EMBRAER EMB-203 IPANEMA

EMBRAER EMB-200 IPANEMA (A PARTIR DE 1972)
EMBRAER EMB-201 IPANEMA (A PARTIR DE 1974)
EMBRAER EMB-202 IPANEMA (A PARTIR DE 1991)
EMBRAER EMB-201R U-19 (FORÇA AÉREA BRASILEIRA)
EMBRAER EMB-203 IPANEMA (A PARTIR DE 2015)


INTRODUÇÃO

Logo acima, o Embraer EMB-202 Ipanema, uma das mais modernas versões da família Embraer Ipanema de aviões agrícolas, e, logo abaixo, o clássico Embraer EMB-200 Ipanema, o modelo original dessa bem sucedida família. Com um olhar atento percebe-se poucas diferenças estéticas externas entre os dois modelos, mas, na verdade, a variedade de modernizações e melhorias em relação ao modelo original tornou o modelo acima bem melhor.

A família Embraer Ipanema é uma econômica, versátil e prática série de aeronaves monomotoras a pistão de uso utilitário, com construção da fuselagem em tubos estruturais de aço soldados em treliça, com asas baixas e com trem de pouso convencional, com capacidade para desempenhar funções tipicamente agrícolas, incluindo a aplicação de defensivos agrícolas líquidos e sólidos (herbicidas, fungicidas e inseticidas), aplicação de fertilizantes e distribuição de sementes, fabricada no Brasil desde a década de 1970 pela Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica, e, posteriormente, a partir da década de 1980, pela sua subsidiária Indústria Aeronáutica Neiva, por sua vez, conhecida atualmente como Unidade Embraer Botucatu.


É uma família de aeronaves utilitárias versáteis e eficientes, com capacidade para desempenhar outras funções importantes, no campo, nas florestas, nos rios e nas cidades, incluindo o combate a incêndios florestais, combate a vetores (pragas em geral, como, por exemplo, mosquito da dengue), repovoamento de águas (com alevinos, por exemplo) e até demarcação de terras, por meio de DGPS – Differential Global Positioning System.


O primeiro modelo da família Embraer Ipanema foi fabricado a partir de 1972 pela própria Embraer – Embraer Empresa Brasileira de Aeronáutica, conhecida atualmente como Embraer S.A., e, posteriormente, novas versões modernizadas e melhoradas foram sendo lançadas a cada década.


Os concorrentes dos aviões da família Embraer Ipanema são o pioneiro Piper PA-25 Pawnee, dos Estados Unidos; o Air Tractor AT-401 e o potente turboélice Air Tractor AT-402, ambos dos Estados Unidos; o PZL-Mielec M18B Dromader, da Polônia; o Gippsland GA200C Fatman, fabricado pela GippsAero, da Austrália; o potente Air Tractor AT-802, para combate a incêndios, dos Estados Unidos; o PZL-Mielec PZL-106 Turbo Kruk, da Polônia; o Grumman Ag Cat, dos Estados Unidos; o Ayres Thrush, dos Estados Unidos; o PAC Fletcher, da Nova Zelândia; o IMCO CallAir A-9, dos Estados Unidos; o avião chinês Hongdu N-5, fabricado pela Hongdu Aviation; e o Piper PA-36 Pawnee Brave, dos Estados Unidos;


UNIDADE EMBRAER BOTUCATU

A Unidade Embraer Botucatu é uma tradicional empresa brasileira fabricante de aeronaves e componentes para aeronaves, localizada na cidade de Botucatu, interior do estado de São Paulo. Atualmente, ela é uma subsidiária integral da empresa brasileira Embraer S.A., a matriz do grupo, com a qual firmou importantes contratos para fabricação de peças e partes de aeronaves comerciais de médio porte, de aeronaves executivas e de aeronaves militares criadas, desenvolvidas e fabricadas pela Embraer, no Brasil e no exterior.


Conhecida anteriormente como Indústria Aeronáutica Neiva, a sua fábrica está localizada no Complexo Industrial do Aeroporto Tancredo Neves, em Botucatu, interior do estado de São Paulo. Ela foi fundada no Rio de Janeiro, na década de 1950, por José Carlos Neiva, que fabricou inicialmente planadores e alguns anos depois a empresa foi transferida definitivamente para Botucatu, onde e começou a fabricar aviões leves para treinamento e, posteriormente, aeronaves executivas a pistão, sob licença da fabricante americana Piper Aircraft.


A partir da década de 1980, a Indústria Aeronáutica Neiva foi comprada pela Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica, tornando-se então, décadas depois, a Unidade Embraer Botucatu. Atualmente, ela possui 1.800 empregados diretos.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

A família Embraer Ipanema é uma econômica, versátil e prática série de aeronaves monomotoras a pistão de uso utilitário, com construção da fuselagem em tubos estruturais de aço soldados em treliça, com revestimento metálico com folhas de liga de alumínio aeronáutico, com asas baixas e com trem de pouso convencional, com bequilha, com capacidade para desempenhar funções tipicamente agrícolas, incluindo a aplicação de defensivos agrícolas líquidos e sólidos (herbicidas, fungicidas e inseticidas), aplicação de fertilizantes e distribuição de sementes, fabricada no Brasil desde a década de 1970 pela Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica, e, posteriormente, a partir da década de 1980, pela sua subsidiária Indústria Aeronáutica Neiva, por sua vez, conhecida atualmente como Unidade Embraer Botucatu.


É uma família de aeronaves utilitárias versáteis e eficientes, com capacidade para desempenhar outras funções importantes, no campo, nas florestas, nos rios e nas cidades, incluindo o combate a incêndios florestais, combate a vetores (pragas em geral, como, por exemplo, mosquito da dengue), repovoamento de águas (com alevinos, por exemplo) e até para criação de chuvas artificiais e demarcação de terras, neste caso por meio de DGPS – Differential Global Positioning System.


O primeiro modelo da família Embraer Ipanema foi fabricado a partir de 1972 pela própria Embraer – Embraer Empresa Brasileira de Aeronáutica, conhecida atualmente como Embraer S.A., e, posteriormente, novas versões modernizadas e melhoradas foram sendo lançadas a cada década.


Ela é uma das mais bem sucedidas famílias de aviões utilitários agrícolas do planeta, com mais de 1.400 unidades fabricadas, a maioria deles ainda em condições de voo, principalmente no Brasil, o seu principal mercado, tornando-se o líder nacional poucos anos depois do início da fabricação em série, em 1972.


A cabine de comando da aeronave foi projetada com a posição do assento do piloto bem elevada, para facilitar a visualização do ambiente externo, foi pressurizada e totalmente vedada para evitar a entrada acidental de produtos químicos tóxicos dentro da cabine durante o trabalho de pulverização.


A praticidade, a funcionalidade, a flexibilidade, a eficiência, a economia de combustível, a manutenção simples e relativamente barata são as suas principais características. O perfil de operação do Embraer EMB-200 Ipanema e de seus modelos sucessores é de uso intensivo e especializado, comum dentro da aviação agrícola, em que os voos são realizados a baixa altura do solo.


CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Durante séculos, o Brasil sempre foi uma potência agrícola mundial. Após a Segunda Guerra Mundial, o desenvolvimento de novas tecnologias em defensivos agrícolas para aumento da produtividade agrícola pedia a criação, o desenvolvimento e a fabricação simultânea de utilitários para a aplicação desses mesmos produtos, incluindo tratores e aviões. O primeiro modelo de aeronave criado, desenvolvido e fabricado em série, focado especialmente ou especificamente na produção agrícola, inclusive como pulverizador de defensivos, foi o Piper PA-25 Pawnee, de fabricação americana, com fabricação em série iniciada em 1959.


Antes dele, os aviões agrícolas usados nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa Ocidental e na Austrália eram, na verdade, aviões executivos, aviões de treinamento e aviões militares adaptados para o uso agrícola, com kits de pulverização agrícola adquiridos separadamente ou disponíveis como opcionais de fábrica.


Durante as décadas de 1950 e 1960, o Governo Brasileiro implementou um amplo programa de substituição de importações, a nível nacional, com estímulos e o estabelecimento de regras, normas e regulamentos para toda a indústria nacional, de todos os setores da economia, visando o máximo possível a nacionalização da produção, inclusive do setor de bens de consumo, como eletrodomésticos, por exemplo, e do setor automobilístico. Como quase não havia uma indústria aeronáutica nacional sólida e bem desenvolvida na época, o Brasil importava quase todos os aviões civis e militares que precisava.


Então, a partir da década de 1960, o Ministério da Agricultura do Brasil solicitou ao CTA – Centro Tecnológico da Aeronáutica um projeto totalmente original (totalmente novo) de avião agrícola a ser fabricado por uma nova empresa estatal brasileira a ser criada, o que significa que o projeto do Embraer EMB-200 Ipanema nasceu antes da própria Embraer. Na mesma época, o avião comercial para transporte regional de passageiros Embraer EMB-110 Bandeirante também estava sendo projetado, o que significa que a Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica nasceu para fabricar ambos os aviões.


A fabricação em série do clássico avião utilitário Embraer EMB-200 Ipanema foi iniciada pela Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica em 1972, a partir de um projeto totalmente original criado e desenvolvido pelo IPD – Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do CTA – Centro Tecnológico da Aeronáutica, projetado por engenheiros do ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica, com uma configuração típica monoposta para utilitários agrícolas, com trem de pouso convencional, com duas rodas fixas na frente e uma roda direcional atrás, inicialmente com motor a pistão Lycoming O-540 do tipo boxer, carburado, com seis cilindros horizontais opostos, refrigerados a ar, movido a AVGAS ou gasolina de aviação, com 260 hp de potência disponível na decolagem.


O nome Embraer EMB-200 Ipanema é uma homenagem da fabricante à histórica Fazenda Ipanema, localizada no interior do estado de São Paulo, próxima a Sorocaba, onde na época havia uma escola de aviação agrícola e um centro de pesquisas e desenvolvimento de tecnologias voltadas para a aviação agrícola, onde a aeronave foi testada.


O Embraer EMB-200 Ipanema é um avião totalmente original, o que significa que ele não foi baseado em nenhum outro modelo de aeronave, ou seja, ele foi criado a partir do zero, a partir de uma folha de papel em branco, literalmente.


A FAMÍLIA IPANEMA

A família de aviões Embraer Ipanema conta, atualmente, com um modelo original e mais três versões, dos quais derivam três subversões modernizadas e melhoradas, totalizando sete modelos civis de produção seriada e pelo menos um para uso militar. Atualmente, de todos esses modelos, somente uma versão civil é fabricada em série, o Embraer EMB-203 Ipanema, o mais moderno, com um número significativo de modernizações, melhorias e refinamentos aerodinâmicos e mecânicos, em relação ao modelo original, que a tornou um modelo quase completamente novo de aeronave, mais potente, mais preciso e mais eficiente que os demais.


A versão militar Embraer EMB-201R Ipanema foi projetada para reboque de planadores, utilizada pela FAB – Força Aérea Brasileira na instrução de novos pilotos. Apenas três unidades foram fabricadas..


A cada década, para cada nova versão lançada, a Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica, a Indústria Aeronáutica Neiva e a Unidade Embraer Botucatu implementaram modernizações e melhorias para manter o produto competitivo e para atender as solicitações de seus clientes, inclusive para fazer frente aos modelos importados, o que resultou em uma participação de 80% do mercado nacional de aviões agrícolas, alcançada na década de 2010.


EMBRAER EMB-200 IPANEMA

O clássico Embraer EMB-200 Ipanema foi criado e desenvolvido na década de 1960, com a fabricação em série iniciada em 1972 pela então recém fundada estatal Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica, com reservatório de 580 litros para produtos químicos. Ele era um dos poucos modelos de aviões agrícolas projetados desde o início para desempenhar funções específicas na aviação agrícola, ou seja, não era um avião executivo ou militar adaptado para desempenhar essa função.


Esse avião foi fabricado em série no Brasil, a partir de 1972, tracionado por um motor a pistão Lycoming O-540 aspirado, com 260 hp, disponível na decolagem, com hélice Hartzell de passo fixo, com asas retas e baixas, otimizadas para manobras em baixas velocidades, com pousos e decolagens em pistas de pouso com menos de 1.000 metros de comprimento, mesmo com carga máxima.


É uma aeronave básica, portanto aconselha-se aos eventuais compradores solicitarem às oficinas homologadas e certificadas por autoridades aeronáuticas e pelo fabricante a modernização do cockpit com a instalação de aviônicos para melhorar as operações, incluindo o GPS - Global Positioning System e o TCAS - Traffic Collision Avoidance System.


Uma sub-versão chamada Embraer EMB-200A Ipanema foi fabricada a partir de 1973, com algumas melhorias, incluindo rodas maiores e hélice de passo variável.


EMBRAER EMB-201 IPANEMA

A fabricação em série do também clássico Embraer EMB-201 Ipanema foi iniciada em 1974 pela Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica, com a capacidade do reservatório aumentada para 680 litros para produtos químicos. Trata-se de uma versão melhorada do modelo original Embraer EMB-200 Ipanema, tracionada por um motor a pistão Lycoming IO-540 aspirado, com injeção mecânica de combustível, com potência aumentada para 300 hp, disponível na decolagem, com hélice Hartzell de passo variável, também com asas retas e baixas, otimizadas para manobras em baixas velocidades, com pousos e decolagens em pistas de pouso com menos de 1.000 metros de comprimento, mesmo com carga máxima.


Também é uma aeronave básica, portanto aconselha-se aos eventuais compradores solicitarem às oficinas homologadas e certificadas por autoridades aeronáuticas e pelo fabricante a modernização do cockpit com a instalação de aviônicos para melhorar as operações, incluindo o GPS - Global Positioning System e o TCAS - Traffic Collision Avoidance System.


Uma sub-versão chamada Embraer EMB-201A Ipanema foi fabricada a partir de 1977, com modernizações e melhorias nas asas, no painel e nos controles de voo e de propulsão.


EMBRAER EMB-202 IPANEMA

A fabricação em série do Embraer EMB-202 Ipanema foi iniciada em 1991 pela Indústria Aeronáutica Neiva, com a capacidade do reservatório de 750 kg para produtos químicos, o equivalente a 950 litros. Trata-se de uma versão bem melhorada da família Embraer Ipanema, tracionada por um motor a pistão Lycoming IO-540 aspirado, com potência de 300 hp, disponível na decolagem, com hélice Hartzell tripá de passo variável, também com asas retas e baixas, com pousos e decolagens em pistas de pouso curtas, mesmo com carga máxima.


Conhecido também como Embraer Ipanemão, um apelido carinhoso dado pelos usuários do avião, é uma das melhores versões da família Embraer Ipanema, com a introdução da tecnologia de pulverização eletrostática, com a instalação de um aparelho de ar condicionado para melhorar a temperatura da cabine de comando e com refinamentos aerodinâmicos para melhorar a performance, como AG-Tips ou winglets nas pontas das asas, por exemplo, que, neste caso, servem para evitar que as esteiras de vórtices (“mini-turbulências”) de ponta de asa atrapalhem a aplicação dos produtos químicos.


Além disso, foram introduzidos braços de despejo de produtos químicos com novo desenho, mais aerodinâmico, e troca dos bicos atomizadores, de metal para plástico.


Uma sub-versão chamada Embraer EMB-202A Ipanema foi fabricada a partir de 2004, com a introdução do motor Lycoming IO-540 movido a etanol, com potência aumentada para 320 hp na decolagem, com uma significativa redução do custo operacional da aeronave, em torno de 20%, já que o combustível automotivo de origem vegetal tem um preço bem inferior à AVGAS ou gasolina de aviação. A partir de então, praticamente todas as unidades fabricadas passaram a ser movidas a etanol.


EMBRAER EMB-203 IPANEMA

A fabricação em série do Embraer EMB-203 Ipanema foi iniciada em 2015 pela Unidade Embraer Botucatu, com a envergadura (comprimento entre uma ponta e outra das asas) aumentada para 13,3 metros, resultando em uma faixa de aplicação maior de produtos químicos e capacidade do reservatório químico aumentada para 1.175 litros. Trata-se da versão atual de fabricação da família Embraer Ipanema, a melhor versão da família, tracionada por um motor a pistão Lycoming IO-540 aspirado, bicombustível, movido a etanol ou gasolina de aviação, com potência de 320 hp, disponíveis na decolagem, com hélice Hartzell de passo variável, com pousos e decolagens em pistas de pouso curtas, mesmo com carga máxima.


Entre as modernizações e melhorias estão o cinto de segurança com airbag, as novas alavancas de comando na cabine e pulverização com velocidade constante.


ALTA TECNOLOGIA

O primeiro passo para tornar a aviação agrícola precisa e diminuir o desperdício de defensivos durante os trabalhos de pulverização foi a implementação da tecnologia DGPS no serviço de pulverização agrícola durante a década de 1990. O segundo passo para a chamada aviação agrícola de precisão foi a implementação da tecnologia de pulverização eletrostática, que torna mais precisa a viagem das partículas sólidas e líquidas, dependendo de cada caso, dos bicos até a planta a ser tratada, com distribuição homogênea sobre uma superfície vegetal mais ampla possível. Houve então uma redução considerável de cerca de 50 litros de líquido por hectare para cerca de 25 litros por hectare, graças ao carregamento do líquido pulverizado com carga elétrica, que é então atraído pelas plantas, que possuem carga neutra.


Pelo que se sabe, os primeiros estudos sobre a pulverização eletrostática foram realizados pela College Station, do estado do Texas, nos Estados Unidos, na década de 1960, que patenteou a tecnologia. A primeira aeronave agrícola a usar essa tecnologia foi o Embraer EMB-202 Ipanema, a partir da década de 2000 e, atualmente, a tecnologia é largamente empregada no Brasil.


MERCADO

A aviação agrícola é a atividade econômica produtiva especializada na prestação de serviços rurais com a utilização de aeronaves utilitárias diretamente na produção agrícola, pecuária, florestal e agroindustrial. Em um contexto mundial, entre os diversos serviços prestados pela aviação agrícola estão a aplicação de defensivos agrícolas, a distribuição de sementes, a aplicação de fertilizantes e, em alguns países, o manejo de gado de corte em grandes áreas rurais.


Ela é uma das principais peças integrantes da atividade rural de larga escala no Brasil e em outros países. Ela faz parte da aviação geral, que, por sua vez, é um dos segmentos da aviação civil. É utilizada para diversas atividades rurais no Brasil, principalmente para aplicação de fungicidas, inseticidas e herbicidas em lavouras de alimentos e de matérias primas para uso na agroindústria.


Atualmente, a aviação agrícola é absolutamente fundamental e indispensável para o adequado desenvolvimento e produtividade da agricultura e da agroindústria brasileiras.


É importante não confundir a aviação agrícola com a aviação executiva, pois a aviação agrícola está diretamente envolvida com a produção agrícola e agroindustrial, enquanto a aviação executiva pode, eventualmente, se envolver indiretamente com as atividades rurais, desde que não haja impedimentos legais ou regulatórios para tal.


Por exemplo, a aviação agrícola é usada para pulverização de lavouras, distribuição de sementes e combate a incêndios florestais enquanto a aviação executiva pode ser usada para transporte do proprietário rural e sua família da cidade para o campo ou de uma fazenda para outra fazenda, transporte de empregados ou prestadores de serviços da fazenda, como o administrador, o contador, o engenheiro agrônomo ou técnico agrícola, o veterinário, o técnico de informática, e assim por diante, da cidade para o campo ou entre fazendas, e também o transporte de medicamentos, como vacinas e injeções, por exemplo, sementes, máquinas e equipamentos leves, sêmen de gado, e documentos da área administrativa da fazenda.


A família de aviões agrícolas Embraer Ipanema é uma das mais bem sucedidas do mundo, com mais de 1.400 unidades fabricadas desde a década de 1970, a maioria comercializada aqui no Brasil e operada por empresas especializadas e produtores rurais, o que é considerado um reflexo direto da produção agrícola brasileira nessas décadas, umas das maiores produções do mundo.


A aeronave também foi exportada, principalmente para países sul-americanos, incluindo Uruguai e Bolívia.


O preço de um avião agrícola Embraer EMB-203 Ipanema novo, de fábrica, movido a etanol, varia entre US$ 250 mil e US$ 300 mil, dependendo do número de opcionais solicitados pelo comprador.


FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Aqui no Brasil, para pilotar profissionalmente um avião agrícola, como o Embraer Ipanema, é necessário ter um curso de piloto agrícola, chamado CAVAG, composto por 90 horas de aulas teóricas e 30 horas de aulas práticas em avião agrícola ou similar, incluindo disciplinas de toxicologia, calibração de aviões, produção agrícola, medicina de aviação, primeiros socorros, regulamentos de aviação agrícola, noções de DGPS - Differential Global Positioning Service e segurança de voo.


Os salários de pilotos agrícolas profissionais experientes, pagos por empresas de aviação agrícola ou diretamente pelas propriedades rurais, variam um pouco de estado para estado, podendo chegar a até R$ 200 mil por safra / ano para os pilotos mais experientes.


Os pré-requisitos para ingressar na carreira de piloto agrícola são os seguintes:

  • Licença de Piloto Privado (brevê)
  • Licença de Piloto Comercial
  • Licença de Piloto Agrícola
  • Certificado de Ensino Médio
  • Certificado de Reservista Militar (homens)


O número de acidentes na aviação agrícola é proporcionalmente maior que na aviação executiva. 


FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS


EMBRAER EMB-202A IPANEMA

  • Capacidade: 1 piloto;
  • Reservatório químico ou hopper: 950 litros ou 750 kg;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 210 km/h;
  • Comprimento: Aprox. 7,4 metros;
  • Envergadura: Aprox. 12 metros;
  • Altura: Aprox. 2,3 metros;
  • Motorização (potência): Lycoming IO-540 aspirado, a etanol (320 hp);
  • Hélice: Hartzell de três pás;
  • Teto de serviço: Aprox. 3.500 metros;
  • Peso máximo decolagem: Aprox. 1.800 kg;
  • Alcance: Aprox. 1.000 quilômetros;
  • TBO (tempo entre revisões) do Lycoming: 1.800 horas;
  • Pista de pouso: Aprox. 1.000 metros;
  • Construção da fuselagem: Tubos de aço soldados, com revestimento de alumínio;
  • Preço (no Brasil): Aprox.


EMBRAER EMB-202 IPANEMA

  • Capacidade: 1 piloto;
  • Reservatório químico ou hopper: 950 litros ou 750 kg;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 210 km/h;
  • Comprimento: Aprox. 7,4 metros;
  • Envergadura: Aprox. 12 metros;
  • Altura: Aprox. 2,3 metros;
  • Motorização (potência): Lycoming IO-540 aspirado (300 hp);
  • Hélice: Hartzell de três pás;
  • Teto de serviço: Aprox. 3.500 metros;
  • Peso máximo decolagem: Aprox. 1.800 kg;
  • Alcance: Aprox. 1.000 quilômetros;
  • TBO (tempo entre revisões) do Lycoming: 1.800 horas;
  • Pista de pouso: Aprox. 1.000 metros;
  • Construção da fuselagem: Tubos de aço soldados, com revestimento de alumínio;
  • Preço (no Brasil): Aprox.


EMBRAER EMB-200 IPANEMA

  • Capacidade: 1 piloto;
  • Reservatório químico ou hopper: 580 litros;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 200 km/h;
  • Comprimento: Aprox. 7,4 metros;
  • Envergadura: Aprox. 12 metros;
  • Altura: Aprox. 2,3 metros;
  • Motorização (potência): Lycoming O-540 aspirado, a gasolina (260 hp);
  • Hélice: Hartzell de passo fixo;
  • Teto de serviço: Aprox. 3.500 metros;
  • Peso máximo decolagem: Aprox.
  • Alcance: Aprox. 800 quilômetros;
  • TBO (tempo entre revisões) do Lycoming: 1.800 horas;
  • Pista de pouso: Aprox. 1.000 metros;
  • Construção da fuselagem: Tubos de aço soldados, com revestimento de alumínio;
  • Preço (no Brasil): Aprox.


ONDE COMPRAR


TRÊS VISTAS


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Piper_PA-25_Pawnee
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Embraer_EMB-200
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Embraer_EMB_202_Ipanema
  • Wikimedia: Imagens
  • Embraer (divulgação): Imagens

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