FORD ESCORT
FORD ESCORT L
FORD ESCORT GL
FORD ESCORT GLX
FORD ESCORT GHIA
FORD ESCORT XR3
INTRODUÇÃO
Logo acima, o bonito design da versão esportiva Ford
Escort XR3 1.8, com motorização Volkswagen AP1800 e câmbio também Volkswagen,
uma das melhores versões do Ford Escort da chamada segunda geração brasileira,
equivalente à quarta geração mundial. Logo abaixo, o bonito design interior do
mesmo modelo, com linhas suaves e agradáveis e bom acabamento.
O Ford Escort é um econômico automóvel compacto ou de tamanho médio, dependendo da geração e do ano de fabricação, criado, desenvolvido e fabricado em larga escala inicialmente pelas subsidiárias da Ford na Europa a partir da década de 1960, cujas versões fastbacks da 3ª geração MK3, da 4ª geração MK4 e da 5ª geração MK5, das décadas de 1980 e 1990, também foram produzidas no Brasil, em larga escala, pela Ford do Brasil, que utilizou como base para sua fabricação grande parte dos conceitos estéticos, mecânicos, elétricos, eletrônicos e hidráulicos dessas gerações das subsidiárias da Ford na Europa.
O Ford Escort é um econômico automóvel compacto ou de tamanho médio, dependendo da geração e do ano de fabricação, criado, desenvolvido e fabricado em larga escala inicialmente pelas subsidiárias da Ford na Europa a partir da década de 1960, cujas versões fastbacks da 3ª geração MK3, da 4ª geração MK4 e da 5ª geração MK5, das décadas de 1980 e 1990, também foram produzidas no Brasil, em larga escala, pela Ford do Brasil, que utilizou como base para sua fabricação grande parte dos conceitos estéticos, mecânicos, elétricos, eletrônicos e hidráulicos dessas gerações das subsidiárias da Ford na Europa.
Ao longo de sua trajetória de mais de 50 anos, começando
em 1968, o Ford Escort teve vários formatos de carroceria, incluindo cupê,
perua e fastback, começando pelo formato antigo de cupê, sedan e perua ou station
wagon, usado nas décadas de 1960 e 1970, passando pelos formatos fastback e
perua ou station wagon, nas décadas de 1980, 1990 e 2000, até chegar ao seu
formato sedan atual, fabricado e comercializado na China.
No Brasil, o Ford Escort fastback, com dois volumes e
meio, da 3ª geração MK3, conhecida informalmente como 1ª geração brasileira,
foi lançado para substituir o clássico e econômico sedan ou cupê médio Ford Corcel II,
da década de 1980, que, por sua vez, é a 2ª geração do antigo e também
econômico sedan ou cupê médio Ford Corcel, da década de 1970, um grande fenômeno
de vendas da Ford na época.
No Brasil, o Ford Escort foi um grande sucesso de
vendas, resultado de uma combinação equilibrada de características estéticas e
mecânicas que já tinham sido amplamente testadas na Europa pela Ford Europe,
entretanto adaptadas para as duras condições das estradas, rodovias, ruas e
avenidas brasileiras. Aliás, pode-se dizer que a verdadeira prova definitiva
das qualidades mecânicas de durabilidade do Ford Escort da 3ª geração MK3 foi
realizada no Brasil a partir da década de 1980.
A família Ford Escort nacional deixou de ser fabricada
pela Ford do Brasil na década década 1990 e por alguns anos ainda das décadas
de 1990 e 2000 foi importada da Argentina. Com o atual avanço dos modelos com
formato de carroceria SUV – Sport Utility Vehicle, é pouco provável que a Ford
do Brasil volte a produzir um modelo atualizado com o nome Escort. Atualmente,
um modelo totalmente novo de automóvel sedan médio com o nome Ford Escort é
produzido na China.
Aqui no Brasil, durante as décadas de 1980 e 1990, os
principais concorrentes do Ford Escort foram o Volkswagen Voyage, o Chevrolet
Chevette, o Fiat
Siena, o Volkswagen Logus, o Chevrolet Astra, o Fiat Prêmio e o Chevrolet
Corsa Sedan.
Os sedans ou cupês Volkswagen Apollo (não confundir com Volkswagen Polo) e Volkswagen Logus também estavam na mesma categoria de automóveis compactos ou médios.
Modelos totalmente diferentes, com o nome Ford Escort,
foram produzidos nos Estados Unidos nessas décadas.
A FORD DO BRASIL
A americana Ford Motor Company é uma grande e tradicional fabricante de automóveis, pickups, comerciais leves e caminhões. Ela foi a sexta maior fabricante de veículos do planeta em 2017, com 6,6 milhões de unidades fabricadas. Ela foi fundada em 1903 por Henry Ford e está sediada em Dearborn, na região metropolitana de Detroit, nos Estados Unidos. A subsidiária da Ford Motor Company no Brasil é a Ford do Brasil, ela foi a sexta maior fabricante e vendedora de veículos do Brasil em 2016, com mais de 180 mil unidades vendidas. Ela foi fundada no Brasil em 1919, mas nos primeiros anos só importava peças e partes de veículos e os montava no Brasil. A partir de 1921, a Ford passou a fabricar, efetivamente, em linha de montagem, automóveis no Brasil.
A Ford Motor Company possui participações societárias
/ acionárias nas fabricantes de automóveis Changan Ford, na China; Ford
Sollers, na Rússia; AutoAlliance, na Tailândia; Ford Otosan, na Turquia;
Jingling Motors, na China; Aston Martin, uma fabricante de automóveis
esportivos de alto luxo, na Inglaterra; e Troller, uma fabricante brasileira de
utilitários esportivos.
CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Logo acima, uma das mais completas e bonitas versões do fastback nacional, o Escort XR3 de quarta geração, com motorização Ford CHT 1.6, de 1.600 cilindradas. Logo abaixo, a mesma quarta geração do Ford Escort, também na versão Escort XR3, mas com motorização AP1800, câmbio manual de cinco marchas da Volkswagen e carroceria conversível. Eram dois objetos de desejo da classe média brasileira nas décadas de 1980 e 1990.
O Ford Escort de 3ª geração, conhecido também como Ford Escort Mark III ou Ford Escort MK3, foi uma das primeiras propostas concretas e práticas de automóvel mundial da Ford Motor Company após a crise mundial do petróleo da década de 1970. Antes daquela época, as grandes fabricantes americanas General Motors, Ford e Chrysler estavam acostumadas a fabricar grandes e pesados automóveis porque havia poucos questionamentos dos consumidores americanos sobre os níveis de consumo de combustível. Havia então uma forte inclinação do mercado americano por automóveis espaçosos e confortáveis, colocando os quesitos de consumo de combustível em segundo plano.
Veio a crise do petróleo e então esses grandes
fabricantes passaram a projetar e fabricar os chamados automóveis mundiais, ou
seja, conceitos padronizados de projeto e fabricação que aproveitavam o máximo
possível o que havia de melhor em peças, partes e componentes disponíveis nas
matrizes e em cada uma de suas respectivas subsidiárias, em todos os
continentes, combinando os melhores e mais bem sucedidos conhecimentos e
experiências da tecnologia automotiva sobre a
fabricação de plataformas comuns eleitas pelas respectivas matrizes, com
lançamentos quase simultâneos de modelos padronizados de automóveis em várias
partes do planeta.
A General Motors, a Ford, a Chrysler e a Fiat, que já
competiam entre si pela preferência dos consumidores americano e europeu (na
verdade, pra ser mais preciso, a Fiat nunca teve uma forte presença nos Estados
Unidos e a Chrysler nunca teve uma forte presença no Velho Continente),
passaram a enfrentar também as gigantes japonesas que, aliás, já estavam
acostumadas a fabricar automóveis pequenos e econômicos e, portanto, não
precisavam passar por nenhuma adaptação.
A General Motors, a Ford, a Chysler e a Fiat entenderam que precisavam unir as forças de suas respectivas subsidiárias para criação de projetos padronizados e conjuntos dentro de seus grupos, para competir em seus respectivos mercados, com redução de custos com criação e desenvolvimento, com economia de escala e eficiência nos processos de manufatura, com intercâmbio de peças fabricadas em lugares onde seus custos de produção estavam mais competitivos em cada momento. Surgiram assim os primeiros representantes do conceito de automóvel mundial, o Chevrolet Cavalier (conhecido também como Opel Ascona e Chevrolet Monza), o Ford Escort e o Fiat Uno, todos esses sucessos de vendas.
A General Motors, a Ford, a Chysler e a Fiat entenderam que precisavam unir as forças de suas respectivas subsidiárias para criação de projetos padronizados e conjuntos dentro de seus grupos, para competir em seus respectivos mercados, com redução de custos com criação e desenvolvimento, com economia de escala e eficiência nos processos de manufatura, com intercâmbio de peças fabricadas em lugares onde seus custos de produção estavam mais competitivos em cada momento. Surgiram assim os primeiros representantes do conceito de automóvel mundial, o Chevrolet Cavalier (conhecido também como Opel Ascona e Chevrolet Monza), o Ford Escort e o Fiat Uno, todos esses sucessos de vendas.
Do lado da Ford Motor Company, já havia um nome de
automóvel bem estabelecido no mercado europeu, australiano e neozelandês, uma
família de modelos de automóveis do nível de entrada que já levava o nome Ford
Escort, composta por modelos cupês, sedans e peruas ou station wagons, criada e
desenvolvida em conjunto pelas áreas de projeto e estilo da matriz americana e
de suas subsidiárias na Alemanha, na Inglaterra, na Austrália e na Nova
Zelândia, com fabricação em série nesses quatro países. Porém, o surgimento e/ou
consolidação de novas tecnologias automobilísticas ou automotivas durante a
década de 1970 exigia uma nova plataforma para a implementação delas, o que
resultou na criação e no desenvolvimento da 3ª geração da família Ford Escort, com
fabricação em série a partir da década de 1980, com um verdadeiro salto
evolutivo em relação às duas gerações anteriores, com um nível muito superior
em termos de modernidade, segurança, conforto e estética, uma geração
completamente nova em relação às gerações antecessoras.
Entre as principais características positivas da 3ª
geração do Ford Escort, que, inclusive, também esteve no Brasil, estavam a
tração dianteira; a carroceria monobloco; a motorização transversal; os
para-choques em resina plástica; o bom coeficiente de penetração aerodinâmica;
os bancos dianteiros com encosto de cabeça; os cintos de segurança de três
pontos; o limpador / lavador do vidro traseiro, com desembaçador elétrico; a
suspensão independente na dianteira e na traseira; os pneus radiais; o novo
design, muito mais bonito e atraente; e a praticidade do formato fastback, com
terceira porta traseira integrada à tampa do porta-malas, portanto em peça
única.
Talvez os internautas / leitores mais jovens ainda não
entendam o que significava naquela época esse conjunto de características
positivas. Eram inovações tecnológicas que representavam um novo salto de
modernidade e qualidade em relação aos modelos anteriores, mais antigos, de
automóveis, um divisor de águas, como se costuma dizer dentro do meio
empresarial, resultando em mais economia de combustível, mais conforto, mais
segurança, manutenção mais simples e barata, mais elegância e bom valor de
revenda, entre outras vantagens.
Tratava-se de uma família completa e moderna de
automóveis compactos (parte da imprensa especializada a considerava de tamanho
médio), com um bom nível de conforto e tecnologia, incluindo um modelo perua, embora esta não tenha estado no Brasil, não tenha sido produzida aqui e nem importada para
cá. A Ford do Brasil estava lançando um modelo de automóvel para disputar uma
faixa de mercado com poucos concorrentes, mas concorrentes de peso, entre eles
o Chevrolet Chevette, o Volkswagen Voyage e, alguns anos mais tarde, o Fiat
Prêmio.
A proposta da Ford do Brasil era o desenvolvimento e a fabricação em larga escala de uma família totalmente original de automóveis de
tamanho médio no Brasil, com um índice majoritário de nacionalização de peças,
partes, componentes e mão de obra nos processos de fabricação. Em caso de
sucesso do modelo fastback Ford Escort, a maior parte das ideias criadas e
desenvolvidas para ele seria estendida para outro modelo derivado, o sedan
médio de luxo Ford Orion, rebatizado aqui no Brasil para Ford Verona.
Inicialmente, na década de 1980, a Ford do Brasil
optou pela fabricação em larga escala, aqui mesmo no Brasil, de uma mesma
família de motores para o Ford Escort, para o Ford Verona, para o Ford Del Rey
e para a Ford Belina, denominada Ford CHT, com duas versões de cilindrada, uma
de 1.300 centímetros cúbicos e outra de 1.600 centímetros cúbicos, com
refrigeração a água e duas opções de combustível, gasolina e álcool ou etanol,
ressaltando que naquela época ainda não existia a tecnologia flex, para usar
simultaneamente os dois combustíveis, em qualquer proporção. Mas com o passar
do tempo, anos depois, e com o fechamento de um acordo de parceria da Ford do
Brasil com a Volkswagen do Brasil, resultando na holding Autolatina, ambas
decidiram compartilhar os motores Ford CHT e Volkswagen AP em suas linhas de
automóveis, com os veículos menores, mais leves e mais baratos recebendo a
motorização Ford CHT e os veículos maiores, mais pesados e mais caros recebendo
a motorização Volkswagen AP.
O mercado brasileiro está, atualmente, entre os dez
mais importantes no mundo para praticamente todas as grandes montadoras
multinacionais. Entretanto, nas décadas de 1970, 1980 e 1990 este mesmo mercado
já era grande. O sucesso do Volkswagen Voyage, do Chevrolet Chevette, do Fiat
Uno e do Ford Escort reforçou essa impressão e despertou a atenção e
curiosidade de praticamente todas as grandes montadoras multinacionais
americanas, japonesas, europeias e sul-coreanas, embora somente na década de
1990 a maioria delas tenha decidido entrar definitivamente no mercado brasileiro, seja
por meio de importações ou seja por meio de fabricação própria, em larga escala, em território nacional.
As gigantes multinacionais General Motors / Chevrolet,
Volkswagen, Ford e Fiat já estavam no Brasil naquela época e a abertura do
mercado para produtos importados acelerou os planos de investimentos de várias
outras montadoras estrangeiras, que queriam entender melhor o mercado nacional
e identificar os nichos de mercado mais adequados para serem explorados
comercialmente. A fórmula ou receita de sucesso dessas quatro grandes multinacionais
americanas e europeias que já estavam instaladas no Brasil foi seguida pelas
demais estreantes: Robustez; manutenção simples e barata; baixo e / ou razoável
custo de aquisição; e bom e / ou razoável valor de revenda;
FAMÍLIA
FORD ESCORT
Logo acima, , o modelo esportivo Escort XR3 da terceira geração MK3 da Ford do Brasil. Ele era bonito e atraente, mas faltava-lhe “fôlego” para acelerações mais vigorosas. Só tinha nome de esportivo. Mesmo assim, vendeu bem no Brasil e se tornou um símbolo de status por aqui. Era cool ter um desses na garagem. Logo abaixo, o painel completo e os assentos dianteiros do mesmo modelo, com acabamento caprichado, considerando a época em que foi fabricado, é claro.
De modo geral, os modelos Ford Escort tiveram origem na Europa Ocidental, para ocupar o segmento de mercado dos automóveis compactos naquele continente, em parte da Ásia e na Oceania, principalmente no Reino Unido, na Itália, na Alemanha, na Irlanda, na Austrália e na Nova Zelândia. Desde o início, o nome Ford Escort sempre esteve associado a características de robustez estrutural, economia de combustível, praticidade, funcionalidade, manutenção simples e barata e padrão de acabamento razoável, esta última característica tendo evoluído, mais tarde, a partir da década de 1980, para um padrão mais elevado nas versões mais caras, principalmente as versões Ford Escort Ghia e Ford Escort XR3, mas não chegando a um nível de Mercedes-Benz, BMW, Audi, Volvo e Jaguar.
ESCORT (1ª GERAÇÃO / MK1)
A 1ª geração da família Ford Escort é composta por pelo menos quatro modelos baseados numa mesma plataforma, o sedan de quatro portas, o cupê de duas portas, a perua ou station wagon de duas portas e um cupê com apelo esportivo. Trata-se de modelos de carroceria monobloco, com motorização dianteira e tração traseira, todos construídos em chapas de aço, com fabricação em série iniciada em 1968, inicialmente na Inglaterra e, posteriormente, na Alemanha, na Austrália, na Nova Zelândia, em Israel, em Taiwan e na Bélgica.
As subsidiárias da Ford Motor Company optaram por propulsores
pequenos e econômicos para tracionar o Ford Escort de 1ª geração, com as motorizações
Ford OHV e Ford DOHC variando entre 900 cilindradas até 2.000 cilindradas, com
câmbio manual de quatro velocidades ou marchas ou automático de três
velocidades, com suspensão dianteira independente McPherson.
Foi um grande sucesso de vendas da Ford Motor Company
nesses países, principalmente no Reino Unido, com mais de 2.000.000 de unidades
fabricadas em todo o mundo. Esses modelos de automóveis Ford Escort de 1ª
geração nunca estiveram no Brasil, pois aqui já estava em produção seriada o
Ford Corcel de 1ª geração, que muitos consideram até mais moderno que o Escort
de 1ª geração, com tração dianteira e radiador selado, inclusive.
Na época, os principais concorrentes do Ford Escort
eram o Opel Kadett (não confundir com o Chevrolet Kadett que foi fabricado no
Brasil na década de 1980), o Fiat 128 e o Renault 12.
ESCORT (2ª GERAÇÃO / MK2)
A 2ª geração da família Ford Escort é composta por pelo menos quatro modelos baseados numa mesma plataforma, o sedan de quatro portas, o cupê de duas portas, a perua ou station wagon de duas portas e um cupê com apelo esportivo. Trata-se de modelos de carroceria monobloco, com motorização dianteira e tração traseira, todos construídos em chapas de aço, com fabricação em série iniciada em 1974, inicialmente na Inglaterra e, posteriormente, na Alemanha, na Irlanda, na Austrália, na Nova Zelândia, em Israel, na Holanda e na África do Sul.
Mais uma vez, as subsidiárias da Ford Motor Company
optaram por propulsores pequenos para tracionar o Ford Escort de 2ª geração,
com motorizações OHV e Ford OHC, de fluxo cruzado, variando entre 900
cilindradas até 2.000 cilindradas, com câmbio manual de quatro velocidades ou
marchas ou automático de três velocidades, com suspensão dianteira independente
McPherson.
Esses modelos de automóveis Ford Escort de 2ª geração também
nunca estiveram no Brasil, pois aqui já estava em produção seriada o Ford
Corcel de 1ª geração e, posteriormente, o Ford Corcel de 2ª geração.
ESCORT (3ª GERAÇÃO / MK3)
Logo acima, para matar a saudade dos velhos tempos, o charmoso Ford Escort da terceira geração MK3, pequeno, bonito e muito econômico. Tinha gente que entrava na fila do consórcio para ter um carrinho desses na garagem. Logo abaixo, o interior também charmoso do compacto da Ford do Brasil, simples sim, mas sem deixar de lado a modernidade e a funcionalidade.
Na década de 1980 a Ford do Brasil deu início à fabricação seriada da 3ª geração do Ford Escort, composta por modelos ou versões fastback de entrada totalmente originais, de tamanho compacto, com opções de três e cinco portas, e caso ele conseguisse alcançar um número expressivo de vendas, na sequência, anos depois, viria o Ford Verona, este considerado um modelo médio, para executivos e famílias típicas de classe média. Esses modelos passaram a ser fabricados em série e vendidos em grande quantidade na década de 1980, todos com opções movidas a gasolina e opções movidas a álcool.
Dependendo da fonte consultada, os modelos Ford
Escort, fabricados no Brasil na década de 1980, são considerados automóveis
compactos ou médios. Por exemplo, se somente o entre-eixos for levado em
consideração, o Ford Escort de 1ª geração é um automóvel compacto, com 2,4
metros, mas se o comprimento também for levado em consideração, aí é possível
considerá-lo um automóvel médio, com 4 metros. Na prática, o que realmente importa é o entre-eixos, pois é nele que os ocupantes do veículo estarão acomodados.
Trata-se de um automóvel completamente novo em relação
ao seu antecessor Ford Escort de 2ª geração. Somente o nome Ford Escort e a boa
fama do carro na Europa Ocidental foram aproveitados.
O Ford Escort começou a ser produzido em série no
Brasil em 1983 como um automóvel de nível básico e médio de acabamento, baseado
na 3ª geração do Ford Escort produzido na Europa Ocidental pelas subsidiárias
da Ford Motor Company. Por se tratar de um projeto de automóvel mundial, a
mesma plataforma Ford CE14 foi usada
como base para dar origem aos modelos Ford Escort fabricados em várias partes
do mundo, inclusive na Inglaterra, no Brasil, na Espanha e na Alemanha.
Inicialmente, ele estava disponível em vários modelos
ou versões, começando pelo Ford Escort com motor de 1.300 cilindradas, mais
básico, até chegar ao Ford Escort XR3,
como motor de 1.600 cilindradas, mas alguns anos depois ficou evidente para o
fabricante a preferência do consumidor brasileiro pelas versões fastback de
três portas, com a fabricação seriada das versões de cinco portas tendo sido
suspensa precocemente.
O Ford Escort foi lançado no Brasil como um econômico
automóvel da categoria fastback, ou seja, um automóvel com dois volumes e meio,
com carroceria razoavelmente leve, com proporções bem equilibradas entre o
cofre / vão do motor e o próprio motor, o habitáculo (a parte do automóvel em
que se acomodam motorista e passageiros) e o porta-malas, dentro do segmento compacto
de automóveis.
O nome Escort, em inglês, significa acompanhante ou
escolta. Não confundir o nome Ford Escort, o automóvel fastback compacto, com o nome Ford EcoSport, o automóvel SUV compacto.
Ele foi fabricado no Brasil a partir de 1983, baseado
na 3ª geração do Ford Escort europeu, tinha um formato estético mais retilíneo que
as versões posteriores, da 4ª geração MK4, da mesma família Ford Escort. No
entanto, se considerarmos a época em que foi lançado, o Ford Escort tinha um
visual moderno para aquela época, com o capo do motor bem inclinado para
melhorar a visibilidade que o motorista tem a sua frente. Na verdade, o Ford
Escort era considerado, aqui no Brasil, um dos mais modernos, bonitos e
atraentes modelos de automóveis compactos, um sonho de consumo da classe média
brasileira, com gente na fila esperando ser sorteada no plano de consórcio para
ter o pequeno notável da Ford na garagem.
Na década de 1980, nos primeiros anos da fabricação
seriada, o Ford Escort foi fabricado com três e cinco portas, uma novidade para
a época, com duas ou quatro portas laterais para acesso do motorista, do seu
acompanhante e dos passageiros do banco de trás. Hoje em dia pode parecer meio
estranho para alguns, mas na década de 1980 era comum no Brasil automóveis com
apenas duas portas laterais, até mesmo em automóveis voltados para uso
familiar.
Naquela época, a maioria dos carros oferecidos para
uso familiar tinha duas portas laterais. Apenas alguns poucos modelos
familiares tinham quatro portas laterais. Era possível contar nos dedos das
mãos o número de automóveis com quatro portas laterais, entre eles o Chevrolet
Opala, o Ford Del Rey, o Chevrolet Monza e Volkswagen Santana. Uma das
possíveis explicações para isso é o medo que os pais e as mães têm de que os
filhos mais novos, sentados no banco de trás, abram as portas traseiras com os
veículos ainda em movimento. Com o passar do tempo esse risco deixou de
existir, com a instalação da trava central elétrica pelos fabricantes de
automóveis, como item de série ou opcional.
A terceira porta do Ford Escort é a peça metálica traseira
articulável para acesso ao porta-malas, com um vidro traseiro integrado, que
podia ter limpador traseiro e desembaçador, como itens de série ou opcionais,
dependendo da versão.
No Brasil, as versões disponíveis do Ford Escort da 3ª
geração MK3 eram a básica Ford Escort L, a intermediária Ford Escort GL, a mais
completa e confortável Ford Escort Ghia, e a esportiva Ford Escort XR3, sendo
esta última a versão com apelo estético mais esportivo de toda a linha. As
versões Escort L e Escort GL podiam vir inicialmente com motor CHT 1.3
aspirado, de 1.300 cilindradas, sem injeção eletrônica, de 57 ou 63 cavalos, a
gasolina ou etanol / álcool, respectivamente, ou com motor CHT 1.6 aspirado,
também sem injeção eletrônica, de 1.600 cilindradas, de 65 ou 73 cavalos, a
gasolina ou etanol / álcool, respectivamente. As versões Escort Ghia e Escort XR3
só vinham com a motorização CHT 1.6 aspirada, sem injeção eletrônica.
Na década de 1980 entre as características comuns de
todas as versões com teto rígido de metal do Ford Escort no Brasil, estavam a
manutenção simples e barata e o baixo consumo de combustível das versões com
motores aspirados.
Foi por meio do Ford Escort que a Ford do Brasil
contribuiu para introduzir na década de 1980 várias inovações tecnológicas no
mercado nacional de automóveis de tamanho compacto, algumas delas inéditas no
Brasil, inclusive. Acompanhando a tendência de carros realmente modernos e
eficientes para a época, entre eles o Chevrolet Monza e o Fiat Uno, a Ford do
Brasil ajudou a introduzir no mercado nacional, por meio do Escort, a
motorização dianteira transversal Ford CHT aspirada de quatro cilindros em
linha, refrigerada a água, baseada no motor francês Renault Cléon-Fonte, com fluxo
de turbulência da mistura ar-combustível, para melhor aproveitamento da queima
de gases; carroceria moderna e leve, com ampla área envidraçada; os
para-choques em resina plástica; os bancos dianteiros com encostos de cabeça;
os cintos de segurança de três pontos; o limpador / lavador do vidro traseiro,
com desembaçador elétrico; a suspensão independente McPherson na dianteira e na
traseira; o câmbio manual de cinco velocidades ou marchas; e o bom coeficiente
de penetração aerodinâmica, com 0,37 de CX; entre outras inovações.
O bloco do motor, com quatro cilindros em linha, era
disposto em posição transversal, o que significa mais segurança em caso de
colisões frontais, pois nessa posição o risco do bloco invadir o habitáculo de
passageiros do carro é menor.
Uma versão conversível do Ford Escort de 3ª geração
também foi fabricada no Brasil, chamada Ford Escort XR3 Conversível, fabricado
pela Ford do Brasil em parceria com a Karmann Ghia. Em 1985 surgia a versão
Escort XR3 Conversível, conhecida também como Cabriolet, também com motor Ford CHT
1.6 aspirado. Era a versão top de linha do Escort, que foi estendida também
para a segunda geração brasileira do mesmo modelo, ainda mais bonita, o sonho
de consumo de muitos brasileiros, o primeiro conversível nacional fabricado com
o aval de uma grande fábrica. Antes do Escort apenas o Volkswagen Karmann Ghia
havia sido fabricado na versão conversível no Brasil.
ESCORT (4ª GERAÇÃO / MK4)
Logo acima, um dos modelos de automóveis mais desejados aqui no Brasil, na década de 1980, o Escort XR3 Conversível. Um símbolo de status. A partir de 1989 ele passou a contar com motor AP1800 da Volkswagen, com câmbio Volkswagen, e seu principal concorrente era o Chevrolet Kadett GSi Conversível. Logo abaixo, o Escort XR3 de teto rígido, também com motor AP1800.
Os modelos Ford Escort de 3ª geração foram bem vendidos no Brasil, o suficiente para que a Ford do Brasil desse continuidade ao projeto, levando-o para a 4ª geração, que, na verdade, é uma fase seguinte do mesmo projeto ou uma segunda fase do mesmo projeto, com uma variedade de melhorias, principalmente no aspecto estético, pois nos aspectos de mecânica, elétrica, eletrônica e hidráulica continuava quase o mesmo carro, com poucas mudanças, conservando a mesma plataforma, inclusive.
Assim, a partir de 1987, passou a ser fabricado no
Brasil o Ford Escort de 4ª geração, com a adoção de um elegante design de
linhas harmônicas, mais suaves e bonitas, com um envolvente conjunto de
para-choques, dianteiro e traseiro, e um bonito conjunto de assentos dianteiros
e traseiro com linhas arredondadas, perfeitamente combinados com o painel e o
volante, também com linhas arredondas. Na prática, uma “aula de bom gosto” para
os demais fabricantes de automóveis brasileiros da época.
Em 1987 o Ford Escort teve sua primeira reestilização
no Brasil, também baseada nos modelos das subsidiárias europeias, com
para-choques envolventes, ausência de grade frontal para entrada de ar para o
radiador e a substituição dessa grade por uma bonita e prática extensão vazada
do para-choque. As lanternas traseiras eram compridas e lisas, além de novo
interior, mais bonito. Os designers e engenheiros da Ford acertaram em cheio
nessa reestilização, tudo bem proporcional e equilibrado, com o vão compacto do
motor em formato de cunha, com espaço suficiente para incluir ali o pequeno
motor Ford CHT aspirado da Ford, com 1.600 cilindradas, o ar condicionado e o
câmbio manual de cinco marchas.
O Ford Escort conseguiu, inclusive, alcançar um nível
de penetração aerodinâmica bem razoável para a sua época, com CX de 0,35,
portanto podia ser considerado um automóvel aerodinâmico, pois a disposição
transversal do motor possibilitou ousadia estética e aerodinâmica. Essa geração
do Escort foi projetada desde o início com suspensão independente McPherson na
dianteira, com braços transversais, molas helicoidais, amortecedores
pressurizados e barra estabilizadora, e suspensão independente McPherson na
traseira, com braços triangulares, molas helicoidais, amortecedores
pressurizados e tensores, ambas combinadas com freios a discos na dianteira e
tambores na traseira, na maioria dos modelos, e com pneus radiais 175/70 ou
185/60, ambas as medidas de pneus nos modelos mais caros.
A modesta motorização Ford CHT, aspirada e refrigerada
a água, com comando de válvulas no bloco, de 1.600 cilindradas do Ford Escort
fastback (há quem o considere um hatchback e há quem o considere um notchback)
desenvolvia 78 cavalos de potência e 13 kgfm de torque, o que resultava em um
desempenho razoável, digamos, com 14 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h, em
condições normais. Estava evidente então para a imprensa especializada da
época, incluindo Quatro Rodas e Auto Esporte, e para os consumidores
mais detalhistas e bem informados que, se havia intenção de colocar no mercado
uma versão realmente com apelo esportivo do Ford Escort então o fabricante
teria que escolher outro motor para alcançar um patamar mais elevado de
sofisticação e desempenho. A primeira tentativa foi melhorar o modesto motor
Ford CHT de 1.600 cilindradas com um carburador de corpo duplo, com potência
melhorada para 83 cavalos e torque melhorado para 14 kgfm, mas não foi o
suficiente.
A solução definitiva para dar à versão Ford Escort XR3
o comportamento esportivo que ele precisava, para fazer jus ao seu nome e a sua
proposta, só veio anos depois, com a criação da Autolatina em 1987 e a
introdução da linha de motores Volkswagen AP1800 no Escort XR3 em 1989, com 99
cavalos de potência e 16 kgfm de torque, com câmbio Volkswagen, com 12 segundos
para acelerar de 0 a 100 km/h, em condições normais.
Naquela época, entre os automóveis esportivos
nacionais mais desejados destacava-se o Ford Escort XR3, com seus defletores
aerodinâmicos, rodas aro 14, teto solar e bancos esportivos, formando um visual
bem moderno para a época. Porém, inicialmente, nos primeiros anos, o motor era
o modesto Ford CHT 1.6 aspirado a álcool, com 83 cavalos, números que não
faziam jus à esportividade sugerida pelo visual externo. Ficava apenas a
impressão de que se tratava de um esportivo. Vale ressaltar ou lembrar que, de
modo geral, o limite médio atual de velocidade estabelecido para as rodovias
brasileiras é de cerca de 100 km/h para os chamados veículos leves de passeio,
praticamente o mesmo limite de velocidade estabelecido por lei nas décadas em
que o Escort era fabricado no Brasil.
Mas o ponto fraco do Ford Escort XR3 não era,
exatamente, a velocidade máxima alcançada pelo modesto motor Ford CHT de 1.600
cilindradas, pois quem paga mais caro por um carro com apelo esportivo quer
pelo menos ultrapassagens mais vigorosas e firmes nas rodovias. O torque de
apenas 14 kgfm do motor Ford CHT era criticado pelos clientes que procuravam no
mercado nacional um modelo de carro esportivo e estavam dispostos a pagar mais
por isso.
Na década de 1990, as versões top de linha do Ford
Escort, nomeadas no Brasil como Ford Escort
Ghia, Ford Escort Guarujá (importada da Argentina) e Ford Escort XR3
estavam disponíveis com ar condicionado e direção hidráulica, bancos com
revestimento em tecidos finos, faróis de neblina (XR3), travas e vidros com
acionamento elétrico, vidros traseiros com desembaçadores elétricos, aparelho
de som, teto solar (XR3), rodas de liga leve e freios a discos ventilados nas
rodas dianteiras, várias regulagens dos assentos, câmbio manual de cinco
velocidades ou marchas, alarme
anti-furto, isolamento acústico
melhorado (Ghia e XR3), entre outros itens de conforto e segurança.
A versão Ford Escort Guarujá, com motor aspirado Volkswagen
AP de 1.800 cilindradas, com quatro portas laterais, não teve o mesmo sucesso
de vendas das demais versões fabricadas no Brasil, e então a Ford do Brasil tirou
essa opção do catálogo.
Todas as versões do Ford Escort, inclusive as mais
baratas Ford Escort L e Ford Escort GL, possuíam porta-malas de 382 litros (290
litros na medição da revista Quatro Rodas), aquecedor do habitáculo, rádio AM /
FM, vidros verdes, pintura metálica (opcional), ventilador do habitáculo e
tanque de 64 litros (gasolina ou álcool), entre outros itens básicos.
O sistema de alimentação de combustível por injeção
eletrônica foi adotado pela Ford do Brasil no Ford Escort XR3 em 1993, mas só
foi definitivamente adotado pela Ford em toda família Escort algum tempo
depois.
Já o projeto do modelo Ford Escort XR3 Conversível dessa chamada 2ª geração brasileira, equivalente à 4ª geração europeia, esteve focado em diversos aspectos. A intenção da Ford era
criar um veículo premium nacional. O projeto e a fabricação foram realizados em
parceria com a Karmann Ghia do Brasil Projetos Especiais, sediada em São
Bernardo do Campo, estado de São Paulo. Logo essa versão se tornou altamente
desejada, dando status aos seus proprietários. No final de 1989, a capota
conversível passou a ter comando eletro-hidráulico, com acionamento simples
pelo motorista.
Na década de 1990, o principal concorrente do Ford Escort
XR3 Conversível era o também bonito Chevrolet Kadett GSi Conversível, com motor
aspirado de 2.000 cilindradas. Algum tempo depois, em 1996, o Ford Escort XR3
Conversível deixou de ser produzido.
Porém, esta versão Ford Escort XR3 Conversível da 4ª geração
não teve uma crítica positiva da imprensa especializada, principalmente da revista
Quatro Rodas, que afirmou categoricamente que o custo de manutenção do belo
automóvel era alto demais.
Até 1995, a 5ª geração do Ford Escort foi mantida em
linha de produção no Brasil, seguida da importação da 6ª geração da Argentina
para o Brasil, também baseada nos modelos europeus. Além das versões de 5ª
geração com motores de 1.600 cilindradas, 1.800 cilindradas e 2.000 cilindradas,
todas com injeção eletrônica, mais duas versões do Ford Escort de 4ª geração foram
mantidas em produção no Brasil entre 1993 e 1996, o Ford Escort Hobby com motor
de apenas 1.000 cilindradas e o Ford Escort Hobby com motor de 1.600
cilindradas, ambos sem injeção eletrônica.
Essa 4ª geração do Ford Escort também foi fabricada na Inglaterra, na Alemanha, na Espanha, na Argentina e, acredite, até na Venezuela.
Essa 4ª geração do Ford Escort também foi fabricada na Inglaterra, na Alemanha, na Espanha, na Argentina e, acredite, até na Venezuela.
ESCORT (5ª GERAÇÃO / MK5)
Os modelos Ford Escort de 4ª geração foram bem vendidos no Brasil, o suficiente para que a Ford do Brasil desse continuidade ao projeto aqui, optando por, mais uma vez, usar como base ou referência uma geração europeia para dar origem a um modelo nacional equivalente. Embora tendo sido baseada na mesma plataforma Ford CE14, da década de 1980, é possível afirmar que a 5ª geração fazia parte de um projeto reformulado, inclusive com uma suspensão independente na dianteira, mas com eixo rígido na traseira, mantendo as motorizações da geração anterior, embora com melhorias.
Então, a partir de 1993, a 5ª geração do Ford Escort passou
a ser fabricada no Brasil, nas versões Ford Escort GL, Ford Escort GLX, Ford
Escort XR3 e Ford Escort XR3 Conversível. A nomenclatura usada para os motores Ford
CHT já tinha sido reformulada alguns anos antes para Ford AE. Várias opções de
motores foram disponibilizadas para os modelos Ford Escort, com 1.600
cilindradas, 1.800 cilindradas e 2.000 cilindradas, todas aspiradas e todas com
injeção eletrônica, com os motores menores para as versões mais baratas e os
motores maiores e mais potentes para as versões mais caras.
Essa geração tinha um design totalmente novo da
carroceria, inclusive com um novo interior, totalmente reformulado. Versões com
carrocerias de três e cinco portas foram fabricadas no Brasil, em São José dos
Campos. Até 1995, a 5ª geração do Ford Escort foi mantida em linha de produção
no Brasil, seguida da importação da 6ª geração da Argentina, também baseada nos
modelos europeus. No entanto, entre 1993 e 1996, duas versões do Ford Escort com
a carroceria da 4ª geração foram mantidas em linha de produção, o Ford Escort
Hobby 1.6 e Ford Escort Hobby 1.0, este com motor AE aspirado de 1.000 cilindradas, com 50 cavalos, com incentivo governamental a motores dessa capacidade.
Em 1995, o Ford Escort XR3 ganhou novas rodas e ajuste
de altura do volante. Com o lançamento da 6ª geração importada do Escort, a 4ª geração
permaneceu em produção em apenas uma versão básica, com o nome Escort Hobby. Em 1996, parte da
produção do Ford Escort foi transferida para a Argentina para abrir espaço para
produzir a nova geração do Ford Fiesta no Brasil.
Anos antes, a partir de 1993, passou a ser fabricada
no Brasil a 5ª geração do Ford Escort, com um elegante design de linhas
harmônicas, suaves e bonitas, com um envolvente conjunto de para-choques,
dianteiro e traseiro, e um bonito conjunto de assentos dianteiros e traseiro
com linhas arredondadas, perfeitamente combinados com o painel e o volante,
também com linhas arredondas. O bom padrão de acabamento interno foi mantido
nas versões mais caras Ford Escort GLX e Ford Escort XR3.
Dependendo da versão, o Ford Escort de 5ª geração já
saía de fábrica com vidros elétricos, travas elétricas e alarme antifurto; bancos
dianteiros com ajustes de altura da base e inclinação do encosto; rádio AM / FM
estéreo, com amplificador, com CD player, equalizador de som e antena elétrica;
limpador e desembaçador do vidro traseiro; direção hidráulica; vidros verdes;
pintura metálica ou perolizada (opcional); luz de cortesia no habitáculo; e rodas
de liga leve, com pneus radiais sem câmara;
Além do Brasil, essa 5ª geração do Ford Escort também
foi fabricada na Inglaterra, na Espanha, na Alemanha e na Turquia.
ESCORT (6ª GERAÇÃO / MK6)
Logo acima, o bonito design de linhas fluidas e suaves do Ford Escort de sexta geração, fabricado na Argentina e importado para o Brasil a partir de 1996. Logo abaixo, o painel bem resolvido do mesmo modelo, também com linhas suaves e arredondadas, com bom acabamento.
Os modelos Ford Escort de 5ª geração foram bem vendidos no Brasil, com mais de 30.000 unidades em 1994, por exemplo, mas não foi o suficiente para que a Ford do Brasil desse continuidade ao projeto aqui, optando por simplesmente importar a 6ª geração da Argentina, a partir de 1996. Embora tendo sido baseada na mesma plataforma Ford CE14, é possível afirmar que a 6ª geração se tratava de um novo projeto, ou, se você preferir, um projeto quase completamente novo, com entre eixos maior, inclusive, desta vez com 2,5 metros, o que melhorou o espaço interno para os ocupantes do assento traseiro; suspensão independente na dianteira e semi-independente na traseira, com eixo rígido; novos, modernos e eficientes motores Zetec, inclusive com injeção eletrônica multiponto e 16 válvulas.
Assim, a partir de 1996, passou a ser importado da
Argentina a 6ª geração do Ford Escort, com um elegante design de linhas
harmônicas, suaves e bonitas, com um envolvente conjunto de para-choques,
dianteiro e traseiro, e um bonito conjunto de assentos dianteiros e traseiro
com linhas arredondadas, perfeitamente combinados com o painel e o volante,
também com linhas arredondas. O bom padrão de acabamento interno foi mantido
nas versões mais caras Ford Escort GLX e Ford Escort XR3. Mesmo na versão mais
simples Ford Escort GL havia abertura interna do porta-malas, ar quente,
limpador e desembaçador do vidro traseiro, direção hidráulica e vidros verdes.
A versão Escort GLX já vinha de fábrica com ar condicionado e trava central
elétrica das portas.
O Ford Escort importado a Argentina veio com cinco
portas na maioria dos modelos, com moderno motor Zetec 1.8 aspirado, econômico e com baixo nível de ruído, com 1.800
cilindradas, 16 válvulas, com duplo comando no cabeçote, e 115 cavalos de potência e 16 kgfm de torque, com
aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 10 segundos. Esse moderno motor Zetec encerrou a presença dos motores
Volkswagen dentro da linha de automóveis Ford. Então, o Escort passou a ser
oferecido com essa motorização nas versões fastback de cinco portas, station
wagon (pronuncia-se steichan uégon) ou perua, inédita no Brasil, e sedã de
quatro portas, em versões GL e GLX.
Finalmente, em 1999, com a chegada do Ford Focus no
Brasil, nas versões sedan e hatch, o sucessor natural do Ford Escort na Europa,
diminuiu a procura pelos modelos Escort e, então, em 2003 o Escort
deixou de ser produzido, após 20 anos de produção ininterrupta, com mais de 20
milhões de unidades fabricadas no total, incluindo Europa, México, Austrália,
Brasil e Argentina.
Além da Argentina, essa 6ª geração do Ford Escort também foi fabricada na Inglaterra, na Alemanha e na Turquia.
MERCADO
Logo acima e logo abaixo, o belo Ford Escort atual, com formato de carroceria sedan, fabricado na China, um dos maiores mercados automobilísticos do mundo. Embora tenha o nome Ford Escort ele não tem quase nada a ver com os modelos Ford Escort fabricados no Brasil e na Europa Ocidental.
Todas as seis gerações do Ford Escort foram bem sucedidas em várias partes do mundo, principalmente na Terra da Rainha e no Brasil, com mais de 20 milhões de unidades fabricadas em todo o planeta, somando todas as gerações fabricadas. Ele foi um dos principais modelos de automóveis da Ford Motor Company nos mercados europeu e brasileiro nas décadas de 1970, 1980 e 1990, um projeto de carro mundial a partir da 3ª geração da década de 1980, com um conjunto realmente moderno e afinado com os novos tempos de alto preço dos combustíveis.
Ele foi um dos principais responsáveis por manter a
Ford do Brasil numa posição confortável entre as quatro maiores fabricantes de
automóveis do país durante as décadas de 1980 e 1990. Ele era um dos principais
produtos do portfólio da empresa na época e desfrutava de uma posição
privilegiada na preferência do consumidor brasileiro de classe média. Era um
sonho de consumo e as versões mais caras Ford Escort XR3 e Ford Escort Guia foram
símbolos de status na década de 1980, antes do início da liberação de
importação de automóveis para o Brasil.
Há uma 7ª geração do Ford Escort à venda na China, mas
é pouco provável que seja fabricada no Brasil.
FICHA
TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES
TÉCNICAS
ESCORT
HOBBY 1.0 (4ª GERAÇÃO)
- Capacidade: 1 motorista e 4 passageiros;
- Comprimento: Aprox. 4 metros;
- Entre eixos / espaço interno: Aprox. 2,4 metros;
- Largura: Aprox. 1,7 metro;
- Altura: Aprox. 1,4 metro;
- Motorização ( potência / torque): CHT / AE 1.6 aspirado (50 cavalos / 8 kgfm);
- Aceleração 0 a 100 km/h: Aprox.
- Estrutura: Monobloco;
- Porta malas: Aprox. 380 litros;
- Peso vazio: Aprox. 900 kg (sem ar);
- Tanque combustível: Aprox. 50 litros;
- Preço: Aprox. R$
ESCORT 1.8 GLX (6ª GERAÇÃO)
- Capacidade: 1 motorista e 4 passageiros;
- Comprimento: Aprox. 4,2 metros;
- Entre eixos / espaço interno: Aprox. 2,5 metros;
- Largura: Aprox. 1,7 metro;
- Altura: Aprox. 1,4 metro;
- Motorização ( potência / torque): Zetec 1.8 aspirado (115 cavalos / 16 kgfm);
- Consumo cidade: Aprox. 10 quilômetros / litro;
- Consumo rodovia: Aprox. 14 quilômetros / litro;
- Aceleração 0 a 100 km/h: Aprox. 10 segundos;
- Estrutura: Monobloco;
- Porta malas: Aprox. 380 litros;
- Peso vazio: Aprox. 1.200 kg (com ar);
- Tanque combustível: Aprox.
- Preço: Aprox. R$
ESCORT 1.8 XR3 (4ª GERAÇÃO)
- Capacidade: 1 motorista e 4 passageiros;
- Comprimento: Aprox. 4 metros;
- Entre eixos / espaço interno: Aprox. 2,4 metros;
- Largura: Aprox. 1,7 metro;
- Altura: Aprox. 1,4 metro;
- Motorização (potência / torque): VW AP 1.8 aspirado (90 cavalos / 14 kgfm);
- Câmbio: VW manual, 5 velocidades ou marchas;
- Consumo cidade: Aprox. 9 quilômetros / litro (lotado);
- Consumo rodovia: Aprox. 13 quilômetros / litro (lotado);
- Aceleração 0 a 100 km/h: Aprox. 12 segundos;
- Estrutura: Monobloco;
- Porta malas: Aprox. 380 litros;
- Peso vazio: Aprox. 1.100 kg (com ar);
- Tanque combustível: Aprox. 64 litros;
- Preço: Aprox. R$
ONDE COMPRAR
- Web Motors (classificados): https://www.webmotors.com.br/
- Mercado Livre (classificados): https://www.mercadolivre.com.br/
- OLX (classificados): https://www.olx.com.br/brasil
GALERIA DE IMAGENS
Logo acima, uma das versões do Ford Escort da geração MK5, fabricadas e comercializadas no Brasil entre 1993 e 1996, com quatro portas laterais. Logo abaixo, o Ford Escort da geração MK3, com quatro portas laterais, modelo fabricado e vendido na Europa na década de 1980 e fabricado e vendido no Brasil por poucos anos.
Logo acima, a versão perua do Ford Escort da terceira geração MK3 europeia da década de 1980. Ela nunca esteve no Brasil, não foi produzida aqui e nem importada para cá. Logo abaixo, a versão perua do Ford Escort da sexta geração MK6 europeia e argentina da década de 1990, conhecida na Europa pelo termo station wagon, importada da Argentina para o Brasil naquela época.
Logo acima, o motor Ford CHT 1.6 usado para tracionar o Ford Escort XR3 da terceira geração MK3 da década de 1980. Na época, era o melhor que a Ford do Brasil dispunha aqui, com carburador de corpo duplo. Logo abaixo, o ainda moderno motor Ford Zetec 1.8 usado para tracionar os modelos Ford Escort da quarta geração MK4 da década de 1990, importados da Argentina.
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REFERÊNCIAS
E SUGESTÃO DE LEITURA
- UOL / Best Cars: http://bestcars.uol.com.br/bc/informe-se/passado/historia-ford-escort-cooperacao-que-deu-certo-por-30-anos/
- Revista Quatro Rodas: https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/classicos-ford-escort-xr3-era-estiloso-e-caprichado-mas-faltava-folego/
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ford_Escort_(Brasil)
- Revista Auto Esporte / Globo: http://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2015/08/achado-usado-ford-escort-xr3-1989-novinho.html
- Ford do Brasil: http://www.ford.com.br/sobre-a-ford/historia
- Revista Quatro Rodas: https://quatrorodas.abril.com.br/noticias/grandes-brasileiros-ford-escort-gl/
- Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Ford_Escort_(Europe)
- Falando de Carros / Blogger: http://falando-sobre-carros.blogspot.com/2015/02/dica-tecnica-comando-no-bloco-e-comando.html
- Ford (divulgação): Imagens
- Wikimedia: Imagens
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