EMBRAER PHENOM 300

EMBRAER PHENOM 300

EMBRAER EMB-505 PHENOM 300

EMBRAER PHENOM 300E

INTRODUÇÃO

Logo acima, o confortável Embraer Phenom 300, o segundo modelo da moderna família de jatos executivos Embraer Phenom, fabricado pela Embraer a partir da década de 2000. Logo abaixo, o Embraer Phenom 300E, uma sub-versão melhorada do Embraer Phenom 300, lançada recentemente, com algumas melhorias de sistemas, incluindo aviônicos melhorados.

O Embraer Phenom 300 é uma confortável aeronave bimotor executiva de porte médio e alta performance, com capacidade para transportar confortavelmente sete, oito ou nove passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada, com motorização turbofan da marca americana Pratt & Whitney, projetada para viagens interestaduais e internacionais, criada, desenvolvida e fabricada em série e em larga escala no Brasil, a partir da década de 2000, pela Embraer S.A., que utilizou como base para sua criação o projeto de jato executivo de pequeno porte Embraer Phenom 100, de menor capacidade.

Atualmente, a aeronave é fabricada em Melbourne, no estado norte-americano da Flórida, nos Estados Unidos, para onde também foi transferida a fabricação dos jatos executivos Embraer Legacy 500 e Embraer Phenom 100, aquele intercontinental de médio porte e este o modelo de entrada da linha de produtos executivos da Embraer S.A.

Os principais concorrentes do Embraer Phenom 300 são os modelos de jatos executivos de porte médio Cessna Citation XLS, Bombardier Learjet 45 e Bombardier Learjet 40, Cessna Citation Excel, Israel Astra SPX / Gulfstream G100, Raytheon Hawker 400XP, Bombardier Learjet 75 e Bombardier Learjet 70, Cessna Citation CJ4 e Pilatus PC24, a maioria desses modelos da chamada categoria light jet. Além desses modelos de jatos executivos citados, o bimotor turboélice de alta performance de fabricação italiana Piaggio P180 Avanti também pode ser considerado um sério concorrente nessa faixa de assentos e velocidade, embora não seja um jato.

O jato executivo de porte médio Beechcraft Hawker 750, que faz parte da tradicional e respeitada família de jatos Hawker 800, também pode ser considerado um concorrente, embora tenha alcance maior, seja um pouco maior, mais sofisticado e ainda mais confortável.

Uma parte desses concorrentes citados acima não são mais fabricados.

A EMBRAER S.A.

A Embraer S.A. é uma grande fabricante brasileira de aviões comerciais, executivos, militares e utilitários. Atualmente, ela é uma empresa de capital misto, com predominância de capital privado, com acionistas estrangeiros, inclusive. A sua sede está localizada em São José dos Campos, interior do Estado de São Paulo. Ela foi privatizada na década de 1990 e entregou mais de 100 aeronaves em 2017, com uma carteira de encomendas de cerca de 400 unidades para os próximos quatro anos.

Considerando receitas e número de aeronaves fabricadas, a empresa brasileira Embraer S.A. é a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do planeta e a quinta maior fabricante de jatos executivos. Ela foi fundada como uma estatal no início da década de 1970 e, desde a sua fundação, fabricou mais de 8.000 unidades, incluindo aviões comerciais para a aviação regional; aviões executivos em geral, entre eles jatos bimotores, turboélices bimotores, bimotores e monomotores a pistão; aviões utilitários para aviação agrícola; e aviões militares para treinamento e combate; sendo que a maioria deles ainda está em condições de voo.

Em unidades vendidas, a empresa brasileira Embraer S.A. é uma das maiores fabricantes de aeronaves comerciais, aeronaves executivas, aeronaves utilitárias para uso agrícola e aeronaves militares. Comparando receitas, a Embraer foi o quarto maior grupo fabricante de aeronaves civis do planeta em 2014, somando os números de todas as unidades da empresa, no Brasil e no exterior, com receita bruta de aproximadamente US$ 5,6 bilhões. Com um aparente recuo gradativo da canadense Bombardier Incorporated no mercado de aviação comercial, nos anos mais recentes, é provável ou possível que a Embraer S.A. assuma em breve a terceira posição entre as maiores fabricantes de aviões civis do mundo, atrás apenas da Airbus e da Boeing.

Alguns anos atrás, a Embraer S.A. despertou o interesse da gigante americana da indústria aeronáutica e aeroespacial Boeing Company, que chegou ao ponto de fazer uma oferta de compra da fabricante aeronáutica brasileira, proposta reformulada meses depois em razão da disposição do Governo Brasileiro em manter sua participação minoritária do tipo golden share, já que a subsidiária Embraer Defesa e Segurança é a principal fornecedora de aeronaves para a FAB - Força Aérea Brasileira. A nova proposta da Boeing consiste em assumir o controle gerencial de uma nova subsidiária para a fabricação de aviões comerciais e, atualmente, as duas empresas estão em negociação para atuarem juntas na fabricação de aeronaves comerciais para a aviação regional.

Atualmente, a Embraer S.A. é sócia minoritária com 20% da Boeing Commercial Brasil, a subsidiária brasileira da Boeing Company para a fabricação de aeronaves comerciais, principalmente os jatos regionais da bem sucedida família Embraer E-Jet.

Comparando receitas, a Embraer é o um dos maiores fabricantes de aeronaves do planeta, somando os números de todas as unidades da empresa, no Brasil e no exterior, com receita bruta de aproximadamente US$ 5,6 bilhões em 2014 e US$ 6,5 bilhões em 2016, com 108 aeronaves comerciais e 117 aeronaves executivas fabricadas, somando 225 unidades fabricadas e entregues.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, o Phenom 300 em mais um dia típico de trabalho. Ele tem vocação para transportar passageiros entre grandes, médios e pequenos aeroportos e aeródromos de grandes metrópoles e de municípios do interior. As suas asas são enflechadas, para desenvolver velocidades elevadas em voo de cruzeiro, e o seu trem de pouso é do tipo trailing link, para possibilitar toques mais suaves na pista, durante o pouso. Logo abaixo, o amplo bagageiro traseiro do avião.

O Embraer Phenom 300 é uma moderna aeronave bimotor executiva de alta performance, de médio porte e de alcance interestadual e internacional, com construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com asas enflechadas e trem de pouso triciclo retrátil, com motorização turbofan com alta taxa de bypass e com capacidade para transportar confortavelmente sete, oito ou nove passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada, projetada, desenvolvida e fabricada a partir da década de 2000 no Brasil pela Embraer Executive Jets, a subsidiária para aviação executiva da Embraer S.A., que, posteriormente, transferiu a sua linha de montagem para os Estados Unidos.

Conhecido também como Embraer EMB-505 Phenom 300, ele é um dos dois projetos da família Embraer Phenom, ambos pertencentes à variada linhagem de jatos executivos da Embraer S.A., esta composta por mais de dez modelos de jatos executivos, variando de jatinhos interestaduais e internacionais até sofisticados jatos intercontinentais de médio porte. O Embraer Phenom 300 (pronuncia-se Finom) é um projeto derivado do modelo de jatinho executivo de entrada Embraer Phenom 100, este menor, mais leve, de menor capacidade e de menor alcance, com asas retas e alcance interestadual e internacional, com fabricação em série iniciada apenas um ano antes.

Considerando todos os modelos atualmente em produção seriada, o Embraer Phenom 300 é um dos mais modernos projetos de jatos executivos leves da indústria aeronáutica, com a vantagem do conceito de fuselagem de perfil oval, resultando em mais espaço interno para ombros, cabeças e pés de seus usuários. Ele possui um corredor central rebaixado na cabine de passageiros, com galley na parte da frente da fuselagem e toalete atrás, totalmente privativo e isolado da cabine de passageiros, com pia para lavar as mãos e escovar os dentes, inclusive.

Desde o início de sua fabricação em série, em 2008, o Embraer Phenom 300 já saía de fábrica com um moderno e sofisticado conjunto de aviônicos EFIS – Electronic Flight Instrument System, composto por duas telas PFD - Primary Flight Display, as telas primárias, uma do lado esquerdo do painel, para o piloto, e outra do lado direito, para o co-piloto, e a tela MFD - Multi Function Display, ou multifunção, no centro do painel. Recentemente, a sub-versão Embraer Phenom 300E passou a ter as duas interfaces do FMS – Flight Management System no console central, de forma semelhante aos seus principais concorrentes, esta considerada uma mudança positiva.

O consagrado e confiável motor turbofan canadense Pratt & Whitney PW535 de alto desempenho que impulsiona o Embraer Phenom 300 é uma das versões da série Pratt & Whitney PW500, uma opção moderna, racional e eficiente de propulsão projetada principalmente para jatos executivos, usada também para impulsionar outros modelos de sucesso no mercado mundial de aviação executiva, entre eles o Cessna Citation Excel e o Cessna Citation Encore. Projetado nos Estados Unidos e no Canadá e fabricado no Canadá pela renomada fabricante Pratt & Whitney, ele possui um fan de estágio único acoplado a uma turbina de baixa pressão com dois estágios. O seu projeto é composto também por um compressor centrífugo de alta pressão acoplado a uma turbina de alta pressão com um estágio.

Esse motor é mais potente, mais eficiente, mais refinado e um pouco mais econômico que a tradicional e também consagrada e confiável motorização Pratt & Whitney JT15D usada para impulsionar a 1ª geração dos jatinhos da Série 500 da Cessna Aircraft e os jatinhos Beechcraft Beechjet 400A e Raytheon Hawker 400XP da Beechcraft / Raytheon. Ele consome menos combustível que os modelos clássicos de motores turbofans Pratt & Whitney JT15D, de geração anterior, usados para impulsionar esses modelos citados. Ele foi projetado para um maior intervalo entre as revisões, com TBO - Time Between Overhaul de 5.000 horas no caso do Embraer Phenom 300, resultando em um menor custo operacional que as turbinas da geração anterior, estas também largamente adotadas no clássico jato executivo Cessna Citation II, por exemplo.

Os freios do Embraer Phenom 300 possuem discos de carbono, com dispositivo anti-skid (antibloqueio, equivalente aos freios ABS dos automóveis) e o trem de pouso é do tipo trailing link, com haste de arrasto, para pousos mais suaves. As asas enflechadas do Phenom 300 foram projetadas para permitir altas velocidades em altitude de cruzeiro, mas também a operação tranquila em pistas de pouso pavimentadas de comprimento limitado, graças a uma combinação de flaps do tipo fowler, para as aproximações, e spoilers (freios aerodinâmicos), para os pousos. Por exemplo: Em um dia quente, com quatro passageiros adultos a bordo e metade dos tanques com combustível é possível decolar de uma pista de pouso de 1.300 metros de uma fazenda no interior do Estado de Goiás, no interior do Estado de Mato Grosso do Sul ou no interior do Estado de Santa Catarina e pousar em Campinas, por exemplo, apenas uma hora depois, com reservas de combustível. Embora sejam enflechadas, essas asas foram projetadas para terem bom desempenho em pistas curtas ou de tamanho médio, dependendo da temperatura ambiente e do peso da aeronave, entre outros detalhes, o que resulta em um jato executivo confortável e confiável, com boa margem de sustentação para pousos suaves e previsíveis.

Porém, pra quem precisa viajar com frequência para Europa, África, Ásia e América do Norte é aconselhável comprar ou alugar um avião de alcance maior, um avião intercontinental.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Logo acima, uma confortável e refinada opção de configuração de assentos e de acabamento para o Embraer Phenom 300, com espaço interno satisfatório para até sete ou oito passageiros. Essa cabine tem um corredor central rebaixado e totalmente plano, desde a galley, na parte da frente, até o toalete, atrás. Logo abaixo, a configuração de assentos e o acabamento disponível para a sub-versão Embraer Phenom 300E, o mais recente modelo.

Os jatos executivos da Embraer formam uma linhagem dividida em várias famílias ou ramificações de projetos que, para efeito de marketing e para não confundir o cliente, foram mantidos quase totalmente distintos e com propostas diferentes ao longo de suas trajetórias, separados em quatro níveis, o primeiro deles, mais econômico e mais simples, digamos, com uma proposta um pouco mais modesta (se é que isso é possível, já que estamos falando de jatos executivos), com alcance interestadual e internacional, chamado Phenom, do qual o Phenom 100 e o Phenom 300 fazem parte; o segundo, internacional e intercontinental de tamanho médio, mais sofisticado e ainda mais refinado, com os nomes Legacy e Praetor, do qual o Legacy 500 e o Praetor 600 fazem parte; o terceiro nível, ainda mais confortável, também com alcance internacional e intercontinental, também com o nome Legacy, do qual o Legacy 600 e o Legacy 650 fazem parte, ambos na categoria chamada super-midsize; até chegar ao mais alto nível, com alcance intercontinental, o Embraer Lineage, que utiliza a mesma plataforma do jato comercial Embraer E-190, mas com uma cabine de passageiros totalmente diferente, muito mais confortável e mais sofisticada.

A então Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica começou a fabricar aviões executivos desde a década de 1970, incluindo aviões monomotores a pistão, bimotores a pistão e um bimotor turboélice, mas ela só entrou no mercado de jatos executivos a partir da década de 2000, com o Embraer Legacy, um jato executivo intercontinental diretamente derivado do jato comercial para transporte de passageiros Embraer ERJ-135 Regional Jet, baseado em sua plataforma, mas com uma cabine de passageiros totalmente diferente, muito mais confortável e bem mais sofisticada.

Durante a década de 2000 havia no mercado internacional de aeronaves executivas seis grandes fabricantes de jatos executivos, as americanas Cessna Aircraft e Raytheon Aircraft, ambas conhecidas atualmente como Textron Aviation; a americana Gulfstream Aerospace; a francesa Dassault Falcon; a canadense Bombardier, com as marcas Learjet, Global e Challenger; e, é claro, a brasileira Embraer. Havia outros fabricantes de aeronaves executivas, mas que ainda não competiam no segmento de jatos executivos, como a Pilatus Aircraft, por exemplo. Assim, a Embraer percebeu que havia espaço suficiente no mercado para mais um competidor no segmento de jatos executivos leves, para viagens interestaduais e internacionais, a família Embraer Phenom, primeiro com o lançamento do Phenom 100 e, posteriomente, com o lançamento do Phenom 300.

O objetivo da Embraer era fabricar um jato executivo para competir em um segmento de mercado da aviação executiva formada por clientes com poder aquisitivo suficiente para viagens non-stop interestaduais e internacionais, ou com apenas uma escala para reabastecimento, a bordo de um jato executivo confortável, porém com tamanho e alcance menores que os do sofisticado segmento logo acima, no qual jatos intercontinentais de preço mais alto competiam, incluindo o Israel Galaxy / Gulfstream G200, o Learjet 60 e o Cessna Citation X.

O Embraer Phenom 300 é um projeto moderno de aeronave, os engenheiros da Embraer aproveitaram o projeto bem sucedido do Embraer Phenom 100 para dar origem a um modelo maior de avião, com asas enflechadas e evitando que essas asas invadissem o espaço da cabine reservado para os passageiros, fixando-as totalmente sob a fuselagem, tornando o corredor da cabine de passageiros totalmente plano, começando da porta de entrada da aeronave até o toalete. Resumindo, é um modelo de aeronave bem resolvido, tecnicamente e esteticamente.

O resultado é uma aeronave confortável e confiável, projetada para viagens interestaduais e internacionais, com modernos, eficientes e potentes motores Pratt & Whitney PW535, e com capacidade bastante razoável de pousar e decolar em pistas de pouso curtas, com até 1.500 metros de comprimento, quando em temperatura ambiente amena e quando leve, ou pousar e decolar em pistas de pouso de tamanho médio, entre 1.500 metros e 2.000 metros, em dias mais quentes e com a cabine lotada de passageiros.

Segundo o colunista Daniel Torelli, da revista Aero Magazine, os engenheiros e outros executivos da Embraer consultaram-no e consultaram também muitos outros profissionais ligados à aviação civil no Brasil e em outros países, incluindo profissionais de empresas de táxi aéreo e empresas de propriedade compartilhada, que apresentaram sugestões para amadurecimento e refinamento do projeto.

O resultado dessa feliz combinação do talento dos engenheiros da Embraer e do material de pesquisa recolhido nas entrevistas com profissionais ligados à aviação civil é uma aeronave competitiva no segmento de mercado de jatos executivos de médio porte projetados para viagens interestaduais e internacionais e alguns diferenciais competitivos incluídos no projeto da aeronave.

Por exemplo, a Embraer decidiu adotar no Embraer Phenom 300 os moderníssimos freios de carbono, mais leves e eficientes que freios convencionais metálicos, para operação segura em pistas de pouso pavimentadas de 1.650 metros de comprimento em dias quentes, com a cabine lotada de passageiros.

Foi sugerida também a instalação de um único e muito prático ponto de abastecimento de querosene, tornando mais simples e ágil o abastecimento da aeronave. Um exemplo de praticidade e higiene: O esgotamento do vaso do toalete da aeronave pode ser executado pelo lado de fora, com um prático ponto de conexão para a mangueira de esgotamento. Foi incluído também no projeto do Embraer Phenom 300 o trem de pouso principal com sistema de amortecimento trailing link, para pousos mais suaves.

EMBRAER PHENOM 300

O Embraer Phenom 300 é uma moderna aeronave bimotor executiva de médio porte e alta performance, com asas enflechadas e motorização turbofan, com capacidade para transportar confortavelmente sete, oito ou nove passageiros em viagens interestaduais e internacionais, desenvolvida e fabricada em larga escala no Brasil a partir da década de 2000 pela Embraer S.A., que, posteriormente, anos depois, decidiu transferir parte de sua linha de montagem de jatos executivos para os Estados Unidos.

Ele é impulsionado por dois modernos motores turbofan Pratt & Whitney PW535 com 3.360 libras de potência / empuxo cada, totalizando 6.720 libras de potência / empuxo, o suficiente para que a aeronave mantenha uma velocidade de cruzeiro de cerca de 800 km/h em uma altitude de 13.700 metros. O seu peso máximo de decolagem é de 8.150 kg, com alcance de cerca de 3.100 quilômetros, com a cabine lotada de passageiros e com reservas de combustível.

Ele é um dos mais confiáveis modelos de jatos executivos de toda a história da indústria aeronáutica mundial, com baixíssimo número de acidentes graves com vítimas fatais. Ele é um dos mais vendidos modelos de jatos executivos, com mais de 500 unidades fabricadas, incluindo os números de sua sub-versão Embraer Phenom 300E, ambos os modelos equipados com FADEC - Full Authority Digital Engine Control, um sistema de monitoramento e controle dos parâmetros de funcionamento dos motores, que impede que eles ultrapassem níveis seguros de funcionamento.

O modelo Embraer Phenom 300 não é mais fabricado, ele foi substituído na linha de montagem da Embraer pela sua sub-versão Embraer Phenom 300E, e é considerado uma das melhores opções de jatos executivos disponíveis no mercado mundial de aeronaves usadas, com uma rede de oficinas autorizadas e centros próprios de manutenção comparável à rede da Textron Aviation, por sua vez considerada uma referência do setor. Isso significa tranquilidade para o comprador da aeronave, que dispõe de peças de reposição e pessoal qualificado para fazer as manutenções preventiva e corretiva da aeronave, quando necessário, o que, obviamente, tem reflexo no seu preço de revenda.

Esse modelo de jato executivo tem dois bagageiros externos, um na frente, no nariz da aeronave, e outro atrás, em sua cauda. O bagageiro traseiro é aquecido, mas não é pressurizado, portanto nada de colocar seu bichinho de estimação ali atrás. Recomenda-se colocá-lo dentro de uma caixa plástica de transporte, que vai dentro da cabine.

O Embraer Phenom 300 foi fabricado com três principais configurações de assentos, uma com seis assentos na cabine, complementados por um assento extra no toalete, totalizando sete assentos; outra com sete assentos na cabine, complementados por um assento no toalete, totalizando oito assentos; e a terceira com seis assentos avulsos na cabine, complementados por um sofá de dois lugares na frente, ao lado da galley, e um assento no toalete, totalizando nove assentos. Na verdade, uma quarta configuração é possível, com um assento extra para mais um passageiro ao lado do piloto, quando o proprietário da aeronave opta por contratar apenas um piloto, o que não é comum, embora possível, já que a maioria dos proprietários prefere manter dois pilotos na cabine de comando, por uma razão de redundância.

O acabamento da cabine de passageiros foi projetado pela BMW, seguindo um padrão de qualidade equivalente ao de seus automóveis. Precisa dizer mais alguma coisa?

EMBRAER PHENOM 300E

É uma sub-versão melhorada do Embraer Phenom 300, com uma estrutura de fuselagem e asas praticamente idêntica, mas com algumas melhorias pontuais, incluindo um conjunto de aviônicos melhor resolvido, o Garmin Touch, com telas sensíveis ao toque, com o FMS – Flight Management System melhor posicionado na cabine de comando, no console central, mais fácil de operar, inclusive.

O avião possui três opções de configurações de assentos, semelhantes às configurações do seu antecessor Embraer Phenom 300, mas o desenho dos assentos e os padrões dos revestimentos foram aprimorados.

ALTA TECNOLOGIA

O Embraer Phenom 300 foi projetado e anunciado ao mercado, pela Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica, em 2006, a sua fase de testes práticos para certificação foi iniciada em 2007 e sua fabricação em série foi iniciada em 2008. Durante as suas fases de criação e desenvolvimento, verificou-se que seria possível reduzir o arrasto aerodinâmico em várias partes da estrutura do novo projeto, implementando várias tecnologias, entre elas a regra de área, para redução de arrasto aerodinâmico, com a fixação de carenagens em quase toda a parte inferior da fuselagem, começando próximo à porta principal até chegar ao seu cone de cauda. O objetivo disso é fazer com que o ar flua ou escoe harmonicamente ou suavemente, reduzindo o máximo possível a geração de arrasto. Além disso, optou-se por estreitar a fuselagem e o cone de cauda da aeronave bem ao lado dos motores, para reduzir o máximo possível a probabilidade de arrasto aerodinâmico entre as naceles dos motores, os pilones, a fuselagem e o cone de cauda.

Mas as melhorias e refinamentos não pararam por aí, optou-se também pela fixação de aletas ventrais móveis no cone de cauda, conhecidas também como fins, para tornar ainda mais dóceis as aproximações para pousos, em velocidades mais baixas que as velocidades de voo de cruzeiro. Tudo isso combinado com flaps do tipo fowler e spoilers, para melhorar o comportamento da aeronave nas aproximações e no pouso. Todo esse esforço para tornar possível o trecho final de aproximação em torno de 198 km/h, próximo à cabeceira, em condições típicas de missão, um pouco mais ou um pouco menos, dependendo da temperatura ambiente, da altitude do aeródromo e do peso da aeronave.

E como se tudo isso fosse pouco, a aerodinâmica foi ainda mais refinada com a adição de winglets nas pontas das asas, o que reduz o arrasto e, portanto, melhora os números de consumo de combustível, o que por sua vez tem um efeito positivo direto no alcance.

SEGURANÇA DE VOO

Estatisticamente, em números aproximados, a aviação comercial e a aviação executiva são os meios de transporte mais seguros que existem, com cerca de três acidentes graves com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas, considerando a média mundial. Porém, se forem levados em consideração apenas os números de países desenvolvidos, como Canadá, Estados Unidos, países da Europa Ocidental, o Japão, a Coréia do Sul e a Austrália, os números de acidentes para cada um milhão de viagens são ainda menores, na média cerca de um acidente grave com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas.

O Embraer Phenom 300 e o Embraer Phenom 300E são considerados modelos de aeronaves muito seguros, com um acidente grave com vítimas fatais registrado desde o início da fabricação seriada.

MERCADO

Logo acima, uma ilustração simplificada da Embraer, com o alcance possível do Phenom 300 com quatro passageiros adultos a bordo, decolando de um típico aeroporto de grande metrópole. Logo abaixo, para quem não cansa de apreciar o que é bonito, mais uma imagem do avião.

O alcance do Embraer Phenom 300 pode variar. Segundo o fabricante, ele pode decolar com os tanques cheios de combustível, quatro passageiros adultos e duas crianças a bordo e viajar non-stop cerca de 3.600 quilômetros. Mas à medida que o planejamento prévio da viagem contempla mais passageiros a bordo é necessário reprogramar a missão, talvez acrescentando uma parada para reabastecimento antes da chegada ao destino, dependendo da distância total entre origem e destino.

Na prática, o alcance do avião com seis passageiros adultos e duas crianças a bordo é de cerca de 3.100 quilômetros, um pouco mais ou um pouco menos, dependendo da velocidade de cruzeiro escolhida pela tripulação; do tempo (no sentido de meteorologia) em rota, na origem e no destino; e do comprimento da pista de pouso pavimentada na origem.

Neste caso, quanto lotado, não é possível decolar com os tanques cheios, mesmo assim é um bom alcance, o suficiente para decolar de Campinas, por exemplo, e viajar até Macapá e Rio Branco sem necessidade de parada para reabastecimento no meio do caminho.

Não por acaso, então, ele é um dos modelos de jatos executivos mais usados por empresas de táxi-aéreo e de propriedade compartilhada no Brasil, no transporte de empresários, executivos, fazendeiros e até artistas. Aqui no Brasil ele é operado pela Líder Aviação, pela Icon Aviation e pela Avantto, aquelas de táxi-aéreo e esta de propriedade compartilhada. Lá nos Estados Unidos e na Europa Ocidental ele é operado pela NetJets, de propriedade compartilhada, a maior do mundo em seu segmento. Pra quem viaja pouco, duas ou três vezes por mês, é recomendável a contratação de táxi-aéreo ou de propriedade compartilhada. Pra quem viaja com frequência, uma ou duas vezes por semana, a aquisição de uma aeronave pode ser uma opção mais adequada.

A americana Textron Aviation é a maior fabricante de jatos executivos do mundo, com cerca de 9.000 unidades fabricadas desde a década de 1970, incluindo os números de vendas das marcas Cessna, Beechcraft e Hawker. Em seguida vem a canadense Bombardier, com cerca de 5.500 unidades, incluindo os números dos produtos Learjet, Challenger e Global. Logo atrás vem a francesa Dassault Falcon, com cerca de 2.500 unidades, a americana Gulfstream, com cerca de 2.000 unidades, e a brasileira Embraer, com cerca de 1.200 unidades. Mas há também mais três grandes emergentes nesse mercado, a Honda Aircraft, a Cirrus Aircraft e a Pilatus Aircraft.

Nos últimos anos, o jatos executivos Embraer Phenom 300 e Honda HA-420 HondaJet têm conseguido se manter como os mais vendidos dos segmentos de médio porte e de pequeno porte, respectivamente, o que pode ser interpretado como um sinal de que está na hora da Textron Aviation enfrentar a concorrência com dois produtos completamente novos ou atualizados nesses segmentos, conhecidos também como mid light e very light.

Atualmente, a Embraer possui uma rede de oficinas de manutenção com 8 unidades de atendimento na América do Sul, incluindo Brasil, Chile e Argentina; 30 unidades na América do Norte, incluindo Estados Unidos e Canadá; 2 unidades no continente africano; 12 unidades na Europa; 1 unidade na Rússia; 3 unidades no Oriente Médio; 11 unidades na Ásia, incluindo Índia e China; e 3 unidades na Austrália.

Não é muito diferente de se ter um automóvel na garagem, quando se tem uma concessionária ou uma oficina independente e competente perto de casa. Somente a Textron Aviation possui uma rede tão grande.

FICHA TÉCNICA

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

EMBRAER PHENOM 300

Capacidade: 7, 8 ou 9 passageiros;
Tripulação: 1 piloto e 1 co-piloto;
Velocidade de cruzeiro: Aprox. 800 km/h;
Comprimento: Aprox. 16 metros;
Envergadura: Aprox. 17 metros;
Altura: Aprox. 6 metros;
Motorização (potência): 2 X Pratt & Whitney PW535 (3.360 libras / cada);
TBO (tempo entre revisões): 5.000 horas;
Consumo médio (QAV): Aprox. 700 litros / hora (lotado / 75% potência);
Consumo médio (QAV): Aprox. 0,1 litro / passageiro / km voado;
Aviônicos: EFIS Garmin Prodigy;
Climb (subida): Aprox.
Peso máximo decolagem: Aprox. 8.150 kg;
Alcance: Aprox. 3.100 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
Pista de pouso: Aprox. 1.650 metros (seis passageiros / dias quentes / tanques cheios);
Teto de serviço: Aprox. 13.700 metros;
Preço (no Brasil): Aprox. US$ 5,8 milhões (usado / bom estado de conservação);