SÍNDROME DO PÂNICO (PSICOLOGIA)

SÍNDROME DO PÂNICO
PERTURBAÇÃO DE PÂNICO
TRANSTORNO DO PÂNICO
TRANSTORNO DE ANSIEDADE
PERTURBAÇÃO DE ANSIEDADE
PSICOSE


INTRODUÇÃO

A enigmática síndrome do pânico é uma doença mental caracterizada por uma discordância, desconexão ou incoerência entre as sensações, pensamentos e emoções da pessoa e a sua realidade, geralmente, quase sempre, na forma de ansiedade, medo e/ou pânico inesperados, repentinos, de algo inexistente no momento, como se houvesse um perigo iminente. Ela é uma psicose ou distúrbio mental que afeta a capacidade da pessoa de pensar normalmente, com coerência e equilíbrio, de ter sensações e emoções compatíveis com a realidade que a cerca. O indivíduo afetado pela síndrome do pânico não apresenta comportamento coerente com a sua realidade, os seus pensamentos e suas emoções não são compatíveis com a sua realidade.


Conhecida também como perturbação de pânico, ele é uma psicose ou distúrbio mental que afeta a capacidade de autocontrole da pessoa e perturba o funcionamento normal de sua mente, prejudica o seu equilíbrio mental e lhe provoca sofrimento psíquico, frequentemente relacionado com a apreensão exagerada ou ansiedade de que “algo ruim” possa acontecer e que lhe prejudique ou prejudique pessoas próximas, incluindo familiares e amigos.


Ela é caracterizada por sensações desagradáveis, pensamentos pessimistas e emoções e/ou sentimentos depressivos que não têm contato ou correspondência com a realidade, sintomas e comportamento de ansiedade, medo ou pânico de algo irreal no momento, mesmo quanto está desempenhando um trabalho rotineiro, sem risco real de acidente; num momento de descanso, em casa ou ao ar livre; ou quando está praticando atividades de desporto ou lazer simples, de baixo risco, comuns para pessoas normais. Ela é um transtorno mental ou doença mental caracterizada por comportamento, emoções, sentimentos e sintomas semelhantes aos de pessoas que, de fato, estão doentes e que estão passando, de fato, por um momento crítico, de grande risco, com idéias de que alguma tragédia ou acidente está prestes a acontecer ou está acontecendo, mas que não têm correspondência lógica com a realidade.


A síndrome do pânico é um dos transtornos de ansiedade conhecidos e catalogados, os demais são o transtorno obsessivo compulsivo, a ansiedade generalizada, o estresse pós-traumático, as fobias, a ansiedade social e a ansiedade de separação. De modo geral, no contexto da psicologia, os medos e pânicos nos seres humanos normais estão relacionados aos acontecimentos presentes e as ansiedades estão relacionadas com a expectativa pessimista em relação ao futuro, baseados em algo real. Porém, no caso específico da síndrome de pânico trata-se de um medo e/ou pânico de algo que não está, de fato, acontecendo, e de uma ansiedade excessiva, sem uma base lógica.


Na linguagem comum nossa do dia a dia, os termos medo, receio e preocupação pode também ter o significado de uma expectativa pessimista ou apreensão em relação ao futuro.


DEFINIÇÃO GERAL

A síndrome do pânico é uma doença mental caracterizada por comportamento e apresentação de sintomas físicos fora do normal e incapacidade de distinguir ou discernir o risco real e a condição segura, sem necessariamente apresentar um comportamento violento, truculento, intratável e/ou insociável. Ela é uma psicose caracterizada pela discordância, desconexão ou incoerência entre o comportamento, os pensamentos, as sensações e as emoções do indivíduo e o mundo exterior, o que costumamos chamar de mundo real, além da apresentação de sintomas físicos semelhantes aos sintomas de pessoas que, de fato, têm problemas cardíacos, de hipertensão arterial, esclerose múltipla, AVC ou acidente vascular cerebral, arritmia cardíaca, convulsões, endocardite, hipertireoidismo, entorpecimento, falta de ar e visão turva, dentre outros.


Conhecida também como transtorno do pânico, ela é uma psicose em que o doente mental perde contato temporário com a sua realidade, em crises aleatórias e recorrentes que duram entre 15 e 30 minutos, de modo geral, de forma evidente para as pessoas normais que estão ao seu redor, seja sua família, seus amigos, colegas de trabalho e parentes. O indivíduo com esse transtorno vive “em um mundo perigoso”, em que é necessário “criar hábitos preventivos” ou manter um “comportamento preventivo” para evitar os riscos, antes que “eles ocorram”, são os chamados sintomas de evitação, como, por exemplo, ficar dentro de casa o dia inteiro, evitando contato com o “mundo exterior”, evitando até passar alguns minutos na calçada, no parque ou na praça e evitando até dar um pulinho na padaria do bairro.


Ela é uma doença mental de origem biológica, e, em parte dos casos, hereditária, que afeta algumas funções básicas do cérebro humano, causada pelo funcionamento incorreto do sistema límbico, a chamada amígdala cerebral e o hipocampo, com desequilíbrio químico das substâncias neurotransmissoras, como, por exemplo, a serotonina e o ácido gama-aminobutírico, responsáveis pelo controle do funcionamento dos alarmes biológicos naturais e da preparação do corpo para a fuga de um perigo ou, ao contrário, pela preparação para o enfrentamento do perigo, dependendo de cada caso, afetando assim o juízo crítico, as emoções e a percepção da realidade no momento em que as crises ocorrem. A pessoa com essa síndrome é incapaz de distinguir o real e o ilusório no momento das crises. A capacidade de perceber o perigo real é tumultuada e/ou confundida pelo funcionamento incorreto do cérebro, ou seja, o indivíduo sente medo ou pânico de algo irreal, de algo que não está acontecendo.


O CONCEITO

Uma psicose é uma alteração global da personalidade de uma pessoa, que perturba as relações dela com sua família, com seus amigos e com a sociedade, muitas vezes perturbando também a relação do indivíduo com os códigos e costumes da sociedade que o cerca, tornando-o eventualmente inconveniente, mas não necessariamente tornando o indivíduo violento ou insociável. No caso específico do transtorno do pânico, a parte inicial da doença é caracterizada por um comportamento de medo ou pânico repentino de algo irreal, sem um motivo concreto. Mas há também casos em que o transtorno eclode alguns dias, meses ou anos depois do indivíduo sofrer algum trauma real ou passar por uma situação de perigo, um acidente ou incidente de trânsito, por exemplo.  


É importante não confundir uma psicose com uma psicopatia, esta um distúrbio mental e/ou moral mais grave da personalidade do indivíduo, que o torna um sujeito antissocial ou até mesmo violento, frio, cruel e perverso, nos casos mais graves, com uma aparente ausência de remorso ou arrependimento, com ausência de sentimento de culpa e, pior, com uma “capacidade” de esconder ou “camuflar” seus pensamentos, sentimentos e emoções mais sombrios...


É possível que um indivíduo psicótico (com psicose) apresente, eventualmente ou de vez em quando, comportamento violento, frio ou calculista, mas geralmente, na maioria das vezes ou na maioria dos casos, os indivíduos psicóticos são inofensivos ou, pelo menos, na maior parte de suas vidas, apresentam baixo risco. Já os indivíduos psicopatas (com psicopatia) são uma fonte constante de problemas para a sociedade e até para a própria família, eles são dissimulados, manipuladores e astutos, pra dizer o mínimo...


O transtorno de pânico possui um conjunto variado de sintomas psicossomáticos que se, inicialmente, numa etapa inicial, não for avaliado cuidadosamente por uma equipe multidisciplinar de médicos, incluindo cardiologista, neurologista, pneumologista, gastroenterologista, oftalmologista, ortopedista, psiquiatra e psicólogo, pode resultar num diagnóstico equivocado. Por esse motivo, antes de iniciar o tratamento psiquiátrico, por meio de medicamentos, e tratamento psicológico, por meio de psicoterapia, é preciso descartar todas as demais possibilidades de doenças orgânicas comuns que apresentam os mesmos ou semelhantes sintomas.


A lista de sintomas é grande e variada, o que aumenta a dificuldade técnica de apresentar um diagnóstico correto. Entre os sintomas mais comuns do transtorno de pânico estão a ansiedade excessiva, medo e pânico irreais e que aparecem repentinamente, sem uma causa externa aparente e justificada, incluindo o medo de perder o controle de si mesmo e o medo de morrer, taquicardia ou palpitações do coração, arritmia cardíaca, visão turva e tontura, dificuldade de ouvir e pensar, hipertensão arterial, náuseas e dores no estômago, sudorese excessiva ou transpiração excessiva, tremores ou abalos, sensação de falta de ar, desmaios, calafrios ou calorões, dormência ou formigamento no corpo, fadiga corporal e/ou mental, insônia e dores ou fraquezas nas pernas.


De modo geral, mas não sempre, as pessoas com síndrome do pânico apresentam outros problemas de saúde mental, como depressão, estresse pós-traumático e bipolaridade, por exemplo, além de evitar contato social em geral ou timidez excessiva, conhecida também como agorafobia. De modo geral, na maioria dos casos, os sintomas geralmente manifestam-se de forma repentina, desde o início da adolescência ou da juventude, e permanecem durante um longo período de tempo da idade adulta, quando desaparecem na velhice, na maioria dos casos. No entanto, em muitos casos, os sintomas aparecem alguns dias, meses ou até anos após um trauma real, como, por exemplo, um acidente rodoviário, conhecido nos meios acadêmicos como estresse pós-traumático, que atua, neste caso, como agente desencadeador ou causador da doença.


O transtorno de pânico apresenta mais de 30 sintomas no total, embora cada caso seja tratado de forma individual, com no máximo 10 sintomas, em média, para cada caso, o que dificulta a apresentação de um diagnóstico preciso por parte dos médicos. Portanto a família, os amigos e os profissionais de psiquiatria e psicologia devem redobrar a atenção para não confundi-lo com os sintomas da esclerose múltipla, do transtorno obsessivo compulsivo, da esquizofrenia e do transtorno bipolar, que são semelhantes ou análogos, dependendo de cada caso.


Segundo estatísticas da comunidade médica brasileira, cerca de 1,5% da população brasileira sofre com a síndrome do pânico, ou seja, mais de 3.100.000 pessoas. Mas há quem diga que, na verdade, essa porcentagem está subestimada. Curiosamente, a OMS – Organização Mundial da Saúde considera que a média mundial é maior, com cerca de 4% da população mundial vítima da doença. Então por que no Brasil a porcentagem seria menor? Parece não fazer sentido...


Uma pequena parcela da população brasileira já teve algum ou alguns dos sintomas de transtorno de ansiedade em algum momento ou fase de suas vidas, mas, infelizmente, muitos, por desconhecimento, preconceito ou vergonha, não procuram ou se recusam a procurar ou aceitar ajuda psicológica e/ou psiquiátrica, inclusive porque “acham” que psicólogo e psiquiatra “só cuidam de loucos” e não querem correr o “risco” de ser confundidos. Além disso, a síndrome do pânico não é “frescura”, é uma doença grave que se não for tratada de forma adequada prejudicará os relacionamentos pessoais (amorosos, inclusive), os relacionamento sociais e o trabalho do indivíduo.


De forma análoga à diabetes, por exemplo, a síndrome do pânico, na maioria dos casos, não tem cura definitiva e completa, ou seja, é crônica, e o tratamento se concentra em manter a situação sob controle com o uso de medicamentos e psicoterapia. Nos casos mais graves de síndrome do pânico, a doença pode durar anos ou décadas, com cerca da metade dos tratamentos apresentando resultados positivos, chegando ao ponto do paciente conseguir levar uma vida mais ou menos dentro da normalidade, mas, lembrando, sem necessariamente significar uma cura definitiva.


Somente o trabalho em conjunto de um psiquiatra, o único que pode prescrever medicação, e um psicólogo, que atua no lado da abordagem, por meio de métodos psicológicos, dos fatores que podem ter desencadeado a síndrome do pânico no paciente, é possível fazer um tratamento adequado da doença. É fundamental então o esclarecimento e a compreensão da família e dos amigos da pessoa que sofre desse mal no sentido de levá-la até a presença dos médicos, sem os quais a situação tende somente a piorar...


A síndrome do pânico é uma doença enigmática, mas já existem estudos que apontam para as prováveis causas dessa psicose. Já existe consenso nos meios acadêmicos e na comunidade médica de que o transtorno do pânico pode ser causado por uma combinação de fatores, dentre eles a predisposição genética ou hereditária, ou seja, uma tendência biológica / física que já nasce com a pessoa; o ambiente que a cerca, inclusive as ocorrências de traumas físicos ou psicológicos, estupros, inclusive; as inúmeras pressões da sociedade e da própria família, de natureza comportamental, educacional e religiosa, de competição acirrada no mercado de trabalho, inclusive; guerras ou conflitos armados; a ocorrência de doenças traumatizantes; tragédias naturais, incluindo furacões e terremotos, com ou sem danos físicos, mas geralmente causando danos psicológicos; traições amorosas ou o simples fim de um relacionamento amoroso; morte repentina, por acidente ou assassinato, por exemplo, de alguém importante na família ou de um amigo.


Assim, não é difícil perceber que as causas externas agem como desencadeantes de uma predisposição natural, inata, na pessoa. E mais ainda, se a pessoa não tivesse passado por esses fatores desencadeantes talvez a doença não tivesse se manifestada ou surgida em toda a sua vida, muitas vezes passando até despercebida. Porém, é necessário ressaltar que há casos relatados em que, simplesmente, não houve fatores desencadeantes presentes, o que torna o estudo da síndrome do pânico ainda mais intrigante para os cientistas e estudiosos.


De modo geral, os pacientes de síndrome do pânico sofrem de um mau funcionamento dos neurônios cerebrais, uma falha de comunicação do cérebro com os demais órgãos do corpo, como, por exemplo, o coração. Há alterações das conexões entre áreas definidas do cérebro, cada uma delas responsável pelo desempenho de certa atividade mental, e a produção de um volume inadequado, para mais ou para menos, de neurotransmissores (serotonina e ácido gama-aminobutírico, por exemplo) pode provocar sensações irreais de que algo grave está para acontecer.


É importante também que o internauta / leitor não confunda uma simples depressão, que também é uma psicose, com a síndrome do pânico, que é bem mais complexa. Qualquer ser humano na face da Terra (a grande maioria dos humanos, na verdade, principalmente as pessoas mais sensíveis) está sujeito a ter uma depressão, bastando que ocorram os fatores desencadeantes citados acima. Mas em relação à síndrome do pânico, geralmente pessoas já com a predisposição genética ou hereditária para esse transtorno desenvolvem esta doença. Tanto é assim que, de modo geral, os profissionais de medicina que tratam a doença, psiquiatras e psicólogos, principalmente, perguntam se há casos semelhantes na família da pessoa em questão, é uma das primeiras perguntas que eles fazem.


O TRATAMENTO

Há casos em que o tratamento da síndrome do pânico pode ser necessário por toda a vida do paciente e geralmente envolve uma combinação de medicamentos, psicoterapia e serviços de cuidados especializados. Atualmente, os medicamentos mais usados para o tratamento da síndrome do pânico são os calmantes, como o benzodiazepínicos, por exemplo, neste caso para interromper as crises, e os antidepressivos e ansiolíticos, são os chamados inibidores seletivos dos recaptadores da serotonina, como, por exemplo, a fluoxetina, o citalopran e a paroxetina, lembrando que somente o psiquiatra tem condições de prescrever o tratamento químico mais preciso e, portanto, com maiores chances de sucesso, portanto o paciente deve evitar a automedicação.


Cada caso é um caso. Há casos da utilização do relapax, do clonazepam, o lorazepam, o rivotril, o bromazepam, o lorax, o lexotam e o frontal.


PRINCIPAIS MEDICAMENTOS USADOS NO TRATAMENTO DA SÍNDROME

MEDICAMENTO

PONTOS POSITIVOS

PONTOS NEGATIVOS

ISRS – Inibidores Seletivos dos Recaptadores da Serotonina

Antidepressivo, com baixo risco de overdose

Efeito demorado, entre 4 semanas até 12 semanas para apresentar resultados

BZD – Benzodiazepínico

Ação rápida, com boa tolerância do organismo

Efeito perceptível de sedação e risco de dependência

Tricíclicos

Antidepressivos

Risco de overdose e efeitos anticolinérgicos

IMAO (inibidores da monoaminooxidase)

Antidepressivos

Risco de hipertensão

RIMA (inibidor reversível da monoaminooxidase A)

Melhora a dieta alimentar

Baixa eficácia em parte dos casos relatados

Anticonvulsionantes

Rápido efeito

Efeito perceptível de sedação e risco de dependência

 

 

 

 

 

 


É importante que a família e os amigos do paciente verifiquem periodicamente se o paciente está realmente tomando os medicamentos, pois há casos de pacientes que evitam tomar os remédios prescritos pelo médico... Neste caso é necessário avisar o psiquiatra e o psicólogo disso...


A ansiedade, a apatia, o descontentamento, a perda de interesse ou prazer nas atividades diárias, tanto no trabalho, quanto nos estudos e na hora do lazer, a resposta emocional inadequada para cada situação também podem ser considerados sintomas ou sinais de transtorno do pânico, dependendo de cada caso, lembrando que somente um psiquiatra ou psicólogo tem condições adequadas para fazer o diagnóstico com uma probabilidade razoável de acerto. Nesse caso a família da pessoa em questão deve levá-la a um profissional para tirar suas dúvidas a respeito desse comportamento.


Há registros médicos que apontam para o consumo “recreativo” de maconha e cocaína como fatores desencadeantes da síndrome do pânico, mas o uso de medicamentos obtidos a partir da maconha, os chamados canabinoides, estão em estudo pela comunidade científica. O consumo excessivo de café, chá preto, refrigerante, energético, cigarro comum e bebidas alcoólicas em geral é desaconselhado. Há casos em que estes excitantes artificiais ou relaxantes são totalmente desaconselhados.


De modo geral, exercícios físicos diários são altamente recomendados por psiquiatras e psicólogos para complementar o tratamento de indivíduos que sofrem de síndrome do pânico, incluindo esportes em geral, caminhada, musculação, ciclismo, ginástica, natação e dança.


Uma alimentação saudável também é recomendada, incluindo brócolis, espinafre, alface, nozes, castanhas, amêndoas, laranja, maracujá e jabuticaba. Além disso, modere o consumo de açúcar, sal de cozinha e carnes vermelhas.


CONCLUSÃO

A síndrome do pânico é um problema de saúde pública. Ela desconhece fronteiras, classes sociais, religiões, ideologias políticas e econômicas, etnias e nacionalidades, sexualidade, raças e níveis educacionais e culturais. E além dos problemas diários causados pela própria doença mental, os indivíduos doentes sofrem preconceito da sociedade... Os profissionais de psiquiatria e psicologia recomendam que uso do termo genérico e pejorativo "loucura" deve ser evitado quando no contexto da síndrome do pânico, por várias razões. O uso do termo "loucura" mais atrapalha do que ajuda, portanto é melhor evitá-lo...


Ao contrário da esquizofrenia, a inteligência e a consciência do indivíduo com síndrome do pânico não são afetadas gravemente, portanto ele tem condições de entender e compreender a sua necessidade de ajuda profissional. Por isso a necessidade do aconselhamento e da orientação da família, dos amigos e colegas de trabalho para convencer o indivíduo doente a procurar ajuda profissional.


A síndrome do pânico afeta mais mulheres do que homens. As camadas mais altas da sociedade, a média e a alta, também sofrem de transtorno do pânico, na mesma porcentagem de 4% que afeta a camada mais baixa, mas com a diferença de que nas camadas de cima o grau de conhecimento e esclarecimento dos familiares, amigos e colegas de trabalho é maior, portanto as chances do indivíduo conseguir levar uma vida normal são maiores, com tratamento adequado.


Em 2020, 2021 e 2022, o discernimento sobre os casos de síndrome do pânico se tornou mais difícil (mas não impossível) para profissionais de saúde mental. Os psicólogos e psiquiatras precisam agora redobrar a atenção para não confundir o transtorno mental com os receios relacionados às novas exigências em um mundo infectado pelo Covid-19.


A violência urbana também é um fator que dificulta o discernimento dos profissionais de saúde mental, principalmente em relação ao medo legítimo que os indivíduos têm de sair de casa.


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_p%C3%A2nico
  • Segredos da Mente / Editora Alta Astral
  • Wikimedia: Imagens

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