BICICLETA (CICLISMO)
BICICLETA
BICICLETA URBANA
BICICLETA ESPORTIVA
BICICLETA UTILITÁRIA
BICIBLETA ELÉTRICA
ESTRUTURA DA BICICLETA
CICLISMO
INTRODUÇÃO
Logo acima, uma típica bicicleta feminina japonesa, muito utilizada no Japão para transporte pessoal urbano para curtas distâncias. Mesmo sendo um país de primeiro mundo, o Japão dá importância ao transporte urbano por meio de bicicletas. Logo abaixo, linda imagem de um típico modelo desportivo de bicicleta usado no Brasil, com estrutura robusta e com rodas e pneus adequados para percorrer trajetos de leito natural.
A bicicleta é um pequeno, leve e aberto veículo de tração humana e/ou elétrica, de baixa ou média velocidade, geralmente com estrutura metálica ou de material composto, destinada a transportar pessoas em percursos curtos ou médios, urbanos e rodoviários, dependendo do modelo. De modo geral, ela é composta por uma estrutura resistente e estreita, apoiada em duas rodas raiadas com pneus, sendo a roda traseira conectada ou acoplada a um sistema simples ou sofisticado de transmissão composto por engrenagem, com corrente, manivelas e pedais.
A dinâmica da bicicleta está baseada no equilíbrio do próprio condutor do veículo, combinado com a tração gerada pela força de suas pernas sobre o sistema de tração e transmissão, no caso específico das bicicletas comuns, embora haja também inúmeras opções de bicicletas elétricas.
O termo bicicleta, em português, teve origem na
palavra bicyclette, em francês, que,
por sua vez, deriva do termo bicycle,
uma união de bi, dois, com a palavra grega kyklos,
rodas. Ela é um veículo de duas rodas fixadas a uma parte estrutural chamada quadro, movida pelo esforço
do próprio usuário (ciclista) através de manivelas e pedais, sendo assim um velocípede de
duas rodas. Atualmente, ela é considerada um dos meios de transporte pessoal mais populares
e utilizados no mundo, ao lado do automóvel e da motocicleta. Como durante a
sua locomoção não são emitidos gases poluentes nem com efeito estufa, a
bicicleta é considerada assim um veículo de zero emissões.
Acredita-se que em percursos urbanos de até 7 quilômetros, em grandes e médias cidades, com 200.000 habitantes ou mais, a
bicicleta pode ser um meio de transporte mais ágil que o automóvel, com
velocidade média de 15 km/h, com mais flexibilidade no trânsito, ocupando menos
espaço das vias públicas, inclusive, e não sujeita aos congestionamentos.
HISTÓRIA
Logo acima, ilustração simplificada com a cronologia da origem e evolução da bicicleta, criada e desenvolvida a partir da draisiana (figura 1) e do velocípede (figura 2). Logo abaixo, um exemplar conservado da antiga draisiana, de 1818, fabricada em madeira, a "vovó" da bicicleta moderna, exposta no museu Heidelberg, na Alemanha.
Não há consenso entre historiadores e acadêmicos sobre a origem exata do que chamamos atualmente de bicicleta. Assim como no caso do automóvel, o fato é que houve uma sucessão gradativa de avanços tecnológicos, desde o século XVIII, década após década, que foram se sucedendo e se agrupando até que se chegasse à versão moderna desse veículo popular, com quadro, selim, guidão, manivela, coroa e catraca, duas rodas em linha e pneus, tracionada pelo esforço humano sobre pedais e engrenagens ligadas à roda traseira por meio de corrente.
Apesar de alguns autores defenderem que Leonardo da
Vinci, no século XV, mais precisamente em 1490, ou um dos seus discípulos,
concebeu um projeto semelhante ou análogo à bicicleta tal como a conhecemos, a
legitimidade histórica do desenho do Codex Atlanticus é contestada e mesmo
considerada como fraude.
Na China a invenção da bicicleta é atribuída ao antigo
inventor chinês Lu Ban, que nasceu há mais de 2.500 anos. Em 1680, Stephan
Farffler, um alemão construtor de relógios, projetou e construiu algumas
cadeiras de rodas tracionadas por propulsão manual através de manivelas, mas o mais
provável é que o alemão Barão Karl von Drais pode ser considerado o inventor de
uma das principais predecessoras da bicicleta moderna, pois, em 1817 ele
implementou um brinquedo que se chamava draisiana, desenvolvido a partir de uma
outra invenção semelhante, o celerífero ou celerífico, criada pelo Conde de
Sivrac, na França, em 1790.
O celerífero foi construído em madeira com duas rodas
interligadas por uma viga e um suporte para o apoio das mãos e destinava-se
apenas à tração direta dos pés sobre o chão, quando o velocipedista postava-se
na viga de madeira, sobre um assento bem simples. A partir de então, o Barão
Drais melhorou a invenção, acrescentando-lhe um sistema simplificado de direção,
com guidão, o que permitia fazer curvas e com isso manter o equilíbrio da
bicicleta quando em movimento, além de um rudimentar sistema de frenagem.
A curiosidade despertada no público foi tanta que, em 1818,
o próprio Barão Drais apresentou seu invento no parque de Luxemburgo, em Paris,
e meses mais tarde fez o trajeto Beaune - Dijon, na França. Ele patenteou a
novidade no mesmo ano em Baden, Paris e outras cidades europeias. Mesmo sendo
um avanço tecnológico para a época, seu produto não se tornou tão popular a
ponto de viabilizar a produção em série, chegando ao ponto de ser ridicularizado
e seu projeto o tornou um homem falido.
Durante o século XIX, numa época de revoluções
industriais e científicas, não demorou muito para que a draisiana fosse
submetida a uma variedade de melhorias e modernizações. Poucos anos se passaram
após o registro da patente do Barão Drais e uma versão melhorada do veículo foi
apresentada em uma estrutura de ferro e também recebeu uma sela (assento ou
selim) mais confortável, melhorando assim em resistência e conforto ao condutor.
Em 1829 aconteceu a primeira competição ciclística que se tem
conhecimento, utilizando-se do veículo de duas rodas da época. Competiram 26
draisianas percorrendo 5 quilômetros dentro da cidade de Munique, na Alemanha.
Em 1839, o ferreiro escocês Kirkpatrick Macmillan
adapta ao eixo traseiro duas bielas ligadas por uma barra de ferro. Isto
provocou o avanço da roda traseira, dando-lhe maior estabilidade e
possibilidade de manuseio e manejo rápido. Com esse mecanismo a bicicleta ficou
mais segura e estável, pois nas curvas evitava o antigo jogo do corpo para o
lado oposto ao movimento a fim de manter estável o equilíbrio, já que o
equipamento em si era bastante pesado. Há historiadores e acadêmicos que
consideram essa a origem da bicicleta moderna.
No ano de 1855 o francês Ernest Michaux inventou o
pedal, que foi fixado num veículo de duas rodas traseiras e uma dianteira,
dando origem assim ao predecessor do triciclo. Os pedais eram ligados à roda
dianteira e o invento ficou conhecido como velocípede, palavra oriunda do
latim velocidade e pé ou velocidade movida a pé. Há historiadores e acadêmicos
que consideram essa a origem da primeira bicicleta moderna e, na verdade, ficou
sendo chamado de triciclo, posteriormente, não uma bicicleta.
A prefeitura de Paris criou, em 1862, caminhos
especiais nos parques para os velocípedes, para não se misturarem com as
charretes e carroças, dando assim origem às primeiras ciclovias, cujo objetivo
principal era evitar acidentes. No mesmo ano, Pierre Lallement viu alguém
andando com uma draisiana e teve a ideia de construir seu próprio veículo, mas
com a adaptação de uma transmissão englobando um mecanismo de pedivela
giratório e pedais fixados no cubo da roda dianteira. Ele então acabou criando o
que outra parte dos historiadores e acadêmicos considera ter sido a primeira
bicicleta, em Paris, em 1863.
EVOLUÇÃO DA BICICLETA
Logo acima, um exemplar conservado da bicicleta Rover, de 1885, em exposição no Science Museu, de Londres, na Inglaterra. Ela pode ser considerada um dos primeiros modelos de veículos realmente funcionais sobre duas rodas. Logo abaixo, ilustração de um modelo de velocípede de Michaux, de 1868.
Os velocípedes da década de 1850 tinham os pedais fixos ao eixo da roda da frente, que era, portanto, simultaneamente, motora e diretriz. A velocidade de deslocamento dependia exclusivamente da aceleração rotativa dos pedais e o desejo de obter maior rendimento levou os construtores a procurar um recurso que favorecesse a ação mecânica do velocipedista. A solução mais fácil foi o aumento do diâmetro da roda motora, levando ao aparecimento, em 1874, da "grande bi" ou "biciclo", com rodas desiguais, ou seja, uma que atingia um diâmetro de um metro e meio e a de trás reduzida ao mínimo necessário para garantir o equilíbrio.
O industrial Pierre Lallement, um francês fabricante de carrinhos de bebês, entrou com a primeira patente de um modelo de velocípede nos Estados Unidos em 1866, fabricando algumas unidades, porém, sem muito sucesso por lá. Ele vendeu sua patente e os projetos para os irmãos Oliver, que se associaram ao ferreiro Pierre Michaux para fundar, na França, a empresa Michaux and Company, em 1875.
Assim nasceu a primeira indústria de velocípedes consolidada pelo mercado consumidor, pois as mesmas tornaram-se uma mania em Paris. Então, a partir da década de 1870, os progressos foram rápidos e consecutivos. Nasceu então, em 1875, o que se considera a primeira fábrica bem sucedida de velocípedes do mundo, a Michaux and Company, na França, com 200 empregados, com uma produção de 140 unidades por ano.
Alguns anos depois, em 1877, o polêmico projetista
britânico Henry John Lawson começou a fabricar a primeira bicicleta com sistema
de transmissão por corrente. Assim, os pedais passaram a funcionar na base do
quadro, presos a uma engrenagem dentada com uma corrente ligada ao eixo da roda
traseira por intermédio de outra engrenagem de menor número de dentes, formando
um sistema on-line de transmissão, assegurando assim, a multiplicação variável
conforme as dimensões relativas das duas engrenagens. Esse é o ponto que muitos
estudiosos consideram a origem da bicicleta moderna, pois a maioria dos
elementos fundamentais dela, tal como a conhecemos atualmente, já estavam
presentes.
Na década de 1880 nascia uma grande fabricante de
bicicletas, a Rover Safety Bike, do inventor inglês John Kemp Starley,
posteriormente, décadas depois, se tornando também uma fabricante de automóveis, conhecida
atualmente como Land Rover. O primeiro modelo de bicicleta dessa fabricante já
possuía guidão, rodas de borracha, quadro metálico, pedais e corrente.
A partir da década de 1890, novos elementos
tecnológicos foram agregados à bicicleta. Por exemplo, surgia na Inglaterra um
aparelho chamado cripto, cujas
principais alterações consistiam na presença de rolamentos sobre esferas nos
pedais e na aplicação de câmaras de ar junto às rodas, pois antes, as rodas dos
velocípedes não passavam de aro metálico ou de madeira, recoberto, em sua
periferia, com borracha maciça destinada a amortecer a vibrações ocasionadas
pelas irregularidades das vias.
Nas décadas de 1880 e 1900 o mercado de peças, partes,
componentes e acessórios em torno da bicicleta cresceu. Um importante passo
para a segurança e o conforto dos bicicletistas, como eram chamados na época os
ciclistas, foi o desenvolvimento e a produção em larga escala do pneu. Em 1888
John Boyd Dunlop patenteou o pneu com câmara de ar e pouco tempo depois, em
1891, surgiu os pneus sem câmara de ar, fabricados pela Michelin, dos irmãos empresários
franceses Édouard Michelin e André Michelin, também dois pioneiros do setor.
A criação do pneu veicular ocorreu em 1887, pelo
veterinário e inventor escocês e irlandês John Boyd Dunlop, inicialmente para o
triciclo de seu filho e, posteriormente, com fabricação em série e em larga
escala pela sua fabricante de pneus Dunlop Tyres.
Em 1891 também surgiu a roda livre e o câmbio.
Em 1896, o ciclismo foi incluído nos Jogos Olímpicos de
Atenas, na Grécia, nas modalidades de estrada e pista.
BICICLETA NO BRASIL
No final do século XIX, a bicicleta chegou ao Brasil vinda da Europa. Os primeiros relatos de sua existência em território brasileiro são do Paraná, mais precisamente em Curitiba, cidade que recebeu muitos imigrantes europeus desde a segunda metade do século XIX, e em São Paulo.
Em Curitiba, por exemplo, em 1895 foi fundado o Clube
de Ciclistas do Brasil organizado por imigrantes da colônia alemã local. Em São
Paulo, Veridiana da Silva Prado construiu a primeira praça do país contendo um
velódromo para ciclistas. Essa praça estava dentro de sua chácara, na região da
Consolação, que é, atualmente, a Praça Roosevelt.
Logo em seguida, foi fundado, na cidade de São Paulo,
o Veloce Club Olímpico Paulista. O mais provável é que as regiões Sul e Sudeste
do Brasil tenham sido as primeiras a introduzir a bicicleta como meio de
transporte, devido à incidência muito grande de imigrantes europeus no Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul, principalmente de alemães, e de famílias abastadas em São Paulo, pois na época a
bicicleta era um produto caro para a realidade brasileira entre o final do
século XIX e as primeiras décadas do século XX, o custo de importação era
elevado. Além disso, inexistiam fabricantes de bicicletas em território
brasileiro.
Por exemplo, em 1898 foi fundada no Brasil a
importadora de bicicletas Caloi, do empresário italiano Luigi Caloi, que,
posteriormente, anos depois, em 1949, se tornou uma grande fabricante de bicicletas
brasileira, com a primeira fábrica localizada em São Paulo, posteriormente, anos depois, transferida para a Zona Franca de Manaus, no estado do Amazonas.
Durante a Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918,
e durante da crise americana, a Grande Depressão, iniciada em 1929, a indústria
ciclística brasileira restringiu-se à fabricação de selim e para-lamas. As
marcas de bicicletas que dominavam o mercado eram Bianchi, Lanhagno, Peugeot,
Dupkopp, Phillips, Hercules, Raleigh, Prosdócimo, Singer, Caloi e Monark, todas
importadas da Europa e dos Estados Unidos, sendo vendidas em lojas como, por
exemplo, Prosdócimo, Casa Poletti & Caloi / Bianchi, Mappin Stores e Casa Muniz.
As bicicletas produzidas pela Prosdócimo, Monark e
Caloi, por exemplo, eram montadas no Brasil, com peças importadas dos seus
países de origem. A virada dessa situação começou em meados da década de 1940,
quando houve dificuldades de importação das peças em função da Segunda Guerra
Mundial, entre 1939 e 1945.
Empresas como Caloi, Monark e Irca (empresa resultante
da cisão da fabricante Caloi) passaram a produzir grande parte das peças e, a
partir da década de 1950, as bicicletas dessas marcas passaram a ser produzidas
integralmente no Brasil, com estímulos do então governo do presidente Getúlio Vargas, que,
visando a fortalecer a indústria nacional e à criação de postos de trabalho no Brasil,
aplicou um corte drástico nas quotas de importação dos bens de consumo,
atingindo as montadoras de bicicletas.
Durante as décadas de 1950, 1960 e 1970, o Brasil
possuía 30 fabricantes que produziam aproximadamente 50 modelos de bicicletas.
Mas, a partir da década de 1980, duas fábricas, a Caloi e a Monark, passaram a
dominar 95% do mercado. Mesmo assim, houve um novo impulso na
fabricação e vendas nesse mercado, graças ao empenho dos fabricantes
em juntar forças entre si ao criarem, em 1976, a Abraciclo - Associação
Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas
e Similares.
A partir dos anos 2000, os governos locais de vários centros urbanos do Brasil, além do Governo Federal, passam a projetar investimento em ciclovias visando à redução da poluição atmosférica produzida pelos veículos automotores, propiciando, assim, um nova procura pelas bicicletas, seja para lazer, esporte ou para substituir o automóvel no deslocamento residência-trabalho e residência-escola.
O aumento no uso da bicicleta no país, no
entanto, gerou também um aumento no número de acidentes de trânsito envolvendo
o veículo, causado, muitas vezes, por uma desinformação generalizada, tanto de
ciclistas quanto de motoristas e pedestres, em relação aos direitos e deveres
relativos à condução desse tipo de veículo.
Atualmente, é dever, por exemplo, do motorista, segundo o Código
de Trânsito Brasileiro, respeitar uma distância lateral mínima de 1,5 metro em
relação ao ciclista. Este, por sua vez, deve circular nas ciclovias ou no lado
direito das vias, no mesmo sentido dos veículos, usando equipamentos de
segurança, incluindo capacete, cotoveleiras, joelheiras, e refletores,
sinalizando suas ações com o braço e respeitando a sinalização dos semáforos,
das faixas de pedestre e das placas de trânsito. Deve empurrar a bicicleta
quando transitar sobre calçadas, deve manter-se em fila única quando em grupo e
deve evitar ruas movimentadas, não podendo pegar carona na traseira de veículos
motorizados.
CICLISMO ESPORTIVO
O ciclismo como atividade desportiva teve seus primeiros atos oficiais na Inglaterra com a criação da BU – Bicicle Union no final do século XIX e, alguns anos depois, a Itália criou a União Velocipédica Italiana. Em 1892 houve a intenção de oficializar competições a nível continental com a criação da ICA - International Cyclist Association, com sede em Londres, agrupando as entidades da Inglaterra, da Bélgica, da Itália, dos Países Baixos (Holanda), da Alemanha, da França, do Canadá e dos Estados Unidos.
Com a ICA - International Cyclist Association, o
ciclismo tornou-se um esporte popular quando passou a oficializar competições
europeias que antes eram organizadas por entidades particulares e, assim, o
ciclismo pôde fazer parte da primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna,
realizada em Atenas, em 1896. A nível mundial, o ciclismo ganhou força com a
criação da UCI - União Ciclística Internacional ou Union Cycliste
Internationale, fundada em 1900 na cidade de Paris. Atualmente sua sede é em
Aigle, na Suíça.
A primeira corrida de ciclismo documentada foi no
Parque de Saint-Cloud, em Paris, em 1868, com 1.200 metros de extensão. Essa corrida foi vencida pelo inglês expatriado James Moore que correu em uma
bicicleta com pneus maciços de borracha. A primeira corrida cobrindo a distância
entre duas cidades foi Paris-Rouen e também foi vencida por James Moore, que
percorreu os 123 quilômetros que separam as duas cidades em 10 horas e 40
minutos.
A Volta de Portugal é uma das disputas esportivas do ciclismo mais antigas do mundo e é um dos acontecimentos mais populares em Portugal. A primeira edição da Volta ocorreu no ano de 1927 e no pódio desse ano esteve António Augusto Carvalho (1° lugar), Nunes de Abreu (2° lugar) e Quirino de Oliveira (3° lugar).
Outra disputa esportiva de grande importância e visibilidade na mídia mundial é a Tour de France, uma competição anual realizada na França, disputada em etapas. Ela foi organizada, pela primeira vez, em 1903, mas atualmente atrai a atenção de aficionados pelo ciclismo em todo o mundo, com grande número de telespectadores, e, como consequência, atraindo competidores de outros países.
ESTRUTURA DA BICICLETA
A bicicleta é um pequeno, leve e aberto veículo de tração humana, de baixa ou média velocidade, geralmente com estrutura metálica ou de material composto, destinada a transportar pessoas em percursos curtos ou médios, urbanos e rodoviários, dependendo do modelo. De modo geral, ela é composta por uma estrutura resistente e estreita, apoiada em duas rodas raiadas com pneus, sendo a roda traseira conectada ou acoplada a um sistema simples ou sofisticado de transmissão composto por engrenagem, com corrente, manivelas e pedais.
A dinâmica da bicicleta está baseada no equilíbrio do próprio condutor do veículo, combinado com a tração gerada pela força de suas pernas sobre o sistema de tração e transmissão, no caso específico das bicicletas de tração humana.
Abaixo as principais peças e sistemas que constituem uma
típica bicicleta moderna. Como existe uma diversificação de expressões locais e
regionais no Brasil, em Portugal e outros países de língua portuguesa alguns
itens apresentam essas variações:
- Quadro ou chassi
- Tubos de aço, alumínio ou material composto de fibra de carbono usados para
formar a estrutura do veículo, geralmente em formato triangular, no caso das
bicicletas masculinas ou unissex ou em formato de V, no caso das bicicletas
femininas. Essa parte principal da bicicleta também é chamada informalmente de “alma”
da bicicleta. Ela pode ser considerada a principal parte estrutural da
bicicleta, com a função de receber os seus componentes e peças. Na parte
dianteira do quadro está fixado o garfo, conhecido também como suspensão, no
qual está fixada a roda dianteira. Na parte posterior do quadro está fixado o
garfo posterior, no qual está fixada a roda traseira. Na parte superior do quadro é
fixado o selim (um espécie de assento simplificado) e o guidão e na parte inferior
está fixado o sistema de tração, com a pedivela ou pedaleira, a biela, a coroa
e o pedal, com a corrente ou correia;
- Roda – Item formado por
um anel ou aro, geralmente metálico, ligado pelos raios ao cubo com blocante
ou porca. O aro é uma armação, geralmente metálica, em formato análogo ao de um
anel, que serve de base para o encaixe dos pneus. O pneu, por sua vez, é
fabricado em borracha, com sua estrutura formada por lonas. Ele se encaixa do
aro e possui uma câmara que se enche com ar comprimido. A principal função do
pneu é absorver as irregularidades das vias, transmitindo o mínimo possível
delas para a estrutura da bicicleta;
- Garfo dianteiro e garfo traseiro - Peça semelhante
ou análoga a uma forquilha, na qual se fixa a roda dianteira e a roda traseira, pois é formada
por duas hastes paralelas. Na frente, ele faz parte do sistema de direção, com o guidão e a
mesa, na roda dianteira, passando pelo quadro da bicicleta. A mesa, por sua
vez, é uma peça que conecta o guidão ao tubo central do garfo dianteiro;
- Guidão (no Brasil), guidom, direção ou guiador (em Portugal) - Peça tubular fixada no garfo, com a principal
função de orientar a movimentação da bicicleta;
- Selim, sela, banco ou coxim - É o assento para a acomodação do ciclista, fixado no quadro da
bicicleta, geralmente com alguma regulagem de altura do canote, para melhorar a
ergonomia do ciclista;
- Corrente ou correia
– É um conjunto de elos metálicos e flexíveis. Ela faz a conexão entre a coroa
fixada na pedivela e a catraca ou cassete na roda traseira. A corrente faz
parte do sistema de tração, formado também pela pedivela, pelos pedais, pela
coroa e pela catraca;
- Freio (no Brasil), trava ou travão (em Portugal) – O freio é o principal equipamento de segurança da
bicicleta. Ele é acionado por cabos de aço através do ou da manete de freio, também chamada de maçaneta de freio.
Quando acionada a manete, sua força / pressão é transmitida através do cabo de
aço para acionar as sapatas de freio fixadas próximas ao aro das rodas que
executam a frenagem através da fricção de uma borracha com o aro. Em bicicletas
mais antigas, o freio estava presente na pedivela e no mecanismo do movimento
central conhecido por freio contra pedal ou torpedo. Em bicicletas sofisticadas, os freios podem ser do tipo vbrake, que funciona por meio da
força / pressão das pinças com pastilhas que entram em atrito com o disco
fixado no cubo da roda;
- Pneu – É uma peça
constituída de protetores de lona e borracha que se encaixa no aro da roda.
Recebe uma câmara tubular, também de borracha, que se enche com ar comprimido
numa determinada calibragem para que suporte o peso associado da bicicleta e do
ciclista juntos. Os pneus servem para amortecer ou reduzir as trepidações causadas pela aspereza das vias pelas quais circula a bicicleta;
- Passador de marchas ou trocador de marchas (no Brasil), alavanca de
câmbio ou manípulo de mudança (em Portugal) - É o comando do mecanismo de mudança das engrenagens
das coroas e do cassete, da catraca ou de ambos, no caso das bicicletas com marchas. As bicicletas mais simples não
possuem câmbio, portanto também não possuem passador de marchas;
- Câmbio dianteiro
- Sistema que permite as mudanças de marchas na bicicleta, com a passagem da
corrente entre as coroas, maiores ou menores;
- Câmbio traseiro
- Sistema que permite as mudanças de marchas na bicicleta, com a passagem da
corrente entre os anéis dentados do cassete ou da catraca;
- Cassete – o cassete
é um conjunto de catracas. Ele está presente nas bicicletas com câmbio,
portanto com duas ou mais velocidades ou marchas. É um conjunto de anéis
dentados, fixados na roda-livre do cubo da roda traseira. Pelo cassete passa a
corrente que esta interligada com a coroa (ou coroas), fixada na pedivela;
- Roda livre - Peça que
faz parte do cubo da roda traseira. Por ela passa a corrente que vem desde a
coroa fixada na pedivela;
- Conduíte flexível
- Tubo ou guia destinado à passagem do cabo de aço dos freios e dos câmbios;
- Manete do freio (no Brasil), maçaneta ou manete de travão (em Portugal) - Alavanca de freio destinado ao acionamento do
mesmo;
- Garfo com amortecedor
- Suspensão dianteira. As bicicletas mais simples possuem garfos sem
amortecedor;
- Manopla (no Brasil), punho ou luva (em Portugal) - Peça de borracha colocada nas extremidades do
guidão para propiciar um maior conforto e/ou pegada ao ciclista;
- Mesa (no Brasil), cachimbo, suporte de guidão, avanço, canote ou avanço
de guiador (em Portugal)
- Peça que conecta o guidão ao tubo central do garfo;
- Movimento central
- Peça instalada no quadro da bicicleta para a fixação das pedivelas;
- Pedal - Peça
integrante da pedivela, destinada a assentar os pés do ciclista, por meio da
qual é exercita a força dos pés do ciclista no sistema de tração;
- Pedivela com coroas (no Brasil) ou pedaleira (em Portugal) - Peça que conecta o pedal ao eixo de tração do
quadro. As coroa são anéis dentados fixados na pedivela. As pedivelas estão
deslocadas entre si em 180°. As bicicletas mais simples possuem apenas uma
coroa, que, por sua vez, é um anel dentado no qual corre a corrente;
- Cubo da roda - O cubo é
a peça do meio da roda, onde são fixados os raios. Consiste num cartucho com
rolamentos ou esferas e um eixo passando pelo meio. Este eixo é fixado no garfo
e no quadro através de porcas ou blocante;
- Raios - São tirantes
de aço rígido de pequeno diâmetro. Numa das suas extremidades está fixado o
cubo da roda e, na outra extremidade, está fixado o aro, no qual, por sua vez,
está encaixado o pneu;
- Canote de selim (no Brasil), cano de selim ou espigão de selim (em
Portugal) - Peça tubular,
geralmente de aço ou de alumínio, que se fixa no selim e no quadro,
possibilitando a regulagem de altura do selim;
- Amortecedor - O
amortecedor é uma peça constituída de uma mola para absorver os efeitos da
rodagem em superfícies irregulares. As bicicletas mais simples não possuem
amortecedor;
- Para-lama (no Brasil) ou guarda-lama (em Portugal) - Peça que recobre a parte superior da rodas, destinada a impedir o lançamento de cascalho, lama ou areia em direção ao
ciclista. Há tipos de bicicletas, como a moutain
bike, por exemplo, que não possuem para-lama;
- Caixa de direção
– É o conjunto de rolamentos que permite o movimento do guidão, para a direita
ou para a esquerda, portanto ela faz parte do sistema de direção.
A bomba de bicicleta ou bomba pneumática é um acessório. Ela é utilizada para encher de ar o pneu da bicicleta e os modelos portáteis desse acessório podem ser encaixados no quadro ou em outras partes da bicicleta.
TIPOS DE CICLISMO
O ciclismo é a prática do uso de bicicleta como meio de transporte ou como desporte ou esporte. A bicicleta é um meio de transporte democrático e, com o passar do tempo, ganhou a preferência de diversos tipos de público para o transporte urbano em trechos de até 7 quilômetros ou para a prática de esporte ou desporte. Ela é um dos principais meios de transporte aqui no Brasil, um dos mais populares, inclusive com inúmeras opções de propulsão elétrica.
A bicicleta já teve altos e baixos no mercado mundial desde o início da produção em série. Por exemplo, a partir da década de 1920, com o aumento da produção em massa do automóvel, a bicicleta perdeu parte de sua importância, voltando gradativamente a ter importância no mercado, principalmente nos Estados Unidos, na América Latina, incluindo o Brasil, e na Europa Ocidental, nas décadas de 1970, 1980 e 1990, com o aumento dos congestionamentos nas grandes cidades.
O ciclismo pode ser dividido em vários tipos, o ciclismo recreativo, o ciclismo esportivo e desportivo, o ciclismo utilitário e o ciclismo de transporte pessoal urbano.
O ciclismo esportivo está subdividido em
quatro categorias:
- Ciclismo de estrada ou ciclismo speed – Os ciclistas devem completar um percurso
pré-determinado no menor tempo possível. Os competidores são classificados de
acordo com o tempo total para completar o percurso. As regras dessa categoria
de ciclismo esportivo são estabelecidas pela UCI – União
Ciclística Internacional. A primeira competição oficial do ciclismo de estrada
foi realizada nos Jogos Olímpicos de Atenas, na Grécia, em 1896. No entanto, a
primeira competição de ciclismo de estrada foi realizada na França, no trecho
Paris-Rouen. A mais famosa e badalada prova mundial de ciclismo de estrada é a
Tour de France, realizada todos os anos na França. Atualmente, a Tour de France
é considerada uma prova de elite do ciclismo mundial, na qual compete os mais
importantes ciclistas do planeta, transmitida no Brasil pelo canal de TV por assinatura
ESPN;
- Mountain bike
– Conhecido também como ciclismo de montanha, essa categoria surgiu nos Estados
Unidos, no estado da Califórnia, na década de 1970. Ela também é regulada pela
UCI – União Ciclística Internacional e estreou oficialmente nos Jogos Olímpicos
de Atlanta, em 1996. Geralmente, ela é realizada sobre terrenos acidentados e os ciclistas precisam se adaptar rapidamente às condições topográficas dos
locais da prova, até chegar à linha de chegada à frente dos demais
competidores. Essa categoria é subdividida em algumas modalidades, como
Cross-Country, Downhill, 4X, Freeride, Trial, Trip Trail ou Maratona, Uphill e
Enduro de Regularidade. Aqui no Brasil, algumas provas importantes são
transmitidas pela TV aberta e pela TV paga, como, por exemplo, a Copa Internacional
de Mountain Bike, pela TV Integração, uma afiliada da TV Globo;
- Bicicross ou BMX:
É uma das mais novas categorias do ciclismo esportivo, composta
por competições em ambientes controlados, com obstáculos a serem superados, com
o vencedor cruzando antes a linha de chegada;
- Ciclismo de pista:
É uma das categorias clássicas do ciclismo esportivo de alta performance,
provavelmente a mais sofisticada, na qual se desenvolve velocidades acima das
demais categorias do esporte. Ela consiste em provas realizadas em ambientes
controlados, geralmente velódromos, espaços de competições ou pistas oficiais
aprovados pela UCI – União Ciclística Internacional. Geralmente a pista de
prova tem formato oval, construída em cimento ou madeira, com extensão que pode
variar de 180 metros até 500 metros, com curvas inclinadas para neutralizar o
efeito de força centrífuga. Essa categoria foi inaugurada em 1896, nos Jogos
Olímpicos de Atenas e, atualmente, possuem algumas modalidades, entre elas a
Velocidade, Velocidade por Equipes, Keirin, Perseguição por Equipes e Omnium.
Os Jogos Olímpicos são disputados a cada quatro anos, em nível mundial, com a
próxima competição sendo preparada para 2024, na França, com transmissão, aqui
no Brasil, pelo canal SporTV;
MERCADO
Desde quando começou a ser fabricada em série, em 1875, houve épocas em que a bicicleta era considerada um produto de luxo e houve épocas em que era considerada um produto popular. Atualmente, ela é considerada um produto popular, mas há inúmeros modelos sofisticados que atendem à utilização esportiva e desportiva. No Japão, por exemplo, um país de primeiro mundo, ela não é vista como um símbolo de status, mas um meio de transporte essencial, com seu lugar ou espaço nas vias públicas respeitado pelos condutores de automóveis e motocicletas.
Em meio ao tráfego intenso de veículos das grandes e médias cidades,
nas décadas mais recentes ela passou a ser considerada uma séria opção ou
alternativa de condução ou meio de transporte aqui no Brasil, uma alternativa
de mobilidade urbana. Os modelos mais modernos de bicicletas elétricas também
estão ganhando seu espaço nas vias públicas brasileiras, inclusive para trechos
de até 10 quilômetros, de casa para o trabalho e/ou de casa para a escola.
Trata-se de um meio de transporte muito conveniente, muito econômico e prático,
uma verdadeira solução de mobilidade urbana.
Aqui no Brasil, cada vez mais as administrações
municipais e empresas privadas investem em ciclovias, bicicletários e pontos
públicos de aluguel de bicicletas, entre outras facilidades e conveniências
para estimular o uso desse meio de transporte.
A Abraciclo –
Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas,
Bicicletas e Similares é a entidade de classe responsável por representar
esse setor produtor de veículos no Brasil, um importante gerador de emprego e
renda. Segundo a entidade, por uma razão de competitividade no mercado, até
alguns anos atrás os fabricantes de bicicletas no Brasil importavam uma parte significativa
das peças e componentes usados na montagem desses veículos aqui, principalmente da Ásia, mas com a alta
acentuada e mais recente do dólar americano no Brasil a tendência é que uma
porcentagem maior dessas peças e componentes seja nacionalizada, o que, por um
lado, pode ser benéfico para a geração de emprego e renda aqui.
Aqui no Brasil, nas últimas três décadas houve uma migração gradativa dos usuários de baixa renda de bicicletas para as motocicletas, graças às inúmeras ofertas de crédito no mercado para aquisição destes veículos motorizados para uso urbano, com as marcas principais Honda, Yamaha, Suzuki, Haojue, BMW, Harley-Davidson, Dafra e Kawasaki entre as mais vendidas, conhecidas, conceituadas e/ou desejadas, dependendo de cada caso.
Curiosamente, essa conjuntura do mercado brasileiro levou as
grandes fabricantes brasileiras, como Caloi
e Monark, por exemplo, a focar seus
esforços na fabricação de bicicletas de valor agregado mais alto,
principalmente as bicicletas desportivas premium, de preço mais alto e
materiais de construção mais sofisticados, para atender nichos de mercado
dispostos a pagar mais para ter um produto de qualidade superior, com
estruturas de alumínio e fibra de carbono, inclusive. Portanto, tratava-se de
uma questão de sobrevivência no mercado nacional, ou elas se adaptavam,
buscando um nicho específico de mercado, ou fechariam as portas.
E mais ainda, com o advento de serviços de transporte motorizado
por aplicativo, como Uber e 99, por exemplo, nos anos mais recentes, o mercado de
bicicletas populares, mais baratas, encolheu acentuadamente.
O curioso é que em outras partes do mundo, a bicicleta
não é vista como um produto de luxo. Na Holanda, no Japão e na Suíça, por exemplo, países
de primeiro mundo, é comum pessoas, principalmente das classes baixa e média, usarem a
bicicleta como meio de transporte nas grandes e médias cidades. Enquanto aqui
no Brasil somente 1% da população das grandes e médias cidades usa diariamente
a bicicleta para ir ao trabalho e/ou escola, lá na Europa Ocidental, por exemplo, a porcentagem varia de
10% até 25%, dependendo do país.
Em 2015, por exemplo, o Brasil produzia, por ano, cerca de 4.000.000 de bicicletas, ocupando o 4ª lugar entre os maiores fabricantes de bicicletas do mundo, atrás apenas da China, com impressionantes 85.000.000 de unidades por ano, parte dessa produção para exportação; da Índia, com 12.000.000 de unidades; e de Taiwan, com 4.500.000 unidades. Em 2019, por exemplo, a produção nacional de bicicletas para adultos e adolescentes caiu para 2.500.000 unidades, mas o suficiente para manter o Brasil na 4ª posição entre os maiores fabricantes, sendo que quase metade dessa produção teve origem na Zona Franca de Manaus.
A frota nacional de bicicletas em bom e/ou razoável estado de conservação é de cerca de 70.000.000 de unidades. Apenas para comparar, a produção nacional de motocicletas em 2019 foi de mais de 1.000.000 de unidades, com uma frota de cerca de 28.000.000 de unidades. Há quem diga que o sucesso da produção em massa de bicicletas no Brasil passa por ações governamentais para dar a ela o espaço, nas vias públicas, que ela merece e redução de impostos na fabricação de bicicletas elétricas, que, aliás, são a tendência de longo prazo.
Até alguns anos atrás, a carga tributária sobre a produção de bicicletas (um meio de transporte que é ou deveria ser popular) no Brasil era absurda, cerca de 40% para as bicicletas movidas pelo esforço humano e 35% para as bicicletas elétricas. Parecia surreal... Diz o ditado que nada é tão ruim que não possa piorar: Pois saiba que bicicletas nacionais fabricadas fora da Zona Franca de Manaus podiam ser tributadas em até 70%, dependendo de cada estado...
Em 2020, por exemplo, o Brasil possuía a maior carga tributária sobre o ramo de fabricação e comercialização de bicicletas nacionais em relação a alguns dos maiores mercados mundiais:
- Brasil = 31%
- Índia = 20%
- Argentina = 20%
- México = 15%
- União Europeia = 14%
- China = 14%
- Estados Unidos = 8%
- África do Sul = 7%
Cerca de 75% das pessoas que possuem bicicleta nas
grandes e médias cidades brasileiras afirmam que utilizam-na para o lazer
diário e/ou nos finais de semana e cerca de 85% delas afirmam que a utilizam,
eventualmente ou diariamente, para ir ao trabalho ou para ir à escola. O
principal motivo para o uso da bicicleta, segundo os entrevistados, é a
praticidade e funcionalidade desse meio de transporte, com trechos urbanos realizados em 10, 20
ou 30 minutos, dependendo de cada caso, geralmente menos de 7 quilômetros de
distância entre origem e destino.
Conclusão: A solução de mobilidade urbana no Brasil passa
pela criação e implementação de uma política pública séria de desenvolvimento dos meios de transporte
urbanos, incluindo o metrô subterrâneo, o metrô de superfície, e as vias públicas
para circulação de ônibus coletivos urbanos (conhecidos popularmente, aqui no Brasil, como circulares), inclusive com faixas exclusivas para eles
nas principais avenidas de grandes e médias cidades. Tudo isso combinado com
espaço reservado nas vias urbanas principais para a construção de ciclovias
para o trânsito de bicicletas comuns e bicicletas elétricas. Não se trata de
prejudicar a circulação de automóveis e motocicletas nas vias públicas, pois
eles também devem ter o seu direito de trânsito garantido, mas de dar
prioridade, no planejamento urbano, ao fluxo mais racional dos vários meios de
transporte existentes, sem preconceitos contra um ou outro.
GALERIA DE IMAGENS
QUADRO
SELIM
RODA
FREIO
PEDIVELA E PEDAL
COROA
CÂMBIO TRASEIRO
GUIDÃO
- Amazônia
- ATR-42
- ATR-72
- Informática (Parte 1)
- Saab JAS 39 Gripen NG
- Navegadores (Informática)
- Technotronic (Música)
- Round Trip Time (Telecomunicações)
- AVGAS (Gasolina de Aviação)
- Beechcraft Corporation
- Beechraft King Air
- Agricultura e Pecuária
- Pesos e Medidas
- Ônibus Espacial
- Galvanização (Química)
- Cessna 208B Grand Caravan
- Cessna Citation
- Intelbras (Telecomunicações)
- HDL (Segurança Eletrônica)
- Leucotron (Telecomunicações)
- Bombardier Learjet
- Apicultura (Mel e Própolis)
- Neiva (Indústria Aeronáutica)
- Cirrus Aircraft
- Satélites (Telecomunicações)
- Gastrite (Medicina)
- Indústria Automobilística
- Informática (Parte 2)
- Nutrientes (Medicina e Veterinária)
- Agronegócios / Agribusiness (Economia)
- Rumo ALL (Companhia Ferroviária)
- Aquecimento Global
- Embraer KC-390 (Força Aérea Brasileira)
- Saneamento Básico
- Bombardier (Indústrias de Veículos)
- Peróxido de Hidrogênio (Química)
- Embraer
- Injeção Eletrônica (Mecânica)
- Transportes no Brasil (Logística)
- Energia Solar Fotovoltaica
- Energia Elétrica
- Boeing 737
- Paul Mauriat (Música)
- Conexão ADSL (Telecomunicações)
- Aeroporto Campo de Marte
- Material Composto
- Segurança Privada
- Aerospatiale Concorde
- Produção Florestal
- Echostar Corporation
- Contratos (Direito)
- Drones
- Nobreak (Informática)
- Piper Aircraft
- Atari Incorporated
- James Bond (Cinema)
- Pessoas Jurídicas (Administração)
- Embarcações (Indústria Naval)
- Roteadores (Telecomunicações)
- Panetone
- Aeroporto de Congonhas
- Aeroporto Santos Dumont
- Esquizofrenia (Psicologia)
- Embraer EMB-314 Super Tucano
- Embraer AMX (Força Aérea Brasileira)
- Maconha (Segurança Pública)
- Ford do Brasil
- Inércia (Física)
- Donna Summer (Música)
- Airbus A320
- General Motors do Brasil
- FAB - Força Aérea Brasileira
- Mbps - Megabits por Segundo (Informática)
- Embraer E-190
- Acesso Dedicado (Telecomunicações)
- Franquia de Internet (Telecomunicações)
- Backbone (Telecomunicações)
- Crase (Gramática)
- Embraer E-195
- Airbus A321
- Casa C-295 (Força Aérea Brasileira)
- Airbus A319
- Computador (Informática)
- Multiplicação (Matemática)
- Viação Motta (Transporte Rodoviário)
- Legislação Trabalhista (Direito)
- Aço (Siderurgia)
- Açúcar (Agroindústria)
- Música Eletrônica (Indústria Fonográfica)
- Unidade Embraer Botucatu
- Bateria (Química e Física)
- Pepsico do Brasil
- Grupo Boticário
- Aeronaves (Indústria Aeronáutica)
- Úlcera (Medicina)
- Água (Biologia e Química)
- New Order (Música)
- Unilever Brasil
- Conservação de Alimentos (Culinária)
- Aviação Agrícola (Agricultura)
- Álcool (Agroindústria)
- Lockheed Hercules (Força Aérea Brasileira)
- A-Ha (Música)
- Alumínio (Metalúrgica)
- Simply Red (Música)
- Antibióticos (Medicina e Veterinária)
- Aquecedor Solar de Água
- Tears For Fears (Música)
- Injeção Direta (Mecânica)
- CRDI - Common Rail Direct Injection
- Honda HA-420 HondaJet
- Ridley Scott (Cinema)
- Componentes Eletrônicos
- Information Society (Música)
- Água Oxigenada (Química)
- Atmosfera (Química e Física)
- IRPF - Imposto de Renda de Pessoa Física
- Jean Michel Jarre (Música)
- TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo
- Navios (Engenharia Naval)
- Barcos (Engenharia Naval)
- Bicicleta (Ciclismo)
- Mata Bicheiras (Agropecuária)
- Videogame Atari 2600
- Legião Urbana (Música)
- Contêineres (Transporte de Cargas)
- Modem (Telecomunicações)
- Hub ou Concentrador (Telecomunicações)
- Switch ou Comutador (Telecomunicações)
- Embraer EMB-203 Ipanema
- Propriedade Intelectual (Direito)
- Tina Turner (Música)
- Aquífero Guarani (Geografia)
- Dire Straits (Música)
- Chocotone (Culinária)
- Kraftwerk (Música)
- Fly-by-wire (Indústria Aeronáutica)
- Líder Aviação (Transporte Aéreo)
- Rita Lee (Música)
- Cabos de Telecomunicações
- ISS - Imposto Sobre Serviços
- Ferro (Siderurgia)
- Fast Food (Comércio)
- Blindagem de Automóveis
- Coordenadas Geográficas
- O Boticário (Indústria Cosmética)
- Eudora (Indústria Cosmética)
- Vult (Indústria Cosmética)
- Sindrome do Pânico (Psicologia)
- Supertramp (Música)
- Pilha (Química e Física)
- Refrigerador (Conservação de Alimentos)
- John Williams (Música)
- Circuito Elétrico (Engenharia)
- Sully - O Herói do Rio Hudson (Filme)
- Plástico (Indústria)
- Phil Collins (Música)
- Id, Ego e Superego (Psicologia)
- Firefox - Raposa de Fogo (Filme)
- Simone Tebet (Política)
- Kaskade (Música Eletrônica)
- Annie Lennox (Música)
- Professor HOC (Geopolítica)
- Black Music (Indústria Fonográfica)
- A Caçada ao Outubro Vermelho (Filme)
- Teorias Psicológicas de Freud
- Inconsciente, Consciente e Pré-consciente
- Marvin Gaye (Música)
- Clean Bandit (Música Eletrônica)
- Aeroporto de Guarulhos
- Jesus (Filme)
- Carpenters (Música)
- O Segredo de Brokeback Mountain (Filme)
- Jornada nas Estrelas - A Ira de Khan (Filme)
- Romeu Zema (Política)
- Timecop1983 (Música Eletrônica)
- Filadélfia (Filme)
- Petróleo (Economia e Política)
- Suzanne Ciani (Música)
- Incognito (Música)
- KC & Sunshine Band (Música)
- Compulsão Sexual (Psicologia)
- Alien - O Oitavo Passageiro (Filme)
- Blade Runner - O Caçador de Andróides (Filme)
- Ciro Gomes (Política)
- The Midnight (Música Eletrônica)
- Soul II Soul (Música)
- FM-84 (Música Eletrônica)
- Ennio Morricone (Música)
- Poços de Água (Geologia)
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- Missão Impossível (Cinema)
- Ultra Naté (Música Eletrônica)
- Abelha Rainha (Apicultura)
- Abelha Operária (Apicultura)
- JAMZ (Música)
- Direitos Humanos
- Victor & Leo (Música)
REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
- Guia Bike & Cia – Editora On Line: https://books.google.com.br/books?id=imI1DwAAQBAJ&pg=PT92&dq=guia+bike+%26+cia+editor+on+line&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwimleW3jY_sAhXBl-AKHcIRAL0Q6AEwAHoECAEQAg#v=onepage&q=guia%20bike%20%26%20cia%20editor%20on%20line&f=false
- Globo
Esporte / Globo.com: https://globoesporte.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/copa-internacional-de-mountain-bike-tera-campeoes-mundiais-de-ciclismo-na-disputa-em-araxa.ghtml
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Caloi
- Globo
Esporte / Globo.com: https://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/globo-tera-cobertura-especial-da-olimpiada-de-toquio-com-mais-de-200h-de-conteudo-na-tv-aberta.ghtml
- Monark:
http://www.monark.com.br/
- Abraciclo - Associação: https://www.abraciclo.com.br/site/press-releases-2020/2020/producao-de-bicicletas-cresce-71-em-fevereiro/#:~:text=Ainda%20segundo%20a%20an%C3%A1lise%20da,para%201.213%20unidades%2C%20em%202020.
- Summit Mobilidade: https://summitmobilidade.estadao.com.br/sustentabilidade/qual-e-a-carga-tributaria-das-bicicletas-no-mundo/
- Wikipédia:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bicicleta
- Invenções na História / YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=28w43Fgynco
- Globo Esporte / Globo.com: http://redeglobo.globo.com/mg/tvintegracao/noticia/2016/03/tv-integracao-apoia-copa-internacional-de-mountain-bike.html
- Economia / UOL: https://economia.uol.com.br/reportagens-especiais/uol-lideres-tembici-tomas-martins/
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tour_de_France
- Caloi:
https://www.caloi.com/
- Mundo de Bike / YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCnsonSerFhWxr8dkZS5Hb1w
- Valor Econômico / Globo.com: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/03/28/para-a-olimpiada-de-paris-ampla-cobertura-sembarreira.ghtml
- Shimano (divulgação): Imagem
- Monark (divulgação): Imagens
- Wikimedia: Imagens
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