EMBRAER LEGACY 650

EMBRAER LEGACY
EMBRAERL LEGACY EXECUTIVE
EMBRAER EMB-135 BJ BUSINESS JET
EMBRAER ERJ-135 BUSINESS JET
EMBRAER LEGACY 600
EMBRAER LEGACY 650
EMBRAER LEGACY 650E

INTRODUÇÃO

Logo acima, o elegante jato executivo de médio porte e alcance intercontinental Embraer Legacy, o primeiro modelo de avião executivo intercontinental fabricado pela Embraer, um modelo diretamente derivado do jato regional Embraer ERJ-135, por sua vez dedicado à aviação comercial. Logo abaixo, o jato executivo de médio porte e alcance intercontinental Embraer Legacy 650, com alcance melhorado, impulsionado por motores turbofan com alta taxa de bypass.
Embraer Legacy é uma elegante e sofisticada aeronave bimotor executiva de alta performance, de médio porte e de alcance intercontinental, com motorização turbofan e com capacidade para transportar com muito conforto 12 ou 15 passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada, projetada a partir da década de 1990, e desenvolvida e fabricada no Brasil a partir da década de 2000 pela Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica, que utilizou como base para sua criação e desenvolvimento o jato regional para transporte de passageiros Embraer ERJ-135, que por sua vez faz parte da família Embraer ERJ-145, um grande sucesso de vendas da fabricante brasileira.

A família Embraer Legacy 600 é composta por vários modelos semelhantes de aeronaves executivas, entre eles o Embraer Legacy, o modelo original a partir do qual todos os demais modelos foram criados e desenvolvidos, o Embraer Legacy Executive, o Embraer Legacy 600, o Embraer Legacy 650, uma versão com alcance aumentado, e, mais recentemente, o modelo atual Embraer Legacy 650E, oferecido pela fabricante brasileira com 10 anos de garantia ou 10.000 horas de voo, a maior garantia já oferecida para um avião executivo intercontinental.

Todos esses modelos modernos de aeronaves fazem parte de uma elegante e já consagrada série de aeronaves executivas, bem sucedida tecnicamente e bem aceita no mercado aeronáutico mundial.

Atualmente e durante as décadas de 2000 e de 2010, os principais concorrentes dos aviões da família Embraer Legacy 600 de jatos executivos da Embraer Executive Jets, a atual subsidiária da Embraer S.A. para o mercado aeronáutico executivo mundial, são e foram o Bombardier Global Express, o Bombardier Global 6000 e o Bombardier Global 5000, todos esses fabricados pela canadense Bombardier Aerospace; o Cessna Citation Hemisphere, o Cessna Citation Longitude e o Cessna Citation X, todos esses da americana Textron Aviation, conhecida anteriormente como Cessna Aircraft; o Gulfstream G550, o Gulfstream V, o Gulfstrem G450 e o Gulfstream IV, todos da americana Gulfstream Aerospace; o belíssimo e sofisticado Beechcraft Hawker 4000, da então fabricante americana Beechcraft Corporation, conhecida atualmente Textron Aviation; e o Dassault Falcon 2000, o Dassault Falcon 900 e o Dassault Falcon 7X, esses três da francesa Dassault Aviation.

A EMBRAER S.A.

A Embraer S.A. é uma grande fabricante brasileira de aviões comerciais, executivos, militares e utilitários. Atualmente, ela é uma empresa de capital misto, com predominância de capital privado, com acionistas estrangeiros, inclusive. A sua sede está localizada em São José dos Campos, interior do Estado de São Paulo. Ela foi privatizada na década de 1990 e entregou mais de 100 aeronaves em 2017, com uma carteira de encomendas de cerca de 400 unidades para os próximos quatro anos.

Considerando receitas e número de aeronaves fabricadas, a empresa brasileira Embraer S.A. é a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do planeta e a quinta maior fabricante de jatos executivos. Ela foi fundada como uma estatal no início da década de 1970 e, desde a sua fundação, fabricou mais de 8.000 unidades, incluindo aviões comerciais para a aviação regional; aviões executivos em geral, entre eles jatos bimotores, turboélices bimotores, bimotores e monomotores a pistão; aviões utilitários para aviação agrícola; e aviões militares para treinamento e combate; sendo que a maioria deles ainda está em condições de voo.

Em unidades vendidas, a empresa brasileira Embraer S.A. é uma das maiores fabricantes de aeronaves comerciais, aeronaves executivas, aeronaves utilitárias para uso agrícola e aeronaves militares. Comparando receitas, a Embraer foi o quarto maior grupo fabricante de aeronaves civis do planeta em 2014, somando os números de todas as unidades da empresa, no Brasil e no exterior, com receita bruta de aproximadamente US$ 5,6 bilhões. Com um aparente recuo gradativo da canadense Bombardier Incorporated no mercado de aviação comercial, nos anos mais recentes, é provável ou possível que a Embraer S.A. assuma em breve a terceira posição entre as maiores fabricantes de aviões civis do mundo, atrás apenas da Airbus e da Boeing.

Alguns anos atrás, a Embraer S.A. despertou o interesse da gigante americana da indústria aeronáutica e aeroespacial Boeing Company, que chegou ao ponto de fazer uma oferta de compra da fabricante aeronáutica brasileira, proposta reformulada meses depois em razão da disposição do Governo Brasileiro em manter sua participação minoritária do tipo golden share, já que a subsidiária Embraer Defesa e Segurança é a principal fornecedora de aeronaves para a FAB - Força Aérea Brasileira. A nova proposta da Boeing consiste em assumir o controle gerencial de uma nova subsidiária para a fabricação de aviões comerciais e, atualmente, as duas empresas estão em negociação para atuarem juntas na fabricação de aeronaves comerciais para a aviação regional.

Atualmente, a Embraer S.A. é sócia minoritária com 20% da Boeing Commercial Brasil, a subsidiária brasileira da Boeing Company para a fabricação de aeronaves comerciais, principalmente os jatos regionais da bem sucedida família Embraer E-Jet.

Comparando receitas, a Embraer é o um dos maiores fabricantes de aeronaves do planeta, somando os números de todas as unidades da empresa, no Brasil e no exterior, com receita bruta de aproximadamente US$ 5,6 bilhões em 2014 e US$ 6,5 bilhões em 2016, com 108 aeronaves comerciais e 117 aeronaves executivas fabricadas, somando 225 unidades fabricadas e entregues.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, a refinada cabine de passageiros do Embraer Legacy, muito confortável, com baixo nível de ruído interno, com acabamento impecável em tons pastel, com assentos largos e dispostos em club seat, isto é, frente a frente, e um sofá lateral no fundo da cabine de passageiros. Logo abaixo, a galley completa da aeronave, com refrigerador, forno de microondas e forno elétrico.

O elegante e moderno Embraer Legacy é uma sofisticada aeronave bimotor executiva, de médio porte e de alcance intercontinental, com cabine pressurizada, motorização turbofan com alta taxa de bypass e construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com capacidade para transportar com muito conforto 12 ou 15 passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada, projetada na década de 1990 e desenvolvida e fabricada em série no Brasil a partir da década de 2000 pela então Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica, atualmente Embraer S.A., que utilizou como base para sua criação e desenvolvimento o projeto bem sucedido de avião regional para transporte de passageiros Embraer ERJ-135, o irmão menor da muito bem sucedida família Embraer ERJ-145, de aviões comerciais.

Ele foi o primeiro modelo da família Embraer Legacy 600 fabricado em série e impressiona observadores e usuários pelo tamanho, pela beleza, pelo conforto, pela elevada sofisticação dos sistemas hidráulico, elétrico, mecânico, eletrônico e pneumático e pelo alcance de cerca de 5.400 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas). Esse modelo de avião executivo é impulsionado por dois motores turbofan Rolls-Royce Allison AE3007 fixados no cone de cauda, o que resulta em velocidades de cruzeiro de aproximadamente 820 km/h, com teto de serviço certificado de 12.000 metros.

No meio aeronáutico, ele é considerado um modelo moderno de avião executivo, desde o início, na década de 2000, fabricado com uma das melhores versões disponíveis na época do sistema EFIS – Electronic Flight Instrument System, o sistema de voo por instrumentos digitais, modelo Honeywell Primus 1000, com interfaces em cinco amplas telas e mais seis telas menores, com duas telas PFD – Primary Flight Display, as telas primárias, e duas telas MFD – Multi Function Display, as telas multifuncionais, com o EICAS - Engine Indicating and Crew Alerting System e com o FMS - Flight Management System, o sistema de gerenciamento de voo, fixado no console central, todos eles dentro de um contexto ou conceito de glass cockpit ou cockpit de vidro, como também é conhecido no meio aeronáutico.

O Embraer Legacy oferece ao seu operador e ao seu exigente usuário aviônicos avançados e vários itens de conforto, como um amplo toalete no fundo da cabine de passageiros, acesso via satélite à Internet (upgrade) e telefone por satélite (de série), forno de microondas, forno elétrico, refrigerador para água e bebidas, armário para pratos, copos e talheres, DVD player e CD player, guarda-roupas compacto, entre outros. Todas essas facilidades e conveniências podem ser utilizadas e acessadas por tempo indeterminado e com a aeronave ainda no solo, com os motores desligados, incluindo o sistema de ar-condicionado alimentado pela eletricidade gerada pela APU - Auxiliary Power Unit, uma unidade independente fornecedora de energia.

A fabricação em série do Embraer Legacy foi iniciada em 2002. A sua cabine de passageiros tem espaço suficiente para transportar até 12 passageiros, com um nível de conforto muito alto, mesmo considerando os padrões atuais da aviação executiva, com espaço de sobra para as pernas de todos os passageiros a bordo, mesmo aqueles mais altos, com até 1,8 metro de altura.

O jato executivo possui uma porta principal para acesso dos passageiros e tripulação na parte da frente da fuselagem, com escada embutida, do lado esquerdo. Ele possui uma porta principal de carga na parte traseira da sua fuselagem, próxima ao cone de cauda, para introdução das bagagens dos passageiros, e uma saída de emergência do lado direito da fuselagem, junto à asa. Ele tem um guarda roupas compacto no fundo da cabine de passageiros e um bagageiro interno separado da cabine de passageiros, aquecido e pressurizado, que pode ser acessado em voo.

Todas as versões dos aviões da família Embraer Legacy 600 são motorizadas com os confiáveis turbofans americanos Rolls-Royce Allison AE3007A com empuxos / potências variando entre 7.400 libras, em cada motor, até 9.000 libras, em cada motor, dependendo da versão, com alcances variando entre 5.400 quilômetros até 6.500 quilômetros, também dependendo da versão.

Os aviões da família Embraer Legacy 600 são homologados com sistema anti-ice por várias autoridades aeronáuticas, com ar quente extraído dos motores para aquecer os bordos de ataque das asas, do estabilizador horizontal e das naceles dos motores. Já o sistema hidráulico é duplo, com duas bombas hidráulicas, uma para cada motor, necessário para o acionamento do trem de pouso, dos flaps, dos spoilers, do controle de steering, do leme e do estabilizador horizontal.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Logo acima, o moderno cockpit (cabine de comando) do Embraer Legacy, dentro do conceito glass cockpit, baseado em aviônicos digitais do tipo EFIS - Electronic Flight Instrument System, o sistema digital de voo por instrumentos, e um pouco abaixo, no console central, a interface do FMS - Flight Management System, o sistema de gerenciamento de voo. Logo abaixo, ilustração simplificada do avião executivo, com a disposição dos assentos em uma das configurações disponíveis ao cliente.

O bem sucedido Embraer Legacy foi desenvolvido a partir do início da década de 2000, a partir da percepção dos projetistas e executivos da fabricante brasileira Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica sobre o crescente mercado de transporte aéreo executivo intercontinental. Eles acreditavam que havia espaço suficiente no mercado para mais um competidor na categoria super-midsize, com capacidade para transportar até 15 passageiros, numa configuração de média densidade e, caso fosse bem sucedido, com a introdução no mercado de versões subsequentes desse modelo.

Durante a década de 1990, alguns modelos de aviões bimotores de médio porte estavam sendo desenvolvidos ou já estavam em fabricação seriada para atender o mercado de aviação executiva intercontinental, entre eles o Bombardier Global Express, o Cessna Citation X, o Gulfstream V e o Gulfstream IV, o Dassault Falcon 2000 e o Dassault Falcon 900, a maioria desses também da categoria super-midsize. Como não queria correr os riscos técnicos e os altos custos inerentes a um projeto totalmente novo de aeronave para um segmento em que ainda não tinha experiência, a Embraer optou por aproveitar o máximo possível uma plataforma já existente, o jato regional Embraer ERJ-135, acrescentando apenas itens indispensáveis para satisfazer esse perfil de cliente, como, por exemplo, tanques de combustível adicionais e winglets, ambos para aumentar o alcance, e um interior de perfil executivo, confortável, sofisticado e refinado.

Isso significa que, quando nasceu, o Embraer Legacy já era uma aeronave madura em vários aspectos, o que resultou em um sucesso de vendas no mercado mundial, principalmente nos Estados Unidos e na Europa Ocidental.

O índice de despachabilidade é um indicador usado por fabricantes de aeronaves e empresas de transporte aéreo regular para avaliar a confiabilidade e produtividade de aeronaves, ou seja, nos dias atuais é natural que aeronaves bem projetadas, fabricadas dentro de padrões rígidos de controle de qualidade e que apresentam no dia a dia de trabalho índices de cerca de 98% ou mais, consigam se firmar no competitivo mercado de transporte aéreo regular de passageiros, pois as companhias aéreas precisam de aviões confiáveis para transportar com segurança seus passageiros, e, na prática, o Embraer Legacy é um Embraer ERJ-135 modificado para transporte executivo, com algumas mudanças no projeto, e toda a experiência adquirida pela Embraer no transporte aéreo regular de passageiros, nos 30 anos anteriores ao lançamento do Legacy, está presente nesse jato executivo.

VERSÕES DO LEGACY

Logo acima, mais uma opção refinada de cabine de passageiros do Embraer Legacy, também muito confortável, com baixo nível de ruído interno, com acabamento impecável, com assentos largos e dispostos em club seat, isto é, frente a frente. Logo abaixo, a galley completa da aeronave, também com refrigerador, forno de microondas, cafeteira e forno elétrico.

De modo geral, o Embraer Legacy é um avião bimotor de perfil essencialmente executivo, de asas baixas e enflechadas, com motorização turbofan da marca britânica Rolls-Royce, com construção convencional em alumínio e ligas metálicas e alcance intercontinental, embora também seja usado por vários operadores, pessoas físicas e pessoas jurídicas, para viagens internacionais e interestaduais. Desde a década de 2000, ele e seus irmãos melhorados estão e/ou estiveram em linha de produção seriada, com mais de 280 unidades fabricadas, atualmente operando em dezenas de empresas de táxi-aéreo e empresas de propriedade compartilhada, inclusive, entre elas a Icon Aviation, do Brasil, tendo uma fuselagem longa, com 26 metros de comprimento, com 21 metros entre uma ponta de asa e a outra ponta, do outro lado da fuselagem, dependendo do modelo.

Todas as versões do Embraer Legacy possuem seção de fuselagem circular, com 2,3 metros de largura total de fuselagem, sendo 2,1 metros úteis de largura para dois assentos por fileira, separados por um corredor central. Para complementar essa configuração em club seat, há um assento complementar na forma de sofá no fundo da cabine de passageiros, o que resulta em mais três lugares, com cintos de segurança. A configuração mais confortável possui 13 assentos, no total, sendo um assento para a comissária e 12 assentos para passageiros. Além disso, o bagageiro interno traseiro da aeronave pode ser acessado em voo.

Até 2016, os aviões da família Embraer Legacy 600 também foram fabricados em série na China pela Harbin Aircraft, uma subsidiária da AVIC – Aviation Industry Corporation of China, uma das maiores fabricantes de aeronaves do mundo.

Todos esses aviões possuem APU – Auxiliary Power Unit, da marca americana Sundstrand, modelo Sundstrand APS-500, uma unidade geradora de energia auxiliar, usada para manter energizados os sistemas da aeronave mesmo com os motores turbofan desligados, o que possibilita, inclusive, manter fresca a cabine passageiros no momento do embarque e desembarque. Além disso, a sua bateria opera em 24 volts e 44 ampères.

Todas as versões do Embraer Legacy 600 são modernas, eficientes e velozes. Elas operam em pistas de pouso de comprimento entre 1.999 metros e 2.500 metros, dependendo da versão, do número de passageiros e bagagens a bordo e da altitude e temperatura do aeródromo de origem. Nas configurações de média e baixa densidades de assentos elas podem ser consideradas muito confortáveis, considerando os atuais padrões da aviação executiva, com espaço de sobra para as pernas dos passageiros com até 1,8 metro de altura.

Há ainda uma versão de alta densidade, a Embraer Legacy Corporate Shuttle, com espaço suficiente para as pernas dos passageiros com até 1,75 metro de altura, com capacidade para até 37 passageiros em alta densidade.

O consagrado e confiável motor turbofan americano Rolls-Royce AE3007A de alto desempenho que impulsiona os aviões da família Embraer Legacy 600 faz parte de uma família de motores turbofan desenvolvida a partir de uma linha de motores para aplicação militar, a Allison T-406, usada pelo convertiplano militar americano Boeing V-22 Osprey. A família de motores turbofan Rolls-Royce Allison AE3007 para uso civil, tanto comercial como executivo, é usada, inclusive, para impulsionar o jato executivo intercontinental Cessna Citation X, fabricado pela Textron Aviation, também um best seller do mercado de aviação executiva.

Essa versão civil de motor turbofan da família Rolls-Royce Allison AE3007 é uma opção moderna e confiável de propulsão projetada para jatos comerciais para transporte de passageiros e para a aviação executiva, com alta performance, com taxa de bypass de 5:1, o que significa que ele movimenta cinco vezes mais ar que não passa pela sua câmara de combustão, em relação ao ar misturado ao querosene e queimado na câmara, portanto bem mais econômico e menos poluente que motores turbojato.

Essa família foi originalmente projetada, desenvolvida e fabricada a partir da década de 1990 nos Estados Unidos pela então fabricante americana Allison Company que, por sua vez, foi comprada, em 1995, pela fabricante de motores britânica Rolls-Royce, que optou por manter a planta industrial nos Estados Unidos para fabricação de motores turbofan para uso civil. Trata-se de um motor turbofan com alta taxa de bypass, com fan de estágio único de titânio, acoplado a uma turbina de baixa pressão com três estágios. O seu projeto é composto também por um compressor axial de 14 estágios, por uma turbina de alta pressão com dois estágios e com reversor de empuxo na saída de gases, tudo isso carenado por uma cobertura de Kevlar e controlado por um sistema digital FADEC – Full Authority Digital Engine Control, que impede que os parâmetros, padrões ou limites de funcionamento dos motores sejam excedidos pela tripulação.

No compartimento do nariz do Embraer Legacy estão fixados aviônicos em geral, principalmente o radar meteorológico. O sistema elétrico dele é redundante, com bateria de níquel-cádmio e cinco geradores de 28 volts DC de 400 ampères, sendo dois geradores movidos por cada motor e um gerador complementar que integra a APU – Auxiliary Power Unit, a unidade independente para geração de energia complementar. O sistema hidráulico do avião também é redundante, já que se trata de um modelo de aeronave certificado pelas regras FAR PART 25, mais rígida que outras certificações. Uma combinação do sistema hidráulico com o sistema elétrico é responsável, dependendo de cada caso, pela movimentação e/ou acionamento do trem de pouso, dos flaps, dos speed brakes e spoilerons, do wheel steering (controle da roda de nariz), do leme e do profundor. Como não se trata de uma aeronave totalmente fly-by-wire, caso a sofisticada combinação convencional, hidráulica e elétrica, falhe, o que é pouquíssimo provável, quase impossível, o controle da aeronave pode, teoricamente, ser mantido por meio de cabos e roldanas ligados diretamente aos manches da cabine de comando, o que, é claro, vai exigir uma boa dose de força física dos pilotos.

Os freios do Embraer Legacy são de carbono e possuem anti-skid e o trem de pouso é do tipo trailing link, com haste de arrasto, para pousos mais suaves. As asas de enflechamento suave, com 23º de enflechamento, foram projetadas para permitir a operação em altas velocidades e altas altitudes, com pousos tranquilos em pistas de pouso pavimentadas de comprimento médio, graças aos dispositivos hipersustentadores, os flaps nos bordos de fuga.

A aeronave possui quatro tanques de combustível, sendo um em cada asa e mais dois fixados na fuselagem.

EMBRAER LEGACY
EMBRAER LEGACY EXECUTIVE
EMBRAER LEGACY 600

O Embraer Legacy é uma aeronave bimotor executiva de alta performance, de médio porte e de alcance intercontinental, com cabine pressurizada, motorização turbofan com alta taxa de bypass e construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com capacidade para transportar com muito conforto 12 ou 15 passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada, fabricada em série no Brasil a partir de 2002 pela então Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica.

Conhecido também, no meio aeronáutico, como Embraer EMB-135 BJ Business Jet, ele é o modelo original a partir do qual todas as demais versões da família Embraer Legacy 600 foram criadas e desenvolvidas. Ele foi o primeiro modelo de jato executivo fabricado em série pela Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica, oferecido pela fabricante durante a década de 2000 pela metade do preço de alguns de seus principais concorrentes, mesmo apresentando um alto nível de conforto, com muito espaço interno para até 15 passageiros, e mesmo apresentando um nível de sofisticação elevado, com capacidade de sobrevoar oceanos, desertos e florestas, porém sem o chamado ultra longo alcance.

Segundo o fabricante, ele tem alcance de aproximadamente 5.900 quilômetros, com seis passageiros adultos e duas crianças a bordo, com bagagem, decolando de aeroportos com pistas de pouso com 1.900 metros, com tanques cheios, em temperatura ambiente amena. Porém, na prática, aqui no Brasil, a maioria dos aeroportos tem temperatura elevada na maior parte do ano, e está localizada entre 200 metros e 800 metros de altitude, o que significa que o comportamento da aeronave aqui é um pouco diferente, precisando de 1.999 metros para decolar com oito passageiros a bordo e tanques quase cheios, com alcance de cerca de 5.400 quilômetros, com teto de serviço de 12.000 metros.

A cabine de comando da aeronave possui um pacote padrão de instrumentos de voo chamado Honeywell Primus 1000, composto por GPS – Global Positioning System, radar meteorológico colorido (sistema de fundamental importância para uma viagem segura e tranquila, para evitar formações meteorológicas pesadas em rota), TCAS – Traffic Collision Avoidance System (sistema que alerta a tripulação sobre o risco de colisão no ar com aeronaves próximas), FMS – Flight Management System, EGPWS (sistema que alerta a tripulação sobre risco de colisão com o solo), IRS – Inertial Reference System LaseRef IV ou sistema de navegação inercial, complementados pelo ILS – Instrument Landing System Cat II e capacidade RVSM – Reduced Vertical Separation Minimum, entre outros.

A partir de 2004, uma sub-versão do Embraer Legacy foi lançada, chamada Embraer Legacy Executive, com algumas melhorias adotadas, entre elas o aumento de potência dos motores para 7.900 libras em cada motor, disponível na decolagem, e o aumento do peso máximo de decolagem para 22.500 kg. A partir de 2006, mais uma sub-versão foi lançada, a Embraer Legacy 600, também com algumas melhorias, mas também mantendo a grande maioria das características do projeto original.

EMBRAER LEGACY 650

O Embraer Legacy 650 é uma aeronave bimotor executiva de alta performance, de médio porte e de alcance intercontinental, com cabine pressurizada, motorização turbofan com alta taxa de bypass e construção convencional em alumínio e ligas metálicas, com capacidade para transportar com muito conforto 12 ou 15 passageiros, dependendo da configuração de assentos adotada, fabricada em série no Brasil a partir de 2010 pela Embraer S.A..

Ele é uma versão com alcance aumentado da família Embraer Legacy 600, com motores mais potentes e peso máximo de decolagem aumentado. A fabricante projetou a aeronave com um tanque de combustível adicional dentro da fuselagem, isolado na parte traseira da fuselagem, o que possibilitou um aumento de alcance de 5.400 quilômetros, da versão Embraer Legacy 600, para 6.500 quilômetros, da versão Embraer Legacy 650, com aumento do peso máximo de decolagem, de 22.500 kg, da versão Embraer Legacy 600, para 24.300 kg, da versão Embraer Legacy 650, embora a capacidade de transportar passageiros tenha sido mantida praticamente a mesma, já que a prioridade do projeto foi dada ao aumento de alcance.

Uma sub-versão melhorada do Embraer Legacy 650 foi lançada recentemente, em 2017, o Embraer Legacy 650E, com a instalação do sistema SVS – Synthetic Vision System na cabine de comando (não confundir com EVS - Enhanced Vision System) e do autothrotle, que é uma espécie de acelerador automático, computadorizado, que consegue manter a perfomance da aeronave estável e padronizada, considerando o seu peso e as condições ambientais nas quais ela está inserida.

Em condições favoráveis de clima (temperatura amena no aeroporto de origem, poucas formações meteorológicas na rota e pouco vento na rota), condições favoráveis de tráfego, pista de pouso bem comprida e com oito passageiros a bordo, com pouca bagagem, o alcance do Embraer Legacy 650E pode chegar a 7.000 quilômetros, com reservas, o suficiente para viajar de São Paulo / Guarulhos, Campinas / Viracopos, Belo Horizonte, Curitiba ou Rio de Janeiro / Tom Jobim, por exemplo, até Miami, Orlando ou Cidade do México, sem necessidade de parada intermediária para reabastecimento.

Numa projeção ou cálculo mais realista, considerando as condições brasileiras típicas de infraestrutura e suas condições climáticas de país tropical, é possível decolar de São Paulo / Guarulhos, Campinas / Viracopos, Belo Horizonte, Curitiba ou Rio de Janeiro / Tom Jobim, por exemplo, com até 12 passageiros e bagagem a bordo, e viajar até Nova York, Los Angeles, Washington, Chicago, Ottawa, Winnipeg ou Toronto, com uma escala técnica para reabastecimento em Porto Rico, no Caribe, por exemplo.

MERCADO

Os aviões da família Embraer Legacy 600 não trazem inovações radicais no aspecto da construção, que continua sendo convencional em alumínio e ligas-metálicas, mas oferecem ao seu exigente usuário aviônicos avançados e inúmeros itens de conforto, com toalete confortável, com pia para lavar as mãos e escovar os dentes; telefone por satélite e acesso à Internet por satélite (ambos como upgrade ou item de série, dependendo do modelo e do ano de fabricação); forno de microondas; cafeteira; mini-refrigerador para bebidas; CD player e DVD player; e guarda-roupas compacto; entre outros itens

A fabricante brasileira Embraer mantém no Brasil, na Europa Ocidental e nos Estados Unidos oficinas próprias de manutenção de aeronaves para atender esses mercados e mercados vizinhos.

Mais de 280 unidades de aviões da família Embraer Legacy 600 foram fabricadas até o momento, o que pode ser considerado um sucesso de vendas, já que se trata de modelos de aviões com preço elevado.

Em 2008 foram anunciados os modelos Legacy 450 e Legacy 500, dois modelos de aeronaves executivas totalmente originais, modelos diferentes dos aviões da família Embraer Legacy 600.

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

EMBRAER LEGACY
  • Capacidade: 12 ou 15 passageiros;
  • Tripulação: 2 ou 3 pilotos (revezamento) e 1 comissária;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 820 km / h;
  • Comprimento: Aprox. 27 metros;
  • Envergadura: Aprox. 22 metros;
  • Altura da aeronave: Aprox. 7 metros;
  • Altura da cabine: Aprox. 1,75 metro;
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X Rolls Royce Allison AE3007A1P (7.400 libras / cada);
  • Aviônicos: EFIS Honeywell Primus 1000;
  • Upgrades: Internet por satélite;
  • Asas:
  • Freios: Carbono, com anti-skid;
  • Homologação: FAR 25 (intercontinental);
  • Consumo médio (QAV): Aprox.
  • Consumo médio (QAV): Aprox.
  • Teto de serviço: Aprox. 12.000 metros;
  • Alcance: Aprox. 5.400 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Pista de pouso: Aprox. 1.999 metros (oito passageiros / dias quentes / tanques quase cheios);
  • Peso máximo decolagem: Aprox. 22..200 kg;
  • Despachabilidade: 98%;
  • Pacote de manutenção preventiva:
  • Preço (no exterior): Aprox. US$ 6 milhões (usado / bom estado de conservação);

EMBRAER LEGACY 600
  • Capacidade: 12 ou 15 passageiros;
  • Tripulação: 2 ou 3 pilotos (revezamento) e 1 comissária;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 820 km / h;
  • Comprimento: Aprox. 27 metros;
  • Envergadura: Aprox. 22 metros;
  • Altura da aeronave: Aprox. 7 metros;
  • Altura da cabine: Aprox. 1,75 metro;
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X Rolls Royce Allison AE3007A1E (7.900 libras / cada);
  • Aviônios: EFIS Honeywell Primus 1000 (até 2009);
  • Aviônicos: EFIS Honeywell Primus Elite (a partir de 2010);
  • Upgrades:
  • Asas:
  • Freios: Carbono, com anti-skid;
  • Homologação: FAR 25 (intercontinental);
  • Consumo médio (QAV): Aprox.
  • Consumo médio (QAV): Aprox.
  • Teto de serviço: Aprox. 12.000 metros;
  • Alcance: Aprox. 5.600 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Pista de pouso: Aprox. 1.999 metros (dez passageiros / dias quentes / tanques quase cheios);
  • Peso máximo decolagem: Aprox. 22..500 kg;
  • Despachabilidade: 98%;
  • Pacote de manutenção preventiva:
  • Preço (no exterior): Aprox. US$ 6 milhões (usado / bom estado de conservação);

EMBRAER LEGACY 650
  • Capacidade: 12 ou 15 passageiros;
  • Tripulação: 2 ou 3 pilotos (revezamento) e 1 comissária;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 820 km / h;
  • Comprimento: Aprox. 27 metros;
  • Envergadura: Aprox. 22 metros;
  • Altura da aeronave: Aprox. 7 metros;
  • Altura da cabine: Aprox. 1,75 metro;
  • Motorização (potência / empuxo): 2 X Rolls Royce Allison AE3007A2 (9.000 libras / cada);
  • Aviônicos: EFIS Honeywell Elite;
  • Upgrades:
  • Asas:
  • Freios: Carbono, com anti-skid;
  • Homologação: FAR 25 (intercontinental);
  • Consumo médio (QAV): Aprox.
  • Consumo médio (QAV): Aprox.
  • Teto de serviço: Aprox. 12.000 metros;
  • Alcance: Aprox. 6.500 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Pista de pouso: Aprox. 1.999 metros (dez passageiros / dias quentes / tanques quase cheios);
  • Peso máximo decolagem: Aprox. 24.300 kg;
  • Despachabilidade: 98%;
  • Pacote de manutenção preventiva:
  • Preço (no exterior): Aprox. US$ 12 milhões (usado / bom estado de conservação);

TRÊS VISTAS

ONDE COMPRAR

A importação de unidades usadas de aviões fabricados pela Embraer também é possível para compradores brasileiros. Porém, somando todos os impostos e taxas, o preço final da aeronave já nacionalizada pode sofrer um acréscimo de cerca de 20% em relação ao preço inicial no exterior.

Não é aconselhável comprar sozinho (a), sem acompanhamento, uma aeronave se não entende do assunto. É aconselhável buscar assessoria profissional especializada e confiável no Brasil para a seleção, a negociação de compra, o cumprimento de todos os trâmites burocráticos relacionados à importação e nacionalização, hangaragem, manutenção e treinamento de tripulação.

Várias empresas idôneas no Brasil oferecem esse tipo de serviço de assessoria e manutenção, entre elas a Líder Aviação, a Icon Aviation, a Goal Aircraft e a Global Aircraft. Algumas delas oferecem também o serviço de gerenciamento de aeronaves.

SEGURANÇA DE VOO

Estatisticamente, em números aproximados, a aviação comercial e a aviação executiva são os meios de transporte mais seguros que existem, com cerca de três acidentes graves com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas, considerando a média mundial. Entretanto, se forem levados em consideração apenas os números de países desenvolvidos, como Canadá, Estados Unidos, países da Europa Ocidental, o Japão, a Coreia do Sul e a Austrália, os números de acidentes para cada um milhão de viagens são ainda menores, na média cerca de um acidente grave com vítimas fatais para cada um milhão de viagens realizadas.

Em números aproximados, menos de 1% das mais de 280 unidades fabricadas dos aviões da família Embraer Legacy 600 se envolveu e / ou foi envolvido em acidentes graves com vítimas fatais. Esses aviões estão entre os modelos de jatos executivos de médio porte mais seguros que existem:
  • Em 2006, aqui no Brasil, um jato executivo Embraer Legacy 600, recém adquirido por uma empresa americana de táxi-aéreo, foi envolvido em gravíssimo acidente com vítimas fatais, causado por imprudência, imperícia / inabilidade e negligência da tripulação do jato executivo, causando a morte de 154 passageiros a bordo do jato comercial para transporte doméstico de passageiros Boeing 737 da empresa Gol Linhas Aéreas, em um contexto de colisão inadvertida de tráfego em voo de cruzeiro.

GALERIA DE IMAGENS
Logo acima, o Embraer Legacy 600 tem uma fuselagem de dimensões generosas, o trem de pouso é alto, entretanto o acesso dos passageiros ao interior da aeronave é fácil e pode ser feito pela porta principal, com escada e corrimão. Logo abaixo, mesmo em aeroportos internacionais, maiores, mais sofisticados e mais movimentados, ele marca presença e deixa uma ótima impressão.



Logo acima, pra quem não cansa de apreciar o que é bonito, mais uma bela imagem do Embraer Legacy 600 em mais um dia de trabalho. Ele é um dos modelos de jatos executivos mais desejados do mundo, usado também para viagens internacionais e interestaduais. Logo abaixo, mais uma opção configuração de assentos disponível para o Embraer Legacy 600, também elegante e muito confortável.



Logo acima, uma aeronave de médio porte sofisticada e muito confortável, com bom alcance, com boa relação custo benefício e/ou preço competitivo na faixa de jatos executivos com cabines médias para até 15 passageiros, um sucesso de vendas da indústria aeronáutica brasileira. Logo abaixo, o Embraer Legacy pode operar com boa margem de segurança em aeroportos regionais ou aeródromos com pistas de pouso pavimentadas de 2.000 metros de comprimento. Em pistas de pouso menores há limitações de peso de decolagem.



Logo acima, cockpit (cabine de comando) do Embraer Legacy, bem moderno, com dois conjuntos de telas primárias e multifuncionais no painel, um do lado esquerdo, para o piloto (comandante), e outro do lado direito, para o co-piloto, formando o EFIS - Electronic Flight Instrument System. No centro do painel, a interface (tela LCD) do EICAS, o sistema eletrônico que alerta a tripulação sobre os parâmetros de segurança de funcionamento dos motores, e, no console central, dois FMS - Flight Management System, o sistema de gerenciamento de voo. Logo abaixo, o top model Embraer Legacy configurado para pouso. Indiscutivelmente bonito.



O alcance do Embraer Legacy 600 é o suficiente para viagens do Brasil (São Paulo / Guarulhos ou Campinas, por exemplo) para os Estados Unidos (Nova York / JFK ou Washington, por exemplo) com apenas uma escala para reabastecimento no Caribe (Porto Rico, por exemplo). Se o proprietário da aeronave ou cliente da empresa de táxi aéreo tem compromisso urgente marcado para o início da noite lá, é possível decolar poucas horas antes do amanhecer aqui no Brasil e chegar lá a tempo de cumprir a agenda, desde que, é claro, as condições meteorológicas na saída e na chegada sejam boas ou pelo menos razoáveis.


VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA
  • Wikipediahttps://en.wikipedia.org/wiki/Embraer_Legacy_600
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Embraer_Legacy
  • Embraer (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

AGRICULTURA E PECUÁRIA

MASSEY FERGUSON MF 265

MASSEY FERGUSON MF 290

MASSEY FERGUSON MF 275

TRATOR FORD 6600 (AGROPECUÁRIA)