SAAB F-39E GRIPEN NG

SAAB JAS 39 GRIPEN
SAAB JAS 39 GRIPEN NG
SAAB JAS 39 SUPER GRIPEN
SAAB JAS 39 TURBO GRIPEN
SAAB GRIPEN A/B (MODELO ORIGINAL)
SAAB GRIPEN C/D (VERSÃO DE EXPORTAÇÃO)
SAAB GRIPEN E/F (GRIPEN NG)
SAAB F-39 GRIPEN (NA FAB)
SAAB SEA GRIPEN (VERSÃO NAVAL)
SAAB GRIPEN MARITME (VERSÃO NAVAL)
SAAB GRIPEN DEMO (PROTÓTIPO)
PROGRAMA JAS 39
PROJETO 2110

INTRODUÇÃO
Logo acima, o novíssimo Saab Gripen NG, a versão mais moderna e atual da família Saab Gripen, uma aeronave ágil e muito sofisticada, um avião militar de primeiro mundo, a primeira renovação significativa da esquadra ou frota de caças supersônicos da FAB - Força Aérea Brasileira em mais de 40 anos. Ele é um caça de quarta geração, desenvolvido para ser uma plataforma versátil e multiuso de proteção de espaços aéreos e de territórios, com altíssima tecnologia embarcada. Logo abaixo, o Saab Gripen C, o antecessor do Saab Gripen NG.
Saab JAS 39 Gripen NG ou, simplesmente, Saab Gripen NG, é um projeto de aeronave ágil e econômica, monomotor de altíssima performance para emprego exclusivamente militar, criado pela Saab, da Suécia, na década de 2000, desenvolvido e aprimorado em conjunto pela Saab e pela Embraer, do Brasil, na década de 2010, com participação da FAB – Força Aérea Brasileira, incluindo a fabricação, testes e melhoramentos do primeiro protótipo dessa nova geração na Suécia e, posteriormente, no Brasil, com as entregas das primeiras unidades de série fabricadas na Suécia e no Brasil, pela Saab e pela Embraer, à FAB – Força Aérea Brasileira e FAS - Força Aérea da Suécia a partir de 2021, com entrada em serviço prevista para o mesmo ano.

Aqui no Brasil, esse poderoso caça multifunção substituiu, está substituindo e substituirá unidades de caças militares Dassault Mirage 2000 C/D e Northrop F-5 EM/FM do 1º GDA - Grupo de Defesa Aérea de Anápolis, em Goiás, próximo à Brasília, a capital do Brasil; do 1º / 14º GDA – Grupo de Defesa Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul; e de outras bases aéreas espalhadas pelo país.


Nas décadas de 2000, 2010, os principais concorrentes dos aviões da família Saab Gripen no mercado militar internacional de aeronaves de superioridade aérea foram e/ou são o americano Lockheed Martin F-16 Fighting Falcon / General Dynamics F-16 Fighting Falcon, o europeu Eurofighter Typhoon, o francês Dassault Rafale, os russos Sukhoi Su-30/33/35/37 e Sukhoi Su-34, os chineses Chengdu J-10 Shenyang J-11, e os americanos McDonnell Douglas F-15 Eagle e Boeing F/A 18 E/F Super Hornet, todos esses também de 4ª geração, ou seja, também antecessores da novíssima 5ª geração de caças supersônicos semi-stealth.

Durante as décadas de 1990, 2000, 2010 e/ou atualmente, os caças militares da família Saab Gripen, formada pela 1ª geração Saab Gripen A/B, pela 2ª geração Saab Gripen C/D e pela 3ª geração Saab Gripen E/F, foram e/ou são operados pela FAS – Força Aérea da Suécia, conhecida também como Flygvapnet; pela FAB – Força Aérea Brasileira; pela FAAS – Força Aérea da África do Sul, pela FART - Força Aérea da República Tcheca; pela FAH –Força Aérea da Hungria e pela FAT - Força Aérea da Tailândia.


A SAAB

SAAB AB é uma das maiores e mais conceituadas fabricantes de aeronaves militares do mundo, sistemas de controle do tráfego aéreo, sistemas militares e radares militares. Ela foi fundada em 1936 na Suécia e está sediada na capital do país europeu, Estocolmo. Ela já foi uma grande fabricante de aeronaves comerciais para uso civil e seu principal produto na década de 1990 foi o Saab 340, um avião regional turboélice. Atualmente, é controlada pela empresa de investimentos sueca  Investor AB, por sua vez controlada pela Família Wallenberg, da Suécia.

Até alguns anos atrás pouco conhecida pela população brasileira, de fato a Saab AB é uma das maiores e mais tradicionais companhias de altíssima tecnologia militar do planeta, ela usou como base para a criação e desenvolvimento do novíssimo caça multiemprego Saab JAS 39 Gripen NG o seu antecessor também relativamente econômico e muito ágil Saab JAS 39 C/D Gripen, um dos mais modernos e tecnológicos modelos de caça de  geração do planeta, criado pela Saab na década de 1980, e, posteriormente, na década de 1990, desenvolvido em conjunto com a British Aerospace, da Inglaterra, para ser oferecido como versão de exportação a vários países amigos da Suécia e da Inglaterra, nas década de 1990 e 2000.

Com mais de 70 anos de experiência na fabricação de aeronaves civis e militares, a companhia sueca Saab é uma das maiores e mais tradicionais empresas de altíssima tecnologia do mundo, ela é controlada pelo conglomerado europeu de investimentos Investor AB, que também detém participações societárias na fabricante multinacional de eletrodomésticos Electrolux, na centenária fabricante multinacional de equipamentos de telecomunicações Ericsson, na fabricante multinacional de ferramentas e motosserras Husqvarna, na empresa farmacêutica AstraZeneca e na multinacional suíça de engenharia ABB, que fabrica equipamentos para automação de energia, incluindo transformadores de alta voltagem e equipamentos utilizados por indústrias metalúrgicas.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

Logo acima, o Saab Gripen faz parte da espinha dorsal do sistema de defesa aérea da Suécia, um país europeu que até pouco tempo atrás possuía uma política de neutralidade militar em relação à Rússia e outros países asiáticos. Logo abaixo, a Suécia, que é o mais novo integrante da OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte, pode operar o avião militar a partir de minibases aéreas discretas e camufladas em inúmeros pontos estratégicos do país, uma tática empregada há décadas por ela.
Saab Gripen NG é uma aeronave militar monomotor de altíssima performance, com construção mista em alumínio, aço, titânio e materiais compostos, criado na década de 2000 pela fabricante sueca de aeronaves militares Saab, desenvolvido durante da década de 2010 pela Saab e pela fabricante brasileira de aeronaves militares Embraer S.A., com participação da FAB – Força Aérea Brasileira, que, por sua vez, já é considerada uma de suas principais operadoras, com a fabricação em série das primeiras unidades iniciada na Suécia e, posteriormente, com as demais unidades do primeiro lote de 36 unidades fabricadas em território brasileiro pela subsidiária de defesa da Embraer, com entrada em serviço prevista para o ano de 2021.

Trata-se da 3ª geração da família Saab Gripen, ele é um modelo de aeronave que possui asas em delta e superfícies aerodinâmicas de controle do tipo canards, para permitir uma agilidade fora do comum durantes as missões. Com capacidade para transportar até 6,5 toneladas de carga bélica, ele é a versão de performance melhorada da família Saab Gripen, superior que seus antecessores Saab JAS 39 Gripen A/B, de 1ª geração, e Saab JAS 39 Gripen C/D, de 2ª geração.

Ele é o primeiro caça supersônico da FAB - Força Aérea Brasileira em mais de 40 anos e representa um salto tecnológico e operacional para essa força armada brasileira, que retomará, sem dúvida alguma, a terceira posição de superioridade tecnológica militar na América do Sul, perdida para a Venezuela durante a década de 2000, quando da introdução do temido caça militar bimotor russo Sukhoi Su-30, lembrando que as duas primeira posições são da França (Guiana Francesa) e do Reino Unido (Falklands ou Malvinas), respectivamente...

Basicamente, em linhas gerais, o Saab Gripen NG é a mais recente versão da família Saab Gripen, mas o número mudanças e melhorias em relação aos modelos antecessores é realmente significativo, ao ponto da própria fabricante Saab, da Embraer e da FAB - Força Aérea Brasileira considerarem-no um novo modelo de avião, embora conserve o conceito de avião monomotor supersônico multifunção para emprego em um contexto de superioridade aérea para proteção de territórios.

Entre as principais características da aeronave estão a compacidade, a leveza, a agilidade, a velocidade, a praticidade e a rapidez na execução das missões, com eficiência, sem abrir mão do custo de manutenção e consumo de combustível abaixo de seus principais concorrentes e sem abrir mão da superioridade aérea de um caça típico de 4ª geração projetado e desenvolvido para atender as necessidades de países de primeiro mundo, inclusive a Suécia, um de seus principais operadores.

O seu antecessor Saab JAS Gripen foi projetado e desenvolvido na década de 1980 e fabricado a partir da década de 1990 para atender os requisitos da Força Aérea da Suécia, entre os quais a possibilidade de espalhar discretamente ou esconder a esquadra ou frota pelo territória da Suécia, inclusive sob grandes copas de árvores e em hangares ou barracões de fazendas e aeroclubes, por exemplo, ou em locais considerados "pouco prováveis" pelo potencial inimigo, como instalações próximas a rodovias, como, por exemplo, oficinas mecânicas, borracharias, galpões industriais e depósitos de distribuidoras de mercadorias em geral.

Há um ditado que diz que armas existem para não serem usadas, mas o novíssimo Saab JAS 39 Gripen NG está equipado com metralhadora e terá vários hard points ou pontos de acoplagem de bombas e mísseis para serem usados somente quando absolutamente necessário.

CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
Logo acima, o antecessor do Saab Gripen NG, o sofisticado Saab JAS 39 Gripen C/D da República Tcheca, mas cuja segunda geração também é utilizada pela Força Aérea da Suécia, a partir de 2003. Trata-se de uma aeronave militar avançada, tecnologicamente superior a qualquer outro caça militar monomotor de quarta geração atualmente em operação no mundo. Logo abaixo, esse avião atendeu aos rígidos critérios de seleção da Flygvapen ou Flygvapenet, a Força Aérea da Suécia.
Historicamente, a Suécia mantém uma longa tradição de criar, desenvolver e fabricar seus próprios equipamentos militares, mantendo também uma posição neutra em relação a grandes conflitos militares. Dando continuidade a essa tradição de autonomia, após a Segunda Guerra Mundial a Saab projetou, desenvolveu e fabricou em série os aviões  militares Saab J21, Saab J29, Saab J32 Lansen, Saab J35 Draken e Saab J37 Viggen, na sequência, década após década, até chegar ao Saab JAS 39 Gripen durante a década de 1980, com fabricação seriada a partir da década de 1990.

Embora na prática o Saab JAS 39 Gripen NG seja um projeto quase novo de aeronave, com uma variedade de aprimoramentos em relação aos seus antecessores Saab JAS 39 Gripen A/B e Saab JAS 39 Gripen C/D, para entender sua origem é necessário rever a história e os detalhes desses seus predecessores, iniciada na década de 1980 e mantida nas décadas seguintes.

O seu antecessor Saab JAS 39 Gripen é um caça monomotor de multiemprego de 4ª geração (o termo 4ª geração, empregado especificamente aqui, neste parágrafo, tem outro significado, explicado abaixo), ele foi criado pela Saab na década de 1980 para inicialmente renovar a frota de aeronaves militares de altíssima performance da Força Aérea da Suécia e, posteriormente, desenvolvido em conjunto pela Saab e pela British Aerospace na década de 1990 para exportação.

É uma aeronave muito ágil, muito veloz e extremamente eficiente nos requisitos de proteção a espaços aéreos e territórios. Antes do Saab Gripen a Força Aérea da Suécia mantinha pelo menos dois modelos de aeronaves de altíssimo desempenho para executar missões de ataque ar-ar, ataque ar-solo e reconhecimento. A partir de então, o Saab Gripen passou a desempenhar todas essas missões, sem perda de eficiência, o que resultou em redução de custos operacionais para o Governo da Suécia.

A expressão de origem grega Gripen (em português, Grifo) é uma alusão ao nome de uma criatura da mitologia grega, cuja imagem também está presente no logotipo da própria marca Saab. Já a sigla JAS de seu nome significa Jakt (ataque ar-ar), Attack (ataque ar-terra) e Spanning (reconhecimento), em sueco ou inglês. Além da capacidade de combate ar-ar, típica de modelos de caças de superioridade, o Saab JAS 39 Gripen também é capaz de fazer ataques ao solo, contra tanques de guerra, por exemplo, e ataques contra embarcações militares. A aeronave possui também casulo Vinten Vicon 70 Série 72, com sistemas eletro-óticos e infravermelho, para missões noturnas e diurnas.

O antecessor Saab JAS 39 Gripen é um dos mais avançados aviões monomotores de caça do mundo e combina uma excelente agilidade com excepcionais capacidades de pouso e decolagem em pistas de pouso pavimentadas de comprimento limitado. O Gripen foi projetado para pousar e decolar em segmentos de rodovias, em pistas de pouso pavimentadas de fazendas e de aeroclubes. Embora esse tipo de utilização não seja comum no Brasil, a Saab projetou o Gripen de modo a tornar isso possível na Suécia e em qualquer país amigo que precise utilizá-lo a partir de segmentos de rodovias pavimentadas ou pistas de pouso com apenas 1.500 metros de comprimento, com alta capacidade de ataque, tanques cheios e em dias quentes.

Na chamada configuração básica, na qual não há o uso de toda a capacidade de ataque da aeronave até o seu limite de peso máximo de decolagem, o Saab JAS 39 Gripen pode operar em pistas mais curtas, de cerca de 1.200 metros de comprimento, em dias quentes. É uma máquina de ótima flexibilidade operacional, podendo até ser camuflada ou escondida em hangares, galpões industriais e comerciais, salões de festas, armazéns e barracões relativamente pequenos em caso de real necessidade de uso em um contexto complicado de conflitos ou tensões entre duas nações ou mais, desde que esses imóveis estejam próximos de rodovias.

O Saab JAS 39 Gripen tornou-se o primeiro caça totalmente original do mundo criado a partir do conceito de estabilidade digital, com estabilizadores do tipo canard, fixados nas duas laterais dianteiras da fuselagem, e asas em delta, fixadas nas duas laterais traseiras da fuselagem, graças ao uso da chamada aerodinâmica de instabilidade intrínseca, controlada por avançado sistema fly-by-wire, que utiliza fios com impulsos ou pulsos elétricos para transmissão de comandos às suas superfícies aerodinâmicas de controle.

Os aviões projetados dentro do conceito de instabilidade aerodinâmica, como o Saab Gripen e o F-16 Falcon, por exemplo, são aqueles que não voltariam ou dificilmente voltariam ao comportamento normal (docilidade) em voo quando o piloto faz algum movimento em seus comandos, como no manche, por exemplo.

A princípio, o que seria um problema de comportamento arredio e mal adaptado dessas aeronaves torna-se um trunfo no campo de batalha, pois o controle delas é intermediado por um sistema fly-by-wire computadorizado que aproveita a instabilidade natural para torná-las mais ágeis em manobras, tanto de ataque quanto evasivas, tornando-as tecnologicamente superiores no campo de batalha, no chamado dogfight, ou, traduzindo, no combate aéreo de curta distância...

Nas versões anteriores Gripen A/B e Gripen C/D, ele está equipado com o radar multimodo compacto Ericsson PS-05/A com funções de busca e rastreamento de alvos múltiplos, navegação, mapeamento do terreno, com grande resolução, e ataque ao solo, vigilância marítima, com alto poder de processamento de dados, considerando os padrões da década de 1990. Só pra se ter uma ideia de sua capacidade, ele consegue detectar alvos pequenos como um automóvel clandestino ou barco clandestino a até 60 quilômetros de distância. Algumas fontes falam em até 120 quilômetros.

Ele também possui um moderno computador de bordo para o controle de tiro, telas multifuncionais de cristal líquido coloridas e um HUD - Head Up Display de amplo campo visual. O cockpit do Saab JAS 39 Gripen é o mais moderno entre caças monomotores de 4ª geração em operação no mundo. Os aviônicos dessa aeronave estão integrados por 5 barramentos digitais MIL-STD-1553, incluindo um avançadíssimo sistema de navegação TERNAV, que combina dados do computador de dados aéreos (incluindo mapas do globo terrestre, um banco de dados geográficos), radar altímetro, GPS e inercial.

Em um contexto estrito de aviação militar avançada, o Saab JAS 39 Gripen foi criado para ser uma aeronave relativamente fácil e simples de ser mantida, de ser operada, com rotinas rápidas e simples de rearmamento, reaparelhamento e reabastecimento de combustível em solo, após a execução de cada etapa de missão, para retornar imediatamente ao combate. Segundo algumas fontes, são necessários apenas 30 minutos em solo para reabastecer totalmente e rearmar totalmente o Saab JAS 39 Gripen, tempo que pode ser reduzido pela metade caso não haja necessidade de reabastecimento e rearmamento completo. São necessários apenas cinco homens em terra para reabastecimento e rearmamento, mesmo que a aeronave não esteja em uma base aérea.


O compacto, relativamente leve e potente motor turbofan Volvo RM12 que impulsiona o Saab JAS 39 Gripen, o antecessor do Saab JAS 39 Gripen NG, foi criado originalmente pelo fabricante norte-americano de motores General Electric, mas com o outro nome, General Electric GE F404, e, posteriormente, licenciado para a fabricante sueca de motores aeronáuticos Volvo, que o renomeou para Volvo RM12 e aumentou a sua potência em 10% em relação à versão americana fabricada pela gigante americana.

A combinação dessa motorização Volvo utilizada para impulsionar o Saab JAS 39 Gripen e uma variedade de novas tecnologias, incluindo a aerodinâmica extremamente refinada, com design esguio, e o uso de materiais compostos na construção de várias partes da aeronave, resulta na altíssima velocidade máxima de aproximadamente 2.100 km/h.

Cerca de 25% do total de peças e partes do Gripen é construído em materiais compostos, principalmente suas asas, mas há peças e partes em alumínio, titânio e aço na fuselagem e no trem de pouso. A combinação de materiais duráveis na fabricação da fuselagem, sistemas e motor resultaram em uma vida útil de cerca de 50 anos para os aviões dessa família.

O Saab JAS 39 Gripen está equipado com cerca de 40 computadores que desempenham uma grande variedade de funções, entre elas o sistema de controle de voo fly-by-wire e a comunicação altamente codificada entre aeronaves militares amigas dentro de um mesmo cenário de combate, com link digital de troca completa de dados, com ou sem uso de satélites. O cockpit da aeronave está equipado com três telas multifuncionais e um HUD - Head Up Display para auxiliar o piloto nas missões programadas.

O sistema datalink permite o recebimento e envio em tempo real, em voo, de dados relacionados à missão, como, por exemplo, posição de alvos aéreos, terrestres e marítimos; imagens de radar e de satélite; dados sobre disponibilidade de combustível, a configuração, a situação e a condição de voo de aeronaves amigas no teatro de operações; entre outros.

Os aviões Saab JAS 39 Gripen C/D, destinados à exportação, estiveram disponíveis com vários opcionais, como, por exemplo, padrão imperial de medidas; sonda para reabastecimento em voo; sistema Obogs,  para geração de oxigênio; ar condicionado no cockpit; pilones padrão OTAN; sistema passivo de busca e rastreamento por infravermelho / eletro-ótico e engajamento de alvos HMS. Além disso, a aeronave possui sistema de contramedidas, incluindo chaffs e jammings, contra mísseis guiados por radar, e flares, contra mísseis guiados por infravermelho.

GERAÇÕES DE CAÇAS

Dentro do meio aeronáutico mundial, entre forças armadas e agências de inteligência, há uma convenção criada décadas atrás para facilitar a compreensão dos avanços tecnológicos sucessivos sobre a criação, desenvolvimento e fabricação de aviões de caça a jato e caça-bombardeiros a jato pelos principais fabricantes do planeta.


Assim, passou-se a utilizar o termo "geração" também para designar cada avanço sucessivo de tecnologia empregada nesses aviões, portanto não tendo relação direta com o termo "geração" utilizado para designar as fases internas de cada família de aviões. Por exemplo: Os aviões da família Saab Gripen são de 4ª geração, mas dentro da família Saab Gripen há uma outra separação criada para diferenciar cada uma das três gerações dessa família. O modelo brasileiro Saab Gripen NG faz parte da 3ª geração da família Saab Gripen.


GERAÇÕES DE CAÇAS E CAÇAS-BOMBARDEIROS

GERAÇÃO

DÉCADA

EXEMPLOS

1940 e 1950

Messerschmitt Me 262 e Gloster Meteor (os primeiros caças a jato da história)

1950 e 1960

Dassult Mirage III, Saab 35 Draken e North American F-100 Super Sabre e Convair F-102 Delta Dagger (novas ligas de alumínio, asas enflechadas ou em delta e já apresentando a velocidade supersônica)

 1960 e 1970

Saab 37 Viggen, McDonnell F-4 Phantom II, Northrop F-5E Tiger II, MIG 23 e MIG 25 (modernizações em relação à geração anterior, incluindo aumento da manobrabilidade no ar e ataque ao solo)

 

 1980 e 1990

Saab Gripen, Mirage 2000, MIG 29, MIG 31, Sukhoi Su-27, Grumman F-14 Tomcat, McDonnell F-15 Eagle, Panavia Tornado, General F-16 Falcon e General F/A-18 Hornet (inúmeras melhorias, incluindo a introdução gradativa de materiais compostos, mísseis ar-ar de longo alcance e aviônicos digitais)

 

2000 e 2010Chengdu J-20, Lockheed F-22 Raptor, Lockheed F-35 Lightining e Sukhoi Su-57 (os mais avançados da atualidade, com capacidade de furtividade e ampla integração de sensores, sistemas e aviônicos
2020Em desenvolvimento



Observe atentamente no quadro acima o resumo da sequência de avanços tecnológicos introduzidos nos modelos de caças a jato e caças-bombardeiros a jato na história da indústria aeronáutica mundial. As primeiras versões da família Saab Gripen, como a Saab JAS 39 A/B Gripen, por exemplo, foram encaixadas no contexto da 4ª geração de caças a jato, mas a atual geração dessa mesma família Saab Gripen é considerada quase completamente nova em relação às primeiras versões.

Inúmeros conceitos, sistemas, mecanismos, dispositivos e aviônicos típicos de aviões de 5ª geração estão presentes no Saab Gripen NG, que é um avião de 4ª geração.

A América Latina é uma região relativamente pacífica, com poucos conflitos armados ou tensões entre suas nações integrantes, portanto não há necessidade do Brasil possuir um caça de 5ª geração, que, por sua vez, possui entre suas principais características a furtividade aos radares, embora a assinatura radar do Saab Gripen seja considerada baixa.


A FAMÍLIA GRIPEN

Historicamente, a Suécia mantêm uma longa tradição, uma tradição secular, de criar, desenvolver e fabricar seus próprios equipamentos militares, mantendo também uma posição firme de fornecimento de materiais bélicos, por meio de exportações para outras nações. Recentemente, com a sua adesão à OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Suécia fez algumas mudanças em sua política de exportar produtos militares, inclusive impondo algumas restrições inéditas, mas ela ainda se mantém como um grande exportador militar.

O jato militar Saab Gripen foi criado na década de 1980 a partir de um pedido específico da FAS – Força Aérea da Suécia para um modelo de caça militar multifunção, ou seja, capaz de desempenhar funções de superioridade aérea, incluindo missões de interceptação, dissuasão, defesa aérea, ataque e reconhecimento, em um contexto de renovação da esquadra ou frota de jatos militares desse país nórdico, principalmente para substituir com vantagens técnicas e econômicas os jatos militares Saab 37 Viggen, de 3ª geração, e o Saab 35 Draken, de 2ª geração.

Além disso, ele surgiu a partir da percepção dos projetistas, executivos e investidores da Saab AB sobre o mercado mundial de caças militares da então nova 4ª geração, em substituição à 3ª geração usada intensivamente naquele momento. Ou seja, desde o início ele também foi projetado tendo em vista eventuais exportações, ou seja, embora inicialmente não fosse um avião militar de prateleira (um avião mais ou menos padronizado, destinado principalmente para exportação), o projeto já previa a eventual venda de unidades para outras nações.

Surgia então o Programa JAS – Jakt Attack Spaning, apoiado pela própria FAS – Força Aérea da Suécia ou Flygvapnet, reunindo as empresas Saab-Scania (fuselagem e asas), Volvo Flygmotor (motor turbofan), LM Ericsson (aviônicos e sistemas), Svenska Communications (aviônicos e sistemas) e Forenade Fabriksverken (sistemas e armamentos), todas suecas, sob o comando de um grupo de projetistas liderado pelo executivo Harald Schroder, com foco principal em reunir em um único modelo de caça uma variedade de funções, incluindo a função de caça ar-ar e bombardeiro ar-solo, ou seja, um caça-bombardeiro.

A família Saab Gripen é formada por três gerações de caças multifunção, sendo que a 1ª geração, com os modelos Gripen A/B, foi introduzida em 1993; a 2ª geração, com os modelos Gripen C/D, foi introduzida em 2002; e a 3ª geração, com os modelos Gripen E/F, foi introduzida em 2021, inclusive para o Brasil.


GRIPEN A/B (1ª GERAÇÃO)

O ousado Saab Gripen A/B, conhecido também como Saab JAS 39 A/B Gripen, é um típico caça multifunção monomotor avançado de 4ª geração, da década de 1990, com construção mista em alumínio, aço, titânio e material composto de fibra de carbono, com propulsão turbofan militar com baixa taxa de bypass da marca sueca Volvo / GKN, modelo Volvo RM12, com pós-combustor, trem de pouso triciclo retrátil, sistema de controle de voo redundante do tipo fly-by-wire, inicialmente concebido como um caça e caça-bombardeiro, tanto para ataques ar-ar quanto para ataques ar-terra.

Esse avião militar é um dos mais avançados caças-bombardeiros monomotores do mundo e combina extraordinária agilidade com capacidades de pouso e decolagem em pistas de pouso pavimentadas de comprimento limitado. Embora não seja sua especialidade, esse modelo original foi projetado para possibilitar, futuramente, a criação de novas versões derivadas, de novas gerações, para uso em porta-aviões, inclusive, com gancho traseiro para pousos curtos, embora até o momento poucas forças armadas, dentre elas Brasil e Índia, tenham mostrado interesse nessa eventual nova versão Saab Gripen Maritme, conhecida também como Saab Sea Gripen, a grande maioria dos atuais operadores de Saab Gripen preferindo operá-lo a partir de bases aéreas em terra firme.

O programa de desenvolvimento do Saab Gripen, que compreende as décadas de 1990, 2000 e 2010, avaliado em mais de US$ 2 bilhões, é um dos maiores programas militares europeus. Na época de seu lançamento, desenvolvimento e início da produção em série, nas décadas de 1980 e 1990, ele era um caça à frente de seu tempo, representando um grande avanço tecnológico na área de defesa, com tecnologias inovadoras e um nível de sofisticação muito elevado, alguns inéditos na época, embora o foco principal do projeto, segundo a fabricante Saab AB, fosse eficiência e simplicidade de operação.

Inicialmente, ele foi apresentado como um caça monomotor econômico, mais eficiente que caças bimotores, mas com o passar dos anos provou-se que seu leque de operações poderia ser bem mais amplo que o originalmente previsto, passando, de fato, a desempenhar funções de interceptação, ataque ar-ar (caça), ataque ar-solo (bombardeiro), dissuasão e de reconhecimento, tornando-se um caça multifunção.

A beleza não é uma característica relevante na aviação militar, mas não há dúvida de que os designers da Saab AB foram felizes na criação do avião.

A fabricação em série do Saab Gripen A/B foi iniciada em 1993, inicialmente para atender uma única encomenda inicial de mais de 100 unidades para a FAS - Força Aérea da Suécia, inicialmente fabricado em instalações industriais na Suécia, com índice elevado de nacionalização de peças, partes e componentes, de mais de 70%, inclusive para oferecer ao mercado mundial de equipamentos militares uma opção a mais frente aos principais concorrentes General Dynamics F-16 Fighting Falcon, Dassault Mirage 2000, McDonnell Douglas F/A-18 Hornet e Northrop F-20 TigerShark, embora este último não tenha sido fabricado em série.

Já nos primeiros modelos, o Saab Gripen A/B apresentava um design realmente impressionante, inovador, muito ousado e muito refinado, com aspecto futurista, focado em eficiência aerodinâmica e altíssima performance. Durante a década de 1990, ele apresentava um dos menores custos operacionais e uma das melhores performances do mercado mundial, embora com alcance limitado, em relação aos seus principais concorrentes da época.


GRIPEN C/D (2ª GERAÇÃO)

O ousado Saab Gripen C/D, conhecido também como Saab JAS 39 C/D Gripen Saab Turbo Gripen, é um típico caça multifunção monomotor avançado de 4ª geração, da década de 2000, com construção mista em em alumínio, aço, titânio e material composto de fibra de carbono, com propulsão turbofan militar com baixa taxa de bypass da marca sueca Volvo / GKN, modelo Volvo RM12, com pós-combustor, trem de pouso triciclo retrátil e sistema de controle de voo redundante do tipo fly-by-wire, projetado principalmente para exportação, embora seu principal cliente tenha sido a FAS – Força Aérea da Suécia.

Ele foi lançado oficialmente em 1995, a partir de um acordo de cooperação entre as empresas Saab AB, da Suécia, e British Aerospace, da Inglaterra, para a criação, desenvolvimento e fabricação de dois modelos de caças da 2ª geração da família Saab Gripen, o primeiro deles Saab JAS 39 Gripen C, monoposto, e o segundo Saab JAS 39 Gripen D, biposto, para treinamento, com as primeiras unidades de ambos os modelos entrando em operação em 2002, incluindo mais de 100 unidades para a FAS – Força Aérea da Suécia.

Ambos os modelos foram criados a partir dos modelos Saab JAS 39 Gripen A/B, mas com uma variedade de melhorias, incluindo sonda para reabastecimento em voo; sistema Obogs,  para geração própria de oxigênio; aviônicos mais avançados; ar condicionado no cockpit; pilones padrão OTAN; maior alcance; sistema passivo de busca e rastreamento por infravermelho / eletro-ótico e engajamento de alvos HMS.

Assim como os modelos da geração anterior, o Saab Gripen JAS 39 Gripen C/D possui sistema de contramedidas, incluindo chaffs e jammings, contra mísseis guiados por radar, e flares, contra mísseis guiados por infravermelho.

Ele é impulsionado pelo motor Volvo RM12, com potência / empuxo máxima de 18.100 libras, com velocidade máxima supersônica de 2.100 km/h, no seu teto de serviço de 15.000 metros, ou também supersônica de 1.400 km/h, ao nível do mar.

A produção em série foi iniciada em 2002, inclusive com a possibilidade de até 5.300 kg de carga bélica, sem restrições de manobras, com capacidade de até 9 g.

Assim como seu antecessor, o Saab JAS 39 Gripen C/D entrou em serviço usando o radar multimodo de banda X de pulso Doppler PS-05/A, desenvolvido e fabricado pela sueca Ericsson e pela americana GEC-Marconi, que é baseado no avançado radar Blue Vixen, por sua vez utilizado pelo caça britânico Sea Harrier, que também serviu de base para o radar CAPTOR do Eurofighter Thyphoon.

Segundo algumas fontes, esse radar para todos os climas é capaz de localizar e identificar alvos de tamanho médio e/ou grande a até 120 quilômetors de distância e rastrear automaticamente vários alvos nas esferas superiores e inferiores, no solo, no mar ou no ar. Além disso, ele pode guiar vários mísseis ar-ar além do alcance visual para vários alvos simultaneamente.

A Saab afirmou que o PS-05/A é capaz de lidar com todos os tipos de missões de defesa aérea, ar-superfície e reconhecimento, e está desenvolvendo uma atualização Mark 4 para ele. A versão Mark 4 tem um aumento de 150% nos alcances de detecção ar-ar em alta altitude, detecção e rastreamento de alvos menores em alcances atuais, melhoria de 140% no modo ar-ar em baixa altitude e integração total de armas modernas, como os mísseis AIM-120C-7 AMRAAM , AIM-9X Sidewinder MBDA Meteor.

Em um contexto estrito de aviação militar avançada, os modelos da família Saab Gripen foram criados para serem aeronaves relativamente fáceis e simples de serem mantidas, de serem operadas, com rotinas rápidas e simples de rearmamento, reaparelhamento, reprogramação e reabastecimento de combustível em solo, após a execução de cada etapa de missão, para retornar imediatamente ao combate.

Além da capacidade de combate ar-ar, típica de modelos de caças de superioridade, os aviões da família Saab Gripen também são capazes de fazer ataques ao solo, contra tanques de guerra e instalações militares, por exemplo, e ataques contra embarcações militares, embora esta última não seja sua principal especialidade. A aeronave possui também um canhão interno Mauser BK-27 de 27 milímetros, com sistemas eletro-óticos e infravermelho, para missões noturnas e diurnas.


GRIPEN E/F (3ª GERAÇÃO)

Logo acima, o novíssimo Saab Gripen NG da Força Aérea da Suécia, que também será a principal operadora dessa terceira geração da família Saab Gripen, um dos mais avançados caças de quarta geração do planeta. Logo abaixo, o Saab Gripen NG da Força Aérea Brasileira, com inúmeras especificações técnicas que atendem aos requisitos do Governo Brasileiro. 

O novíssimo Saab Gripen E/F, conhecido também como Saab JAS 39 E/F Gripen e Saab Gripen NG, é um típico caça multifunção monomotor avançado de 4ª geração, da década de 2010, com construção mista em em alumínio, aço, titânio e material composto de fibra de carbono, com propulsão turbofan militar com baixa taxa de bypass da marca americana General Electric, modelo General Electric F414, com pós-combustor, trem de pouso triciclo retrátil e sistema de controle de voo redundante do tipo fly-by-wire, projetado e desenvolvido na Suécia e no Brasil, principalmente para atender à FAB – Força Aérea Brasileira, embora a FAS – Força Aérea da Suécia também seja um dos seus principais operadores.

O Saab Gripen NG representa um importante salto operacional para a FAB - Força Aérea Brasileira, que, até o momento, conta com uma capacidade limitada, em termos tecnológicos, de proteger seu território, com capacidade de dissuasão questionável, já que seu único modelo supersônico, o caça americano Northrop F-5 Tiger é um projeto de 3ª geração, da década de 1960, que, embora, na década de 2010, tenha passado por um programa de modernização no Brasil, não é suficiente para atender as necessidade de defesa do País.

O caça sueco e brasileiro Saab Gripen NG integrará tecnologias de ponta na defesa do território brasileiro, dentre elas o moderníssimo radar AESA ES-05 Raven, fabricado pela Selex, capaz de identificar alvos aéreos ou de superfície, no mar, inclusive, com ângulo de até 100° da antena; sensor de busca por infravermelho; datalink (troca automática de informações via ondas de rádio) com criptografia; e capacidade supercruise, ou seja, capacidade de se manter em voo supersônico sem uso do pós-combustor, o que significa mais economia de combustível e, portanto, maior raio de ação ou alcance.

O protótipo Saab Gripen Demo foi apresentado em 2008, principalmente para atender os requisitos do Programa FX2 / Projeto FX2 da FAB - Força Aérea Brasileira, uma concorrência internacional para renovação da esquadra / frota de caças e caça-bombardeiros dessa força armada, que, inclusive, exigia transferência de tecnologia para a indústria aeronáutica nacional, incluindo a Embraer S.A.

A expressão Demo está relacionada à expressão demonstração, em inglês demonstration.

Ele tem maior capacidade de combustível, com um tanque adicional instalado permanentemente dentro da fuselagem, e um motor atualizado, o General Electric GE F414, mais potente que os das versões anteriores da família Saab Gripen. Esse aumento de potência dos motores do Saab Gripen NG permite uma maior capacidade de carga, incluindo bombas e mísseis, já que se trata de um caça com capacidade de combate ar-ar e ar-terra.

Na prática, é um modelo de avião quase completamente novo em relação às duas gerações anteirores. Por exemplo, há uma variedade de mudanças e melhorias nos aviônicos e outros sistemas de bordo, incluindo os radares de quarta geração AESA ES-05 Raven, com capacidade semelhante aos radares de quinta geração, com placa oscilante móvel. Esse radar será produzido no Brasil pelos fabricantes Selex – Galileo e Atmos Sistemas. A Selex é uma subsidiária do conglomerado italiano de alta tecnologia Leonardo SpA, conhecido anteriormente como Finmeccanica.

O novo Saab Gripen NG terá muitas peças, partes e componentes novos em relação ao Saab JAS 39 Gripen C/D, a geração anterior da família Saab Gripen. Seu motor turbofan General Electric GE F414 produzirá até 22.000 libras de empuxo, ou seja, 20% de empuxo a mais que o turbofan anterior, fabricado pela sueca Volvo, o que permitirá manter a alta velocidade de super cruzeiro de Mach 1,2 ao nível do mar da família Saab Gripen, mesmo considerando o tamanho e o peso um pouco maiores que os seu antecessor Saab JAS 39 Gripen C/D.

A expressão super cruzeiro está relacionada à capacidade que uma aeronave de combate tem de manter velocidade supersônica sem necessidade de ativar o seu sistema de pós-combustão. Essa capacidade é importante pois o sistema de pós-combustão consome muito combustível e deve ser usado apenas em situações de extrema necessidade...

Comparado ao antecessor Saab JAS 39 Gripen C/D, o peso máximo de decolagem do Saab Gripen NG foi aumentado de 14.000 kg para 16.000 kg, com aumento do peso vazio de 200 kg. Devido ao trem de pouso principal ter sido realocado, a capacidade interna de combustível aumentou 30%, o que aumentou o alcance para cerca de 4.000 quilômetros na configuração e ajuste de potência para translado. A nova configuração de fuselagem permite a adição de dois hard points / cabides de armas sob a fuselagem.

No Brasil será praticamente impossível escondê-lo sob copas de árvores, pois o clima é equatorial e tropical, com alta incidência de raios na maior parte do ano.

ALTA TECNOLOGIA

Todas as grandes e tecnologicamente avançadas forças armadas do mundo sabem que não basta apenas ter o melhor equipamento militar, o mais avançado de todos. Há uma variedade de fatores que pode resultar no sucesso ou no fracasso de uma missão, ou, até mesmo, de uma batalha ou uma guerra, incluindo um bom planejamento estratégico, geralmente antecipado, o que inclui boas informações sobre o campo de batalha, consciência sobre a real capacidade do inimigo de reagir a um eventual ataque; além, é claro, de uma tripulação disciplinada e bem treinada; dentre outros fatores.

Mas não há dúvida de que um equipamento tecnologicamente superior pode ser decisivo, pode fazer a diferença entre ter ou não ter sucesso em uma missão. Com a introdução do Saab Gripen NG na FAB – Força Aérea Brasileira, o Brasil volta a ter uma das mais respeitadas forças aéreas da América Latina, embora esta região seja relativamente pacata, com poucas animosidades entre suas nações integrantes.

Já na década de 1990, a cabine de comando ou cockpit do Saab JAS 39 Gripen A, o modelo monoposto ou monoplace, que faz parte da 1ª geração da família Saab Gripen, apresentava um conjunto de inovações para a época, incluindo o manche central, localizado entre as pernas do piloto, enquanto a manete ou o manete (acelerador de mão) está localizada ao lado do piloto.

Naquela época esses dois controles de voo já estavam dentro da filosofia HOTAS – Hands on Throttle and Sidestick, em que há pouca ou nenhuma necessidade de tirar as mãos deles enquanto a missão é executada, o que pode ser decisivo no chamado dogfight, pois evita eventuais distrações do piloto em um momento de extrema tensão. Além disso, o canopi (para-brisa) da aeronave já era todo fabricado em policarbonato, o que, segundo o fabricante, possibilita ampla visão sobre o que se passa ao redor da aeronave.

O cockpit dos aviões da família Saab Gripen está dentro do conceito EFIS - Electronic Flight Instrument System, com três displays multifuncionais disponíveis no cockpit da aeronave, o display central utilizado para mostrar dados de navegação e de missão, o display à esquerda do centro com o status da aeronave e informações de guerra eletrônica e o display à direita do centro tem informações sensoriais e de fogo. No caso específico da novíssima versão Saab Gripen NG, trata-se de uma tela multifuncional apenas, reunindo as três funcionalidades dos três displays das versões anteriores.

Os aviões da família Saab Gripen possuem ainda um conjunto de equipamentos de bordo para a chamada guerra eletrônica, incluindo EWOS – Electronic Warfare Operational Support ou biblioteca de sinais; RWR – Radar Warning Receiver ou alerta de radar; e identificadores de fontes de calor; complementados por sistemas imediatos de autodefesa e de emergência extrema em dogfight, como, chaffs, lançados pela aeronave para atrair mísseis guiados por radar; flares, dispositivos de calor lançados para confundir os mísseis inimigos guiados por calor.

Além disso, o Saab Gripen NG, que é a versão mais recente da família Saab Gripen, incorporou e/ou está incorporando tecnologias ainda mais avançadas, incluindo o MAWS de proteção ultravioleta, que avisa o piloto sobre mísseis buscadores de calor vindo em sua direção; e o despistador ativo BriteCloud, desenvolvido e fabricado pela Selex, um tubo-alvo-falso lançado para confundir mísseis e canhões de tiro de projéteis guiados por retornos eletromagnéticos.


MERCADO

Logo acima e logo abaixo, duas opções de configuração de instrumentos digitais no cockpit do Saab Gripen NG, a primeira com tela multifuncional única, complementada por um HUD - Head Up Display, e a segunda mais convencional, com três telas multifuncionais e o HUD. A FAB - Força Aérea Brasileira optou pela tela multifuncional única.

O projeto Saab JAS 39 Gripen custou aos cofres do contribuinte sueco cerca de US$ 18 bilhões,  em valores atualizados, incluindo os recursos gastos pela Saab na criação, no desenvolvimento e na fabricação das mais 200 aeronaves que foram compradas pela FAS - Força Aérea Sueca. Ele consiste em seis versões principais que levam o nome Saab Gripen, o primeiro deles, o Saab JAS 39 Gripen A (monoposto, para missões efetivas), seguido pelo Saab JAS 39 Gripen B (biposto, para treinamento), pelo Saab JAS 39 Gripen C (monoposto), pelo Saab JAS 39 Gripen D (biposto), pelo Saab JAS 39 Gripen E (monoposto) e Saab JAS 39 Gripen F (biposto), estes dois conhecidos também como Saab Gripen NG, que estão sendo entregues ao Governo Brasileiro.

Até o momento foram fabricadas mais de 300 unidades da família Saab Gripen, com a expectativa de aumentar esse número para mais de 400 unidades, caso as encomendas de novos lotes de longo prazo por parte do Governo Brasileiro e do Governo Sueco se concretizem. Durante as décadas de 1990 e 2000 a Saab e a British Aerospace fizeram intensas campanhas de marketing para vender modelos da família Saab Gripen para vários países, incluindo África do Sul, Polônia, Áustria, República Tcheca, Brasil, Inglaterra, Índia, Chile e Hungria. Mas nem todos esses esforços foram frutíferos, a Índia, por exemplo, deu preferência ao caça francês Dassault Rafale, um bimotor de alta tecnologia, e a Finlândia optou pelo McDonnell Douglas F/A 18 Hornet.

Atualmente, a Força Aérea da Suécia é o principal operador do avião, com mais de 100 unidades em sua esquadra ou frota. É provável que, no longo prazo, o Brasil se torne o segundo mais importante operador dos aviões da família Saab Gripen, já que o País tem dimensões continentais e gigantescas riquezas naturais e artificiais para serem protegidas, incluindo reservas de petróleo, áreas agricultáveis, água doce, biodiversidade, minérios e infraestruturas de eletricidade e de telecomunicações, por exemplo.

Na década de 2000, por exemplo, o caça multimissão Saab JAS 39 Gripen C/D, o antecessor do Saab Gripen NG, foi oferecido inicialmente ao Governo Brasileiro pela Saab, dentro do contexto do Projeto FX, uma concorrência aberta pelo Governo Brasileiro para renovação de sua frota de caças militares supersônicos, capazes de ultrapassar a chamada barreira do som Mach, de aproximadamente 1.200 km/h.

A velocidade máxima do Saab JAS 39 Gripen é de cerca de 2.100 km/h, com uso de pós-combustor. Entre os principais argumentos estavam o custo operacional do Saab Gripen C em cerca de US$ 4.500,00 por hora de voo, ou algo em torno de US$ 7.500,00 por hora, em valores atualizados, para o Saab Gripen NG.

Talvez você, contribuinte brasileiro, esteja assustado com esses números, mas saiba que é um dos menores custos operacionais entre os caças de  geração.

CUSTO OPERACIONAL DOS PRINCIPAIS CAÇAS OCIDENTAIS

MODELO

CUSTO POR HORA

Lockheed F-16 V (Block 70)

US$ 8.700,00

Saab Gripen NG

US$ 7.500,00

Boeing F-18 Super Hornet

US$ 13.000,00

Dassault Rafale

US$ 20.000,00

Eurofighter Typhoon

US$ 22.000,00

Lockheed F-35 Lightning

US$ 38.000,00

 

 

 

 

Fonte: Site Jane’s, dentre outros. Aparentemente, fabricantes orientais de aviões militares, principalmente da Rússia e da China, evitam dar maiores detalhes públicos sobre os custos operacionais de seus caças de superioridade. O custo operacional de um avião militar inclui, principalmente, o custo de combustível (QAV), treinamento de tripulação e mecânicos, salários de tripulação e mecânicos e custos de manutenção ao longo da vida útil.


É consenso no meio aeronáutico de que o projeto do Saab Gripen NG é quase totalmente novo em relação ao seu antecessor Saab JAS 39 Gripen C/D, com um número considerável de mudanças, inovações e aprimoramentos, embora os aspectos externos dos dois modelos de aeronaves sejam bem semelhantes. Ou seja, o antecessor Saab JAS 39 Gripen C/D foi utilizado como base pela fabricante europeia Saab para dar origem a um derivado melhorado e com motorização mais potente, o Saab JAS 39 Gripen E/F, conhecido também como Saab Gripen Next Generation, com alcance melhorado e motorização mais potente da General Electric, oferecido ao Governo Brasileiro para equipar a FAB - Força Aérea Brasileira, dentro do Projeto FX-2 de concorrência para renovação da frota de caças militares de altíssimo desempenho utilizada pelo Brasil.

A Saab fez estudos sobre uma versão naval baseada em porta-aviões na década de 1990. Em 2009, lançou o projeto Saab Sea Gripen, conhecido atualmente como Saab Gripen Maritme, em resposta ao pedido da Índia para obter informações sobre um avião naval. O Brasil tem potencial e necessidade de desenvolver essa aeronave, já que possui riquezas naturais e artificiais na sua área de jurisdição sobre o Oceano Atlântico, incluindo reservas de petróleo, áreas de pesca e cabos submarinos de telecomunicações. A outra opção de modelo de aeronave militar para a Marinha do Brasil seria o Boeing F/A-18-E/F Super Hornet, um avião americano.

Em 2010, foi noticiado na imprensa que o relatório final do Projeto FX2, de avaliação pela FAB - Força Aérea Brasileira, colocou o Saab Gripen NG à frente dos outros dois candidatos, o Boeing F/A-18-E/F Super Hornet e o Dassault Rafale, ambos caças bimotores. O fator decisivo foi, aparentemente, o custo geral dos novos caças da Saab, tanto em termos de custo unitário de aquisição como em termos de custo de operação, incluindo o consumo de combustível e o custo de manutenção, lembrando que se trata de uma aeronave com apenas um motor, ou seja, um monomotor, e, de modo geral, monomotores são mais econômicos que bimotores.

Em 2013, após mais de dez anos de discussão, a presidente brasileira Dilma Rousseff decidiu pela aquisição de 36 unidades dos caças Saab Gripen NG, de nova geração, a serem fabricados no Brasil pela Embraer e pela Saab, para renovar a frota de caças supersônicos da FAB - Força Aérea Brasileira, no contexto do Projeto FX-2, o programa de renovação de aeronaves militares supersônicas. O pacote de 36 aviões foi comprado pelo valor de US$ 5,4 bilhões, com a exigência de transferência tecnológica relacionada ao modelo para a indústria aeroespacial nacional, cooperação industrial e treinamento de 350 pessoas, incluindo pilotos, mecânicos e engenheiros.

PRINCIPAIS OPERADORES

Mais de 270 unidades de aviões da família Saab Gripen foram fabricadas até o momento, a maioria para serem operadas pela FAS – Força Aérea da Suécia, um país europeu. Muito provavelmente, o Brasil passará, daqui a alguns anos, a ser o segundo maior operador de aviões da família Saab Gripen, inclusive com capacidade de fabricar aqui a sua versão mais moderna, Saab Gripen NG, e exportá-la para países latino-americanos, incluindo Argentina, Equador, México e Peru:

  • FAS – Força Aérea da Suécia, com mais de 200 unidades compradas, sendo mais de 100 unidades da versão Saab JAS 39 Gripen C/D e mais de 100 unidades da versão Saab JAS Gripen A/B. Parte dessas 200 unidades compradas foi vendida e/ou alugada para República Tcheca, Hungria e Tailândia. Atualmente, são 101 unidades em plena operação pela Suécia. Algumas unidades estão disponíveis para visita em museus suecos;
  • FAB – Força Aérea Brasileira, com mais de 8 unidades  do primeiro lote já entregues e/ou prestes a entrar em operação, totalizando 36 unidades encomendadas do primeiro lote, com a possibilidade de mais 4 unidades acrescentadas ao primeiro lote, totalizando 40 unidades do primeiro lote, e mais 26 unidades em negociação para um segundo lote da FAB – Força Aérea Brasileira, neste último caso pelo valor de US$ 85 milhões por unidade eventualmente comprada;
  • FART – Força Aérea da República Tcheca, com 14 unidades alugadas;
  • FAH – Força Aérea da Hungria, com 14 unidades alugadas e mais 4 unidades encomendadas;
  • FAAS – Força Aérea da África do Sul, com 26 unidades entregues. Atualmente, possui 17 unidades em plena operação;
  • FART – Força Aérea Real da Tailândia, com 11 unidades em plena operação e mais 6 unidades encomendadas;

Uma eventual exportação de Saab Gripen NG para a Argentina sofreria restrições por parte do Reino Unido, pois ambas as nações possuem questões territoriais até hoje não resolvidas, principalmente em relação às Ilhas Falklands / Malvinas. Os demais potenciais compradores, Equador, México e Peru, não possuem problemas geopolíticos graves com Estados Unidos e Europa.

NO BRASIL

Logo acima e logo abaixo, ilustrações simplificadas da Saab, contendo dados relativos às fichas técnicas ou especificações técnicas do Saab Gripen NG, inclusive com a configuração padrão de armamento disponível para o modelo, que poderá ser alterada pela Força Aérea Brasileira, se achar necessário. O termo hard point ou ponto duro significa ponto externo de acoplagem de armamentos.

Em 2013, o Governo Brasileiro comunicou oficialmente a escolha do Saab Gripen NG para a renovação da frota de caças militares supersônicos da FAB – Força Aérea Brasileira, com desenvolvimento e fabricação em conjunto da Saab com a companhia aeroespacial brasileira Embraer S.A., por meio de sua subsidiária Embraer Defesa e Segurança.

Naquele momento, a Força Aérea Brasileira destacou, dentre outros importantes aspectos, a possibilidade de adequação do Saab Gripen NG a futuros desenvolvimentos e melhorias no projeto, com acesso inclusive ao código fonte da variedade de softwares altamente sofisticados da aeronave.

A transferência tecnológica está sendo realizada para a Embraer S.A. / Atech, para a AEL Sistemas / Elbit, para a Akaer e para a SBTA, entre outras .

As primeiras unidades do novíssimo Saab Gripen NG a serem fabricadas, inicialmente na Suécia e, posteriormente, no Brasil, para equipar a FAB – Força Aérea Brasileira serão entregues ao 1º GDA – Grupo de Defesa Aérea, localizado na Base Aérea de Anápolis, próxima à Brasília, capital federal do Brasil, com a principal tarefa óbvia de proteger a capital federal. No total, serão 28 unidades de modelos monopostos (um piloto) e 8 unidades de modelos bipostos (instrutor e aprendiz). A colaboração entre a Saab e a Embraer terá duração de cerca de 10 anos, tempo suficiente para a fabricação do primeiro lote de aviões e da transferência de tecnologia.

O Brasil é um país relativamente pacífico, com relacionamento razoável com seus vizinhos países sul-americanos, portanto não haveria necessidade de um poder de dissuasão maior que o oferecido pelo Saab Gripen NG que, aliás, é considerada uma aeronave monomotor muito ágil e muito sofisticada, mas relativamente econômica, se comparada com outros caças supersônicos bimotores, também de 4ª geração.

A previsão inicial da FAB – Força Aérea Brasileira, da Saab e da Embraer era de que os Saab Gripen NG fossem introduzidos no Brasil a partir de 2021, porém as Forças Armadas da Suécia ofereceram ao Governo Brasileiro várias unidades de Saab JAS 39 Gripen usados para proteger provisoriamente o espaço aéreo brasileiro até a introdução dos novíssimos Saab Gripen NG, proposta aparentemente não aceita pelo Brasil, por algum motivo.

Aeronaves de combate da FAB – Força Aérea Brasileira, incluindo o Northrop F-5 E/F Tiger II, o Saab Gripen NG, o Embraer EMB-314 Super Tucano e o Embraer AMX, fazem parte do SISDACTA – Sistema de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo. Esse sistema de defesa aérea é composto também por uma rede de equipamentos usados no monitoramento e rastreamento do espaço aéreo brasileiro, para identificar e localizar aeronaves em geral que sobrevoam o território brasileiro. As aquisições dos aviões são coordenadas pela COPAC - Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate, da Força Aérea Brasileira.

De acordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565), de 1986, alterado pela Lei do Abate (Lei 9.614), de 1998, e, posteriormente, regulamentada pelo Decreto 5.144, de 2004, se os militares brasileiros detectam suposto tráfego aéreo clandestino ou que seja considerado uma suposta ameaça contra o país então imediatamente uma ação preventiva de abordagem é iniciada, para conferir, reconhecer e discernir se se trata de uma ameaça militar real ou potencial, tráfico de drogas ou de armas, sequestro ou roubo de aeronave civil, ou, caso contrário, apenas um simples problema técnico nos equipamentos de bordo da aeronave inofensiva abordada, que impossibilita o seu contato com qualquer um dos CINDACTA`s em operação no Brasil.

Assim, o Saab Gripen NG substituirá ou já está substituindo totalmente e definitivamente os caças Northrop F-5 E/F Tiger II e Embraer AMX, usados por décadas no Brasil para defesa do espaço aéreo brasileiro. Futuramente, o Saab Gripen NG substituirá por completo o caça leve de ataque Embraer AMX, quando este estiver com sua vida útil esgotada. Os aviões Embraer EMB-314 Super Tucano serão mantidos por muitos anos ainda, pois são modernos e sua performance e perfil de operação são diferentes do Saab Gripen NG, com ambos os aviões, Tucano e Gripen, se complementando, ou seja, não é possível substituir um pelo outro nas missões programadas.

A versão biposta ou, em inglês, biplace (pronuncia-se baipleis), de dois lugares, instrutor e aluno, do Saab Gripen NG será usada pela FAB – Força Aérea Brasileira para treinamento de pilotos militares para operarem a versão monoposta ou, em inglês, monoplace (pronuncia-se mónpleis), de um lugar, apenas piloto, do Saab Gripen NG.

A frota atual de aeronaves de combate da FAB – Força Aérea Brasileira, incluindo os modelos Embraer EMB-314 Super Tucano, turboélice monomotor de ataque leve, e o jato subsônico monomotor de ataque leve  AMX, foram desenvolvidas para operar dentro do conceito de guerra centrada em rede, na qual há troca de dados via datalink. O Saab Gripen NG também está incluído nesse conceito, com a inclusão da tecnologia de troca de dados e voz codificadas via satélite e outros meios por ondas eletromagnéticas de rádio.

O número total de caças Saab Gripen NG operados pelo Brasil poderá chegar a 100 unidades no longo prazo, incluindo as unidades de Saab Gripen Maritme eventualmente encomendadas pela Marinha do Brasil.

FICHA TÉCNICA
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

SAAB JAS 39 GRIPEN NG
SAAB JAS 39 GRIPEN E
  • Tripulação: 1 piloto;
  • Motorização (potência / empuxo): General Electric F414G (22.000 libras);
  • Combustível: QAV (querosene);
  • Comprimento: Aprox. 15,2 metros;
  • Envergadura: Aprox. 8,6 metros;
  • Altura: Aprox. 4,5 metros;
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 16.500 kg;
  • Peso vazio: Aprox. 7.100 kg;
  • Armamentos: Até 7.000 kg;
  • Velocidade máxima (em altitude elevada): Aprox. 2.100 km/h;
  • Velocidade máxima (a baixa altitude): Aprox. 1.400 km/h;
  • Manobrabilidade: Até 9 g;
  • Alcance máximo para translado: Aprox. 4.000 quilômetros;
  • Raio de ação (área protegida): Aprox. 1.000 quilômetros;
  • Canhão: Mauser BK-27, de 27 milímetros;
  • Míssil ar-ar: AIM Sidewinder (infravermelho / curto alcance);
  • Míssil ar-ar: Diehl IRIS-T (curto alcance);
  • Missil ar-ar: MBDA Meteor (médio alcance);
  • Missil ar-mar: BRS-15F (anti-navio);

SAAB JAS 39 GRIPEN
SAAB JAS 39 GRIPEN C
  • Tripulação: 1 piloto;
  • Motorização (potência / empuxo): Volvo Aero RM12 (12.000 libras)
  • Combustível: QAV (querosene);
  • Comprimento: Aprox. 14,9 metros;
  • Envergadura: Aprox. 8,6 metros;
  • Altura: Aprox. 4,7 metros;
  • Peso máximo de decolagem: Aprox. 14.000 kg;
  • Peso vazio: Aprox. 6.800 kg;
  • Armamentos: Até 5.000 kg;
  • Velocidade máxima (em altitude elevada): Aprox. 2.100 km / h;
  • Velocidade máxima (a baixa altitude): Aprox. 1.400 km / h;
  • Alcance máximo para translado: Aprox. 3.000 quilômetros;
  • Raio de ação (área protegida): Aprox. 800 quilômetros;
  • Teto de serviço: Aprox. 15.000 metros;
  • Manobrabilidade: Até 9 g;
  • Canhão: Mauser BK27 (27 milímetros);
  • Míssil ar-ar: AIM Sidewinder (infravermelho / curto alcance);
  • Míssil ar-ar: Diehl IRIS-T (curto alcance);
  • Missil ar-ar: MBDA Meteor (médio alcance)
  • Míssil ar-mar: RBS-15F (anti-navio);

GALERIA DE IMAGENS
Logo acima e logo abaixo, duas imagens de encher os olhos, a impressionante performance de pista pavimentada do Saab JAS 39 Gripen C/D, o antecessor do Saab Gripen NG. Essa é uma das principais características do caça militar de alta tecnologia fabricado na Suécia pela tradicional Saab, uma das maiores e melhores especialistas em aviação militar do planeta.




Logo acima, o Saab Gripen NG sobrevoando um belíssimo mar azul ao fundo. Uma versão marítima, a Saab Gripen Maritme, foi proposta à Marinha do Brasil, para ser operada a partir de porta-aviões. Logo abaixo, o Saab Gripen NG sobrevoando uma região litorânea industrializada. O Brasil tem mais de 7.400 quilômetros de região costeira com riquezas naturais e artificiais para serem protegidas.



Logo acima, o modelo monoposto Saab JAS 39 Gripen C, da Suécia, possui capacidade de reabastecimento em voo, assim como seu predecessor, o Saab Gripen NG, do Brasil. Logo abaixo, mais uma imagem do caça sueco, sendo reabastecido em pleno voo. Com um olhar atento percebe-se os tanques de combustível externos fixos sob as asas.


VEJA TAMBÉM

Atenção: As informações, conceitos e valores (preços) emitidos neste artigo ou página são apenas de caráter informativo e podem não estar absolutamente precisos e rigorosos, pois esse não é o objetivo do blog. Para informações, conceitos e valores mais precisos e rigorosos entre em contato com o fabricante e/ou com seu representante de vendas.


REFERÊNCIAS E SUGESTÃO DE LEITURA

  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Investor_AB
  • Wikipedia (em inglês): https://en.wikipedia.org/wiki/Saab_JAS_39_Gripen
  • Saab (divulgação): Imagens
  • Wikimedia: Imagens

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