FERTILIZANTE (AGRICULTURA E PECUÁRIA)
É possível no Brasil o uso do termo adubo para se referir aos fertilizantes químicos sintéticos, como, por exemplo, ureia de pasto, NPK e gesso agrícola, e é comum o uso do termo adubação para se referir à atividade de fertilização do solo por meio da aplicação de fertilizantes químicos e/ou sintéticos em geral.
O nutriente é toda substância química, orgânica ou inorgânica, essencial para a nutrição, ou seja, para manter a vida no planeta em que vivemos, tanto a vida vegetal quanto a vida animal e a humana. Tanto os organismos autotróficos (plantas) como os heterotróficos (humanos e animais) necessitam dessas substâncias para sobreviver no ambiente em que vivem. Esses elementos básicos chamados de nutrientes são reciclados ininterruptamente na natureza, desde que, é claro, o equilíbrio ambiental ou equilíbrio ecológico não seja quebrado.
Os macronutrientes são necessários em grandes quantidades, dentre eles o carbono, o nitrogênio, o hidrogênio, o oxigênio, o fósforo, o enxofre, o cálcio, o magnésio e o potássio. Embora seja mais conhecido entre agricultores e pecuaristas como um corretivo de solo, o gesso agrícola, por exemplo, também tem a função nobre de fertilizar o solo com cálcio e enxofre. Já a ureia de pasto, na sua forma granulada, pode ser usada periodicamente como uma fonte de nitrogênio. Mas além desses dois produtos sintéticos é possível também fazer o uso do NPK, que é um fertilizante industrializado rico em nitrogênio, fósforo e potássio.
É importante não confundir os macronutrientes com os micronutrientes, pois o excesso de micronutrientes no solo pode prejudicar o vegetal ou planta em vez de aumentar a produtividade, causando-lhe intoxicação. Por esse e por outros motivos, é sempre aconselhável que o agricultor e o pecuarista busquem o auxílio de um engenheiro agrônomo, um técnico agrícola ou um zootecnista antes e durante a fase de preparo do solo para o plantio. Usando uma linguagem mais simples, apenas o “olhômetro” do dono da fazenda ou do sítio não resolve, é necessário reconhecer suas limitações e buscar ajuda de um profissional de confiança. Vergonha é não fazer a coisa certa...
Uma das fases mais importantes da atividade rural agrícola e pecuária é o cultivo do solo, inclusive o preparo do solo para a plantação, com a análise laboratorial prévia por meio de amostragem para verificação da acidez do solo, que não deve ser alta, com a aplicação de calcário para correção, se necessária, para a verificação da presença de alumínio no solo, que também não deve ser alta, com a aplicação de gesso agrícola para correção, se necessária, e para verificação da concentração de nutrientes no solo, que deve ser adequada para o crescimento e produção agrícola ou pecuária, o que se consegue com a aplicação de fertilizantes ou adubos. Sem esse procedimento inicial de verificação das condições do solo a produção rural ficará comprometida... Em casos extremos seria dinheiro desperdiçado... Além disso, o uso inadequado de fertilizantes, principalmente os fertilizantes químicos industrializados, pode causar poluição de solos e de rios...
- Silvina – Uma forma cristalina do sal gema, que é processado para formar 63% de peróxido de potássio;
- Carnalita - Serve para a formação de 63% de peróxido de potássio;
- Cloreto de potássio – Com 58% de K2O;
- Sulfato de potássio – Com 48% de K2O;
- Sulfato de potássio e magnésio – Com 18% de K2O e 4,5% de Mg;
- Nitrato de potássio – Com 44% de K2O e 13% de N;
- Salitre do Chile – O seu principal composto é o nitrato de potássio;
- Salitre potássico – Os seus principais compostos são o nitrato de sódio e o nitrato de potássio;
- Sulfato de amônio – Com 20% de nitrogênio na forma amoniacal, porém tende a alcalinizar o solo;
- Nitrato de amônio – Com 35% de nitrogênio, sendo metade na forma amoniacal e metade em forma nítrica. Tem apenas metade da acidez do sulfato de amônia, porém é ácido;
- Nitrato de cálcio – Os seus principais elementos são o nitrogênio e o cálcio. O nitrogênio encontra-se na forma nítrica. É um adubo neutro;
- Nitrato de sódio sintético – Reproduzido artificialmente, tem características semelhante ao salitre do Chile, contudo sem os micronutrientes;
- Ureia – Com 45% de nitrogênio. Como sofre transformações antes de chegar ao estado nítrico, tem ação lenta, contudo é resistente a lixiviação, e é usado preferencialmente no plantio. Como tem efeito acidificante, é necessário também o carbonato.
- Fosfatados minerais - Encontrados em jazidas, são conhecidos por apatitas, fosforitas, cuprolita, dependendo da natureza;
- Fosforita de Olinda - Fosfato natural de origem orgânica;
- Guanos;
- Superfosfato simples - São fosfatados monocálcicos;
- Superfosfato duplo ou triplo;
- Fosfatos precipitados - São fosfatados bicálcico, produzidos a partir de fosfatados tricálcico pelo tratamento com ácido clorídrico e adicionando leite de cal;
- Escória de Thomas - Subproduto da indústria de ferro;
- Serranofosfato.
A maioria dos fertilizantes químicos e industrializados pode provocar acidez ou alcalinidade no solo, se usados em excesso. Esse é mais um motivo para o agricultor e o pecuarista solicitar o acompanhamento de um profissional da área antes e durante a fase de preparo do solo para a plantação. A mistura de alguns fertilizantes é conveniente, dependendo do tipo de solo, do seu pH e da cultivar.
- Ácidos - Nitrato de amônia, ureia, sulfato de amônia, fosfato de amônia e amônia anidra;
- Alcalinos – Nitrato de sódio do Chile, calcário dolomítico, nitrato de cal, cianamida, nitrato chileno potássico;
- Neutros – nitrocal, superfosfato, cloreto de potássio.
MERCADO
Atualmente, o Brasil é um grande importador de fertilizantes químicos, cerca de 85% do total de fertilizantes usados anualmente pela agricultura e pecuária brasileiras é importado. A grande maioria dos economistas brasileiros concorda que o Brasil é excessivamente dependente da importação de fertilizantes químicos, mesmo tendo condições de produzir / extrair localmente, de jazidas nacionais, mais da metade do total de fertilizantes que consome, mesmo considerando apenas o potencial de jazidas localizadas fora de áreas indígenas.
Em
2021, por exemplo, o país consumiu mais de 41.000.000 de toneladas de
fertilizantes químicos, sendo 85% do total importado de países grandes
produtores de fertilizantes, principalmente Rússia, China, Marrocos, Canadá e Estados Unidos. Atualmente, o Governo
Brasileiro, por meio da ministra da agricultura e pecuária Tereza Cristina,
está buscando opções internacionais para substituição de fertilizantes de
origem russa, por razões óbvias... Entre as opções estão o Canadá, Israel, o Chile,
a Jordânia e a Alemanha, embora de todos esses citados somente o Canadá tenha condições de aumentar a produção no curto prazo para atender pedidos
brasileiros.
O
Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes químicos do mundo, atrás
apenas da China, da Índia e dos Estados Unidos. Isso acontece por três motivos
principais, o Brasil tem uma grande população consumidora interna, de mais de
210.000.000 de habitantes; ele também atua internacionalmente como um grande
exportador de commodities agrícolas; e mais da metade da sua área agricultável
é formada por solos arenosos, o Cerrado, por exemplo, portanto pobres em
nutrientes, que, geralmente, demandam mais o uso de fertilizantes.
Por
exemplo, cerca de 95% do total de potássio usado na agricultura e na pecuária
brasileiras é importado, uma porcentagem muito alta, alta demais, segundo
economistas brasileiros, uma porcentagem que coloca o país em uma condição de
vulnerabilidade, excessivamente dependente da “boa vontade” de outros países
produtores de fertilizantes e excessivamente sujeito às oscilações cambiais de moedas
fortes, como dólar e euro, por exemplo.
Mais
de 90% do total de fertilizantes químicos consumidos no Brasil são aplicados na
agricultura de larga escala, principalmente a soja, o milho, o algodão e a
cana-de-açúcar, principalmente o NPK, um fertilizante que combina nitrogênio,
fósforo e potássio. O nitrogênio químico e sintético, utilizado na produção de ureia,
é obtido a partir do gás natural, por meio de tecnologias industriais, enquanto
o fósforo e o potássio são obtidos a partir de jazidas encontradas na natureza,
mas extraídas por meio de tecnologias semelhantes às tecnologias de mineração.
Os países do Oriente Médio, incluindo Arábia Saudita e Catar, e parte da África, incluindo Nigéria, podem ser considerados opções internacionais válidas de curto e médio prazos para a importação de nitrogênio ou ureia. O Irã seria uma opção interessante, caso não tivesse “pendências” geopolíticas e humanitárias com a comunidade internacional, algo difícil de resolver... Já os maiores produtores e exportadores mundiais de fósforo são a China e o Marrocos, sendo que a Rússia também está, na prática, impedida de exportar... A Venezuela, ao que parece, está voltando ao mercado internacional de exportação de petróleo e derivados, o que pode aliviar a pressão internacional sobre os preços de gasolina, diesel, querosene, gás natural e fertilizantes nitrogenados.
O
Brasil tem capacidade de produzir, internamente, no curto prazo, cerca de
8.000.000 de toneladas de fertilizantes químicos por ano, ou seja, menos de 20%
das suas necessidades anuais. O país “dormiu no ponto”, deixou de investir em
refinarias de petróleo e produtoras de fertilizantes por mais de 8 anos,
reduzindo gradativamente sua produção anual e preferindo importar quantidades imensas
de fertilizantes e derivados de petróleo, pressionando ainda mais a cotação do
dólar em relação ao real.
Segundo
economistas do setor de petróleo, gás e fertilizantes, o Brasil não conseguiu,
nos últimos 20 anos, concluir novas plantas e reformar e ampliar suas plantas já existentes de refinamento de petróleo e produção / extração de fertilizantes, numa série
sucessiva de erros, equívocos, desinteresse e atrasos governamentais e empresariais, além de questões
jurídicas pendentes, ainda não resolvidas, o que resultou numa desindustrialização
gradativa do setor, ano após ano, deixando o país à mercê dos “caprichos” do mercado
internacional de petróleo, gás natural e fertilizantes e à mercê do câmbio.
- Amazônia
- ATR-42
- ATR-72
- Abdução (Ufologia)
- Saab JAS 39 Gripen NG
- Extraterrestre (Ufologia)
- Beechcraft Corporation
- Programa FX2 (Força Aérea Brasileira)
- Controle de Qualidade
- Agricultura e Pecuária
- Pesos e Medidas
- Ônibus Espacial
- UFO/ OVNI (Ufologia)
- Galvanização (Química)
- Cessna 208B Grand Caravan
- Cessna Citation
- Intelbras (Telecomunicações)
- HDL (Segurança Eletrônica)
- Leucotron (Telecomunicações)
- Bombardier Learjet
- Apicultura (Mel e Própolis)
- Neiva (Indústria Aeronáutica)
- Caso ET de Varginha
- Cirrus Aircraft
- Satélites (Telecomunicações)
- Indústria Automobilística
- Disco Voador (Ufologia)
- Agronegócios / Agribusiness (Economia)
- Granito e Mármore (Construção Civil)
- Rumo ALL (Companhia Ferroviária)
- Aquecimento Global
- Embraer KC-390
- Saneamento Básico
- Bombardier (Indústrias de Veículos)
- Embraer
- Transportes no Brasil (Logística)
- Energia Solar Fotovoltaica
- Operação Prato (Ufologia)
- Energia Elétrica
- Boeing 737
- Paul Mauriat (Música)
- Área 51 (Ufologia)
- Conexão ADSL (Telecomunicações)
- Aeroporto Campo de Marte
- Material Composto
- Segurança Privada
- Novatel Teleinformática
- Echostar Corporation
- Drones
- Nobreak (Informática)
- Piper Aircraft
- James Bond (Cinema)
- Embarcações (Indústria Naval)
- Roteadores (Telecomunicações)
- Aeroporto de Congonhas
- Aeroporto Santos Dumont
- Cal (Construção Civil)
- Embraer EMB-314 Super Tucano
- Embraer AMX (Força Aérea Brasileira)
- Pastagem ou Pasto (Agropecuária)
- Maconha (Segurança Pública)
- Ford do Brasil
- Airbus A320
- General Motors do Brasil
- FAB - Força Aérea Brasileira
- Embraer E-190
- Franquia de Internet (Telecomunicações)
- Crase (Gramática)
- Embraer E-195
- Airbus A321
- Casa C-295 (Força Aérea Brasileira)
- Airbus A319
- Computador (Informática)
- Volkswagen Delivery
- Música Eletrônica (Indústria Fonográfica)
- Unidade Embraer Botucatu
- Bateria (Química e Física)
- Ford Ranger
- Aeronaves (Indústria Aeronáutica)
- Chevrolet S10
- Água (Biologia e Química)
- Ford F-250
- Kia Bongo
- Circuito Eletrônico (Eletrônica)
- Conservação de Alimentos (Culinária)
- Aviação Agrícola (Agricultura)
- Álcool (Agroindústria)
- Abrasivos (Indústria)
- Lockheed Hercules (Força Aérea Brasileira)
- Alumínio (Metalúrgica)
- Antibióticos (Medicina e Veterinária)
- Hyundai HD 80
- Hyundai HD 78
- Aquecedor Solar de Água
- Fibrocimento NT (Construção Civil)
- Caminhões Mercedes-Benz Atego
- Honda HA-420 HondaJet
- Água Oxigenada (Química)
- Atmosfera (Química e Física)
- IRPF - Imposto de Renda de Pessoa Física
- Navios (Engenharia Naval)
- Barcos (Engenharia Naval)
- Bicicleta (Ciclismo)
- Mata Bicheiras (Agropecuária)
- Hughes Network Systems
- Contêineres (Transporte de Cargas)
- Modem (Telecomunicações)
- Embraer EMB-203 Ipanema
- Tijolo (Construção Civil)
- Aquífero Guarani (Geografia)
REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
- Globo Rural / Globoplay: https://globoplay.globo.com/v/7679242/
- Unesp - Universidade: https://www.fcav.unesp.br/Home/departamentos/engenhariarural/CARLOSEDUARDOANGELIFURLANI/aula_semeadora_4.pdf
- G1 / Globo.com: https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2022/03/03/guerra-na-ucrania-por-que-o-brasil-depende-tanto-dos-fertilizantes-da-russia.ghtml
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fertilizante
- Nova Enciclopédia Ilustrada Folha - Larousse / Oxford / Webster / Cambridge
- Globo Rural / Globo Play: https://globoplay.globo.com/v/10407007/?s=0s
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Refinaria_Abreu_e_Lima
- Dicionário Michaelis
- Site da Yara Brasil: https://www.yarabrasil.com.br/nutricao-de-plantas/produtos/yaravita/
- Dicionário Larousse
- Agência Brasil / EBC: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2016-10/venezuela-que-ser-o-maior-exportador-de-gas-da-america-latina
- New Holland (divulgação): Imagem
- Wikimedia: Imagens
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