusive o próprio Panamá, que em 1999 assumiu o controle dessa obra.
  • 1941 : Começam os preparativos oficiais para a participação efetiva, por meio de embarcações, dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. O presidente Franklin Roosevelt autoriza a participação de navios militares americanos no conflito mundial.

TIPOS DE NAVIOS

De modo geral, o termo navio é usado para designar qualquer embarcação de grande porte, geralmente com capacidade para navegar em mar aberto ou nos oceanos, geralmente de grande autonomia, intercontinental, inclusive, e grande capacidade de transportar passageiros e/ou cargas.


Antigamente, até o século XIX, os veleiros, que são grandes navios movidos a vela, se tornaram a referência em poder marítimo das grandes nações dominadoras. Com o passar do tempo, eles perderam esse status para os navios a vapor, que, a partir do século XX, perderam o status para os navios a motores a combustão interna, principalmente os motores a diesel. Atualmente, os navios militares movidos a energia nuclear são os mais imponentes.


Até o século XIX, a grande maioria dos navios era construída em madeira. A partir de então, os navios de madeira cederam seu espaço para os navios de ferro, que, depois de algum tempo, cederam seu lugar para os navios de aço. A partir da construção de navios em aço, o tamanho e a capacidade de carga e de passageiros teve um grande aumento. O advento do aço na indústria naval foi um divisor de águas, um grande avanço tecnológico na construção de navios.


Os navios são embarcações de grande porte para transporte de pessoas e/ou transporte de cargas a longas distâncias, principalmente em viagens intercontinentais. Os navios recebem a classificação pelas sociedades classificadoras, entre elas a Lloyds Register e a Bureau Veritas, que realizam a certificação de acordo com a sua finalidade, seu tamanho e seu alcance. Após a certificação, as empresas proprietárias dos navios podem contratar apólices de seguros para suas embarcações. Já o armador é aquele que faz a exploração comercial de um navio, seja ele próprio ou arrendado.


NAVIO MERCANTE

O navio mercante é todo aquele destinado ao uso civil e comercial, no transporte de passageiros e/ou cargas e em atividades de pesca. Na verdade, qualquer navio civil, que não seja navio pesqueiro, de cruzeiro (viagens turísticas) e de pesquisa científica é um navio mercante, embora durante a Idade Média, até o século XVII, fossem utilizados navios mercantes que também desempenhavam função militar, pois o transporte de mercadorias era realizado por águas perigosas, com piratas, inclusive, por isso o navio mercante deveria ter seus próprios meios de defesa.


Entre os armadores mais ricos e famosos do século XX esteve o empresário grego Aristóteles Onassis, marido da ex-primeira dama americana Jacqueline Kennedy, viúva do presidente dos Estados Unidos John Kennedy, assassinado em 1963 em um atentado. Atualmente, sua neta e única herdeira Athina Onassis está no controle do patrimônio deixado pelo avô.


NAVIOS TRANSATLÂNTICOS
Os transatlânticos são embarcações de grande porte para transporte de passageiros a longas distâncias, principalmente em viagens transoceânicas. Atualmente, eles são conhecidos também como navios de cruzeiro e, geralmente, as empresas proprietárias dos navios são contratadas por agências de viagens para a realização de viagens turísticas. Eles são grandes navios fabricados em aço, com propulsão a vapor, alimentados por carvão ou madeira, nos modelos antigos, e com propulsão a diesel, nos modelos modernos.

NAVIOS-TANQUES

De modo geral, os navios-tanques são projetados para transportar grande volume de cargas líquidas. Na verdade, a grande maioria dos navios-tanques são petroleiros, com cascos fabricados com vários tanques grandes, na forma de compartimentos para aumentar o nível de segurança em caso de colisão durante a navegação, para evitar vazamentos.


Os primeiros navios-tanque foram fabricados no final do século XIX. Até 1956, a grande maioria dos petroleiros tinha capacidade máxima de 30.000 toneladas, para permitir o tráfego pelo Canal de Suez. De lá pra cá, a capacidade foi aumentada para até 500.000 toneladas de petróleo.


Os petroleiros são embarcações de grande porte para transporte de combustíveis fósseis a longas distâncias, principalmente em viagens transoceânicas. Eles são grandes navios fabricados em aço, com propulsão a diesel e estão entre os maiores navios do mundo.


Antes da invenção dos petroleiros, o petróleo, que é a matéria-prima usada na fabricação de gasolina, diesel e querosene, era transportado em barris, dentro dos compartimentos de cargas de navios de transporte de carga marítima, juntamente com outros tipos de cargas.

Atualmente, existem dois tipos de petroleiros, os navios de casco simples, em que o próprio casco principal do navio é utilizado como tanque de transporte do petróleo, e o navio de casco duplo, em que o tanque de transporte de petróleo é separado do casco principal, garantindo assim um risco bem menor de acidentes ambientais por vazamento de petróleo em alto mar ou nas regiões costeiras.

As legislações da maioria dos países atualmente já prevêem para os próximos anos a proibição total da circulação dos navios petroleiros de casco simples em suas águas territoriais.

Existem também navios-tanques projetados para transporte de gás liquefeito 

NAVIOS PORTA-CONTÊINERES
Os porta-contêineres são embarcações de grande porte para transporte de cargas a longas distâncias, acondicionadas em contêineres, principalmente em viagens transoceânicas. Eles são grandes navios fabricados em aço, com propulsão a diesel.

Conhecidos também como navios-contêineres, eles são navios mercantes projetados especificamente para o transporte de cargas acondicionadas em contêineres. Os contêineres são fabricados dentro de um padrão de medidas para permitir a introdução facilitada, rápida e segura nos conveses e porões dos navios, reduzindo o máximo possível o risco da carga soltar-se durante a navegação sobre mar agitado.


NAVIOS GRANELEIROS
Os graneleiros são embarcações de grande porte para transporte, a longas distâncias, de minérios e cargas agrícolas a granel ou ensacadas, principalmente em viagens transoceânicas. Eles são grandes navios fabricados em aço, com propulsão a vapor, alimentados por carvão ou madeira, nos modelos antigos, e com propulsão a diesel, nos modelos modernos.

Entre exemplos de cargas agrícolas a granel estão a soja e o milho. Os navios graneleiros são embarcações de grande capacidade, com grandes porões de carga, muitos deles com capacidade de transportar mais de 200 mil toneladas de produtos agrícolas.

NAVIOS MILITARES
São embarcações militares projetadas ou convertidas para desempenhar diversas missões, entre elas lançamento de aeronaves militares; busca e salvamento; lançamento de mísseis e torpedos; patrulhamento e dissuasão; atendimento médico a militares e/ou civis em locais de difícil acesso, durante a guerra ou em tempos de paz; transporte de refugiados e auxílio humanitário à população em casos de calamidade pública ou emergência;

Conhecidos também como navios de guerra, são embarcações projetadas e construídas especificamente para desempenhar funções militares. Pelo que se sabe, os primeiros navios de guerra foram construídos e operados pelos egípcios, com uma combinação de velas e remos usados para dar movimento à embarcação. Na sequência, outros tipos de navios de guerra de outras civilizações foram criados, dentre eles a galé ou galera a remo, utilizada pelos gregos.


A partir do século XVI, os navios com canhões se tornaram predominantes nos mares e oceanos do planeta. A partir do século XIX, navios de ferro, blindados, se estabeleceram entre os mais poderosos dos mares, seguidos, décadas depois, pelos encouraçados, de aço. A partir do século XX surgiram os temidos torpedeiros, estabelecendo um novo padrão de dissuasão e respeito em águas territoriais. Os porta-aviões surgiram pouco antes da Primeira Guerra Mundial, seguidos do uso combinado de porta-aviões, submarinos e mísseis após a Segunda Guerra Mundial.


Atualmente, o poder naval compreende o uso de porta-aviões, submarinos, fragatas, destróieres, corvetas, torpedeiros e anfíbios, neste caso para desembarque de tropas e veículos terrestres. Até mesmo entre militares, o submarino é chamado ou tratado como um navio, mas essa definição é um pouco estranha, não é comum, não sendo recomendável usá-la.

NAVIOS FPSO, FSO E FPU
Esses dois tipos de embarcações, o FPSO - Floating Production Storage and Offloading e FSO - Floating Storage and Offloading, são navios utilizados por empresas petrolíferas para processamento e armazenamento temporário de petróleo em alto mar e simplesmente para armazenamento temporário de petróleo em alto mar, respectivamente. Há também casos em que navios são projetados desde o início ou convertidos para a extração e processamento de petróleo, passando assim a serem chamados de navios-plataforma, ou FPU - Floating Production Unit.

NAVIOS FRIGORÍFICOS

A maioria dos navios frigoríficos é formada por porta-contêineres com projeto focado na grande geração de eletricidade para suprir todos os contêineres embarcados.

NAVIOS ROLL-ON / ROLL-OFF
Os navios Roll-On / Roll-Off, conhecidos também como navios Ro-Ro, são basicamente navios de carga marítima com a capacidade de transportar veículos com a capacidade de entrar e sair, por meios próprios, desses navios atracados nos portos, e com a capacidade de transportar máquinas e equipamentos que podem ser introduzidos em seus porões de carga por meio de veículos de tração, como empilhadeiras, por exemplo.

São navios usados basicamente para exportação e importação de automóveis, pick-ups, caminhonetes, caminhões e carretas, ônibus, locomotivas e vagões ferroviários, máquinas e equipamentos, peças, partes e componentes em geral usados na indústria e no comércio. Para isso, esses navios possuem largas portas de acesso nas laterais ou frontais de seus cascos para permitir a entrada e saída de veículos e outros itens de exportação e importação.

NAVIOS QUÍMICOS

Como sua própria classificação já diz, são navios usados para transporte de produtos químicos.

NAVIOS GASEIROS

São navios utilizados no transporte de gases liquefeitos, incluindo o GNL, o gás natural liquefeito. Eles também podem ser chamados de navios-tanques.

NAVIOS MINERALEIROS

Como sua própria classificação já diz, são navios usados para transporte de produtos minerais. O maior navio mineraleiro do mundo, ou seja, destinado ao transporte em larga escala de minérios, é o Vale Brasil, com aproximadamente 360 metros de comprimento e capacidade de carga de 400 mil toneladas.

NAVIOS DRAGA
São embarcações utilitárias projetadas ou convertidas para desempenhar trabalhos de dragagem de áreas portuárias, por onde circulam navios de alta capacidade, e para melhorar o trânsito de embarcações em hidrovias, com a limpeza ou rebaixamento do leito desses rios.

A draga é uma máquina instalada no navio draga, a função dela é sugar ou sorver impurezas dos leitos das áreas portuárias e deposita esses resíduos nos batelões, que por sua vez são as embarcações que levam esses lodos e areias para alto mar ou outro local apropriado e lá os descarrega. A dragagem é um trabalho periódico e extremamente necessário para possibilitar a fluidez ou circulação tranquila de navios pelas áreas portuárias, reduzindo assim o risco de encalhe das superestruturas.

NAVIOS QUEBRA-GELO
Os navios quebra-gelo são embarcações utilitárias projetadas ou convertidas para abrir passagem a grandes navios de carga durante viagens em mares gelados, com suas superfícies congeladas. Eles desempenham um importante trabalho de quebrar o gelo a sua frente, e para isso são projetados com motores potentes, hélices maiores e proa com formato mais saliente.

NAVIOS REBOCADORES
Essas embarcações utilitárias também desempenham um importante papel durante a circulação de navios em áreas portuárias. Elas são impulsionadas por potentes motores para realizar o trabalho de auxiliar os grandes navios em manobras de atracação nos portos e, posteriormente, na saída deles.

TECNOLOGIA NÁUTICA E NAVAL
A Engenharia Naval é a ciência de projeto e construção ou fabricação de embarcações e plataformas marítimas, ela é o ramo do conhecimento humano aplicado à criação e desenvolvimento de veículos aquáticos e plataformas flutuantes. O engenheiro naval é a pessoa formada em engenharia naval, ele é um dos principais profissionais envolvidos no projeto e na fabricação de embarcações de médio e grande portes e plataformas marítimas. A Engenharia Naval é o ramo da Engenharia cujas atividades principais são a criação, o desenvolvimento e a construção ou fabricação de veículos, máquinas, equipamentos e estruturas ou infraestruturas que se destinam à exploração dos recursos naturais em rios, mares e oceanos, incluindo a exploração de petróleo, e o transporte de pessoas e cargas por meios aquáticos.

Ela também se ocupa da manutenção e reparo desses veículos, máquinas, equipamentos e estruturas, incluindo o planejamento e administração das operações marítimas e portuárias.

A Engenharia Naval é a ciência de projetar e desenvolver navios de transporte de pessoas e cargas e estruturas flutuantes para diversos fins, neste caso principalmente para extração de petróleo e gás natural. Antes do século XVII, não havia rigor científico e tecnológico na criação de projetos de navios, embora já fossem utilizados modelos em escala em alguns casos, para servirem de referência para construção de embarcações. A partir do século XIX, surgiu a Engenharia Naval, com o pioneiro projetista inglês William Froude dando sua contribuição para o estabelecimento desse segmento da Engenharia, com o desenvolvimento das primeiras técnicas de testes hidrodinâmicos em tanques. Ele foi o principal responsável pela criação dos princípios básicos do que conhecemos hoje sobre hidrodinâmica.

Ela se ocupa, entre outros aspectos, do cálculo da pressão que a água exerce sobre os cascos e demais partes estruturais dos navios, a potência necessária nos motores para impulsioná-los e a robustez necessária das estruturas para suportar o peso de passageiros, bagagens e cargas. Atualmente, as plantas de navios são criadas por meio de programas de computador, como o CAD – Computer Aided Design, por exemplo.

A Engenharia Naval é composta por seis áreas que se complementam:
  • Construção naval e engenharia de máquinas - Uma especialidade da Engenharia Mecânica aplicada ou empregada no projeto, na construção ou fabricação, na instalação, na operação e na manutenção dos sistemas de propulsão, controle e produção de energia das embarcações, incluindo seus sistemas elétricos e eletrônicos de navegação e comunicação;
  • Gerenciamento de transportes aquáticos;
  • Arquitetura naval - Focada nos projetos e construções de cascos e estruturas de embarcações, planejamento e organização das suas divisões estruturais internas e do comportamento hidrodinâmico e hidrostático das estruturas das embarcações; 
  • Pesquisa científica e desenvolvimento de tecnologias;
  • Engenharia oceânica - Focada no projeto, na construção, na operação e na manutenção de estruturas de exploração de petróleo em mares e oceanos;
  • Projetos de sistemas marítimos e oceânicos;

PEÇAS, PARTES E COMPONENTES DE UM NAVIO
Casco
É a parte fundamental da estrutura do navio, composta pelo costado, encolamento e fundo. Pode ser fabricado em aço, liga de alumínio ou material composto, dependendo do porte do navio. Em geral, a estrutura dos navios maiores é fabricada em aço. O casco é composto também pelo esqueleto ou ossada, este ou esta composto (a) pelas longarinas, balizas, vaus e a quilha, esta a peça principal e mais robusta do navio.
Convés
É o nome genérico dado ao ou aos pavimento (s) descoberto (s) dos navios. Também pode ser fabricado em aço, liga de alumínio ou material composto, mas é mais comum o uso de aço nos navios maiores, com um acabamento de madeira nobre nos navios mais chiques e iates.
Anteparas
São as partes do navio que tem função análoga a das paredes de uma residência. Sua principal função é delimitar os espaços do navio, incluindo os camarotes e outras áreas comuns de circulação ou trabalho de passageiros e tripulantes, respectivamente.
Sistema mecânico
É composto pelos motores, pelas hélices e outras peças e componentes relacionados
Sistema elétrico
É composto pelos geradores, pelos cabos e fios e pela iluminação do navio, entre outras peças e componentes relacionados
Sistema hidráulico
É composto pelas bombas hidráulicas, pelas mangueiras e/ou dutos / tubos, entre peças e componentes relacionados
Sistema eletrônico
É muito variado, e é formado também pelos aparelhos usados na navegação
Tanques e porões
São compartimentos para água potável, gás e óleo e os compartimentos destinados a transportar carga, respectivamente.
Paiol
É um compartimento operacional do navio, geralmente usado para guardar itens usados na sua operação, incluindo a âncora e as amarras
Praças
Também são compartimentos operacionais, mas são usados para o trabalho da tripulação do navio, incluindo as salas de máquinas, a sala principal de comando e a sala de comunicação, esta equipada com os aparelhos transmissores e receptores
Camarotes
São as áreas privativas dos passageiros, semelhantes às suítes de hotéis de luxo nos navios mais chiques e iates

ESTALEIROS
O estaleiro é o local dotado das instalações, das máquinas e equipamentos necessários para construção ou fabricação de embarcações e plataformas marítimas. Mas o estaleiro também pode executar serviços de manutenção e conversão de um navio de um tipo em um navio de outro tipo. O dique seco ou doca seca é a área do estaleiro em que se executam serviços de manutenção e conversão de embarcações.

Basicamente, de forma resumida e simplificada, a tecnologia náutica e naval está apoiada no chamado Princípio de Arquimedes, que diz que todo corpo mergulhado ou sobre um líquido sofre, por parte do líquido, uma força vertical para cima, cuja intensidade é equivalente ao peso do líquido deslocado pelo corpo. Isso significa que quando a quilha de uma embarcação pressiona para baixo e para os lados a superfície da água do mar ou de um rio a água tende a retornar ao espaço ocupado anteriormente pela embarcação, o que resulta no fenômeno da flutuação da embarcação sobre a água.

A quilha é a parte inferior do casco de uma embarcação, sobre a qual se fixa o restante de sua estrutura.

Uma embarcação só afunda quando há graves erros de conceito e de cálculos do projeto ou erros na execução do projeto; quando há graves erros de navegação, levando a embarcação a locais com obstáculos físicos capazes de perfurar / rachar sua estrutura, como, por exemplo, colisões com grandes icebergs ou outros navios, ou condições meteorológicas desfavoráveis, com ondas capazes de tombar a embarcação; quando há vazamento no casco, causado por perfuração / rachadura decorrente de ataque militar, por exemplo, ou outro problema estrutural ou de má conservação;

ETAPAS DE FABRICAÇÃO
De modo geral, a fabricação ou construção de um navio de grande porte é precedida pela definição do seu perfil de utilização, ou seja, de sua finalidade, para que ele servirá, qual será sua principal utilidade, quais serão as missões confiadas a ele e quais serão suas principais características físicas e desempenho, incluindo tamanho, velocidade, autonomia, capacidade de carga ou de transporte de passageiros e o seu nível de tecnologia embarcada.

Outros aspectos também são levados em consideração, como o tempo necessário para o cumprimento adequado das etapas de criação do projeto, incluindo a fase de criação de sua arquitetura, sua aparência física e o preço máximo que o seu proprietário, a maioria de pessoas jurídicas, está disposto a pagar por ele. Na sequência, vem a execução do projeto, ou seja, o seu processo de construção em si, seguido dos testes de desempenho:
  • O processo de fabricação em si é precedido pela conclusão do projeto, com os cálculos e definição de suas dimensões, realizada pelos projetistas e engenheiros responsável pelo projeto;
  • Os profissionais responsáveis pela construção do navio realizam as encomendas / compras dos materiais, peças e componentes que serão usados na sua construção;
  • Os cortes das chapas ou placas de aço são iniciados, com a consequente soldagem desses perfis, cuja montagem resultará em blocos, tudo isso obedecendo às medidas definidas no projeto do navio;
  • A montagem dos blocos de aço vem na sequência, por meio de soldagem e com o auxílio dos guindastes para içar as partes já muito pesadas. Posteriormente, é iniciada a fase de acabamento das soldagens, como lixamento, e, posteriormente, é iniciado o processo de pintura / tratamento da estrutura metálica do navio, esta uma etapa importantíssima, para evitar futuros problemas de corrosão / ferrugem da estrutura metálica;
  • Instalação dos sistemas hidráulico, elétrico, mecânico e eletrônico da embarcação;
  • Batismo, uma cerimônia de lançamento ao mar, geralmente com a presença de autoridades, celebridades e jornalistas;
  • Provas de mar, com os testes finais dos sistemas hidráulico, elétrico, mecânico e eletrônico da embarcação, seguida da sua certificação por sociedades classificadoras;
  • Entrega da embarcação ao operador ou proprietário;

Não é difícil perceber então que a fabricação de um navio lembra vagamente, em parte e guardadas as devidas proporções, é claro, a montagem de um quebra-cabeças ou de um kit de montagem, por exemplo.

INDÚSTRIA MUNDIAL
A atividade de fabricar, fazer a manutenção e consertar / reparar embarcações é muito antiga. Segundo a Arqueologia, as primeiras instalações ou locais reservados para a construção em série e para consertar / reparar embarcações foi construída por volta de 2400 anos a.C. em Lothal ou Lotal, no Vale do Indo, conhecido atualmente como Índia.

O primeiro grande estaleiro brasileiro foi construído pelo Barão de Mauá em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, quando o Governo Federal Brasileiro fez um empréstimo ao Estaleiro Mauá em 1846, a ser pago em 11 anos, para a finalidade da construção do estaleiro e a instalação dos seus equipamentos, com o primeiro navio construído em 1850. A partir de então, até 1961, já haviam sido construídos 72 navios, metade militar e metade civil.

Após esse incentivo governamental inicial ao Estaleiro Mauá, só a partir de 1950 é que o Governo Federal Brasileiro, liderado pelo então presidente Juscelino Kubitschek, criou mais incentivos para fabricação de navios em território brasileiro, por meio do FMM – Fundo de Marinha Mercante. Com esse fundo controlado pelo Governo Federal, o Brasil alcançou em 1972 um dos maiores parques industriais do mundo para fabricação de navios, principalmente de navios civis para uso comercial.

Mas, por outro lado, o Brasil não possuía exportações mundiais significativas de embarcações, como o Japão, por exemplo, e dependia exclusivamente das encomendas internas de empresas brasileiras e as encomendas da Marinha Brasileira. Por isso, com as recessões econômicas seguidas nas décadas de 1980 e 1990, o país acabou saindo do topo do cenário mundial na fabricação de embarcações, assumindo um papel secundário até a década de 2000, quando o então presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva deu início a um programa de nacionalização da fabricação de navios e plataformas petrolíferas, passando a fabricar a maior parte das peças, partes e componentes no Brasil, principalmente para a Petrobrás, inclusive para a sua subsidiária de transportes aquáticos Transpetro.

Até hoje os estaleiros brasileiros dependem do FMM – Fundo de Marinha Mercante para construir embarcações, além de um tributo específico intitulado AFRMM – Adicional de Frete da Renovação da Marinha Mercante, cobrado sobre os fretes em águas nacionais. Com a crise da Petrobrás, consequência direta da recente recessão econômica brasileira, dos baixos preços do petróleo no mercado internacional, entre várias outras causas, polêmicas, inclusive, o Brasil saiu novamente do topo do cenário mundial na fabricação de grandes embarcações e plataformas petrolíferas. 

A partir da década de 1960, os japoneses assumiram uma posição entre os maiores fabricantes mundiais de embarcações, seguidos, mais tarde, pela Coreia do Sul, posições mantidas até os dias de hoje. O período da evolução japonesa foi logo após a Segunda Guerra Mundial. Já a Coreia do Sul teve seu grande crescimento no período na década de 1980, onde sua participação mundial saltou de aproximadamente 10% do mercado de grandes embarcações para cerca de 40% de todo esse riquíssimo mercado de transporte de cargas por via marítima. Por sua vez a China teve seu rápido crescimento a partir da década de 2000 e assumiu uma posição entre os maiores fabricantes mundiais após a abertura do mercado chinês para o mundo. Atualmente a Ásia ocupa a liderança mundial no segmento de estaleiros, sendo o Japão, a China e a Coreia do Sul os principais fornecedores mundiais.

LIDERANÇA MUNDIAL NA FABRICAÇÃO DE NAVIOS
ÉPOCA / PERÍODO
REGIÃO OU PAÍSES
PRINCIPAIS FABRICANTES
Antiguidade
Oriente Médio, Ásia e África

Séculos XV, XVI e XVII
Portugal, Inglaterra, França, Espanha e Holanda

Séculos XVIII e XIX
Inglaterra, Espanha e França

Até 1950
Inglaterra

Década de 1950


Décadas 1960 e 1970
Japão e Brasil
Mitsubishi, Imabari, Hitachi, Sumitomo e Kawasaki
Décadas 1980 e 1990
Japão e Coreia do Sul
Mitsubishi, Imabari, Daewoo, Samsung, Hyundai, Hitachi, Sumitomo e Kawasaki
Década de 2000
China, Coreia do Sul e Japão
China Shipbuilding, Mitsubishi, Imabari, Samsung, Daewoo, Hyundai, Hitachi, Sumitomo e Kawasaki
Atualmente
China, Coreia do Sul e Japão
China Shipbuilding, Mitsubishi, Imabari, Daewoo, Hyundai, Samsung, Hitachi, Sumitomo e Kawasaki


NAVEGAÇÃO
De modo geral, uma embarcação é um veículo aquático para transporte de pessoas e de cargas. As embarcações menores costumam ser classificadas na categoria dos barcos, enquanto as embarcações maiores são classificadas como navios. Existem barcos de capacidade e autonomia intercontinental, mas, de modo geral, os veículos aquáticos mais adequados para o transporte transoceânico são os navios.


O termo navegação pode ser usado nos transportes aquático, aéreo, terrestre e até espacial. No caso específico do transporte aquático, seja ele marítimo (pelos mares e oceanos) ou fluvial (pelos rios), a navegação é a planificação e o direcionamento de um navio, barco ou submarino ao longo de um curso pré-estabelecido, para se chegar a um destino específico, evitando colisões e formações meteorológicas pesadas durante o trajeto, inclusive.


Antigamente, antes do advento de técnicas de navegação mais precisas e sofisticadas, os marinheiros e/ou capitães davam preferência aos trajetos mais próximos às costas, evitando assim se perder no mar aberto ou na imensidão dos oceanos. Pelo que se sabe, os fenícios e os polinésios foram os primeiros a utilizar técnicas mais precisas, para os padrões da época, é claro, de navegação marítima em mar aberto e no oceano, com o uso do posicionamento e direção seguida baseados no uso de corpos celestes como referência, como, por exemplo, o sol, a lua e as estrelas.


Com o passar dos séculos, novos recursos tecnológicos foram acrescentados às técnicas de navegação marítima. Essa navegação mais evoluída, para os padrões da época, era realizada com o uso de instrumentos para aumentar a precisão dos trajetos, incluindo a bússola magnética; o astrolábio; o esquadro e o sextante, neste caso usado para navegação celestial; o silômetro, para medir a velocidade; a sonda, para medir a profundidade do leito aquático; e o cronômetro, para medir a longitude.


A partir do século XX, parte das tecnologias aplicadas na navegação aérea foram sendo aproveitadas pela navegação marítima e fluvial, incluindo o girocompasso; o radar; o sonar; o sofisticado e moderno sistema de navegação inercial; o auxílios de navegação instalados em terra firme, por meio de estações de ondas de rádio; e os sistemas de posicionamento global, entre eles o GPS – Global Positioning System.


A milha marítima é uma medida de distância adotada em vários países, incluindo os Estados Unidos. O nó é a medida oficial de velocidade utilizada na navegação marítima, fluvial e aérea. Ele equivale a 1,852 km/h, este, por sua vez, a medida métrica de velocidade utilizada em veículos terrestres na maioria dos países que utilizam o sistema métrico decimal de pesos e medidas adotado em 1791.


Se todo rigor científico e técnico for utilizado para comparar a navegação marítima com a navegação aérea, é possível dizer que as duas não são muito diferentes em seus conceitos, pois elas têm alguns pontos em comum. A navegação marítima utiliza basicamente as seguintes tecnologias para sua orientação:


BÚSSOLA
Provavelmente, esse é o mais antigo e um dos mais confiáveis instrumentos de navegação marítima inventados pelo ser humano. Antes da criação da bússola, os navegadores da Antiguidade usavam o posicionamento das estrelas e da lua, a noite, e do sol, de dia, para basear o seu método de navegação. Pelo que se sabe, os chineses inventaram a bússola aproximadamente um século antes do nascimento de Jesus Cristo. Porém, a bússola dos chineses não era muito confiável e aproximadamente 800 anos d.C. os chineses melhoraram seu invento com o uso de uma peça de ferro magnetizada com acentuado aquecimento seguido de resfriamento rápido, originando a sensibilidade momentânea aos campos magnéticos do planeta Terra. Posteriormente, em 1302, o marinheiro e inventor italiano Flávio Gioia criou a bússola com a agulha e a rosa-dos-ventos. Já em 1417, o formato definitivo da bússola, como a conhecemos hoje, embora ainda em sua versão antiga, foi criado pela Escola de Sagres, em Portugal, com uma caixa protetora e tampa de vidro, para protegê-la de interferências magnéticas de outros materiais de fora da própria bússola, capazes de interferir em seu correto funcionamento.

GPS – GLOBAL POSITIONING SYSTEM
Essa maravilha do mundo moderno é um sofisticado sistema de posicionamento / localização e navegação por satélites, que fornece ao usuário do aparelho móvel portátil ou embarcado em veículos a sua exata localização, utilizando como base uma rede de 24 satélites em órbita no planeta Terra. O usuário tem acesso a sua localização por meio de coordenadas geográficas ou por meio de um moving map detalhado disponível na tela do aparelho, facilitando ainda mais sua orientação. Existem também outros três sistemas semelhantes ao GPS – Global Positioning System, o Glonass, criado, lançado e mantido pela Rússia, o Galileo, em fase de implementação por vários países que formam a União Europeia,  e o Compass, em fase de implementação pela China.

FAROIS
São grandes e altas torres construídas em áreas costeiras, dotadas de potente foco de luz giratório para orientação de embarcações durante a noite ou em dias de espessa neblina ou nevoeiro. Ele é uma torre ou outra estrutura posicionada estrategicamente para alertar o navegador sobre a proximidade de áreas costeiras ou ilhas e auxiliar o navegador durante o percurso. Geralmente, os faróis são construídos em áreas costeiras, em ilhas ou rochedos. Eles são equipados com feixe de luz direcional para advertir e orientar as embarcações em trânsito.


Pelo que se sabe, o primeiro farol foi construído na península de Faros, em Alexandria, Egito, cerca de 300 anos antes do nascimento de Jesus Cristo. Era uma complexa estrutura com elevadores hidráulicos e sofisticado, para os padrões da época, sistema de emissão de luz de navegação.


RADIOGONIÔMETRO
É um aparelho receptor de ondas eletromagnéticas de rádio usado em embarcações para dar ao navegador a consciência sobre sua localização, esta baseada no cruzamento de dados sobre a direção ou rumo de origem e intensidade das ondas eletromagnéticas de emissoras terrestres. Não é um equipamento muito diferente do aparelho ADF – Automatic Direct Finder, embarcado em aeronaves, para saber a direção da origem das ondas emitidas por estações de rádios AM comerciais e estações NDB.

SERVIÇOS HIDROGRÁFICOS
A Hidrografia é a ciência de estudo e mapeamento dos oceanos, mares, lençóis freáticos, geleiras, lagos e rios, incluindo o relevo de seus leitos e suas correntes e marés, principalmente para o uso dos navegadores e pesquisadores. Vários países no mundo publicam roteiros, livros e mapas de navegação marítima e fluvial padronizados pela Organização Hidrográfica Mundial, com a posição dos faróis em terra firme e balizamento sobre a água, indicação das correntes marítimas, entre outras informações.

Ela é um ramo da Geografia Física que estuda e classifica as águas, em todas as suas formas, inclusive a umidade do ar presente na atmosfera terrestre. A maior bacia hidrográfica do mundo é a Bacia Amazônica, com mais de 7.000.000 de km², cujo principal rio é o Rio Amazonas. O maior oceano do mundo é o Oceano Pacífico, com mais de 179.000.000 de km² e até 11 km de profundidade, em alguns pontos.

A Hidrografia é a ciência e tecnologia do mapeamento de todas as superfícies cobertas por água do planeta Terra e de suas águas subterrâneas. Os mapas obtidos a partir dos estudos realizados pela Hidrografia possibilitam o tráfego fluvial e marítimo dentro de certos níveis de segurança, incluindo informações sobre a profundidade dos mares, oceanos, rios e lagos. Entre as informações importantes estão também a intensidade das marés e a velocidade e direção das correntes marítimas e fluviais.

RADARES

Entre eles os sistemas ratan, shoran, EPI – Electronic Position Indicator, sonares para uso submarino, radux, omega, lorac e raydist, entre outros.

MERCADO
O comércio é a operação formal de compra e venda de mercadorias e a operação conjugada de compra e venda de mercadorias com a prestação de serviços relacionados. O termo comércio também é usado mundialmente para definir e conceituar a operação de intercâmbio (troca) comercial, nacional ou internacional, telecomunicações e comunicações, além de transporte nacional e internacional. Porém, no Brasil é mais comum o uso da expressão comércio para definir operações de compra e venda de mercadorias, enquanto a expressão serviço é mais usada para definir as demais operações, incluindo telecomunicações, comunicações e transporte.

O comércio exterior é o intercâmbio de bens e serviços entre países, com o objetivo de obter lucro. Atualmente a grande maioria dessas operações de compra e venda internacionais são realizadas por meio de moedas, geralmente o dólar e o euro, e, atualmente, a maior parte dessas operações de compra e venda são realizadas usando a língua inglesa e/ou o espanhol. O mercado de câmbio é o mercado de compra e venda de moedas estrangeiras.

O comércio exterior ou comércio internacional, em inglês foreign trade (pronuncia-se fórin treid), é a operação de troca de bens e serviços através das fronteiras internacionais ou territórios, geralmente por meio de moeda. Atualmente, com o fenômeno da globalização, o comércio internacional representa uma parcela significativa do PIB – Produto Interno Bruto da maioria dos países desenvolvidos e em desenvolvimento e de economia razoavelmente aberta, incluindo o Brasil.

Entre todos os meios de transporte de cargas, o transporte aquaviário é um dos mais importantes que existem. Se forem consideradas as participações dos transportes marítimo e fluvial como um dos principais elos do transporte multimodal, responsável por completar a ligação de natureza logística entre o setor primário e o setor terciário, de forma coordenada com o transporte rodoviário de cargas e o transporte ferroviário de cargas, é possível afirmar que o transporte aquaviário contribui para transportar cerca de 85% de toda a produção mundial exportável.

A rigor, o transporte marítimo internacional e intercontinental brasileiro teve início no que chamam de descobrimento do Brasil, por Pedro Álvares Cabral, no ano de 1.500 depois de Cristo. Na verdade, foi a colonização do Brasil por Portugal, não exatamente um descobrimento, pois na época já havia as chamadas civilizações nativas no Brasil..

Entretanto, o crescimento expressivo da indústria de construção naval brasileira ocorreu nas décadas de 1920, 1930 e 1940.

A navegação de cabotagem ou transporte marítimo de cabotagem é o transporte de passageiros e de cargas por via marítima de um ponto da costa ou litoral até outro ponto da mesma costa ou litoral de um país. No Brasil, esse tipo de transporte declinou bastante a partir do desenvolvimento acentuado do modal rodoviário de transporte, da década de 1930 em diante.

Dependendo da fonte consultada, o Brasil tem atualmente 37 portos marítimos. Pelos padrões internacionais, 11 desses portos são considerados grandes, para grandes navios, segundo o PNAC II, dentre os quais o maior é o Porto de Santos, localizado no município de Santos, no litoral do Estado de São Paulo. Embora seja o maior porto marítimo, ele não ocupa o primeiro lugar em peso de carga transportada. Segundo outras fontes, o primeiro lugar é do Terminal Marítimo do Maranhão, conhecido também como Terminal de Ponta da Madeira, com quase 200.000.000 de toneladas de cargas transportadas, uma das maiores movimentações do mundo.

Porém, o Brasil tem problemas sérios na sua infraestrutura de logística marítima. Por exemplo, a maioria dos grandes navios internacionais que aportam nos cais brasileiros não consegue usar toda sua capacidade de transportar carga, pois se fizesse encalharia suas quilhas nos leitos naturais submersos.

O país também possui 50.000 quilômetros de hidrovias para transporte fluvial.

Atualmente, o Brasil tem 175 instalações portuárias de carga, incluindo as instalações marítimas e fluviais. São 99 instalações no litoral brasileiro e mais 76 instalações fluviais, incluindo portos e terminais.


INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS MARÍTIMAS BRASILEIRAS

NÚMERO

REGIÃO

CARGA MOV. EM 2018

46

Sudeste

+ de 512.000.000 de ton.

28

Nordeste

+ de 335.000.000 de ton.

14

Sul

+ de 108.000.000 de ton.

11

Norte

+ de 34.000.000 de ton.

 

 

 

Fonte: Antaq e outras


CARGAS TRANSPORTADAS POR VIA MARÍTIMA PELO BRASIL

CATEGORIA

CARGA MOV. EM 2018

Minérios em geral

+ de 447.000.000 de ton.

Combustíveis, óleos e derivados

+ de 241.000.000 de ton.

Contêineres (cargas variadas)

+ de 112.000.000 de ton.

Sementes, oleaginosas, grãos e frutos

+ de 105.000.000 de ton.

Cereais

+ de 42.000.000 de ton.

Fertilizantes

+ de 28.000.000 de ton.

Ferro e aço

+ de 19.000.000 de ton.

Açúcar

+ de 18.000.000 de ton.

Celulose

+ de 17.000.000 de ton.

Produtos químicos

+ de 15.000.000 de ton.

Fonte: Antaq e outras

Considerando os números apresentados no quadro logo acima, no total o Brasil exporta 775.000.000 de toneladas e importa 340.000.000 de toneladas. Dessa forma, o Brasil é um dos maiores exportadores de minérios, ferro, aço, açúcar e celulose e um dos maiores importadores de cereais do mundo. Um detalhe importante e curioso: O Brasil é um grande exportador de petróleo e um grande importador de produtos derivados de petróleo, como, por exemplo, gasolina e diesel. Isso significa que o país é autossuficiente na produção de petróleo, ou seja, produz mais do que consome,  mas é deficiente em infraestrutura de refino petróleo. Para quem não sabe, o refinamento do petróleo bruto é o processamento dele para obtenção de produtos derivados, como, por exemplo, o óleo diesel, a gasolina e o querosene.


MAIORES PORTOS E TERMINAIS BRASILEIROS EM 2018

TERMINAL OU PORTO

ESTADO

CARGA MOVIMENTADA

Ponta da Madeira

Maranhão

+ de 198.000.000 de ton.

Santos

São Paulo

+ de 107.000.000 de ton.

Tubarão

Espírito Santo

+ de 103.000.000 de ton.

Itaguaí

Rio de Janeiro

+ de 56.000.000 de ton.

Paranaguá

Paraná

+ de 48.000.000 de ton.

São Sebastião

São Paulo

+ de 44.000.000 de ton.

Agra dos Reis

Rio de Janeiro

+ de 42.000.000 de ton.

Ilha Guaíba

Rio de Janeiro

+ de 41.000.000 de ton.

Suape

Pernambuco

+ de 23.000.000 de ton.

Itaqui

Maranhão

+ de 22.000.000 de ton.

 

 

 

Fonte: Antaq e outras


O conhecido Porto de Santos é o maior porto do Brasil em número de contêineres movimentados e o segundo maior em peso transportado. Ele é o 39º maior porto do mundo, considerando contêineres.


Segundo o Relatório de Competitividade Global do World Economic Forum, relacionado aos anos de 2012 e 2013, considerando um número total de 144 países analisados, entre desenvolvidos, subdesenvolvidos e em desenvolvimento, o Brasil está na 100ª posição de investimentos privados e públicos em ferrovias, está na 123ª posição de investimentos privados e públicos em rodovias, está na 134ª posição de investimentos privados e públicos em aeroportos, e está na 135ª posição de investimentos privados e públicos em portos.

Isso significa claramente que o Brasil tem um problema sério de não conseguir atrair capitais privados, nacionais e estrangeiros, para o setor de logística em geral, ou seja, o Brasil não é atraente como deveria ser para o capital privado no setor de infraestrutura de transportes.

Para efeito de comparação, desde a década de 1980 até hoje o Brasil só conseguiu investir em infraestrutura de transportes em geral uma média de 2% do seu PIB – Produto Interno Bruto, enquanto vários outros países também em desenvolvimento conseguem investir entre 4% e 8% de seus respectivos PIB's.

Os governos brasileiros, principalmente o Governo Federal, têm tentado transferir à iniciativa privada a responsabilidade de longo prazo pelos projetos de infraestrutura em geral de transportes, mas têm encontrado uma barreira ou dificuldade, o poder aquisitivo limitado da população para pagar tarifas em geral, principalmente as tarifas de pedágio.

Isto torna a maioria dos leilões de concessões pouco atraentes à iniciativa privada, principalmente na área de transporte rodoviário.

Segundo a Acobar - Associação Brasileira dos Construtores de Barcos, atualmente o Brasil possui uma frota de mais de 60.000 barcos de passeio e turismo com mais de 4 metros de comprimento, incluindo botes e lanchas nessa contagem. Atualmente, cerca de 1/3 de toda a produção nacional de barcos é exportada.

ESTALEIROS BRASILEIROS
O Brasil é uma das 10 maiores economias do mundo, com PIB / PPC de mais de US$ 3,2 trilhões (dólares) em 2017. Ele é o quinto maior país do mundo, o maior país da América Latina, com mais de 8,5 milhões de km², com 5.570 municípios e mais de 210 milhões de habitantes. O país tem cerca de 50.000 quilômetros de hidrovias, a maioria navegável, e mais de 7.400 quilômetros de área litorânea, quase toda ela navegável para transporte de passageiros, de cargas e/ou para atividades de turismo e passeio, incluindo a pesca comercial e esportiva.

É um país de clima tropical e natureza exuberante, com temperatura elevada e úmida na maior parte do ano, o que favorece atividades recreativas de turismo e de passeio, incluindo a pesca esportiva. Por isso ele tem um dos maiores mercados potenciais para a indústria náutica e naval do mundo. É um dos maiores mercados turísticos em potencial do planeta, com lindas praias, paradisíacas, com águas mornas na maior parte da Região Nordeste e águas mais frescas nas regiões Sudeste e Sul.

Segundo uma pesquisa em conjunto do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Ministério do Turismo do Brasil, a PSH 2011 – Pesquisa de Serviços de Hospedagem, mais de 5.000.000 de turistas estrangeiros estiveram no Brasil em 2010. A primeira vista pode até parecer um número impressionante, mas na verdade é considerado pouco pelos profissionais do setor, já que Estados Unidos, França, China e Espanha, por exemplo, receberam mais de 59 milhões, mais de 76 milhões, mais de 55 milhões e mais de 52 milhões de turistas, respectivamente, no mesmo ano.

Segundo a ABIH – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, o mercado doméstico de turismo é atendido por mais de 1.000.000 de trabalhadores diretamente ligados ao setor hoteleiro. São mais de 25.000 opções de hospedagens disponíveis no Brasil, tanto em localidades com vocação tipicamente turística, litoral brasileiro, por exemplo, como em localidades com vocações agrícola, agropecuária, agroindustrial, industrial, governamental e de prestação de serviços.

O setor hoteleiro no Brasil emprega mais de 300.000 pessoas nas regiões de potencial turístico, principalmente nas capitais de estados e na gigantesca região litorânea do Brasil, no Pantanal, na Amazônia, na Serra Gaúcha, nas estâncias de Minas Gerais e de São Paulo, na Chapada dos Guimarães, na Serra da Mantiqueira, no Planalto Central, na Chapada Diamantina, em Foz do Iguaçu, no Rio São Francisco, nos rios Paraná e Paranapanema, entre outros pontos turísticos. São mais de 5.700 hotéis, resorts e pousadas e quase 3.000 restaurantes e bares.

GRANDES E MÉDIOS ESTALEIROS BRASILEIROS (NÚMEROS APROXIMADOS)
EMPRESA
LOCALIZAÇÃO
FABRICAÇÃO
EMPREGOS
ERIN Rio Negro (embarc e outros)
Amazonas
40 / ano (desde 1971)
+ d 400 dir.
Estaleiro Rio Maguari (vários)
Amazonas

+ d 400 dir.
CMO Offshore / Construcap
Santa Catarina

+ d 1.000 dir.
Inace (navios e iates)
Ceará
20 / ano (desde 1970)
+ d 1.300 dir.
Atlântico Sul / CCorrêa e QGalvão
Pernambuco

+ d 3.800 dir.
Enseada / Odebrecht e Kawasaki
Bahia e Rio


Vard Promar / Grupo Fincantieri
Pernambuco
Aprox. 2 por ano
+ d 1.600 dir.
Aliança / Grupo CBO (navios)
Rio de Janeiro
16 unid (desde 2004)
+ d 600 dir.
Oceana / Grupo CBO (navios)
Santa Catarina

+ d 1.000 dir.
Brasfels / Keppel (Verolme)
Rio de Janeiro

+ d 3.000 dir.
EISA – Estaleiro Ilha (Emaq)
Rio de Janeiro
500 unid (desde 1950)

Ecovix / Engevix (navios e plat.)
Rio Grande do Sul

+ d 500 dir.
EJA – Jurong Aracruz / Sembcorp
Espirito Santo

+ d 1.000 dir.
Equipemar
Rio de Janeiro


Intermarine (iates e lanchas)
São Paulo
5000 unid (desde 1973)
+ d 600 dir.
Angra dos Reis
Rio de Janeiro


Barra do Furado / BR Offshore
Rio de Janeiro


Estaleiro Brasa / SBM e Synergy
Rio de Janeiro

+ d 1.000 dir.
Estaleiro Cassinú (navios)
Rio de Janeiro


Guarujá



Estaleiro Mauá / Areia (navios)



Rio Tietê



Inhaúma



Rio Star (iates, botes e lanchas)



McLaren Oil



Navegação São Miguel



Renave / Enavi



UTC Engenharia



OSX / Grupo EBX (navios e plat.)
Rio de Janeiro


Vard Niterói



Vellroy



EBR – Estaleiro do Brasil



Detroit Brasil



Fibrafort (botes e lanchas)
Santa Catarina
16000 un. (desde 1990)

Itajaí



Deppel Singmarine Brasil



Naviship



Arsenal de Marinha (navios e sub.)
Rio de Janeiro
Aprox. 1 por ano

ERG – Rio Grande



Evolution (botes e lanchas)
Santa Catarina

-
Maramar (catamarans e lanchas)
Maranhão


Brasilcat (catamarans e lanchas)
São Paulo

-
Caprice (botes e lanchas)
São Paulo


Aquaterra (botes e lanchas)
São Paulo

-
Lanchas Coral (botes e lanchas)
Rio de Janeiro


Cimitarra (botes e lanchas)
Rio Grande do Sul
2.000 un. (desde 1999)
-
Brazilian Boat (botes e lanchas)
Rio Grande do Sul


Carbrasmar (botes e lanchas)
Rio de Janeiro


Real Power Boats (botes e lanchas)
Rio de Janeiro
10000 un. (desde 1986)
+ d 200 dir.
Phoenix Boats (botes e lanchas)
Alagoas


Tecnoboats (botes e lanchas)
Rio de Janeiro


Brava Estaleiro (botes e lanchas)



Ventura / Unimar (botes e lanchas)
Minas Gerais


Schaefer Yachts (lanchas e iates)
Santa Catarina
3.500 unid (desde 1992)
+ d 500 dir.
Ferretti do Brasil (lanchas e iates)
São Paulo
45 / ano (2009 até 2011)
+ d 200 dir.
Aliança Offshore / Grupo CBO


+ d 300 dir.
EBR / Setal e Toyo
Rio Grande do Sul

+ 3.000 dir.





Um das formas mais práticas e econômicas de transportar cargas pesadas, principalmente commodities, é o sistema intermodal de transporte, ou seja, uma combinação de vários meios de transporte e suas respectivas infraestruturas. Por exemplo: A exportação e/ou industrialização de milho e soja poderia e/ou deveria ser feita basicamente e inicialmente por caminhões, partindo das fazendas e/ou de silos de armazenamento, no campo e/ou nas cidades, até portos hidroviários e/ou portos secos, de onde partiriam em embarcações de transporte de cargas por hidrovias e/ou trens por meio de ferrovias até os grandes portos de exportação e/ou até as agroindústrias brasileiras, para o posterior consumo no exterior e/ou no varejo local.

PORTOS BRASILEIROS
O Brasil tem atualmente 37 portos. Pelos padrões internacionais, são 16 portos de boa capacidade, sendo 11 portos considerados de grande porte, para grandes navios, segundo o PNAC II, dentre os quais o principal e o maior é o Porto de Santos, localizado no município de Santos, no litoral do Estado de São Paulo.

Como o próprio nome diz, o Porto de Santos está localizado no município de Santos, no litoral do Estado de São Paulo. Ele é o maior porto brasileiro, com mais de 15 quilômetros de extensão, com uma área útil de quase 8 milhões de metros quadrados, com mais de 55 terminais marítimos e retroportuários, sendo 14 terminais de uso privado. Esse porto tem um total de 65 berços de atracação e armazéns para açúcar, soja, trigo, milho, fertilizantes e sal, além de vários tanques para produtos químicos e combustíveis.

Durante a década de 2010, o Porto de Santos movimentou, em média, cerca de quatro milhões de contêineres por ano, com mais de 110 milhões de toneladas de cargas anuais, empregando cerca de 1.500 funcionários diretos.

Atualmente, os trabalhos de carregamento e descarregamento de cargas em caminhões e trens no Porto de Santos é quase todo informatizado, com agendamento prévio e avisos enviados para aplicativos instalados em smartphones / celulares dos trabalhadores do porto e dos empregados das transportadoras. Essa iniciativa da administração do Porto de Santos melhorou a movimentação de veículos dentro do porto.

MAIORES PORTOS DO MUNDO (NÚMEROS APROXIMADOS)
PORTO (LOCALIZAÇÃO)
PAÍS
MOVIMENTAÇÃO ANUAL
Xangai / Yangshan (Yangtzé)
China
43 milhões de contêineres (2019)
Singapura (Estreito de Malaca)
Singapura
37 milhões de contêineres (2019)
Ningbo-Zhoushan (Rio Yangtzé)
China
26 milhões de contêineres (2018)
Shenzhen
China
25 milhões de contêineres (2018)
GuangzhouChina22 milhões de contêineres (2018)
Busan / Pusan (Rio Naktong)
Coreia do Sul
21 milhões de contêineres (2018)
Hong KongHong Kong19 milhões de contêineres (2018)
Qingdao
China
19 milhões de contêineres (2018)
Tianjin
China
16 milhões de contêineres (2018)
Jebel Ali
Dubai16 milhões de contêineres (2018)

MAIORES PORTOS DO MUNDO (NÚMEROS APROXIMADOS)

PORTO (LOCALIZAÇÃO)

PAÍS

MOVIMENTAÇÃO ANUAL

Ningbo-Zhoushan (Rio Yangtzé)

China

1,1 bilhão de toneladas (2018)

Xangai (Rio Yangtzé)

China

730 milhões de toneladas (2018)

Tangshan (Mar de Bohai)

China

637 milhões de toneladas (2018)

Singapura (Estreito de Malaca)

Singapura

630 milhões de toneladas (2018)

Guangzhau ou Guangzhou

China

613 milhões de toneladas (2018)

Qingdao

China

540 milhões de toneladas (2018)

Suzhou

China

532 milhões de toneladas (2018)

Headland

Austrália

520 milhões de toneladas (2018)

Tianjin / Tanggu (Baía de Bohai)

China

508 milhões de toneladas (2018)

Roterdã (Rio Reno)

Holanda

469 milhões de toneladas (2018)


OS GIGANTES DOS MARES

MS FREEDOM OF THE SEAS
Essa embarcação é um navio de cruzeiro da empresa americana Royal Caribbean International e está atualmente em atividade para transporte de passageiros em viagens de turismo contratadas por agências de viagens. É um dos maiores e mais chiques transatlânticos do mundo, com cerca de 340 metros de comprimento e cerca de 56 metros de largura, com porte bruto de cerca de 160.000 toneladas. Ele pode transportar até 5.700 pessoas, incluindo 4.350 passageiros e 1.350 tripulantes.

CNN PRAIRIAL
Essa embarcação foi um petroleiro da Compagnie Nationale de Navigation, construído pelo estaleiro francês Chantiers de Latlantique na década de 1970 para atividades de transporte de petróleo em viagens intercontinentais contratadas por empresas de petróleo. Ele esteve em atividade por cerca de 24 anos e foi um dos maiores petroleiros do mundo, com cerca de 420 metros de comprimento, com porte bruto de cerca de 555.000 toneladas.

Ele fazia parte da família Batillus de superpetroleiros de projetos semelhantes, composta por quatro navios, incluindo o Bellamya, o Pierre Guillaumat e o Batillus.

ALLURE OF THE SEAS
Essa embarcação é um navio de cruzeiro da empresa americana Royal Caribbean International e está atualmente em atividade para transporte de passageiros em viagens de turismo contratadas por agências de viagens. É um dos maiores e mais chiques transatlânticos do mundo, com cerca de 360 metros de comprimento, com porte bruto de cerca de 225.000 toneladas. Ele pode transportar até 5.500 pessoas em 2.700 cabines, incluindo passageiros e tripulantes.

SEAWISE GIANT
Conhecido também como Knock Nevis, essa embarcação foi um petroleiro de propriedade da Maersk Oil, construído pelo estaleiro japonês Sumitomo Heavy Industries no final da década de 1970 para atividades de transporte de petróleo em viagens intercontinentais contratadas por empresas de petróleo. Ele esteve em atividade por cerca de 30 anos e foi a maior embarcação do mundo até 2010, com cerca de 500 metros de comprimento, com porte bruto de cerca de 560.000 toneladas.

RMS OLYMPIC
Essa embarcação foi um navio de cruzeiro da White Star Line, o nome fantasia da Ocean Steam Company, e esteve em atividade para transporte de passageiros. Foi um dos maiores transatlânticos do mundo, construído em 1908 na Irlanda pelo estaleiro Harland and Wolff, com cerca de 270 metros de comprimento, com porte bruto de cerca de 46.000 toneladas. Ele esteve em atividade por cerca de 25 anos e podia transportar até 3.295 pessoas, incluindo 2.435 passageiros e 860 tripulantes.

Pra quem não sabe, a White Star Line também foi a proprietária do famoso transatlântico RMS Titanic, que se acidentou em 1912, em sua viagem inaugural entre Inglaterra e Estados Unidos.

ESSO ATLANTIC
Essa embarcação foi um petroleiro da empresa grega South Gulf Shipping, construído na década de 1970 pelo estaleiro dinamarquês Odense Staalskibsvaerft para atividades de transporte de petróleo em viagens intercontinentais. Ele esteve em atividade por cerca de 35 anos e foi um dos maiores petroleiros do mundo, com cerca de 440 metros de comprimento, com porte bruto de cerca de 516.000 toneladas.

COSTA LUMINOSA
Essa embarcação é um navio de cruzeiro da Costa Crociere ou, em português, Costa Cruzeiros e está atualmente em atividade para transporte de passageiros em viagens de turismo contratadas por agências de viagens. Ela foi construída na Itália em 2007 pelo estaleiro italiano Fincantieri e é um dos maiores e mais chiques transatlânticos do mundo, com cerca de 294 metros de comprimento e cerca de 30 metros de largura, com porte bruto de cerca de 93.000 toneladas. Ela pode transportar mais de 3.740 pessoas, incluindo mais de 2.800 passageiros e mais de 920 tripulantes.

É um dos mais sofisticados navios transatlânticos do mundo, com mais de 1.100 cabines, entre elas mais de 760 cabines com varanda privativa e vista para o mar. Além disso, o navio possui quatro restaurantes e três piscinas grandes.

BATILLUS
Essa embarcação foi um petroleiro de propriedade da empresa francesa Societe Maritime Shell, construído pelo estaleiro francês Chantiers de Latlantic na década de 1970 para atividades de transporte de petróleo em viagens intercontinentais. Ele esteve em atividade por apenas 10 anos e foi um dos maiores petroleiros do mundo, com cerca de 450 metros de comprimento, com porte bruto de cerca de 550.000 toneladas.

FAMÍLIA NIMITZ
Essa família de embarcações militares da Marinha dos Estados Unidos é, provavelmente, a mais poderosa do mundo, com 10 integrantes no total, todos atualmente em atividade. São os maiores navios militares atualmente em serviço, todos porta-aviões de grande capacidade, com comprimento de cerca de 330 metros e estão equipados com sistemas de auto-defesa contra mísseis, aviões e submarinos. Cada um deles tem capacidade de transportar e lançar cerca de 85 aeronaves de asa fixa.

Esses navios foram construídos nos Estados Unidos pelo estaleiro americano Northrop Grumman e cada um deles custou cerca de US$ 6 bilhões. Cada um desses navios pesa quase 100.000 toneladas e possui dois reatores nucleares e quatro turbinas a vapor. O reator nuclear é o equipamento que esquenta água, que por sua vez move as turbinas, gerando assim potência para girar as hélices que dão movimento ao navio.

VALE BRASIL
Essa embarcação é um mineraleiro da empresa brasileira de mineração Vale, conhecida anteriormente como Vale do Rio Doce, construído em 2010 pelo estaleiro sul-coreano Daewoo Shipbuilding para atividades de transporte de minério de ferro em viagens intercontinentais. Ele está em atividade, tem cerca de 360 metros de comprimento e capacidade de transportar quase 400.000 toneladas.

EMMA MAERSK
Essa embarcação é um navio porta-contêineres de propriedade do grupo dinamarquês Moller Maersk, construído pelo estaleiro dinamarquês Odense Staalskibsvaerft em 2006 para atividades de transporte de cargas acondicionadas em contêineres em viagens intercontinentais. Ele tem quase 400 metros de comprimento por 56 metros de largura e seu porte bruto é de cerca de 170.000 toneladas. É um dos navios porta-contêineres mais rápidos do mundo, com velocidade de quase 50 km/h em mar calmo.

SHELL PRELUDE FLNG
Essa sofisticadíssima embarcação é um navio-plataforma de propriedade da gigante petrolífera multinacional holandesa Royal Dutch Shell, fabricado entre 2012 e 2017 pelo estaleiro sul-coreano Samsung Heavy Industries e está atualmente desempenhando atividades de extração e liquefação de gás natural em novos campos em águas territoriais da Austrália.

O Shell Prelude FLNG é uma superestrutura, ele é o maior e mais caro veículo construído na história da humanidade, considerando comprimento, largura, peso e altura, ao preço de US$ 12 bilhões, completo, com todos os sistemas entregues e em funcionamento. Ele tem quase 500 metros de comprimento e cerca de 75 metros de largura, totalizando aproximadamente 600.000 toneladas de porte bruto, incluindo o peso do gás natural, quando em plena atividade, e 260.000 toneladas de peso da estrutura metálica em si, excluindo assim o peso do gás natural.

Essa embarcação é a maior plataforma flutuante do mundo e tem tecnologia para liquefazer o gás natural de forma que seja possível o seu transporte por navios até os centros consumidores e/ou distribuidores.

LIAONING

Conhecido anteriormente como Varyag, é um navio militar chinês, um porta-aviões, com comprimento de 305 metros e está equipado com sistemas de auto-defesa contra mísseis, aviões e submarinos. Ele tem uma capacidade máxima de 30 aeronaves de asa-fixa. Esse navio era propriedade da Marinha Russa nas décadas de 1990 e 2000, ele foi comprado pela China, reformado e modernizado em 2011 e 2012.

MAERSK MC-KINNEY

Essa embarcação é um navio porta-contêineres de propriedade do grupo dinamarquês Moller Maersk, construído em 2013 pelo estaleiro sul-coreano Daewoo Shipbuilding para atividades de transporte de cargas acondicionadas em contêineres em viagens intercontinentais. Ele tem quase 400 metros de comprimento e sua capacidade de carga é de mais de 18.000 contêineres. É um dos navios porta-contêineres mais rápidos do mundo, com velocidade de quase 40 km/h em mar calmo.

HARMONY OF THE SEAS

Essa embarcação é um navio de cruzeiro da empresa americana Royal Caribbean International e está atualmente em atividade para transporte de passageiros em viagens de turismo contratadas por agências de viagens. É um dos maiores e mais chiques transatlânticos do mundo, com cerca de 362 metros de comprimento, com porte bruto de cerca de 227.000 toneladas. Ele pode transportar até 5.480 pessoas, incluindo passageiros e tripulantes.

CMA CGM ALEXANDER
Essa embarcação é um navio porta-contêineres britânico, operado pela companhia francesa de transporte marítimo CMA CGM, construído em 2013 pelo estaleiro Daewoo Shipbuilding para atividades de transporte de cargas acondicionadas em contêineres em viagens intercontinentais. Ele tem quase 400 metros de comprimento e seu porte bruto é de cerca de 186.000 toneladas. É um dos maiores navios porta-contêineres do mundo, com capacidade de até 16.000 contêineres.

INS VIKRAMADITYA

É um navio militar indiano, um porta-aviões, com comprimento de 283 metros e está equipado com sistemas de auto-defesa contra mísseis, aviões e submarinos. Ele foi usado inicialmente pela União Soviética, que, após se tornar Rússia, decidiu vendê-lo em 1996 para a Índia, que por sua vez solicitou uma modernização e atualização estrutural e de sistemas, totalizando uma compra de mais de US$ 2,5 bilhões.

CMA CGM TIGRIS

Essa moderna embarcação é um navio porta-contêineres operado pela companhia francesa de transporte marítimo CMA CGM, construído em 2014 para atividades de transporte de cargas acondicionadas em contêineres em viagens intercontinentais, principalmente de e para portos brasileiros. Ele tem cerca de 300 metros de comprimento e quase 50 metros de largura, com porte bruto de quase 113.000 toneladas.

É um dos navios porta-contêineres mais modernos do mundo e é considerado um dos mais eficientes no consumo de combustível e energia, com reduzidas emissões de CO2 ou gás carbônico, em relação a outros navios do mesmo tamanho e capacidade de carga.

TI CLASS OCEANIA

Essa embarcação é um petroleiro da família TI Class, composta por quatro navios, sendo dois deles de propriedade da companhia belga Euronav. O TI Class Oceania, conhecido anteriormente como Hellespont Fairfax, foi construído entre 2002 e 2003 na Coreia do Sul pelo estaleiro Daewoo Shipbuilding. Ele é operado pela companhia Tankers International para atividades de transporte de petróleo em viagens intercontinentais contratadas por empresas de petróleo. Ele está atualmente em atividade e é um dos maiores petroleiros de casco duplo do mundo, um dos mais modernos, com cerca de 380 metros de comprimento, com porte bruto de cerca de 440.000 toneladas.

RMS QUEEN MARY II
Essa embarcação é um moderno navio de cruzeiro de propriedade da empresa britânica e americana Carnival Corporation. Ele é operado pela sua subsidiária Cunard Line e está atualmente em atividade para transporte de passageiros em viagens de turismo contratadas por agências de viagens. Ele é um dos maiores e mais chiques navios de transporte de passageiros do mundo, um transatlântico, e costuma cumprir rotas entre Inglaterra e Estados Unidos. A sua construção foi concluída em 2004 pelo estaleiro francês Chantiers de Latlantic e tem cerca de 345 metros de comprimento e cerca de 72 metros de altura, com porte bruto de cerca de 148.000 toneladas.

Ele tem capacidade para transportar até 2.620 passageiros, servidos por uma tripulação de até 1.253 pessoas, com velocidade de cruzeiro de aproximadamente 50 km/h em mar calmo.

MAERSK TRIPLE-E
Essa moderna embarcação é um navio porta-contêineres de propriedade do grupo dinamarquês de transporte marítimo e energia Moller Maersk, construído entre 2010 e 2013 para atividades de transporte de cargas acondicionadas em contêineres em viagens intercontinentais. Ele é considerado um dos maiores navios cargueiros do mundo, já que o Shell Prelude FLNG é um navio plataforma. O Maersk Triple-E tem cerca de 400 metros de comprimento, quase 60 metros de largura e capacidade para até 18.000 contêineres.

É um dos maiores navios porta-contêineres do mundo e um dos mais modernos, com capacidade para 165.000 toneladas de contêineres. Ele é impulsionado por dois motores diesel com quase 43.000 cavalos de potência / cada, com cada um deles acoplado à sua própria hélice, resultando em uma velocidade de até 38 km/h em mar calmo. Esses motores a diesel e suas respectivas hélices são considerados os maiores do mundo. É um dos navios mais caros do mundo, custou cerca de US$ 200 milhões, em valores atualizados. Foram usadas cerca de 60.000 toneladas de aço para a fabricação de sua estrutura, que, aliás, poderá ser reciclada ao final de sua vida útil de cerca de 30 anos.

Ele é considerado também um dos modelos de navios de grande porte mais eficientes no consumo de combustível e baixa emissão de poluentes.

GLOBTIK TOKYO

Essa embarcação foi um petroleiro da Globtik Tankers, construído na década de 1970 pela Ishikawajima Heavy Industries do Japão para atividades de transporte de petróleo em viagens intercontinentais contratadas por empresas de petróleo. Ele esteve em atividade por apenas 13 anos e foi um dos maiores petroleiros do mundo, com cerca de 378 metros de comprimento, com porte bruto de 484.000 toneladas.

NAUFRÁGIOS
Todos os anos acontecem dezenas de naufrágios de embarcações de médio e grande portes em mares e rios de praticamente todo o planeta, mas as tragédias e os acidentes que chamam mais atenção são aqueles que causam a morte de pessoas e os desastres ambientais:
  • O naufrágio do navio Wilhelm Gustloff, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, é considerado a maior tragédia da história do transporte marítimo, com a morte de mais de 9.000 pessoas.
  • Entre as maiores tragédias está também o naufrágio do navio alemão Capitão Arcona, com cerca de 5.000 mortos, também durante a Segunda Guerra Mundial.
  • Em tempos de paz, entre os maiores desastres esteve o naufrágio do RMS Titanic, em 1912, que vitimou mais de 1.500 pessoas, com grande repercussão na imprensa mundial. O navio tinha quase 270 metros de comprimento, pesava 46 mil toneladas e transportava mais de 2.200 pessoas, entre passageiros e tripulantes, mas apenas 700 pessoas conseguiram sobreviver. O número de botes salva-vidas era insuficiente para todas as pessoas, além disso a água do Oceano Atlântico estava gelada e a maioria das pessoas que caiu no mar morreu de hipotermia, que é a redução drástica da temperatura do corpo humano a um ponto insuportável.
  • Outra grande tragédia, essa durante a Primeira Guerra Mundial, foi o naufrágio do navio Imperatriz da Irlanda , em 1914, em St. Lawrence, causando a morte de mais de 1.000 pessoas.
  • Estão também entre os maiores acidentes os naufrágios do navio Joola, em 2002, com cerca de 2.000 vítimas.
  • Naufrágio do navio Doña Paz, em 1987, com cerca de 4.000 vítimas.
  • Naufrágio de um dos mais luxuosos transatlânticos da década de 1950, o navio italiano SS Andrea Doria, durante a viagem entre Itália e Estados Unidos. Esse grande navio com 214 metros de comprimento e quase 30 mil toneladas, sofreu uma colisão de tráfego com outro transatlântico de passageiros, o navio sueco Stockholm, que, aliás, não afundou porque sua proa era mais robusta, apesar de ter sido seriamente danificado. Uma grande operação de resgate dos passageiros e da tripulação do navio SS Andrea Doria foi iniciada, cerca de 530 pessoas foram salvas pelo próprio navio sueco Stockholm, que ainda tinha condições de navegar, apesar de estar acidentado, mais 760 pessoas foram salvas pelo transatlântico Ile de France, que também viajava nas proximidades, e mais algumas centenas de pessoas salvas pelo navio civil Cape Anne e pelos navios militares americanos Edward Allen e Private William Thomas. O número total de mortos foi de mais de 50 pessoas, incluindo passageiros e tripulantes dos dois navios envolvidos no acidente.
  • Entre os piores acidentes está também o naufrágio do Lancastria, que em 1940 causou a morte de cerca de 5.200 pessoas.
  • Naufráfio do navio Blanche-Nef, em 1120, que transportava o herdeiro do trono da Inglaterra.
  • Entre os grandes acidentes mais recentes da história do transporte marítimo, o naufrágio do navio de cruzeiro Costa Concordia esteve entre os de maior repercussão na mídia. Em 2012, o elegante navio transatlântico de 290 metros de comprimento sofreu uma colisão com uma rocha no leito do mar a apenas 150 metros da Ilha de Giglio, na Itália, com mais de 4.200 passageiros e tripulantes a bordo, com 32 vítimas fatais, entre passageiros e tripulantes. Segundo as investigações realizadas, o capitão do navio cometeu dois erros graves, conduziu o gigantesco navio por uma área com profundidade inadequada para o porte da embarcação e se ausentou da embarcação antes da evacuação de emergência de todos os passageiros vivos.
  • Naufrágio da balsa MS Estonia, em 1994, na Estonia, com 852 pessoas mortas. Segundo as investigações, o Mar Báltico estava agitado e as portas de carga não suportaram a pressão da água, com a consequente inundação e naufrágio.
  • Naufrágio do navio MV Bukoba, em 1996, no Lago Vitória, próximo a Uganda, Quênia e Tanzânia, com 894 pessoas mortas. Segundo as investigações, a embarcação estava superlotada.
  • Naufrágio do navio MS Al-Salam, em 2006, no Mar Vermelho, entre Arábia Saudita e Egito, com mais de 1.000 pessoas mortas. Segundo as investigações, houve um incêndio na sala de máquinas e o número de botes salva-vidas era insuficiente para as 1.400 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes.
  • Naufrágio do barco brasileiro Bateau Mouche, em 1989, no Rio de Janeiro, com grande repercussão na imprensa brasileira e comoção nacional, com mais de 50 mortos, incluindo a atriz de TV e teatro Yara Amaral. Segundo as investigações, a embarcação estava superlotada.
  • Naufrágio do navio de cruzeiro Eastern Star, em 2015, na China, com mais de 440 pessoas mortas, entre passageiros e tripulantes. Segundo relatos, a embarcação tombou após ser atingida por fortes ventos de tempestade.
Entre os acidentes, vários ocasionaram, na sequência, um aumento ou melhora na regulamentação do transporte marítimo e fluvial, incluindo o naufrágio do RMS Titanic, com a introdução do código Solas, o naufrágio do Herald of Free Enterprise, com a obrigatoriedade das portas estanques em supercargueiros, o naufrágio do Amoco Cadiz, com a obrigatoriedade da contrato de resgate, o naufrágio do MV Derbyshire, com a melhora das estruturas dos navios graneleiros, e o naufrágio do Exxon Valdez, com a obrigatoriedade do casco duplo em petroleiros.

Derramamentos de petróleo e seus derivados causados pelos naufrágios de navios petroleiros podem causar graves danos ambientais, principalmente se os acidentes ocorrerem próximos às áreas costeiras. Um dos maiores derramamentos de petróleo da história mundial foi o do Atlantic Empress, em 1979, com cerca de 287 mil toneladas de petróleo no mar do Caribe. No entanto, são considerados os piores desastres os acidentes que aconteceram perto da costa, como os acidentes com os navios Amoco Cadiz e Erika, na França, o navio Exxon Valdez, nos Estados Unidos, o Prestige, na Espanha, e o Torrey Canyon, na Inglaterra.

Entre os piores acidentes com submarinos nucleares está o naufrágio da embarcação russa Koursk K-141 ou Kursk K-141, acontecida alguns anos atrás. Esse acidente ficou marcado na história mundial como um momento dramático para as famílias dos marinheiros, todos mortos no acidente.

GALERIA DE IMAGENS
Logo acima, barcos de pesca. O barco é um tipo de embarcação de pequenas ou médias dimensões. No Brasil, a maioria deles é fabricada em madeira. Logo abaixo, a chalana, um tipo de barco também comum no Brasil, em geral usado para transportar pessoas e cargas.


Logo acima, ilustração simplificada para comparação de dimensões entre alguns dos maiores navios do mundo. Logo abaixo, o histórico navio japonês Kasato Maru, que trouxe imigrantes japoneses ao Brasil em 1908.


VEJA TAMBÉM


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Nova Enciclopédia Ilustrada Folha - Larousse / Cambridge / Oxford / Webster
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Embarca%C3%A7%C3%A3o
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Barco
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Arca_de_No%C3%A9
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/SS_Atlantic_Empress
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cap_Arcona_(navio)
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Estaleiro
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/MV_Wilhelm_Gustloff
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Farol
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hamburg_S%C3%BCd
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Canal_do_Panam%C3%A1
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_naval
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Hidrografia
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3rum_Econ%C3%B4mico_Mundial
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Costa_Luminosa
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ind%C3%BAstria_Naval_do_Cear%C3%A1
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Porto_de_Santos
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Emma_M%C3%A6rsk
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Prelude_FLNG
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Knock_Nevis
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Liaoning_(porta-avi%C3%B5es)
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Kasato_Maru
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/CMA_CGM
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/TI-class_supertanker
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/RMS_Queen_Mary_2
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Deadweight_tonnage
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Globtik_Tokyo
  • Wikimedia: Imagens

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