CAPIM ELEFANTE NAPIER (AGROPECUÁRIA)

CAPIM ELEFANTE
CAPIM ELEFANTE CARAJÁS
CAPIM ELEFANTE PARAÍSO
CAPIM NAPIER

INTRODUÇÃO
capim elefante é um tipo de forrageira usado em larga escala no Brasil na alimentação animal de ruminantes, geralmente de médio e grande portes, embora também seja possível o seu uso para alimentação de animais de pequeno porte, como ovinos e caprinos, por exemplo. Uma das variedades mais conhecidas do capim elefante no Brasil é o napier, que tem um aspecto semelhante ao aspecto da cana-de-açúcar, embora de caule mais fino, e a sua forma de colheita por meio de máquinas colhedoras de forragem acopladas a tratores também é similar.

Também é possível a estocagem de capim elefante napier por meio das técnicas de silagem, para serem fornecidas ao gado nos meses frios e secos do ano.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
O capim elefante é um tipo de forrageira muito comum na atividade agropecuária brasileira, usado principalmente na zona rural das regiões Centro Oeste e Sudeste do Brasil na alimentação animal de ruminantes de leite e de corte, principalmente na alimentação de bovinos de leite, já que ele evita que os níveis de produtividade leiteira nos meses frios e secos do ano caiam demais.

No Brasil, um dos tipos de capim elefante mais conhecidos e cultivados é o napier. Ele é usado no Brasil principalmente para fazer volumoso verde para alimentação do gado nos meses frios e secos do ano, com pouca ou nenhuma chuva. Ele é colhido in loco por máquina colhedora de forragem acoplada ao trator em baixa velocidade e automaticamente despejado na carreta, que, por sua vez, também segue acoplada ao trator.

O napier é uma gramínea de porte alto e um pouco frágil, com folhas altas, compridas e pontudas, colmos também compridos, um pouco menos grossos e úmidos que os caules da cana-de-açúcar e, assim como sua prima, ele possui caule com casca e, portanto, é razoavelmente resistente aos meses de estiagem e de frio do Centro Oeste e do Sudeste brasileiros e, por isso mesmo, tem sido usado largamente nas pequenas e médias propriedades rurais brasileiras, principalmente para alimentação do gado leiteiro, inclusive em locais mais humildes, como na agricultura familiar de assentamentos rurais, por exemplo.

Ele é uma das mais importantes variedade do capim elefante, produz um grande volume de massa verde para corte, é palatável (“gostoso”) aos animais, tem um valor proteico bem razoável e valor nutritivo também bem razoável. Ele também é usado para ensilagem ou silagem em grandes, médias e pequenas propriedades rurais, de perfil mais profissionalizado ou não, 

PREPARO DO SOLO E PLANTIO
De modo geral, ele é plantado no início das chuvas, em setembro ou outubro, no Centro Oeste brasileiro, por exemplo. A forma de plantio é semelhante a da cana de açúcar, com sulcos lineares abertos com sulcador acoplado ao trator. Assim os colmos ou caules da planta viva são deitados, são alinhados aos sulcos e são enterrados. É aconselhável verificar com o engenheiro agrônomo ou técnico agrícola se há necessidade de jogar fertilizantes granulados nos mesmos sulcos antes de fechá-los, ou seja, antes de enterrar os caules ou ramos da planta.

De modo geral, o capim elefante não suporta regiões alagadas, de várzea ou vargem, por exemplo. Ele não suporta geadas prolongadas, como na Região Sul do Brasil, por exemplo, embora haja muitos relatos de produtores que estão conseguindo cultivar a gramínea no estado do Paraná, por exemplo, que não é tão frio como o Rio Grande do Sul.

Antes dos meses de chuva é necessário fazer o preparo do solo, que deve ser precedido, obviamente, por análise laboratorial das amostras do solo, com o auxílio de um engenheiro agrônomo, um técnico agrícola ou zootecnista para interpretação dos dados resultantes da análise. O solo é limpo, arado, gradeado e adubado, mas também há opções bem sucedidas de plantio direto já relatadas no Brasil, ecologicamente corretas, que vêm sendo usadas em vários casos, principalmente nos terrenos mais inclinados e, portanto, mais sujeitos à erosão.

Segundo alguns engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas, é possível a consorciação do capim elefante com leguminosas, entre elas a siratro, a soja perene, a centrosema e a galactia striata. Segundo eles a vantagem nesse caso é a da fixação de nitrogênio no solo, o que resulta em uma simbiose entre essa gramínea e a leguminosa. Pra quem não sabe, uma simbiose é a associação entre dois ou mais seres vivos, com vantagens mútuas ou pelo menos a um deles.

CORTE E PREPARO
O método de corte e preparo do napier é simples, com a colhedora de forragem acoplada ao trator e com a carreta logo atrás, também acoplada, a máquina se encarrega de fazer o corte e a trituração, assim o volumoso já está pronto pra ser consumido pelo gado, bastando apenas limpar e enxugar os cochos e depositar a matéria verde e fresca nos cochos.

O pastejo ou pastoreio direto do capim elefante, ou seja, com o animal in loco, consumindo a planta diretamente no local em que ela está arraigada, não é recomendado. Além disso, há relatos de que o capim elefante napier triturado, na forma de volumoso, é rejeitado pelos animais após 24 horas do corte e da trituração, provavelmente por causa da fermentação, portanto é recomendável servi-lo fresco no cocho, logo após o preparo.

Para o corte e estoque de silagem de capim elefante napier são necessários alguns cuidados, como, por exemplo, a compactação da matéria verde já triturada, antes de estender a lona plástica para estocar a silagem, e a verificação prévia do estado de conservação da lona, para verificar se há furos ou rasgos, portanto para evitar infiltrações de água da chuva e entrada de ar.

OUTRAS VARIEDADES

CULTIVAR CARAJÁS
Essa cultivar ou variedade de capim elefante, que pode ser plantada por meio de sementes, tem a vantagem da grande produção de forragem, embora não seja alta e mais se assemelhe a capins comuns. Ela é recomendada para pastejo direto pelo gado ou para corte para produção de volumoso.
  • Nome científico: Pennisetum glaucum;
  • Tipo de solo: Alta fertilidade;
  • Precipitação pluviométrica: 800 milímetros anuais ou mais;
  • Utilização: Pastejo, silagem e corte;
  • Teor de proteína: 14% na matéria seca;
  • Produção: 35 toneladas / hectare / ano;
  • Tolerância ao frio: Alta;
  • Tolerância à seca: Média;

CULTIVAR PARAÍSO

  • Nome científico: Pennisetum glaucum;
  • Origem: Estados Unidos;
  • Tipo de solo: Alta fertilidade;
  • Precipitação pluviométrica: 800 milímetros anuais ou mais;
  • Consorciação: Soja perene e calopogônio;
  • Primeiro corte: Seis meses;
  • Utilização: Pastejo, silagem e corte;
  • Palatabilidade: Boa;
  • Teor de proteína: 8% no inverno e 18% no verão;
  • Produção: 35 toneladas / hectare / ano;
  • Tolerância ao frio: Alta;
  • Tolerância à seca: Média;
  • Ciclo: Perene;

VEJA TAMBÉM


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Livro Implantação de Pastagens / José Rodrigues de Souza
  • Dicionário Michaelis
  • Embrapa (divulgação): Imagens

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