FERTILIZANTE (AGRICULTURA E PECUÁRIA)

ADUBO
FERTILIZANTE
ESTRUME
ESTERCO
HÚMUS OU HUMO

INTRODUÇÃO
O fertilizante é qualquer tipo de substância química ou orgânica, natural ou artificial, aplicada aos solos para recompor ou melhorar a sua fertilidade ou quantidade de nutrientes necessária para a produção agrícola, para a produção pecuária ou para o cultivo de plantas ornamentais. Ele é uma substância química ou orgânica, natural ou artificial, adicionada à terra para melhorar o crescimento e a produtividade das plantações em geral, seja no contexto da agricultura, que é a produção de alimentos vegetais, da pecuária, que é a produção de alimentos de origem animal, principalmente a carne e o leite, ou apenas para plantações ornamentais, como jardins residenciais, por exemplo.

As palavras fertilizante e adubo são sinônimos, ou seja, tem o mesmo significado, mas aqui no Brasil é mais comum o uso da palavra fertilizante para se referir a adubos químicos, enquanto os restos orgânicos de vegetais, folhas, por exemplo, e os restos ou dejetos orgânicos de animais, estercos, por exemplo, são tratados como adubos orgânicos ou, simplesmente, adubos. Para evitar confusões, é recomendável usar, sempre que possível, a expressão fertilizante para se referir aos nutrientes químicos aplicados ao solo para melhorar sua fertilidade ou capacidade produtiva.

De modo geral, aqui no Brasil é mais comum o uso do termo fertilizante para designar ou indicar substância química e artificial, produzida em escala industrial, portanto sintética, usada na recomposição, fertilização ou adubação de solos com fertilidade esgotada, portanto com baixa capacidade agrícola ou pecuária, mas a rigor a palavra fertilizante pode ser usada também para designar ou indicar substâncias de origem orgânica e natural com a mesma finalidade, inclusive os estercos e estrumes.

É possível no Brasil o uso do termo adubo para se referir aos fertilizantes químicos sintéticos, como, por exemplo, ureia de pasto, NPK e gesso agrícola, e é comum o uso do termo adubação para se referir à atividade de fertilização do solo por meio da aplicação de fertilizantes químicos e/ou sintéticos em geral.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
De modo geral, o fertilizante é uma substância química ou orgânica usada para a fertilização de solos para produção agrícola, para produção pecuária ou para cultivo de plantas ornamentais. No entanto é mais frequente o uso da palavra fertilizante para se referir ao produto químico fertilizante fabricado em larga escala por agroindústrias, comercializado diretamente por elas e comercializado por estabelecimentos comerciais voltados para a atividade agrícola e pecuária, como, por exemplo, o gesso agrícola, o NPK e a ureia de pasto.

As palavras estrume e esterco também são sinônimos, essas palavras são adequadas para definir a mistura de restos de vegetais, folhas e palha, por exemplo, com dejetos ou excrementos de animais, principalmente galinhas e frangos, gado de leite e de corte, ovinos e caprinos, incluindo ovelhas e carneiros, para adubação de terras agricultáveis em geral e jardins. O estrume e o esterco são qualquer substância orgânica usada para fertilização de solos em geral, inclusive o solo de hortas e a terra usada em vasos para plantas ornamentais.

De modo geral, em um contexto bem amplo de biologia, a palavra nutriente é usada para definir os elementos básicos ou matérias-primas fornecidos pela natureza, por meio dos alimentos, dos fertilizantes e dos adubos para formação das estruturas corporais de seres vivos em geral, incluindo humanos, animais e vegetais, dependendo de cada caso, é claro. Do ponto de vista biológico, o nutriente é qualquer elemento ou composto químico necessário para a geração, para o crescimento e para a sobrevivência de organismos vivos, incluindo humanos, animais e vegetais.

Já do ponto de vista da botânica e da ecologia, neste contexto, os nutrientes básicos para a sobrevivência de plantas e de seres vivos autotróficos (vegetais, de modo geral) são o oxigênio, o dióxido de carbono, a água e os sais minerais. As plantas e os constituintes do fitoplâncton, por exemplo, formam assim a base da cadeia alimentar, uma vez que servem de alimento aos animais herbívoros, que, por sua vez, servem de alimento aos animais carnívoros e humanos.

Os sais minerais são substâncias inorgânicas essenciais para a geração, para o crescimento e para a sobrevivência de animais e humanos. Entre os exemplos de elementos que formam os sais minerais estão o fósforo e o potássio. Considerando as necessidades nutricionais dos vegetais em geral, entre os elementos essenciais para o seu crescimento e sobrevivência estão o fósforo, o potássio e o nitrogênio. O nitrogênio, por exemplo, é um elemento não metálico, cujo símbolo na tabela periódica é N, de número atômico 7, de massa atômica 14,008. Ele pode ser encontrado na ureia de pasto, por exemplo, que é considerada um fertilizante sintético, na sua forma granulada, e pode ser jogada manualmente no solo ou pulverizada por meio de implementos agrícolas, a semeadora-adubadora, por exemplo, diretamente no solo, inclusive sobre o solo que já tem plantas em crescimento.

O húmus ou humo é uma substância predominantemente orgânica que se forma sobre o solo quando este recebe uma quantidade razoável de restos de plantas e animais que, naturalmente, entram em decomposição. O esterco ou estrume espalhado sobre o solo, por exemplo, geralmente dá origem ao húmus. Nesse caso, os microorganismos, fungos e bactérias, por exemplo, que decompõem quimicamente os restos de vegetais e animais precisam de pelo menos 30 dias para tornar o esterco ou estrume adequado para a produção agrícola ou pecuária. Assim, a aparência do húmus é de uma terra escura, em tom castanho, com textura meio esponjosa ou suave.

NECESSIDADES NUTRICIONAIS

O nutriente é toda substância química, orgânica ou inorgânica, essencial para a nutrição, ou seja, para manter a vida no planeta em que vivemos, tanto a vida vegetal quanto a vida animal e a humana. Tanto os organismos autotróficos (plantas) como os heterotróficos (humanos e animais) necessitam dessas substâncias para sobreviver no ambiente em que vivem. Esses elementos básicos chamados de nutrientes são reciclados ininterruptamente na natureza, desde que, é claro, o equilíbrio ambiental ou equilíbrio ecológico não seja quebrado.

Todos os seres vivos, incluindo humanos, animais e vegetais, possuem necessidades nutricionais específicas para a sua geração, para o seu crescimento e para a sua sobrevivência. Os vegetais em geral são organismos vivos que empregam alguns mecanismos de sobrevivência diferentes dos mecanismos humanos e animais, eles são autotróficos, ou seja, eles usam a luz solar como fonte de energia para a realização da fotossíntese, que, por sua vez, é a forma autônoma e natural de produção de carboidratos, a partir da combinação dos elementos naturais água e dióxido de carbono. Além disso, os vegetais que se desenvolvem sobre solos absorvem água e outros nutrientes por meio de suas raízes, dentre eles o fósforo, o potássio e o nitrogênio.

No entanto, com o passar do tempo, e com as exigências de produtividade da agricultura e da pecuária modernas, o solo acaba tendo sua capacidade produtiva esgotada, causada pelo seu uso intensivo pelo ser humano. Assim é óbvio que há necessidade de repor no solo os nutrientes que foram retirados dele por meio do cultivo de vegetais que serviram de alimento para humanos, como, por exemplo, a soja e o milho, e de vegetais que serviram de alimento para os animais, como as vacas de leite e o gado de corte.

De modo geral, os vegetais ou plantas necessitam de diversos elementos químicos:

MACRONUTRIENTES:

Os macronutrientes são necessários em grandes quantidades, dentre eles o carbono, o nitrogênio, o hidrogênio, o oxigênio, o fósforo, o enxofre, o cálcio, o magnésio e o potássio. Embora seja mais conhecido entre agricultores e pecuaristas como um corretivo de solo, o gesso agrícola, por exemplo, também tem a função nobre de fertilizar o solo com cálcio e enxofre. Já a ureia de pasto, na sua forma granulada, pode ser usada periodicamente como uma fonte de nitrogênio. Mas além desses dois produtos sintéticos é possível também fazer o uso do NPK, que é um fertilizante industrializado rico em nitrogênio, fósforo e potássio.

MICRONUTRIENTES:

É importante não confundir os macronutrientes com os micronutrientes, pois o excesso de micronutrientes no solo pode prejudicar o vegetal ou planta em vez de aumentar a produtividade, causando-lhe intoxicação. Por esse e por outros motivos, é sempre aconselhável que o agricultor e o pecuarista busquem o auxílio de um engenheiro agrônomo, um técnico agrícola ou um zootecnista antes e durante a fase de preparo do solo para o plantio. Usando uma linguagem mais simples, apenas o “olhômetro” do dono da fazenda ou do sítio não resolve, é necessário reconhecer suas limitações e buscar ajuda de um profissional de confiança. Vergonha é não fazer a coisa certa...

Os micronutrientes necessários para as plantas são o boro, o cobalto, o cobre, o ferro, o manganês, o molibdênio e o zinco.

A ADUBAÇÃO DO SOLO

Uma das fases mais importantes da atividade rural agrícola e pecuária é o cultivo do solo, inclusive o preparo do solo para a plantação, com a análise laboratorial prévia por meio de amostragem para verificação da acidez do solo, que não deve ser alta, com a aplicação de calcário para correção, se necessária, para a verificação da presença de alumínio no solo, que também não deve ser alta, com a aplicação de gesso agrícola para correção, se necessária, e para verificação da concentração de nutrientes no solo, que deve ser adequada para o crescimento e produção agrícola ou pecuária, o que se consegue com a aplicação de fertilizantes ou adubos. Sem esse procedimento inicial de verificação das condições do solo a produção rural ficará comprometida... Em casos extremos seria dinheiro desperdiçado... Além disso, o uso inadequado de fertilizantes, principalmente os fertilizantes químicos industrializados, pode causar poluição de solos e de rios...

Alguns desses elementos estão fartamente disponíveis no meio ambiente do nosso planeta e são diretamente assimiláveis pelas plantas, como carbono, hidrogênio e oxigênio. Outros, como o nitrogênio, por exemplo, apesar de fartamente disponível na atmosfera, não são diretamente absorvíveis pelas plantas ou o processo de absorção é muito lento face à demanda produtiva. Os elementos necessários, que são normalmente adicionados pelos agricultores e pecuarista às suas terras para suprir essas deficiências e aumentar a produtividade, são chamados comumente de fertilizantes ou adubos.

CLASSIFICAÇÃO DOS FERTILIZANTES

FERTILIZANTES MINERAIS
Os fertilizantes químicos são obtidos a partir da extração em minas e obtidos a partir do processamento de combustíveis, principalmente o gás natural. Os fertilizantes minerais ou adubos minerais são extraídos de minas e transformados em indústrias químicas. Eles são diretamente assimilados pelas plantas ou sofrem apenas pequenas transformações no solo para serem absorvidos. Podem conter apenas um elemento ou mais de um. Os principais elementos fertilizantes químicos são o nitrogênio, o fósforo e o potássio. Eles são encontrados, por exemplo, no fertilizante industrializado NPK. Existem também os micronutrientes como bórax e sulfato de zinco, dentre outros que podem ser agregados nos fertilizantes.

FERTILIZANTES ORGÂNICOS
Os fertilizantes orgânicos ou adubos orgânicos são resíduos animais ou vegetais, sendo de ação mais lenta que os fertilizantes minerais ou industrializados, visto que necessitam transformações maiores, como a decomposição, para serem desmontados em compostos inorgânicos antes de serem absorvidos pelos vegetais. Eles promovem o desenvolvimento da flora microbiana e por consequência melhoram as condições físicas do solo. Assim, a presença de matéria orgânica complementa a atuação dos adubos químicos.

O esterco de curral é um dos exemplos de adubo orgânico. Trata-se dos dejetos de animais de criação da agropecuária, geralmente bovinos, caprinos e ovinos. Para melhor aproveitamento dos fertilizantes contidos nesse adubo, faz-se necessário que o adubo seja curtido, geralmente por 30 dias sob condições especiais, incluindo a secagem ao ar livre. O nitrogênio (N) não ultrapassa 1% da composição do esterco, exceto no esterco de galinha, em que pode atingir 1,5% a 2%.

Esse tipo de adubo pode ser encontrado in natura, ou seja, livremente na natureza, em grandes, médias ou pequenas quantidades, dependendo de cada caso, e, acredite, pode até ser comprado em estabelecimentos comerciais, geralmente embalado, ensacado e/ou lacrado e, é claro, desodorizado, neste caso para uso em jardins.

O chamado adubo verde é composto por plantas leguminosas de enraizamento mais profundo. Num solo sem fertilidade pelo uso excessivo e muito afetado pela erosão ele pode ser uma boa alternativa ou complemento para trazer de volta a fertilidade do solo. Neste caso, as sementes dessas leguminosas são inoculadas com bactérias fixadoras de nitrogênio. Alguns desses cultivos praticados são feijão de porco, estilosantes, feijão guandu, mucuna, feijão baiano e soja.

LISTA DE FERTILIZANTES
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ADUBOS POTÁSSICOS
  • Silvina – Uma forma cristalina do sal gema, que é processado para formar 63% de peróxido de potássio;
  • Carnalita - Serve para a formação de 63% de peróxido de potássio;
  • Cloreto de potássio – Com 58% de K2O;
  • Sulfato de potássio – Com 48% de K2O;
  • Sulfato de potássio e magnésio – Com 18% de K2O e 4,5% de Mg;
  • Nitrato de potássio – Com 44% de K2O e 13% de N;

ADUBOS NITROGENADOS
  • Salitre do Chile – O seu principal composto é o nitrato de potássio;
  • Salitre potássico – Os seus principais compostos são o nitrato de sódio e o nitrato de potássio;
  • Sulfato de amônio – Com 20% de nitrogênio na forma amoniacal, porém tende a alcalinizar o solo;
  • Nitrato de amônio – Com 35% de nitrogênio, sendo metade na forma amoniacal e metade em forma nítrica. Tem apenas metade da acidez do sulfato de amônia, porém é ácido;
  • Nitrato de cálcio – Os seus principais elementos são o nitrogênio e o cálcio. O nitrogênio encontra-se na forma nítrica. É um adubo neutro;
  • Nitrato de sódio sintético – Reproduzido artificialmente, tem características semelhante ao salitre do Chile, contudo sem os micronutrientes;
  • Ureia – Com 45% de nitrogênio. Como sofre transformações antes de chegar ao estado nítrico, tem ação lenta, contudo é resistente a lixiviação, e é usado preferencialmente no plantio. Como tem efeito acidificante, é necessário também o carbonato.

ADUBOS FOSFATADOS
  • Fosfatados minerais - Encontrados em jazidas, são conhecidos por apatitas, fosforitas, cuprolita, dependendo da natureza;
  • Fosforita de Olinda - Fosfato natural de origem orgânica;
  • Guanos;
  • Superfosfato simples - São fosfatados monocálcicos;
  • Superfosfato duplo ou triplo;
  • Fosfatos precipitados - São fosfatados bicálcico, produzidos a partir de fosfatados tricálcico pelo tratamento com ácido clorídrico e adicionando leite de cal;
  • Escória de Thomas - Subproduto da indústria de ferro;
  • Serranofosfato.

ACIDEZ E ALCALINIDADE

A maioria dos fertilizantes químicos e industrializados pode provocar acidez ou alcalinidade no solo, se usados em excesso. Esse é mais um motivo para o agricultor e o pecuarista solicitar o acompanhamento de um profissional da área antes e durante a fase de preparo do solo para a plantação. A mistura de alguns fertilizantes é conveniente, dependendo do tipo de solo, do seu pH e da cultivar.
  • Ácidos - Nitrato de amônia, ureia, sulfato de amônia, fosfato de amônia e amônia anidra;
  • Alcalinos – Nitrato de sódio do Chile, calcário dolomítico, nitrato de cal, cianamida, nitrato chileno potássico;
  • Neutros – nitrocal, superfosfato, cloreto de potássio.

MERCADO

Atualmente, o Brasil é um grande importador de fertilizantes químicos, cerca de 85% do total de fertilizantes usados anualmente pela agricultura e pecuária brasileiras é importado. A grande maioria dos economistas brasileiros concorda que o Brasil é excessivamente dependente da importação de fertilizantes químicos, mesmo tendo condições de produzir / extrair localmente, de jazidas nacionais, mais da metade do total de fertilizantes que consome, mesmo considerando apenas o potencial de jazidas localizadas fora de áreas indígenas.


Em 2021, por exemplo, o país consumiu mais de 41.000.000 de toneladas de fertilizantes químicos, sendo 85% do total importado de países grandes produtores de fertilizantes, principalmente Rússia, China, Marrocos, Canadá e Estados Unidos. Atualmente, o Governo Brasileiro, por meio da ministra da agricultura e pecuária Tereza Cristina, está buscando opções internacionais para substituição de fertilizantes de origem russa, por razões óbvias... Entre as opções estão o Canadá, Israel, o Chile, a Jordânia e a Alemanha, embora de todos esses citados somente o Canadá tenha condições de aumentar a produção no curto prazo para atender pedidos brasileiros.


O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes químicos do mundo, atrás apenas da China, da Índia e dos Estados Unidos. Isso acontece por três motivos principais, o Brasil tem uma grande população consumidora interna, de mais de 210.000.000 de habitantes; ele também atua internacionalmente como um grande exportador de commodities agrícolas; e mais da metade da sua área agricultável é formada por solos arenosos, o Cerrado, por exemplo, portanto pobres em nutrientes, que, geralmente, demandam mais o uso de fertilizantes.


Por exemplo, cerca de 95% do total de potássio usado na agricultura e na pecuária brasileiras é importado, uma porcentagem muito alta, alta demais, segundo economistas brasileiros, uma porcentagem que coloca o país em uma condição de vulnerabilidade, excessivamente dependente da “boa vontade” de outros países produtores de fertilizantes e excessivamente sujeito às oscilações cambiais de moedas fortes, como dólar e euro, por exemplo.


Mais de 90% do total de fertilizantes químicos consumidos no Brasil são aplicados na agricultura de larga escala, principalmente a soja, o milho, o algodão e a cana-de-açúcar, principalmente o NPK, um fertilizante que combina nitrogênio, fósforo e potássio. O nitrogênio químico e sintético, utilizado na produção de ureia, é obtido a partir do gás natural, por meio de tecnologias industriais, enquanto o fósforo e o potássio são obtidos a partir de jazidas encontradas na natureza, mas extraídas por meio de tecnologias semelhantes às tecnologias de mineração.


Os países do Oriente Médio, incluindo Arábia Saudita e Catar, e parte da África, incluindo Nigéria, podem ser considerados opções internacionais válidas de curto e médio prazos para a importação de nitrogênio ou ureia. O Irã seria uma opção interessante, caso não tivesse “pendências geopolíticas e humanitárias com a comunidade internacional, algo difícil de resolver... Já os maiores produtores e exportadores mundiais de fósforo são a China e o Marrocos, sendo que a Rússia também está, na prática, impedida de exportar... A Venezuela, ao que parece, está voltando ao mercado internacional de exportação de petróleo e derivados, o que pode aliviar a pressão internacional sobre os preços de gasolina, diesel, querosene, gás natural e fertilizantes nitrogenados.


O Brasil tem capacidade de produzir, internamente, no curto prazo, cerca de 8.000.000 de toneladas de fertilizantes químicos por ano, ou seja, menos de 20% das suas necessidades anuais. O país “dormiu no ponto”, deixou de investir em refinarias de petróleo e produtoras de fertilizantes por mais de 8 anos, reduzindo gradativamente sua produção anual e preferindo importar quantidades imensas de fertilizantes e derivados de petróleo, pressionando ainda mais a cotação do dólar em relação ao real.


Segundo economistas do setor de petróleo, gás e fertilizantes, o Brasil não conseguiu, nos últimos 20 anos, concluir novas plantas e reformar e ampliar suas plantas já existentes de refinamento de petróleo e produção / extração de fertilizantes, numa série sucessiva de erros, equívocos, desinteresse e atrasos governamentais e empresariais, além de questões jurídicas pendentes, ainda não resolvidas, o que resultou numa desindustrialização gradativa do setor, ano após ano, deixando o país à mercê dos “caprichos” do mercado internacional de petróleo, gás natural e fertilizantes e à mercê do câmbio.


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