ANTIBIÓTICOS (MEDICINA E VETERINÁRIA)
ANTIBIÓTICOS NATURAIS
Um micro-organismo ou microrganismo é um animal ou vegetal de dimensões microscópicas, ou seja, só é possível observá-lo ou atentar para os detalhes de seu corpo ou estrutura e de seu comportamento com o uso de um microscópio. No entanto, uma parte da comunidade científica e acadêmica não considera os vírus como organismos vivos. Polêmicas à parte, os menores animais e vegetais patogênicos presentes no planeta, isto é, os menores micro-organismos que provocam doenças, presentes na natureza do planeta Terra, são os fungos, as bactérias, os vírus, os protozoários e a maior parte dos ácaros.
O antibiótico (uma palavra originada dos termos gregos αντί - anti + βιοτικός - biotikos, que significam "contra um ser vivo") é qualquer medicamento capaz de combater uma infecção causada por bactérias presentes em organismos vivos, especificamente humanos e animais. Os antibióticos fazem parte do grupo das substâncias bactericidas ou antibacterianas, ou seja, substâncias capazes de matar, literalmente, bactérias, ou impedir a sua reprodução.
Os antibióticos têm efeito bactericida ou mortífero sobre as bactérias, quando eles interrompem a sua reprodução ou inibem o seu metabolismo, o que, na prática, significa a morte da colônia de bactérias, já que elas, assim como todo ser vivo conhecido, também estão sujeitas a envelhecer e morrer. A maioria das bactérias conhecidas tem ciclo de vida muito curto, variando entre 48 horas e menos de uma semana. Por outro lado, e infelizmente, elas se reproduzem muito rápido, por isso todo cuidado é pouco ao se tratar infecções causadas pelos tipos de bactérias mais resistentes aos antibióticos convencionais, mais conhecidos e mais acessíveis.
Os antibióticos, também conhecidos como antimicrobianos, podem ser classificados de diversas formas. A maior utilidade da classificação dos antibióticos é a de permitir uma melhor compreensão das características dos fármacos. Sendo assim, podemos encontrar antibióticos classificados em bactericidas e bacteriostáticos, dependendo se o fármaco causa diretamente a morte das bactérias ou se apenas inibe sua replicação, reprodução ou multiplicação.
A resistência antibiótica é a capacidade de uma bactéria resistir aos efeitos de um antibiótico ou “se adaptar” de alguma forma a sua fórmula, inclusive por meio de transformação, conjugação, transdução e mutação. No meio acadêmico e científico, acredita-se que o uso inadequado dos antibióticos ao longo das últimas décadas ocasionou a chamada resistência antibiótica. Entende-se por inadequado, por exemplo, o uso indiscriminado (sem critérios) de antibióticos, sem orientação médica e/ou sem a execução de um procedimento prévio de análise laboratorial do tipo de contaminação que se combate no paciente.
Em Portugal, os antibióticos são classificados como medicamentos sujeitos a receita médica. O órgão regulador e fiscalizador é o instituto público Infarmed. A legislação portuguesa prevê penalidades semelhantes às leis brasileiras, entre outras definidas no Decreto-Lei nº 48.547 de 1968, que regulamenta o exercício da atividade farmacêutica.
De modo geral, a contaminação por bactérias ocorre quando elas invadem, de alguma forma, o corpo do hospedeiro (vítima humana ou animal) e utilizam os nutrientes do seu corpo para se manter e se reproduzir, dobrando em quantidade a cada ciclo de reprodução, que pode durar algumas horas ou alguns minutos.
Para facilitar o estudo sobre os antibióticos artificiais, por convenção eles foram divididos em dois tipos, dependendo de como eles desempenham seu papel no combate às contaminações:
ANTIBIÓTICOS ARTIFICIAIS
ANTIBIÓTICOS SINTÉTICOS
ANTIBIÓTICOS BACTERICIDAS
ANTIBIÓTICOS BACTERIOSTÁTICOS
ANTIMICROBIANOS
BACTÉRIAS
INTRODUÇÃO
De modo geral, o antibiótico é uma substância, artificial (sintética) ou natural, capaz de eliminar bactérias ou inibir o seu crescimento, a sua multiplicação e/ou reprodução. Na prática, os antibióticos artificiais são utilizados em larga escala, pela humanidade, como medicamentos especificamente para a eliminação de bactérias presentes no corpo humano, no caso da medicina, e para a eliminação de bactérias presentes nos corpos de animais, no caso da veterinária, mas sem danificar as células desses hospedeiros. Alguns antibióticos também têm mostrado eficácia no combate a alguns tipos de protozoários e helmintos (vermes).
De modo geral, o antibiótico é uma substância, artificial (sintética) ou natural, capaz de eliminar bactérias ou inibir o seu crescimento, a sua multiplicação e/ou reprodução. Na prática, os antibióticos artificiais são utilizados em larga escala, pela humanidade, como medicamentos especificamente para a eliminação de bactérias presentes no corpo humano, no caso da medicina, e para a eliminação de bactérias presentes nos corpos de animais, no caso da veterinária, mas sem danificar as células desses hospedeiros. Alguns antibióticos também têm mostrado eficácia no combate a alguns tipos de protozoários e helmintos (vermes).
Existem diversos tipos de antibióticos diferentes,
para que, em tese, haja efeito contra todo tipo de bactéria prejudicial ao
nosso organismo e aos organismos dos animais, embora, na prática, saibamos que
não é bem assim... Atualmente, a grande maioria das bactérias conhecidas,
agentes contaminantes de seres humanos e animais, pode ser eliminada por meio
de antibióticos, mas ainda há casos de difícil solução, como, por exemplo, os
casos em que as bactérias sofrem mutações e/ou criam resistências aos
antibióticos...
Porém é necessário deixar claro que, na grande maioria
dos casos, os antibióticos funcionam sim contra bactérias, porém eles não são capazes de
eliminar vírus.
BASE TEÓRICA
Um micro-organismo ou microrganismo é um animal ou vegetal de dimensões microscópicas, ou seja, só é possível observá-lo ou atentar para os detalhes de seu corpo ou estrutura e de seu comportamento com o uso de um microscópio. No entanto, uma parte da comunidade científica e acadêmica não considera os vírus como organismos vivos. Polêmicas à parte, os menores animais e vegetais patogênicos presentes no planeta, isto é, os menores micro-organismos que provocam doenças, presentes na natureza do planeta Terra, são os fungos, as bactérias, os vírus, os protozoários e a maior parte dos ácaros.
Entre todos esses agentes patogênicos citados neste
artigo / página, os vírus são os menores e mais perigosos seres que existem,
eles são impossíveis de ser observados a olho nu pelo ser humano. A rigor, para
ser ainda mais preciso, os fungos, as bactérias, os vírus, os protozoários e os
ácaros são parasitas, ou seja, eles se alimentam e/ou dependem de outros
animais e/ou vegetais para sobreviver e/ou se reproduzir. Com o passar do tempo, dias, meses ou
anos, muitos tipos deles acabam destruindo o seu hospedeiro...
Na verdade, para ser mais preciso, nem todos os fungos, bactérias e
protozoários são nocivos ao ser humano, muitas espécies deles são construtivas,
ou seja, podem ser usadas positivamente, para o bem da humanidade, de animais e
do meio ambiente. Também há pesquisas científicas, no Brasil, inclusive, que
já apontam para uma tendência de considerar que há vírus que podem ser usados
construtivamente, no combate ao câncer, por exemplo, embora não seja ainda uma
conclusão definitiva e ainda passível de experimentos e testes. Um dos
exemplos mais comuns de bactérias construtivas são aquelas presentes nos
iogurtes, são chamadas de bactérias boas, dentre elas a Lactobacillus bulgaricus
e a Streptococcus thermophillus.
Por outro lado, os vírus, de modo geral, na maioria
dos casos, podem ser considerados os mais devastadores micro-organismos
presentes no planeta em que vivemos. Um vírus é um agente causador de doenças
infecciosas e contagiosas. Ele faz parte de um complexo grupo de agentes
submicroscópicos causador de doenças, dividido entre organismos vivos e
moléculas complexas, com a capacidade de se reproduzir rapidamente dentro de
células vivas de seres humanos e animais.
EXEMPLOS DE AGENTES
CAUSADORES DE DOENÇAS
|
|
AGENTE INFECCIOSO
|
DOENÇA CAUSADA
|
Measles morbillivirus
(vírus)
|
Sarampo
(humanos)
|
HIV
(vírus)
|
Aids (humanos)
|
Helicobacter
pylori (bactéria)
|
Úlcera
estomacal e/ou gastrite (humanos)
|
Giárdia
(protozoário)
|
Giardíase
(diarreia, cólicas e perda de peso)
|
Víbrio
Cholerae (bactéria)
|
Cólera
(diarreia, vômitos e desidratação)
|
Clostridium
tetani (bactéria)
|
Tétano
(humanos e animais)
|
Sarcoptes
scabiei (ácaro)
|
Sarna ou
escabiose (humanos e animais)
|
Ascaris
lumbricoides (verme)
|
Ascaridíase
(barriga de lombriga)
|
Flaviviridae
(vírus)
|
Dengue
(humanos)
|
Aphtovirus
(vírus)
|
Febre
aftosa (animais)
|
Streptococcus
(bactéria)
|
Mastite (humanos
e animais)
|
H1N1
(vírus)
|
Gripe
(humanos)
|
Treponema
(bactéria)
|
Sífilis
(humanos)
|
A existência dos vírus foi descoberta no século XIX
pelo cientista francês Louis Pasteur, em 1884 pelo microbiologista Charles
Chamberland, em 1886 por Adolf Mayer, em 1892 pelo biólogo Dmitry Ivanovsky, e
em 1898 pelo microbiologista Martinus Beijerinck. Isso significa que a
existência dos vírus não foi descoberta por apenas um cientista. A grosso modo,
para simplificar, Luis Pasteur desconfiou, digamos, que havia um outro agente
infeccioso na saliva do cachorro louco, com raiva, e, segundo ele, não era uma
bactéria, e sim um outro agente nocivo de tamanho menor, impossível de ser
observado com um microscópio simples. Daí em diante, outros cientístas,
incluindo Chamberland, Mayer, Ivanovsky e Beijerinck seguiram a mesma linha de
raciocínio, até finalmente Beijerinck nomear de vírus o agente infeccioso recém
descoberto por eles.
Já as bactérias são tipos de células biológicas, ou
seja, células vivas. Elas estão presentes na maioria dos habitats do planeta em
que vivemos. Elas habitam o solo, principalmente, e estão presentes também nos
ambientes aquáticos. Porém, elas também já foram encontradas em locais
inóspitos, como, por exemplo, em fontes termais, resíduos radioativos e até
abaixo da superfície da crosta terrestre. Por outro lado, elas se reproduzem
mais facilmente em ambientes propícios, como, por exemplo, em solos úmidos, com
temperatura entre 25º Celsius ou centígrados e 50º Celsius; também se
reproduzem dentro de organismos vivos com sistema imunológico enfraquecido; e
se reproduzem em substâncias que contenham nutrientes em seus tecidos, como,
por exemplo, alimentos de origem animal.
As bactérias foram descobertas pelo cientista holandês
Antonie van Leeuwenhoek, em 1673, e, mais tarde, em 1928, o cientista inglês
Alexander Fleming descobriu a penicilina, o primeiro medicamento artificial (sintético)
conhecido de ação eficaz contra a infecção por bactérias em humanos, uma das
maiores e mais importantes descobertas já realizadas pela humanidade, de enorme importância para a saúde de humanos.
De modo geral, as bactérias não suportam ambientes ou
substâncias ácidas, como, por exemplo, frutas cítricas, como laranja, abacaxi e
limão, por exemplo, desde que estejam intactos, na planta, na geladeira ou na fruteira, e desde que tenham sido recém-fatiados com as mãos e utensílios higienizados. Por outro lado, elas só conseguem se reproduzir em
ambientes ou substâncias em que há nutrientes não ácidos, como, alimentos e
restos de alimentos, dentre eles o leite, os ovos e as carnes vermelhas e
brancas, por exemplo. Por isso, o cuidado durante a conservação e manipulação
destes tipos de alimentos não ácidos ou pouco ácidos deve ser até maior que em
relação aos demais.
De fato, a penicilina é uma das maiores e mais
importantes descobertas já realizadas pela humanidade, de grande importância
para a saúde de humanos, é praticamente incalculável o número de seres humanos
salvos após a invenção da penicilina pelo cientista inglês Alexander Fleming,
em 1928. Acredita-se que bilhões de vidas humanas, literalmente, tenham sido
salvas e/ou tenham melhorado de qualidade. Porém, há casos em que outros
tipos de antibióticos são mais adequados para tratamento de certas doenças em
humanos, dentre eles a oxitetraciclina, por exemplo.
O chamado sistema imunológico, também conhecido como
sistema imunitário, é um conjunto de estruturas e processos biológicos que, a
princípio, protege os organismos humano e animal contra doenças. De modo geral,
ele é capaz de identificar a presença indesejada da maioria dos agentes
infecciosos ou agentes patogênicos, interpretando essa presença como uma
invasão, e acionando imediatamente as defesas do organismo por meio de
anticorpos e outros meios.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
O antibiótico (uma palavra originada dos termos gregos αντί - anti + βιοτικός - biotikos, que significam "contra um ser vivo") é qualquer medicamento capaz de combater uma infecção causada por bactérias presentes em organismos vivos, especificamente humanos e animais. Os antibióticos fazem parte do grupo das substâncias bactericidas ou antibacterianas, ou seja, substâncias capazes de matar, literalmente, bactérias, ou impedir a sua reprodução.
Entre a principal e mais importante característica e/ou diferencial dos
antibióticos, em relação aos seus irmãos do grupo dos bactericidas ou
antibacterianos, está a de, geralmente, sua presença nos organismos humano e
animal ser tolerada, até certo ponto, dependendo de cada caso, pelos seus
respectivos sistemas imunológicos, o que, por sua vez, possibilita o tratamento
por algum tempo, geralmente dias ou, em alguns casos, até mais de um mês, sem
prejudicar esses organismos humanos e animais.
Em outras palavras, usando uma linguagem mais simples,
para facilitar o entendimento de crianças e adolescentes em idade escolar, os
antibióticos ajudam os anticorpos (“soldadinhos” do nosso corpo) a eliminar ou
neutralizar as “bactérias malvadas” que, eventualmente, invadam os nossos
corpos e os corpos dos animais.
Esse grupo dos bactericidas é formado também pelas
substâncias desinfetantes, antissépticas e esterilizantes, como, por exemplo, a
água sanitária, o ácido fosfórico, a água oxigenada, o cloro, o iodophor e o álcool,
que, por sua vez, são substâncias químicas que também destroem bactérias e,
em vários casos, também são usados contra vírus, fungos, protozoários e até vermes.
Porém, é preciso deixar bem claro aqui que, para cada um desses casos ou
contextos, a orientação de um médico, de um agente de saúde, de um farmacêutico, de um enfermeiro,
de um veterinário ou e um zootecnista continua indispensável, pois, várias
dessas substâncias (a maioria, na verdade) não devem ser ingeridas por humanos
e animais e/ou não devem ser injetadas em seus corpos, exceto alguns casos muito específicos... Cada caso é um caso...
Resumindo então, para deixar bem claro, os antibióticos são os únicos tipos de
bactericidas conhecidos que, a princípio, podem, geralmente, ser ingeridos por ou injetados nos
humanos e animais...
De modo geral, o termo antibiótico tem sido utilizado amplamente
para indicar apenas substâncias que atingem bactérias, embora, em alguns
círculos acadêmicos e científicos, ele seja utilizado em sentido mais amplo,
como qualquer substância capaz de eliminar parasitas em geral, como protozoários
e helmintos (vermes). Para evitar confusões, o termo antibiótico está sendo
utilizado neste artigo / página para se referir apenas aos bactericidas e bacteriostáticos que
possam ser ingeridos por ou injetados em humanos e animais.
CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Os antibióticos têm efeito bactericida ou mortífero sobre as bactérias, quando eles interrompem a sua reprodução ou inibem o seu metabolismo, o que, na prática, significa a morte da colônia de bactérias, já que elas, assim como todo ser vivo conhecido, também estão sujeitas a envelhecer e morrer. A maioria das bactérias conhecidas tem ciclo de vida muito curto, variando entre 48 horas e menos de uma semana. Por outro lado, e infelizmente, elas se reproduzem muito rápido, por isso todo cuidado é pouco ao se tratar infecções causadas pelos tipos de bactérias mais resistentes aos antibióticos convencionais, mais conhecidos e mais acessíveis.
As primeiras substâncias antibióticas descobertas eram
produzidas por fungos, como a penicilina, por exemplo, que foi o primeiro
antibiótico sintético que se conhece, criada na década de 1920 pelo cientista
britânico Alexander Fleming, dando origem a uma verdadeira revolução no modo de se tratar infecções por bactérias. Atualmente, existem também antibióticos
sintetizados ou alterados em laboratórios farmacêuticos para evitar
resistências e diminuir efeitos colaterais.
Depois da penicilina veio a estreptomicina, outra
grande e importantíssima descoberta da ciência, desenvolvida pelo
microbiologista ucraniano e americano Selman Waskman, em 1943, utilizada
largamente na época contra a tuberculose, responsável por salvar centenas de milhões de vidas
humanas, literalmente, trabalho inclusive reconhecido por meio do Prêmio Nobel
de Medicina.
Na sequência, anos depois, novas descobertas e
desenvolvimentos foram realizados, dentre elas as tetraciclinas e a cefalosporinas.
De modo geral, os antibióticos são extraídos de
micro-organismos construtivos, ou seja, aqueles micro-organismos que podem ser
utilizados construtivamente, para o bem da humanidade, como os fungos, por
exemplo. A humanidade já conseguiu sintetizar (fabricar em laboratórios de
pesquisa) uma grande variedade de antibióticos, para atingir os mais variados
tipos de bactérias. Porém, parte dos antibióticos criados e desenvolvidos pela
humanidade não chegou a ser fabricada em larga escala e, portanto não chegou a
ser comercializada, pois, infelizmente, apresentaram um grau elevado ou
variedade intolerável de efeitos colaterais, ou seja, reações indesejáveis do
nosso corpo.
Existe um certo limite de efeitos colaterais tolerado
pelas agências reguladoras (neste caso agências de saúde dos governos) para medicamentos
em geral. Antes de um remédio chegar às farmácias, antes de receber sinal verde
das agências reguladoras dos governos para que sejam produzidos em larga
escala, é realizado um levantamento dos seus efeitos colaterais e dos
benefícios que podem ser obtidos com o uso de tais medicamentos. É como se
fosse uma balança, se o número e a variedade de benefícios do medicamento
superar o peso do número e da variedade de efeitos colaterais (riscos,
inclusive) então o medicamento é liberado para fabricação em larga escala e
para comercialização.
Entre os efeitos colaterais mais comuns estão as
tonturas, náuseas / enjoos, diarreia, desconforto abdominal, sonolência, confusão
mental, dor de cabeça, alergias e hipersensibilidade. A maioria dos efeitos colaterais dos
medicamentos que chegam às prateleiras das farmácias é tolerada pelas agências
reguladoras governamentais e pela OMS – Organização Mundial de Saúde.
Aqui no Brasil, somente a ANVISA – Agência Brasileira
de Vigilância Sanitária pode liberar a produção em larga escala e
comercialização de medicamentos para consumo humano. Ela foi criada em 1996
pelo então presidente da república Fernando Henrique Cardoso e, atualmente,
está subordinada ao Ministério da Saúde, liderado pela ministra Nísia Trindade,
que, por sua vez, está subordinada ao atual presidente da República Lula da Silva.
CLASSES DE ANTIBIÓTICOS
Os antibióticos, também conhecidos como antimicrobianos, podem ser classificados de diversas formas. A maior utilidade da classificação dos antibióticos é a de permitir uma melhor compreensão das características dos fármacos. Sendo assim, podemos encontrar antibióticos classificados em bactericidas e bacteriostáticos, dependendo se o fármaco causa diretamente a morte das bactérias ou se apenas inibe sua replicação, reprodução ou multiplicação.
Na prática, esta classificação se baseia no comportamento do
antibiótico in vitro e ambas as
classes podem ser eficazes no tratamento de uma infecção.
CLASSIFICAÇÃO
POR ESTRUTURA DOS ANTIBIÓTICOS
|
||
NOME
GENÉRICO
|
APLICAÇÃO
|
EFEITOS
COLATERAIS
|
Aminoglicosídeos
|
||
Amicacina
|
Infecções causadas por bactérias gram-negativas,
como, por exemplo, as do grupo Escherichia coli, parte delas inofensiva ao
intestino humano e outra parte delas causadora de diarreia por intoxicação
alimentar
|
Ototoxicidade, toxicidade e nefrotoxicidade
|
Gentamicina
|
||
Canamicina
|
||
Neomicina
|
||
Netilmicina
|
||
Estreptomicina
|
||
Tobramicina
|
||
Paromomicina
|
||
Carbacefem
|
||
Loracarbefe
|
Infecções respiratórias e infecções urinárias
|
Eventualmente trombocitopenia
|
Carbapenem
|
||
Ertapeném
|
Bactericida de amplo espectro. O ertapeném, por
exemplo, é usado contra enterobactérias
|
Desconforto abdominal e diarreia, náuseas,
convulsões, cefaleia (dor de cabeça), pele irritada e reações alérgicas
|
Doripeném
|
||
Imipeném (cilastadina)
|
||
Meropeném
|
||
Cefalosporinas
(1ª geração)
|
||
Cefadroxila
|
Bactericidas contra gram-positivas e gram-negativas,
incluindo Escherichia coli e Klebsiella
|
Desconforto abdominal e diarreia, náuseas e reações
alérgicas
|
Cefazolina
|
||
Cefalotina
|
||
Cefalexina
|
||
Cefradina
|
||
Cefalosporinas
(2ª geração)
|
||
Cefaclor
|
Bactericidas eficazes contra bacilos gram-negativos,
incluindo Haemophilus, Enterobacter, Neisseria, Proteus, Escherichia e
Klebsiella
|
Desconforto abdominal e diarreia, náuseas e reações
alérgicas
|
Cefamandol
|
||
Cefoxitina
|
||
Cefprozila
|
||
Cefuroxima
|
||
Cefalosporinas
(3ª geração)
|
||
Cefixima
|
Antibióticos utilizados no tratamento de infecções
por bactérias resistentes aos antibióticos betalatâmicos e na profilaxia que
antecede cirurgias ortopédicas e abdominais
|
Desconforto abdominal e diarreia, náuseas e reações
alérgicas
|
Cefdinir
|
||
Cefditoreno
|
||
Cefoperazona
|
||
Cefotaxima
|
||
Cefpodoxima
|
||
Ceftazidima
|
||
Ceftibuteno
|
||
Ceftizoxima
|
||
Ceftriaxona
|
||
Cefalosporinas
(4ª geração)
|
||
Cefepima
|
Ação contra bactérias pseudomonas
|
Desconforto, diarreia, náuseas e alergia
|
Cefaclidina
|
||
Cefalosporinas
(5ª geração)
|
||
Ceftobipol
|
Ação contra estafilococos
|
|
Glicopeptídeos
|
||
Teicoplanina
|
Uso em substituição a antibióticos betalactâmicos
|
Alergia, nefrotoxicidade, neutropenia e surdez
|
Vancomicina
|
||
Macrolídeos
|
||
Azitromicina
|
Ação contra estreptococos, sífilis, infecções
respiratórias, infecções no estômago, micoplasma e doença de Lyme
|
Náuseas, vômitos, diarreia e icterícia
|
Claritromicina
|
||
Diritromicina
|
||
Eritromicina
|
||
Roxitromicina
|
||
Tilosina
|
||
Troleandomicina
|
||
Telitromicina
|
Pneumonia
|
doenças visuais e hepáticas
|
Espectinomicina
|
Antimetabólico e antineoplásico
|
|
Monobactamas
|
||
Aztreonam
|
Ação contra gram-negativas
|
Irritação da pele
|
Penicilinas
|
||
Amoxicilina
|
Infecções de média ou baixa gravidade e complexidade
em geral, causadas por bactérias que não ofereçam resistência, e, em alguns
casos, infecções mais graves, como sífilis, por exemplo
|
Náuseas, vômitos, diarreia e reações alérgicas
|
Ampicilina
|
||
Azlocilina
|
||
Carbenicilina
|
||
Cloxacilina
|
||
Dicloxacilina
|
||
Mezlocilina
|
||
Meticilina
|
||
Nafcilina
|
||
Oxacilina
|
||
Penicilina
|
||
Piperacilina
|
||
Ticarcilina
|
||
Polipeptídicos
|
||
Bacitracina
|
Infecções oculares, otológicas e urinárias
|
Eventual dano renal
|
Colistina
|
||
Polimixina B
|
||
Quinolonas
|
||
Ciprofloxacino
|
Infecções urinárias graves, prostatites, diarreias
causada por bactérias, infecções por mycoplasma e gonorreia
|
Náuseas
|
Enoxacino
|
||
Enrofloxacina
|
||
Gatifloxacino
|
||
Levofloxacina
|
||
Lomefloxacino
|
||
Moxifloxacino
|
||
Norfloxacina
|
||
Ofloxacino
|
||
Trovafloxacino
|
||
Sulfonamidas
|
||
Mafenida
|
Ação contra infecções urinárias, samonelose e
colibacilose
|
Náuseas, vômitos, diarreia, cristais na urina,
insuficiência renal, redução da contagem de glóbulos brancos, reações
alérgicas e hipersensibilidade à luz solar
|
Sulfadiazina
|
||
Sulfadimetoxina
|
||
Sulfamidocrisoidina
|
||
Sulfacetamida
|
||
Sulfametizol
|
||
Sulfanilamida
|
||
Sulfasalazina
|
||
Sulfisoxazol
|
||
Trimetoprim
|
||
Sulfametoxazol
|
||
Tetraciclinas
|
||
Demeclociclina
|
Ação contra sífilis, Chlamydia, Mycoplasma e
Rickettsia
|
Náuseas, vômitos, diarreia, manchas dentárias em crianças.
Não indicado para gestantes.
|
Doxiciclina
|
||
Minociclina
|
||
Oxitetraciclina
|
||
Tetraciclina
|
||
Glicilglicina
|
||
Trigeciclina
|
||
Lincosamidas
|
||
Clindamicina
|
Profilaxia pré-operatória
|
Colite, ocasionalmente com risco alto
|
Lincomicina
|
||
Outros
|
||
Arsfenamina
|
Contra espiroquetas
|
Infecção por arsênico
|
Cloranfenicol
|
Contra várias bactérias
|
Toxicidade
|
Etambutol
|
Ação contra tuberculose
|
Neurite ótica
|
Fosfomicina
|
Infecções urinárias
|
Boa tolerância
|
Ácido fusídico
|
Contra várias bactérias
|
Icterícia e urina escura
|
Furazolidona
|
Contra várias bactérias
|
Transt. gastrointestinais
|
Isoniasida
|
Ação contra turberculose
|
Vários
|
Linezolida
|
Contra várias bactérias
|
Boa tolerância
|
Metronitazol
|
Contra várias bactérias
|
Neuropatia periférica
|
Mupirocina
|
Infecções leves e moderadas
|
|
Nitrofurantoína
|
Infecções urinárias
|
Náuseas e vômitos
|
Pirazinamida
|
Ação contra turberculose
|
Artralgia
|
Dalfopristina
|
Estafilococos e enterococos
|
Artralgia e mialgia
|
Rifampicina
|
Contra várias bactérias
|
Alteração do suor e urina
|
Tinidazol
|
Uretrite e vaginite
|
Tontura e sonolência
|
De modo geral, mas não sempre, as doenças causadas por
bactérias são tratadas com antibióticos e as doenças causadas por vírus são prevenidas
(evitadas) com vacinas e tratadas com antirretrovirais, neste caso não
significando, necessariamente, uma cura definitiva. O caso mais clássico de doença viral tratada com antirretrovirais é a Aids, cujo tratamento aqui no Brasil é gratuito, disponível na rede pública de saúde.
Mas, repetindo, não é
sempre assim, há exceções, pois há casos de infecções causadas por bactérias
que são prevenidas com vacinas, como, por exemplo, o tétano, e há casos de
doenças tratadas com vacinas, como, por exemplo, o câncer.
De modo geral, os antibióticos são os grandes
responsáveis por uma drástica redução do número de mortes por contaminação de
bactérias em civis e militares desde a década de 1950. Se somarmos o número de
vidas salvas pelos antibióticos, usados contra bactérias, e pelas vacinas,
usadas contra vírus, certamente passa da casa de bilhões. Nunca antes a
humanidade alcançou uma qualidade de vida como a proporcionada pelos
antibióticos e pelas vacinas, principalmente em países desenvolvidos e em
desenvolvimento. O próximo passo é encontrar uma solução definitiva contra o
câncer, o que elevará a um patamar altíssimo a qualidade de vida dos humanos.
De modo geral, o termo profilaxia é usado para
designar uma prevenção a uma futura infecção, tornando o organismo humano e
animal mais resistente e/ou preparado para enfrentar um risco futuro de
infecção, enquanto o termo terapia é usado para designar um tratamento contra
uma infecção já estabelecida. Portanto, os antibióticos artificiais
(sintéticos) são usados no contexto das terapias.
RESISTÊNCIA ANTIBIÓTICA
A resistência antibiótica é a capacidade de uma bactéria resistir aos efeitos de um antibiótico ou “se adaptar” de alguma forma a sua fórmula, inclusive por meio de transformação, conjugação, transdução e mutação. No meio acadêmico e científico, acredita-se que o uso inadequado dos antibióticos ao longo das últimas décadas ocasionou a chamada resistência antibiótica. Entende-se por inadequado, por exemplo, o uso indiscriminado (sem critérios) de antibióticos, sem orientação médica e/ou sem a execução de um procedimento prévio de análise laboratorial do tipo de contaminação que se combate no paciente.
Além disso, segundo a OMS – Organização Mundial de
Saúde, cerca de 50% das prescrições / orientações médicas ao uso de
antibióticos é considerada inadequada, o que significa que cerca de metade dos
médicos formados em todo o mundo, principalmente em países subdesenvolvidos e
em desenvolvimento não estão sabendo direito ou, simplesmente, justiça seja
feita, não estão tendo as condições técnicas necessárias e adequadas para prescrever
com precisão o antibiótico mais adequado para determinado tipo de contaminação
por bactérias, o que acaba tornando os tratamentos ineficazes ou, na melhor das
hipóteses, com eficácia questionável.
Entre as possíveis explicações para esse problema pode
estar a ausência, nos locais de atendimento médico ou na região em que os
atendimentos são realizados, de laboratórios para identificar com precisão o
tipo de bactéria que se combate no paciente, em cada caso. Não é raro
aparecerem casos de pacientes “do interior” reclamando que tomaram “um monte”
de medicamentos, mas apresentam pouca ou nenhuma melhora, se sentindo obrigados
a procurar ajuda médica de outro especialista, na “cidade grande”, onde,
finalmente, encontraram condições mais adequadas de atendimento.
ANTIBIÓTICOS NO BRASIL
Para evitar o uso indiscriminado de antibióticos pela população brasileira e conter o avanço dos casos de contaminação por superbactérias começaram a valer novas regras, a partir de 2010, para a venda de antibióticos nas farmácias e drogarias em território nacional, a resolução RDC 44 da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Para evitar o uso indiscriminado de antibióticos pela população brasileira e conter o avanço dos casos de contaminação por superbactérias começaram a valer novas regras, a partir de 2010, para a venda de antibióticos nas farmácias e drogarias em território nacional, a resolução RDC 44 da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Os medicamentos só podem
ser vendidos com a apresentação de duas vias da receita médica, sendo que a 2°
via ficará com o estabelecimento comercial e a 1° via com o consumidor. A regra vale
atualmente para 93 tipos de substâncias antimicrobianas que compõem todos os
antibióticos registrados no Brasil. Estão de fora da lista os antibióticos
usados exclusivamente em hospitais.
ANTIBIÓTICOS EM PORTUGAL
Em Portugal, os antibióticos são classificados como medicamentos sujeitos a receita médica. O órgão regulador e fiscalizador é o instituto público Infarmed. A legislação portuguesa prevê penalidades semelhantes às leis brasileiras, entre outras definidas no Decreto-Lei nº 48.547 de 1968, que regulamenta o exercício da atividade farmacêutica.
A direção geral de saúde do Ministério da Saúde de
Portugal considera a resistência aos antibióticos uma das maiores ameaças
à saúde pública atuais. Portugal é um dos países da Europa Ocidental com
taxas elevadas de resistência aos antibióticos. O Programa Nacional de
Prevenção das Resistências aos Antimicrobianos, introduzido no âmbito do Plano
Nacional de Saúde 2004-2010 e concretizado em 2009 prevê diminuir até 2015, a
nível nacional, as resistências aos antimicrobianos, estimulando o uso
racional dos antibióticos e monitorando as resistências através da
implementação de um sistema informatizado de vigilância, entre outros.
HISTÓRIA DOS ANTIBIÓTICOS
O primeiro antibiótico artificial identificado pelo
homem foi a penicilina. O inglês Alexander Fleming, médico microbiologista do St. Mary's
Hospital, de Londres, já vinha há algum tempo pesquisando substâncias capazes
de matar ou impedir o crescimento de bactérias nas feridas infectadas, pesquisa
justificada pela experiência adquirida na Primeira Guerra Mundial, de 1914 até 1918,
na qual muitos combatentes morreram em consequência da infecção em ferimentos sem
tratamento adequado.
Em 1928 Fleming desenvolveu pesquisas sobre bactérias
do tipo estafilococos, quando descobriu a penicilina. A descoberta da
penicilina deu-se em condições muito peculiares, graças a uma sequência de
acontecimentos imprevistos e surpreendentes.
No mês de agosto de 1928 Fleming tirou férias e, por
esquecimento, deixou algumas placas com culturas de estafilococos sobre a mesa,
ao invés de guardá-las na geladeira ou inutilizá-las, como seria natural. Ao
retornar ao trabalho, em setembro do mesmo ano, observou que algumas das placas
estavam contaminadas com mofo, fato este relativamente frequente. Colocou-as
então em uma bandeja para limpeza e esterilização com lisol.
Neste exato
momento entrou no laboratório um colega de trabalho, Dr. Pryce, e lhe perguntou
como iam suas pesquisas. Fleming apanhou novamente as placas para explicar
alguns detalhes ao seu colega sobre as culturas de estafilococos que estava
realizando, quando notou que havia, em uma das placas, um halo transparente em
torno do mofo contaminante, o que parecia indicar que aquele fungo produzia uma
substância bactericida. O assunto foi discutido entre ambos e Fleming decidiu
fazer algumas culturas do fungo para estudo posterior.
O fungo foi identificado como pertencente ao gênero
Penicillium, de onde deriva o nome da penicilina. Fleming passou a empregá-lo
em seu laboratório para selecionar determinadas bactérias, eliminando das
culturas as espécies sensíveis à sua ação.
Foi o primeiro teste de reação penicilínica realizado
em laboratório. Por outro lado, a descoberta de Fleming não despertou
inicialmente maior interesse e não houve a preocupação em utilizá-la para fins
terapêuticos em casos de infecção humana até a eclosão da Segunda Guerra
Mundial, em 1939. Nesse ano e em decorrência do próprio conflito, a fim de
evitarem-se baixas desnecessárias, foram então ampliadas as pesquisas a
respeito da penicilina e seu uso humano.
Em 1940, Sir Howard Fleorey e Ernst Chain, da
Universidade de Oxford, retomaram as pesquisas de Fleming e conseguiram
produzir penicilina com fins terapêuticos em escala industrial, inaugurando uma
nova era para a medicina denominada a era dos antibióticos.
Alguns anos mais tarde, Ronald Hare, colega de trabalho
de Fleming, tentou, em vão, reproduzir em laboratório a penicilina em condições
semelhantes às que envolveram a descoberta de Fleming, para entender melhor como se deu a descoberta. Após um grande número de
experiências verificou-se que a descoberta da penicilina só tornou-se possível
graças a uma série inacreditável de coincidências, que foram:
- O cogumelo que contaminou a placa, como se demonstrou posteriormente, é um dos três melhores produtores de penicilina dentre todas as espécies do gênero Penicilium;
- O cogumelo contaminante teria vindo pela escada do andar inferior, onde se realizavam pesquisas sobre fungos;
- O crescimento do cogumelo e dos estratococos se fez rapidamente, condição para se evidenciar a lise bacteriana;
- No mês de agosto daquele ano, em pleno verão, uma inesperada onda de calor em Londres, que proporcionou a temperatura ideal ao crescimento lento da cultura;
- A providencial entrada do Dr. Pryce no Laboratório permitiu que Fleming reexaminasse as placas contaminadas e observasse o halo transparente em torno do fungo, antes de sua inutilização.
- Apesar de todas essas felizes coincidências, se Fleming não tivesse a mente preparada, refinada e avançada não teria valorizado ou mesmo notado o halo transparente em torno do fungo e descoberto a penicilina.
A CONTAMINAÇÃO
De modo geral, a contaminação por bactérias ocorre quando elas invadem, de alguma forma, o corpo do hospedeiro (vítima humana ou animal) e utilizam os nutrientes do seu corpo para se manter e se reproduzir, dobrando em quantidade a cada ciclo de reprodução, que pode durar algumas horas ou alguns minutos.
A reação do sistema imunológico do hospedeiro pode variar,
com os corpos mais jovens e sadios reagindo mais rápido e de forma contundente,
com mais eficácia, enquanto os corpos mais velhos e/ou enfraquecidos levam
algum tempo para “entender” o que está “acontecendo” e levam mais tempo reagir,
na maioria das vezes não reagindo com eficácia. Quando a quantidade de
bactérias no corpo do hospedeiro chega a um número muito alto, elas passam a
danificar seriamente o corpo.
Por outro lado, quando o sistema imunológico do hospedeiro é ativado,
os anticorpos travam, literalmente, uma batalha contra as bactérias, buscando
eliminar a infecção. Quanto mais sadio o hospedeiro, mais bem preparado ele
estará para enfrentar a presença de bactérias indesejáveis. Geralmente, os
antibióticos entram em ação no momento em que o sistema imunológico dá sinais
de que já está lutando contra a contaminação, dentre esses sinais estão as
inflamações, as dores, o pus, as tosses, a febre, a dificuldade de respirar, as
corizas e as diarreias, dentre outras.
A batalha contra a contaminação pode durar dias e sem
o auxílio dos antibióticos é provável que o corpo mais velho e mais fraco não
consiga vencer a doença. Quando isso acontece, as bactérias matam o hospedeiro.
Uma pessoa com um temperamento mais “sarcástico”, “observador” e “irônico”
diria que as bactérias são “estúpidas”, pois destroem sua única fonte de
nutrientes... Em última análise, não é muito diferente do que o próprio ser humano faz contra o planeta em que vive,
quando joga esgoto sem tratamento nos rios, quando desrespeita as nascentes de água, quando desmata as florestas de forma desenfreada, quando coloca fogo em reservas naturais
protegidas por lei, quando joga lixo nos bueiros, né?
TIPOS DE ANTIBIÓTICOS
Para facilitar o estudo sobre os antibióticos artificiais, por convenção eles foram divididos em dois tipos, dependendo de como eles desempenham seu papel no combate às contaminações:
ANTIBIÓTICOS BACTERICIDAS
.
Os antibióticos bactericidas são todos aqueles que
matam, literalmente, as bactérias. Eles conseguem fazer isso de diversas
formas, como, por exemplo, destruindo a parede celular das bactérias e
impedindo sua síntese, consequentemente matando-as. Outros inibem a produção de
ácido fólico e, por consequência, a bactéria morre.
ANTIBIÓTICOS BACTERIOSTÁTICOS
.
Os antibióticos bacteriostáticos são todos aqueles que
impedem as bactérias de se reproduzir. Como, de modo geral, as bactérias têm
vida muito curta, elas passam a morrer por envelhecimento. Esses antibióticos
impedem a síntese de proteínas das células, o que inviabiliza sua divisão ou
reprodução. Outras impem a duplicação do DNA da bactéria, o que faz com que
parem de se multiplicar.
RECOMENDAÇÃO
A palavra chave para alcançar um tratamento bem sucedido com o uso de antibióticos é precisão, o que significa que somente um médico tem condições de identificar a origem do problema de saúde do paciente e escolher a solução mais adequada para o seu caso.
Por isso é importante que a pessoa doente evite a automedicação. Por exemplo: Uma pessoa que toma, por conta própria, uma simples nimesulida para resolver seu problema de garganta infeccionada não estará atingindo a raiz do problema, que é a infecção por bactérias, pois a solução definitiva é o uso de um antibiótico específico para o seu caso.
A nimesulida é apenas um anti-inflamatório, ela só ataca um dos sintomas, que é a inflamação, ela não ataca a raiz do problema, que é a infecção. Somente um médico tem condições de escolher o antibiótico mais adequado nesse caso.
RECOMENDAÇÃO
A palavra chave para alcançar um tratamento bem sucedido com o uso de antibióticos é precisão, o que significa que somente um médico tem condições de identificar a origem do problema de saúde do paciente e escolher a solução mais adequada para o seu caso.
Por isso é importante que a pessoa doente evite a automedicação. Por exemplo: Uma pessoa que toma, por conta própria, uma simples nimesulida para resolver seu problema de garganta infeccionada não estará atingindo a raiz do problema, que é a infecção por bactérias, pois a solução definitiva é o uso de um antibiótico específico para o seu caso.
A nimesulida é apenas um anti-inflamatório, ela só ataca um dos sintomas, que é a inflamação, ela não ataca a raiz do problema, que é a infecção. Somente um médico tem condições de escolher o antibiótico mais adequado nesse caso.
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REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
- Site
Seleções: https://www.selecoes.com.br/saude/antibioticos-naturais-conheca-os-segredos-de-alguns/
- OMIC
– Observatório Microbiano: http://omic.centrosciencia.azores.gov.pt/noticia/bact%C3%A9rias-sobrevivem-at%C3%A9-48-horas
- Escola
Kids / UOL: https://escolakids.uol.com.br/ciencias/do-que-e-feito-o-iogurte.htm
- Nova Enciclopédia Ilustrada Folha – Larousse / Cambridge / Oxford / Webster
- Viva Bem / UOL: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/06/17/guardar-limao-aberto-mesmo-na-geladeira-e-perigoso.htm
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico
- Site Minuto Saudável: https://minutosaudavel.com.br/antibioticos/
- Site Greenme: https://www.greenme.com.br/viver/saude-e-bem-estar/36-10-alimentos-e-ervas-que-sao-verdadeiros-antibioticos-naturais/
- Site
do Dr Drauzio: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/tetano/
- Globo.com / G1: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/cientistas-descobrem-mutacao-que-torna-bacterias-imbativeis-por-antibioticos.html
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