BOEING 777

BOEING 777-200
BOEING 777-300
BOEING 777-200ER
BOEING 777-200LR
BOEING 777-300ER
BOEING 777F (CARGUEIRO)
BOEING 777-8
BOEING 777-9

INTRODUÇÃO
Logo acima, o bonito Boeing 777-200 da companhia aérea sudeste-asiática Cathay Pacific, considerada uma das melhores companhias aéreas do mundo pela empresa de consultoria britânica Skytrax. Logo abaixo, uma bela e impressionante imagem publicitária do Boeing 777-300, o maior avião comercial bimotor do mundo.
O bonito Boeing 777 é uma muito bem sucedida aeronave comercial bimotor de grande porte e de fuselagem larga, com motorização turbofan e com capacidade para transportar entre 310 e 550 passageiros, dependendo da versão e da configuração de assentos adotada, em viagens internacionais e intercontinentais, criada e desenvolvida nas décadas de 1980 e 1990 e fabricada em larga escala nos Estados Unidos pela Boeing Company a partir da década de 1990, uma das maiores fabricantes de aviões comerciais do mundo.

A família de jatos comerciais Boeing 777 é a mais bem sucedida da história da aviação comercial, consolidando a posição da gigante americana Boeing Company como uma das maiores e mais conceituadas fabricantes de aviões comerciais de grande porte e de longo alcance do mundo, com um número impressionante de mais de 1.700 unidades fabricadas até o momento.

Além disso, a empresa americana já tem pedidos firmes para mais de 350 unidades das novas versões Boeing 777-9 e Boeing 777-8, com motores mais econômicos e novas asas, atualmente em fase de desenvolvimento e prestes a entrar em operação regular.

Os seus principais concorrentes no mercado aeronáutico mundial são o aviões europeus Airbus A330, incluindo sua nova geração Airbus A330neo, e os aviões também europeus Airbus A350XWB, este com fuselagem fabricada em material composto.

BOEING COMPANY

A gigante empresa centenária e multinacional Boeing Company é uma das maiores fabricantes de aviões comerciais de grande porte para transporte doméstico, internacional e intercontinental de passageiros no mundo, com mais de 760 unidades entregues em 2017, por exemplo. É uma das mais tradicionais e conhecidas fabricantes de aeronaves comerciais do planeta. Ela foi fundada nos Estados Unidos por Wilhelm Eduard Boing em 1916 e está atualmente sediada em Chicago, no estado de Illinois.

Considerando a receita bruta de mais de US$ 93 bilhões e mais de US$ 8 bilhões de lucro líquido em 2017, por exemplo, ela é uma das maiores fabricantes aeronáuticas e uma das maiores fabricantes aeroespaciais e espaciais do mundo. Ela fabrica aviões comerciais civis para transporte de passageiros, aviões militares, helicópteros militares, convertiplanos militares, satélites e foguetes.

A subsidiária da companhia americana focada na fabricação e lançamento de satélites é a Boeing Defense, Space & Security e a subsidiária focada na fabricação de aviões comerciais é a Boeing Commercial Airplanes.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Logo acima, o Boeing 777-200 da British Airways, a principal companhia aérea do Reino Unido e uma das principais companhias aéreas da Europa Ocidental. Logo abaixo, o Boeing 777-9, uma das duas novas versões da família Boeing 777, com asa redesenhada, inclusive.

O eficiente Boeing 777 é uma típica aeronave comercial bimotor de grande porte com fuselagem larga com dois corredores, ou widebody, em inglês, com construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com desenho convencional de fuselagem e asas, de alcance internacional e intercontinental e com motorização turbofan com alta taxa de bypass, com capacidades que variam de acordo com o modelo, o Boeing 777-200ER, por exemplo, de fuselagem mais curta, e o Boeing 777-300ER, por exemplo, de fuselagem mais comprida. Ambos os modelos venderam muito bem e foram muito bem sucedidos tecnicamente e comercialmente, com uma vantagem do Boeing 777-300ER, graças a sua capacidade maior, para cerca de 400 passageiros em duas classes, a econômica e a executiva.

O jato comercial bimotor de grande porte Boeing 777-300ER é a mais bem sucedida versão da família Boeing 777, composta também pelos irmãos mais novos Boeing 777-8 e Boeing 777-9 e pelo irmão menor e mais velho Boeing 777-200, este com fabricação seriada iniciada na década de 1990, que, aliás, ainda pode ser considerado um modelo moderno de jato comercial.

A versão Boeing 777-300 é uma típica aeronave comercial bimotor de grande porte com fuselagem larga com dois corredores, ou widebody, em inglês, de alcance internacional e intercontinental e com motorização turbofan com alta taxa de bypass, com capacidade para transportar entre 360 e 550 passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada pela companhia aérea operadora, com construção convencional em alumínio, aço e titânio. A montagem final dele e de seus irmãos da mesma família Boeing 777 é realizada nas instalações da Boeing em Everett, no estado norte-americano de Washington, que, por sua vez, não deve ser confundido com Washington, a capital do país.

Ele e seu irmão menor e mais velho Boeing 777-200 fazem parte da mais popular e uma das mais confiáveis famílias de aeronaves de grande porte da aviação comercial, com uma produção em série de aproximadamente 27 anos, com mais de 1.700 unidades fabricadas desde a década de 1990, considerando todas as versões da família Boeing 777, incluindo a versão militar.

Esses modelos de aviões fazem parte da mais bem sucedida família de aeronaves widebody da indústria aeronáutica mundial, à frente, inclusive, das famílias de aviões comerciais Airbus A330 e Boeing 747, em número de aeronaves fabricadas. Atualmente, ele é a aeronave comercial widebody mais vendida do mundo, graças às vendas das novas versões Boeing 777-9 e Boeing 777-8, ambas integrantes da chamada 3ª geração Boeing 777X da família Boeing 777.

O Boeing 777-200, o modelo original da família Boeing 777, tem o mérito de ser um dos primeiros jatos bimotores widebody do mundo com controles de voo fly-by-wire de 2ª geração, predominantemente digital, tecnologia estreada em larga escala, no mercado civil, pelo aviões comerciais de grande porte para viagens domésticas e internacionais Airbus A320, lançados anos antes pela gigante europeia Airbus Industrie.

Nesses aviões europeus, o sistema fly-by-wire consiste no uso de computadores que interpretam as intenções da tripulação na cabine de comando, quando movimentam os sidesticks, transmitindo comandos por meio de cabos com impulsos ou pulsos elétricos até os atuadores hidráulicos juntos às superfícies aerodinâmicas de controle, que são as responsáveis pelos movimentos de arfagem (nariz pra cima e nariz pra baixo) e inclinação lateral, esta necessária para fazer curvas.

No caso específico dos aviões da família Boeing 777, os comandos da cabine são realizados por meio de manches convencionais, em vez de sidesticks, mas o restante do sistema é semelhante ao dos aviões da Airbus, inclusive com o uso da RAT – Ram Air Turbine, um recurso extra de segurança do sistema, um pequeno gerador eólico auxiliar de energia.

Os modelos de aeronaves widebody (pronuncia-se uaidbóri, uaidbódi ou uaidbade) da família Boeing 777 podem ser identificados pelos seus aspectos externos com o formato ou aparência convencional com asas baixas enflechadas com grandes motores turbofan fixados nelas, estabilizadores horizontal e vertical convencionais fixados nos respectivos cones de cauda e trens de pouso altos. Eles são semelhantes no aspecto externo aos jatos bimotores comerciais de grande porte Boeing 767, Airbus A330, Boeing 787 e Airbus A350XWB.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Logo acima, a cabine de passageiros de classe econômica do Boeing 777 operado pela United Airlines, uma das maiores companhias aéreas dos Estados Unidos e uma das maiores do mundo. Logo abaixo, a classe econômica da LATAM Airlines, a maior companhia aérea brasileira, com espaço razoável entre fileiras de poltronas. Essa imagem foi gentilmente cedida pelo site Melhores Destinos.
O jato bimotor comercial Boeing 777 foi criado a partir da percepção dos investidores, executivos e projetistas da fabricante americana Boeing Company sobre o aumento do tráfego aéreo comercial internacional e intercontinental de passageiros em todo mundo nas décadas de 1980 e 1990, incluindo sobre o aumento de tráfego entre Estados Unidos e Europa, Estados Unidos e América do Sul, Estados Unidos e Oriente Médio, Estados Unidos e Ásia, Europa e América do Sul, Europa e Oriente Médio e Europa e Ásia.

O jato comercial americano foi projetado para substituir os jatos trimotores McDonnell Douglas DC-10 e Lockheed L-1011 Tristar nas rotas mais longas, principalmente sobre oceanos. Com o passar dos anos, algumas versões do Boeing 777 chegaram a ser usadas, inclusive, para substituir o grande jato quadrimotor Boeing 747, algo que nem a Boeing podia evitar, já que se tratava de uma decisão unilateral das companhias aéreas.

Na época já havia concorrência entre as fabricantes americanas e europeias de aviões bimotores de médio e grande portes para transporte doméstico e internacional de passageiros. Os principais modelos para transporte intercontinental de longa distância oferecidos às companhias aéreas pela fabricante americana Boeing Company eram o quadrimotor Boeing 747 e o bimotor Boeing 767, ambos capazes se sobrevoar o Oceano Atlântico e o Oceano Índico, mas o Boeing 767 ainda não possuía certificação para percorrer algumas rotas mais longas sobre o Oceano Pacífico, como, por exemplo, Los Angeles / Tóquio, o que abria uma oportunidade de mercado para o quadrimotor Airbus A340. Na sequência, apenas dois anos depois, veio o Boeing 777, para concorrer diretamente com o Airbus A340, mas com a vantagem de ter apenas dois motores, o que resulta em custos operacionais mais baixos.

O primeiro modelo da família Boeing 777 foi criado a partir de questionários da Boeing Company distribuídos para oito grandes e tradicionais companhias aéreas de várias nacionalidades, a All Nippon Airways, do Japão, a American Airlines, dos Estados Unidos, a British Airways, da Inglaterra, a Cathay Pacific, de Hong Kong, a Delta Airlines, dos Estados Unidos, a Japan Airlines, do Japão, a Qantas, da Austrália, e a United Airlines, dos Estados Unidos.

Ela foi a primeira aeronave comercial criada totalmente a partir de programas de computador, o CATIA / CAD, o software de criação tridimensional de projetos de engenharia do Grupo Dassault, da França, e da IBM – International Business Machine, dos Estados Unidos.

Todo o projeto do Boeing 777 custou aos cofres da Boeing Company e das empresas fornecedoras parceiras do projeto, de diversas nacionalidades, a gigantesca quantia de cerca de US$ 6 bilhões, em valores da época, o equivalente hoje a cerca de US$ 10 bilhões, na proporção de 2/3 (dois terços) para a Boeing e 1/3 (um terço) para os fornecedores parceiros do projeto.

Do lado da Boeing, foi necessário, por exemplo, a ampliação, reforma e adaptação das suas instalações em Everett, no estado norte-americano de Washington (não confundir com Washington, a capital dos Estados Unidos), no valor de US$ 1,5 bilhão, em valores da época. Mas o esforço e o gigantesco volume de dinheiro gasto valeu a pena, pois o projeto se tornou um sucesso quase imediato, com muitas encomendas desde o início da produção seriada.

Ele foi e é um dos maiores e mais bem sucedidos projetos da história da indústria aeronáutica mundial, já que a família Boeing 777 continua em produção seriada, com novas versões sendo desenvolvidas, prestes a entrar em produção seriada. Nas décadas de 1980 e 1990 foram necessários 9.600 projetistas e técnicos de várias nacionalidades, com várias fornecedoras parceiras engajadas no projeto, dentre elas as japonesas Mitsubishi Heavy Industries e a Kawasaki Heavy Industries, que ficaram responsáveis pela fabricação de partes da fuselagem; a também japonesa Fuji Heavy Industries, com a fabricação de partes das asas; a canadense de Havilland, com a fabricação de parte dos estabilizadores horizontais; a australiana Australia Aerospace Technology, com a fabricação de parte do estabilizador vertical; as americanas General Electric e Pratt & Whitney, com a fabricação de dois modelos de motores turbofan; a britânica Rolls-Royce, com a fabricação de um terceiro modelo de motor turbofan; e a americana Honeywell, com a fabricação do conjunto de aviônicos do tipo EFIS – Electronic Flight Intrument System; dentre outros fornecedores.

O Boeing 777-200, o modelo original da família Boeing 777, o primeiro de linha de produção seriada, já pronto para venda e operação, conseguiu a certificação de autoridades aeronáuticas, a FAA – Federal Aviation Administration, dos Estados Unidos, e a JAA – Joint Aviation Authorities, da Europa Ocidental, por exemplo, em 1995. Com capacidade para transportar entre 310 passageiros e 440 passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada por cada companhia aérea compradora ou operadora do modelo, ele começou a ser fabricado desde então e o seu primeiro operador foi a companhia aérea United Airlines, seguida por outras companhias aéreas de diversos países.

Desde o início de sua fabricação seriada, em 1995, o Boeing 777 já possuía as certificações ETOPS – Extended Twin Engine Operations das principais autoridades aeronáuticas mundiais. Por isso e por outros motivos as vendas deslancharam logo de início, começando com a ETOPS 180 minutos, conseguida após um intenso programa de testes e demonstrações de quase um ano, com um total de 180 voos de demonstração com apenas um motor em funcionamento. Ele foi a primeira aeronave comercial da história com essa certificação, permitindo sobrevoar o Oceano Pacífico, inclusive. Anos depois, os aviões da família Boeing 777 conseguiram a certificação ETOPS 210 minutos, ainda mais desafiadora.

Esse desempenho excepcional ajudou a deslanchar logo de início as vendas do Boeing 777, que se tornou um grande best seller da indústria aeronáutica, usado principalmente para viagens internacionais e intercontinentais, substituindo inclusive os trijatos intercontinentais McDonnell Douglas DC-10 e  Lockheed L-1011 Tristar, fabricados nos Estados Unidos nas décadas anteriores.

As asas de perfil supercrítico projetadas para o Boeing 777 proporcionam ao modelo uma performance bem razoável para operar em pistas de pouso com comprimento entre 2.000 metros e 3.000 metros, dependendo do peso de decolagem da aeronave, da temperatura ambiente e da altitude da pista de pouso. Essa é uma das principais características do avião e uma das razões para o seu sucesso no mercado mundial de aviação comercial. Em dias quentes, em aeroportos altos e com a cabine lotada de passageiros todas as versões, principalmente as versões de fuselagem mais comprida, possuem limitações técnicas, inclusive com a necessidade de pistas ainda mais compridas, o que é comum também em seus principais concorrentes.

Nas décadas de 1990 e 2000, o Boeing 777 e um dos seus principais concorrentes Airbus A330 foram considerados referências em tecnologia e qualidade para o transporte aéreo internacional de passageiros, até a chegada, na década de 2010, do Boeing 787 Dreamliner e do Airbus A350XWB, ainda mais modernos, com fuselagens fabricadas em material composto.

O jato bimotor Boeing 777 foi o terceiro modelo de aeronave comercial widebody no mundo a introduzir em larga escala, na década de 1990, a 2ª geração, mais moderna, do sistema de controle de voo fly-by-wire, predominantemente digital, uma geração melhorada em relação à 1ª geração usada no clássico jato quadrimotor supersônico europeu Aérospatiale Concorde, que, na verdade, não chegou a ser fabricado em larga escala.

Na verdade, pra ser mais preciso, a história da tecnologia fly-by-wire é mais longa. Ela começou em 1958, quando foi utilizada a sinalização elétrica para transmissão de comandos no avião militar canadense Avro Canada CF-105 Arrow, que não chegou a ser fabricado em série; seguida em 1969 pelo jato quadrimotor supersônico Aérospatiale Concorde, este sim fabricado em série, mas em pequena quantidade; e, depois, a partir da década de 1970, por uma versão civil do jato militar monomotor Vought F-8 Crusader para a agência espacial americana NASA.

No entanto, a consolidação do sistema fly-by-wire para uso em aeronaves comerciais chegou em 1974 com a entrada em serviço do Airbus A300 para a Air France, com o sistema de controle de voo fly-by-wire de primeira geração, que na época ainda não usava a intermediação digital de computadores para “filtragem” ou “refinamento” das ações e reações da tripulação na cabine de comando.

A 2ª geração da tecnologia do controle voo fly-by-wire chegou ao Airbus A320 na década de 1980, com a entrada em serviço em 1988, já com auxílio de computadores, portanto digital, para evitar que comandos bruscos ou brutos dos pilotos cheguem aos atuadores hidráulicos, o que, em tese, evita um eventual colapso da célula (fuselagem e asas) e das superfícies aerodinâmicas de controle, incluindo os ailerons e a empenagem, em uma eventual manobra arriscada.

A FAMÍLIA BOEING 777

Logo acima, um exemplo da cabine de comando ou cockpit do Boeing 777, uma das mais sofisticadas aeronaves comerciais da década de 1990 e que até hoje pode ser considerada moderna. Logo abaixo, um exemplo mais recente de cabine de comando da família Boeing 777,  neste caso com o moderníssimo HUD - Head Up Display, combinado com o EVS - Enhanced Vision System.
O elegante Boeing 777 é o maior avião bimotor do mundo, com um dos maiores alcances da indústria aeronáutica mundial, em algumas versões com capacidade para percorrer até 17.000 quilômetros sem paradas para reabastecimento, inclusive sobre oceanos, desertos e florestas. Conhecido também, no meio aeronáutico, como Triple Seven, ele é impulsionado pelo maior e mais potente motor turbofan do mundo, atualmente em fabricação seriada, o General Electric GE90, com cerca de 115.000 libras de empuxo / potência, disponível na decolagem, usado para impulsionar a versão Boeing 777-300ER, com capacidade para cerca de 400 passageiros em duas classes, a econômica e a executiva.

A cabine de comando do Boeing 777 é altamente tecnológica, mesmo considerando a época em que foram fabricadas as primeiras versões, inclusive com um moderno conjunto de aviônicos EFIS – Electronic Flight Instrument System, composto por telas PFD – Primary Flight Display, as telas primárias; pelas telas MFD – Multi Function Display, as telas multifuncionais; pela interface do FMS – Flight Management System, o sistema de gerenciamento de voo; e pelo EICAS – Engine Indicating and Crew Alerting System, este um sistema de monitoramento do funcionamento do sistema hidráulico, do sistema elétrico, do sistema pneumático e dos motores do avião.

Atualmente, as versões em produção seriada da família Boeing 777 são o Boeing 777-200ER, de longo alcance; o Boeing 777-200LR, de alcance ainda maior; o Boeing 777-300ER, de fuselagem mais comprida e longo alcance; e o Boeing 777F, totalmente cargueiro. Estão em fase de desenvolvimento, planejadas para entrar em serviço em breve, as novas versões Boeing 777-9, de fuselagem mais comprida, e Boeing 777-8, de fuselagem mais curta, ambas com várias melhorias, dentre elas o aumento da porcentagem de peças, partes e componentes em material composto, o que resultará na redução do peso vazio estrutural da aeronave, com consequente aumento da carga útil ou payload. No entanto, as partes principais das fuselagens continuarão a ser fabricadas em metais, como o alumínio, por exemplo.

Os motores das famílias General Electric GE90, Rolls Royce Trent 800 e Pratt & Whitney PW4000 são turbofans de alta derivação ou alto bypass, assim seu diâmetro é maior do que os diâmetros de turbojatos e turbofans com baixa taxa de bypass. Dessa forma, a sua fixação foi feita através de um “pilão” abaixo e à frente do bordo de ataque das asas. Por se tratar de uma aeronave com trem de pouso bem alto, não houve problema de distância da parte inferior do motor em relação ao solo, lembrando que um motor turbofan não pode ficar muito próximo ao solo, pois haveria risco de aspirar objetos estranhos ou detritos sobre a pista.

A introdução dessas então novas versões melhoradas das famílias General Electric GE90, Rolls-Royce Trent 800 e Pratt & Whitney PW4000, mais potentes e/ou eficientes que as versões anteriores fabricadas até então, resultou num bom nível de eficiência no consumo de combustível e baixo nível de ruído no interior da aeronave, em relação aos concorrentes diretos da época.

Para efeito de Marketing, a fabricante Boeing Company decidiu dividir a família Boeing 777 em três gerações. Considera-se que a 1ª geração é composta pelos modelos Boeing 777-200, Boeing 777-200ER e Boeing 777-300; a 2ª geração é composta pelos modelos Boeing 777-300ER, Boeing 777-200LR e Boeing 777F; e a 3ª geração é composta pelos novíssimos modelos Boeing 777-9 e Boeing 777-8, que estão em fase de desenvolvimento e ainda não estão em linha produção seriada.

De todos esses modelos, estes dois últimos são os que apresentam uma quantidade significativa de mudanças e modernizações estruturais, enquanto os demais conservaram, ao longo dos anos, a mesma base tecnológica. O Boeing 777-9 e Boeing 777-8 trarão inovações na construção das asas, que ganharão uma quantidade bem maior de material composto de fibra de carbono, com o objetivo de reduzir o peso vazio da aeronave e, por consequência, aumentar a carga útil, o que, em aviação, é fundamental.

BOEING 777-200

Logo acima, mais uma imagem publicitária do Boeing 777, desta vez o modelo original Boeing 777-200, o primeiro de linha de produção seriada, a partir de 1995, mas que ainda pode ser considerado moderno. Logo abaixo, o ainda moderno cockpit da aeronave, basicamente com aviônicos digitais em telas de cristal líquido.
O Boeing 777-200 é um modelo de aeronave comercial bimotor de grande porte e fuselagem larga, com dois corredores na cabine de passageiros, com alcance intercontinental e capacidade para transportar entre 310 passageiros e 440 passageiros, dependendo da configuração de assentos escolhida pela companhia aérea operadora do modelo. Ele foi o primeiro modelo de aeronave da família Boeing 777, o primeiro a entrar em linha produção seriada em 1995, com a gigante americana United Airlines sendo a operadora de lançamento.

Conhecido também, dentro do meio aeronáutico, como Boeing B772, a sua designação pela ICAO - International Civil Aviation Organization, ele foi o modelo utilizado como base para a criação e desenvolvimento dos demais modelos da família Boeing 777, o que significa que a grande maioria de suas características estruturais e de sistemas foi estendida para os demais modelos da família Boeing 777, inclusive os modelos mais longos e de alcance maior, exceto por algumas diferenças.

Quando estava em linha de produção seriada ele estava disponível com três opções de motores, o General Electric GE90-77B, com 77.000 libras de empuxo / potência em cada motor; o Pratt & Whitney PW 4077, também com 77.000 libras; e o Rolls-Royce Trent 877, com 76.000 libras; o suficiente para que a aeronave possa alcançar a velocidade de cruzeiro de 870 km/h, com teto de serviço de 13.000 metros e alcance de até 9.700 quilômetros, decolando com 310 passageiros a bordo.

O Boeing 777-200 é um modelo de aeronave altamente redundante, o que significa que ele possui sistemas hidráulico, elétrico, eletrônico e pneumático projetados de forma a reduzir o máximo possível o risco de incapacidade total de voo ou perda de controle de voo. Por exemplo, ele possui um sistema hidráulico com três subsistemas independentes, ou seja, os três subsistemas funcionam separados um do outro, o que significa que se um subsistema apresentar falha os outros dois subsistemas conseguem manter a aeronave voando.

No caso específico do Boeing 777-200 e de seus irmãos, são oito bombas hidráulicas no total e mais uma bomba hidráulica adicional acoplada à RAT – Ram Air Turbine, que, por sua vez, é uma espécie de gerador eólico de energia elétrica e pressão hidráulica. No entanto, esse pequeno gerador eólico é usado apenas em situações extremas, o que raramente acontece.

Embora seja um modelo de aeronave com estrutura (fuselagem e asas) predominantemente metálica, desde o início de sua produção seriada em 1995, ele já possuía superfícies aerodinâmicas de controle de voo (lemes, profundores, ailerons, flaperons e flaps) de material composto de fibra de carbono, necessário para reduzir o peso total da aeronave. Basicamente, de forma resumida, a fuselagem e as asas do Boeing 777-200 foram montadas com peças e partes de liga de alumínio, incluindo a liga 7055, de aço e titânio.

Além disso, desde o início de sua fabricação foram usadas peças e partes de material composto de fibra de carbono na viga de apoio do piso da cabine de passageiros, totalizando até 10% do peso estrutural vazio do avião com peças, partes e componentes de material composto de fibra de carbono e fibra de vidro.

Ele foi introduzido, na década de 1990, com um sistema automatizado de controle da temperatura e pressão da cabine de passageiros.

Ele possui dois geradores principais de corrente alternada de 120 KVA, 115 volts e 400 hertz acoplados aos motores, um em cada motor, mais dois geradores auxiliares de 20 KVA também acoplados aos motores, mais um gerador auxiliar acoplado na APU – Auxiliary Power Unit e, é claro, o gerador de emergência acoplado à RAT – Ram Air Turbine, totalizando seis geradores, reduzindo para quase zero o risco de falta total de energia. A partida dos motores pode ser elétrica ou pneumática.

Ele possui três tanques de combustível, dois nas asas e um tanque central, dentro da fuselagem, no mesmo nível dos porões de carga.

Mais de 80 unidades do Boeing 777-200 foram fabricadas, inicialmente para nove companhias aéreas, sendo que a maioria das unidades fabricadas ainda está em serviço, voando normalmente.

BOEING 777-200ER

Logo acima, o Boeing 777-200ER da companhia aérea americana United Airlines decolando para mais um dia de trabalho, em uma típica rota intercontinental para a Europa. Logo abaixo, o Boeing 777-200 da companhia aérea israelense El Al, a principal companhia aérea de Israel, que também voa para o Brasil, inclusive.
O Boeing 777-200ER é um modelo de aeronave comercial bimotor de grande porte e fuselagem larga, com dois corredores na cabine de passageiros, com alcance intercontinental e capacidade para transportar entre 310 passageiros e 440 passageiros, dependendo da configuração de assentos escolhida pela companhia aérea operadora do modelo. Ele foi o segundo modelo de aeronave da família Boeing 777, o segundo a entrar em linha produção seriada em 1997, com a British Airways sendo a operadora de lançamento.

Conhecido também, dentro do meio aeronáutico, como Boeing B772ER, ele é um modelo diretamente derivado do primeiro modelo de produção seriada, o Boeing 777-200, o que significa que a grande maioria de suas características estruturais e de sistemas tem semelhança ou é idêntica ao seu irmão original, mas com algumas diferenças, como o tanque de combustível central de maior capacidade, o trem de pouso reforçado, o peso máximo de decolagem aumentado e os motores mais potentes.

Ele está em linha de produção seriada, disponível com três opções de motores, o General Electric GE90-94B, com 93.700 libras de empuxo / potência em cada motor; o Pratt & Whitney PW 4090, com 90.000 libras; e o Rolls-Royce Trent 895, com 93.400 libras; o suficiente para que a aeronave possa alcançar a velocidade de cruzeiro de 870 km/h, com teto de serviço de 13.000 metros e alcance de até 13.000 quilômetros, decolando com 310 passageiros a bordo.

Mais de 420 unidades do Boeing 777-200ER foram fabricadas, inicialmente para 33 companhias aéreas, sendo que a maioria das unidades fabricadas ainda está em serviço, voando normalmente.

BOEING 777-300

Logo acima, o Boeing 777-300 da companhia aérea japonesa ANA - All Nippon Airways, uma das maiores do Japão e uma das maiores do mundo. Logo abaixo, o Boeing 777-300 da Emirates, a maior companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos e uma das maiores do mundo, com salas VIP em todos os continentes. 
O Boeing 777-300 é um modelo de aeronave comercial bimotor de grande porte e fuselagem larga, com dois corredores na cabine de passageiros, com alcance intercontinental e capacidade para transportar entre 360 passageiros e 550 passageiros, dependendo da configuração de assentos escolhida pela companhia aérea operadora do modelo. Ele foi o terceiro modelo de aeronave da família Boeing 777, o terceiro a entrar em linha produção seriada em 1998, com a Cathay Pacific sendo a operadora de lançamento.

Conhecido também, dentro do meio aeronáutico, como Boeing B773, ele é um modelo diretamente derivado do primeiro modelo de produção seriada, o Boeing 777-200, o que significa que a grande maioria de suas características estruturais e de sistemas tem semelhança ou é idêntica ao seu irmão original, mas com algumas diferenças, como o aumento do comprimento da fuselagem em 10 metros, o tanque de combustível central de maior capacidade, o trem de pouso reforçado, o peso máximo de decolagem aumentado e os motores mais potentes.

Ele esteve em linha de produção seriada, disponível com três opções de motores, o General Electric GE90-92B, com 92.000 libras de empuxo / potência em cada motor; o General Electric GE-90-94B, com 93.700 libras; o Pratt & Whitney PW 4098, com 98.000 libras; e o Rolls-Royce Trent 892, com 93.400 libras; o suficiente para que a aeronave possa alcançar a velocidade de cruzeiro de 870 km/h, com teto de serviço de 13.000 metros e alcance de até 11.000 quilômetros, com 360 passageiros a bordo.

A partir da década de 2000, o Boeing 777-300 e os seus irmãos menores Boeing 777-200 e Boeing 777-200ER passaram a contar com acesso à Internet para os passageiros, telefone por satélite, assentos com sistema de vídeo com filmes e documentários e áudio com música, com telas sensíveis ao toque, inclusive, além de tomadas de energia para carregamento de notebook.

Mais de 60 unidades do Boeing 777-300 foram fabricadas, inicialmente para oito companhias aéreas, sendo que a grande maioria das unidades fabricadas ainda está em serviço, voando normalmente.

Ele foi projetado a pedido de companhias aéreas que queriam substituir o McDonnell Douglas DC-10, o Boeing 747-100, o Lockheed L-1011 Tristar e o Boeing 747-200, por um modelo de aeronave mais econômico. No caso específico do Boeing 777-300 houve uma redução entre 25% e 30% no consumo de combustível e uma redução entre 35% e 40% no custo de manutenção em relação a esses aviões trimotores e quadrimotores intercontinentais.

É um avião realmente muito grande, ele tem 74 metros de comprimento e 60 metros de envergadura (distância entre as pontas das asas), por isso ele está equipado com câmeras no estabilizador vertical e no trem de pouso dianteiro, para auxiliar os pilotos durante o taxiamento da aeronave nos aeroportos mais movimentados.

BOEING 777-300ER

Logo acima, o Boeing 777-300ER da Etihad Airways, uma das maiores companhias aéreas dos Emirados Árabes Unidos e uma das maiores do Oriente Médio. Logo abaixo, o Boeing 777-300ER da Air France, a maior companhia aérea da França e uma das maiores do mundo, uma das integrantes da aliança SkyTeam, com salas VIP em todos os continentes.
O Boeing 777-300ER é um modelo de aeronave comercial bimotor de grande porte e fuselagem larga, com dois corredores na cabine de passageiros, com alcance intercontinental e capacidade para transportar entre 360 passageiros e 550 passageiros, dependendo da configuração de assentos escolhida pela companhia aérea operadora do modelo. Ele foi o quarto modelo de aeronave da família Boeing 777, o quarto a entrar em linha produção seriada em 2004, com a Air France sendo a operadora de lançamento.

Conhecido também, dentro do meio aeronáutico, como Boeing B773ER ou Boeing 77W, ele é um modelo diretamente derivado do primeiro modelo de produção seriada, o Boeing 777-200, o que significa que a grande maioria de suas características estruturais e de sistemas tem semelhança ou é idêntica ao seu irmão original, mas com algumas diferenças, como o aumento do comprimento da fuselagem em 10 metros, os tanques de combustível de maior capacidade, o peso máximo de decolagem aumentado, o trem de pouso reforçado e os motores mais potentes.

Ele está em linha de produção seriada, disponível com um modelo de motor, o General Electric GE90-115B1, com 115.300 libras de empuxo / potência em cada motor, o motor turbofan mais potente do mundo em uso na aviação comercial, o suficiente para que a aeronave possa alcançar a velocidade de cruzeiro de 870 km/h, com teto de serviço de 13.000 metros e alcance de até 13.600 quilômetros, com 360 passageiros a bordo.

Mais de 800 unidades do Boeing 777-300ER foram fabricadas até o momento, inicialmente para 40 companhias aéreas, sendo que a grande maioria das unidades fabricadas está em serviço, voando normalmente.

Ele foi projetado a pedido de companhias aéreas que queriam substituir o Boeing 747-400 por um modelo de aeronave mais econômico, com uma redução de cerca de 25% no consumo de combustível e uma redução de cerca de 35% no custo de manutenção em relação a esse quadrimotor intercontinental.

BOEING 777-200LR
Logo acima, a cabine de comando ou cockpit do Boeing 777-200LR Wordliner, o avião comercial com o maior alcance do mundo, o suficiente para alcançar qualquer metrópole do planeta. Logo abaixo, o Boeing 777-200LR da PIA - Pakistan International Airlines, a maior companhia aérea do Paquistão, um país asiático.
O Boeing 777-200LR Worldliner ou Boeing 777-200LR Longer Range é um modelo de aeronave comercial bimotor de grande porte e fuselagem larga, com dois corredores nacabine de passageiros, com alcance intercontinental e capacidade para transportar entre 310 passageiros e 440 passageiros, dependendo da configuração de assentos escolhida pela companhia aérea operadora do modelo. Ele foi o quinto modelo de aeronave da família Boeing 777, o quinto a entrar em linha produção seriada em 2006, com a Pakistan International Airlines sendo a operadora de lançamento.

Conhecido também, dentro do meio aeronáutico, como Boeing B772LR ou Boeing B77L, ele é um modelo diretamente derivado do primeiro modelo de produção seriada, o Boeing 777-200, o que significa que a grande maioria de suas características estruturais e de sistemas tem semelhança ou é idêntica ao seu irmão original, mas com algumas diferenças, como os tanques de combustível de maior capacidade, o peso máximo de decolagem aumentado, o trem de pouso reforçado e os motores mais potentes.

Atualmente, ele é a aeronave comercial widebody com maior alcance do mundo. Ele está em linha de produção seriada, disponível com duas opções de motores, o General Electric GE90-110B1, com 110.100 libras de empuxo / potência em cada motor; e o General Electric GE90-115B1, com 115.300 libras; o suficiente para que a aeronave possa alcançar a velocidade de cruzeiro de 870 km/h, com teto de serviço de 13.000 metros e extraordinário alcance de até 17.000 quilômetros, com 310 passageiros a bordo, sem parada intermediária para reabastecimento, o equivalente a cerca de 20 horas de voo nonstop.

Mais de 60 unidades do Boeing 777-200LR Worldliner foram fabricadas até o momento, inicialmente para 11 companhias aéreas, sendo que a grande maioria das unidades fabricadas está em serviço, voando normalmente.

BOEING 777F

O Boeing 777F é a versão exclusivamente cargueira da família Boeing 777, embora tenha sido baseado quase totalmente na estrutura e nos sistemas da versão Beoing 777-200LR, incluindo fuselagem, asas, motores e tanques de combustível . Ele foi o sexto modelo de aeronave da família, o sexto a entrar em linha produção seriada em 2009, com a Air France sendo a operadora de lançamento.

Conhecido também, dentro do meio aeronáutico, como Boeing 777 Freighter ou Boeing B77L, ele é um modelo diretamente derivado do Boeing 777-200LR, o que significa que a maioria de suas características estruturais e de sistemas tem semelhança ou é idêntica ao seu irmão de longo alcance, exceto pela ausência de assentos para passageiros, pela ausência de janelas na fuselagem, pela ausência de bagageiros de teto e por amplas portas de carga na fuselagem e pelo peso máximo de decolagem aumentado.

Ele está em linha de produção seriada, disponível com duas opções de motores, o General Electric GE90-110B1, com 110.100 libras de empuxo / potência em cada motor; e o General Electric GE90-115B1, com 115.300 libras; o suficiente para que a aeronave possa alcançar a velocidade de cruzeiro de 870 km/h, com teto de serviço de 13.000 metros e alcance de até 9.200 quilômetros, quando no peso máximo de decolagem.

Ele tem uma capacidade de carga de até 100.000 kg, dependendo das condições na origem, incluindo temperatura ambiente no momento da decolagem e altitude do aeroporto de partida, comprimento da pista de pouso e obstáculos próximos às cabeceiras.

Mais de 240 unidades do Boeing 777F foram fabricadas, inicialmente para 16 companhias aéreas, sendo que a grande maioria das unidades fabricadas está em serviço, voando normalmente. A Boeing Company está disponibilizando para companhias aéreas operadoras dos modelos Boeing 777-200 e Boeing 777-200ER um programa de retrofit para convertê-los em modelos cargueiros, com características e especificações semelhantes ou idênticas ao Boeing 777F.

MERCADO

Logo acima, uma das opções de classe executiva disponíveis para os aviões da família Boeing 777, com espaço de sobra para as pernas dos passageiros, com privacidade, entretenimento e conectividade via satélite. Logo abaixo, o Boeing 777-300ER da Air Canada, a maior companhia aérea do Canadá e uma das maiores companhias aéreas do mundo.
O jato comercial Boeing 777 é um dos mais bem sucedidos projetos de aviões comerciais da indústria aeronáutica, com mais de 1.700 unidades fabricadas. Ele é um dos responsáveis por manter a posição da Boeing Company como uma gigante do mercado aeronáutico mundial, mantendo-a no topo da lista dos maiores fabricantes, mais respeitados e mais bem sucedidos.

Ele é um dos maiores best-sellers da indústria aeronáutica mundial, graças a ele a fabricante Boeing Company se manteve na liderança da indústria de aeronaves comerciais por vários anos e se manteve como ponto de referência no competitivo mercado de aviação comercial, no qual só conseguem sobreviver as empresas com alto grau de eficiência, custos muito bem controlados, disciplina e alto nível de especialização da tripulação e de mecânicos, alto nível de tecnologia em prol da segurança e do conforto dos passageiros e elevado capital na aquisição e/ou renovação de frota.

No total, mais de 1.700 unidades dos aviões da família Boeing 777 foram fabricadas até o momento, com centenas de encomendas para serem atendidas, principalmente das novíssimas versões Boeing 777-9 e Boeing 777-8, ainda mais econômicas que as versões anteriores. O fabricante afirma que os novos Boeing 777-8, um pouco mais curto, e Boeing 777-9, um pouco mais longo, são cerca de 10% mais econômicos que os modelos correspondentes Boeing 777-200ER e Boeing 777-300ER, respectivamente.

Até o momento foram mais de 420 unidades fabricadas do Boeing 777-200ER e mais de 800 unidades do Boeing 777-300ER, ambos com cerca de 80 centímetros entre fileiras de assentos na classe econômica e com cerca de 1,5 metro de espaçamento entre fileiras de assentos na classe executiva.

Os maiores operadores mundiais dos aviões da família Boeing 777 são a Emirates Airlines, dos Emirados Árabes Unidos, com mais de 160 unidades; a United Airlines, dos Estados Unidos, com mais de 90 unidades; a Air France, da França, com mais de 60 unidades; a Cathay Pacific, de Hong Kong, com mais de 50 unidades; a American Airlines, dos Estados Unidos, com mais de 60 unidades; a All Nippon Airways, do Japão, com mais de 30 unidades; e a Singapore Airlines, de Singapura, com mais de 20 unidades; entre outros operadores, lembrando que a maioria dessas operadoras costuma contratar leasing (alugar) dessas aeronaves, em vez de simplesmente comprá-las.

A americana ILFC – International Lease Finance Corporation e a irlandesa e americana GECAS - GE Capital Aviation Services, por exemplo, são grandes proprietárias de muitas unidades de modelos da família Boeing 777 operadas por essas companhias aéreas citadas acima, dentre outras companhias. Assim, as companhias aéreas passam a deter a posse dos aviões, mas não necessariamente são proprietárias deles.

NO BRASIL

Logo acima, uma imagem de divulgação do Boeing 777-300ER da LATAM Airlines, uma companhia aérea brasileira, a empresa sucessora da TAM Linhas Aéreas, também brasileira. Logo abaixo, a classe executiva da LATAM Airlines, com espaço de sobra para as pernas dos passageiros, privacidade, entretenimento digital e conectividade via satélite. Imagem cedida pelo site Melhores Destinos.
Aqui no Brasil, o Boeing 777-300ER é operado pela companhia aérea brasileira LATAM Airlines, com frota de 10 unidades desse modelo, uma subsidiária do grupo chileno LATAM Group, que, por sua vez, também possui subsidiárias no Equador, na Colômbia, no Paraguai e no Peru. A empresa brasileira LATAM Airlines sucedeu a TAM Linhas Aéreas na década de 2010, após umprocesso de fusão.

Além da LATAM Airlines, companhias aéreas estrangeiras voam para o Brasil com o Boeing 777, dentre elas a American Airlines, dos Estados Unidos; a Qatar Airways, do Qatar ou Catar; a KLM Royal Dutch, da Holanda; a United Airlines, dos Estados Unidos; a Air France, da França; a ; a TAAG Angola Airlines, de Angola; e a Swiss International, da Suíça.

A LATAM Airlines voa com o Boeing 777-300ER para Miami e Nova York, nos Estados Unidos, para Londres, na Inglaterra, para Frankfurt, na Alemanha, e para Madri, na Espanha. A companhia aérea brasileira retrofitou (renovou, reformouou reconfigurou) as cabines de passageiros desse modelo, disponibilizando centrais multimídia em todos os assentos, inclusive na classe econômica, com inúmeras opções de entretenimento, incluindo filmes e músicas, e disponibilizando tomadas USB para recarregamento de dispositivos móveis, como celulares e notebooks, por exemplo.

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS


BOEING 777-300 ER

  • Capacidade: Aprox. 550 passageiros (classe única / alta densidade);
  • Capacidade: Aprox. 400 passageiros (executiva e econômica / média densidade);
  • Capacidade: Aprox. 360 passageiros (três classes / média densidade)
  • Tripulação (voos médios): 1 piloto e 1 co-piloto e 8 ou 10 comissárias;
  • Tripulação (voos longos): 2 pilotos e 2 co-pilotos (revezamento) e 12 ou 14 comissárias;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 870 km/h;
  • Comprimento: Aprox. 74 metros;
  • Envergadura: Aprox. 65 metros;
  • Altura: Aprox. 19 metros;
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X GE90-115B (115.300 libras / cada);
  • Porão de carga: Padrão para contêineres LD3;
  • Trem de pouso: Principal com seis rodas em cada perna;
  • APU:
  • Teto de serviço: Aprox. 13.000 metros;
  • Alcance (média densidade): Aprox. 13.600 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Consumo médio (QAV):
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 351.000 kg;
  • Pista de pouso: Aprox. 3.500 metros (lotado / dias quentes);
  • Preço (novo): Aprox. US$ 375 milhões (no exterior);


GALERIA DE IMAGENS

BOEING 777-200 (CATHAY)

BOEING 777-200LR (EMIRATES)

BOEING 777-8 (CLASSE EXECUTIVA)

BOEING 777 DA LATAM (ECONÔMICA)

BOEING 777-300ER

BOEING 777 DA LATAM (ECONÔMICA)

BOEING 777 EM DUBAI (EMIRATES)

TREM DE POUSO

TAXIAMENTO

TURBOFAN GE90

TURBOFAN RR TRENT 800

TURBOFAN PW4000

VEJA TAMBÉM


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Boeing_777
  • Boeing Company (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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