AEROSPATIALE CONCORDE
AÉROSPATIALE
CONCORDE
BRITISH AIRCRAFT CONCORDE
SUD AVIATION CONCORDE
SUD AVIATION CONCORDE
INTRODUÇÃO
Logo acima, o jato comercial quadrimotor supersônico Concorde, fabricado na França e na Inglaterra pelas empresas europeias Aérospatiale e British Aircraft, aquela conhecida atualmente como Airbus Group e esta conhecida atualmente como BAE Systems. Logo abaixo, mais uma imagem do clássico e ousado avião para transporte de passageiros.
O Concorde é uma antiga, sofisticada e muito ousada aeronave comercial quadrimotor de grande porte, de alcance intercontinental e de velocidade supersônica, com motorização turbojato e com capacidade para transportar entre 80 e 120 passageiros, dependendo da configuração de assentos em classe única adotada, desenvolvida e fabricada no Reino Unido e na França pela British Aircraft Corporation, conhecida posteriormente, anos depois, como British Aerospace e BAE Systems, e pela Aerospatiale, conhecida posteriormente, anos depois, como EADS e Airbus Group, respectivamente, nas décadas de 1960 e 1970.
O Concorde é uma antiga, sofisticada e muito ousada aeronave comercial quadrimotor de grande porte, de alcance intercontinental e de velocidade supersônica, com motorização turbojato e com capacidade para transportar entre 80 e 120 passageiros, dependendo da configuração de assentos em classe única adotada, desenvolvida e fabricada no Reino Unido e na França pela British Aircraft Corporation, conhecida posteriormente, anos depois, como British Aerospace e BAE Systems, e pela Aerospatiale, conhecida posteriormente, anos depois, como EADS e Airbus Group, respectivamente, nas décadas de 1960 e 1970.
O seu único concorrente direto foi o avião supersônico russo Tupolev Tu-144, mas a origem desse avião até hoje não foi bem explicada, inclusive com acusação de espionagem contra o governo da então União Soviética, conhecida atualmente como Rússia. Além disso, o avião soviético não conseguiu superar sérios problemas técnicos como, por exemplo, o elevado consumo de combustível, o alcance insatisfatório e o alto nível de ruído dentro da cabine de passageiros.
A BAC E A AEROSPATIALE
Logo acima, o logotipo da Aérospatiale, a empresa estatal antecessora do consórcio europeu EADS e da atual corporação gigante europeia Airbus Group. Logo abaixo, o logotipo da British Aircraft Corporation, a empresa privada antecessora da British Aerospace e da BAE Systems, também uma gigante europeia de alta tecnologia aeroespacial.
A empresa britânica BAE Systems, conhecida anteriormente, até 1999, como British Aerospace, e, até 1977, como British Aircraft Corporation e Hawker Siddeley, é, atualmente, uma das maiores e mais tradicionais fabricantes do ramo tecnológico aeroespacial e militar terrestre no mundo. Ela foi fundada na Inglaterra em 1999 e está sediada atualmente em Farnborough, na Inglaterra. É uma gigante de altíssima tecnologia, e atua principalmente na fabricação de equipamentos e aparelhos militares, empregando mais de 100.000 pessoas, principalmente no Reino Unido.
A
empresa europeia Airbus Group, conhecida anteriormente, até 2014,
como EADS – European Aeronautic, Defense and Space Company, e, até
o ano 2000, como Aerospatiale Matra, da França, CASA –
Construcciones Aeronáuticas, da Espanha, e DASA – Daimler
Aerospace, da Alemanha, é, atualmente, é uma das maiores e mais
tradicionais multinacionais do ramo tecnológico aeroespacial no
mundo. A Airbus Group está sediada atualmente em Leiden, na Holanda,
mas é uma companhia de perfil europeu, com a maioria de suas
fábricas próprias e fornecedores concentrada em países europeus,
incluindo França, Alemanha, Espanha, Inglaterra e Itália. É uma
gigante de altíssima tecnologia, e atua principalmente na fabricação
de aviões civis e militares, helicópteros civis e militares,
satélites e foguetes. empregando mais de 130 mil pessoas.
PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS
Logo acima, a cabine de passageiros do Concorde, com capacidade para até 120 passageiros em alta densidade, numa configuração convencional de assentos, mas com serviço de bordo equivalente aos serviços de primeira classe da época. Logo abaixo, o jato de altíssima performance na linha de produção da Aérospatiale, na França, construído em alumínio e ligas metálicas.
O Concorde é um sofisticado e muito ousado projeto de aeronave supersônica de grande porte de perfil comercial, com design futurista e aerodinâmica extremamente refinada, impulsionada por quatro motores turbojatos com pós combustores e com fuselagem e asas com construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com um corredor central na sua cabine de passageiros. Apesar da idade do projeto, pode-se dizer que é uma aeronave sofisticada e de altíssima performance. Foi um dos mais emblemáticos e icônicos símbolos da alta tecnologia aeroespacial europeia das décadas de 1970, 1980 e 1990.
O Concorde é um sofisticado e muito ousado projeto de aeronave supersônica de grande porte de perfil comercial, com design futurista e aerodinâmica extremamente refinada, impulsionada por quatro motores turbojatos com pós combustores e com fuselagem e asas com construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com um corredor central na sua cabine de passageiros. Apesar da idade do projeto, pode-se dizer que é uma aeronave sofisticada e de altíssima performance. Foi um dos mais emblemáticos e icônicos símbolos da alta tecnologia aeroespacial europeia das décadas de 1970, 1980 e 1990.
O
nome Concorde é uma alusão clara e direta à palavra francesa
concorde, que significa acordo.
É
um avião antigo, mas ainda hoje impressiona observadores, profissionais e
entusiastas da aviação, principalmente pela sua altíssima velocidade de
cruzeiro e pelo seu design muito ousado. Ele pode ser facilmente
identificado pelo seu aspecto externo incomum com um grande conjunto
de duas asas que lhe dão o formato delta e sua elegante
fuselagem esbelta com nariz pontudo e deriva aerodinâmica. Esse
formato é semelhante ao dos jatos militares supersônicos típicos
das décadas de 1970 e 1980, também com asas em delta, como o
Dassault Mirage, por exemplo.
O
Concorde não voa mais, as suas operações comerciais foram
encerradas em 2003. No entanto, ele possui capacidade para transportar
entre 80 e 120 passageiros em seus assentos, dependendo
da configuração de assentos adotada pela companhia aérea. Ele
transportou passageiros durante quase três décadas pela companhia aérea BOAC, conhecida atualmente como British Airways, e pela Air
France.
O
Concorde era operado por uma tripulação formada pelo piloto
principal, o comandante da aeronave, acompanhado do co-piloto e do
engenheiro de voo. Na cabine de passageiros o serviço de bordo era
prestado por várias comissárias e/ou comissários, com serviço equivalente ao de primeira classe das companhias aéreas da época, embora se tratasse de uma configuração de classe única.
Ambos os fabricantes e ambas as companhias europeias realizaram uma série de voos de teste e de demonstração ao redor do globo, a partir do ano de 1974, quando
recordes aeronáuticos foram estabelecidos e até hoje não
superados. No total, foram mais de 5.000 horas voadas com os seis primeiros
modelos do Concorde, protótipos, aviões que não foram utilizados
comercialmente, sendo mais de 1.600 horas de testes em voo supersônico.
Voar
no Concorde era uma experiência única. O Concorde era um símbolo
de status, quase um privilégio, algo inesquecível. O custo da passagem ida e volta entre Nova York e Londres era altíssimo, o equivalente hoje a cerca de US$ 13 mil ou R$ 65 mil, com o serviço de bordo com pratos finos incluso. As duas operadoras optaram por uma configuração de média densidade, com espaçamento bastante razoável entre fileiras de poltronas, o suficiente para reclinar moderadamente o assento para tirar um cochilo durante o voo.
Tendo mais que o dobro da velocidade de cruzeiro que qualquer aeronave comercial ou executiva já construída e comercializada em série pela humanidade, aproximadamente 2.300 km/h, ele foi capaz de realizar algo memorável: Um Concorde e um Boeing 747, ambos da Air France, decolaram ao mesmo tempo, o Concorde, a partir de Boston, nos Estados Unidos, e o Boeing 747, a partir de Paris, capital da França. O Concorde sobrevoou o Oceano Atlântico, chegou em Paris, ficou uma hora no solo para reabastecimento e retornou a Boston, pousando 11 minutos antes do Boeing 747.
Tendo mais que o dobro da velocidade de cruzeiro que qualquer aeronave comercial ou executiva já construída e comercializada em série pela humanidade, aproximadamente 2.300 km/h, ele foi capaz de realizar algo memorável: Um Concorde e um Boeing 747, ambos da Air France, decolaram ao mesmo tempo, o Concorde, a partir de Boston, nos Estados Unidos, e o Boeing 747, a partir de Paris, capital da França. O Concorde sobrevoou o Oceano Atlântico, chegou em Paris, ficou uma hora no solo para reabastecimento e retornou a Boston, pousando 11 minutos antes do Boeing 747.
Turbulência
era uma condição desagradável que raramente o Concorde enfrentava,
devido a sua grande altitude de voo. Olhando pela janela podia-se ver
claramente a curvatura do globo terrestre. A aeronave era mais rápida
que a velocidade de rotação da Terra, e isso se fazia notar quando
ela decolava após o pôr do sol de Londres e chegava a Nova York ainda de dia. Porém, por se tratar de um avião supersônico, o
Concorde emitia ruído e poluição acima dos níveis considerados aceitáveis para a época, e assim, por algum tempo,
restrições ambientais impediram sua operação nos Estados Unidos, até que as autoridades aeronáuticas americanas autorizaram sua operação após várias demostrações de sua viabilidade pelos fabricantes.
Foram fabricados no total 20 unidades de Concorde, sendo 6 unidades de protótipos para testes estáticos e de voo e 14 unidades para voos comerciais. O Concorde tem o mérito de ser o primeiro avião comercial da história da indústria aeronáutica a ser introduzido no mercado com o sistema de controles de voo precursor do que hoje conhecemos como fly-by-wire, baseado em fios e impulsos ou pulsos elétricos.
Foram fabricados no total 20 unidades de Concorde, sendo 6 unidades de protótipos para testes estáticos e de voo e 14 unidades para voos comerciais. O Concorde tem o mérito de ser o primeiro avião comercial da história da indústria aeronáutica a ser introduzido no mercado com o sistema de controles de voo precursor do que hoje conhecemos como fly-by-wire, baseado em fios e impulsos ou pulsos elétricos.
HISTÓRIA
Logo acima, uma imagem do jato franco-britânico decolando de um aeroporto internacional. Logo abaixo, a aeronave não passava despercebida nas décadas de 1970, 1980 e 1990, em todos os aeroportos ela chamava a atenção por suas linhas estéticas muito ousadas, esbeltas e futuristas. Era o mais sofisticado jato comercial da década de 1970, embora não tenha alcançado sucesso comercial.
O Concorde é um antigo avião comercial a jato franco-britânico com velocidade de cruzeiro supersônica para transporte internacional e intercontinental de passageiros. Ele foi fabricado entre 1965 e 1978 pelo consórcio formado pela então fabricante britânica de aviões BAC – British Aircraft Corporation e pela então fabricante francesa de aviões Sud Aviation, a antecessora da Aerospatiale. Seus voos comerciais começaram em 1976 e terminaram em 2003, tendo sido operado apenas pelas companhias BOAC / British Airways e Air France.
O Concorde é um antigo avião comercial a jato franco-britânico com velocidade de cruzeiro supersônica para transporte internacional e intercontinental de passageiros. Ele foi fabricado entre 1965 e 1978 pelo consórcio formado pela então fabricante britânica de aviões BAC – British Aircraft Corporation e pela então fabricante francesa de aviões Sud Aviation, a antecessora da Aerospatiale. Seus voos comerciais começaram em 1976 e terminaram em 2003, tendo sido operado apenas pelas companhias BOAC / British Airways e Air France.
O
jato comercial supersônico quadrimotor foi criado a partir da
percepção dos investidores e executivos das fabricantes British
Aircraft e Sud Aviation sobre o então mercado inexplorado de
transporte aéreo internacional e intercontinental de passageiros na
velocidade supersônica, ou seja, na época não existia nenhum
modelo de aeronave comercial supersônica disponível no mercado. E
até hoje não existe.
A
tecnologia para voar a velocidades acima da velocidade do som foi criada nos meios
militares americanos, europeus e soviéticos a partir da década de
1960, com o seu desenvolvimento nas décadas seguintes. Na década
de 1970, por exemplo, já havia tecnologia de propulsão supersônica
nos Estados Unidos e na Europa para emprego militar que poderia ser
adaptada ao uso civil no transporte de passageiros. A indústria
aeronáutica americana não teve a mesma ousadia (há quem diga
audácia) da indústria aeronáutica europeia.
Teoricamente,
a base ou início da velocidade supersônica é 1.200 km/h, ao nível do mar. Esse é
o ponto de partida para qualquer aeronave militar ou civil ser
considerada supersônica. Nessa velocidade está a barreira do som,
ou seja, é nela que o som se propaga na atmosfera natural conhecida.
Vale lembrar que o som não se propaga no vácuo e o espaço
(qualquer ponto acima da atmosfera terrestre) não tem ar, portanto é
um vácuo natural. Já as ondas eletromagnéticas usadas em
telecomunicações formam um fenômeno natural diferente, um outro fenômeno, elas
são uma faixa do espectro de luz invisível ao olho humano, e, como muitas pessoas sabem, a luz viaja a velocidade muito
superior à velocidade do som, dentro de qualquer atmosfera transparente e no
espaço, desde que não haja barreiras físicas significativas.
Nas
décadas de 1960 e 1970, novos e inéditos projetos americanos e
europeus de aeronaves comerciais a jato para transporte internacional
e intercontinental de passageiros foram desenvolvidos e colocados em
prática por meio da fabricação em larga escala, incluindo os
quadrimotores americanos Boeing 707 e Douglas DC-8, todos eles com
velocidade de cruzeiro sempre abaixo de 950 km/h, ou seja,
velocidades subsônicas.
Nas
décadas de 1950 e 1960, governos de vários países europeus,
principalmente da Inglaterra, levaram em consideração vários
projetos militares para serem adaptados ao transporte civil
supersônico de passageiros. O Governo da Inglaterra, por exemplo,
levou em consideração vários projetos militares, até escolher o
projeto Fairey Delta 2, de origem inglesa, como a base para a criação
do Concorde, cujo design original foi criado pela Handley Page, como o
projeto civil HP.115, usando vários conceitos básicos do Fairey
Delta 2.
Em
1962, ingleses e franceses assinaram um acordo para desenvolvimento
em conjunto de uma aeronave comercial supersônica para transporte de
passageiros. Estiveram envolvidas no projeto do Concorde pelo menos
quatro empresas de alto nível tecnológico, a British Aircraft e a Rolls Royce, ambas da
Inglaterra, a Sud Aviation (posteriormente Aérospatiale), e a SNECMA, estas três da França.
O
projeto de criação, desenvolvimento e os primeiros gastos para a
fabricação do Concorde envolveram a gigantesca soma de £ 170
milhões (libras), que é a moeda inglesa, o equivalente hoje a cerca de US$ 1,3 bilhão, em valores atualizados. Cada unidade do Concorde
foi vendida por cerca de £ 23 milhões em 1977, o equivalente hoje a
cerca de US$ 170 milhões, um pequena fortuna por aeronave fabricada.
Mesmo assim, as 14 unidades vendidas não foram o suficiente para
cobrir os custos totais do projeto. Isto significa que o projeto do
Concorde não deu lucro. Como se tratava de um projeto de vanguarda e, até certo ponto, um laboratório para levar novíssimas tecnologias desenvolvidas para outros projetos posteriores da indústria aeronáutica europeia, como o Airbus A300, por exemplo, esse gigantesco investimento foi absorvido em parte pelos governos britânico e francês.
A
construção do primeiro protótipo francês começou em 1965 pela Sud Aviation em Toulouse, na França, e foi concluída em 1967. Após
quinze meses de testes em solo, o Concorde decolou para seu primeiro
voo de teste em 1969. O segundo protótipo foi construído em 1969
pela BAC – British Aircraft Corporation em Filton, na Inglaterra, e
decolou para seu primeiro voo de testes pouco tempo depois.
Dois
protótipos, o 001 e 002, foram produzidos para aperfeiçoamentos no
projeto inicial. Mais dois protótipos foram construídos, o 101 e o
102, como aeronaves de pré-produção, e também serviram para
refinar o projeto, de forma a aproximá-lo da configuração ideal
para o serviço comercial. Foram feitas alterações no projeto dos
motores, ensaios de rolagem em pista molhada, ensaios de altitude, em
altas e baixas temperaturas e testes de sistemas e componentes com as
novas tecnologias que estavam surgindo, como reversores de empuxo e
freios de carbono. Também foi reprojetada a seção de nariz, com
inclinação para uma melhor visibilidade do piloto nas operações
de pousos e decolagens.
As
unidades 201 e 202 também nunca entraram em serviço comercial,
sendo utilizadas em testes como as anteriores, como treinamento da
tripulação, testes de rotas, de resistência, refinamento técnico
e desenvolvimento. Portanto, das vinte unidades produzidas, apenas
quatorze operaram comercialmente, sete pela British Airways e sete
pela Air France.
Em
1971, o Concorde começou a sua série de voos de demonstração em
uma turnê mundial, inclusive inaugurando o Aeroporto Internacional
Dallas Fort Worth em 1973, quando a aeronave visitou os Estados
Unidos.
ALTA TECNOLOGIA
Logo acima, uma ilustração simplificada do sistema de controle de voo do Concorde, que utilizava superfícies aerodinâmicas convencionais, como elevons e lemes, por exemplo, combinadas com o bombeamento intercambiável de combustível entre os tanques. Logo abaixo, mais uma ilustração simplificada, desta vez para mostrar as partes estruturais aquecidas da aeronave em voo de cruzeiro, em graus Celsius.
O emblemático jato quadrimotor para transporte comercial de passageiros Concorde elevou a aviação comercial ocidental para um novo patamar de tecnologia a partir da década de 1970. Ele foi o principal responsável por introduzir tecnologias pioneiras na época. A aeronave se tornou um ícone de sofisticação estrutural, de sistemas e de refinamento aerodinâmico, com tecnologia muito avançada para a época e aerodinâmica extremamente refinada, combinados com altíssima performance.
O avião se tornou um símbolo de alta tecnologia, um símbolo da capacidade técnica da indústria aeronáutica e aeroespacial europeia, comparável, no contexto de demostração de capacidade tecnológica, a outras vitrines tecnológicas da época, da década anterior e da década seguinte, como, por exemplo, ao programa americano Apollo, ao ônibus espacial americano, ao antigo satélite russo Sputnik e ao foguete russo Soyuz.
Na década de 1960, já era de conhecimento do mercado aeronáutico mundial que o Reino Unido e a França dominavam alta tecnologia aeronáutica e aeroespacial, ou seja, já faziam parte de uma elite de construtores aeronáuticos e aeroespaciais, mas a partir da década de 1970, com o lançamento de Concorde, isso ficou evidente até para quem não viajava de avião.
O Concorde foi o pioneiro ou um dos pioneiros nas seguintes tecnologias:
ALTA TECNOLOGIA
Logo acima, uma ilustração simplificada do sistema de controle de voo do Concorde, que utilizava superfícies aerodinâmicas convencionais, como elevons e lemes, por exemplo, combinadas com o bombeamento intercambiável de combustível entre os tanques. Logo abaixo, mais uma ilustração simplificada, desta vez para mostrar as partes estruturais aquecidas da aeronave em voo de cruzeiro, em graus Celsius.
O emblemático jato quadrimotor para transporte comercial de passageiros Concorde elevou a aviação comercial ocidental para um novo patamar de tecnologia a partir da década de 1970. Ele foi o principal responsável por introduzir tecnologias pioneiras na época. A aeronave se tornou um ícone de sofisticação estrutural, de sistemas e de refinamento aerodinâmico, com tecnologia muito avançada para a época e aerodinâmica extremamente refinada, combinados com altíssima performance.
O avião se tornou um símbolo de alta tecnologia, um símbolo da capacidade técnica da indústria aeronáutica e aeroespacial europeia, comparável, no contexto de demostração de capacidade tecnológica, a outras vitrines tecnológicas da época, da década anterior e da década seguinte, como, por exemplo, ao programa americano Apollo, ao ônibus espacial americano, ao antigo satélite russo Sputnik e ao foguete russo Soyuz.
Na década de 1960, já era de conhecimento do mercado aeronáutico mundial que o Reino Unido e a França dominavam alta tecnologia aeronáutica e aeroespacial, ou seja, já faziam parte de uma elite de construtores aeronáuticos e aeroespaciais, mas a partir da década de 1970, com o lançamento de Concorde, isso ficou evidente até para quem não viajava de avião.
O Concorde foi o pioneiro ou um dos pioneiros nas seguintes tecnologias:
- Asas em delta;
- Controle de voo fly-by-wire analógico. Na época, os computadores ainda não faziam a intermediação entre as ações da tripulação e os controles de voo;
- Capacidade de voo supersônico supercruise, portanto sem o uso de pós-combustor em altitude de cruzeiro e velocidade supersônica;
- Piloto automático, combinado com autothrottle;
- Sistema hidráulico triplo, de alta pressão, com 4.100 psi, complementado por uma RAT - Ram Air Turbine, para eventuais emergências;
- Freios by-wire, também analógico;
- Controle automatizado do centro de gravidade, por meio do fluxo intercambiável (transferência) de combustível nos tanques, ou seja, a aeronave usava o peso do combustível nos tanques para tornar viável a sua manobrabilidade em voo, na decolagem e no pouso;
- Fabricação de peças e partes por meio de usinagem metálica, reduzindo assim o peso final da estrutura da aeronave em relação a outros tipos de construção da época;
- Motor turbojato Snecma / Rolls-Royce Olympus, de altíssimo desempenho;
- Construção da estrutura em ligas metálicas, incluindo o Hiduminium, uma liga de alumínio de alta resistência, com margem de tolerância de até 127º Celsius ou centígrados em voo de cruzeiro, a 18.000 metros de altitude, resultando em uma vida útil de até 45.000 horas de voo;
- Parte do sistema de refrigeração da cabine de passageiros usava, acredite, fluxo de combustível como líquido dissipador de calor;
- Tinta branca reflexiva de raios solares na fuselagem e nas asas para reduzir o aquecimento da estrutura da aeronave;
MERCADO
Apenas
um modelo de Concorde foi fabricado, com capacidade para transportar
entre 80 e 120 passageiros em viagens internacionais e
intercontinentais. Ele começou a ser fabricado em série a partir de
1968 e o seu primeiro operador foi a companhia aérea britânica BOAC
/ British Airways, que encomendou apenas 7 unidades. O Concorde não
foi um sucesso de vendas, somente 20 unidades foram fabricadas e apenas 14 unidades foram comercializadas.
A
crise do petróleo da década de 1970, causada pela redução abrupta
e proposital da extração, processamento e comercialização de
petróleo dos países formadores da OPEP – Organização dos Países
Produtores e Exportadores de Petróleo, com o consequente aumento abrupto do preço do produto no varejo, foi um dos principais
causadores, talvez o maior causador, do fracasso comercial do
Concorde, com apenas 14 encomendas.
Em
1976 o Concorde iniciou voos comerciais ligando Paris ao Rio de
Janeiro, com uma escala em Dakar, capital do Senegal, um país do
continente africano. Essa linha comercial ou rota durou pouco tempo.
O
serviço de passageiros com o Concorde permaneceu sem acidentes por
cerca de 24 anos, atendendo regularmente, além de Nova Iorque e
Washington, as cidades de Miami, Bridgetown (Barbados), Caracas, Ilha
de Santa Maria, Dakar, Bahrain, Singapura, Cidade do México e Rio de
Janeiro. Porém, somente as rotas Paris / Nova York e Londres / Nova York se firmaram comercialmente ao longo dos anos.
O avião rodou o mundo nas duas direções por alguns anos, visitando todos os continentes, exceto a Antártida. Porém, em 25 de julho de 2000, uma das unidades de Concorde da Air France teve um acidente fatal, causado por uma peça de um Douglas DC-10 da Continental Airlines, que se soltara na pista minutos antes da decolagem do Concorde. Este acidente levou à paralisação de toda a frota francesa e britânica e é considerado como a principal causa do fim definitivo dos voos regulares do Concorde.
O avião rodou o mundo nas duas direções por alguns anos, visitando todos os continentes, exceto a Antártida. Porém, em 25 de julho de 2000, uma das unidades de Concorde da Air France teve um acidente fatal, causado por uma peça de um Douglas DC-10 da Continental Airlines, que se soltara na pista minutos antes da decolagem do Concorde. Este acidente levou à paralisação de toda a frota francesa e britânica e é considerado como a principal causa do fim definitivo dos voos regulares do Concorde.
Após
o acidente, o Concorde sofreu algumas modificações, retornando ao
serviço de passageiros 15 meses após. Porém, em 10 de abril de
2003, Air France e British Airways decidiram juntas encerrar os voos
comerciais da aeronave.
Dos
vinte Concordes produzidos, dezessete estão expostos para visitação,
um na fábrica da Airbus, em Toulouse, na França, quatro em
aeroportos e doze em museus aeroespaciais:
- Museu Aeroespacial de Le Bourget, em Le Bourget, na França;
- Museu Aeronáutico de Yeovilton, em Somerset, na Inglaterra;
- Museu de Duxford, em Cambridgeshire, na Inglaterra;
- Museu Delta, em Orly, na França;
- Fábrica da Airbus (exposto), em Toulouse, na França;
- Museu de Brooklands, na Inglaterra;
- Aeroporto de Manchester (exposto), na Inglaterra;
- Museu Aeroespacial Smithsonian, em Washington, nos Estados Unidos;
- Museu Nacional de Aeronáutica, em Edimburgo, na Escócia (Reino Unido);
- Museu do Automóvel de Sinchein, em Baden-Wurttemberg, na Alemanha;
- Aeroporto de Heathrow (exposto), em Londres, na Inglaterra;
- Museu Aeronáutico Aeroscopia, em Toulouse, na França;
- Museu Marítimo Intrepit, em Nova York, nos Estados Unidos;
- Aeroporto Grantley Adams (exposto), em Barbados;
- Museu Aeroespacial de Seattle, em Seattle, nos Estados Unidos;
- Aeroporto Charles de Gaulle (exposto), em Paris, na França;
- Centro Aeroespacial Bristol, em Bristol, na Inglaterra;
FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
- Capacidade: 80 até 120 passageiros (classe única);
- Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto, 1 engenheiro e 3 ou 4 comissárias;
- Comprimento: Aprox. 62 metros;
- Envergadura: Aprox. 26 metros;
- Altura: Aprox. 12 metros;
- Peso máximo de decolagem: Aprox. 185.000 kg;
- Motorização (potência / empuxo): 4 X RR / Snecma Olympus 593 (37.790 libras / cada);
- Motorização: Turbojato, com pós-combustão;
- Velocidade de cruzeiro: Aprox. 2.150 km / h;
- Alcance: Aprox. 7.200 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
- Teto de serviço: Aprox. 18.000 metros;
- Consumo médio (QAV): Aprox. 0,7 litro / passageiro / km voado;
- Consumo médio (QAV): Aprox. 18.000 litros / hora;
- Pista de pouso: Aprox. 3.600 metros (lotado / dias quentes);
TRÊS VISTAS
VEJA TAMBÉM
- Aileron
- Amazônia
- ATR-42
- ATR-72
- Abdução (Ufologia)
- Turbofan
- Trimotor
- Saab JAS 39 Gripen NG
- AVGAS (Gasolina de Aviação)
- Extraterrestre (Ufologia)
- Quadrimotor
- Beechcraft
- Programa FX2 (Força Aérea Brasileira)
- Bimotor
- Boeing 747
- Agricultura e Pecuária
- Pesos e Medidas
- Ônibus Espacial
- UFO/ OVNI (Ufologia)
- Bombardier Q Series
- Monomotor
- Cessna Citation
- Longarina (Engenharia Aeronáutica)
- Bombardier Learjet
- Apicultura (Mel e Própolis)
- Iridium (Telefonia por Satélite)
- Neiva (Indústria Aeronáutica)
- Caso ET de Varginha
- Cirrus Aircraft
- Satélites (Telecomunicações)
- Indústria Automobilística
- Embraer EMB-120 Brasilia
- Decolagem (Aviação)
- Embraer ERJ-145 Regional Jet
- Fokker F27
- ETOPS (Aviação)
- Disco Voador (Ufologia)
- Embraer ERJ-135 Regional Jet
- Embraer EMB-110 Bandeirante
- Agronegócios / Agribusiness (Economia)
- Rumo ALL (Companhia Ferroviária)
- Embraer KC-390 (Força Aérea Brasileira)
- Saneamento Básico
- Bombardier (Indústrias de Veículos)
- Embraer
- Fokker F-50
- Injeção Eletrônica (Mecânica)
- Transportes no Brasil (Logística)
- Globalstar (Telefonia por Satélite)
- Energia Solar Fotovoltaica
- Fokker F-100
- Embraer ERJ-140 Regional Jet
- Operação Prato (Ufologia)
- Energia Elétrica
- Boeing 737
- Paul Mauriat (Música)
- Área 51 (Ufologia)
- Conexão ADSL (Telecomunicações)
- Aeroporto Campo de Marte
- Material Composto
- Segurança Privada
- Airbus A300
- Drones
- Nobreak (Informática)
- Boeing 787 Dreamliner
- Piper Aircraft
- James Bond (Cinema)
- Douglas DC-3
- Embarcações (Indústria Naval)
- Roteadores (Telecomunicações)
- McDonnell Douglas DC-10
- EFIS - Electronic Flight Instrument System
- Aeroporto de Congonhas
- Aeroporto Santos Dumont
- Aeroporto de São José do Rio Preto
- Embraer EMB-314 Super Tucano
- Aeroporto de Presidente Prudente
- Embraer AMX (Força Aérea Brasileira)
- Aeroporto de Ribeirão Preto
- Foguetes Boeing Delta
- Ford do Brasil
- Inércia (Física)
- Sud Aviation Caravelle
- Airbus A320
- General Motors do Brasil
- Foguetes Airbus Ariane
- FAB - Força Aérea Brasileira
- Embraer E-190
- Boeing 717
- Franquia de Internet (Telecomunicações)
- Bombardier CRJ200
- Turbojato (Indústria Aeronáutica)
- Sistema Métrico Decimal
- Bombardier Dash 8-300
- Bombardier Q-400
- Spoileron (Engenharia Aeronáutica)
- Bombardier CRJ-700
- Embraer E-175
- Embraer E-195
- Airbus A321
- Casa C-295 (Força Aérea Brasileira)
- Airbus A319
- Computador (Informática)
- Viação Motta (Transporte Rodoviário)
- Elbit Hermes 900 (Força Aérea Brasileira)
- Profundor (Engenharia Aeronáutica)
- Aço (Siderurgia)
- Sea Launch (Tecnologia Aeroespacial)
- Música Eletrônica (Indústria Fonográfica)
- Lamborghini Diablo
- Airbus A330
- Unidade Embraer Botucatu
- Bateria (Química e Física)
- Pepsico do Brasil
- Airbus A380
- Grupo Boticário
- Aeronaves (Indústria Aeronáutica)
- Úlcera (Medicina)
- Let L-410 Turbolet
- ETOPS - Extended Operations
- Unilever Brasil
- Circuito Eletrônico (Eletrônica)
- Conservação de Alimentos (Culinária)
- Aviação Agrícola (Agricultura)
- Porsche 911
- Boeing 707
- Ferrari 360
- Douglas DC-8
- Álcool (Agroindústria)
- Lockheed Hercules (Força Aérea Brasileira)
- Aeroporto Regional de Maringá
- Lockheed L-188 Electra II
- Alumínio (Metalúrgica)
- Antibióticos (Medicina e Veterinária)
- Fairchild-Dornier 328
- Aquecedor Solar de Água
- Injeção Direta (Mecânica)
- CRDI - Common Rail Direct Injection
- Rumo Logística S.A.
- ALL - América Latina Logística
- Boeing 777
- Ridley Scott (Cinema)
- Componentes Eletrônicos
- Tratamento de Esgoto (Química e Biologia)
- Tratamento de Água (Química e Biologia)
- Atmosfera (Química e Física)
- Jean Michel Jarre (Música)
- de Havilland DH.106 Comet
- Stormscope (Aviação)
- Strikefinder (Aviação)
REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Concorde
- Revista Aero Magazine: http://aeromagazine.uol.com.br
- Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Concorde
- Airbus Group (divulgação): Imagens
- Wikimedia: Imagens
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