TEARS FOR FEARS (MÚSICA)

TEARS FOR FEARS

ROLAND ORZABAL ( DESDE 1981)

CURT SMITH (DESDE 1981)

IAN STANLEY (DE 1981 ATÉ 1989)

MANNY ELIAS (DE 1981 ATÉ 1986)

INTRODUÇÃO

Tears For Fears é o nome de uma icônica e bem sucedida banda britânica de música pop com elementos e tendências de rock, R&B, soul, new wave e blues, dentre outros ritmos e estilos, formada na Inglaterra na década de 1980 pelo vocalista e guitarrista Roland Orzabal, pelo vocalista e baixista Curt Smith, pelo tecladista Ian Stanley e pelo baterista Manny Elias, todos os quatro músicos de nacionalidade britânica na época, sendo aqueles dois integrantes atuais da banda e estes dois integrantes somente durante a década de 1980.

Vários trabalhos do Tears For Fears foram enriquecidos com a participação nobre da vocalista e pianista Oleta Adams e do icônico cantor britânico Phil Collins, embora esses dois não tenham sido membros efetivos da banda, sendo citados nos materiais de divulgação como participações especiais.

A banda europeia Tears For Fears (pronuncia-se Tírs Fór Fírs) foi eleita para diversos prêmios, entre eles Melhor Banda Britânica, Melhor Álbum Britânico, Melhor Single Britânico e Melhor Produtor Britânico e esteve presente em vários eventos importantes do mundo da música, como o MTV Music Awards, além de ter participado de vários eventos beneficentes em várias partes do mundo.

Por outro lado, o reconhecimento da crítica musical internacional pelo bom gosto, pela estética elegante, pela sofisticação dos arranjos instrumentais e pelo refinamento musical demorou um pouco a chegar, o que pode ser interpretado como uma reação negativa ao conteúdo alternativo da banda, com algumas letras meio depressivas e de crítica social do primeiro álbum.

Apesar disso, o reconhecimento do público veio bem cedo, já na década de 1980, com o lançamento do seu primeiro álbum The Hurting, com o lançamento das músicas Mad World, Change e Pale Shelter, seguidas anos depois por outras músicas agradáveis de ouvir, como, por exemplo, Sowing The Seeds Of Love, Everbody Wants To Rule World, Shout, Head Over Heels, Laid So Low e Break It Down Again e as obras primas Woman In Chains, I Believe e Advice For The Young At Heart.

A UNIVERSAL MUSIC

A americana UMG - Universal Music Group é a maior empresa controladora de gravadoras do mundo, que detém cerca de 25% do mercado fonográfico mundial e os direitos de comercialização da grande maioria dos álbuns lançados pelo Tears For Fears, por meio da Mercury Records e da Fontana Records.

Conhecida anteriormente como Decca Records e MCA Records, ela é uma gigante do mundo do entretenimento e também possui outras gravadoras, dentre elas a Mercury Records, a Vertigo / Phonogram, a Interscope Geffen, a Capitol Music / EMI, a Republic Records, a Island Records, a Fontana Records / Philips e Def Jam Recordings.

Ela é a maior empresa fonográfica do mundo, com mais de 8.300 empregados e receita bruta de mais de US$ 7 bilhões em 2018, por exemplo, e entre seus principais acionistas estão a empresa chinesa Tencent; o empresário francês Vincent Bolloré; o fundo de investimentos britânico Pershing Square; e a empresa de mídia francesa Vivendi, que, por sua vez, possui participações na empresa europeia de TV por assinatura Canal + e na empresa de telefonia móvel TIM – Telecom Italia Mobile, entre outras empresas.

Nas décadas mais recentes, a banda Tears For Fears assinou contratos de curta duração com a Sony Music e Warner Music.

CARREIRA

A banda Tears For Fears foi formada em 1981, quando os então jovens músicos Roland Orzabal e Curt Smith, amigos de infância e adolescência, buscavam um tecladista e um baterista para formar uma banda de rock, até encontrarem Ian Stanley e Manny Elias. O nome Tears For Fears reflete, pelo menos em parte, o conceito de terapia psicológica Primal a qual se submeteu Roland na adolescência. Isso ajudaria a explicar as letras introspectivas e reflexivas do primeiro álbum The Hurting e as letras um pouco esquisitas de Laid So Low e Shout.

Na verdade, os músicos britânicos Roland Orzabal e Curt Smith são dissidentes da banda de música The Graduate, especializada no ritmo ska, uma espécie de combinação mais leve, jovial e divertida de elementos de R&B, jazz e reggae. A partir de 1983, com o lançamento do primeiro álbum The Hurting a então recém formada banda Tears For Fears se tornou um ícone da música pop britânica em todo o mundo, uma referência em bom gosto musical, com arranjos musicais impecáveis, parte formada por instrumentos eletrônicos e parte de instrumentos convencionais, inclusive de percussão, como bateria, por exemplo.

As primeiras músicas de estúdio da banda Tears For Fears foram lançadas em 1981, por meio da Phonogram Records, mas sem sucesso comercial. Posteriormente, em 1982, com a ajuda dos experientes produtores musicais Chris Hughes e Ross Cullum, eles conseguiram deslanchar três dessas músicas, Mad World, Pale Shelter e Change, mas agora reformuladas, regravadas e remixadas, incluídas no então novo álbum The Hurting, por meio da gravadora Mercury / Fontana / Polygram / Philips, com elementos de rock progressivo sobre uma base de rock simples criada previamente por Roland Orzabal, Curt Smith, Ian Stanley e Manny Elias, que formavam até então, essencialmente, uma banda de rock juvenil talentosa, mas ainda em fase de amadurecimento musical.

Esse primeiro álbum teve grande e surpreendente aceitação do público logo no início, embora a música Pale Shelter tenha sido “embalada” em um videoclipe um pouco polêmico, com algumas cenas mais fortes e um pouco agressivas, e embora a música Mad World contenha uma letra meio depressiva, conseguindo alcançar vários discos de platina e ouro nos Estados Unidos, na Europa Ocidental e no Canadá.

No Brasil, eles também fizeram sucesso, tanto em termos de execução nas rádios FM daqui quanto em termos de vendas de LP’s ou discos de vinil e fitas cassetes, lembrando que, na época, esses eram os meios mais comuns de ouvir música.

Eles estiveram no Brasil em diversas ocasiões, incluindo uma apresentação mais recente, no Rock In Rio, em 2017.

PRINCIPAIS ÁLBUNS

O Tears For Fears (ou a Tears For Fears, se você preferir) é considerado uma das mais emblemáticas bandas de música pop do mundo, uma referência, um exemplo de bom gosto musical, com vários hits considerados clássicos da música pop. Ele ainda existe, mas agora é uma dupla formada pelos dois remanescentes músicos do grupo musical, o britânico Roland Orzabal e o americano Curt Smith.

Com mais 60 músicas escritas e arranjadas, incluindo versões diferentes da mesma música, com mais de 30 milhões de cópias de álbuns vendidos, o Tears For Fears é uma das mais bem sucedidas bandas de música pop do mundo, embora também tenha tido alguns altos e baixos comerciais na carreira. Teriam sido mais bem sucedidos se não tivessem sido vítimas de fraudes na administração de suas carreiras, praticadas pelo gerente das atividades da banda, Paul King, que, inclusive, foi condenado por fraude contábil. A “coisa” só não foi pior porque as gravadoras nunca perderam o interesse pelo conteúdo musical produzido pela banda...

As tensões entre os integrantes da banda chegaram ao “auge” no início da década de 1990, quando Curt Smith decidiu seguir carreira solo. Essas tensões foram provocadas em parte pelos problemas financeiros causados por Paul King e em parte pelo excesso de perfeccionismo de Roland Orzabal. Além disso, Curt Smith queria reduzir o ritmo de shows, pois estava cansado, contrariando Roland, que via neles uma oportunidade de “sacudir a poeira” e “dar a volta por cima”, já que a contabilidade da banda “continuava no vermelho”, por “algum motivo” que eles ainda não conseguiam entender direito... Agora imaginem, tentem imaginar a situação...

Uma década mais tarde, a partir do ano 2000, para felicidade dos fãs de todo o mundo, Roland Orzabal e Curt Smith fizeram as pazes e decidiram voltar a cantar e tocar juntos. O nome do álbum de reunião da dupla não poderia ser mais ilustrativo e sugestivo para aquele momento, Everbody Loves a Happy Ending ou, traduzindo, Todos Adoram um Final Feliz.

Atualmente, a banda ainda está em atividade, com ambos os músicos, fazendo apresentações musicais em várias partes do mundo, embora agora em ritmo bem mais tranquilo que antes.

O Tears For Fears está no topo da indústria fonográfica mundial, eles são comparáveis a Coldplay, Take That, Simply Red, Sade, A-Ha, Oasis, Pet Shop Boys e Erasure, entre outros.

THE HURTING (1983)

Esse foi o primeiro álbum do Tears For Fears, lançado pela gravadora Phonogram / Mercury / Fontana na Europa Ocidental e nos Estados Unidos. O sucesso de público foi imediato, embora o de crítica nem tanto, conseguindo alcançar o topo das paradas de sucesso nas rádios FM do Reino Unido, conseguindo alcançar um disco de ouro e um disco de platina no Reino Unido logo nos primeiros anos. Esse primeiro álbum também foi bem nos Estados Unidos, no Canadá e no Brasil.

Ele é um dos mais bem sucedidos álbuns da banda em todo o mundo, com mais de 1.000.000 de cópias vendidas em várias partes do mundo durante a década de 1980, principalmente Estados Unidos, Reino Unido e Canadá. As músicas de maior sucesso desse álbum foram Mad World, Pale Shelter e Change.

Inicialmente, ele foi lançado em LP ou vinil e fitas cassetes no Brasil e, posteriormente, a partir da década de 1990, disponibilizado em CD. Até hoje é possível encontrá-lo em lojas de e-commerce, como Americanas.com, Livrarias Curitiba, Magazine Luiza, Saraiva.com e Casas Bahia. Também é possível adquirir e baixar on-line as suas faixas pelo Google Play e YouTube.

SONGS FROM THE BIG CHAIR (1985)

Esse é o segundo álbum de estúdio do Tears For Fears, lançado na Europa Ocidental e nos Estados Unidos pela Phonogram / Mercury / Fontana em 1985. Esse álbum se beneficiou, pelo menos em parte, do sucesso do primeiro álbum The Hurting, lançado pela banda dois anos antes. Mas não é só isso, as músicas desse segundo álbum também são realmente bem produzidas, cantadas e tocadas. As músicas de maior sucesso desse álbum foram Shout, Everbody Wants The Rule Wold, Head Over Heels e a obra prima I Believe.

Esse foi o album mais bem sucedido da banda Tears For Fears, conseguindo alcançar a marca de 7.000.000 de cópias vendidas durante a década de 1980, principalmente nos Estados Unidos, na Alemanha, no Reino Unido e no Canadá. A recepção desse álbum por parte da crítica musical foi melhor que a recepção dada ao álbum anterior The Hurting.

THE SEEDS OF LOVE (1989)

Esse terceiro álbum de estúdio foi lançado nos Estados Unidos e na Europa Ocidental pela Mercury / Fontana em 1989. Os principais sucessos desse álbum foram Sowing The Seeds Of Love e duas obras primas, Advice For The Young At Heart, com um videoclipe levemente ousado, com uma sutil crítica social contra o preconceito contra a homossexualidade, e Woman In Chains, com um excelente videoclipe, muito bem produzido e filmado, com uma crítica social contra a violência doméstica, com participações pra lá de especiais de Oleta Adams, no vocal, e Phil Collins, na bateria. É isso mesmo que você está lendo: Phil Collins na bateria. Um luxo.

Segundo os próprios integrantes da banda esse foi um álbum difícil de fazer, foi um dos mais elaborados, mas o esforço valeu a pena, com mais de 2.100.000 cópias vendidas durante a década de 2000. Foi um álbum caro, custando cerca de US$ 1,5 milhão para ser produzido, em valores da época, mas o retorno comercial foi rápido. O resultado também agradou a crítica musical, com boas avaliações das principais publicações do gênero.

Esse é considerado um dos álbuns menos eletrônicos do Tears For Fears, com predominância de instrumentos musicais convencionais nos arranjos instrumentais, com reduzida presença de sintetizadores durante a criação, durante os ensaios e durante as gravações. Há uma controvérsia sobre se essa decisão de Roland Orzabal e Curt Smith, de deixar um pouco de lado os sintetizadores musicais, foi boa ou ruim, mas o fato é que o álbum Sowing The Seeds Of Love está acima da média, em termos de bom gosto, qualidade musical, sofisticação e refinamento, em relação ao que a indústria fonográfica mundial produzia na época.

Inicialmente, esse álbum foi lançado em LP ou vinil e fitas cassetes no Brasil e, posteriormente, a partir da década de 1990, disponibilizado em CD. Até hoje é possível encontrá-lo em lojas de e-commerce, como Americanas.com, Livrarias Curitiba, Magazine Luiza, Saraiva.com e Casas Bahia. Também é possível adquirir e baixar on-line as faixas pelo Google Play e YouTube.

ELEMENTAL (1993)

Esse é o quarto álbum de estúdio do Tears For Fears, mas desta vez sem a presença de três de seus integrantes, Curt Smith, Ian Stanley e Manny Elias. Ele foi lançado nos Estados Unidos e na Europa Ocidental pela Mercury Records. A música de maior sucesso desse álbum foi Break It Down Again, neste caso com arranjos mais inclinados para o rock progressivo.

Embora sem a presença de Curt Smith, o álbum conseguiu uma projeção razoável no mercado fonográfico, com um resultado comercial aceitável. Mesmo assim, esse é mais um exemplo de como os fãs sentem ou se ressentem, em certa medida, quando seus grupos musicais favoritos passam por mudanças na sua formação original. Uma analogia, a receita do bolo, quando falta um ingrediente, uma parte dos consumidores, principalmente aqueles de paladar mais refinado, percebe sim.

Ele foi lançado em CD no Brasil. Até hoje é possível encontrá-lo em lojas de e-commerce, como Americanas.com, Livrarias Curitiba, Magazine Luiza, Saraiva.com e Casas Bahia. Também é possível adquirir e baixar on-line as faixas pelo Google Play e YouTube.

Mais de 700.000 cópias físicas foram vendidas durante a década de 2000.

TEARS ROLL DOWN (1992)

Esse álbum é uma coletânea em CD dos primeiros anos de carreira do Tear For Fears, mas com uma faixa adicional, a música Laid So Low. É uma coletânea com 12 dos mais conhecidos hits da carreira da banda britânica. Embora esteja claro que faltam hits de sucesso, como, por exemplo, Break It Down Again. Para quem ainda não conhece bem a música dessa banda pop ele é um dos produtos mais recomendados. É como se fosse um “the best of” do Tears For Fears, com algumas das músicas mais conhecidas e bem sucedidas do grupo.

Uma versão equivalente em DVD desse álbum também foi lançada, com o mesmo nome Tears Roll Down, com as mesmas 12 músicas de sucesso da banda. Na dúvida entre os dois, fique com o DVD, pois contém os 12 videoclipes, sem perda de qualidade de som.

Ambos podem ser encontrados em lojas de e-commerce e também em sites de classificados on-line, como Mercado Livre, por exemplo.

INTEGRANTES

Roland Orzabal (Roland Jaime Orzabal de la Quintana): Um dos principais vocalistas do grupo, um talentoso cantor e compositor de nacionalidade britânica, com ascendência argentina, por parte de pai, e britânica, por parte de mãe. Ele é um dos principais responsáveis pela qualidade e estética musical do grupo, respeitado no meio artístico e na mídia por ser um dos principais compositores e arranjadores da banda. Ele também é guitarrista, violonista, compositor, produtor musical e tecladista. Ele teve um relacionamento estável com Caroline Johnston até 2017, quando ela faleceu de causas naturais. O casal teve dois filhos. Atualmente, ele mora na Inglaterra e esta casado com a escritora e fotógrafa Emily Rath.
Curt Smith: Também um dos principais vocalistas do grupo, um talentoso cantor e compositor de nacionalidade americana, embora tenha nascido e vivido parte de sua vida na Inglaterra, com naturalidade britânica na época, inclusive. Ele também é um dos principais responsáveis pela qualidade e estética musical do grupo, também respeitado no meio artístico e na mídia por ser um dos principais compositores e arranjadores da banda. Ele também é baixista, guitarrista, produtor musical e tecladista. Ele foi casado com Lynda Altman e, atualmente, está casado com Laura Pennington. Mora nos Estados Unidos e tem duas filhas.
Ian Stanley (Ian Christopher Stanley): Ele é tecladista, arranjador, compositor e produtor musical. Ele aparece no videoclipe Head Over Heels, como tecladista. Ele possui nacionalidade britânica e esteve na banda Tears For Fears somente durante a década de 1980.
Manny Elias: Ele é baterista. Esteve na banda Tears For Fears somente durante a década de 1980.

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