EMBRAER SENECA

PIPER PA-34 SENECA
PIPER PA-34-180 TWIN SIX (PROTÓTIPO)
PIPER PA-34-200 SENECA (A PARTIR DE 1971)
PIPER PA-34-200T SENECA II (A PARTIR DE 1974)
PIPER PA-34-220T SENECA III (A PARTIR DE 1981)
PIPER PA-34-220T SENECA IV (A PARTIR DE 1993)
PIPER PA-34-220T SENECA V (A PARTIR DE 1996)
EMBRAER EMB-810C SENECA (A PARTIR DE 1975)
EMBRAER EMB-810D SENECA (CUESTA)

INTRODUÇÃO
Logo acima, uma aeronave bonita e eficiente, um dos modelos de bimotores leves a pistão para uso executivo mais vendidos do mundo, com mais de 5.000 unidades fabricadas. Ele esteve em produção seriada até 2019, nos Estados Unidos, pela Piper Aircraft, na sua versão mais recente Piper PA-34 Seneca V, com painel dentro do conceito EFIS - Electronic Flight Intrument System. Logo abaixo, o Embraer EMB-810D Seneca, fabricado sob licença no Brasil pela Embraer e pela sua subsidiária Neiva, nas décadas de 1980 e 1990, apelidado carinhosamente como Seneca Cuesta. Ele foi um dos modelos de bimotores a pistão mais desejados por empresários e fazendeiros no Brasil, naquela época.

Piper PA-34 Seneca é uma eficiente aeronave bimotor executiva a pistão de pequeno porte, com capacidade para transportar com razoável conforto um piloto e até cinco passageiros, em viagens intermunicipais e interestaduais (rotas domésticas), projetada, desenvolvida e fabricada em larga escala nos Estados Unidos a partir da década de 1970 pela Piper Aircraft, uma das maiores e mais tradicionais fabricantes de aeronaves executivas de pequeno porte do mundo, cujos aprimoramentos sucessivos resultaram na versão atualizada Seneca PA-34 Seneca V.

Trata-se de uma aeronave bimotor de seis lugares que esteve em produção seriada por mais de 50 anos, uma das mais longevas produções seriadas de aviões leves a pistão da história da indústria aeronáutica mundial, um dos bimotores a pistão mais vendidos do mundo, com mais 5.000 unidades fabricadas até 2019, com pelo menos 10 versões projetadas e fabricadas em série, incluindo dois modelos fabricados sob licença no Brasil pela Embraer e pela sua então subsidiária Neiva, nas décadas de 1970, 1980 e 1990, com mais de 820 unidades fabricadas aqui no Brasil.

Nas décadas de 1970, 1980, 1990, 2000 e 2010 os principais concorrentes do Piper PA-34 Seneca no mercado mundial de aviões bimotores leves a pistão foram o Cessna 401 (seis ou oito assentos), o Beechcraft Baron (quatro, cinco ou seis assentos), Cessna 421 (seis ou sete assentos), Beechcraft Duke (seis assentos), Aero Commander 520 (cinco assentos), Cessna 340 (seis assentos), o Aero Commander 500 (sete assentos), Cessna 414 (seis assentos), o Partenavia P.68 Victor (seis assentos), Aero Commander 560 (sete assentos)o Cessna 310 (quatro assentos), o Vulcanair P68 (seis assentos) e o Cessna 411 (quatro ou seis assentos), dentre mais alguns. De todos os modelos citados neste parágrafo, somente o Beechcraft Baron e o Vulcanair P68 são fabricados em série e estão disponíveis no Brasil, por meio de representantes oficiais.

O bimotor a pistão executivo Piper PA-34 Seneca também foi fabricado sob licença na Polônia, um país do leste europeu, na década de 1990, pela fabricante PZL Mielec, um fabricante privado de aeronaves militares, agrícolas e executivas, atualmente uma subsidiária da americana Lockheed Martin.


A PIPER AIRCRAFT
A Piper Aircraft Incorporated é, atualmente, uma grande fabricante norte-americana de aeronaves monomotoras e bimotoras leves a pistão e aeronaves monomotoras turboélice de pequeno porte para a chamada aviação geral, incluindo a aviação de treinamento e a aviação executiva. A sua fábrica e sede estão localizadas em Vero Beach, no estado da Flórida, nos Estados Unidos. Ela é uma das mais tradicionais fabricantes de aviões leves para a aviação geral, principalmente a aviação executiva.

Atualmente, ela é propriedade do Governo de Brunei, um pequeno país monárquico do sudeste asiático e é uma das maiores fabricantes de aviões certificados de pequeno porte, a pistão e turboélice, para uso executivo e de treinamento no mundo, incluindo best sellers como o monomotor Piper Malibu, conhecido atualmente como Piper Malibu M350, que está entre os aviões executivos de pequeno porte mais vendidos no mundo.

Conhecida anteriormente, até 1930, como Taylor Brothers Aircraft, até 1937, como Taylor Aircraft, quando foi renomeada para Piper Aircraft, e conhecida a partir de 1995 como New Piper Aircraft, até 2006, quando voltou a se chamar Piper Aircraft, é uma das maiores, mais tradicionais e mais conhecidas fabricantes de aeronaves executivas do mundo.

Atualmente, a Piper Aircraft fabrica o monomotor turboélice premium Piper Malibu M500, conhecido também como Piper Malibu Meridian, o bimotor leve a pistão Piper Seminole e o monomotor a pistão premium Piper Malibu M350, conhecido anteriormente como Piper Malibu Mirage. Há décadas, a Piper Aircraft fabrica também o pequeno, simples e extremamente econômico Piper Archer, para treinamento ou para transporte pessoal e/ou executivo, com capacidade para transportar um piloto e três passageiros em viagens intermunicipais e interestaduais.

A fabricação em larga escala do bimotor executivo a pistão Piper Seneca e dos monomotores executivos, para transporte pessoal e/ou para treinamento Piper Saratoga, Piper Arrow, Piper Cherokee Six e Piper Warrior  está suspensa por tempo indeterminado.

Desde sua fundação em 1937, por William Piper, a empresa já fabricou mais de 140.000 aviões, entre monomotores e bimotores leves, entre tracionados por motores a pistão e turboélices. Atualmente, há mais de 90.000 aviões fabricados pela Piper Aircraft em condições normais de operação, nos cinco continentes do planeta.

As principais concorrentes da Piper Aircraft no mercado mundial de aviões leves a pistão e turboélice são a Textron Aviation (Cessna e Beechcraft), a Cirrus Aircraft e a Mooney Aircraft, essas quatro nos Estados Unidos; a Daher Socata, da França; Pilatus Aircraft, da Suíça; e a Vulcanair, da Itália.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Logo acima, uma bela imagem, um elegante Piper Seneca decolando de um aeroporto com pista de pouso pavimentada. As operações dessa aeronave em pistas de pouso sem pavimentação também são comuns no Brasil e em muitos outros países. Logo abaixo, o Piper Seneca também foi fabricado sob licença no Brasil, inicialmente pela Embraer e, posteriormente, pela sua subsidiária Neiva, conhecida atualmente como Embraer Unidade Botucatu.

O nome Piper PA-34 Seneca é usado, atualmente, pela Piper Aircraft para a sua família de aviões bimotores executivos de pequeno porte e sem pressurização, composta por pelo menos 10 modelos principais que estiveram em linha de produção seriada, com o mais recente, atualizado e moderno modelo Piper PA-34-220T Seneca V fabricado até 2019, quando a linha de produção dessa família foi descontinuada, totalizando mais de 5.000 unidades fabricadas desde a década de 1970, uma das famílias de bimotores a pistão de pequeno porte mais vendidas do mundo, atrás apenas do icônico Beechcraft Baron, com mais de 6.800 unidades fabricadas em várias versões.

Desde a década de 1970 esse nome tem sido usado pela Piper Aircraft (mais precisamente de 1971 até 2019) para um mesmo projeto básico de avião bimotor a pistão de pequeno porte para um piloto e até cinco passageiros; com construção convencional de seção transversal retangular semimonocoque metálica em alumínio aeronáutico e outras ligas; com fuselagem convencional semimonocoque sem pressurização, mas com um sistema simples de oxigênio disponível como opcional na maioria dos modelos vendidos; com asas convencionais metálicas baixas e retas, com diedro positivo e uma longarina para cada asa, com flap elétrico na maioria dos modelos; trem de pouso triciclo retrátil, acionado hidraulicamente; e com dois motores compactos com seis cilindros horizontais opostos (configuração boxer) para cada motor, com hélices bipás (de série) ou tripás (opcional) de velocidade constante, dependendo do modelo, com turbocompressor a partir de 1974; e cauda com empenagem convencional, mas com estabilizador horizontal do tipo stabilator ou stap-profundor, em uma só peça; dentre outras características em comum.

De modo geral, a família Piper PA-34 Seneca é composta por modelos de aviões bimotores executivos com performance razoável, dentro da média da performance de seus principais concorrentes, algo entre 300 km/h e 350 km/h de velocidade de cruzeiro, teto de serviço de aproximadamente 5.000 metros, com custo de manutenção e consumo de combustível competitivos, dentro da média de seus principais concorrentes,  operando a partir de pistas de pouso pavimentadas, de leito natural ou gramadas com pelo menos 1.000 metros (lotado / dias quentes), com a maioria dos modelos tracionada com motores da tradicional e bem sucedida família Continental IO-360, fabricados pela americana Teledyne-Continental, principalmente os modelos ou versões Continental TSIO-360, com turbocompressor, com injeção de combustível, com seis cilindros horizontais opostos e refrigeração a ar

Em relação ao seu principal concorrente Beechcraft Baron 58, o Piper PA-34 Seneca possui fuselagem um pouco mais larga, portanto com um pouco mais de espaço para os passageiros, mas perde um pouco em performance, pois a motorização do Beechcraft Baron 58 é mais potente.

O grande sucesso do projeto Piper PA-34 Seneca, uma família de bimotores leves a pistão com seis assentos, é o resultado de uma feliz combinação de características positivas, dentre elas o conjunto bem equilibrado, com espaço interno e performance razoável; design elegante da fuselagem, das asas e da empenagem; trem de pouso com amortecedores capazes de suportar decolagens e pousos moderados a partir de pistas de pouso sem pavimentação; e com performance dentro da média dos principais concorrentes.

Todos os modelos de aviões da família Piper PA-34 Seneca estão homologados dentro das regras de certificação FAR Part 23, da autoridade reguladora FAA – Federal Aviation Administration, equivalentes às regras RBAC 23, da ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil, o que significa que eles seguem os padrões mundiais intermediários de regras de certificação, com padrão de construção dentro da média do mercado, com robustez estrutural suficiente para uma operação consciente, responsável e experiente e confiabilidade mecânica, elétrica, hidráulica e eletrônica, com os modelos fabricados nas décadas mais recentes dispondo das tecnologias de navegação mais precisas fornecidas pelo conjunto de aviônicos do tipo EFIS – Electronic Flight Instrument System, o que resulta em um voo mais seguro que as versões com aviônicos analógicos.

No entanto, para quem precisa viajar com frequência para Europa, África, Ásia e América do Norte é aconselhável comprar ou alugar um avião de alcance maior, um jato executivo intercontinental, ou embarcar em avião comercial a jato de companhia aérea regular, pois a vocação dos aviões da família Piper PA-34 Seneca são os voos intermunicipais, interestaduais ou internacionais dentro de um mesmo continente, dentro da América do Sul, por exemplo.


CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Logo acima, a cabine de passageiros do Piper PA-34 Seneca V, com acabamento caprichado, configurada para até quatro passageiros em club seat (frente a frente) e mais um passageiro ao lado do piloto, totalizando cinco passageiros, no caso de uma operação executiva particular. Porém, no caso de uma operação executiva por meio de táxi-aéreo, é obrigatória a presença de piloto e copiloto no cockpit, o que reduz a capacidade do avião para até quatro passageiros. Logo abaixo, a cabine de passageiros da versão anterior Piper PA-34 Seneca III, também configurada para até quatro passageiros em club seat e mais um passageiro ao lado do piloto.

A família Piper PA-34 Seneca surgiu na década de 1960 a partir da percepção dos investidores, executivos e projetistas da então Piper Aircraft sobre o aquecido mercado mundial de aviões executivos de pequeno porte, na época com predominância de modelos monomotores e bimotores a pistão, incluindo os motores a pistão boxer e radiais, a grande maioria deles sem pressurização de cabine.

Com o surgimento das famílias de motores boxer Lycoming O-360 e Continental IO-360 nas décadas de 1950 e 1960, respectivamente, desenvolvidos e fabricados nos Estados Unidos pela AVCO-Lycoming Engines e pela Teledyne-Continental Motors, respectivamente, surgiu a primeira grande oportunidade para a Piper Aircraft dar um importante salto qualitativo nos seus projetos de aeronaves executivas, inclusive deixando de lado aqueles velhos e ultrapassados motores radiais a pistão, beberrões, barulhentos, pesados e complicados, dando origem assim a um pequeno avião bimotor executivo a pistão mais bonito, refinado, menos ruidoso, mais econômico e mais confiável, o então novato Piper PA-34 Seneca.

A família Piper PA-34 Seneca foi uma das primeiras famílias de aviões executivos bimotores com motores boxer injetados da história da indústria aeronáutica mundial, geralmente mais confiáveis que motores carburados. Entre os pioneiros desse mercado de aviação executiva também estava a família de bimotores a pistão Beechcraft Baron, também com motores boxer injetados.

Em 1967, a Piper Aircraft realizou o primeiro voo do protótipo chamado Piper PA-34-180 Twin Six, que, alguns anos mais tarde, daria origem ao primeiro Piper PA-34 Seneca de produção seriada. Esse protótipo era, na verdade, um monomotor Piper PA-32 Cherokee Six de fabricação seriada, mas com sua estrutura modificada para receber dois motores boxer a mais, um em cada asa. Esse protótipo voou como uma aeronave trimotora, ou seja, um avião com três motores, nos estágios iniciais do programa de testes.

Não por acaso então toda a família Piper PA-34 Seneca preserva quase a mesma fuselagem dos aviões da família Piper PA-32 Cherokee Six, incluindo o avião monomotor a pistão de pequeno porte Piper PA-32 Saratoga, com trem de pouso retrátil. Entre as poucas diferenças está a parte frontal da fuselagem, que, no caso específico do Piper PA-34 Seneca, o motor deu lugar a um bagageiro dianteiro e um ponto de fixação para o radar meteorológico.

O bimotor a pistão Piper PA-34-200 Seneca, certificado e fabricado em série a partir de 1971, foi o primeiro modelo, o modelo original, da família ou linha de aviões bimotores a pistão Piper PA-34 Seneca, tracionado por dois motores boxer contrarrotativos ou contra-rotativos, um em cada asa, um Lycoming IO-360-C1E6 e um Lycoming LIO-360-C1E6, com sucesso imediato de vendas, com mais de 930 unidades fabricadas.

O objetivo da Piper Aircraft era fabricar um avião executivo bimotor para competir em um segmento de mercado da aviação executiva formado por clientes com alto poder aquisitivo, geralmente fazendeiros, empresários e profissionais liberais, com alcance suficiente para viagens non-stop intermunicipais, interestaduais e até internacionais dentro de um mesmo continente, na Europa Ocidental, por exemplo, com ou sem uma escala para reabastecimento, a bordo de um avião executivo razoavelmente confortável.

No caso específico dos aviões da família Piper PA-34 Seneca, os primeiros modelos foram concebidos com o máximo de simplicidade possível, com o objetivo de manter seus custos operacionais sob controle, mas sem comprometer a segurança de voo; inclusive reduzindo o peso da estrutura, graças ao tamanho menor que modelos de bimotores radiais disponíveis na época; reduzindo o consumo de combustível, graças à motorização compacta, mais leve e mais eficiente e à melhor aerodinâmica da estrutura, melhorando a sua eficiência aerodinâmica; com uma capacidade razoável de transportar bagagens; mas sem pressurização, um item disponível normalmente em modelos de aviões maiores e mais caros, na época.


A FAMÍLIA SENECA

A família de aviões executivos Piper PA-34 Seneca é uma das mais duradouras linhas de aviões da história da indústria aeronáutica, com mais de 50 anos de fabricação em série. Considerando todos os seus principais concorrentes das décadas de 1970, 1980, 1990, 2000 e 2010, a família Piper PA-34 Seneca apresenta uma combinação competitiva de estrutura, motorização e sistemas, com fuselagem com espaço interno razoável para ombros, cabeças e pés de seus usuários.

De modo geral, o sistema de controle de voo primário dos aviões da família Piper PA-34 Seneca é todo mecânico, ou seja, ele está baseado numa combinação de cabos e polias para a movimentação das superfícies aerodinâmicas de controle de voo, sem assistência hidráulica, incluindo os ailerons, o leme e o profundor de peça única, chamado stabilator. Por outro lado, o abaixamento dos flaps, antes do pouso, é elétrico, e o levantamento do trem de pouso, após a decolagem, é hidráulico. Aliás, a combinação de asas retas, flaps de fenda simples, trem de pouso com amortecedores óleo-pneumáticos e freios a discos nas duas pernas principais, com acionamento hidráulico, permitem aos aviões da família Piper PA-34 Seneca operações tranquilas em pistas de pouso pavimentadas de pelo menos 1.000 metros.

De modo geral, o sistema de descongelamento dos bordos de ataque das asas e da empenagem traseira, disponível como item opcional, na época, é composto por boots de degelo. Se possível, na hora da compra, caso pretenda comprar, dê preferência ao exemplar com esse equipamento instalado, por uma razão óbvia...

A velocidade necessária para decolagem da maioria dos modelos de aviões da família Piper PA-34 Seneca gira em torno de 150 km/h, um pouco mais ou um pouco menos, de acordo com o peso do avião (passageiros, bagagem e combustível), a temperatura ambiente (no Brasil é comum 35º Celsius de temperatura ao meio dia) e a altitude do aeródromo (a maioria dos aeroportos regionais brasileiros está entre 300 metros e 600 metros de altitude), bem abaixo da velocidade necessária para tirar um jatinho do chão. Essa é uma das explicações sobre a preferência de muitos fazendeiros brasileiros sobre os aviões a pistão para chegar até suas fazendas no interior do país, a maioria delas com pistas curtas e muitas ainda sem pavimentação.


De modo geral, aviões bimotores são mais difíceis de pilotar que aviões monomotores, todo bom piloto sabe disso, e o Piper PA-34 Seneca não é uma exceção entre os bimotores. Em termos de qualidade de voo o Piper PA-34 Seneca está dentro da média de seus principais concorrentes, portanto não é um avião arisco. Em caso de falha de um dos motores (o que é pouco provável, mas não impossível) as curvas só podem ser executadas para o lado do motor que está produzindo potência normalmente. Por exemplo, se o motor esquerdo falha então as curvas só podem ser realizadas para o lado direito, caso contrário perde-se o controle do avião, com risco alto de fatalidade...


Além disso, em caso de falha de um dos motores durante uma subida na prática não é possível continuar a subida, ou seja, não é possível ganhar altitude com apenas um motor produzindo potência, porque as regras de certificação FAR 23 não exigem, nem para o Piper PA-34 Seneca e nem para qualquer outro bimotor a pistão, principalmente se a aeronave estiver muito próxima do peso máximo de decolagem. Portanto, só é possível manter a altitude em que o avião já está, avisar as autoridades de controle de voo e preparar-se para pouso na pista mais próxima...


De modo geral, os aviões da família Piper PA-34 Seneca possuem três tanques de combustível em cada asa, totalizando seis tanques, com um ponto de abastecimento para cada asa, com alcances variando entre 1.000 quilômetros e 1.500 quilômetros, dependendo do modelo, do peso (passageiros e bagagem) e de outros fatores. Essas asas possuem o perfil NACA 64-415, com cada asa com uma longarina, e são fixadas na fuselagem com parafusos resistentes. De modo geral, os flaps possuem perfil NACA 211, eles são de fenda simples e são acionados eletricamente. Os ailerons são do tipo Frise.


PIPER PA-34-200 SENECA I
Logo acima, o primeiro modelo de avião da família Piper PA-34 Seneca, fabricado pela Piper Aircraft na década de 1970, um dos mais modernos bimotores a pistão da época. Ainda hoje, muitos exemplares do Piper PA-34 Seneca I são usados por empresas de transporte de cargas aéreas e escolas de aviação de muitos países. Logo abaixo, o cockpit relativamente simples desse modelo, com predominância de instrumentos analógicos para navegação e controle.
Piper PA-34-200 Seneca I foi certificado em 1971, ele foi o primeiro modelo da família Piper PA-34 Seneca a ser fabricado em série e em larga escala. Esse modelo mais antigo do Piper Seneca é tracionado por dois motores aspirados, o Lycoming IO-360-C1E6 e o Lycoming LIO-360-C1E6, com quatro cilindros horizontais opostos, ambos com 180 cavalos ou hp de potênciaque fazem parte da família de motores boxer  Lycoming O-360.

A letra “L” na sua designação indica que o virabrequim gira na direção oposta, dando ao Piper Seneca I motores contra-rotativos. A intenção da Piper com esse conceito de motorização contrarrotativa ou contra-rotativa era reduzir as limitações de motor crítico e tornar a aeronave mais controlável em caso de desligamento ou falha de qualquer motor. Esse mesmo conceito de motor contrarrotativo foi estendido para as demais versões da família.

As primeiras unidades de Piper PA-34 Seneca I fabricadas têm peso máximo de decolagem de aproximadamente 1.810 kg, enquanto as unidades produzidas posteriormente tiveram seu peso máximo de decolagem aumentado para aproximadamente 1.910 kg.

Mais de 930 unidades do modelo Piper PA-34 Seneca I foram fabricadas.

PIPER PA-34-200T SENECA II

Logo acima, muitas unidades da versão Piper PA-34 Seneca II ainda são usadas por empresas de táxi-aéreo, transporte de cargas aéreas e escolas de aviação de muitos países. De modo geral, ele saía de fábrica, na década de 1970, com para-brisa bipartido e hélices de duas pás, disponíveis como itens de série, ou hélices de três pás, como item opcional. Ele foi fabricado no Brasil com o nome Embraer EMB-810C Seneca, pela Embraer, sob licença. Logo abaixo, um exemplar mantido por um proprietário caprichoso e cuidadoso, com o cockpit do avião, que antes era predominantemente analógico, passou por um banho de loja, com a troca dos instrumentos analógicos por instrumentos dentro do conceito glass cockpit.
Após ser criticada sobre a qualidade de comportamento do modelo original Piper PA-34-200 Seneca I, a Piper Aircraft introduziu no mercado o Piper PA-34-200T Seneca II, com inúmeras melhorias. A aeronave foi certificada em 1974, com a introdução do motor Continental TSIO-360 com turbocompressor, com ailerons maiores, com deriva e leme melhorados e cabine de passageiros com assentos posicionados em club seat, ou seja, frente a frente. Esse modelo melhorado incorporou discretas mudanças estéticas e mudanças mecânicas nos controles de solo da aeronave, ailerons mais alongados e balanceados e a adição de um anti-servo no leme.

A letra "T" na designação do modelo reflete uma mudança para uma motorização mais potente, com turbocompressor ou turbocharged, em inglês, com seis cilindros horizontais opostos, o motor Continental TSIO-360-E, com 200 cavalos ou hp de potência, ou ainda Continental TSIO-360-EB, dependendo do ano de fabricação, para uma performance melhorada, principalmente próximo ou acima de 5.000 metros de altitude. Nessa versão melhorada da família Piper PA-34 Seneca, a Piper Aircraft manteve o conceito de motorização contra-rotativa de seu irmão mais antigo Piper PA-34 Seneca I.

A versão melhorada Piper PA-34-200T Seneca II possibilita a montagem dos assentos em club seating, ou seja, os assentos do centro ficam virados para trás e os dois assentos traseiros normalmente para frente, permitindo uma configuração mais confortável para as pernas dos passageiros. Além disso, é possível a instalação de um cooler (caixa térmica) entre os assentos da fileira intermediária, para acondicionar água mineral, sucos e refrigerantes.

O peso máximo de decolagem do Piper PA-34 Seneca II foi aumentado para aproximadamente 2.070 kg. O peso máximo de pouso dessa versão é de aproximadamente 1.970 kg. Com um olhar mais atento, percebe-se mudanças estéticas no formato das janelas laterais, mais elegantes, e no formato das carenagens dos motores, estas mais arredondadas, também mais bonitas.

Muitas unidades do Piper PA-34 Seneca II ainda estão operando em muitos países, transportando passageiros e cargas, principalmente em parte da América Latina, na Ásia e em países africanos, atraídos pelo baixo preço de aquisição desse modelo no mercado de aeronaves usadas. Entretanto, em países desenvolvidos e em desenvolvimento, incluindo o Brasil, a tendência de longo prazo é a sua substituição por versões mais modernas do Piper PA-34 Seneca e do Beechcraft Baron, seu principal concorrente.

Mais de 2.580 unidades da versão Piper PA-34 Seneca II foram fabricadas.

No Brasil, durante as décadas de 1970 e 1980, a Embraer e a sua subsidiária Neiva, conhecida atualmente como Unidade Embraer Botucatu, fabricaram mais de 450 unidades do Piper PA-34-200T Seneca II, sob licença do fabricante americano, mas com seu nome alterado para Embraer EMB-810C Seneca, com qualidade de fabricação semelhante aos critérios adotados pelo fabricante americano.

PIPER PA-34-220T SENECA III
Logo acima, uma das versões mais vendidas da família Piper PA-34 Seneca, o Piper PA-34-220T Seneca III foi fabricado na década de 1980 nos Estados Unidos, pela Piper Aircraft, mas no Brasil ele recebeu o nome Embraer EMB-810D Seneca, fabricado pela Embraer e pela Neiva, sob licença. Muitas unidades desse modelo ainda estão voando, transportando passageiros e cargas, inclusive no Brasil. Com um olhar mais atento, percebe-se as hélices de três pás, que geram menos ruído, e o para-brisa em peça única, dando ao avião um aspecto mais elegante. Logo abaixo, o cockpit com predominância de instrumentos analógicos, mas completo para voos IFR ou voos por instrumentos.
A segunda versão da família Piper PA-34 Seneca, a Piper PA-34-220T Seneca III, foi lançada no início da década de 1980, certificada em 1981. A mudança na designação desse modelo reflete mais uma vez uma melhoria estética, uma melhoria na motorização e uma melhoria nos aviônicos. Foram escolhidos na fabricação da aeronave os motores Continental TSIO-360-KB, com turbocompressor Ray-Jay, com válvula de segurança waste gate, os quais produzem 220 cavalos de potência na decolagem e no início da subida, porém mantêm essa potência somente por alguns minutos, com uma redução em seguida para 200 hp contínuos, tanto para a subida quanto para o voo de cruzeiro.

Com esse aumento da potência e com o limite dos motores aumentado de 2.575 rpm para 2.800 rpm, melhorou a performance de decolagem e subida inicial. Essa terceira versão da aeronave também incorporou um novo para-brisa inteiriço (a peça metálica central foi retirada, resultando em um conjunto mais elegante), um painel de instrumentos metálico, ao invés de plástico e flaps acionados eletricamente.

O peso máximo de decolagem do Piper PA-34 Seneca III foi aumentado ainda mais para aproximadamente 2.150 kg, permitindo uma carga útil melhorada. Parte das unidades do Piper PA-34 Seneca III foi fabricada com sistema elétrico de 14 volts e outra parte foi fabricadas com sistema de 28 volts. O bimotor a pistão Piper PA-34 Seneca III foi a primeira versão da família Piper PA-34 Seneca com o sistema de degelo por meio de boots no bordo de ataque das asas, oferecido como opcional.

A aeronave saía de fábrica com conjunto completo de aviônicos para voos IFR - Instrument Flight Rules, incluindo HSI, flight director e radar meteorológico colorido. Além disso, estava disponível com ar-condicionado e aquecedor opcionais.

Muitas unidades do Piper PA-34 Seneca III ainda estão operando em muitos países, transportando passageiros e cargas, inclusive na América do Norte (Estados Unidos, México e Canadá), atraídos pelo baixo preço de aquisição desse modelo no mercado de aeronaves usadas.

Mais de 940 unidades do Piper PA-34 Seneca III foram fabricadas.

No Brasil, durante as décadas de 1980 e 1990, a Embraer e a sua subsidiária Neiva, conhecida atualmente como Unidade Embraer Botucatu, fabricaram mais de 340 unidades do Piper PA-34-220T Seneca III, sob licença do fabricante americano, mas com seu nome alterado para Embraer EMB-810D Seneca, com qualidade de fabricação semelhante aos critérios adotados pelo fabricante americano.

PIPER PA-34-220T SENECA IV

Logo acima, com um olhar mais atento percebe-se as entradas de ar arredondadas das carenagens dos motores, uma modificação sutil em relação aos modelos anteriores, mas que favorece a aerodinâmica e, portanto, a eficiência do avião. Essa versão da família Piper PA-34 Seneca é intensivamente usada no Brasil para transporte executivo de passageiros por empresas de táxi-aéreo e também para transporte executivo ou particular, a trabalho e/ou lazer. Logo abaixo, o cockpit do avião, com alguns equipamentos já dentro do conceito EFIS - Electronic Flight Instrument System, mas ainda com predominância de instrumentos analógicos.
Em 1994, a Piper Aircraft introduziu no mercado o Piper PA-34-220T Seneca IV, tendo adquirido sua certificação em 1993. Esse modelo é parecido com o Piper PA-34-220T Seneca III, mas oferecendo algumas melhorias, como a modificação na carenagem do motor, com entradas de ar arredondadas, para uma melhor performance em cruzeiro. A fabricante manteve no projeto a técnica contrarrotativa dos modelos anteriores, com a motorização Continental TSIO-360-KB e os pesos máximos permaneceram os mesmos.

O acordo de licenciamento para fabricação de aeronaves entre a Piper e a Embraer foi encerrado no final da década de 1990 e, por consequência, os aviões modelo Seneca passaram a ser disponibilizados ao consumidor brasileiro apenas sob importação dos Estados Unidos, por preços de aquisição maiores. Apesar disso, o Piper PA-34 Seneca continuou sendo bem vendido no Brasil.

A proposta original da Piper, de um produto voltado para agropecuaristas, empresários de executivos de alto poder aquisitivo, que geralmente estão adquirindo seu primeiro avião bimotor (nesses casos, a maioria desses clientes tendem a trocar os seus monomotores por bimotores pela primeira vez), foi mantida com os razoáveis custos operacionais da aeronave, se comparados aos aviões turboélices bimotores e jatos bimotores, ambos com custos operacionais mais altos.

Mais de 70 unidades da versão Seneca IV foram fabricadas.

PIPER PA-34-220T SENECA V

Logo acima, a versão mais recente da família Piper PA-34 Seneca também é intensivamente usada no Brasil para transporte executivo de passageiros por empresas de táxi-aéreo e também para transporte executivo e/ou particular, a trabalho e/ou lazer. Logo abaixo, o cockpit da versão Piper PA-34-220T Seneca V, já totalmente dentro do conceito EFIS - Electronic Flight Instrument System, com predominância de instrumentos digitais, modelo Garmin G1000, a partir de 2014.
Certificado em 1996, o Piper PA-34-220 T Seneca V é a mais moderna versão da família Piper PA-34 Seneca, é a versão mais recente. Ela foi colocada em produção como modelo do ano de 1998, apresentando uma variedade de melhorias, principalmente melhorias relacionadas com aviônicos. Um total de 40 engenheiros estiveram envolvidos no programa de criação, desenvolvimento e certificação dessa  geração da família Piper PA-34 Seneca. 

Novamente, assim como na versão anterior, sutis mudanças estéticas internas e externas foram implementadas, mas agora com mudanças significativas no cockpit, incluindo vários switches (espécie de interruptores) realocados no painel de teto, painel superior ou overhead panel e a introdução da versão Continental TSIO-360-RB de motorização com turbocompressor e intercooler no projeto. Essa versão de motor com turbo dispõe de uma válvula de segurança waste gate para garantir um funcionamento sempre dentro dos limites do motor Continental.

O peso máximo de decolagem do Seneca V foi mantido em 2.150 kg, portanto continua o mesmo peso máximo de decolagem do Seneca III e do Seneca IV. O peso máximo de pouso também foi mantido. Por outro lado, foram implementadas inúmeras melhorias, principalmente melhorias estéticas, de acabamento e de sistemas, incluindo turbocompressor Allied Signal / Garrett com controle automático de pressão, hélices tripá McCauley, com pás do tipo cimitarra, disponíveis como opcional, para reduzir o ruído interno e externo, inclusive com embandeiramento total e dispositivo sincronizador.

Entre 1996 e 2019, essa mais recente versão Piper PA-34 Seneca V foi equipada com pelo menos quatro conjuntos de aviônicos, começando pelo conjunto Bendix-King com GPS KLN 90B, combinado com Garmin GNS 530 / 430, inclusive com a possibilidade de aproximações por GPS; passando pelo Avidyne Entegra; passando pelo conjunto Garmin G600, com tela de 6 polegadas, combinado com o Garmin GNS 530 / 430; até chegar ao Garmin G1000 (veja imagem acima), a partir de 2014, um conjunto completo, com três telas de 10 polegadas e uma pequena tela extra do tipo standby da Aspen, tudo isso combinado com piloto automático S-Tec 55X e TCAS ou alerta de tráfego Garmin GTS 825.

Dentre outros itens de segurança, conforto e desempenho estão a tomada de pitot aquecida elétricamente; o bagageiro dianteiro de até 45 kg de capacidade, combinado com um bagageiro traseiro integrado à cabine de passageiros; o sistema de oxigênio simples para a cabine de passageiros, usado para evitar hipóxia quando próximo ao seu teto de serviço de 5.800 metros; novos bocais de ventilação na cabine de passageiros e cockpit, combinado com o ar condicionado PiperAire; e um pequeno cooler (caixa térmica) na cabine de passageiros para água mineral, bebidas, sucos e refrigerantes.

Finalmente, a partir de 2014, essa versão aprimorada Piper PA-34-220T Seneca V passou a dispor de um bom conjunto de aviônicos para navegação e segurança, composto pelo moderno sistema de navegação EFIS - Electronic Flight Instrument System, composto pelas telas PFD  - Primary Flight Display e pela tela MFD -  Multi Function Display, e seu acabamento interno foi melhorado com emprego de bons materiais.

Mais de 510 unidades da versão Piper PA-34 Seneca V foram fabricadas.

NO BRASIL

Logo acima, um belo exemplar do Embraer EMB-810D Seneca de propriedade de uma empresa de táxi-aéreo brasileira, equivalente ao modelo Piper PA-34-220T Seneca III americano, com praticamente as mesmas especificações técnicas, quase idêntico. As versões Seneca II e Seneca III foram fabricadas no Brasil nas décadas de 1970, 1980 e 1990, inicialmente pela Embraer e posteriormente pela sua subsidiária Neiva. Logo abaixo, a aeronave possui um bagageiro traseiro integrado à cabine de passageiros, o suficiente para a bagagem de até seis ocupantes.
Aqui no Brasil, os aviões bimotores a pistão da linha Piper PA-34 Seneca sempre foram muito bem recebidos, com boa reputação entre operadores e usuários, incluindo as versões nacionalizadas Embraer EMB-810C Seneca, equivalente ao Piper PA-34 Seneca II, e Embraer EMB-810D Seneca, equivalente ao Piper PA-34 Seneca III, fabricadas no Brasil pela Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica e pela sua subsidiária Indústria Aeronáutica Neiva, com mais de 800 unidades fabricadas no Brasil, com a maioria comercializada aqui mesmo, para operadores brasileiros, tanto pessoas físicas (fazendeiros e empresários, principalmente) como pessoas jurídicas (governos, empresas de táxi-aéreo, agroindústrias, indústrias e comércio).

A bem sucedida família Piper PA-34 Seneca foi um grande sucesso mundial de vendas por mais de 50 anos de fabricação seriada nos Estados Unidos e, suas versões nacionais, fabricadas pela Embraer / Neiva fizeram sucesso aqui no Brasil nas décadas de 1970, 1980 e 1990, graças a uma variada combinação de fatores, dentre eles o acordo de licenciamento firmado entre a Piper Aircraft e a fabricante brasileira Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica, que concordaram numa nova denominação EMB-810 para o mesmo projeto básico, seguindo praticamente os mesmos respeitáveis padrões de construção das asas e fuselagem, utilizados nos Estados Unidos.

Segundo o RAB - Registro Aeronáutico Brasileiro, havia no Brasil, em 2023, um total de 1.264 unidades de aviões da família Piper PA-34 Seneca registrados, tanto de pessoas físicas quanto de pessoa jurídicas, utilizados principalmente para transporte executivo, tanto de modelos importados dos Estados Unidos quanto de modelos fabricados aqui no Brasil, sob licenciamento.

MERCADO
É comum no meio aeronáutico a comparação técnica e de mercado do Seneca II, do Seneca III, do Seneca IV e do Seneca V com o seu principal concorrente, o bimotor a pistão Beechcraft Baron B-58 / Beechcraft Baron G-58: O avião da Piper Aircraft acomoda com mais conforto os seus passageiros graças a um projeto de fuselagem um pouco mais larga, enquanto o modelo da Textron Aviation (Beechcraft) oferece um nível de ruído interno atenuado graças a uma construção com emprego de materiais de isolamento acústico mais nobres e melhor vedação das portas.

Os níveis de consumo de combustível dos aviões das duas marcas são próximos e a Textron / Beechcraft se empenhou em projetar e fabricar uma aeronave com robustez estrutural (com duas longarinas para cada asa, inclusive) e motorização mais potente para enfrentar condições problemáticas, principalmente para decolagem com tanques cheios e em dias quentes.

Pela capacidade de pousar e decolar em pistas de pouso curtas e sem pavimentação, o Piper PA-34 Seneca foi escolhido por muitos agropecuaristas, agricultores e agroindustriais brasileiros como o seu meio de transporte para visitas às suas fazendas e/ou agroindústrias e também por muitos empresários e executivos para visitas às filiais de empresas, fornecedores e revendedores.

O Piper Seneca é uma das aeronaves bimotoras leves a pistão mais vendidas do mundo, mais de 5.000 unidades desse modelo foram produzidas.

A Piper Aircraft é representada no Brasil pela JP Martins Aviação, localizada no Aeroporto Campo de Marte, dentro da cidade de São Paulo. É um dos maiores revendedores da Piper Aircraft fora dos Estados Unidos, e também presta serviços de manutenção para toda linha de aviões da marca Piper.

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

SENECA I
  • Capacidade: 1 piloto e 5 passageiros;
  • Comprimento: Aprox. 8,7 metros;
  • Envergadura: Aprox. 12 metros;
  • Altura: Aprox. 3 metros;
  • Área da asa: 19.4 m²;
  • Peso vazio: 1.190 kg;
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 1.810 kg;
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 1.910 kg;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 300 km/h;
  • Motorização (potência): 2 X Lycoming IO-360-C1E6 aspirado (200 hp / cada);
  • Hélices: Hartzell (duas pás);
  • Teto de serviço: Aprox. 5.456 metros;
  • Consumo médio (AVGAS): Aprox. 
  • Consumo médio (AVGAS): Aprox. 
  • Razão de Subida: Aprox. 400 metros / minuto;
  • Alcance: Aprox. 1.200 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Pista de pouso: Aprox. 1.200 metros (lotado / dias quentes);
  • Preço (no Brasil): US$ 98 mil (usado / bom estado de conservação);

SENECA II
  • Capacidade: 1 piloto e 5 passageiros;
  • Comprimento: Aprox. 8,7 metros;
  • Envergadura: Aprox. 12 metros;
  • Altura: Aprox. 3 metros;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 350 km / h;
  • Motorização (potência): 2 X Continental TSIO-360-E turbo ou EB turbo;
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 2.070 kg;
  • Consumo médio (AVGAS): Aprox. 
  • Consumo médio (AVGAS): Aprox. 
  • Razão de Subida: Aprox. 400 metros / minuto;
  • Alcance: Aprox. 1.200 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Pista de pouso: Aprox. 1.200 metros (lotado / dias quentes);
  • Preço mínimo (no Brasil): Aprox. US$ 200 mil (usado / bom estado de conservação);
  • Preço máximo (no Brasil): Aprox. US$ 350 mil (usado / bom estado de conservação);

SENECA III
  • Capacidade: 1 piloto e 5 passageiros;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 350 km/h;
  • Motorização (potência): 2 X Continental TSIO-360-KB turbo (220 hp / cada);
  • Comprimento: Aprox. 8,7 metros;
  • Envergadura: Aprox. 12 metros;
  • Altura: Aprox. 3 metros;
  • Teto de serviço: Aprox. 6.000 metros;
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 2.150 kg;
  • Consumo médio (AVGAS): Aprox. 
  • Consumo médio (AVGAS): Aprox.
  • Razão de Subida: Aprox. 400 metros / minuto;
  • Alcance: Aprox. 1.200 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Pista de pouso: Aprox. 1.200 metros (lotado / dias quentes);
  • Preço mínimo (no Brasil): Aprox. US$ 200 mil (usado / bom estado de conservação);
  • Preço máximo (no Brasil): Aprox. US$ 470 mil (usado / bom estado de conservação);

SENECA IV
  • Capacidade: 1 piloto e 5 passageiros;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 350 km/h;
  • Motorização (potência): 2 X Continental TSIO-360-KB turbo (220 hp / cada);
  • Hélices: McCauley (três pás);
  • Comprimento: Aprox. 8,7 metros;
  • Envergadura: Aprox. 12 metros;
  • Altura: Aprox. 3 metros;
  • Teto de serviço: Aprox. 5.800 metros;
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 2.150 kg;
  • Consumo médio (AVGAS): Aprox. 
  • Consumo médio (AVGAS): Aprox. 
  • Razão de Subida: Aprox. 400 metros / minuto;
  • Alcance: Aprox. 1.200 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Pista de pouso: Aprox. 1.200 metros (lotado / dias quentes / tanques cheios);
  • Preço mínimo (no Brasil): Aprox. US$ 380 mil (usado / bom estado de conservação);
  • Preço máximo (no Brasil): Aprox. US$ 500 mil (usado / bom estado de conservação);

SENECA V
  • Capacidade: 1 piloto e 5 passageiros;
  • Velocidade de Cruzeiro: Aprox. 350 km / h;
  • Motorização (potência): 2 X Continental TSIO-360-RB turbo (220 hp / cada);
  • Hélices: McCauley (três pás);
  • Turbo: Allied Signal Garrett;
  • Injeção de combustível: Bendix;
  • Alternador: 28 volts / 85 ampères;
  • Bateria: 24 volts / 19 ampères;
  • Aviônicos: Bendix King (até 2000);
  • Aviônicos: Garmin (a partir de 2001);
  • Transponder: Garmin;
  • Comprimento: Aprox. 8,7 metros;
  • Envergadura: Aprox. 12 metros;
  • Altura: Aprox. 3 metros;
  • Teto de serviço: Aprox. 5.800 metros;
  • Consumo (AVGAS): Aprox. 
  • Consumo (AVGAS): Aprox. 
  • Pista de pouso: Aprox. 1.200 metros (lotado / dias quentes);
  • Alcance: Aprox. 1.200 quilômetros (75% potência / lotado / com reservas);
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 2.150 kg;
  • Flaps: Elétricos;
  • Trem de pouso: Hidráulico;
  • Tubo de pitot: Aquecido;
  • Freios: A discos, com acionamento hidráulico;
  • Preço mínimo (no Brasil): Aprox. US$ 480 mil (usado / bom estado de conservação);
  • Preço máximo (no Brasil): Aprox. US$ 700 mil (usado / bom estado de conservação);

ONDE COMPRAR

O mercado interno brasileiro possui uma boa quantidade e variedade de aviões usados da família Piper PA-34 Seneca disponíveis para compra, mas a importação de unidades usadas de Piper PA-34 Seneca também é possível para compradores brasileiros. Porém, somando todos os impostos e taxas, o preço final da aeronave já nacionalizada (importada para o Brasil) pode sofrer um acréscimo de cerca de 30% em relação ao preço inicial no exterior.

Não é aconselhável comprar sozinho (a), sem acompanhamento, uma aeronave se não entende do assunto. É aconselhável buscar assessoria profissional especializada e confiável no Brasil para a seleção, a negociação de compra, o cumprimento de todos os trâmites burocráticos relacionados à importação e nacionalização, hangaragem, manutenção e treinamento de tripulação.

Várias empresas idôneas no Brasil oferecem esse tipo de serviço de assessoria e manutenção, dentre elas a TAM Aviação Executiva, a Amaro Aviation, a Goal Aircraft, a Líder Aviação, a Japi Aeronaves, a Voar Aviation / Icon, a Avantto (compartilhamento) e a Global Aircraft. Algumas delas oferecem também o serviço de gerenciamento de aeronaves.

Se você viaja pouco, apenas uma ou duas vezes por mês, para lugares em que não há serviço disponível de linhas aéreas então pode ser mais vantajoso contratar um serviço de táxi-aéreo, ou seja, fretar um avião. Se você precisa viajar muito, uma ou duas vezes por semana, pode ser mais vantajoso comprar um avião só seu ou fazer parte de um grupo de propriedade compartilhada.


SEGURANÇA DE VOO

Estatisticamente, em números aproximados, a aviação comercial e a aviação executiva são os meios de transporte mais seguros que existem, com cerca de três acidentes graves com vítimas fatais para cada um milhão de decolagens realizadas, considerando a média mundial. Porém, se forem levados em consideração apenas os números de países desenvolvidos, como Canadá, Estados Unidos, países da Europa Ocidental, o Japão, a Coreia do Sul, a Austrália e a Nova Zelândia, os números de acidentes para cada um milhão de decolagens são ainda menores, na média cerca de um acidente grave com vítimas fatais.

A família Piper PA-34 Seneca é considerada segura, ela está certificada nos regulamentos FAR Part 23 / RBAC 23, que é considerada uma certificação intermediária. Porém, os pilotos de modelos bimotores a pistão em geral, incluindo as famílias Piper Seneca e Beechcraft Baron, devem buscar um melhor conhecimento e uma melhor compreensão sobre as limitações operacionais deles quando estão voando em uma condição de falha de um dos motores, sem manobras bruscas ou abruptas, pois elas podem resultar na perda de controle do avião...

A pilotagem deve ser cuidadosa e moderada, consciente dos limites operacionais do avião quando em condição monomotor (falha de um dos motores), principalmente em relação aos comandos necessários para realizar curvas, sem abusar dos limites do envelope de voo, que são os padrões ou parâmetros operacionais estabelecidos pelo fabricante do avião, com homologação ou aprovação das autoridades aeronáuticas...

Até o momento, os aviões bimotores a pistão da família Piper PA-34 Seneca se envolveram e/ou foram envolvidos em 305 acidentes graves com vítimas fatais em várias partes do mundo, desde o início de sua fabricação seriada em 1971, o equivalente a cerca de 6% do número total de aeronaves fabricadas.


ACIDENTES GRAVES COM VÍTIMAS FATAIS (FAMÍLIA PA-34)

ACIDENTES

CAUSAS PREDOMINANTES

5

Aproximação mal sucedida sob mau tempo (chuva, nuvens espessas e/ou neblina / nevoeiro)

1

Aproximação mal sucedida sob mau tempo

1

Aproximação mal sucedida sob mau tempo (inexperiência, inabilidade e/ou descuido do piloto)

4

Aproximação mal sucedida

2

Aproximação mal sucedida sob mau tempo, sobre região montanhosa (chuva, nuvens espessas e/ou neblina / nevoeiro)

10

Desorientação espacial sob mau tempo, em voo de cruzeiro (chuva, nuvens espessas e/ou neblina / nevoeiro)

2

Desorientação espacial sob mau tempo, em voo de cruzeiro e sobre região montanhosa (chuva, nuvens espessas e/ou neblina / nevoeiro)

4

Pane seca ou combustível insuficiente para o voo (negligência, imprudência e/ou inexperiência do piloto)

3

Falha de um do motores

3

Formação de gelo nas asas, com perda de controle

3

Perda de controle após falha de um dos motores, durante a decolagem e/ou arremetida

1

Perda de controle após falha de um dos motores, em voo de cruzeiro

3

Tentativa mal sucedida de arremetida, sob mau tempo, com desorientação espacial (chuva, nuvens espessas e/ou neblina / nevoeiro)

2

Tentativa mal sucedida de arremetida, sob mau tempo (chuva forte e/ou ventos fortes)

3

Colapso estrutural causado por mau tempo em voo de cruzeiro (chuva forte e/ou ventos fortes)

1

Colapso estrutural causado por mau tempo em voo de cruzeiro (perda de controle, com excesso de velocidade)

3

Perda de controle em voo de cruzeiro, sob mau tempo (chuva forte e/ou ventos fortes)

2

Confusão na cabine, após a falha de um dos motores (nervosismo, perplexidade, tensão e/ou inexperiência da tripulação)

2

Operação inadequada da seletora de combustível (pane seca)

2

Impacto acidental da aeronave contra observador em solo, ao lado da pista de pouso e/ou durante taxiamento

2

Problemas de saúde do piloto

3

Manutenção inadequada do avião

1

Falha de funcionamento do profundor / stabilator / compensador (manutenção inadequada)

1

Perda de controle após a falha de um dos motores

1

Colisão contra o solo após manobra arriscada de sobrevoo intencional de residência a baixa altura

1

Tentativa mal sucedida de realizar manobras acrobáticas em avião não homologado para tais manobras

1

Desintegração de uma das hélices, com perda de controle

1

Desorientação espacial logo após a decolagem, sobre região montanhosa e sob mau tempo (nuvens espessas, chuva e/ou neblina / nevoeiro)

1

Desorientação espacial à noite, durante a subida

1

Desorientação espacial em voo de cruzeiro, sobre o mar e à noite

1

Desorientação espacial logo após a decolagem, causada por nuvens espessas, chuva e/ou neblina / nevoeiro

1

Tentativa mal sucedida de pouso visual, em aeródromo privado, mas em condições de baixa visibilidade (indisciplina, negligência, imprudência e/ou temeridade do piloto)

1

Hipóxia em voo de treinamento (falha do instrutor)

1

Comportamento temerário, arrogante, indisciplinado, negligente e/ou imprudente do proprietário do avião

1

Piloto não habilitado para voos por instrumentos

1

Falha de um dos motores (manutenção inadequada)

1

Excesso de peso, com perda de controle

1

Falha do instrutor e/ou do aluno durante voo de treinamento

1

Cansaço e/ou sonolência do piloto

1

Pouso mal executado (falha humana)

1

Inexperiência e/ou inabilidade do piloto

1

Procedimento inadequado de decolagem e/ou subida inicial

1

Comportamento insubordinado do aluno, durante voo de instrução

1

Colisão de tráfego em voo de treinamento (falha do instrutor)

1

Insistência do piloto em voar VFR quando em condições IFR

1

Desbalanceamento (assimetria de peso) do avião, fora do centro de gravidade, com perda de controle em voo

1

Colisão contra terreno montanhoso (falha humana)

1

Perda inadvertida de controle em voo noturno, causada por indisciplina dos tripulantes (sexo a bordo)

1

Colisão inadvertida contra linhas de transmissão de energia

1

Superaquecimento dos cabos de conexão com os polos da bateria, com uso de cabos inadequados (manutenção inadequada)

 

 

 

A análise por amostragem no quadro logo acima levou em consideração os acidentes graves com vítimas fatais ocorridos nas décadas de 1990, 2000, 2010 e década atual com os modelos da família Piper PA-34 Seneca com matrículas americanas e brasileiras, nos Estados Unidos e no Brasil, dois países em que o número de exemplares registrados dessa família é significativo.

Para tornar o resultado deste trabalho o mais preciso possível, esta pesquisa ou estatística por amostragem levou em consideração as ocorrências em território americano, com aeronaves de matrícula americana, e em território brasileiro, com aeronaves de matrícula brasileira. Não foram levados em consideração neste cálculo os casos com investigações inconclusivas, os casos de suicídio, os casos de tráfico de drogas e/ou armas, os casos de investigações ainda não concluídas e os casos de acidentes ocorridos durante as fases de desenvolvimentos desses modelos de aeronaves, dentre mais algumas exceções.

Não foi possível reunir e analisar todos os dados de acidentes fatais nos quais a família Piper PA-34 Seneca se envolveu e/ou foi envolvida nas décadas de 1970 e 1980, ou seja, desde o início da fabricação seriada, em 1971. Por isso, este blog traz apenas uma análise dos dados relacionados aos acidentes fatais ocorridos nas décadas de 1990, 2000 e 2010, além, é claro, da década atual de 2020. Além disso, a análise foi limitada às unidades de matrícula americana e brasileira.


TRÊS VISTAS


GALERIA DE IMAGENS
Logo acima, o moderno cockpit do Seneca V, a mais recente versão do bimotor a pistão da Piper. O painel é composto pelos aviônicos no conceito EFIS - Electronic Flight Instrument System, modelo Garmin G1000, com duas telas PFD - Primary Flight Display, ou primárias, e uma tela MFD - Multi Function Display, ou multifuncional. Logo abaixo, um exemplo típico de cockpit convencional do Seneca em suas versões anteriores, com instrumentos analógicos, entretanto certificado para operação por instrumentos.



Logo acima, uma das opções de acabamento disponíveis para as versões Seneca III, Seneca IV e Seneca V, tanto como item de série quanto por meio meio de um trabalho de retrofit, que é uma reforma do acabamento interno do avião, solicitado pelo proprietário às oficinas especializadas nesse tipo de serviço, aqui no Brasil. Logo abaixo, um exemplar do Seneca V, também com acabamento interno também com revestimento dos assentos em couro e também com um um cooler (caixa térmica) instalado entre os dois assentos intermediários, para água mineral, refrigerantes e sucos.



Logo acima, uma imagem publicitária da década de 1980, a versão brasileira do Seneca III, renomeada para Embraer EMB810D Seneca, fabricada no Brasil pela Embraer, um dos modelos de aviões bimotores a pistão mais bonitos daquela época e que ainda hoje agrada pela estética elegante. Logo abaixo, a versão brasileira do Seneca II, licenciada pela Piper Aircraft para ser fabricada no Brasil, pela Embraer, renomeada para Embraer EMB810C Seneca. Observe atentamente que o Seneca II tem o para-brisa bipartido, com uma peça metálica, enquanto o Seneca III possui para-brisa inteiriço.



Logo acima, o acabamento interno das versões mais recentes do Seneca é bom e o espaço interno é suficiente para quatro passageiros adultos na parte detrás da cabine, em club seat, isto é, quatro passageiros frente a frente, e mais um passageiro adulto ao lado do piloto. Porém, não é permitido que o passageiro ao lado do piloto toque nos controles de voo... Logo abaixo, imagem em close do novo painel do Seneca V, com aviônicos Garmin, no conceito glass cockpit.



Logo acima, as versões do Piper Seneca e Embraer Seneca com motorização turbinada são as mais adequadas para sobrevoar regiões montanhosas e/ou  altas, principalmente em razão da melhor performance do turbocompressor para operar em ambientes com ar menos denso. Logo abaixo, é comum ver esses dois modelos de aeronaves em aeroportos e aeródromos do interior, com ou sem pistas de pouso pavimentadas.



Logo acima, as manetes (ou os manetes) de potência do bimotor a pistão Piper Seneca, localizados no console central. O eventual quinto passageiro ao lado do piloto não pode tocá-las... Além disso, a operação do avião por empresa de táxi-aéreo exige um copiloto, o que limita a capacidade do avião para quatro passageiros. Logo abaixo, o coração da máquina, o motor Continental IO-360 com injeção direta, turbocompressor e seis cilindros horizontais opostos.


VEJA TAMBÉM

Atenção: As informações, conceitos e valores (preços) emitidos neste artigo ou página são apenas de caráter informativo e podem não estar absolutamente precisos e rigorosos, pois esse não é o objetivo do blog. Para informações, conceitos e valores mais precisos e rigorosos entre em contato com o fabricante e/ou com seu representante de vendas.


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Piper_Seneca
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Piper_Aircraft
  • Piper (divulgação): Imagens
  • Embraer (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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