FIAT DOBLÒ

FIAT DOBLÒ (NO BRASIL)
FIAT PANORAMA (EM SINGAPURA)
OPEL COMBO (NA ALEMANHA)
VAUXHALL COMBO (NO REINO UNIDO)
RAM PROMASTER CITY (ESTADOS UNIDOS)
PYONGWHA PPEOKKUGI (COREIA DO NORTE)
RAM V1000 (CHILE)


INTRODUÇÃO

Logo acima, imagem da dianteira do Fiat Doblò de primeira geração, antes da leve reestilização em 2010, que foi fabricado e esteve à venda no Brasil desde 2001, um sucesso de vendas da marca italiana. Apesar do visual controverso da carroceria, ele é ainda hoje considerado uma boa opção de compra no mercado de automóveis usados. Logo abaixo, o prático carrinho da Fiat, já reestilizado, ainda é fabricado em série, superando em vendas até as expectativas da fabricante, embora no exterior já esteja na segunda geração.

O prático Fiat Doblò é um inteligente automóvel do tipo minivan, multivan ou furgão de passeio, de tamanho compacto e de cinco portas, com capacidade para transportar com um nível de conforto bastante razoável até cinco pessoas, incluindo o condutor, criado na década de 1990 pela então multinacional italiana Fiat S.p.A., desenvolvido como um projeto de carro mundial, inclusive no Brasil, e fabricado em larga escala a partir da década de 2000 na Turquia, na Rússia, no Brasil e no Vietnã por subsidiárias da Fiat ou por empresas independentes, neste caso sob licença da Fiat, e comercializando em vários mercados, incluindo o Brasil, a Europa Ocidental e a América do Norte.


A gigante italiana Fiat S.p.A. decidiu utilizar a plataforma compacta Projeto 178 para a montagem do monobloco da 1ª geração do Fiat Doblò, a mesma plataforma utilizada para a montagem da pickup leve Fiat Strada de 1ª geração, dando, portanto, ao Doblò a mesma robustez estrutural e de suspensão apresentada pela Strada no uso diário aqui no Brasil, o que ajuda a explicar, pelo menos em parte, o sucesso do pequeno carro familiar do tipo multivan aqui, contrariando todas as previsões pessimistas de muitos sobre o seu futuro na época, que levavam em consideração apenas o seu aspecto, digamos, incomum.


Na década de 2000, considerando o mercado brasileiro de automóveis novos e usados, os principais concorrentes do Fiat Doblò eram a minivan Renault Scénic, o furgão de passeio Citroen Berlingo, a minivan Citroen Xsara Picasso, e o furgão de passeio Renault Kangoo.


Atualmente, a 1ª geração do Fiat Doblò é fabricada somente no Brasil e a 2ª geração do Fiat Doblò é fabricada somente na Turquia, neste caso pela Tofas, uma subsidiária da Stellantis.


O GRUPO STELLANTIS

Logo acima, o logotipo da nova holding Stellantis, formada a partir da fusão das holdings FCA Fiat Chrysler Automobiles, holandesa, e PSA Peugeot Citroen, francesa. Logo abaixo, o logotipo da então FCA Fiat Chryslter Automobiles, a empresa detentora das marcas Fiat, Chrysler, Dodge, Jeep e RAM até 2020.

O grupo empresarial Stellantis é uma gigante multinacional holandesa que atende interesses americanos, italianos e franceses, formado em 2021 pela fusão (ou consolidation, na linguagem americana) de duas grandes holdings multinacionais do setor automobilístico, a francesa PSA Peugeot Citroen e a também holandesa FCA Fiat Chrysler Automobiles, esta, por sua vez, também uma gigante multinacional que atendia interesses americanos e italianos do ramo automobilístico ou automotivo, formada em 2014 pela fusão de duas grandes holdings multinacionais, a italiana Fiat SpA e a americana Chrysler Group, passando então a englobar as marcas Fiat, Chrysler, Jeep (utilitários esportivos), Alfa Romeo e Maserati (automóveis premium), Dodge e RAM (caminhões, pickups e comerciais leves), entre outras.


Em 2019, os grupos automobilísticos PSA Peugeot Citroen, da França, e FCA Fiat Chrysler Automobiles, dos Estados Unidos e da Itália, anunciaram a intenção de promover uma nova fusão para juntar todas as suas marcas em um único grupo automotivo, para reforçar sua posição entre os dez maiores fabricantes de automóveis do mundo, com economia de escala no compartilhamento de plataformas e chassis (bases estruturais, motores e câmbios) e compartilhamento de uma variedade de peças, partes e componentes, com aquisição de matérias primas (aços e alumínios, por exemplo) em conjunto, com consequente aumento de competitividade.


Antes disso, em 2016, a marca Ferrari foi separada do então Grupo FCA em uma entidade empresarial sediada na Europa, mas também é controlada pela Família Agnelli, por sua vez formada pelos filhos e netos de Giovanni Agnelli, o fundador da Fiat, a fabricante automotiva italiana. Já as marcas Iveco (vans, caminhões e chassis para micro-ônibus e ônibus), Case e New Holland (tratores e outros utilitários), foram reunidas em 2012 em outra holding, a britânica CNH Industrial, também controlada pela Família Agnelli.


As ações do atual Grupo Stellantis estão disponíveis nas bolsas dos Estados Unidos e na Europa. O então Grupo FCA foi o 8º maior fabricante de automóveis do mundo em 2018, com mais de 4.070.000 unidades fabricadas, enquanto o então Grupo PSA foi o 9º maior fabricante de automóveis, com mais de 3.460.000 unidades. Atualmente, a nova holding Stellantis é a 4ª maior fabricante de automóveis do mundo, com 400.000 funcionários; com instalações produtivas em 30 países; e com escritórios e representantes de vendas em mais de 130 países.


Uma das subsidiárias do Grupo Stellantis no Brasil é a FCA do Brasil, oficialmente FCA Automóveis Ltda, com suas fábricas principais localizadas no município de Betim, que faz parte da região metropolitana de Belo Horizonte, a capital do Estado de Minas Gerais; e Goiana, município da região metropolitana de Recife, no Estado de Pernambuco. Em 2019, esse grupo foi o maior fabricante de automóveis do Brasil, com mais de 496.000 unidades fabricadas, somando os números de vendas das marcas Fiat e Jeep, incluindo os números de vendas do Jeep Compass, do Jeep Renegade, da Fiat Strada e da Fiat Toro, esta uma pickup leve, de carroceria monobloco.


Outra subsidiária do grupo, a PSA do Brasil, foi a 11ª maior fabricante e vendedora de automóveis do país em 2019, com mais de 48.000 unidades fabricadas e comercializadas.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, imagens do painel e dos assentos dianteiros do moderno multivan Fiat Doblò, antes do facelift do projeto em 2010, com linhas suaves, simpáticas e graciosas, mas sem ousadias estéticas. Ele ainda é uma boa opção de automóvel de cinco lugares fabricado na década de 2000 no Brasil, atualmente disponível somente no mercado de automóveis usados. Logo abaixo, espaço suficiente para até três adultos no assento traseiro, com acabamento dentro da média oferecida no mercado.

O moderno Fiat Doblò é um automóvel do tipo multivan de tamanho compacto, com capacidade para transportar com razoável conforto até cinco pessoas, incluindo o condutor, com carroceria monobloco de aço, com quatro portas laterais e uma porta traseira, com padrão de acabamento razoável, com suspensão dianteira independente do tipo McPherson, com braços transversais, amortecedores hidráulicos e molas helicoidais, e suspensão traseira com eixo rígido, com molas semi-elípticas e amortecedores, para uso urbano e rodoviário, nos primeiros anos de fabricação com motorização transversal aspirada de 1.300 cilindradas e injeção eletrônica multiponto ou transversal aspirada de 1.600 cilindradas e injeção eletrônica multiponto, combinadas com câmbio mecânico de cinco velocidades ou marchas.


O simpático carro familiar se encaixa na categoria de automóveis compactos, mas com o diferencial de ótimo aproveitamento de espaço interno, com entre-eixos suficiente para até cinco pessoas, sendo cinco adultos mesmo. Ela realmente consegue transportar com razoável conforto cinco adultos, pois o bom espaço do assoalho até o teto, de quase 1,4 metro, possibilita essa capacidade.


Embora não seja mais um projeto novo, já com mais de 20 anos “nas costas”, o Fiat Doblò ainda é fabricado e vendido no Brasil, o que só prova que o projeto foi feliz desde o começo e foi aprovado pelo seu público consumidor brasileiro de classe média. Além disso, ele ainda pode ser considerado um modelo de carro moderno, com perfil familiar, com motorização transversal e tração dianteira, injeção eletrônica multiponto de combustível e barras laterais de proteção nas portas, para proteger, até certo ponto, é claro, os ocupantes em caso de acidente. Automóveis com motorização transversal são mais seguros porque em caso de acidente grave com impacto frontal o risco do bloco do motor invadir o habitáculo do carro é menor.


O carro foi projetado para cinco pessoas adultas no total, incluindo o condutor. Porém, nas rodovias, com cinco pessoas a bordo e bagagem, não é aconselhável exigir desempenho esportivo dele, pois seu perfil é familiar e sua carroceria é alta, com risco de tombar caso seja exigido demais em curvas acentuadas em alta velocidade, o que, aliás, é proibido por lei.


No Brasil, nos primeiros anos de fabricação, a partir de 2001, a Fiat do Brasil colocou à disposição do consumidor brasileiro pelo menos duas versões do Fiat Doblò, começando pela mais completa Fiat Doblò ELX 1.6 16V, com motorização aspirada Fiat MPI de 1.600 cilindradas, injeção eletrônica multiponto e 16 válvulas no total, com 106 cavalos de potência e 15 kgfm de torque; e a mais simples Fiat Doblò EX 1.3 16V, com motorização aspirada Fiat Fire de 1.300 cilindradas, injeção eletrônica e 16 válvulas no total, com 80 cavalos e 11 kgfm, com ambas as versões com câmbio manual de cinco ou seis velocidades ou marchas, dependendo do modelo e/ou ano de fabricação. Esses dois conjuntos apresentam potência e torque suficientes para tracionar moderadamente a carroceria de cerca de 1.300 kg do veículo, sem passageiros e bagagem, ou cerca de 1.700 kg, com passageiros e bagagem, na cidade e na rodovia.


Se encontrar ambas as versões pelo mesmo preço, nível de equipamentos e estado de conservação, dê preferência ao modelo com motor mais possante.


Vale ressaltar que, de modo geral, o limite médio atual de velocidade estabelecido para as rodovias brasileiras é de cerca de 100 km/h para os chamados veículos leves de passeio, praticamente o mesmo limite de velocidade estabelecido por lei na década de 2000. Portanto, ambas as opções de motorização disponíveis nos primeiros anos de fabricação para o Fiat Doblò combinavam com a proposta do fabricante de um veículo leve de passeio de uso moderado, dedicado ao uso familiar, na cidade e na rodovia, nos dias se semana, para ir ao trabalho, para fazer compras e levar os filhos à escola, e nos finais de semana e feriados, para ir à praia de dia e para ir à igreja, ao cinema e/ou à pizzaria à noite.


Posteriormente, anos depois, novas opções de versões para o Fiat Doblò foram colocadas à disposição do consumidor, incluindo a Fiat Doblò Adventure 1.8, com suspensão mais alta, portanto com vão livre do solo maior, mais adequada para quem costuma trafegar em vias irregulares ou mal conservadas, pavimentadas ou não, comuns no Brasil; e a Fiat Doblò ELX 1.8 Flex, com suspensão baixa, mas com motor flexível, capaz de funcionar com gasolina e/ou etanol, em qualquer proporção.


Nos primeiros anos de fabricação, a versão top de linha da Fiat Doblò ELX 1.6 16V era oferecida pela Fiat do Brasil com travas e vidros com acionamento elétrico; vidro traseiro com desembaçador elétrico e lavador; rodas de liga leve (opcionais); ar condicionado; direção hidráulica; computador de bordo; conta-giros; tomada interna de 12 volts para carregamento de dispositivos móveis; e imobilizador anti roubo do motor. A fabricante oferecia como opcionais a segunda porta lateral corrediça para passageiros; os airbags frontais; os faróis de neblina; o aparelho de som com rádio AM / FM e CD player; a terceira fileira de bancos; e os freios a discos nas quatro rodas com sistema ABS de antitravamento.


A tampa do porta-malas é bem definida e dá acesso ao compartimento traseiro para cerca de 600 litros de bagagens, com os cinco assentos principais fixados no assoalho, esta uma das razões para o seu sucesso no mercado brasileiro de automóveis familiares compactos.


CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Na década de 1990 a matriz italiana Fiat S.p.A. deu sinal verde à sua subsidiária brasileira Fiat do Brasil para a fabricação em larga escala da 1ª geração do multivan, minivan ou furgão de passeio compacto Fiat Doblò e sua comercialização aqui. Nessa década, o projeto do multivan italiano foi criado na Itália, com participação do projetista italiano Claudio Demária, e o desenvolvimento foi realizado na Itália e no Brasil, pois havia necessidade de tropicalização (adaptação) do automóvel para as duras condições das rodovias e ruas brasileiras, além das condições do combustível à venda aqui, principalmente da gasolina brasileira, que é um pouco diferente da gasolina europeia.


Em vários mercados, principalmente na Europa Ocidental e no Brasil, a plataforma Projeto 178, conhecida também como Tipo 178, deu origem a vários modelos de automóveis compactos, entre eles o hatch Fiat Palio, a perua Fiat Palio Weekend, a pickup leve Fiat Strada, e, é claro, ao multivan Fiat Doblò, este um modelo de carroceria com dois volumes, com linhas estéticas pouco convencionais, digamos, mas com números de consumo de combustível e custo de manutenção bem razoáveis e previsíveis e com espaço interno bem razoável para até cinco pessoas, com uma terceira fileira de assentos disponível como opcional, totalizando assim até sete pessoas, incluindo o condutor.


Ok, eu reconheço: O simpático Fiat Doblò não é um galã de novela, mas é um bom moço, pode ficar tranquila. Com ele você pode levar os filhos na escola durante a semana, fazer a compra do mês no supermercado, levar o Totó no veterinário, usar o carro para ir ao trabalho e, nos finais de semana, levar os filhos à praia, à sorveteria, à pizzaria e à igreja. E mais, ele não “arruma confusão” com os vizinhos do condomínio, pois cabe direitinho naquela vaga apertada do estacionamento, o seu custo de manutenção é baixo e o consumo de combustível é razoável, portanto dentro de suas possibilidades financeiras.


O modesto Fiat Doblò foi lançado no Brasil no ano de 2001, apenas um ano depois do seu lançamento na Europa, como um automóvel da categoria multivan, minivan ou furgão de passeio de tamanho compacto, com entre-eixos de 2,56 metros (mais um pouquinho e ele poderia ser classificado na categoria dos carros médios); com carroceria alta, montada sobre plataforma e com motorização transversal, portanto com a receita perfeita para ótimo aproveitamento de espaço interno e baixo peso; com suspensão robusta, portanto adaptada para o Brasil; e, para completar, com generoso porta-malas integrado ao design do habitáculo. Generoso, mesmo, de verdade, com aproximadamente 600 litros de espaço no porta-malas, na versão com cinco assentos. Que tal?


Ele não foi o primeiro modelo de multivan comercializado no Brasil, pois o Citroen Berlingo já estava no país desde alguns anos antes. Aliás, os três modelos concorrentes na época, o Fiat Doblò, o Citroen Berlingo e o Renault Kangoo estavam dentro do mesmo segmento de mercado, o dos multivans. Essa definição ou conceito varia de acordo com a fonte consultada, alguns definem como multivan, outros definem como minivan e outros definem como furgão de passeio. Mas é apenas uma questão conceitual, o importante mesmo é que os três apresentam características adequadas para atender o consumidor familiar típico de classe média, com projetos dentro da média oferecida na época, com bom espaço interno, muita praticidade, ótimo aproveitamento de espaço, baixo custo de manutenção e consumo de combustível razoável.


Assim como os seus principais concorrentes, a Fiat foi sensata no tratamento dado às pernas de seus consumidores, levando em consideração a capacidade máxima de cinco assentos desse projeto. No caso da versão com a terceira fileira de assentos aí a coisa complica um pouco, pois só cabem ali, na terceira fileira, duas crianças, com conforto razoável, e o espaço no porta-malas torna-se então bastante reduzido. Se possível, escolha a versão com cinco assentos.


Pra quem não sabe, o entre eixos é a medida de espaço interno disponível ou espaço útil para os ocupantes de um automóvel. Pra quem vai comprar um veículo de passeio, essa é a medida que realmente importa, já que a medida de comprimento total do automóvel não quer dizer muita coisa se o projeto não tiver sido concebido para bom aproveitamento do espaço interno.


Há um senso comum entre engenheiros civis e arquitetos que diz que quando não há espaço suficiente no terreno para construir um imóvel térreo bem confortável então a solução é ir pra cima, é subir, é construir andares. Tentando fazer uma analogia então com a indústria automobilística ou automotiva, as minivans, os multivans e os utilitários esportivos de modo geral têm essa vantagem, já que as ruas e avenidas de grandes cidades estão cada vez mais congestionadas então a solução é aumentar o espaço entre o assoalho do automóvel e o seu teto, aumentando assim o seu volume interno disponível para o condutor e os passageiros, sem prejudicar o trânsito do dia a dia com automóveis longos demais.


Com algumas ressalvas, incluindo a aparência pouco atraente e a ausência de alguns itens importantes de segurança como itens de série, como os freios ABS e os airbags frontais, por exemplo, na época disponíveis apenas como opcionais, o projeto do Fiat Doblò foi sim um sucesso de crítica e de público aqui no Brasil, na década de 2000, o resultado foi razoavelmente satisfatório para os consumidores típicos de classe média, ou seja, para o seu público alvo, e foi considerado pela imprensa especializada uma solução inteligente para as necessidades de mobilidade da burguesia brasileira, aliando fatores decisivos na hora da compra, entre eles a qualidade de construção; o espaço interno bastante razoável; as boas e simples soluções mecânicas, elétricas e eletrônicas, com custo de manutenção previsível; o peso razoável do monobloco e das demais peças, partes e componentes que formam o veículo, possibilitando a adoção de algumas motorizações aspiradas razoavelmente econômicas, com cilindradas variando entre 1,3 litro e 1,8 litro, com potências variando entre 80 cavalos e 112 cavalos.


Já nos primeiros anos de fabricação os motores aspirados de 1.300 cilindradas e 1.600 cilindradas possuíam injeção eletrônica de série e estavam combinados com câmbio manual de cinco velocidades ou marchas, com números razoáveis de desempenho, nada excepcional.


O prático e inteligente multivan de cinco lugares foi elogiado pelas revistas Quatro Rodas e Auto Esporte, por exemplo. Entre os principais atributos apontados pela mídia estavam a capacidade de rebatimento da segunda fileira de assentos, o que pode aumentar a capacidade volumétrica do porta-malas para 940 litros, com espaço suficiente para transportar duas pranchas de surf ou uma bicicleta, por exemplo.


MERCADO

Logo acima, mais uma imagem do Fiat Doblò, com porta-malas de ótima capacidade para uma família de até cinco pessoas. Logo abaixo, a motorização moderada e simples do multivan compacto da Fiat, com custo de manutenção previsível, sem sustos na oficina.

Embora seja primo do Fiat Palio, da Fiat Palio Weekend e da Fiat Strada, o Fiat Doblò conseguiu conquistar sua própria identidade e fatia de mercado, com boa posição de dirigir, mais alta que em sedans e hatches, portanto com melhor visão do que se passa no ambiente externo, assim como o Renault Kangoo e o Citroen Berlingo, os três dentro da mesma faixa de preços, portanto competitivos.


Nas décadas de 2000 e 2010, o equilibrado e bem comportado Fiat Doblò só não fez mais sucesso no mercado de veículos novos porque a carga tributária brasileira sobre veículos de passeio com motorização de quase 2.000 cilindradas era (e ainda é) alta. Há que defenda uma progressão de alíquotas no Brasil, com várias faixas, começando com os automóveis compactos populares de até 1.000 cilindradas, outra entre 1.000 e 1.500 cilindradas, a terceira entre 1.500 e 2.000 cilindradas, e a mais alta para veículos de passeio maiores e mais luxuosos, com mais de 2.000 cilindradas. A atual carga tributária incidente sobre automóveis com motores médios e grandes no Brasil é elevada, cerca de 40% do preço do veículo no varejo.


No Brasil, o multivan Fiat Doblò foi lançado em 2001, com a praticidade, com consumo razoável de combustível e o custo previsível de manutenção, sem sustos na oficina, entre os argumentos de marketing apreciados pelo típico consumidor brasileiro de classe média, o que resultou em um sucesso de vendas. Ele foi bem sucedido no mercado brasileiro, o resultado de uma combinação equilibrada de características de espaço interno que agradaram ao típico consumidor familiar brasileiro e características mecânicas adaptadas para as duras condições das estradas, rodovias, ruas e avenidas brasileiras.


O acabamento dos assentos e dos painéis das portas é razoável, dentro da média oferecida no mercado de automóveis populares. Em 2007 foi introduzida no Brasil a motorização flex para o Fiat Doblò e em vários outros modelos da marca Fiat, permitindo assim o uso simultâneo de gasolina e etanol, em qualquer proporção.


FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS


DOBLÒ ELX 1.6 16V

  • Capacidade: 5 pessoas, incluindo o motorista;
  • Carroceria: Multivan compacto, com monobloco de aço e cinco portas;
  • Comprimento: Aprox. 4,16 metros;
  • Entre-eixos (espaço interno): Aprox. 2,56 metros;
  • Largura: Aprox. 1,8 metro (com retrovisores);
  • Altura: Aprox. 1,8 metro;
  • Direção: Hidráulica;
  • Motorização (potência / torque): Fiat MPI 1.6 de 16 válvulas (106 cavalos / 15 kgfm);
  • Taxa de compressão: 9,5:1;
  • Faróis: Convencionais;
  • Aceleração 0 a 100 km/h: Aprox. 16 segundos (vazio);
  • Aceleração 0 a 100 km/h: Aprox. 18 segundos (lotado);
  • Retomada (de 80 a 120 km/h em 5ª): Aprox. 18 segundos (lotado);
  • Consumo cidade: Aprox. 7 km / litro (com ar ligado / lotado);
  • Consumo rodovia: Aprox. 10 km / litro (com ar ligado / lotado);
  • Transmissão: Manual de 5 velocidades;
  • CX (aerodinâmica): Aprox.
  • Ruído a bordo: 68 decibéis (100 km/h);
  • Tração: Dianteira;
  • Freios: Discos ventilados na dianteira e tambores na traseira;
  • Suspensão dianteira: McPherson independente, braços transversais, molas helicoidais e amortecedores;
  • Suspensão traseira: Eixo rígido, com molas semi-elípticas e amortecedores;
  • Frenagem (de 100 a 0 km/h): Aprox. 50 metros (lotada / com ABS);
  • Peso (vazio): Aprox. 1.300 kg;
  • Porta-malas: 600 litros;
  • Tanque de combustível: 60 litros;
  • Preço: Aprox. R$ 35 mil (usado / bom estado de conservação);


ONDE COMPRAR


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipédia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fiat_Dobl%C3%B2
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Fiat_Dobl%C3%B2
  • Stellantis (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

AGRICULTURA E PECUÁRIA

MASSEY FERGUSON MF 265

MASSEY FERGUSON MF 290

MASSEY FERGUSON MF 275

TRATOR FORD 6600 (AGROPECUÁRIA)