FEBRE AFTOSA (AGROPECUÁRIA)
FEBRE AFTOSA (EM PORTUGUÊS)
FOOT-AND-MOUTH DISEASE (EM INGLÊS)
IMUNIZAÇÃO (EM PORTUGUÊS)
APHTHOVÍRUS (NOME CIENTÍFICO)
VACINAÇÃO (EM PORTUGUÊS)
INTRODUÇÃO
FOOT-AND-MOUTH DISEASE (EM INGLÊS)
IMUNIZAÇÃO (EM PORTUGUÊS)
APHTHOVÍRUS (NOME CIENTÍFICO)
VACINAÇÃO (EM PORTUGUÊS)
INTRODUÇÃO
Logo acima, as campanhas de vacinação em massa de animais bovinos no Brasil são fundamentais para manter o controle sobre a doença. Logo abaixo, um dos sintomas mais aparentes nos animais não vacinados, observe atentamente a afta na boca. Clique na imagem para ver melhor.
A febre aftosa é uma doença viral altamente infecciosa e contagiosa que afeta animais mamíferos com patas de casco bipartido ou biungulados, ou seja, animais que possuem dois dedos, incluindo bovinos (bois, vacas e suas crias), bubalinos (búfalos, búfalas e suas crias), ovinos (carneiros, ovelhas e suas crias, ressaltando que a ovelha é a fêmea do carneiro), caprinos (cabras, bodes e suas crias) e suínos, ou seja, os porcos, porcas e suas crias.
A febre aftosa é uma doença viral altamente infecciosa e contagiosa que afeta animais mamíferos com patas de casco bipartido ou biungulados, ou seja, animais que possuem dois dedos, incluindo bovinos (bois, vacas e suas crias), bubalinos (búfalos, búfalas e suas crias), ovinos (carneiros, ovelhas e suas crias, ressaltando que a ovelha é a fêmea do carneiro), caprinos (cabras, bodes e suas crias) e suínos, ou seja, os porcos, porcas e suas crias.
De modo geral, os animais mais prejudicados ou afetados pela febre aftosa são os bovinos e bubalinos de leite e de corte, ovinos, caprinos e os suínos, mas há também registros, embora raros, da doença em animais silvestres de cascos fendidos, como capivaras, por exemplo, e animais usados para transporte humano em regiões desérticas, como camelos, por exemplo.
As consequências dessa doença sobre as crias desses animais são graves, na maioria dos casos causando a morte delas.
As consequências dessa doença sobre as crias desses animais são graves, na maioria dos casos causando a morte delas.
Uma febre é uma condição clínica ou sintoma de temperatura corporal acima do seu limite normal, na maioria dos casos causada (o) por infecções por micro-organismos, embora haja também casos de febres causadas por ataques cardíacos e câncer. Mas a febre aftosa não é apenas uma febre, na verdade ela é uma doença grave que prejudica o gado com uma variedade de sintomas, incluindo febre alta e perda de apetite, seguida de aftas na boca, na gengiva e na língua, e feridas nos cascos, e abortos e feridas nos úberes, no caso das fêmeas. O animal baba muito, contaminando todo o ambiente e tem dificuldade para se alimentar e para se locomover por causa das feridas nos cascos (patas).
A produção de leite, o crescimento dos animais novos e a engorda dos animais maiores ficam prejudicados. A intensidade da doença é variável, mas já é consenso no meio veterinário de que ela atinge mais os animais mais jovens, principalmente os que ainda estão em aleitamento.
O vírus da febre aftosa é muito resistente, podendo sobreviver por meses na medula óssea do animal contaminado, mesmo depois de morto, e por dias ou meses no pasto, na farinha de ossos e no couro. Por outro lado, o vírus é vulnerável aos desinfetantes / esterilizantes a base de carbonato de sódio, formol, hidróxido de sódio, e vulnerável à exposição prolongada aos raios solares, ao calor acentuado de qualquer origem, à radiação ultravioleta e ionização por raios gama.
Esse vírus não é destruído por congelamento, mantendo-se inativo por tempo indeterminado até o posterior eventual descongelamento...
Esse vírus não é destruído por congelamento, mantendo-se inativo por tempo indeterminado até o posterior eventual descongelamento...
GRAVIDADE DA DOENÇA
A febre aftosa é uma doença infecciosa grave, altamente contagiosa, que acomete animais, como os bovinos, ovinos, caprinos e suínos, por exemplo. Essa enfermidade pode ser transmitida diretamente, de animal para animal, por meio do contato físico entre eles, via secreções e excreções, e também pelas vias aéreas, ou seja, pela ocorrência do vírus aerotransportado, isto é, levado pelo vento ou suspenso no ar, empoeirado ou não, do animal contaminado para o animal sadio. O capim vivo, o feno, os volumosos e os concentrados contaminados também podem transmitir ou transportar o vírus da febre aftosa quando os animais sadios consomem o alimento no mesmo pasto e/ou cocho que os animais contaminados.
Infelizmente, ainda é possível a contaminação ou contágio indireto por meio de objetos utilizados no manejo do gado, por meio das instalações rurais não adequadamente higienizadas e/ou esterilizadas, dos veículos usados para transporte do gado, por exemplo, por meio dos vestuários usados pelos empregados da propriedade rural, ou até mesmo pelas mãos de pessoas que lidaram com os animais doentes e, posteriormente, tiveram contato com animais sadios sem antes higienizá-las, ou seja, lavá-las.
A febre aftosa é uma doença presente na Europa, na Ásia, na América do Sul e na África, isto é, no continente africano. Já a América do Norte, a América Central e a Oceania, incluindo a Austrália, estão livres da doença. Os Estados Unidos estão livres da doença desde 1922.
A Grã-Bretanha, por exemplo, foi afetada por uma epidemia de febre aftosa em 2001, com cerca de 2030 casos confirmados, tendo que sacrificar cerca de 6 milhões de bovinos, caprinos e ovinos. Houve um enorme impacto sobre a economia do país. As perdas ultrapassaram o equivalente a US$ 12 bilhões.
HISTÓRIA E CONCEITO
Logo acima, o aphthovirus em detalhes. Embora seja extremamente agressivo contra animais bovinos, caprinos, suínos e ovinos ele não costuma atacar humanos. Logo abaixo, uma imagem de uma colônia de aphthovirus. Eles não conseguem se reproduzir de forma autônoma, precisam das células dos hospedeiros para se multiplicar.
Um micro-organismo (agora com hífen, de acordo com o novo acordo ortográfico) ou microrganismo é um animal ou vegetal de dimensões microscópicas, ou seja, só é possível observá-lo ou atentar para os detalhes de seu corpo ou estrutura e de seu comportamento com o uso de um microscópio. No entanto, uma parte da comunidade científica e acadêmica não considera os vírus como organismos vivos. Polêmicas à parte, os menores animais e vegetais patogênicos presentes no planeta, isto é, os menores micro-organismos que provocam doenças, presentes na natureza do planeta Terra, são os fungos, as bactérias, os vírus, os protozoários e a maior parte dos ácaros.
Um micro-organismo (agora com hífen, de acordo com o novo acordo ortográfico) ou microrganismo é um animal ou vegetal de dimensões microscópicas, ou seja, só é possível observá-lo ou atentar para os detalhes de seu corpo ou estrutura e de seu comportamento com o uso de um microscópio. No entanto, uma parte da comunidade científica e acadêmica não considera os vírus como organismos vivos. Polêmicas à parte, os menores animais e vegetais patogênicos presentes no planeta, isto é, os menores micro-organismos que provocam doenças, presentes na natureza do planeta Terra, são os fungos, as bactérias, os vírus, os protozoários e a maior parte dos ácaros.
Entre todos
esses agentes patogênicos citados neste artigo / página, os vírus são os
menores e mais perigosos seres que existem, eles são impossíveis de ser
observados a olho nu pelo ser humano. A rigor, para ser ainda mais preciso, os
fungos, as bactérias, os vírus, os protozoários e os ácaros são parasitas, ou
seja, eles se alimentam e/ou dependem de outros animais e/ou vegetais para
sobreviver. Com o passar do tempo, dias, meses ou anos, muitos tipos deles
acabam destruindo o seu hospedeiro...
Na verdade,
nem todos os fungos, bactérias e protozoários são nocivos ao ser humano, muitas
espécies deles são construtivas, ou seja, podem ser usadas positivamente, para
o bem da humanidade, de animais e do meio ambiente. Também há pesquisas
científicas, no Brasil, inclusive, que já apontam para uma tendência de
considerar que há vírus que podem ser usados construtivamente, no combate ao
câncer, por exemplo, embora não seja ainda uma conclusão definitiva e ainda
passível de experimentos e testes. Um dos exemplos mais comuns de bactérias
construtivas são aquelas presentes nos iogurtes, são chamadas de bactérias
boas, entre elas a Lactobacillus bulgaricus e a Streptococcus thermophillus.
Por outro
lado, os vírus, de modo geral, na maioria dos casos, podem ser considerados os
mais devastadores micro-organismos presentes no planeta em que vivemos. Um
vírus é um agente causador de doenças infecciosas e contagiosas. Ele faz parte
de um complexo grupo de agentes submicroscópicos causador de doenças, dividido
entre organismos vivos e moléculas complexas, com a capacidade de se reproduzir
rapidamente dentro de células vivas de seres humanos e animais.
De modo geral, a existência dos vírus foi descoberta no século XIX pelo cientista francês Louis Pasteur, em 1884 pelo microbiologista Charles Chamberland, em 1886 por Adolf Mayer, em 1892 pelo biólogo Dmitry Ivanovsky, e em 1898 pelo microbiologista Martinus Beijerinck. Isso significa que a existência dos vírus não foi descoberta por apenas um cientista. A grosso modo, para simplificar, Luis Pasteur desconfiou, digamos, que havia um outro agente infeccioso na saliva do cachorro louco, com raiva, e, segundo ele, não era uma bactéria, e sim um outro agente nocivo de tamanho menor, impossível de ser observado com um microscópio simples. Daí em diante, outros cientísticas, incluindo Chamberland, Mayer, Ivanovsky e Beijerinck seguiram a mesma linha de raciocínio, até finalmente Beijerinck nomear de vírus o agente infeccioso recém descoberto por eles.
Já a existência do vírus causador da febre aftosa, o Aphthovirus, foi descoberta em 1898 pelos cientístas Friedrich Loeffler e Paul Frosch, que conseguiram passar soro sanguíneo de animais doentes de febre aftosa através de filtros de porcelana com poros de tamanho nanométrico. Sabia-se que esses filtros barravam todos os menores agentes de doença até então conhecidos, as bactérias. No entanto, Loeffler inoculou experimentalmente o filtrado do sangue dos animais com febre aftosa em outros animais suscetíveis sadios e conseguiu reproduzir a doença, cumprindo os postulados de Robert Koch.
O vírus Aphthovírus é um microorganismo do reino viral, é um parasita intracelular da família Picornaviridae. Esse vírus que causa a febre aftosa é composto por uma membrana protetora e um núcleo responsável pela reprodução. Esse tipo de vírus raramente ataca seres humanos.
O vírus da febre aftosa se espalha muito rápido, em 24 ou 48 horas ele pode contaminar todo o rebanho de propriedades rurais de pequeno e médio portes. Há casos registrados de grandes fazendas totalmente contaminadas em menos de uma semana. O vírus pode se espalhar até mesmo por meio de moscas contaminadas, poeira, água em bebedouros e por meio de carrapatos.
ETIOLOGIA E TIPOLOGIA
Logo acima, mais um sintoma de animal bovino infectado pelo vírus da febre aftosa, neste caso babando muito. Logo abaixo, outro sintoma comum são feridas nos cascos ou patas, no caso específico da imagem abaixo, trata-se de um suíno, ou seja, um porco.
O vírus da febre aftosa pertence ao gênero Aphthovirus da família Picornaviridae. Seu diâmetro varia de 25 a 30 nanômetros, aproximadamente, e está entre os menores vírus conhecidos. Os vírions apresentam capsídeo de simetria icosaédrica, não envelopados e seu genoma é um RNA de fita única. Quando o vírus se liga a um receptor presente naturalmente na membrana de uma célula de um hospedeiro suscetível, ocorre um invaginamento nessa região e ele é colocado dentro da célula. Sua estrutura proteica desaparece liberando o material genético no citoplasma celular. Os genes do vírus tomam conta da maquinaria metabólica de produção de proteínas da célula e passam a sintetizar as proteínas e os genes. Os genes também codificam a montagem de enormes quantidades de novos vírions e a célula eventualmente morre e se rompe. Isto libera novos vírus que infectam novas células e reiniciam o ciclo. O animal hospedeiro passa a apresentar sinais clínicos da doença e a disseminar novos vírions também para o ambiente.
Traduzindo isso numa linguagem mais simples, o vírus Aphthovirus entra na célula de seu hospedeiro, uma vaca, por exemplo, e usa essa célula para a sua reprodução, ou seja, o vírus não tem autonomia para se reproduzir, ele usa a célula como se fosse um útero, digamos.
O vírus da febre aftosa pertence ao gênero Aphthovirus da família Picornaviridae. Seu diâmetro varia de 25 a 30 nanômetros, aproximadamente, e está entre os menores vírus conhecidos. Os vírions apresentam capsídeo de simetria icosaédrica, não envelopados e seu genoma é um RNA de fita única. Quando o vírus se liga a um receptor presente naturalmente na membrana de uma célula de um hospedeiro suscetível, ocorre um invaginamento nessa região e ele é colocado dentro da célula. Sua estrutura proteica desaparece liberando o material genético no citoplasma celular. Os genes do vírus tomam conta da maquinaria metabólica de produção de proteínas da célula e passam a sintetizar as proteínas e os genes. Os genes também codificam a montagem de enormes quantidades de novos vírions e a célula eventualmente morre e se rompe. Isto libera novos vírus que infectam novas células e reiniciam o ciclo. O animal hospedeiro passa a apresentar sinais clínicos da doença e a disseminar novos vírions também para o ambiente.
Traduzindo isso numa linguagem mais simples, o vírus Aphthovirus entra na célula de seu hospedeiro, uma vaca, por exemplo, e usa essa célula para a sua reprodução, ou seja, o vírus não tem autonomia para se reproduzir, ele usa a célula como se fosse um útero, digamos.
Existem sete diferentes sorotipos de vírus da febre aftosa: O tipo O (o mais comum), A, C, SAT-1 (South African Territory 1), SAT-2 (South African Territory 2), SAT-3 (South African Territory 3) e Ásia–1. Os quatro últimos são considerados não comuns no Brasil. Os que tem mais presença negativa na América Latina são os sorotipos O, A e C, sendo que os últimos isolamentos no Brasil demonstraram presença maior do tipo O.
SINAIS CLÍNICOS E SINTOMAS
Em geral, os sinais clínicos são severos em bovinos e suínos. Ovelhas e cabras geralmente desenvolvem infecções subclínicas. Animais selvagens, incluindo veados e porcos-do-mato, podem tanto desenvolver a doença severa e até morrer, como ter infecções subclínicas ou inaparentes, isto é, impossíveis de serem percebidas facilmente. Animais adultos infectados geralmente se recuperam.
O animal afetado apresenta uma febre alta que diminui após dois ou três dias. Em seguida aparecem pequenas vesículas na mucosa da boca, laringe, narinas e na pele que circunda os cascos. Essas vesículas são pequenas bolhas resultantes de células afetadas pela multiplicação dos vírus que se coalesceram. Essas vesículas se rompem e o tecido conjuntivo de sustentação fica à mostra, na forma de ferimentos. O líquido celular infestado de novas unidades de vírus é liberado no ambiente quando essas vesículas se rompem.
O animal passa então a salivar, deixando cair saliva e a claudicar, isto é, andar com dificuldade, como consequência dos ferimentos associados às vesículas. Depois disso, o animal deixa de andar e de comer e emagrece rapidamente. As capacidades fisiológicas de crescimento, engorda e de produção de leite são prejudicadas por várias semanas ou meses. Animais novos, especialmente bezerros, podem morrer de miocardite derivada da infecção do músculo cardíaco pelo vírus da febre aftosa. Para um animal adulto com febre aftosa, sua recuperação é uma probabilidade, isto é, a taxa de letalidade ou mortalidade da febre aftosa é de cerca de 10% dos animais adultos. Já a taxa de morbidade, isto é, a taxa de contaminação / infecção e apresentação dos sintomas, é extremamente alta. Praticamente todos os animais (das espécie de animais mais suscetíveis) presentes em um rebanho exposto ao vírus serão infectados e mostrarão sinais da febre aftosa.
Outros sintomas são pelos arrepiados, olhos com lacrimejamento, febre alta e perda de peso. Os sintomas da febre aftosa duram cerca de uma semana e, depois disso, os animais apresentam sinais aparentes de cicatrização.
Os animais curados tornam-se portadores convalescentes assintomáticos e colocam em risco novamente o rebanho após a perda da imunidade do rebanho, por nascimento ou por compra de animais suscetíveis. Traduzindo isso em uma linguagem mais simples, os animais curados da febre aftosa, mesmo que não apresentem os sintomas da doença, tornam-se multiplicadores ou vetores do vírus ainda presente em seus corpos e espalham o vírus a outros animais sadios misturados ao rebanho. Por isso as autoridades sanitárias preconizam o sacrifício e a incineração e enterro dos animais contaminados pelo vírus causador da febre aftosa.
TRATAMENTO E VACINAÇÃO
No Brasil, a prevenção contra a febre aftosa é realizada por meio de vacina obrigatória aplicada de forma periódica, na maioria dos casos de seis em seis meses, dependendo de cada estado, com exceção do Estado de Santa Catarina, onde não há vacinação obrigatória. Já no Estado de Mato Grosso e no Estado de Mato Grosso do Sul, por exemplo, com dois dos maiores rebanhos do Brasil, ela deve ser realizada a cada seis meses, obrigatoriamente. A vacinação é obrigatória a todos os produtores rurais, de forma que as recomendações do fabricante da vacina, com relação à dosagem, prazo de validade, modos de conservação, entre outros, sejam obedecidas.
De modo geral, a vacinação contra a febre aftosa no Brasil é sistemática. Conforme capítulo 8.5 do Terrestrial Animal Health Code da OIE – Organização Mundial da Saúde Animal, os países e regiões de um mesmo país podem ser classificados como livres da febre aftosa de acordo com os seguintes status:
- Livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, país ou região onde a vacinação não é praticada, mas são cumpridos os requisitos estabelecidos pela OIE, como o estabelecimento de barreiras de proteção do resto do ou no país e dos ou nos países vizinhos, se eles possuírem um status diferente de saúde animal; a definição rigorosa dos limites da zona livre; e a implementação de medidas regulamentares para a detecção precoce, prevenção e controle da febre aftosa;
- Livre de febre aftosa com vacinação. A maior parte do Brasil se enquadra nesse status. Para se qualificar para a inclusão na lista de zonas livres da febre aftosa com prática da vacinação, um país-membro da OIE deve ter prontidão no controle e registro das doenças animais e fornecer provas documentais de que as medidas regulamentares para a detecção precoce, prevenção e controle da febre aftosa foram implementadas e a vacinação de rotina é realizada.
O não cumprimento dos requisitos estabelecidos pela OIE – Organização Mundial da Saúde Animal pode resultar na exclusão do nome de um membro da lista de países ou zonas livres da febre aftosa. Os países-membros devem notificar à OIE, por escrito, em novembro de cada ano que a situação epidemiológica em relação à febre aftosa manteve-se inalterada.
Teoricamente, a estratégia de vacinação contra a febre aftosa pode ser feita com duas diferentes abordagens, a vacinação profilática, antes da ocorrência de um surto, e a vacinação reativa, feita após a detecção de um surto. Neste caso, a eliminação do rebanho doente deve ser complementada pela vacinação para proteger os animais sensíveis contra a estirpe do vírus em particular prevalente na área do surto. Entretanto, em quase todos os estados brasileiros optou-se pela vacinação profilática.
Os principais determinantes da eficácia da vacinação profilática são o grau de cobertura da vacinação (a proporção de animais vacinados) e a eficácia (a proporção de animais vacinados que são protegidos).
No caso brasileiro, o artigo 17 do Anexo I da Instrução Normativa nº 44 / 2007, determina as seguintes estratégias e sistemática de vacinação obrigatória de bovinos e bubalinos:
- Vacinação semestral de todos os animais em um período de 30 dias contínuos;
- Vacinação semestral de animais de 3 meses até 24 meses de vida e anualmente para animais com mais de 24 meses de idade, em um período de 30 dias contínuos. Esta estratégia pode ser adotada apenas nos estados onde o registro das propriedades rurais está consolidado e onde tenha sido realizada a vacinação semestral por pelo menos dois anos consecutivos, observando-se um grau de cobertura da vacinação superior a 80%;
No Brasil, somente o Estado de Santa Catarina é considerado livre de febre aftosa sem vacinação. Já os demais estados da Região Sul, Paraná e Rio Grande do Sul, os estados do Acre, Rondônia, Tocantins e Pará na Região Norte, toda a Região Nordeste, toda a Região Sudeste e toda a Região Centro-Oeste são considerados livres de febre aftosa com vacinação.
Assim, os circuitos pecuários dos estados do Amapá, Amazonas e Roraima são consideradas zonas de médio risco de ocorrência da febre aftosa, conforme o MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Mesmo sem a ocorrência de focos, essas áreas são consideradas infectadas.
Para que seja requerido o reconhecimento da OIE – Organização Mundial de Saúde Animal para os referidos estados brasileiros, devem ser obtidas, de acordo com as normas do Ministério da Agricultura, percentuais de cobertura de vacinação mínimos de 80%.
Em 2014, os 178 países integrantes da OIE – Organização Mundial de Saúde Animal, reunidos durante assembleia mundial, em Paris, na França, declararam erradicada com vacinação a febre aftosa nos estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Piauí, Pernambuco e na região norte do Pará.
Esse reconhecimento da OIE elevou para 210 milhões o total de animais que estão em zonas livres de febre aftosa no Brasil, o que representava 99% do rebanho nacional de bovinos e bubalinos em 78% do território brasileiro. O próximo passo é alcançar a meta de um país totalmente livre da doença. Para isso o MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realiza um trabalho conjunto com os governos estaduais e a iniciativa privada para que Amapá, Roraima e Amazonas também sejam reconhecidos como livres da febre aftosa com vacinação.
O tratamento dessa doença também é feito com a total desinfecção do local contaminado, fervura ou pasteurização do leite destinado ao consumo humano ou de outros animais, tratamento com medicação nas feridas dos animais contaminados e tratamento com tônicos cardíacos em animais com muita fraqueza.
A VACINA
Uma vacina é uma preparação biológica, geralmente produzida em larga escala, por meio de processos industriais, que fornece imunidade adquirida ativa para uma doença particular em seres humanos e/ou animais, dependendo de cada caso. Uma vacina tipicamente contém um agente que se assemelha a um microrganismo causador de doenças e é muitas vezes feito de formas enfraquecidas ou mortas desse micróbio, das suas toxinas ou de uma das suas proteínas de superfície.
Assim, esse agente estimula o sistema imunológico do próprio corpo humano e/ou animal para reconhecê-lo como uma ameaça, destruí-lo e a manter um registro dele para que o sistema imunológico possa mais facilmente e rapidamente reconhecer e destruir qualquer um desses microrganismos que mais tarde retorne. As vacinas podem ser profiláticas, isto é, para prevenir ou melhorar a reação do corpo humano e/ou animal contra uma futura infecção ou, ainda, para evitar a infecção, ou podem ser terapêuticas, isto é, para tratamento contra a doença já presente no corpo humano e/ou animal.
No caso específico da vacinação contra a febre aftosa, o produto usado na forma líquida para injeção contém antígenos purificados, inativados e emulsificados, com os adjuvantes óleo mineral e saponina. Esse conteúdo líquido geralmente está contido em embalagens plásticas cuidadosamente fechadas e lacradas e deve, obrigatoriamente, ser mantido em baixas temperaturas, entre 2° e 8° Celsius ou centígrados, em geladeiras, quando armazenado, e em caixas de isopor com gelo, durante o seu transporte da cidade para a fazenda ou sítio. Atenção: O produto não deve ser congelado...
Geralmente, a vacina contra febre aftosa é tradicionalmente vendida em estabelecimentos comerciais voltados para a atividade agropecuária, relacionados ao mercado veterinário. Geralmente, a vacina está disponível por meio da indústria veterinária, a maioria dessas indústrias é confiável, sob diversas marcas diferentes, por preços acessíveis e sob a forma líquida injetável.
O produto só pode ser comercializado quando licenciado pelo MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A dosagem para cada porte de animal está especificada na própria embalagem do produto, mas em caso de dúvida o proprietário rural ou administrador da fazenda ou sítio deve consultar um veterinário ou zootecnista.
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- Caminhões Mercedes-Benz Atego
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REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
- Canal Rural: http://www.canalrural.com.br/noticias/febre-aftosa/saiba-que-febre-aftosa-como-ela-age-organismo-dos-animais-7199
- Dicionário Michaelis
- Ministério da Agricultura: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/arquivos-programas-sanitarios/PerguntaserespostassobreaFebreAftosa.pdf
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_aftosa
- Globo Rural / Globo.play: http://globoplay.globo.com/v/3782717/
- Inova Biotecnologia: http://www.inovabiotecnologia.com.br/febre-aftosa/
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Louis_Pasteur
- Dicionário Larousse
- SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Vírus
- FAEF - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/cQyqLX2hvW9LHur_2013-6-21-15-44-53.pdf
- Site Brasil Escola / UOL: http://brasilescola.uol.com.br/doencas/febre-aftosa.htm
- Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Vacina
- Globo.com / G1: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/04/virus-da-zika-pode-ajudar-tratar-alguns-tipos-de-cancer-diz-pesquisa.html
- Wikimedia: Imagens
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