TINA TURNER (MÚSICA)

TINA TURNER
LITTLE ANN (ATÉ 1974)
ANNA MAE BULLOCK
IKE & TINA (ATÉ 1974)


INTRODUÇÃO

Logo acima, a icônica e inconfundível artista negra no auge da juventude e da carreira. Bem simpática, bem humorada e original, a cantora suíça Tina Turner foi uma das mais emblemáticas divas da pop music, com auge alcançado e mantido nas décadas de 1970, 1980 e 1990, com um exemplo típico de música urbana ousada e sofisticada para audição doméstica, para casas noturnas, para festas privadas e até para danceterias e discotecas. Logo abaixo, a bela Tina Turner em uma imagem levemente sensual, no auge da juventude e da carreira.

A suíça Tina Turner foi uma ousada e talentosa cantora de musica pop, com elementos integrados de rock, de soul, de blues, de R&B, de lounge e até um pouco de house music, de dance music, de lounge music, de country music, de folk music e de reggae, com músicas de sucesso nas décadas de 1970, 1980 e 1990, principalmente as faixas Private Dancer, When The Heartache Is Over, Whats Love Got Do With It, Lets Stay Together, The Best, We Dont Need Another Hero, Better Be Good to Me, Cose Della Vita, Golden Eye, Paradise Is Here, Typical Male e I Dont Wanna Lose You, lançadas, remixadas e/ou remasterizadas e distribuídas pela gravadora americana Capitol Records, atualmente de propriedade da holding Universal Music, e pela gravadoras britânicas Virgin Records e Parlophone, esta de propriedade da Warner Music.


A partir da década de 1970, quando ainda possuía nacionalidade americana e quando ainda fazia parte da dupla Ike & Tina, a icônica Tina Turner contribuiu para a redefinição de padrões para o cenário da música pop, integrando harmonicamente elementos de rock (principalmente new wave e rock progressivo), de soul, de R&B, de lounge, de blues, de folk e até um pouco de dance music, de country music, de house music e de reggae, inserindo, inclusive, uma boa dosagem de bom humor, de simpatia, de criatividade e de ousadia às suas músicas.


A criatividade dos arranjos instrumentais, de melodia, de voz e de presença de palco é comparável a de outros importantes e influentes artistas individuais ou bandas de música pop, com elementos de diversos ramos, como o rock, o soul, o R&B, o lounge, o blues e até um pouquinho de música eletrônica, dentre eles Annie Lennox, Phil Collins, Diana Ross; Supertramp, Cyndi Lauper, Cher; Chaka Khan; Earth, Wind & Fire; U2, Bryan Adams; Donna Summer, Dire Straits, Shania Twain, Seal e, é claro, Madonna.


A UNIVERSAL MUSIC

A americana UMG - Universal Music Group é a maior empresa controladora de gravadoras do mundo, que detém cerca de 25% do mercado fonográfico mundial e os direitos de comercialização da maioria dos álbuns lançados por Tina Turner como artista solo, lançados nas décadas de 1980 e 1990, por meio da Capitol Records, uma de suas gravadoras. Ela é uma gigante do mundo do entretenimento e também possui outras gravadoras, entre elas a Interscope Geffen A&M Records, a Capitol Music / EMI, a Republic Records, a Island Records, a Def Jam Recordings, a Philips Records, a Mercury Records e a Fontana Records.


Ela é a maior empresa fonográfica do mundo, avaliada em mais de US$ 50 bilhões, com mais de 8.300 empregados, uma subsidiária da holding de mídia francesa Vivendi, do conglomerado multinacional chinês Tencent, do empresário francês Vincent Bolloré e do fundo de investimentos britânico e americano Pershing Square, dentre outros investidores.


Nas décadas mais recentes, Tina Turner assinou contratos com as gravadoras britânicas Parlophone, de propriedade da Warner Music, e Virgin Records, esta de propriedade da holding Universal Music, assumindo neste caso o nome Virgin-EMI Records.


VIDA PESSOAL E CARREIRA

Logo acima, a então jovem cantora Tina Turner se apresentando no palco com seu então marido Ike Turner, na década de 1970, uma época considerada traumática por ela. Ela se separou dele em 1974, depois de uma de suas inúmeras discussões. Logo abaixo, uma imagem mais recente de Tina Turner morando na charmosa Suíça com seu atual marido, o executivo alemão Erwin Bach, com quem tinha um relacionamento duradouro desde 1986. Ela faleceu em 2023, aos 83 anos de idade.

A famosa cantora, compositora, atriz e dançarina suíça Anna Mae Bullock, que utiliza o nome artístico Tina Turner, nasceu em 1939 em Nutbush, uma cidade pequena do estado do Tennessee, nos Estados Unidos. Ela fazia parte de uma típica família americana de negros de classe baixa e recebeu educação conservadora evangélica de sua avó, embora, infelizmente, tenha sido abandonada pela sua mãe e pelo seu pai logo na infância, passando então a morar com sua avó durante sua adolescência.


Desde cedo cantava música gospel em igrejas, principalmente na Igreja Batista local, embora décadas mais tarde tenha reconhecido que se sentia mais à vontade em palcos seculares de música pop, principalmente a partir da década de 1980, quando se tornou uma cantora pop em carreira solo e então recém divorciada. Apesar disso, nunca abandonou completamente a soul music e o blues, que, aliás, são ritmos seculares de origem americana diretamente derivados da gospel music ou música evangélica, também americana.


Tina Turner podia ser considerada um caso emblemático e único da cena pop mundial, uma mulher batalhadora, determinada, humilde (muito rica, mas modesta), madura, bem humorada e simpática. A sua longa vida de mais de 80 anos daria um bom filme dramático, com alegrias e tristezas, tragédias e momentos de superação. E, de fato, deu origem ao filme autobiográfico Whats Love Got To Do With It, renomeado aqui no Brasil para Tina, com Angela Bassett no papel principal.


Curiosamente, a sua fama e riqueza (passou a ser considerada uma das mulheres mais ricas do mundo a partir da década de 1980, posição social mantida até o seu falecimento, em 2023) nunca “subiu à cabeça” e sempre se manteve madura e realista, apesar das adversidades e inúmeras pressões.


Ela mesma reconhece que até a década de 1980 não era uma mulher plenamente feliz, foi abandonada pelos pais logo cedo, na infância, e, mais tarde, na adolescência, se sentiu na obrigação moral de largar temporariamente os estudos para ajudar sua avó no sustento da casa, quando passou a trabalhar de empregada doméstica e, mais tarde, quando retomou os estudos e concluiu seu curso de enfermagem, passou a trabalhar como auxiliar de enfermeira.


Ela não teve sorte no primeiro casamento, apanhava do marido e era submetida com frequência a humilhações, inclusive com episódios de traição. Também não teve sorte no segundo casamento, tendo, inclusive, sido vítima também de agressões físicas e até ameaças de morte pelo seu segundo marido Ike Turner, que fazia parte da dupla musical Ike & Tina, durante as décadas de 1960 e 1970, e só conseguiu estabilidade em um relacionamento amoroso a partir da década de 1980, quando finalmente conheceu o produtor musical alemão Erwin Bach, com quem viveu o resto de sua vida, na Suíça.


Não é raro as sociedades conservadoras da América do Norte, da América do Sul e da Europa Ocidental associarem ídolos de rock com o consumo de drogas ilícitas, como a maconha e a cocaína, por exemplo. No entanto, até o momento não há relatos confiáveis de que Tina Turner tenha se envolvido com o consumo de drogas. Alguns fãs mais irônicos afirmam que a vida dela, na infância, na adolescência e em parte da juventude, já era uma droga, portanto “não havia necessidade de piorar ainda mais as coisas”...


De fato, a vida de Tina Turner até os 40 anos de idade foi uma tragédia atrás da outra, incluindo depressão, várias tentativas de suicídio e um aborto consumado... As coisas só começaram a melhorar quando ela tomou coragem de se divorciar de Ike Turner, um marido violento, machista, narcisista e sádico...


Apesar disso, é possível afirmar que sua carreira de sucesso foi iniciada já na década de 1970, quando se apresentava nos palcos como uma integrante da dupla Ike & Tina, formada também pelo seu então marido, durante a popularização de gêneros musicais tipicamente americanos, como o rock, o R&B, o soul, o blues e o folk, e mesmo depois dessa boa fase, já nas décadas de 1990 e 2000 ela conseguiu se manter na mídia e, ainda por cima, ser considerada uma artista cult e sofisticada, respeitada pela crítica e pelo público, embora tenha ousado enveredar por alguns temas considerados polêmicos dentro de comunidades mais conservadoras, como em Steamy Windows, por exemplo, em que fala elegantemente, sem vulgaridade, sobre o sexo antes do casamento.


Embora seja uma das mais conhecidas artistas do rock mundial, na verdade Tina Turner foi uma cantora mais ou menos versátil, ela conseguia passear sem dificuldade pela soul music, pelo blues, pelo R&B, pelo country, pela lounge music, pelo folk e até pela dance music, como em Private Dancer e When The Heartache Is Over, por exemplo. O seu repertório incluiu diversos gêneros, tendo ganhado prêmios Grammy em algumas dessas categorias, inclusive. Seu trabalho ainda é aplaudido e citado pela crítica como uma referência em música pop e ela permanece como uma das poucas artistas da chamada era de ouro do rock, ainda reconhecidas pela crítica atual, ao lado de outras divas, como, por exemplo, Cyndi Lauper, Aretha Franklin, Rita Lee, Annie Lennox, Donna Summer e, é claro, Madonna.


O seu trabalho reflete, pelo menos em parte, as tristezas e alegrias, a felicidade e a infelicidade, as derrotas e as vitórias, as tragédias e os nascimentos, os desafios e as superações que permearam sua vida, desde seu nascimento, até hoje.


Em toda sua carreira, ela vendeu mais de 200 milhões de cópias de discos de vinil, fitas cassetes, CD’s e DVD’s, lembrando que nas décadas de 1960, 1970, 1980, 1990 e até alguns anos atrás, esses eram os meios físicos mais comuns para se ouvir música. Foi uma das maiores vendedoras da história da indústria fonográfica mundial, comparável a Michael Jackson, Donna Summer, Diana Ross, Whitney Houston, Madonna, Roberto Carlos, Julio Iglesias, Beatles e Elvis Presley.


Ela entrou para a lista do Guiness Book como a cantora que conseguiu alcançar o maior público de todos os tempos, mais de 184.000 pessoas, em 1988, aqui no Brasil, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, durante sua turnê mundial Break Every Rule. Além disso, ela conquistou 12 vezes o prêmio Grammy, considerado o “Oscar da Música” mundial. Ela esteve inúmeras vezes na lista da Billboard, o que significa que tocava muito bem também nas rádios AM e FM dos Estados Unidos.


Na década de 1980 ela conheceu o produtor musical alemão Erwin Bach, com quem iniciou um relacionamento amoroso estável, que durou até a sua morte, em 2023, aos 83 anos. A partir da década de 1990, a icônica Rainha do Rock decidiu mudar-se para a Suíça, onde viveu até 2023. Segundo ela, o ambiente na Europa Ocidental é mais tranquilo e discreto, portanto ela conseguia caminhar nas ruas tranquilamente, sem chamar muito a atenção.


Não é raro grandes divas da música pop serem alvos de inúmeras fofocas dos mais variados tipos, e Tina Turner não foi uma exceção. Apesar disso, pelo que se sabe ela não teve relacionamento amoroso com o cantor italiano Eros Ramazzotti, com o piloto brasileiro de Fórmula 1 Ayrton Senna e com o cantor canadense Bryan Adams, com os quais, aparentemente, apenas manteve amizades.


Ela teve dois filhos, Craig Raymond Bullock Hill, do primeiro casamento, e Ronnie Bullock, do segundo casamento. Ela adotou dois filhos de Ike Turner e teve dois netos biológicos, filhos de Ronnie Bullock. Recentemente, em 2018, ela sofreu mais uma tragédia, o seu primeiro filho, Raymond, que morava nos Estados Unidos, se suicidou...


A partir dos 50 anos de idade, ela passou a ter sérios problemas de saúde. Ela teve um AVC – Acidente Vascular Cerebral; teve arteriosclerose; teve problemas no funcionamento do intestino, chegando inclusive a usar bolsa de colostomia por meses; teve problemas de hipertensão arterial; e passou por um transplante de rins. Apesar de tudo isso, é possível afirmar que ela é foi mulher forte e lutadora, estava lúcida até o fim de sua vida, aos 83 anos de idade.


Ela era budista.


DISCOGRAFIA


DUPLA IKE & TINA

Durante a década de 1950, a irmã de Tina Turner trabalhava como garçonete de uma casa noturna em Saint Louis, no estado norte-americano do Missouri, na qual se apresentava a banda King of Rhythm, da qual fazia parte Raymond Hill e Ike Turner, então dois jovens músicos em início de carreira. À convite da sua irmã, Tina passou a frequentar a casa noturna para se distrair um pouco e, então, meio por acaso, conheceu esses dois músicos, que a convidaram para fazer parte da banda.


Com o passar do tempo, Tina iniciou um relacionamento conturbado e abusivo com Raymond Hill, do qual se divorciou alguns anos depois. Porém o pior estava por vir, pois anos depois, casou-se novamente, desta vez com Ike Turner, o que só piorou a situação, tendo inclusive tentado suicídio e praticado um aborto, pois não queria que seu filho vivesse em um ambiente moralmente decadente e promíscuo... Ele consumia drogas ilícitas e transava com outras garotas, com o conhecimento dela, inclusive...


Ela sofria ameaças constantes de Ike Turner para continuar a cantar, mesmo a contragosto. Pra se ter uma ideia de como o relacionamento dela com Ike também era abusivo, ele era narcisista e egoísta, a obrigava a assinar contratos e documentos em que ela renunciava aos direitos autorais sobre as músicas e letras da banda Ike & Tina. Então, em 1978, Tina ficou pobre, do dia pra noite, de repente, quando decidiu se separar de Ike, mas, segundo ela, foi uma libertação.


Antes disso, mesmo vivendo sob as agressões físicas e morais dele, Tina Turner iniciou a sua carreira solo, paralela com a que tinha na dupla. Por exemplo, após o sucesso do single Nutbush City Limits ela lançou, em 1974, o seu primeiro disco solo, Turner Turns the Country On. O álbum incluía regravações, como He Belongs To Me, de Bob Dylan, e Dont Talk to Me, de James Taylor. O álbum conseguiu bom êxito comercial e recebeu uma indicação ao Grammy Awards por Best Female R&B Vocal Performance.


O seu segundo álbum, The Acid Queen, lançado em 1975, veio junto com o sucesso da sua personagem no filme Tommy. O álbum teve venda satisfatória e o filme recebeu duas nomeações para o Oscar.


O seu terceiro álbum, Rough, foi lançado em 1978. Neste ano, já divorciada e atuando totalmente como cantora solo, fez o lançamento desse álbum marcar a sua liberdade criativa, pois enfim pôde ser como queria no palco. Além de escrever suas canções, regravou sucessos de grandes nomes da música, como Elton John e Ray Charles, mas o álbum teve desempenho comercial abaixo do esperado.


No ano seguinte foi lançado o seu quarto álbum de estúdio, Love Explosion, mas esse também não conseguiu o sucesso esperado, tendo apenas um single lançado, Bakstabbers.


PRIVATE DANCER (1983-1986)

Após ficar um tempo sem gravar, Tina Turner assinou contrato solo com a gravadora americana Capitol Records e lançou o seu quinto álbum, Private Dancer, em 1983. Esse álbum foi um grande sucesso mundial, alcançando a terceira posição na lista Billboard 200 dos Estados Unidos, vendendo mais de 5.000.000 de cópias nos Estados Unidos e mais de 11.000.000 de cópias em todo o mundo.


O álbum contou com hits clássicos, como Let's Stay Together, uma regravação da música do cantor evangélico Al Green; Better Be Good to Me; Private Dancer; e What's Love Got to Do with It, sendo que este último alcançou a primeira posição na Billboard Hot 100 dos Estados Unidos. Durante esse período, Turner também contribuiu na gravação do single beneficente We Are the World, para ajudar a população africana, que foi escrita por Michael Jackson e Lionel Richie.


Em 1985, Tina Turner foi convidada para atuar como atriz coadjuvante no filme americano de ação, suspense e ficção Mad Max Beyond Thunderdome, renomeado aqui no Brasil para Mad Max - Além da Cúpula do Trovão, além de contribuir para a trilha sonora do filme. Esse filme foi um sucesso comercial, mas o seu roteiro dividiu opiniões da crítica, com uma parte fazendo elogios e outra parte tratando-o como um roteiro apenas mediano. Mas o fato é que a atuação de Tina foi surpreendente, impecável, além, é claro, de trabalhar ao lado de outros atores igualmente talentosos, como Mel Gibson.


Além disso, esse filme rendeu o prêmio NAACP Image Award pela atuação da diva da rock. Ela ganhou um Grammy Award de Best Female Rock Vocal Performance pela canção One of the Living, usada na trilha sonora do filme.


À convite do cantor Bryan Adams ela gravou o dueto It's One Love, que rendeu uma indicação ao Grammy Awards.


Aliás, já que estamos falando de crítica, verdade seja dita, durante a década de 1980 Tina Turner não tinha uma boa assessoria de moda, com roupas cafonas, maquiagem extravagante e penteado igualmente de mau gosto. As coisas só melhoraram a partir da década de 1990, em que ela aparece com um novo guarda-roupas, novo penteado e maquiagem um pouco mais leve. Por exemplo, nos videoclipes I Dont Wanna Lose You e Cose Della Vita ela aparece bem melhor, em cenários europeus mais charmosos, chiques, deixando de lado aquele visual americano meio extravagante, brega, meio “juvenil-rebelde-sem-causa”, sem refinamento, típico da década de 1980.


BREAK EVERY RULE

FOREIGN AFFAIR

(1986-1989)

Em 1986, Tina Turner lançou o seu sexto álbum de estúdio, Break Every Rule. O álbum vendeu mais de 4.000.000 de cópias em todo o mundo e contou com os singles Typical Male, Two People e What You Get Is What You See. A canção Back Where You Started rendeu-lhe um Grammy Award, na categoria Best Female Rock Vocal Performance. Para a promoção do álbum, Turner embarcou na turnê mundial Break Every Rule Tour, que é uma das turnês mais bem-sucedidas de todos os tempos. Em 1988, Tina Turner entrou para o Guiness Book, após cantar e dançar para um público pagante de mais de 183.000 pessoas, em um grande show aqui no Brasil, no Maracanã, na cidade do Rio de Janeiro.


O seu sétimo álbum, Foreign Affair, foi lançado em 1989. Ele possui alguns clássicos inesquecíveis da diva do rock, incluindo The Best, uma homenagem ao piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna, quando ele ainda estava vivo; e I Dont Wanna Lose You, com o ótimo videoclipe dirigido por Dominic Sena, em um ambiente charmoso. Ele vendeu bem na Europa e recebeu uma certificação de ouro nos Estados Unidos, neste caso o equivalente a 500.000 cópias. Além disso, recebeu duas indicações ao Grammy Awards.


Durante a década de 1980, Tina Turner tornou-se riquíssima. Além de vender música muito bem, ela assinou contratos milionários de Marketing com fabricantes de produtos de consumo, incluindo um contrato com a então fabricante americana Converse, que possuía a marca de tênis All Star, vendido sob licença no Brasil, inclusive.


ROCK AND ROLL HALL OF FAME

WILDEST DREAMS

TWENTY FOUR SEVEN

(1990-1999)

Em 1991, Tina Turner passou a fazer parte do Rock and Roll Hall of Fame, um museu em Cleveland, no estado norte-americano de Ohio, dedicado aos acontecimentos mais marcantes do Rock and Roll. Em 1995, após se mudar para a Suíça, Turner retorna aos Estados Unidos para fazer um grande show com a banda europeia de rock U2, na composição de Golden Eye, para o filme de mesmo nome da franquia 007.


Essa canção se tornou um sucesso na Europa e, em 1996, Turner lança o seu oitavo álbum, Wildest Dreams, que inclui os singles Something Beautiful Remains e o dueto com o cantor Barry White, In Your Wildest Dreams. Na Europa o álbum alcançou boa vendagem, enquanto nos Estados Unidos o álbum teve moderado sucesso. Em 1998, Turner contribuiu no single Cose Della Vita do cantor italiano Eros Ramazzotti, que se torna um hit em toda Europa, com bom videoclipe dirigido por Spike Lee, lançado em 1990.

 

Em 1999, Tina Turner, juntamente com as cantoras Cher, Whitney Houston, Mary J. Blige e o cantor Elton John, participa do especial da emissora VH-1 / MTV, Divas Live 99. No mesmo ano, Turner lança o seu nono e último álbum de estúdio até a data, Twenty Four Seven, que trouxe os singles Whatever You Need e When the Heartache Is Over, este com videoclipe dirigido por Paul Boyd. Embora o álbum não tenha sido um sucesso comercial, a sua turnê de divulgação, a Twenty Four Seven World Tour, foi um sucesso de público.


GREATEST HITS

(A PARTIR DE 2000)

Logo acima, Tina Turner ao lado do DJ e produtor norueguês de música eletrônica Kygo, responsável pela versão remixada da música Whats Love Got To Do With It, lançada em 2020. Logo abaixo, a estrela da música pop, com sua voz poderosa e marcante, ao lado do cantor britânico Eric Clapton, em uma apresentação ao vivo, em 1987, na Inglaterra.

Em 2002, a rodovia Tennessee State Route 19, entre Brownsville e Nutbush, cidade natal de Turner, foi renomeada para Tina Turner Highway. No ano seguinte, Turner grava o dueto com Phil Collins, Great Spirits, para o filme da Disney, Brother Bear. E em 2004, lança o álbum de coletânea de seus maiores sucessos, All The Best, que vendeu mais de 1.000.000 de cópias nos Estados Unidos.


Em dezembro de 2005, Tina Turner foi homenageada no Kennedy Center Honors, ocasião em que o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush (filho), comentou que Turner é naturalmente talentosa, enérgica e sensual e se referiu às suas pernas como as mais famosas do show business. Nessa noite vários artistas prestaram homenagens a Turner, como Melissa Etheridge, que cantou River Deep - Mountain High, a atriz e cantora negra Queen Latifah, que cantou What's Love Got To Do With It, e a belíssima cantora negra Beyoncé, que cantou Proud Mary. Em sua homenagem, a apresentadora negra Oprah Winfrey, também americana, disse: “Nós não precisamos de um outro herói. Nós precisamos de heroínas como você, Tina. Você me fez ter orgulho de soletrar a palavra M-U-L-H-E-R.”


Em novembro desse mesmo ano foi lançado mais um álbum de compilação, desta vez com o nome All The Best - The Live Collection, disponível em DVD, principalmente com apresentações ao vivo, com mais de 20 hits, que foi certificado platina nos Estados Unidos, com mais de 1.000.000 de cópias vendidas.


A partir da década de 2000, Tina Turner reduziu consideravelmente suas apresentações ao vivo em razão da idade e das suas condições de saúde. Em 2007, por exemplo, ela fez uma apresentação ao vivo, em um concerto beneficente para a Cauldwell's Children Charity, em Londres. Nesse mesmo ano regravou a canção Edith and the Kingpin para o álbum de tributo, River: The Joni Lettets, do pianista Herbie Hancock. Também regravou a canção The Game Of Love, para o álbum de compilação do guitarrista Carlos Santana. E colaborou, também, com a cantora Elisa na faixa Teach Me Again para a trilha sonora do filme All the Invisible Children.


Em 2008, Tina Turner se apresentou na cerimônia do Grammy Awards, cantando ao lado da cantora Beyoncé. Ainda em 2008, Turner embarca na turnê Tina!: 50th Anniversary Tour, e lança um outro álbum de copilação e um DVD ao vivo, Tina Live. Em 2013, Turner se torna a pessoa mais velha a posar na capa da revista Vogue. Em 2014, a gravadora britânica Parlophone Records, lança um novo álbum de compilação, Love Songs.


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FICHA TÉCNICA

  • Gravadoras: Universal (Capitol e EMI) e Warner (Parlophone), dentre outras;
  • Nome original: Anna Mae Bullock;
  • Nome artístico: Tina Turner;
  • Origem: Estados Unidos;
  • Nacionalidade: Americana (até 2013) e suíça (a partir de 2013);
  • Cônjuge: Erwin Bach (a partir de 1986, oficialmente a partir de 2013);
  • Início de carreira: Década de 1960;
  • Auge da carreira: Décadas de 1970, 1980 e 1990;
  • Gênero: Pop (com elementos de rock, soul, R&B, country, lounge e blues, dentre outros);
  • Resultado comercial: + de 200 milhões de cópias;
  • Site oficial: https://www.tinaturnerofficial.com/


CURIOSIDADE

É praticamente impossível evitar que artistas populares tenham seus nomes artísticos envolvidos em paródias na própria indústria do entretenimento. E a diva do rock Tina Turner não é uma exceção. Essa situação é algo com a qual os cantores e cantoras, atores e atrizes, autores, produtores, diretores, gravadoras, estúdios de cinema e redes de televisão aprenderam a conviver. Dentre todas as paródias sobre Tina Turner, provavelmente a mais curiosa e engraçada é a personagem Tina Pepper, interpretada pela talentosa atriz brasileira Regina Casé, na novela Cambalacho, exibida na TV Globo em 1986, em plena época de ascensão da cantora suíça.


A novela foi um grande sucesso da TV brasileira, graças, em parte, ao bom desempenho da atriz Regina Casé em dar vida à sua querida personagem, que tinha uma personalidade sonhadora (meio “fora da realidade”, inclusive), meio atrapalhada, mas, no fundo no fundo, uma boa pessoa. Ela sonhava em ser uma estrela do rock e era apaixonada pelo galã Aramis, de porte atlético, interpretado pelo ator Paulo César Grande. Passou grande parte da novela tentando “chamar sua atenção”, fazendo “papel ridículo”, inclusive, mas, no final da novela, finalmente consegue conquistá-lo.


Na verdade, todo o trabalho que envolve a cantora Tina Turner era sério, envolve cifras milionárias e milhares de empregos diretos e indiretos, diretamente e indiretamente envolvidos na criação, na produção, na gravação, no licenciamento, na tradução e dublagem, na distribuição, no marketing e na exibição dos produtos fonográficos e audiovisuais, incluindo músicas, letras, filmes e trilhas sonoras, seja por meio de LP’s, CD’s, DVD's e Blu-Rays, seja por meio de TV's abertas e TV's pagas, em rádios FM’s e até mesmo pela Internet, disponível nas plataformas digitais YouTube, Spotify, Deezer e Netflix, por exemplo.


No fundo no fundo, a intenção dos escritores, produtores, diretores e atores envolvidos na novela Cambalacho era fazer uma homenagem singela à cantora Tina Turner, criando e interpretando uma personagem querida do público.


MAIS BOM GOSTO


VEJA TAMBÉM

REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tina_Turner
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Tina_Turner
  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cambalacho
  • Universal (divulgação): Imagens
  • TV Globo (divulgação): Imagem
  • Parlophone (divulgação): Imagens
  • Wikimedia : Imagens

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