EUROCOPTER AS565 PANTHER (EXÉRCITO BRASILEIRO)

AÉROSPATIALE SA365 DAUPHIN (A PARTIR DE 1978)
AÉROSPATIALE AS365 DAUPHIN (A PARTIR DE 1990)
EUROCOPTER AS365 DAUPHIN (A PARTIR DE 1992)
AIRBUS AS365 DAUPHIN (A PARTIR DE 2014)
AÉROSPATIALE AS565 PANTHER (VERSÃO MILITAR)
EUROCOPTER AS565 PANTHER (VERSÃO MILITAR)
AIRBUS AS565 PANTHER (VERSÃO MILITAR)
EUROCOPTER MH-65 / HH-65 DOLPHIN (VERSÃO MILITAR)
HARBIN Z-9 (VERSÃO MILITAR / A PARTIR DE 1994)
FAMÍLIA DAUPHIN


INTRODUÇÃO

Logo acima, o Airbus AS365 Dauphin, uma moderna máquina europeia, sofisticada e segura para voos visuais e/ou noturnos sobre grandes metrópoles e em viagens intermunicipais, inclusive para transporte executivo, operações policiais e transporte aeromédico. Logo abaixo, o Eurocopter AS365 Dauphin, um dos modelos de helicópteros bimotores para uso múltiplo mais vendidos no mundo.

Airbus AS365 Dauphin, conhecido anteriormente como Eurocopter AS365 Dauphin, é um sofisticado e moderno helicóptero bimotor a turbina de médio porte projetado para transporte executivo e semi-utilitário, de passeio e de turismo, para transporte aeromédico, para uso policial e para coberturas jornalísticas, projetado, desenvolvido e fabricado em larga escala na França a partir da década de 1970 pela então Aérospatiale, conhecida posteriormente como Eurocopter SAS e atualmente como Airbus Helicopters. Essa potente máquina europeia de alta tecnologia tem capacidade para transportar confortavelmente um ou dois pilotos e até sete ou oito passageiros em missões típicas, na configuração turística, sobrevoando grandes metrópoles ou para viagens intermunicipais.


Eurocopter AS365 N3 Dauphin, por exemplo, uma das mais bem sucedidas versões da família Dauphin, é sustentado por duas modernas e seguras turbinas Turbomeca Arriel 2C, com capacidade para transportar um piloto ou dois pilotos e até sete ou oito passageiros na configuração turística, em missões típicas dentro de metrópoles, pousando e decolando de helipontos e heliportos, e também para viagens intermunicipais. Em algumas situações, é possível também realizar viagens interestaduais com ou sem escalas para reabastecimento, dependendo da distância entre origem e destino, graças ao seu bom alcance de 680 quilômetros, com seis passageiros, em dias quentes e com reserva de combustível.


Os seus principais concorrentes no mercado mundial de helicópteros bimotores médios e leves são o italiano Agusta Bell AB 139, bem amplo e potente; o americano Sikorsky S-76, moderno, sofisticado, confortável e de bom alcance; o canadense Bell 429, confortável, seguro, espaçoso, sofisticado e refinado; o americano Bell 430, também confortável, espaçoso e sofisticado; o italiano Agusta A109 Power / Leonardo AW109 Power, sofisticado, espaçoso e confortável; e o americano MD Helicopters MD900 Explorer / MD Helicopter MD Explorer, sem rotor de cauda e construído em material composto;


O helicóptero bimotor executivo Eurocopter EC155 / Airbus H155 e o novíssimo Airbus H160 estão na mesma categoria de helicópteros de médio porte do Airbus AS365 Dauphin, também confortáveis, sofisticados e seguros.


O Eurocopter AS365 Dauphin também foi fabricado sob licença na China, pela empresa estatal chinesa Harbin Aircraft, neste caso renomeado para Harbin Z-9. Uma versão militar do modelo original Aérospatiale SA365 Dauphin, renomeada para Aérospatiale HH-65 Dolphin (com “ol” mesmo), foi fabricada nos Estados Unidos, para atender uma encomenda da Guarda Costeira dos Estados Unidos.


A AIRBUS HELICOPTERS

Logo acima, o logotipo oficial da Eurocopter e, logo abaixo, o novo logotipo da fabricante de helicópteros, a Airbus Helicopters, uma das maiores fabricantes de helicópteros a turbina do mundo. A empresa é uma subsidiária da Airbus Group e possui fábricas na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil.

Atualmente, a Airbus Helicopters é uma das maiores e mais respeitadas fabricantes de helicópteros do mundo. A Airbus Helicopters é propriedade da corporação europeia Airbus Group, sediada na Holanda, que controla também uma das maiores fabricantes de aeronaves comerciais do mundo, a Airbus SAS, conhecida anteriormente como Airbus Industrie. A Airbus Group é a holding que controla a Airbus Defense and Space, que fabrica o lançador de satélites Ariane, um dos maiores e mais potentes do mundo.


A Airbus Group é uma gigantesca corporação europeia que controla também a Astrium, uma fabricante de satélites. A Airbus Military é outra subsidiária da Airbus Defense e Space, que fabrica vários produtos para uso militar, entre eles o Airbus A400M, um quadrimotor turboélice de grande porte para transporte logístico militar de soldados, cargas militares e reabastecimento em voo. A Airbus Group possui uma importante participação societária na ATR - Avions de Transport Régional, a fabricante do turboélice bimotor regional ATR-72, usado intensivamente no Brasil pela Azul Linhas Aéreas e pela Passaredo.


CASA C295 / Airbus C295, um bimotor turboélice para uso militar de logística, usado pela FAB – Força Aérea Brasileira, é mais um exemplo de produto fabricado em larga escala pela Airbus Military. A Airbus Group possui também uma participação societária minoritária na Dassault Aviation, que fabrica na França os jatos executivos Dassault Falcon e o sofisticadíssimo caça militar Dassault Rafale.


A Aerospatiale da França, a Daimler / DASA da Alemanha e a CASA da Espanha se uniram na década de 2000 para formar o consórcio europeu EADS, conhecido atualmente como Airbus Group. Além do Airbus AS365 Dauphin, a Airbus Helicopters fabrica o Airbus H130, conhecido anteriormente como Eurocopter EC130, helicóptero monomotor para até cinco passageiros, fabricava até alguns anos atrás o Airbus H120, conhecido anteriormente como Eurocopter EC120 Colibri, helicóptero monomotor para até quatro passageiros, ambos produzidos na Europa, todo eles com rotor de cauda Fenestron, e fabrica no Brasil o Airbus H125, conhecido anteriormente como Helibras AS-350 Esquilo, por meio de sua subsidiária Helibras, entre outros modelos.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, sofisticação, refinamento e ótimo espaço interno para até cinco passageiros e dois pilotos do Eurocopter AS365 Dauphin, na versão executiva, inclusive com opção para um refrigerador compacto para água mineral, bebidas, sucos e refrigerantes. Logo abaixo, o moderno painel de instrumentos da aeronave, com o conjunto de aviônicos do tipo EFIS - Electronic Flight Instrument System, composto por telas de cristal líquido que fornecem aos pilotos uma variedade de informações instantâneas necessárias ao voo.

O Airbus AS365 Dauphin, conhecido anteriormente como Eurocopter AS365 Dauphin, é um moderno, confortável e seguro helicóptero bimotor a turbina de médio porte projetado para transporte executivo e semi-utilitário, de passeio e de turismo, para uso policial, para transporte aeromédico e para coberturas jornalísticas, com construção mista em alumínio e materiais compostos, com trem de pouso triciclo retrátil, projetado, desenvolvido e fabricado em larga escala a partir da década de 1970 pela então fabricante francesa de helicópteros Aérospatiale, inicialmente com o nome Aérospatiale SA365 Dauphin, que utilizou como base para sua criação e desenvolvimento o modelo de helicóptero monomotor Aérospatiale SA360 Dauphin, mas com um número significativo de mudanças, tornando-o um modelo de helicóptero diferente.


Essa moderna família de helicópteros Dauphin possui várias versões, incluindo algumas versões militares bem sucedidas, operadas por várias forças armadas, incluindo o Exército Brasileiro, neste caso renomeada para Eurocopter AS565 Panther, operados pela sua divisão interna chamada Aviação do Exército. Mais tarde, a partir da década de 1990, pelo menos duas sub-versões civis estavam sendo fabricadas, a Eurocopter AS365 N2 Dauphin, sustentada por duas turbinas europeias Turbomeca Arriel 1C2, com 737 shp cada, e a Eurocopter AS365 N3 Dauphin, sustentada por duas turbinas Turbomeca Arriel 2C, com 850 shp cada,  neste caso com maior disponibilidade de potência para decolar em dias quentes e em helipontos de altitude elevada, mesmo lotada de passageiros.


Curiosamente, ambas as sub-versões citadas logo acima seriam, a princípio, substituídas pelo Eurocopter EC155 com várias melhorias, mais sofisticado, inclusive, mas, por algum motivo, provavelmente para atender as preferências dos clientes em relação a preço de aquisição, a sub-versão Eurocopter AS365 N3 Dauphin, de preço um pouco mais baixo, foi mantida lado a lado, no portfólio de produtos da Eurocopter, com o Eurocopter EC 155, maior, mais confortável, mais refinado e mais seguro, de preço um pouco mais alto.


De modo geral, as versões e sub-versões civis da família Dauphin são semelhantes no design externo, na estrutura e nos sistemas hidráulico, eletrônico e elétrico, mas com o aumento da quantidade de peças, partes e componentes em material composto para cada nova versão lançada, todas mantendo a mesma capacidade para transportar confortavelmente um ou dois pilotos e até sete ou oito passageiros em missões típicas dentro de metrópoles, pousando e decolando de helipontos e heliportos, de dia e/ou de noite, e também para viagens intermunicipais. Uma configuração de alta densidade, para até 12 passageiros, também é possível, mas neste caso com uma redução proporcional do alcance.


Há décadas os helicópteros da família Dauphin estão disponíveis com a certificação Categoria A, a partir da versão Aérospatiale SA365 N Dauphin, com sistema hidráulico e elétrico duplicados, com a homologação para voos IFR - Instrument Flight Rules, as regras de voos por instrumentos e, a partir das sub-versões posteriores, com a possibilidade de aproximações ILS - Instrument Landing System, o que significa que se trata de helicópteros sofisticados, capazes de voar em condições de neblina / nevoeiro e chuva leve, inclusive.


Os modelos da família foram projetados desde o início com seis portas laterais para acesso facilitado dos passageiros e dos pilotos, sendo quatro portas articuladas convencionais na frente e duas portas corrediças atrás. No caso da operação com apenas um piloto é possível transportar mais um ou dois passageiros no cockpit, na parte da frente da fuselagem, porém não é permitido que eles toquem nos controles de voo...


Aliás, para operação frequente em condições IFR – Instrument Flight Rules é recomendável ao operador a contratação de dois profissionais, um piloto e um co-piloto, já que se trata de um helicóptero bimotor, de complexidade maior que helicópteros monomotores homologados VFR – Visual Flight Rules, os chamados voos visuais.


Na parte detrás da fuselagem há um bagageiro com capacidade volumétrica bem razoável.


A FAMÍLIA DAUPHIN

Logo acima, mais uma imagem do moderno helicóptero Eurocopter AS365 Dauphin, mas desta vez na  configuração turística, com até sete assentos razoavelmente confortáveis na cabine de passageiros e mais um assento na frente, ao lado do piloto. Assim como seus principais concorrentes, ele deixa uma ótima impressão por onde passa. Logo abaixo, a versão militar operada pelo Exército Brasileiro, renomeada para Eurocopter AS565 Panther, com equipamentos adequados para operações militares de logística e apoio a combatentes em solo.

A família Dauphin é composta por um modelo original de helicóptero bimotor civil multifunção, o Aérospatiale SA365 C Dauphin, com trem de pouso fixo, com fabricação em série iniciada em 1978, e mais nove versões e sub-versões civis e seis versões e sub-versões militares, neste caso renomeadas para Aérospatiale AS565 Panther e Aérospatiale SA365 Dauphin, entre outros nomes, totalizando mais de 16 modelos, cada um deles projetado para atender às necessidade dos operadores de perfis diferentes, na medida em que novas tecnologias foram sendo incorporadas pela fabricante.


O nome Dauphin (em francês, com a pronúncia “Dufan”) ou Dolphin (em inglês, com a pronúncia “Dófen”) pode ser uma alusão aos antigos príncipes herdeiros da França, com a tradução delfim, para o português, ou pode ser uma alusão ao mamífero aquático golfinho, também chamado delfim. Com um olhar atento, percebe-se que o aspecto gracioso e simpático da fuselagem e da cauda do helicóptero realmente tem uma vaga semelhança com o aspecto do golfinho.


AÉROSPATIALE SA365 C DAUPHIN

Embora tenha sido lançado na década de 1970, sendo considerado, portanto, um modelo clássico de helicóptero, o confortável modelo original Aérospatiale SA365 C Dauphin é um projeto de alta tecnologia, ele nasceu à frente de seu tempo, portanto ainda hoje pode ser considerado um modelo moderno de aeronave. Foi um dos mais bem sucedidos modelos de helicópteros da década de 1980, competindo em pé de igualdade com outros igualmente bem sucedidos, como o americano Bell 222 e o italiano Agusta A109 Power, tanto em termos de qualidade de construção, como em termos de conforto, sofisticação e refinamento.


Ele foi fabricado em série e em larga escala na França a partir de 1978, e, alguns anos depois, já na década de 1980, ele foi um dos primeiro modelos de helicópteros da categoria de helicópteros médios a introduzir um conjunto completo de aviônicos para voos IFR – Instrument Flight Rules, os chamados voos por instrumentos, na época ainda disponível por meio de instrumentos analógicos.


Como se trata de um modelo de helicóptero bimotor com peso máximo de decolagem certificado de 3.400 kg, desde o início da fabricação em série ele já possuía a certificação FAR Part 29, portanto com sistemas hidráulico e elétrico redundantes, inclusive para operações offshore, sobre o mar, no transporte de pessoas para plataformas de petróleo, por exemplo, inicialmente ainda com piloto automático de três eixos integrado.


Ele é um helicóptero bimotor a turbina de médio porte projetado para transporte executivo e semi-utilitário, de passeio e de turismo, para transporte aeromédico, para uso policial e para coberturas jornalísticas, na época ainda com trem de pouso fixo do tipo esqui. Na sua configuração executiva, para até seis passageiros e um piloto, a cabine de passageiros pode ser equipada com um pequeno refrigerador compacto para manter em baixas temperaturas bebidas, água mineral, sucos e refrigerantes. 


Numa configuração turística a capacidade pode aumentar para até oito passageiros, na configuração 3+4+2, com três fileiras de assentos, sendo um piloto e um passageiros no cockpit e mais sete passageiros na cabine de passageiros, em club seat, ou seja, frente a frente. Numa configuração de alta densidade é possível transportar até 12 passageiros, mas o alcance diminui.


Desde o início do projeto, o Aérospatiale SA365 C Dauphin foi projetado para uso multifuncional, civil e militar, como aeronave de asas rotativas para usos variados, desde transporte de executivos até coberturas jornalísticas, transporte aeromédico, turismo e operações policiais, com a adição customizada de equipamentos para desempenhar cada uma dessas funções, a pedido de clientes. Em linhas gerais, a versão executiva, por exemplo, tem capacidade para transportar até seis passageiros em voos noturnos por instrumentos, com assentos em couro, inclusive, a pedido do comprador, na época.


O modelo possui cabeça do rotor principal do tipo Starflex, com quatro pás, e um sofisticado rotor de cauda carenado Ducted Fan ou Fenestron, com 13 pás metálicas, para reduzir o máximo possível o ruído externo e interno e o nível de vibrações na cabine de passageiros.


O sistema de cauda Fenestron é formado por uma espécie de carenagem criada para proteger o rotor de cauda. Esse sistema é útil para evitar, em voo, que o rotor de cauda seja afetado por aves, e para evitar, nos pousos e decolagens, que seja afetado por galhos de plantas, e reduz o risco de ser afetado por cascalho. Além disso, a carenagem reduz o máximo possível o risco de algum dos passageiros ser ferido acidentalmente pelo rotor de cauda, durante o embarque e o desembarque.


A velocidade de cruzeiro do Aérospatiale SA365 Dauphin é de cerca de 250 km/h, em regime normal de rotação, podendo chegar a 270 km/h, por tempo limitado. O nível de ruído do helicóptero é um dos mais baixos da categoria de helicópteros bimotores de médio porte para até 12 passageiros, em alta densidade, fabricados na década de 1980. Na sua configuração para transporte aeromédico é possível o transporte de duas macas com acidentados ou doentes, com dois pilotos e dois paramédicos de plantão.


Entre os pontos positivos desse helicóptero destaca-se o fácil acesso dos dois pilotos e de todos os passageiros aos seus respectivos assentos por seis amplas portas laterais, três de cada lado, sendo quatro delas articuladas e duas corrediças para passageiros, uma de cada lado.


O modelo original Aérospatiale SA365 C Dauphin foi fabricado desde o início com dois motores do tipo turboshaft, lado a lado, conhecidos popularmente como motores a turbina, modelo Turbomeca Arriel 1, com 630 shp disponíveis na decolagem, com um total de 1.260 shp, o suficiente para uma velocidade de cruzeiro de 250 km/h, com alcance de até 550 quilômetros, em regime normal de rotação, em dias quentes, com seis passageiros a bordo e pouca bagagem, com reserva de combustível, inclusive. Na medida em que se coloca mais passageiros e bagagem dentro da aeronave o alcance diminui, sendo necessário reprogramar a missão, com pelo menos mais uma escala para reabastecimento, dependendo da distância entre origem e destino. 


Em caso de falha de um dos motores, é possível manter o voo até uma parada de emergência mais próxima. Em caso de falha simultânea dos dois motores em pleno voo, o que é raríssimo, é possível proceder a operação de auto-rotação. Por isso a necessidade de treinamento completo do profissional responsável pela operação da aeronave. É aconselhável que o proprietário da aeronave não “economize” no treinamento do seu empregado.


A marca europeia Turbomeca, conhecida atualmente como Safran, é tradicional no mercado aeronáutico, com mais de 80 anos de experiência em desenvolvimento e fabricação de componentes e motores aeronáuticos, com boa reputação e baixíssimo índice de falhas em pleno voo. Na operação diária, o risco de falhas é baixíssimo, desde que, é claro, a aeronave seja submetida regularmente a oficinas de manutenção confiáveis, certificadas por autoridades aeronáuticas. Essa empresa já fabricou mais de 72.000 turbinas, desse total sendo 18.000 apenas para helicópteros.


Três sub-versões do Aérospatiale SA365 C Dauphin foram fabricadas, o Aérospatiale SA365 C1 Dauphin, com motor Turbomeca Arriel 1A1, com fabricação em série iniciada em 1979; o Aérospatiale SA365 C2 Dauphin, com motor Turbomeca Arriel 1A2, com fabricação em série iniciada em 1980; e o Aérospatiale SA365 C3 Dauphin, com motor Turbomeca Arriel 1A3, com fabricação em série iniciada em 1982.


AÉROSPATIALE SA365 N DAUPHIN

É uma versão amplamente melhorada da família Dauphin, com fabricação em série iniciada em 1982, com uma ampla variedade de modernizações e refinamentos, incluindo o emprego de uma quantidade e variedade maior de peças, partes e componentes em material composto, o que diminuiu o peso da estrutura da aeronave, o que, por consequência, aumentou a carga útil; motores mais potentes, o que também teve reflexos positivos na capacidade de carga útil e no alcance; novo material de acabamento na cabine de passageiros, tornando-a mais atraente para um público empresarial, mais exigente; com trem de pouso triciclo retrátil, o que teve consequências positivas, como o aumento da velocidade de cruzeiro, por exemplo; entre outras melhorias, modernizações e refinamentos.


O número de peças, partes e componentes de material composto foi aumentado consideravelmente em relação aos modelos anteriores, incluindo partes em fibra de vidro, Nomex e fibra de carbono. A célula pode ser considerada então de construção mista, pois parte dela foi e é construída em liga de alumínio.


Desde sua origem na década de 1980, o helicóptero Aérospatiale SA365 N Dauphin, conhecido posteriormente, anos depois, como Aérospatiale AS365 Dauphin (observe que houve uma sutil troca de posição das letras A e S na nomenclatura), apresenta um nível elevado de tecnologia, considerando a época em que foi fabricado, inclusive na sua estrutura e nos seus sistemas hidráulico, elétrico, mecânico e eletrônico. É uma aeronave homologada para voos noturnos por instrumentos, dentro da Categoria A, que é a categoria que permite manter o voo até uma parada de emergência mais próxima, mesmo em caso de falha de um dos motores.


A versão Aérospatiale SA365 N Dauphin foi fabricada com dois motores do tipo turboshaft, modelo Turbomeca Arriel 1C, com 660 shp disponíveis na decolagem (algumas fontes falam em 710 shp, disponíveis por até 60 segundos), com um total de 1.320 shp, o suficiente para uma velocidade de cruzeiro de 270 km/h, com alcance de até 650 quilômetros, em regime normal de rotação, em dias quentes, com seis passageiros a bordo e pouca bagagem, com reserva de combustível, inclusive. Também neste caso, na medida em que se coloca mais passageiros e bagagem dentro da aeronave o alcance diminui, sendo necessário reprogramar a missão, com pelo menos mais uma escala para reabastecimento, dependendo da distância entre origem e destino. 


A partir dessa versão, os helicópteros da família Dauphin passaram a ter rotores principais em material composto; peso máximo de decolagem de 3.850 kg ou mais, dependendo de cada versão ou sub-versão; teto de serviço de 3.800 metros ou mais, dependendo de cada versão ou sub-versão; e piloto automático de quatro eixos ou três eixos, dependendo de cada versão ou sub-versão.


Pelo menos quatro sub-versões do Aérospatiale SA365 N Dauphin foram fabricadas, a Aérospatiale SA365 N1 Dauphin, com dois motores Turbomeca Arriel 1C1, fabricada a partir de 1983, com potência aumentada para 705 shp disponíveis na decolagem, em cada motor; a Aérospatiale AS365 N2 Dauphin, fabricada a partir de 1990, com dois motores Turbomeca Arriel 1C2, com potência aumentada para 737 shp disponíveis na decolagem (algumas fontes falam em 763 shp, disponíveis por até 60 segundos), em cada motor, e com o conjunto de aviônicos EFIS 50 disponível como opcional; a Eurocopter AS365 N3 Dauphin, fabricada a partir de 1998, com dois motores Turbomeca Arriel 2C, com potência aumentada para 850 shp disponíveis na decolagem (algumas fontes falam em 977 shp, disponíveis por até 60 segundos), em cada motor, e com conjunto de aviônicos EFIS MFD 255 disponível como item de série; e a Airbus AS365 N3+ Dauphin, a sub-versão atual, fabricada a partir da década de 2010, com dois motores Turbomeca Arriel 2N, com potência aumentada para 961 shp disponíveis na decolagem, em cada motor.


Quando no solo, as pás do rotor principal podem ser articuladas (dobradas ou recolhidas) para ocupar menos espaço no hangar.


A partir da sub-versão Eurocopter AS365 N3 Dauphin, citada logo acima, os motores passaram a ser monitorados e controlados por FADEC – Full Autority Digital Engine Control, para evitar que os parâmetros de segurança de cada um dos motores seja ultrapassado. Elas estão homologadas para aproximações ILS - Instrument Landing System em caso de neblina / nevoeiro ou chuva leve no aeroporto de destino. Entre outras melhorias, foram incluídas, dependendo de cada caso, a redução do número de pás do rotor de cauda Fenestron, para 10 pás assimétricas, para, segundo o fabricante, reduzir o ruído externo e interno; pás do rotor principal fabricadas em fibra de carbono; peso máximo de decolagem aumentado para 4.300 kg; piloto automático de quatro eixos; radar meteorológico melhorado; receptor GPS – Global Positioning System melhorado; aparelho TCAS – Traffic Collision Avoidance System melhorado; conjunto de aparelhos para transporte aeromédico melhorado; entre outros.


Ele foi o primeiro modelo civil de helicóptero da família Dauphin a introduzir um conjunto completo de aviônicos do tipo EFIS – Electronic Flight Instrument System, disponível como item de série, na época já com telas em LCD – Liquid Crystal Display, mais leves e compactas. Os modelos anteriores podem ter esse conjunto de instrumentos mais moderno por meio de upgrades, solicitado pelo proprietário da aeronave a qualquer oficina mecânica certificadas pelo fabricante, inclusive no Brasil.


Com a implementação da tecnologia de instrumentos do tipo EFIS - Electronic Flight Instrument System no cockpit, com telas LCD – Liquid Crystal Display, e graças à tecnologia de fibra ótica foi possível reduzir um pouco o peso da aeronave em relação aos modelos fabricados na década de 1980, que ainda não possuíam essas tecnologias. Além disso, durante a década de 1990, o seu instrumento de navegação GPS - Global Positioning System já podia ser atualizável.


AÉROSPATIALE AS565 PANTHER

Também é uma versão amplamente melhorada da família Dauphin, mas de uso exclusivamente militar, oferecida pela então fabricante francesa de aeronaves Aérospatiale para forças armadas de nações signatárias da OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte e/ou de nações amigas da França, incluindo o Brasil, com fabricação em série iniciada em 1986, também com uma ampla variedade de melhorias e modernizações de performance em relação ao modelo Aérospatiale SA365 N Dauphin, que foi o modelo civil que serviu de base para lhe dar origem, incluindo motores mais potentes, o que também teve reflexos positivos na capacidade de carga útil e no alcance; também com trem de pouso triciclo retrátil, o que teve consequências positivas, como o aumento da velocidade de cruzeiro, por exemplo; entre outras melhorias, modernizações e refinamentos.


O perfil de uso da aeronave é exclusivamente militar, comercializado como uma aeronave multiuso, para desempenhar missões de logística militar; patrulha e reconhecimento; dissuasão; assalto em combate (ressaltando que a palavra "assalto" usada aqui está em um contexto específico, diferente do uso comum pela população); apoio a operações militares em terra e água, incluindo localização e/ou ataque a embarcações, como submarinos e navios, por exemplo; busca e resgate de acidentados e transporte aeromédico; entre outras funções.


A sub-versão militar Aérospatiale AS565 UA Panther, por exemplo, foi fabricada com dois motores do tipo turboshaft, modelo Turbomeca Arriel 1M1, com 780 shp disponíveis na decolagem, com um total de 1.560 shp, o suficiente para uma velocidade de cruzeiro de 270 km/h, com capacidade para transportar até 10 soldados totalmente armados e dois pilotos. Essa sub-versão foi escolhida pelo Exército Brasileiro para compor sua frota ou esquadra de aeronaves para apoio logístico e tático a operações terrestres. Em 1988, com a reativação da Aviação do Exército, as primeiras unidades de uma encomenda de 36 unidades desse modelo começaram a ser fabricadas pela Helibras, a subsidiária brasileira da Aérospatiale.


Outras sub-versões militares da família Dauphin foram e/ou são fabricadas, incluindo a Aérospatiale SA365 K Panther, a Eurocopter AS565 UB Panther, a Eurocopter AS565 AA Panther, a Eurocopter AS565 AB Panther, Eurocopter AS565 MA Panther, Eurocopter AS565 MB Panther, Eurocopter AS565 SA Panther, Eurocopter AS565 SB PantherEurocopter AS565 CA Panther, Eurocopter AS565 N3 Panther e Eurocopter AS565 SC Panther.


PRINCIPAIS OPERADORES

Os helicópteros da família Dauphin são um grande sucesso de vendas da indústria aeronáutica europeia, principalmente da França, com mais de 1.000 unidades fabricadas, um número realmente significativo, já que se trata de produtos de alto valor agregado, com elevado preço de aquisição. Aqui no Brasil, essa família está presente nos mercados civil e militar.


Entre os operadores governamentais estão a Polícia da Austrália, a Guarda Costeira Argentina, a Defesa Civil da França, a Guarda Costeira da Grécia, a Guarda Costeira da Islândia, a Polícia da Indonésia, a Defesa Civil da Indonésia, o Corpo de Bombeiros de Tóquio, a Polícia Metropolitana de Tóquio, a Polícia do Kuwait, a Guarda Costeira da Malásia, a Polícia Civil da Espanha, a Defesa Civil de Taiwan, o Exército de Bangladesh, a Marinha da Bulgária, a Marinha do Chile, a Marinha da Colômbia, a Marinha da França, a Força Aérea da Lituânia, a Força Aérea da Nigéria, a Marinha Real da Arábia Saudita, o Corpo de Fuzileiros Navais do Reino Unido, a Guarda Costeira dos Estados Unidos, a Força Aérea do Uruguai, e, é claro, o Exército Brasileiro.


MERCADO

Mais de 1.000 unidades de helicópteros da família Dauphin foram fabricadas e vendidas, desde a década de 1970, para mais de 200 operadores, civis e militares, em mais de 60 países, incluindo as versões militares e civis fabricadas para exportação para diversos países. É uma das famílias de helicópteros bimotores mais vendidas no mundo, com mais de 6.000.000 horas de voo acumuladas, com índice baixíssimo de acidentes graves com vítimas fatais.


De modo geral, o custo operacional por quilômetro voado de um helicóptero bimotor a turbina com capacidade para até oito passageiros é maior que o custo operacional por quilômetro voado de uma aeronave de asa fixa turboélice bimotor também com capacidade semelhante de transportar passageiros. Porém, o helicóptero tem flexibilidade operacional e versatilidade absolutamente insuperáveis para operar em regiões metropolitanas ou entre cidades próximas, com tráfego de automóveis intenso.


Por exemplo, a região metropolitana de São Paulo e outras cidades vizinhas têm uma das maiores concentrações de helicópteros para uso executivo, aeromédico, policial e de turismo do mundo.


A Helibras é a empresa que presta serviços de importação, comercialização e assistência técnica no Brasil dos helicópteros fabricados pela Airbus Helicopters.


Aqui no Brasil, o Eurocopter AS565 Panther é utilizado pelo Exército Brasileiro para operações militares, num total de 36 unidades, localizadas na Base de Aviação de Taubaté, no Centro de Instrução de Aviação do Exército e em Manaus.


A Airbus Helicopters, a Eurocopter Group e suas antecessoras Aerospatiale / Messerschmith e DASA / Daimler já fabricaram mais de 12.000 helicópteros desde a década de 1950, atualmente a maioria deles ainda está em condições de voo, operada por mais de 3.000 pessoas físicas e pessoas jurídicas, em mais de 150 países.


FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS


EUROCOPTER AS365 N3 DAUPHIN

  • Capacidade (executiva): 5 ou 6 passageiros;
  • Capacidade (turística): 7 ou 8 passageiros;
  • Capacidade (alta densidade): 12 passageiros;
  • Tripulação: 1 piloto e 1 co-piloto (opcional);
  • Comprimento total: Aprox. 14 metros;
  • Largura da fuselagem: Aprox.
  • Altura total: Aprox. 4,1 metros;
  • Diâmetro do rotor principal: Aprox. 12 metros;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 270 km/h;
  • Motorização (potência): 2 X Turbomeca Arriel 2C (850 shp / cada);
  • Rotor principal: Quadripá / material composto;
  • Rotor de cauda: Fenestron;
  • Aviônicos: EFIS MFD 255;
  • Certificação: Categoria A, IFR noturno, com ILS;
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 4.300 kg;
  • Alcance: Aprox. 680 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Teto de serviço: Aprox. 4.600 metros;
  • Preço (no exterior): Aprox. US$ 3,8 milhões (usado / bom estado de conservação);


EUROCOPTER AS365 N2 DAUPHIN

  • Capacidade (executiva): 5 ou 6 passageiros;
  • Capacidade (turística): 7 ou 8 passageiros;
  • Capacidade (alta densidade): 12 passageiros;
  • Tripulação: 1 piloto e 1 co-piloto (opcional);
  • Comprimento total: Aprox. 14 metros;
  • Largura da fuselagem: Aprox.
  • Altura total: Aprox. 4,1 metros;
  • Diâmetro do rotor principal: Aprox. 12 metros;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 270 km/h;
  • Motorização (potência): 2 X Turbomeca Arriel 1C2 (737 shp / cada);
  • Rotor principal: 4 pás de compósito (aço inox, fibra de vidro e carbono), com cabeça em fiberglass;
  • Rotor de cauda: Ducted Fan ou Fenestron;
  • Aviônicos: EFIS 50 (opcional);
  • Certificação: Categoria A, IFR noturno, com ILS;
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 4.200 kg;
  • Alcance: Aprox. 670 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Teto de serviço: Aprox. 3.700 metros;
  • Preço (no exterior): Aprox. US$ 


EUROCOPTER AS365 N DAUPHIN

  • Capacidade (executiva): 5 ou 6 passageiros;
  • Capacidade (turística): 7 ou 8 passageiros;
  • Capacidade (alta densidade): 12 passageiros;
  • Tripulação: 1 piloto e 1 co-piloto (opcional);
  • Comprimento total: Aprox. 14 metros;
  • Largura da fuselagem: Aprox.
  • Altura total: Aprox. 4,1 metros;
  • Diâmetro do rotor principal: Aprox. 12 metros;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 270 km/h;
  • Motorização (potência): 2 X Turbomeca Arriel 1C (660 shp / cada);
  • Rotor principal: Quadripá;
  • Aviônicos: 
  • Certificação: Categoria A, IFR noturno;
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 3.850 kg;
  • Alcance: Aprox. 650 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Teto de serviço: Aprox. 3.800 metros;
  • Preço (no exterior): Aprox. US$ 


EUROCOPTER HH-65A (GUARDA COSTEIRA / EUA)

  • Capacidade: Até 8 pessoas (função resgate);
  • Tripulação: 1 piloto, 1 co-piloto e 2 auxiliares;
  • Comprimento: Aprox. 14 metros;
  • Largura da fuselagem: Aprox.
  • Altura total: Aprox. 4,1 metros;
  • Diâmetro do rotor principal: Aprox. 12 metros;
  • Velocidade de cruzeiro: Aprox. 270 km/h;
  • Motorização (potência): 2 X Textron Lycoming LTS-101 (750 shp / cada);
  • Rotor principal: Quadripá;
  • Aviônicos: EFIS Collins HFCS-8000, Flir Northrop;
  • Aviônicos: Radar Bendix RDR-1500;
  • Certificação: Categoria A, IFR noturno;
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 4.000 kg;
  • Alcance: Aprox. 600 quilômetros (lotado / 75% potência / com reservas);
  • Teto de serviço: Aprox. 3.800 metros;
  • Preço (no exterior): Aprox. US$ 


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REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Eurocopter_AS365_Dauphin
  • Airbus Helicopters (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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