FIAT TEMPRA

PROJETO TIPO 3
FIAT TEMPRA (VERSÃO SEDAN)
FIAT TEMPRA SW (VERSÃO PERUA)
FIAT TEMPRA HLX (VERSÃO TOP)
FIAT TEMPRA 16V (VERSÃO TOP)
FIAT TEMPRA i.e. (COM INJEÇÃO)
FIAT TEMPRA PRATA (VERSÃO DE ENTRADA)
FIAT TEMPRA OURO (VERSÃO INTERMEDIÁRIA)
FIAT TEMPRA TURBO (VERSÃO TOP)
FIAT TEMPRA SX (VERSÃO DE ENTRADA)

INTRODUÇÃO
Logo acima, o sedan de luxo Fiat Tempra, um projeto de carro mundial fabricado em larga escala pela Fiat SpA e algumas de suas subsidiárias, inclusive a brasileira, um sucesso de vendas, um legítimo representante da marca italiana no segmento de automóveis médios de luxo durante a década de 1990. Logo abaixo, a traseira do sedan de luxo, com porta-malas de boa capacidade.
O Fiat Tempra foi um bem sucedido modelo de automóvel de carroceria sedan de tamanho médio, com quatro portas laterais e carroceria de aço galvanizado, com capacidade para transportar confortavelmente até quatro adultos e uma criança, criado na década de 1980 pela multinacional italiana Fiat SpA, desenvolvido também na década de 1980 por ela e por algumas de suas subsidiárias, incluindo a brasileira, e fabricado em larga escala durante a década de 1990 na Itália, no Brasil e na Turquia, inclusive para exportação para países sul-americanos e asiáticos.

Ele fez parte de uma família totalmente original de automóveis de luxo de tamanho médio com carroceria monobloco, composta por modelos sedans, hatches, peruas e cupê, também fabricada em larga escala durante a década de 1990, da qual o sedan médio de quatro portas Alfa Romeo 155 também faz parte, todos usando uma plataforma comum da fabricante de automóveis italiana, a Plataforma Tipo 3, de motorização dianteira e tração dianteira, com suspensão independente nas quatro rodas, exceto o hatch de tamanho médio de cinco portas Fiat Tipo, cuja plataforma era a Tipo 2.

Durante a década de 1990, os principais concorrentes do Fiat Tempra no mercado brasileiro de automóveis sedans de luxo de tamanho médio foram o Chevrolet Monza, o Volkswagen Santana, o Ford Mondeo, o Kia Clarus, o Audi A4, o Ford Versailles, o BMW Série 3, o Chevrolet Vectra, o Chrysler Stratus, o Citroen Xantia, o Honda Civic, o Hyundai Elantra, o Mercedes-Benz Classe C, o Mitsubishi Lancer, o Peugeot 406, o Renault Laguna, o Subaru Legacy, o Toyota Corolla e o Volvo S40.

O GRUPO STELLANTIS

Logo acima, o logotipo da nova holding gigante Stellantis, formada a partir da fusão das holdings FCA Fiat Chrysler Automobiles, holandesa, e PSA Peugeot Citroen, francesa. Logo abaixo, o logotipo anterior da Fiat, que se tornou uma das marcas da então FCA Fiat Chrysler Automobiles, a empresa também detentora das marcas Chrysler, Dodge, Jeep e RAM até 2020.

O grupo empresarial Stellantis NV é uma gigante multinacional holandesa que atende interesses americanos, italianos e franceses, formado em 2021 pela fusão (ou consolidation, na linguagem americana) de duas grandes holdings multinacionais do setor automobilístico, a francesa PSA Peugeot Citroen e a também holandesa FCA Fiat Chrysler Automobiles, esta, por sua vez, uma gigante multinacional que atendia interesses americanos e italianos do ramo automobilístico ou automotivo, formada em 2014 pela fusão de duas grandes holdings multinacionais, a italiana Fiat SpA e a americana Chrysler Group, passando então a englobar as marcas Fiat, Chrysler, Jeep (utilitários esportivos), Alfa Romeo e Maserati (automóveis premium), Dodge e RAM (caminhões, pickups e comerciais leves), dentre outras.


Em 2019, os grupos automobilísticos PSA Peugeot Citroen, da França, e FCA Fiat Chrysler Automobiles, dos Estados Unidos e da Itália, anunciaram a intenção de promover uma nova fusão para juntar todas as suas marcas em um único grupo automotivo, para reforçar sua posição entre os dez maiores fabricantes de automóveis do mundo, com economia de escala no compartilhamento de plataformas e chassis (bases estruturais, motores e câmbios) e compartilhamento de uma variedade de peças, partes e componentes, com aquisição de matérias primas (aços e alumínios, por exemplo) em conjunto, com consequente aumento de competitividade.


Antes disso, em 2016, a marca Ferrari foi separada do então Grupo FCA em uma entidade empresarial sediada na Europa, mas também é controlada pela Família Agnelli, por sua vez formada pelos filhos e netos de Giovanni Agnelli, o fundador da Fiat, a fabricante automotiva italiana. Já as marcas Case e New Holland (tratores e outros utilitários), foram reunidas em 2012 em outra holding, a holandesa e britânica CNH Industrial, e a marca Iveco (vans, caminhões e chassis para micro-ônibus e ônibus) é controlada pela também holandesa Iveco Group, também controladas pela Família Agnelli.


As ações do atual Grupo Stellantis estão disponíveis nas bolsas dos Estados Unidos e da Europa. O então Grupo FCA foi o 8º maior fabricante de automóveis do mundo em 2018, por exemplo, com mais de 4.070.000 unidades fabricadas, enquanto o então Grupo PSA foi o 9º maior fabricante de automóveis, com mais de 3.460.000 unidades. Atualmente, a nova holding Stellantis é a 4ª maior fabricante de automóveis do mundo, com 400.000 funcionários; com instalações produtivas em 30 países; e com escritórios e representantes de vendas em mais de 130 países.


Uma das subsidiárias do Grupo Stellantis no Brasil é a FCA do Brasil, oficialmente FCA Automóveis Ltda, com suas fábricas principais localizadas no município de Betim, que faz parte da região metropolitana de Belo Horizonte, a capital do estado de Minas Gerais; e Goiana, município da região metropolitana de Recife, no estado de Pernambuco. Em 2019, por exemplo, esse grupo foi o maior fabricante de automóveis do Brasil, com mais de 496.000 unidades fabricadas, somando os números de vendas das marcas Fiat e Jeep, incluindo os números de vendas do Jeep Compass, do Jeep Renegade, da Fiat Strada e da Fiat Toro, esta uma pickup leve, de carroceria monobloco.


Outra subsidiária do grupo, a PSA do Brasil, foi a 11ª maior fabricante e vendedora de automóveis do país em 2019, por exemplo, com mais de 48.000 unidades fabricadas e comercializadas.


Por razões óbvias, a Stellantis NV anunciou recentemente que está abandonando o mercado russo de automóveis e utilitários...


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, o sedan Fiat Tempra com carroceria de quatro portas, um dos modelos de automóveis do Projeto Tipo 3, lançado pela gigante italiana Fiat SpA, fabricado em larga escala durante a década de 1990 também no Brasil, para atender o mercado brasileiro, inicialmente, no primeiro ano, com motorização carburada de 2.000 cilindradas, e, posteriormente, um ano depois, com injeção eletrônica. Logo abaixo, o painel da versão de uma das primeiras versões de entrada do sedan de luxo da marca italiana.

O Fiat Tempra é um modelo de automóvel de carroceria sedan de tamanho médio, com quatro portas laterais e carroceria de aço galvanizado, com motorização dianteira e tração dianteira, com capacidade para transportar confortavelmente até quatro adultos e uma criança, criado na década de 1980 pela multinacional italiana Fiat SpA, desenvolvido também na década de 1980 por ela e por algumas de suas subsidiárias, incluindo a brasileira, e fabricado em larga escala durante a década de 1990 na Itália, no Brasil e na Turquia, inclusive para exportação para países sul-americanos e asiáticos.

Durante a década de 1990, ele disputava o segmento nacional de automóveis de luxo de tamanho médio com uma variedade de inovações tecnológicas e um bom nível de conforto para a época. Ele era considerado um automóvel moderno, confortável e elegante e esteve disponível no Brasil em várias versões, com carrocerias nos formatos sedan, perua e cupê, com opções de quatro e duas portas laterais para o sedan e cupê, respectivamente, e cinco portas para a versão perua, chamada de Fiat Tempra SW, importada da Itália.

O sedan de quatro portas Fiat Tempra despertou a atenção, o respeito e o desejo da classe média brasileira e, em algumas versões mais sofisticadas, conseguiu enfrentar a dura competição com automóveis importados do mesmo segmento de tamanho médio de luxo durante a década de 1990, conseguindo alcançar a marca de 204.000 unidades fabricadas aqui no Brasil. Ele esteve durante anos seguidos, praticamente uma década, no centro das atenções das revistas especializadas brasileiras, dentre elas Quatro Rodas e Autoesporte, e esteve presente também nas rodas de conversas de final de semana da burguesia brasileira, inclusive.

Ele foi um legítimo representante da multinacional italiana Fiat SpA no segmento de automóveis médios de luxo, fabricado na Itália, na Turquia, no Brasil e, posteriormente, anos depois, no Vietnã. Ele estava baseado na Plataforma Tipo 3, compartilhada também com outros modelos sedans de quatro portas, dentre eles o Alfa Romeo 155, ambos com cerca de 2,6 metros de distância entre eixos, o suficiente para acomodar confortavelmente quatro adultos e uma criança, embora oficialmente tenha capacidade para até cinco adultos.

Aqui no Brasil, o Fiat Tempra começou a ser produzido em série em 1991, inicialmente com um nível médio de acabamento, e, posteriormente, a partir de 1993, com o lançamento da versão Fiat Tempra 16V, com bom nível de acabamento e sofisticação, com revestimentos dos assentos em couro e regulagens elétricas dos dois assentos dianteiros, inclusive. Curiosamente, versões com câmbio automático não foram fabricadas e comercializadas no Brasil, uma ausência inexplicável em um veículo que pretendia competir com automóveis sedans importados da época. Além disso, vale relembrar que na época ainda não havia a tecnologia de motorização flex, que permite adicionar gasolina e álcool, simultaneamente, em qualquer proporção, nos tanques de combustível.

Trata-se de um típico modelo de automóvel sedan da década de 1990, a grande maioria fabricada com quatro portas, com três volumes bem definidos, o cofre do motor e o próprio motor; o habitáculo, ou seja, a parte do automóvel em que se acomodam motorista e passageiros; e o porta-malas de boa capacidade. Ele é um modelo de automóvel aerodinâmico, pois a disposição transversal do motor desde o início possibilitou um pouco de ousadia estética e aerodinâmica. Além disso, ele foi projetado desde o início com suspensão independente McPherson na dianteira e na traseira, com pneus radiais 185/65, com rodas com aro de 14 polegadas. O comportamento dinâmico do veículo é considerado normal para um automóvel familiar, nada excepcional.

No início da década de 1990 a motorização Fiat Twin Cam de 2.000 cilindradas, importada da Argentina para tracionar o Fiat Tempra, desenvolvia 99 cavalos de potência e 16 kgfm de torque, o que resultava em um desempenho razoável, digamos, precisando de 14 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h, em condições normais. Estava evidente então para a fabricante e até para os consumidores mais detalhistas e bem informados que, se havia intenção de competir com dezenas de modelos de automóveis importados que entravam em grande quantidade no Brasil então seria necessário melhorar o nível de tecnologia desses motores, inclusive com a introdução da injeção eletrônica no ano seguinte, complementada pela tecnologia de 16 válvulas, com duplo comando, a partir de 1993, na versão Fiat Tempra 16V, com freios ABS inclusive.

O bloco do motor, com quatro cilindros em linha, é disposto em posição transversal, o que significa mais segurança em caso de colisões frontais, pois nessa posição o risco do bloco invadir o habitáculo de passageiros do carro é menor. A partir da versão Fiat Tempra i.e. com motorização de 2.000 cilindradas, lançada a partir de 1992, mais inovações tecnológicas foram introduzidas, a principal delas a injeção eletrônica multiponto de combustível, da fabricante Magneti Marelli / Weber, o que resultou em números melhorados de desempenho e consumo. A partir de 1993, o Fiat Tempra 16V foi o primeiro automóvel de 16 válvulas fabricado no Brasil, inclusive com duplo comando de válvulas.

O Fiat Tempra se encaixa no segmento de nível médio de automóveis, que é aquele segmento em que, na década de 1990, o peso do monobloco e das demais peças, partes e componentes que formam os respectivos veículos, possibilitava a adoção de motorizações aspiradas econômicas e/ou médias, com volumes variando entre 1.500 cilindradas até 2.000 cilindradas. No Brasil, o Fiat Tempra foi disponibilizado ao consumidor apenas com motorizações de 2.000 cilindradas, começando com a motorização carburada, seguida da motorização com injeção eletrônica e então completada pela motorização de 16 válvulas. Uma versão com turbocompressor Garrett também foi fabricada, porém menos vendida que as demais versões.

A partir de 1993, a versão top de linha do Fiat Tempra, chamada Fiat Tempra 16V, renomeada, a partir de 1997, para Fiat Tempra HLX 16V, era oferecida pela Fiat do Brasil com ar condicionado; com direção hidráulica progressiva; com bancos com revestimento em couro, com regulagens elétricas para os dianteiros; faróis de neblina (opcional), travas e vidros com acionamento elétrico; volante com regulagem de altura; vidros traseiros com desembaçadores elétricos; freios a discos nas quatro rodas (ventilados na dianteira), com ABS ou sistema antibloqueio das rodas; aparelho de som, com rádio AM/FM e CD player; rodas de liga leve; ajuste de altura do facho ou feixe de luz dos faróis, com temporizador; câmbio mecânico de cinco marchas; vidros elétricos e trava central elétrica, com alarme antifurto; computador de bordo; e isolamento acústico melhorado; dentre outros itens de conforto e segurança. Essa versão mais sofisticada do Fiat Tempra sedan conseguiu alcançar a marca de 10 segundos para acelerar de 0 a 100 km / h, com motorista, ou 12 segundos, com motorista, passageiros e bagagem.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Logo acima, imagens de uma das primeiras versões do Fiat Tempra, o primeiro sedan médio de luxo produzido pela Fiat do Brasil. Logo abaixo, com um olhar atento percebe-se o equilíbrio e a elegância das formas internas, o refinamento e bom gosto do acabamento interno e o cuidado do fabricante em projetar um automóvel com dimensões moderadas, com o máximo possível de conforto por dentro, com espaço suficiente para cabeças e pernas de todos os ocupantes.

O Projeto Tipo 3, do qual o Fiat Tempra faz parte, conhecido também como Projeto Tipo Tre, em italiano, foi a primeira proposta concreta de automóvel mundial de tamanho médio da Fiat SpA a chegar no Brasil. Antes dele, só havia aqui no mercado brasileiro os automóveis compactos da marca italiana, dentre eles o Fiat Prêmio, um simpático sedan. O modelo que mais se aproximava do Fiat Tempra era o Fiat Prêmio, um sedan compacto derivado do Fiat Uno.

Na verdade, para ser mais preciso, a Fiat do Brasil fez uma tentativa, na década de 1970, de introduzir um automóvel sedan premium aqui, o Alfa Romeo 2300, mas sem o resultado esperado em vendas, pois o projeto tinha sido prejudicado pela Crise Internacional do Petróleo na época, com o aumento acentuado do preço da gasolina.

O projeto do Fiat Tempra foi totalmente criado pela fabricante italiana Fiat SpA, ele foi desenvolvido por ela e pela sua subsidiária brasileira, passando por testes de durabilidade de componentes aqui no Brasil, inclusive, já que as vias brasileiras eram precárias na época (e ainda são) e simplesmente trazer o projeto pronto da Europa e implantá-lo aqui, sem passar uma espécie de “tropicalização” não seria sensato. Por outro lado, a empresa italiana de design IDEA Institute foi feliz quando desenhou o Fiat Tempra, não havia dúvida de que ele estava entre os mais bonitos automóveis fabricados no Brasil durante a década de 1990, com ótimo coeficiente de penetração aerodinâmica ou CX de apenas 0,32, um bom número para um automóvel sedan de tamanho médio.

Além disso, ele estava entre os mais modernos automóveis fabricados no Brasil, com uma variedade de itens de modernidade, começando pela motorização transversal dianteira combinada com tração dianteira, portanto com ótimo aproveitamento de espaço interno, um dos seus pontos fortes; o comando de válvulas no cabeçote, com fluxo cruzado da mistura ar combustível; os para-choques em resina plástica; o bom coeficiente de penetração aerodinâmica, o que favorece os números consumo; os bancos dianteiros e traseiros com encosto de cabeça, confortáveis, elegantes, aconchegantes, revestidos em tecidos finos, agradáveis ao toque, realmente um dos destaques do veículo; o desembaçador elétrico do vidro traseiro; a suspensão independente McPherson na dianteira e na traseira; os faróis com regulagem de altura; as barras laterais de proteção nas portas; o volante com regulagem de altura; os freios a discos nas quatro rodas (disponíveis nas versões intermediárias e top de linha); o catalisador (a partir de 1993); e os pneus radiais.

Talvez os internautas / leitores mais jovens ainda não entendam o que significava naquela época esse conjunto de características positivas. Eram inovações tecnológicas que representavam um novo salto de qualidade, modernidade e sofisticação em relação aos modelos anteriores, mais antigos, de automóveis, um divisor de águas, como se costuma dizer dentro do meio empresarial, resultando em mais economia de combustível, mais conforto, mais segurança e mais elegância, dentre outras vantagens.

A proposta da Fiat do Brasil era a de fabricação em larga escala de um modelo sedan médio totalmente original, com um índice majoritário de nacionalização de peças, partes, componentes e mão de obra nos processos de fabricação, com algumas exceções, dentre elas o motor de 2.000 cilindradas importado da Argentina, com quatro cilindros em linha, inicialmente com carburador e, logo em seguida, com injeção eletrônica. A perua Fiat Tempra SW foi importada da Itália a partir de 1995, ela não foi fabricada no Brasil.

A PRODUÇÃO DO FIAT TEMPRA NO BRASIL
LANÇAMENTO
VERSÃO
CARACTERÍSTICAS
1991
Prata (básica)
Quatro portas, gasolina ou etanol, carburador e 8 válvulas
1991
Ouro (intermediária)
Quatro portas, gasolina ou etanol, carburador e 8 válvulas
1992
Stile / Turbo (esportiva)
Quatro ou duas portas, dependendo do modelo, ambos com turbo
1992
Tempra i.e. (básica)
Quatro portas, gasolina ou etanol, injeção eletrônica, 8 válvulas
1993
Tempra 16V (top)
Quatro portas, gasolina, injeção eletrônica, 16 válvulas e ABS (opcional)
1995
Tempra SW
Versão perua, com injeção eletrônica
1997
SX (básica)
Quatro portas, gasolina ou etanol, injeção eletrônica e 8 válvulas
1997
SX 16V (intermediária)
Quatro portas, gasolina, injeção eletrônica e 16 válvulas
1997
HLX 16V (top)
Quatro portas, gasolina, injeção eletrônica e 16 válvulas




MERCADO

O Fiat Tempra foi bem vendido no mercado brasileiro entre 1991 e 1998, com mais de 204.000 unidades fabricadas, um número razoável, considerando o seu preço na faixa dos automóveis sedans de luxo. Porém esse número não foi o suficiente para levá-lo a uma 2ª geração, tendo sido então substituído definitivamente no mercado brasileiro pelo sedan médio de luxo Fiat Marea, um modelo de automóvel um pouco maior e mais espaçoso.

O Fiat Tempra apresentou uma combinação equilibrada de características mecânicas positivas que agradou os típicos consumidores brasileiros de classe média, com robustez suficiente para enfrentar as duras condições das estradas, rodovias, ruas e avenidas brasileiras.

Ele também foi fabricado na Itália, pela Fiat SpA; na Turquia, pela Tofas, uma subsidiária da Fiat; e no Vietnã, pela Mekong Auto; totalizando cerca de 800.000.000 unidades fabricadas.

O automóvel é bem resolvido no aspecto estético e de projeto de carroceria monobloco, com bom espaço para as pernas e cabeças de até cinco ocupantes, com bom aproveitamento de espaço interno, com acabamento em tecidos finos nas versões básicas e intermediárias e acabamento em couro nas versões top de linha. Poucos defeitos de projeto foram encontrados no Fiat Tempra até o momento, entre eles eventuais infiltrações de água pela base do para-brisa em dias de chuva forte e consumo de óleo acima do normal, sendo recomendado portanto atenção aos mecânicos nesses dois aspectos.

Para enfrentar o avanço das marcas internacionais mais chiques de automóveis no mercado nacional no início da década de 1990, já que o consumidor brasileiro estava deslumbrado com as inúmeras opções sofisticadas de automóveis dotados de alta tecnologia e excelente acabamento, as fabricantes nacionais agilizaram seus lançamentos e melhorias de seus produtos, o que resultou no lançamento do Fiat Tempra, um projeto de primeiro mundo, bonito, bem projetado e bem fabricado; o novo Volkswagen Santana, um modelo reestilizado sobre a mesma plataforma do Volkswagen Santana original; e, enfim, o carro mais chique fabricado até então pela General Motors do Brasil, o Chevrolet Monza Classic EF500, com injeção eletrônica e acabamento interno em couro, uma alusão à vitória do ex-piloto de Formula Indy Emerson Fittipaldi, na tradicional prova 500 Milhas de Indianápolis, nos Estados Unidos, em 1989.

O veterano Fiat Tempra foi um objeto de desenho da classe média brasileira por cerca de 8 anos e conseguiu resistir na disputa pelo mercado brasileiro de automóveis médios de luxo, mesmo após a chegada de badalados modelos importados de marcas tradicionais e famosas no início da década de 1990, como, por exemplo, Mercedes-Benz, BMW e Audi.

O eventual comprador deve ser seletivo e deve tomar alguns cuidados na hora da compra. Verifique se o exemplar que lhe interessa está realmente em bom estado de conservação. Se você não entende muito de mecânica, peça que um mecânico da sua confiança faça uma avaliação prévia do veículo. Se optar por um exemplar disponível em loja de revenda de veículos há a vantagem da segurança durante as negociações para compra, além da garantia mínima de três meses.

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FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

FIAT TEMPRA PRATA (ANO 1991)
  • Capacidade: 5 pessoas, incluindo o motorista;
  • Carroceria: Sedan médio, monobloco de aço galvanizado e quatro portas;
  • Comprimento: Aprox. 4,4 metros;
  • Entre-eixos (espaço interno): Aprox. 2,6 metros;
  • Largura: Aprox. 1,7 metro;
  • Altura do veículo: Aprox. 1,5 metro;
  • Altura livre do solo: Aprox. 14 centímetros;
  • Projetista: Fiat SpA / Estúdio IDEA;
  • Motorização (potência / torque): Fiat Twin Cam 2.0 de 8 válvulas (99 cavalos / 16 kgfm);
  • Motorização: 4 cilindros em linha, transversal, com carburador de corpo duplo;
  • Taxa de compressão: 9:1;
  • Direção: Hidráulica;
  • Aceleração 0 a 100 km/h: Aprox. 14 segundos (motorista);
  • Aceleração 0 a 100 km/h: Aprox. 16 segundos (lotado);
  • Consumo cidade: Aprox. 8 km / litro (lotado / ar desligado);
  • Consumo rodovia: Aprox. 12 km / litro (ar desligado / lotado):
  • Ruído interno (100 km/h): Aprox. 68 dB (decibéis);
  • Transmissão: Manual de 5 velocidades;
  • CX (aerodinâmica): Aprox. 0,32;
  • Tração: Dianteira;
  • Freios dianteiros: Discos ventilados;
  • Freios traseiros: Tambores, com servo;
  • Porta-malas: 410 litros;
  • Tanque de combustível: 70 litros;
  • Suspensão dianteira: Independente McPherson, com braços, molas helicoidais e amortecedores;
  • Suspensão traseira: Independente McPherson, com braços, molas helicoidais e amortecedores;
  • Peso vazio / com ar: Aprox. 1.300 kg;
  • Preço: Aprox. R$ 14 mil (usado / bom estado de conservação);

FIAT TEMPRA SX 16V (ANO 1996)
  • Capacidade: 5 pessoas, incluindo o motorista;
  • Carroceria: Sedan médio, monobloco de aço galvanizado e quatro portas;
  • Comprimento: Aprox. 4,4 metros;
  • Entre-eixos (espaço interno): Aprox. 2,6 metros;
  • Largura: Aprox. 1,7 metro;
  • Altura do veículo: Aprox. 1,5 metro;
  • Altura livre do solo: Aprox. 14 centímetros;
  • Projetista: Fiat SpA / Estúdio IDEA;
  • Motorização (potência / torque): Fiat Twin Cam 2.0 de 16 válvulas (127 cavalos / 18 kgfm);
  • Motorização: 4 cilindros em linha, transversal, com injeção eletrônica multiponto;
  • Taxa de compressão: 9,5:1;
  • Direção: Hidráulica;
  • Aceleração 0 a 100 km/h: Aprox. 10 segundos (motorista);
  • Aceleração 0 a 100 km/h: Aprox. 12 segundos (lotado);
  • Consumo cidade: Aprox. 8 km / litro (lotado / ar desligado);
  • Consumo rodovia: Aprox. 12 km / litro (ar desligado / lotado):
  • Ruído interno (100 km/h): Aprox. 68 dB (decibéis);
  • Transmissão: Manual de 5 velocidades;
  • CX (aerodinâmica): Aprox. 0,32;
  • Tração: Dianteira;
  • Freios dianteiros: Discos ventilados;
  • Freios traseiros: Tambores, com servo;
  • Porta-malas: 410 litros;
  • Tanque de combustível: 70 litros;
  • Suspensão dianteira: Independente McPherson, com braços, molas helicoidais e amortecedores;
  • Suspensão traseira: Independente McPherson, com braços, molas helicoidais e amortecedores;
  • Peso vazio / com ar: Aprox. 1.350 kg;
  • Preço: Aprox. R$ 15 mil (usado / bom estado de conservação);

FIAT TEMPRA 16V (ANO 1993)
  • Capacidade: 5 pessoas, incluindo o motorista;
  • Carroceria: Sedan médio, monobloco de aço galvanizado e quatro portas;
  • Comprimento: Aprox. 4,4 metros;
  • Entre-eixos (espaço interno): Aprox. 2,6 metros;
  • Largura: Aprox. 1,7 metro;
  • Altura do veículo: Aprox. 1,5 metro;
  • Altura livre do solo: Aprox. 14 centímetros;
  • Projetista: Fiat SpA / Estúdio IDEA;
  • Motorização (potência / torque): Fiat Twin Cam 2.0 de 16 válvulas (127 cavalos / 18 kgfm);
  • Motorização: 4 cilindros em linha, transversal, com injeção eletrônica multiponto;
  • Taxa de compressão: 9,5:1;
  • Direção: Hidráulica;
  • Aceleração 0 a 100 km/h: Aprox. 10 segundos (motorista);
  • Aceleração 0 a 100 km/h: Aprox. 12 segundos (lotado);
  • Consumo cidade: Aprox. 8 km / litro (lotado / ar desligado);
  • Consumo rodovia: Aprox. 12 km / litro (ar desligado / lotado):
  • Ruído interno (100 km/h): Aprox. 68 dB (decibéis);
  • Transmissão: Manual de 5 velocidades;
  • CX (aerodinâmica): Aprox. 0,32;
  • Tração: Dianteira;
  • Freios dianteiros: Discos ventilados;
  • Freios traseiros: Tambores, com servo;
  • Porta-malas: 410 litros;
  • Tanque de combustível: 70 litros;
  • Suspensão dianteira: Independente McPherson, com braços, molas helicoidais e amortecedores;
  • Suspensão traseira: Independente McPherson, com braços, molas helicoidais e amortecedores;
  • Peso vazio / com ar: Aprox. 1.350 kg;
  • Preço: Aprox. R$ 15 mil (usado / bom estado de conservação);

ONDE COMPRAR

GALERIA DE IMAGENS

FIAT TEMPRA SEDAN

FIAT TEMPRA SW

FIAT TEMPRA SEDAN

MOTOR 2.0 16V (INJEÇÃO)

MOTOR 2.0 TURBO (INJEÇÃO)

VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Fiat_Tempra
  • Revista Oficina Mecânica
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fiat_Tempra
  • Wikipedia (em italiano): https://it.wikipedia.org/wiki/Fiat_Tempra
  • Stellantis (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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